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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA E PSICOLOGIA: BREVE


ANÁLISE DO CATÁLOGO NACIONAL DOS CURSOS TÉCNICOS

Autor: Silvana Maia Borges


Faculdade de Tecnologia Pedro Rogério Garcia
silvanamborges@gmail.com
Coautor: Guilherme da Silva dos Santos
Universidade Federal de Santa Maria
santos.sm@hotmail.com

RESUMO

Este estudo refere-se a uma pesquisa bibliográfica acerca da Educação


Profissional Tecnológica (EPT) no Brasil. Com o objetivo central de analisar as
possíveis contribuições da Psicologia à EPT, visando à formação integral dos
educandos, buscou-se compreender o que o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos
contempla acerca da inserção de estudos sobre relações humanas, uma vez que este
documento serve como parâmetro para os currículos das instituições que ofertam cursos
técnicos no país. Neste sentido, foram avaliadas as proposições sobre dois cursos
técnicos descritos no Eixo Tecnológico de Gestão e Negócios do referido Catálogo.
Para atender aos objetivos traçados, o referencial teórico que embasou este artigo
abordou os seguintes aspectos: breve apanhado histórico referente à educação
profissional no país; considerações sobre o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos;
compreensões em torno da presença da psicologia neste âmbito educacional e, por fim,
contemplou algumas percepções sobre a necessidade de uma formação integral, visando
o entendimento do ser humano de modo completo, para além dos fatores meramente
técnicos, comumente abordados nas formações profissionais. Concluiu-se, que o país
tem caminhado no sentido de valorizar e contemplar uma formação mais voltada ao
aspecto humano e suas relações. No entanto, ainda há que se avançar muito neste
sentido.

Palavras-chave: Educação Profissional Tecnológica. Psicologia. Catálogo Nacional dos


Cursos Técnicos.

INTRODUÇÃO

De longa data é conhecida a relação entre os campos da Psicologia e da


Educação. A Psicologia, ou disciplinas que a abordem de alguma forma, visam
contemplar o ser humano de modo global, estimulando a reflexão, a crítica, a
autonomia, enfatizando a cidadania, a ética, a compreensão do comportamento, das
relações interpessoais e inúmeros outros aspectos, os quais servem para que os
profissionais atuem de forma comprometida com a sociedade.
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Neste sentido, o presente estudo buscou aproximar-se da realidade da


Psicologia na Educação Profissional e Tecnológica, com base no seguinte
questionamento: em que medida, ou, de que modo, os cursos técnicos contemplam essa
formação essencial para a promoção de um diferencial dos profissionais, ofertando
disciplinas que contemplam as relações humanas? Tendo formação, para além dos
aspectos meramente técnicos, acredita-se que os profissionais estarão melhores
preparados para encarar a realidade do mundo do trabalho que, cada vez mais, tem
apontado para a necessidade de profissionais que saibam trabalhar com pessoas,
gerenciando conflitos, fazendo mediações, tendo equilíbrio entre razão e emoção, enfim,
sabendo relacionar-se com aqueles que estão ao seu redor e, tornando-se, portanto, um
profissional de destaque.
Para responder a questão norteadora, este trabalho foi desenvolvido por meio
de uma pesquisa bibliográfica e documental. O objetivo central foi analisar as
contribuições que a psicologia (disciplinas de relações humanas ou afins) possivelmente
proporciona à educação profissional técnica de nível médio. Para atingir tal proposição,
houve uma análise da descrição dos cursos Técnico em Administração e Técnico em
Contabilidade, obtida por meio do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos (CNCT), no
Eixo Tecnológico de Gestão e Negócios. Logo, a pesquisa contemplou aspectos como:
histórico acerca da Educação Profissional no Brasil; análise das diretrizes do Catálogo
Nacional dos Cursos Técnicos; considerações a respeito da presença da Psicologia nesta
modalidade educacional e a necessidade da formação integral na Educação Profissional
Tecnológica.
O estudo justifica-se pela importância de formar profissionais capacitados e
comprometidos com os aspectos humanos e sociais e que atuem de modo ético, sendo
verdadeiros cidadãos.

1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL


Antes de apresentar o histórico sobre a EPT1 no Brasil, cabe definir o que se
compreende por este termo.
Curso técnico é definido como:
[...] um curso de nível médio que objetiva capacitar o aluno com
conhecimentos teóricos e práticos nas diversas atividades do setor produtivo.
Acesso imediato ao mercado de trabalho é um dos propósitos dos que buscam

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Ao fazer referência a Educação Profissional Tecnológica utilizou-se a sigla EPT e, CNCT para designar
Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos.
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este curso, além da perspectiva de requalificação ou mesmo reinserção no


setor produtivo. Este curso é aberto a candidatos que tenham concluído o
ensino fundamental e para a obtenção do diploma de técnico é necessária a
conclusão do ensino médio (BRASIL, 2012, p.149).

Já de acordo com a Lei Federal nº 9.394/96 (BRASIL, 2013), atual Lei de


Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a EPT configura a identidade do ensino médio
como uma etapa de consolidação da educação básica, de aprimoramento do educando
como pessoa humana, de aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental para continuar aprendendo e de preparação básica para o trabalho e a
cidadania. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 2013, p. 26) dispõe,
ainda, que "a educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao
trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões
para a vida produtiva”.
Finalizando as definições acerca da EPT, cabe salientar alguns pontos citados
no Parecer 16 de 1999:
[...] As diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional de nível
técnico regem-se por um conjunto de princípios que incluem o da sua
articulação com o ensino médio e os comuns com a educação básica, também
orientadores da educação profissional, que são os referentes aos valores
estéticos, políticos e éticos.
Outros princípios definem sua identidade e especificidade, e se referem ao
desenvolvimento de competências para a laborabilidade, à flexibilidade, à
interdisciplinaridade e à contextualização na organização curricular, à
identidade dos perfis profissionais de conclusão, à atualização permanente
dos cursos e seus currículos, e à autonomia da escola em seu projeto
pedagógico.
A educação profissional é, antes de tudo, educação. Por isso mesmo, rege-se
pelos princípios explicitados na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Assim, a igualdade de condições para o acesso
e a permanência na escola, a liberdade de aprender e ensinar, a valorização
dos profissionais da educação e os demais princípios consagrados pelo artigo
3º da LDB devem estar contemplados na formulação e no desenvolvimento
dos projetos pedagógicos das escolas e demais instituições de educação
profissional (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 1999, p.16).

Após estas elucidações, segue-se com um breve histórico sobre a educação


profissional e tecnológica (EPT) no país. Destaca-se que os dados obtidos na literatura,
ou seja, as informações encontradas como sendo referências do surgimento desta
modalidade educacional, de modo geral, dizem respeito à esfera pública. Portanto, as
exposições a seguir são relacionadas e essa realidade.
De acordo com Pacheco, Caldas e Sobrinho (2012), a origem da educação
profissional remonta ao ano de 1909, com a criação de uma rede de Escolas de
Aprendizes Artífices, a qual, no ano de 1930, passou a chamar-se Liceus Industriais. No
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ano de 1942, passou a serem chamadas de Escolas Técnicas Federais. Com o passar do
tempo, em Centros Federais de Educação Tecnológica – Cefets. Atualmente, são
denominadas de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFs.
Complementando as ideias dos autores supracitados, a Revista Brasileira da
Educação Profissional e Tecnológica (2009) expõe que no ano de 1909 foi assinado o
Decreto nº 7.566, pelo então Presidente Nilo Peçanha, o qual criava dezenove Escolas
de Aprendizes Artífices no país.
[...] a criação da rede federal de educação profissional no Brasil [...] ocorreu
no final da década de 1910, quando o governo federal criou e instalou em
cada capital brasileira uma Escola de Aprendizes Artífices, com a finalidade
de ministrar o ensino de ofícios referentes às especialidades industriais de
cada Estado, proporcionar aos considerados ociosos e desprovidos da fortuna
uma profissão, um ofício, e formar os futuros operários úteis às indústrias
nascentes (KUNZE, 2009, p. 9).

Para Kunze (2009), a razão de oferecer ao povo, que se aglomerava nas


cidades, uma profissão, uma ocupação/ofício por meio do ensino profissional era a
geração de maiores incentivos ao trabalho e mão-de-obra às indústrias que começavam
a surgir no país, devido às mudanças que vinham ocorrendo na economia agrário-
exportadora. Ainda, do advogar de Kunze (2009), o público alvo deste ensino era o
considerado desprovido da riqueza (posses) e, consequentemente, encontrava-se à
margem da sociedade e desvinculado dos setores produtivos, engrossando um grupo
urbano periférico que obstaculizava o desenvolvimento do país. Desse modo, o medo
era gerado no restante da população.
Este público, tal como ex-escravos, mendigos, negros, loucos, prostitutas,
rebeldes, desempregados, órfãos e viciados, que se avolumava com o crescimento das
cidades, na visão dos governantes, precisava ser atendido, educado e profissionalizado,
transformando-se, assim, em operariado útil e, especialmente, incapaz de se rebelar
contra a Pátria. Nesse liame, surge, como uma estratégia política, esse tipo de educação
popular, pois, o povo precisava ser educado (KUNZE, 2009).
Neste contexto, para a administração federal, a educação dessa massa era
considerada um dos caminhos que levariam ao progresso do país, sendo que
possibilitaria crescimento ordenado da vida urbana, sem vadiagem ou proliferação de
ideias contrárias ao novo regime. Um progresso voltado à constituição da força de
trabalho e ao seu desenvolvimento, ao controle técnico cada vez maior sobre o processo
produtivo e sobre a natureza, à intensificação das transações comerciais financeiras,
entre outros. Por isso, a criação de escolas estaria corroborando com propósitos
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políticos, econômicos e sociais. Cabe frisar ainda que, com tais propósitos, a instalação
dessa rede escolar foi o marco inicial do processo de escolarização do ensino
profissional no regime republicano e significou a efetivação da primeira política
nacional dessa modalidade de ensino (KUNZE, 2009).
Dando continuidade aos aspectos históricos do surgimento da EPT, Cardoso
dos Santos Neto (2009) contribui expondo que nos anos de 1930 e 1940 do século XX,
com a intensificação da industrialização (com forte apoio do Estado), as Escolas
Industriais acompanharam o novo modelo de desenvolvimento, qualificando mão-de-
obra, tendo em vista o seu papel estratégico para o país, principalmente na formação das
áreas de infraestrutura para o desenvolvimento econômico das décadas seguintes. Com
isso, o país chegou às décadas de 60, 70, 80 e 90 com Escolas Técnicas mais
autônomas, as quais enfrentaram mudanças paradigmáticas nas políticas de educação
profissional (implicadas pela necessidade da modernização da estrutura produtiva,
devido à globalização econômica e pelo uso de novas tecnologias de informática).
Sintetizando, é neste cenário complexo que surgiram os Institutos Federais, com o
objetivo de se comprometer com a sociedade para fundar a igualdade na diversidade
social, econômica, geográfica e cultural de nosso país. Logo, os Institutos Federais dão
continuidade ao papel político significativo que possui a Rede Federal de Educação
Profissional e Tecnológica.
No que diz respeito à regulamentação da EPT, conforme Zank e Corrêa (2010),
a reforma educacional se solidificou por meio da Lei 9394/96 e, principalmente, por
meio dos dispositivos de regulamentação. Os mais importantes dentre estes dispositivos
são o Decreto Lei 2.208/97, o Parecer CNE/CEB 16/99e os Referenciais Curriculares
Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico do ano de 2000.
Reforçando estes dados, Conciani e Figueiredo (2009) explicitam que a década
de 1990 marcou o início da reforma na EPT, a partir, especialmente, da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. Esta Lei
apresenta um capítulo dedicado à educação profissional. Com isso, houve a
singularização da educação profissional. O que abriu espaço para que a mesma passasse
a ter uma correlação de dependência no nível técnico com o ensino médio. Ainda nesse
cenário, conjuntamente com a promulgação da referida Lei, ocorreu a reforma de estado
que mudou o foco da expansão da rede federal para os estados, contando, inclusive, com
apoio financeiro. Assim, a Lei 9394/96 trouxe fim ao histórico comando vertical da
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educação nacional. De modo geral, inaugurando um novo momento no âmbito a


educacional no país.
Finalizando as considerações acerca da origem e estruturação da EPT no país,
cabe expor que atualmente ela vem recebendo investimentos e incentivos significativos
por parte do governo, sendo percebida a importância de profissionais técnicos para o
desenvolvimento, especialmente econômico, do país. Além disso, vem buscando-se
modificar a finalidade desta educação, para que se distancie do que a caracterizou
inicialmente. Com relação a estes aspectos, Pacheco e Sobrinho (2012) referem que um
dos grandes desafios da nova perspectiva da EPT é construir uma visão da formação
profissional e do trabalho que ultrapasse o sentido da subordinação às restritas
necessidades do mercado, podendo contribuir e estando atenta ao fortalecimento da
cidadania dos trabalhadores e a democratização do conhecimento em todos os campos.
Cabe, portanto, uma relevante citação dos autores:
[...] considera-se fundamental a articulação das políticas da EPT com os
programas de trabalho, emprego, renda, inclusão e desenvolvimento social,
cabendo às primeiras agir como indutoras de emancipação, enquanto as
últimas devem ter caráter provisório (PACHECO e SOBRINHO, 2012, p.19).

Concluindo, o fortalecimento descrito só será possível, conforme os autores


referidos, com a democratização da oferta da EPT, com a adoção de políticas
diferenciadas no sentido de assegurar o acesso e permanência e, com a manutenção da
qualidade do ensino ofertado, o que implica, necessariamente, a ampliação da rede de
educação profissional, especialmente a pública, como vem ocorrendo em todo o país.
Por meio da retomada histórica percebeu-se que a EPT vem passando por
transformações e realizando avanços em nosso país, entretanto, ainda cabem muitas
reflexões e reestruturações.

2 CATÁLOGO NACIONAL DOS CURSOS TÉCNICOS

Para compreender o que se espera da formação nas áreas abarcadas neste


estudo (Técnico em Administração e Técnico em Contabilidade), torna-se necessário
conhecer o que está estabelecido pelos parâmetros da educação nesta modalidade de
ensino. Assim, são oportunos alguns esclarecimentos acerca do Catálogo Nacional dos
Cursos Técnicos (CNCT), documento formulado pelo Ministério da Educação, o qual
propõe algumas bases para a EPT.
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O Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos (BRASIL, 2012) é uma publicação


que reflete o resultado da continuidade da política de sistematização e organização da
oferta dos cursos técnicos no país, iniciado, em 2008, pela publicação do primeiro
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.
Neste sentido, conforme afirma o Ministério da Educação (BRASIL, 2012,
p.6), o CNCT “é uma importante referência para a oferta dos cursos técnicos de nível
médio nos diferentes sistemas de ensino Federal, Estadual/Distrital e Municipal do
país.” Com isso, a adoção da nomenclatura, a carga horária e o perfil descritivo,
apresentados no CNCT, possibilitam às instituições de ensino qualificar a oferta de seus
cursos e ao estudante uma maior aceitação no mercado de trabalho.
Conforme descrito no referido Catálogo, sua versão do ano de 2012 contempla
220 cursos, distribuídos em 13 eixos tecnológicos, e constitui-se em referência e fonte
de orientação para a oferta dos cursos técnicos no país.
Cabe salientar que o CNCT está disponível para consultas online na página da
web do Ministério da Educação (descrita na bibliografia deste estudo). Abaixo, segue-se
com as descrições obtidas por meio do referido Catálogo acerca dos cursos que são o
foco desta pesquisa, ambos pertencentes ao Eixo Tecnológico de Gestão e Negócios,
eixo que para o Ministério da Educação:
Compreende tecnologias associadas aos instrumentos, técnicas e estratégias
utilizadas na busca da qualidade, produtividade e competitividade das
organizações. Abrange ações de planejamento, avaliação e gerenciamento de
pessoas e processos referentes a negócios e serviços presentes em
organizações públicas ou privadas de todos os portes e ramos de atuação.
Este eixo caracteriza-se pelas tecnologias organizacionais, viabilidade
econômica, técnicas de comercialização, ferramentas de informática,
estratégias de marketing, logística, finanças, relações interpessoais, legislação
e ética.
Destacam-se, na organização curricular destes cursos, estudos sobre ética,
empreendedorismo, normas técnicas e de segurança, redação de documentos
técnicos, educação ambiental, além da capacidade de trabalhar em equipes
com iniciativa, criatividade e sociabilidade (BRASIL, 2012, p. 52).

Além do exposto, o CNCT descreve que o Curso Técnico em Administração


deve estruturar-se em no mínimo 800 horas aulas (BRASIL, 2012). Com relação às
atribuições do técnico em administração, o CNTC estabelece que este execute as
funções de apoio administrativo, a saber: protocolo e arquivo, confecção e expedição de
documentos administrativos e controle de estoques. Opera sistemas de informações
gerenciais de pessoal e material. Utiliza ferramentas da informática básica, como
suporte às operações organizacionais.
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Como possibilidades de temas a serem abordados no decorrer desta formação,


o Ministério da Educação propõem:
Organização empresarial. Matemática financeira. Legislação trabalhista,
tributária e empresarial. Arquivamento. Rotinas trabalhistas, financeiras e
contábeis. Métodos e técnicas administrativas. Redação oficial (BRASIL,
2012, p. 53).

O Curso Técnico em Contabilidade também prevê a carga horária mínima em


800 horas aula. O Ministério da Educação (BRASIL, 2012, p.54) descreve as funções
do técnico em contabilidade da seguinte forma:
Efetua anotações das transações financeiras da organização e examina
documentos fiscais e parafiscais. Analisa a documentação contábil e elabora
planos de determinação das taxas de depreciação e exaustão dos bens
materiais, de amortização dos valores imateriais. Organiza, controla e arquiva
os documentos relativos à atividade contábil e controla as movimentações.
Registra as operações contábeis da empresa, ordenando os movimentos pelo
débito e crédito. Prepara a documentação, apura haveres, direitos e ob-
rigações legais.

Em torno dos possíveis temas a serem abordados na formação do técnico em


contabilidade, o CNCT (BRASIL, 2012, p.54) indica: “Organização empresarial.
Análise financeira e orçamentos. Direito público e privado. Legislação trabalhista,
tributária e empresarial. Normas brasileiras de contabilidade. Fiscalização.
Contabilidade. Custos e patrimônio. Matemática financeira”.
É relevante frisar que no CNCT não está previsto estágio curricular ou
obrigatório para nenhum dos cursos técnicos aqui mencionados. Além do que foi
exposto, o CNCT possui descrições acerca de todos os cursos técnicos do país e, outras
disposições gerais e esclarecimentos de dúvidas frequentes.
Após esta breve exposição relativa ao CNCT, compreende-se que na descrição
do eixo tecnológico em questão são feitas menções sobre o que esta área de formação
deve contemplar como temas de estudo. O aspecto humano se faz presente por meio das
citadas relações interpessoais, gestão de pessoas, ética e equipes. Porém, quando se trata
da descrição pormenorizada de cada um dos cursos aqui analisados, não há
especificação de que devam ser desenvolvidos os mesmos assuntos ou correlatos a eles
no decorrer das formações. Logo, a contribuição do CNCT, quanto à necessidade de
uma formação integral e mais humanizada dos profissionais, com o incentivo ao
desenvolvimento das relações interpessoais, é muito generalista e pouco explicitada no
referido Catálogo. Diante disso, fica a critério de cada instituição de ensino incluir ou
não estes temas em seus currículos.
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Compreende-se, portanto, que se não há, ou se é pouco notório, o estímulo ao


desenvolvimento da humanização no documento que serve como subsídio para
estruturar a EPT no país, as formações e atuações dos profissionais desta área
permanecerão tecnicistas e com pouca preocupação com as relações interpessoais, o que
impede imensamente avanços na educação, prática profissional e, consequentemente, na
sociedade, de modo geral.

3 A PRESENÇA DA PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL


Após as retomadas realizadas até aqui, resta compreender de que forma a
Psicologia vem contribuindo no âmbito da educação, dentre outros aspectos,
especialmente no que tange ao universo do trabalho. Por esta razão, cabe analisar de que
forma esta área do conhecimento tem se feito presente na EPT, ou seja, com que
conhecimentos ela se insere nesta modalidade educacional e o que ela vem abordando.
Para Resende (2010), o ser humano viabiliza sua sobrevivência e realização,
por meio do trabalho. Desde a Revolução Industrial, o capitalismo inaugurou um novo
funcionamento social, reduzindo as práticas artesanais e intensificando as atividades
racionalizadas com o auxílio da reformulação da educação laboral, a qual substituiu o
prolongado aprendizado de um ofício pelo treinamento específico de uma tarefa. É
relevante compreender que, neste sentido, a psicologia organizacional e seus modelos
de educação profissional são frutos dessa racionalização que atingiu a organização do
trabalho no século XVIII e se institucionalizou definitivamente no início do século XX.
A partir desta exposição, compreende-se que a presença da psicologia na EPT
vincula-se basicamente aos estudos relacionados à psicologia organizacional, por isso,
faz-se necessário contemplar o sentido deste campo específico da psicologia.
De acordo com Schultz (1992), a psicologia organizacional surgiu nos Estados
Unidos, no início do século XX, em um momento caracterizado pelo aumento da
procura por vagas em escolas públicas, devido ao crescimento industrial e iminência de
uma guerra mundial.
Uma definição mais atual acerca da psicologia organizacional é aquela
formulada pelo Conselho Profissional da categoria. Conforme o Conselho Federal de
Psicologia (1992), a psicologia organizacional se refere à esfera da psicologia voltada
para o mundo do trabalho, isto é, as organizações e suas políticas de gestão de pessoas.
O profissional que atua nesta área vislumbra aplicar o conhecimento psicológico na
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compreensão, intervenção e desenvolvimento das relações, dos processos individuais e


grupais e de suas articulações com as dimensões política, econômica, social e cultural.
Com base nesta definição, cabe retomar as ideias de Resende. Para a autora, a
psicologia organizacional em seus objetivos iniciais, apresentava uma estreita relação
com os princípios da administração científica, especialmente com os modelos toyotista
e taylorista (os quais se fundamentavam no treinamento repetitivo e operacional, sem
espaço para a subjetividade), atendendo exclusivamente as necessidades de produção,
ou seja, ao mercado capitalista. Porém, ao longo dos tempos, vem se percebendo a
transformação da psicologia organizacional. Assim, para a autora, o treinamento
sistemático, como por exemplo, o utilizado no taylorismo, vem sendo substituído pelo
flexível modelo de gestão participativa e, a psicologia organizacional reestruturou suas
técnicas de educação do trabalhador, buscando conciliar produtividade com qualidade
de vida. Para esclarecer tais aspectos, cita-se a referida autora:
As reestruturações do capitalismo aumentaram, gradativamente, a exigência
de que o conhecimento sobre os processos psicológicos se tornasse um
instrumento relacionado à eficiência no mundo empresarial. Mudanças como
o avanço da informatização, o aumento da terceirização e a homogeneização
das estruturas de consumo mostraram às empresas a necessidade de investir
no aprendizado do funcionário, com o objetivo de aproximar ideologicamente
educação e trabalho para que o indivíduo seja capaz de responder com
agilidade às demandas organizacionais (RESENDE, 2010, p. 9).

A partir destas afirmações, compreende-se que a psicologia organizacional tem


priorizado as exigências do capitalismo, buscando adaptar a educação às necessidades
dominantes, sem aprofundar a compreensão da relação homem-trabalho, necessária para
alavancar transformações sociais e superar desigualdades.
Neste sentido, Adorno (2006) refere que, para romper com a dominação, a
educação deve se pautar no objetivo de produzir condições econômicas e sociais que
tornem conscientes os motivos que levam à discriminação, desumanização, exploração,
enfim, a todo tipo de violência. Consequentemente, a formação não deve buscar apenas
o aprimoramento tecnológico, mas também possibilitar o desenvolvimento pleno da
humanidade. Para o autor, o objetivo da educação deve se dar em torno de revelar
contradições e irracionalidades da realidade, ampliando a crítica em relação aos
mecanismos de dominação para, desse modo, possibilitar a conquista da liberdade
individual e social. Isso deve possibilitar ao sujeito não só a capacidade de se adaptar ao
seu meio, mas também de transformar as condições materiais e subjetivas. Logo, a
educação profissional demanda grande reflexão para resistir à pressão da sociedade
administrada. Assim, para o autor em questão, a educação deve visar à emancipação,
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conscientização, possibilitando um movimento dialético entre adaptação e autonomia. É


preciso criar condições para que o sujeito seja capaz de distinguir seus desejos dos
interesses da racionalidade administrada para romper com o princípio do desempenho e
superar a concepção de trabalho como forma de autoconservação.
Para complementar o que fora exposto até o momento, cabe trazer algumas
ideias que se referem ao que a psicologia vem buscando desenvolver atualmente na área
da educação, considerando especialmente as noções de subjetividade.
Conforme Grinspun e Azevedo (2000), no século XX, tanto nas ciências
sociais quanto nas ciências físicas e naturais, começou a surgir a tentativa da
valorização da autonomia e de uma subjetividade que fosse aliada ao objeto da ciência.
Surge, assim, no cenário da modernidade, a subjetividade como eixo articulador da
mesma, devendo ser entendida como a questão do sujeito numa perspectiva social,
cultural, portanto coletiva. O sujeito deixa de ser visto, apenas, como o indivíduo com
determinadas características pessoais para assumir o papel do sujeito social, fruto de
uma cultura, de um espaço, de um momento histórico-social. Neste sentido, conforme
os autores mencionados, o mais significativo nisto tudo está centrado na construção
dessa subjetividade, verificando que papel a escola tem a desempenhar para que haja
uma coerência e harmonia nas condições promotoras dessa construção.
Além do referido, as autoras expõem que a contribuição da Psicologia da
Educação, está no viés das inter-relações que o sujeito manifesta nos seus diferentes
espaços sociais. A partir do momento que acreditamos que essas relações existam, e em
especial na escola, há que se pensar no cultivo das relações interpessoais. Ao valorizar
as experiências particulares de grupos e indivíduos estamos aceitando a coexistência e
postura de códigos e de mundos com diferentes campos e objetivos, reconhecendo então
a heterogeneidade dentro da singularidade. Fica claro, portanto, que precisamos
entender o conceito de subjetividade para garantir ao sujeito uma construção própria,
com as marcas de um tempo complexo pela sua própria estrutura social. Não nos
afastamos do todo, mas buscamos compreender e auxiliar esse sujeito social que é o
nosso aluno. Complementando as explanações acima:
Caberia a uma psicologia da educação tentar clarear as relações entre os fins
da educação e o conhecimento que vem das teorias em psicologia, no bojo de
um ambiente que contextua esses fins e esse conhecimento, o sistema escola,
a escola, a família, uma comunidade [...] (GATTI, 1998, p.10).

Segundo Gatti (1998), esta é a visão que temos que ter da tessitura
contemporânea: a busca de novas perspectivas. Precisamos entender a sociedade
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contemporânea, com suas transformações, nuances, contemplando, especialmente, a


questão da ciência, do conhecimento e da própria sociedade, bem como, permitir que os
novos olhares surjam, a partir de novas dimensões científicas em favor da melhoria do
sujeito que produz o conhecimento. A educação não se esgota no aprendizado de
metodologias, de procedimento que modifiquem o indivíduo em termos de aquisição de
conhecimentos; ela ajuda e forma o indivíduo enquanto sujeito de sua cultura e da sua
história. A nova dimensão, hoje, está no espaço de se garantir ao sujeito a possibilidade
dele colaborar na transformação da sociedade, transformando-se, também.
Por meio destas exposições, compreende-se que, para além do que caracterizou
os primórdios da psicologia na educação (especialmente na educação para o trabalho -
administração científica), atualmente busca-se considerar também a importância da
construção da subjetividade dos indivíduos, valorizando suas particularidades na
educação e no trabalho, a fim de que contribua na formação/transformação da
sociedade, princípios estes que devem também ser aliados à qualidade de vida.
De acordo com estes princípios também tem sido amplamente debatida a
importância de que a educação permita ao seu público o desenvolvimento de
competências globais, o que abre caminho para pensar em uma formação integral.
Neste sentido, Carneiro (2011, p.38) refere que “educação é mais do que
conhecimento”. A função da educação não se restringe a ensino. Deve-se, “ampliá-la
para um campo de compreensão potencializador e emancipador que envolve ações e
processos complexos como: desenvolver, formar, qualificar, aprender a aprender,
aprender a pensar, aprender a intervir e aprender a mudar” (CARNEIRO, 2011, p. 38).
Por meio das considerações do autor em questão, compreende-se que as atividades da
educação escolar visam o desenvolvimento humano, isto é, as potencialidades em
quatro perspectivas complementares e convergentes: “realização pessoal, qualidade de
vida, participação política e inclusão planetária” (CARNEIRO, 2011, p. 39).
Reforçando as ideias de Carneiro, cita-se o artigo 2º da Lei de Diretrizes e
Bases 9.394/96, que aborda os Princípios e fins da Educação Nacional:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 2013, p. 1).

No que concerne a EPT, na secção IV da referida Lei, onde é abordada a


Educação Profissional Técnica de Nível Médio, Carneiro (2011) afirma que a
preparação geral para o trabalho refere-se a uma plataforma de conhecimentos
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disponibilizados ao aluno, com a intenção de desenvolver competências e habilidades


para uma atuação adequada no mundo do trabalho. Em um novo cenário, a EPT rechaça
a ideia de mero treinamento do trabalhador, de trabalho acerebral e, portanto, da
qualificação de alguém destituído de conhecimento de sua ocupação, atuando como um
autômato ou robô e, reduzindo as operações produtivas apenas ao aspecto físico-
maquinal. A EPT é componente que deve andar conjuntamente com a emancipação
humana e a cidadania política.
Com base nas elucubrações aqui expostas, percebe-se que para estarem de
acordo com a proposta da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, os cursos (em qualquer
nível de ensino) devem contemplar os aspectos humanos, nas mais diversas formações.
Refletindo especialmente sobre a EPT, uma vez que esta modalidade
educacional visa preparar, em amplos aspectos, o profissional para o mundo do trabalho
e exercício da cidadania, a formação global e integral, que capacite os profissionais para
as relações interpessoais, para além dos aspectos meramente técnicos, torna-se
necessária e imprescindível.

CONCLUSÃO

Conforme verificado por meio da bibliografia exposta neste estudo, a EPT


apresenta uma trajetória marcada por transformações. Com tantas mudanças, não só na
EPT, mas na educação brasileira em geral, percebe-se que a educação profissional vem
sendo mais valorizada, bem como reestruturada, nos últimos anos. Isso indica que,
atualmente, busca-se que ela deixe de ser unicamente uma formação que vise suprir as
necessidades do mercado capitalista, fornecendo mão de obra barata para o país,
passando a se constituir em formação qualificada e que pretende formar verdadeiros
cidadãos, conscientes e comprometidos com a sociedade. Entretanto, estas
reestruturações ainda não contemplam todas as mudanças necessárias. Neste estudo,
houve análise de apenas dois cursos. Mesmo com esta pequena amostra, pode-se
observar que o interesse para com as relações humanas ainda é restrito e pouco
explorado. Compreende-se que para o educando concretizar o desenvolvimento pleno
de suas habilidades e competências no mundo do trabalho, é de suma importância que o
tema “relações humanas” seja mais explorado, aprofundado e enfatizado no CNCT. Isso
conduz a reflexão de que o CNCT precisa ser revisado, dando maior espaço e
valorização à dimensão comportamental e as relações interpessoais, campos estes que
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podem ser trabalhados pela psicologia, mas que também devem ser contemplados nas
demais disciplinas ou eixos temáticos dos diferentes cursos técnicos.
Destaca-se ainda que, anualmente, em período pré-definido pelo Ministério da
Educação, há oportunidade para que a sociedade contribua e emita suas opiniões em
torno da educação profissional, especialmente o CNCT. Este momento deve servir para
que os apontamentos revelados neste estudo sejam observados e discutidos, visando
implementar melhorias no referido Catálogo, implicando em transformações
(especialmente curriculares), na EPT. Na realidade, verificou-se que as diretrizes legais
apontam para uma formação completa do educando, a qual visa o desenvolvimento
humano, bem como competências transversais. Porém, percebe-se que isso nem sempre
está garantido e contemplado, o que indica que os cursos ainda necessitam incluir e
aprimorar a formação voltada para as relações humanas. Nosso país necessita
desenvolver sua visão de formação integral no que se refere à EPT.
Além do exposto, compreendeu-se que a contribuição da Psicologia à educação
profissional vai muito além da psicologia organizacional, costumeiramente abordada
nos componentes curriculares, a qual normalmente vincula-se a administração. A
Psicologia ou disciplinas que a contemplem, deve considerar os sujeitos de modo
completo, contribuindo para que os profissionais consigam compreender as diferenças
entre os seres humanos, suas personalidades, a importância da flexibilização das
relações em um ambiente de convívio, o respeito pelo outro, a ética nas relações, etc.
Assim, a Psicologia deve contribuir na compreensão da importância e significado do
trabalho na atualidade, especialmente na percepção de que trabalho não é apenas
autoconservação, mas também uma forma de transformação da realidade. Percebe-se
que enquanto a formação voltada para o fator humano não for realmente encarada como
uma necessidade e inserida na EPT, encontraremos muitas carências na atuação dos
profissionais.
Conclui-se, portanto, que a formação dos profissionais da EPT deve estar
voltada para a compreensão integral do ser humano e da sociedade, possibilitando a
compreensão da realidade e o contexto ao qual está inserido.

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