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SENADO FEDERAL

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

ATA DA 8ª    REUNIÃO , EXTRAORDINÁRIA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA


ORDINÁRIA DA 50° LEGISLATURA REALIZADA EM 02 DE JUNHO    DE 1998.

Ás dez horas e trinta minutos do dia dois de junho de mil novecentos e noventa e oito, na sala
de reuniões da Comissão, Ala Senador Alexandre Costa, sob a Presidência do Senhor Senador
Joel de Hollanda e com a presença dos Senhores Senadores, Élcio Álvares, Emília Fernandes,
Romeu Tuma, Hugo Napoleão, Jonas Pinheiro, Djalma Bessa, João Rocha, Gerson Camata,
Leonel Paiva, Romero Jucá, Édison Lobão, Vilson Kleinubing, Francelino Pereira, Gilberto
Miranda, José Fogaça, Nabor Júnior, Jefferson Peres, Leomar Quintanilha e Ernandes Amorim
reúne-se a Comissão de Educação.Deixam de comparecer, por motivo justificado, os Senhores
Senadores    José Sarney, João França,    Coutinho Jorge, Teotonio Vilela Filho, Beni Veras, Lauro
Campos, Marina Silva, Odacir Soares, Fernando Bezerra, Roberto Requião, Artur da Távola, Abdias
Nascimento, Sérgio Machado e Levy Dias.Havendo número regimental, abrem-se os trabalhos. A
Presidência dispensa a leitura da Ata da reunião anterior, que é dada como aprovada. Prosseguindo,
o Senhor Senador Romeu Tuma requer    que a deliberação da Pauta ordinária se inicie pelos
projetos não terminativos que tratam das concessões de Rádios e Tvs (itens nº.s 11,12 e 13 ), o que é
aprovado por todos os Senhores Senadores. A seguir, o Senhor Presidente passa a apreciação das
matérias .Item 11: Projeto de Decreto Legislativo nº. 112 de 1997, de caráter não terminativo de
autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Iguatemi
FM Stéreo Ltda., para explorar serviços de radiodifusão sonora em Frequência Modulada na Cidade
de Bebedouro, Estado de São Paulo .” O relator designado é o Senador Romeu Tuma e o parecer
favorável é aprovado.Item 12: Projeto de Decreto Legislativo nº. 138 de 1997, de caráter não
terminativo de autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a concessão deferida a
Empresa Portoalegrense de Comunicação Ltda., para explorar serviços de radiodifusão de sons e
imagens (Televisão), na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul”. O relator designado
é o Senador José Fogaça e o parecer favorável, lido pela Senadora Emília Fernandes, é
aprovado.Item 13: Projeto de Decreto Legislativo nº. 82 de 1997, de caráter não terminativo de
autoria do Poder Executivo que, ”Aprova o ato que renova a concessão deferida à Rádio e Televisão
Bandeirantes Ltda., para explorar serviços de radiodifusão de sons e imagens (Televisão) na Cidade
de São Paulo, Estado de São Paulo”. O relator designado é o Senador Romeu Tuma e o parecer
favorável é aprovado. Encerrada a apreciação dos Projetos de Decreto Legislativo contidos na Pauta
Ordinária, o Senhor Presidente passa a apreciação da Pauta Extra. Item 01: Projeto de Decreto
Legislativo nº. 041 de 1998, de caráter não terminativo de autoria do Poder Executivo que,
“Aprova o ato que renova a concessão outorgada a Santarém Rádio e TV Ltda., para explorar
serviços de radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Santarém, Estado do Pará”. O relator
designado é o Senador Coutinho Jorge e o parecer favorável, lido pelo Senador Djalma Bessa é
aprovado. Item 02: Projeto de Decreto Legislativo nº. 055 de 1998, de caráter não terminativo de
autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a permissão da Rádio Pioneira Stéreo
Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em Frequência Modulada na Cidade de Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul”. A relatora designada é a Senadora Emília Fernandes e o
parecer favorável é aprovado.Item 03: Projeto de Decreto Legislativo nº. 052 de 1998, de caráter
não terminativo de autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a concessão da
Rádio Sociedade de Cerro Azul Ltda., para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda média
na Cidade de Cerro Largo, Estado do Rio Grande do Sul”. A relatora designada é a Senadora Emília
Fernandes e o parecer favorável é aprovado. Item 04: Projeto de Decreto Legislativo nº. 042 de
1998, de caráter não terminativo de autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a
permissão outorgada a Empresa São Borgense de Comunicação Ltda., para explorar serviços de
radiodifusão sonora em Frequência Modulada na Cidade de São Borja , Estado do Rio Grande do
Sul”. A relatora designada é a Senadora Emília Fernandes e o parecer favorável é aprovado. Item
05: Projeto de Decreto Legislativo nº. 029 de 1996, de caráter não terminativo de autoria do Poder
Executivo que, “Aprova o ato que renova a concessão da Rádio Tiradentes Ltda., para explorar
serviços de radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas
Gerais”. O relator designado é o Senador Francelino Pereira e o parecer favorável, lido pelo
Senador Gerson Camata é aprovado. Item 06: Projeto de Decreto Legislativo nº. 050 de 1998, de
caráter não terminativo de autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a concessão
da Rádio Sociedade de Juiz de Fora S.A., para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda
média na Cidade de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais”. O relator designado é o Senador
Francelino Pereira e o parecer favorável, lido pelo Senador Romeu Tuma é aprovado. Item 07:
Projeto de Decreto    Legislativo    nº. 124 de 1997, de caráter não terminativo de autoria do Poder
Executivo que, ”Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Sociedade da Bahia S.A.,
para explorar serviço de radiodifusão sonora em Frequência Modulada na cidade de Salvador ,
Estado da Bahia”. O relator designado é o Senador Djalma Bessa e o parecer    favorável,    é
aprovado. Item 08: Projeto de Decreto Legislativo nº. 124 de 1995, de caráter não terminativo de
autoria do Poder Executivo que,”Renova a permissão outorgada á Rádio Terra FM Ltda., para
explorar serviço de rádiodifusão sonora em Frequência Modulada na Cidade de Goiânia , Estado de
Goiás”. O Senhor Senador Ernandes Amorim pede vista do referido projeto .Item 09: Projeto de
Decreto Legislativo nº. 113 de 1997, de caráter não terminativo de autoria do Poder Executivo
que,”Aprova o ato que renova a concessão da Fundação Frei João Batista Vogel-FM., para explorar
serviços de rádiodifusão sonora em onda média na Cidade de Catalão, Estado de Goiás”.O relator
designado é o Senador Iris Rezende e o parecer favorável, lido pelo Senador Romeu Tuma é
aprovado.Item 10: Projeto de Decreto Legislativo nº. 128 de 1997, de caráter não terminativo de
autoria do Poder Executivo que,” Aprova o ato que renova a concessão da Rádio Carajá da Anápolis
Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda tropical na cidade de Anápolis, Estado
de Goiás”.O relator designado é o Senador    Iris Rezende e o parecer favorável, lido pelo Senador
Gerson Camata é aprovado.Item 11: Projeto de Decreto Legislativo nº. 044 de 1998, de caráter
não terminativo de autoria do Poder Executivo que,” Aprova o ato que      renova a concessão da
Rádio Difusora de Itumbiara Ltda., para explorar serviço de rádiodifusão sonora em onda média na
Cidade de Itumbiara, Estado de Goiás”.O relator designado é o Senador Iris Rezende e o parecer
favorável, lido pela Senadora Emília Fernandes é aprovado. Item 12: Projeto de Decreto
Legislativo nº. 046 de 1998, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que,”
Aprova o ato que renova a concessão da Fundação Frei João Batista Vogel-FM, para explorar
serviço de radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Anápolis, Estado de Goiás”. O relator
designado é o Senador Iris Rezende e o parecer favorável, lido pelo Senador Romeu Tuma é
aprovado.Item 13: Projeto de Decreto Legislativo nº. 135 de 1997, de caráter não terminativo, de
autoria do Poder Executivo que, “Aprova o ato que renova a concessão outorgada a    Rádio
Pousada do Rio Quente Ltda., para explorar serviço de rádiodifusão sonora em onda média na
Cidade de Caldas Novas, Estado de Goiás”. O relator designado é o Senador José Saad e o parecer
favorável, lido pelo Senador Gerson Camata é aprovado. Item 14: Projeto de Decreto Legislativo
nº. 141 de 1997, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que,”Aprova o ato que
renova a concessão da Rádio Cornélio Procópio Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora
em onda média na Cidade de Cornélio Procópio, Estado do Paraná”. O relator designado é o
Senador Djalma Bessa e o parecer favorável, é aprovado. Item 15: Projeto de Decreto Legislativo
nº. 140 de 1997, de caráter    não terminativo, de autoria do Poder Executivo que,”Aprova o ato que
renova a concessão outorgada á Rádio Cultura de Ilhéus Ltda., para explorar serviço de radiodifusão
sonora em onda média na Cidade de Ilhéus, Estado da Bahia”. O relator designado é o Senador
Djalma Bessa e o parecer favorável,    é aprovado. Item 16: Projeto de Decreto Legislativo nº. 040
de 1998, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que,”Aprova o ato que renova a
concessão deferida a rádio Cultura Araraquara Ltda., para explorar serviço de rádiodifusão sonora
em onda tropical na Cidade de Araraquara, Estado de São Paulo”. O relator designado é o Senador
Romeu Tuma e o parecer favorável    é aprovado. Item 17:Projeto de Decreto Legislativo nº.126
de 1997, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que ”Aprova o ato que renova a
concessão outorgada á Rádio Sociedade Carijós Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora
em onda média na Cidade de Conselheiro Lafaiete, estado de Minas Gerais”. O relator designado é
o Senador Francelino Pereira e o parecer favorável é aprovado.Item 18:Projeto de Decreto
Legislativo nº. 170 de 1997, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que,
“Aprova o ato que renova a permissão outorgada a FM Cidade de Ilhéus Ltda para explorar serviço
de radiodifusão sonora em Frequência Modulada na Cidade de Ilhéus, Estado da Bahia”. O relator
designado é o Senador Djalma Bessa e o parecer favorável é aprovado. Item 19: Projeto de
Decreto Legislativo nº. 121 de 1997, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que
“ Aprova o ato que renova a concessão da Rádio Cultura de Cambará Ltda., para explorar serviço de
radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Cambará, Estado do Paraná”. O relator designado
é o Senador Nabor Júnior e o parecer favorável, lido pelo Senador João Rocha é aprovado.Item 20:
Projeto de Decreto Legislativo nº. 051 de 1998, de caráter não terminativo , de autoria do poder
Executivo que “Aprova o ato que renova a concessão outorgada á Sociedade Rádio Clube de
Varginha Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda tropical na Cidade de
Varginha, Estado de Minas Gerais”. O relator designado é o Senador Francelino Pereira e o parecer
favorável é aprovado. Item 21: Projeto de Decreto Legislativo nº. 053 de 1998, de caráter não
terminativo, de autoria do Poder Executivo que “Aprova o ato que renova a concessão da Rádio
Colonial Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Três de
Maio, Estado do Rio Grande do Sul”. O relator designado é o Senador José Fogaça e o parecer
favorável, lido pela Senadora Emília Fernandes é aprovado. Item 22: Projeto de Decreto
Legislativo nº. 043 de 1998, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que
“Aprova o ato que renova a concessão da S/A Rádio Pelotense Ltda., para explorar serviço de
radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul”. O relator
designado é o Senador José Fogaça e o parecer favorável, lido pelo Senador Joáo Rocha é
aprovado.Item 23: Projeto de Decreto Legislativo nº. 054 de 1998, de caráter não terminativo, de
autoria do Poder Executivo que ” Aprova o ato que renova a permissão outorgada a SPS Rádio e
Publicidade Ltda., para explorar,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em
onda média na Cidade de Torres, Estado do Rio Grande    do Sul”.O relator designado é o Senador
José Fogaça e o parecer favorável, lido pelo Senador Gerson Camata é    aprovado. Item 24:
Projeto de Decreto Legislativo nº. 056 de 1998, de caráter não terminativo, de autoria do Poder
Executivo que “Aprova o ato que renova a concessão da Rádio Estância ltda., para explorar serviço
de radiodifusão sonora em onda média na Cidade de São Lourenço, Estado de Minas Gerais”. O
relator designado é o Senador João França e o parecer favorável, lido pelo Senador João Rocha é
aprovado.Esgotada a Pauta Extra o Senhor Presidente submete ao Plenário a retomada da
deliberação da Pauta Ordinária, o que é aceito por todos os Senhores Senadores. Item 01:Projeto
de Lei da Câmara nº.012 de 1997, de caráter não terminativo, de autoria do Deputado Paulo Paim
que “Acrescenta dispositivo á lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1997, que dispõe sobre os estágios
de estudantes, alterada pela lei nº. 8.859, de 23 de março de 1994”. O relator designado é o Senador
Lúcio Alcântara. O Senhor Presidente esclarece que    o relator da matéria não se encontra no
Plenário da Comissão para a discussão do parecer, propondo que a deliberação seja reiniciada na
próxima reunião da Comissão, com o que todos os membros concordam. Item 02: Projeto de Lei
da Cãmara dos Deputados nº. 052 de 1997, de caráter não terminativo, de autoria do Deputado
Ubiratan Aguiar que ”Regulamenta o inciso VI do Artigo 206 da Constituição Federal , dispondo
sobre a gestão democrática do ensino público”. O relator designado é o Senador José Fogaça e o
parecer, encaminhando a matéria para análise da CCJ, lido pelo Senador Gerson Camata é
aprovado. Item 03: Projeto de Lei da Câmara nº. 061 de 1997, de caráter não terminativo, de
autoria do Deputado Fábio Feldmann que “Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outra providências”. O relator designado é o Senador Joel de
Hollanda. É concedida vista ao Senador Ernandes Amorim. A Comissão na totalidade de seus
membros, decide que os itens a seguir descriminados ficam adiados em virtude de    serem Projetos
Terminativos que exigem quórum qualificado, não havendo, no momento, número regimental para a
deliberação dos mesmos: Item 04: PLS nº. 110 de 1995, Item 05:PLS 147 de 1996; Item 06: PLS
263 de 1995; Item 07: PLS 079 de 1995 (emendas de Plenário) e Item 08: PLS 234 de 1997.
Prosseguindo o Senhor Presidente retoma a votação da Pauta Ordinária. Item 09: Projeto de Lei do
Senado nº. 306 de 1995 de caráter não terminativo, de autoria da Senadora Marina Silva que
“Dispõe sobre os instrumentos de controle do acesso aos recursos genéticos do país e dá outras
providências”. O relator designado é o Senador Leomar Quintanilha e o parecer favorável, nos
termos do substitutivo apresentado, lido pela Senadora Emília Fernandes é aprovado.A seguir o
Senhor Presidente concede a palavra ao Senhor Senador Leonel Paiva que requer a inserção do PDS
032/98, na Pauta ora em deliberação, o que é aprovado pelo plenário da Comissão. Projeto de
Decreto Legislativo nº. 032 de 1998, de caráter não terminativo, de autoria do Poder Executivo que
“Aprova o ato que renova a concessão deferida á Rádio Globo de Brasília Ltda., para explorar
serviço de radiodifusão sonora em onda média na Cidade de Brasília, Distrito Federal”.O relator
designado é o Senador Leonel Paiva e o parecer favorável é aprovado. Prosseguindo a Presidência
coloca para apreciação o último item da Pauta. Item 10: Projeto de Lei do Senado nº. 127 de
1996, de caráter não terminativo, de autoria do Senador Casildo Maldaner, que inclui apensados ao
mesmo, os Projetos de Lei do Senado nºs. 293 de 1997 e 008 de 1998.É concedido pedido de vista
do projeto á Senhora Senadora Emília Fernandes.O Senhor Presidente determina que as Notas
Taquigráficas sejam anexadas a esta Ata para a devida publicação. Nada mais havendo a tratar, a
Presidência encerra a reunião, ás doze horas e trinta e nove minutos, determinando que eu, Júlio
Ricardo Borges Linhares, Secretário da Comissão de Educação, lavrasse a presente Ata que,
após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente

                                                                                                    Senador Joel de Hollanda


Vice-Presidente no exercício da Presidência   
NOTAS TAQUIGRÁFICAS

O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Declaro aberta a 8ª


reunião extraordinária da 4ª sessão legislativa ordinária da 50ª legislatura, a
realizar-se nesta data.
Por solicitação de vários Senadores, iniciaríamos a reunião
apreciando a pauta extra estabelecida.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, permita-me? Na pauta
normal, há três itens sobre rádio: nºs 11, 12 e 13. Talvez fosse interessante
votá-los.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Então, com a
concordância de todos, começaremos pelo item 11, atendendo à solicitação
do Senador Romeu Tuma.
Item 11. Projeto de Decreto Legislativo nº 102, de 1997. Aprova o
ato que renova a permissão outorgada à Rádio Iguatemi FM Estéreo Ltda.,
para explorar serviço de radiodifusão sonora, em freqüência modulada, na
cidade de Bebedouro, no Estado de São Paulo.
Autor: Poder Executivo. Relator: Senador Romeu Tuma, a quem
concedo a palavra.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, V. Exª me permitiria fazer
um resumo?
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Presidência concorda
com a sugestão de V. Exª.
O SR. ROMEU TUMA - Como o projeto preenche todos os
requisitos, inclusive a descrição das cotas de cada um dos associados, tendo
essa rádio recebido parecer favorável na Câmara dos Deputados, opinamos
no sentido de que ela se habilita à renovação da permissão.
Não se trata de nova concessão, e sim da renovação da Rádio
Iguatemi FM Estéreo, na cidade de Bebedouro, no Estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A conclusão do parecer
é favorável.
Em votação o parecer do Senador Romeu Tuma.
Os Senadores que estão de acordo queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 12 da pauta normal. Projeto de Decreto Legislativo nº 138,
de 1997. Aprova o ato que renova a concessão deferida à Empresa Porto-
alegrense de Comunicações Ltda., para explorar serviços de radiodifusão de
sons, imagens e televisão na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande
do Sul.
Autor: Poder Executivo. Relator: Senador José Fogaça.
Eu pediria à Senadora Emilia Fernandes que, se possível, fizesse
um resumo do parecer do Senador José Fogaça.
A SRª EMILIA FERNANDES - O parecer, Sr. Presidente, Srs.
Senadores, de autoria do Senador José Fogaça, refere-se à Empresa Porto-
alegrense de Comunicação Ltda., para explorar serviços de radiodifusão de
sons e imagens na cidade de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul,
e chegou à nossa Comissão com a aprovação da Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados e dá
conta de que toda a documentação necessária foi apresentada e, portanto,
evidencia o cumprimento das formalidades estabelecidas do ponto de vista
legal.
Trata-se da Empresa Porto-alegrense de Comunicação Ltda. -
rádio e televisão.
Assim, tendo em vista o exame dessa documentação,
entendemos que a emissora, a Empresa Porto-alegrense de Comunicação
Ltda. atendeu a todos os requisitos técnicos e legais para habilitar-se à
renovação da concessão.
O parecer, portanto, é favorável.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Presidência agradece
à Senadora Emilia Fernandes pela leitura do parecer, que é favorável à
aprovação da matéria.
Em votação o parecer.
Os Srs. Senadores e Senadoras que concordam com parecer
queiram permanecer sentados.(Pausa.)
Aprovado o item 12.
Item 13: Projeto de Decreto Legislativo nº 82, de 1997, que
aprova o ato que renova a concessão deferida à Rádio e Televisão
Bandeirantes Ltda., para explorar serviço de radiodifusão de som e imagens
e televisão na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo.
O autor é o Poder Executivo, e o Relator, o Senador Romeu
Tuma, a quem concedo a palavra.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, Srs. Senadores, a Rádio
e Televisão Bandeirantes é uma das mais antigas de São Paulo, e a
renovação de sua concessão é enviada a este Senado para ser apreciada,
depois de ter sido aprovada na Câmara dos Deputados.
O projeto preenche todos os requisitos, e seria até uma
homenagem a João Jorge Saad, um dos homens mais antigos no cenário de
radiodifusão do País, que vem cumprindo bem o seu papel.
Portanto, preenchidos os requisitos legais, somos favoráveis à
renovação da concessão.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer conclui
favoravelmente à aprovação do projeto.
Em votação o projeto.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado o Item 13.
Passamos, agora, à pauta extra, que também trata de rádios,
para que possamos avançar no exame das matérias.
Pauta extra. Item 1:
Projeto de Decreto Legislativo nº 41, de 1998, que aprova o ato
que renova a concessão outorgada à Santarém Rádio e TV Ltda., para
explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de
Santarém, Estado do Pará.
O autor é o Poder Executivo, e o Relator, o Senador Coutinho
Jorge, que não se encontra presente. Solicito, portanto, ao Senador Djalma
Bessa que resuma o parecer proferido por S. Exª.
O SR. DJALMA BESSA - Parecer da Comissão de Educação
sobre o Projeto de Decreto Legislativo nº 41, de 1998 (nº 491, de 1997, na
Câmara dos Deputados), que aprova o ato que renova a concessão da
Santarém Rádio e TV Ltda. para explorar o serviço de radiodifusão sonora
em onda média, na cidade de Santarém, Estado do Pará.
Sr. Presidente, o projeto está devidamente instruído. Foi
examinado na Câmara dos Deputados e obteve parecer favorável das
comissões competentes.
A conclusão do voto do Relator é a seguinte:
“Tendo em vista que o exame da documentação que acompanha
o PDS nº 41, de 1998, evidencia o cumprimento das formalidades
estabelecidas na Resolução nº 39/92, ficando caracterizado que a empresa
Santarém Rádio e TV Ltda. atendeu a todos os requisitos técnicos e legais
para habilitar-se à renovação da concessão, opinamos pela aprovação do
ato na forma do projeto de decreto legislativo originário da Câmara dos
Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em votação o projeto.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 2:
Projeto de Decreto Legislativo nº 55, de 1998, que aprova o ato
que renova a permissão da Rádio Pioneira Estéreo Ltda. para explorar
serviço de radiodifiusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul.
O Poder Executivo é autor, e a Senadora Emilia Fernandes, a
Relatora, a quem concedo a palavra.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, o projeto de
decreto legislativo oriundo da Câmara dos Deputados chegou a esta
Comissão com a aprovação da Comissão de Ciência e Tecnologia e da
Comissão de Constituição e Justiça daquela Casa, pela qual foi considerado
jurídico, constitucional e vazado em boa técnica legislativa.
Tendo em vista que foram prestadas as informações necessárias
para o cumprimento legal e atendidas as exigências, o projeto se encontra
com todos os requisitos legais e técnicos para que seja aprovada a
renovação. Por isso, nosso parecer é favorável.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 3:
Projeto de Decreto Legislativo nº 52, de 1998, que aprova o ato
que renova a concessão da Rádio Sociedade Cerro Azul Ltda. para explorar
serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Cerro Largo,
Estado do Rio Grande do Sul.
O Poder Executivo é o autor, e a Senadora Emilia Fernandes, a
Relatora, a quem concedo a palavra.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, o Projeto de
Decreto Legislativo nº 52 chegou ao Congresso Nacional acompanhado da
Mensagem Presidencial nº 53, com uma exposição de motivos do Ministro
das Comunicações ao Presidente da República. Inclusive, o documento que
integra os autos dá conta de que a presente solicitação de renovação foi
instruída em conformidade com a legislação aplicável, o que levou a seu
deferimento.
O projeto foi analisado na Câmara dos Deputados. No Senado,
depois de avaliá-lo, consideramos que a Rádio Sociedade Cerro Azul Ltda.,
da cidade de Cerro Largo, Estado do Rio Grande do Sul, atendeu a todos os
requisitos técnicos e legais para habilitar-se à renovação da concessão. Por
isso, opinamos favoravelmente.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Relatora conclui pela
aprovação do projeto de decreto legislativo.
Em votação o parecer.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 4:
Projeto de Decreto Legislativo nº 29, de 1996, que aprova o ato
que renova a permissão outorgada à empresa São Borjense de
Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em
freqüência modulada, na cidade de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul.
O Poder Executivo é o autor, e a Senadora Emilia Fernandes, a
Relatora, a quem concedo a palavra.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, Srs. Senadores, da
mesma forma, essa solicitação de renovação veio ao Congresso Nacional
por meio da Mensagem Presidencial nº 313, de 1992, acompanhada da
exposição de motivos do Ministro das Comunicações.
Essa rádio é situada em uma cidade tradicional do interior do
Estado do Rio Grande do Sul. Pelo que todos os rio-grandenses conhecem,
ela presta bons serviços àquela comunidade.
Tendo em vista que atingiu todos os requisitos técnicos e legais
para habilitar-se à renovação da permissão, opinamos pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 5:
Projeto de Decreto Legislativo nº 42, de 1998, que aprova o ato
que renova a concessão da Rádio Tiradentes Ltda. para explorar serviço de
radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Belo Horizonte, Estado de
Minas Gerais.
O Relator é o Senador Francelino Pereira. Já que S. Exª não está
presente, peço ao Senador Gerson Camata a gentileza de resumir a
conclusão do parecer.
O SR. GERSON CAMATA - O Relatório é favorável, pois se trata
de uma exploração em onda tropical, que, aliás, ninguém mais está
utilizando. Seria bom que o fizesse, porque ela possibilita que pessoas do
interior ouçam estação de rádio.
O parecer é favorável.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 6:
Projeto de Decreto Legislativo nº 50, de 1998, que aprova o ato
que renova a concessão à Rádio Sociedade Juiz de Fora S/A para explorar
serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Juiz de Fora,
Estado de Minas Gerais.
O Relator é o Senador Francelino Pereira, que se encontra na
Comissão de Assuntos Econômicos. Por isso, peço ao Senador Romeu
Tuma que resuma o parecer proferido pelo Relator.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, Srs. Senadores, tendo em
vista que o exame da documentação que acompanha o projeto evidencia o
cumprimento das formalidades estabelecidas para a renovação da
concessão, opinamos pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer conclui
favoravelmente.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 7:
Projeto de Decreto Legislativo nº 124, de 1997, que aprova o ato
que renova a permissão outorgada à Rádio Sociedade da Bahia S/A Ltda.
para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na
cidade de Salvador, Estado da Bahia.
O Relator é o Senador Djalma Bessa, que tem a palavra.
O SR. DJALMA BESSA - Parecer da Comissão de Educação
sobre o Projeto de Decreto Legislativo nº 124, de 1997 (nº 463, de 1997, na
Câmara dos Deputados), que aprova o ato que renova a permissão
outorgada à Rádio Sociedade da Bahia S/A para explorar serviço de
radiodifusão sonora com freqüência modulada na cidade de Salvador, no
Estado da Bahia.
A proposição é de iniciativa do Presidente da República, que
encaminhou mensagem à Casa, acompanhada da devida exposição de
motivos. Consta a relação dos quotistas. Muito bem instruída a proposição,
passou pela Câmara dos Deputados e foi aprovada nas comissões
competentes.
A conclusão do parecer é a seguinte:
Voto
Tendo em vista que o exame da documentação que acompanha
o PDS nº 124/97 evidencia o cumprimento das formalidades estabelecidas
na Resolução nº 39/92, ficando caracterizado que a empresa Rádio
Sociedade da Bahia S/A atendeu a todos os requisitos técnicos e legais para
habilitar-se à renovação da permissão, opinamos pela aprovação do ato na
forma do Projeto de Decreto Legislativo originário da Câmara dos
Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer opina
favoravelmente.
Em discussão a matéria. (Pausa.)
Não havendo quem queira discuti-la, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que a aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovada.
Item 8:
Projeto de Decreto Legislativo nº 124/95,    que renova permissão
outorgada à Rádio Terra FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão
sonora em freqüência modulada na cidade de Goiânia, Estado de Goiás.
Autor: Poder Executivo. Relator: Senador Íris Rezende.
O SR. ERNANDES AMORIM - Sr. Presidente, peço a palavra
pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Senador Ernandes
Amorim, V. Exª tem a palavra.
O SR. ERNANDES AMORIM - Sr. Presidente, tenho
constantemente falado quanto à questão de os Senadores aprovarem
projetos de renovação de permissões a rádios.
Em meu Estado, Rondônia, na cidade em que moro, surgiam as
primeiras casas e já havia três emissoras de rádio. Nesta semana, um amigo
celebrou contrato com certa rádio de lá. Eu nunca falei nessa emissora e,
quando souberam que ele era meu amigo, cortaram o contrato desse
cidadão.
Agora, ao ver a enchente de pedidos de permissões a rádios no
Congresso - não sei qual o procedimento para sua aprovação, até porque
nunca fui relator desse tipo de matéria -, aproveito o momento para pedir
vista, para que eu possa ter uma idéia de como poderia contribuir, aprender
um pouco sobre essa questão.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Senador, a vista está
concedida.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, peço a palavra para um
esclarecimento.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O Senador Romeu
Tuma, V. Exª tem a palavra.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Senador, desculpe-me, mas creio que
V. Exª poderia abrir mão desse pedido de vista, pois é grande a demora
nessas aprovações. Vou um pouco mais adiante, Senador. A assessoria do
Congresso tem sempre nos orientado quanto ao tratamento a matérias desse
tipo.
Talvez V. Exª queira fazer um requerimento à Mesa para informar,
especificamente, de que rádio se trata, para que seu comportamento seja
analisado por esta Comissão.
Senador, temos aprovado esses projetos cumprindo a
formalidade, e creio que não devemos abrir mão desse procedimento. Trata-
se de permissão outorgada à rádio, para explorar serviço de radiodifusão,
uma concessão e não propriedade. A qualquer instante, o Governo pode
cassá-la.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Concedo a palavra ao
Senador Gerson Camata.
O SR. GERSON CAMATA - Precisamos - e este é o fórum
adequado - convidar diretores de rádio, televisão, jornais, para que eles
esclareçam quanto à tabela de preço de certos comunicados, propagandas,
etc. O custo é um ou não. Daqui a pouco vai estabelecer que, para
propaganda religiosa, três vezes mais; propaganda a favor dos pretos, vinte
vezes mais; a favor dos brancos, de graça. Isso é uma discriminação que
fere a Constituição.
Os horários na televisão chamados de gratuitos não o são. Eles
são descontados no Imposto de Renda. Há empresa que tem crédito de
Imposto de Renda de 30 anos e nunca mais vai pagar.
Essas coisas devem ser ditas. Temos que fazer um estudo do
que vem acontecendo. O espaço que vem sendo usado, e do jeito que
querem, não é do Senado, mas do povo brasileiro, patrimônio do povo.
Certas emissoras fazem campanha para que não haja
transmissão pela agência nacional. Eles, que faturam 23 horas por dia, não
concedem uma hora às instituições do povo, não podem. Isso também deve
ser examinado.
Problemas como propagandas de crime, de droga são veiculados
em horário impróprio. Até o cardeal está reclamando, e estamos aqui
aprovando tudo!
Temos que começar a examinar esses concessões, a fazer um
exame do que vem acontecendo, porque tudo isso está mexendo até com
cardeal. É tiroteio, crime, sexo, violência.
O SR. ERNANDES AMORIM - Em meu Estado, se eu quiser
comprar um minuto em alguma emissora, não me vendem. Não tenho
participação na imprensa.
Peço desculpas, mas minha intenção é solicitar que esse projeto,
já no ponto de ser aprovado, seja analisado, seja examinado o que se está
exigindo da emissora.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Concedida vista a V.
Exª.
Item 9:
Projeto de Decreto Legislativo nº 113, de 1997
Aprova o ato que renova a concessão da Fundação Frei João
Batista Vogel FM para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda
média na cidade de Catalão, Estado de Goiás. Autor: Poder Executivo.
Relator: Senador Iris Rezende.
Senador Romeu Tuma, peço a V. Exª a gentileza de sintetizar o
relatório.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, trata-se de decreto que
renova a concessão da Fundação Frei João Batista Vogel, na cidade de
Catalão, Estado de Goiás.
O voto do Relator, Senador Iris Rezende, é que o exame da
documentação que acompanha esse PDS evidencia o cumprimento das
formalidades estabelecidas. Portanto preencheu os requisitos legais,
habilitando-se à renovação da concessão.
Opinamos pela aprovação do presente ato.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 10:
Projeto de Decreto Legislativo nº128, de 1997
Aprova o ato que renova a concessão da Rádio Carajá de
Anápolis Ltda. para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda
tropical na cidade de Anápolis, Estado de Goiás. Relator: Senador Iris
Rezende.
Senador Gerson Camata, peço a V. Exª que faça o resumo do
parecer.
O SR. GERSON CAMATA (Joel de Hollanda) - Trata-se de
renovação da concessão à Rádio Carajás de Goiás. No parecer, temos
relacionados os sócios cotistas.
Não foi apresentado nenhum problema quanto à concessão da
renovação. Portanto, o parecer é favorável.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer conclui
favoravelmente.
Em discussão o parecer. (Pausa.)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permaneceram
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item 11:
Projeto de Decreto Legislativo nº 44/98
Aprova o ato que renova a concessão da Rádio Difusora de
Itumbiara Ltda. para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda média
na cidade de Itumbiara, Estado de Goiás. Relator: Senador Iris Rezende.
Senadora Emilia Fernandes, peço a V. Exª a gentileza de resumir
o relatório do Senador Iris Rezende.
A SRª EMILIA FERNANDES - O Senador Iris Rezende
apresentou relatório dando conta da mensagem presidencial recebida, dos
motivos, da relação dos nomes dos sócios cotistas.
Tendo em vista que o projeto passou pela Câmara dos
Deputados, sendo lá aprovado do ponto de vista técnico e legal, jurídico e
constitucional, o parecer do Senador Iris Rezende é pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 12:
Projeto de Decreto Legislativo nº 46/98.
Aprova o ato que renova a concessão da Fundação Frei Joaquim
Batista Vogel FM para explorar serviços de radiodifusão sonora na cidade de
Anápolis, Estado de Goiás.
O autor é o Poder Executivo e o Relator é o Senador Iris
Rezende.
Peço ao Senador Romeu Tuma para apresentar o parecer.
O SR. ROMEU TUMA - Sr. Presidente, Srs. Senadores, esta é a
mesma Fundação cuja concessão acabamos de aprovar para a cidade de
Catalão e que também requer a renovação da concessão da sua rádio na
cidade de Anápolis, em Goiás.
O Senador Iris Rezende conclui, em seu voto, que foram
preenchidos todos os requisitos legais - acompanha a documentação
exigida. Portanto, habilita-se a renovação dessa concessão.
O relatório é favorável, com o qual concordamos.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Em discussão o
relatório. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 13:
Projeto de Decreto Legislativo nº 135, de 1997, que aprova o ato
que renova a concessão outorgada à Rádio Pousada do Rio Quente Ltda.
para explorar o serviço de radiodifusão sonora em ondas médias, na cidade
de Caldas Novas, no Estado de Goiás.
O Relator é o Senador José Saad.
Peço ao Senador Gerson Camata para apresentar o parecer.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, a Pousada do Rio
Quente tem dois sócios. A análise técnica do Ministério conclui pela
renovação da concessão, que já foi outorgada e que é renovada por esse
ato.
O Relatório do Senador José Saad é favorável e o meu também.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O Parecer conclui
favoravelmente.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 14:
Projeto de Decreto Legislativo nº 141, de1997, que aprova o ato
que renova a concessão à Rádio Cornélio Procópio Ltda. para explorar
serviços de radiodifusão sonora em ondas médias na cidade de Cornélio
Procópio, no Estado do Paraná.
O autor é o Poder Executivo e o Relator é o Senador Djalma
Bessa, a quem concedo a palavra.
O SR. DJALMA BESSA - O Projeto de Decreto Legislativo nº
141 objetiva aprovar o ato que renova a concessão da Rádio Cornélio
Procópio Ltda., na cidade de Cornélio Procópio, no Estado do Paraná.
O relatório está devidamente instruído e informa que a
documentação foi devidamente apresentada. Cumpriram-se a Constituição e
a Resolução da Casa.
O voto do Relator é pela aprovação do Decreto Legislativo.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O Parecer conclui
favoravelmente.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 15:
Projeto de Decreto Legislativo nº 140, de 1997, que aprova o ato
que renova a concessão outorgada à Rádio Cultura de Ilhéus Ltda. para
explorar serviços de radiodifusão sonora em ondas médias na cidade de
Ilhéus, no Estado da Bahia.
O Relator é o Senador Djalma Bessa, a quem concedo a palavra.
O SR. DJALMA BESSA - O Projeto de Decreto Legislativo nº
140 objetiva aprovar o ato que renova a concessão à Rádio Cultura de Ilhéus
Ltda.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Com a oposição do
Partido dos Trabalhadores, que votou contra essas matérias.
Agora, o item nº 15.
Continua com a palavra o Relator.
O SR. DJALMA BESSA - O Projeto de Decreto Legislativo nº
140, de 1997, objetiva aprovar o ato que renova a concessão outorgada à
Rádio Cultura de Ilhéus Ltda.
O relatório expressa que a documentação foi devidamente
apresentada e apreciada. Está de acordo com a lei.
O voto do Relator é pela aprovação do projeto de decreto
legislativo, uma vez que foram atendidas as exigências constitucionais,
regimentais e da Resolução que disciplina a concessão de rádios.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Presidência agradece
ao Senador Djalma Bessa.
O relatório é favorável.
Em discussão o relatório.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Senador Gerson
Camata, V. Exª tem a palavra.
O SR. GERSON CAMATA - Eu gostaria de fazer uma pergunta
ao Senador Romeu Tuma.
Sempre ouvi dizer que, no Brasil, é proibido que, por exemplo, V.
Exª dê a seu filho o nome de Joel de Hollanda II, assim como Romeu Tuma
II, Romeu Tuma III, Romeu Tuma IV.
O SR. DJALMA BESSA - Nada impede.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Não havendo mais
quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 16:
Projeto de Decreto Legislativo nº 40, de 1998, que aprova o ato
que renova a concessão deferida à Rádio Cultura Araraquara Ltda. para
explorar serviços de radiodifusão sonora em onda tropical, na cidade de
Araraquara, no Estado de São Paulo.
O Relator é o Senador Romeu Tuma a quem concedo a palavra.
O SR. ROMEU TUMA - O processo em exame e em apreciação
pelo Congresso foi aprovado na Câmara dos Deputados, cujo Relator, o
Deputado Hélio Rosas, propôs a sua aprovação. Portanto, o projeto
preenche os requisitos legais.
O titular é Elisa Herbert Lupo. A família Lupo é tradicional na
cidade de Araraquara, com a tradicional fábrica de meias nesta cidade.
Somos favoráveis à autorização da renovação da Rádio Cultura
Araraquara, por ter atendido a todos os requisitos técnicos e legais.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 17:
Projeto de Decreto Legislativo nº 126, de 1997, que aprova o ato
que renova a concessão outorgada à Rádio Sociedade Carijós Ltda. para
explorar o serviço de radiodifusão sonora de onda média na cidade de
Conselheiro Lafaiete, no Estado de Minas Gerais.
O Relator é o Senador Francelino Pereira, a quem concedo a
palavra para proferir o seu parecer.
O SR. FRANCELINO PEREIRA - Sr. Presidente, o parecer é
favorável, até porque conheço, de longa data, a Rádio Carijós e posso
testemunhar o seu desempenho, sempre com o apoio da comunidade da
grande cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais.
O parecer é favorável.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 18:
Projeto de Decreto Legislativo nº 170, de 1995, que aprova o ato
que renova a permissão outorgada à FM Cidade de Ilhéus Ltda. para
explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade
de Ilhéus, no Estado da Bahia.
O Relator é o Senador Djalma Bessa, a quem concedo a palavra.
O SR. DJALMA BESSA - Sr. Presidente, este projeto de decreto
legislativo visa renovar a permissão outorgada à FM Cidade de Ilhéus Ltda.
para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na
cidade de Ilhéus, Estado da Bahia.
A proposição, de iniciativa do Presidente da República, esteve na
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e na
Comissão de Ciência e Tecnologia, onde foi devidamente aprovada.
O voto do Relator, verificando que foram observadas todas as
disposições legais e que a documentação está devidamente adequada, é
pela aprovação deste projeto de decreto legislativo, concedendo a
renovação.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer conclui
favoravelmente.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa.)
Aprovado.
Item 19:
Projeto de Decreto Legislativo nº 121, de 1997, que aprova o ato
que renova a concessão à Rádio Cultura de Cambará Ltda. para explorar
serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Cambará,
Estado do Paraná.
O Relator é o Senador Nabor Júnior. Na sua ausência, peço ao
nobre Senador João Rocha que apresente o parecer sobre a matéria.
O SR. JOÃO ROCHA - Sr. Presidente, Srs. Senadores, trata-se
do Projeto de Decreto Legislativo nº 121, de 1997, que aprova o ato que
renova a concessão à Rádio Cultura de Cambará Ltda. para explorar serviço
de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Cambará, no Estado do
Paraná.
O projeto está devidamente instruído e cumpre as exigências
legais.
O nosso parecer é favorável à aprovação da renovação da
concessão da Rádio Cultura de Cambará.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item nº 20: Projeto de Decreto Legislativo nº 51, de 1998, que
aprova o ato que renova a concessão outorgada à Sociedade Rádio Clube
de Varginha Ltda. para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda
tropical na cidade de Varginha, Estado de Minas Gerais.
O Relator é o Senador Francelino Pereira, a quem concedo a
palavra.
O SR. FRANCELINO PEREIRA - Sr. Presidente, a Sociedade
Rádio Clube de Varginha Ltda. funciona naquela importante cidade do sul de
Minas Gerais e seus dirigentes, como consta aqui no parecer, são: Iraci
Aparecida Renault Bittencourt, Luiz Fernando Renault Bittencourt, Morvan
Luísa Caeb de Rezende e José Antônio Renault Bittencourt.
O parecer é favorável.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item nº 21: Projeto de Decreto Legislativo nº 53, de 1998, que
aprova o ato que renova a concessão à Rádio Colonial Ltda. para explorar
serviços de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Três de Maio,
no Estado do Rio Grande do Sul.
O Relator é o Senador José Fogaça.
Peço à Senadora Emilia Fernandes que apresente o parecer
sobre a matéria.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, este projeto chega
devidamente instruído, com a aprovação da Comissão de Ciência e
Tecnologia da Câmara dos Deputados e da Comissão de Constituição,
Justiça e de Redação daquela Casa, onde foi considerado jurídico,
constitucional e embasado em boa técnica legislativa.
Analisando o processo, constatamos que a documentação que
acompanha evidencia o cumprimento de todas as formalidades
estabelecidas do ponto de vista legal e atende a todos os requisitos técnicos.
Por isso, o parecer foi favorável e reafirmamos isso, aqui, nesta
Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item nº 22: Projeto de Decreto Legislativo nº 43, de 1998, que
aprova o ato que renova a concessão da Rádio Pelotense Ltda. para explorar
serviços de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Pelotas, no
Estado do Rio Grande do Sul.
O Relator é o Senador José Fogaça.
Peço ao Senador João Rocha que apresente o parecer do
Senador José Fogaça.
O SR. JOÃO ROCHA - Sr. Presidente, trata-se do Projeto de
Decreto Legislativo nº 43, de 1998, que aprova o ato que renova a
concessão da Rádio Pelotense Ltda.
A empresa atendeu às exigências legais e constitucionais.
O nosso parecer é favorável à renovação da concessão.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer conclui
favoravelmente.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item nº 23: Projeto de Decreto Legislativo nº 54, de 1998, que
aprova o ato que renova a permissão outorgada à SPS Rádio de Publicidade
Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, serviços de radiodifusão
sonora em freqüência modulada na cidade de Torres, no Estado do Rio
Grande do Sul.
O autor é o Poder Executivo.
Peço ao Senador Gerson Camata que apresente o parecer do
Senador José Fogaça.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, o parecer é favorável.
Trata-se de uma rádio FM na cidade de Torres, no Rio Grande do
Sul. A renovação é para a SPS Rádio Publicidade continuar exercendo o uso
dessa freqüência. Os sócios têm 600 quotas cada um, sendo eles: Sebastião
de Assis Pereira, Guilherme da Silva Hora, Dirlene Teixeira da Silva e
Cláudio Weber Rodrigues.
O Parecer do Senador José Fogaça é favorável e concordo com
ele.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer conclui
favoravelmente.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Item nº 24, o último item da pauta extra: Projeto de Decreto
Legislativo nº 56, de 1998, que aprova o ato que renova a concessão à
Rádio Estância Ltda. para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda
média na cidade de São Lourenço, no Estado de Minas Gerais.
O autor é o Poder Executivo e o Relator é o Senador João
França.
Peço ao Senador João Rocha que apresente o parecer sobre a
matéria.
O SR. JOÃO ROCHA - Sr. Presidente, Srs. Senadores, trata-se
do Projeto de Decreto Legislativo nº 56, de 1998, que aprova o ato que
renova a concessão à Rádio Estância Ltda. para explorar serviços de
radiodifusão sonora em onda média na cidade de São Lourenço, no Estado
de Minas Gerais.
O projeto está devidamente instruído, atendendo às exigências e
normas técnicas e constitucionais.
O nosso parecer é favorável à renovação da concessão para
exploração do canal de radiodifusão sonora nos termos do art. 49, XII,
combinado com o § 1º do art. 223, caput, da Constituição Federal.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O Parecer é favorável.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão.
Em votação.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer
sentados. (Pausa)
Aprovado.
Esgotada, portanto, a pauta extra. Consulto os Srs. Senadores se
desejam que voltemos à pauta normal. (Pausa)
Item nº 1 - Projeto de Lei da Câmara nº 012, de 1997 -
acrescenta dispositivo à Lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1997, que
dispõe sobre estágio de estudante, alterada pela Lei nº 8.859, de 23 de
março de 1994. O autor é o Deputado Paulo Paim, Relator, Senador Lúcio
Alcântara. O parecer foi pela prejudicialidade, mas a    Senadora Emilia
Fernandes apresentou voto em separado favorável à proposição em forma
de substitutivo.
Concedo a palavra à Senadora Emilia Fernandes.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, Srs. Senadores,
este projeto, de autoria do Deputado Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, tem
por objetivo explicitar a responsabilidade no acompanhamento do estágio
curricular realizado pelos estudantes. Dessa forma, prevê que a entidade
concedente do estágio supervisionado pela instituição de ensino deve
fiscalizar as atividades dos alunos estagiários em todas as suas etapas.
O Relator da matéria, nesta Comissão, o ilustre Senador Lúcio
Alcântara emitiu parecer considerando a proposição prejudicada e alega que,
em virtude da aprovação da Lei nº 9.394, de 1996, que fixa as diretrizes e
bases da educação nacional. Podemos afirmar que a LDB não revogou
expressamente a Lei nº 6.494, de 1977. A hipótese que sustenta o
entendimento do Relator é que estaria prejudicado porque houve uma
revogação tácita da lei pela LDB. De fato, o art. 82 da referida Lei de
Diretrizes Básicas determina as normas para a realização dos estágios, que
serão estabelecidas pela sistema de ensino. Contudo, não vai além de
estabelecer certas diretrizes genéricas sobre a matéria.
O estágio curricular é uma etapa de grande importância na
formação profissional. É nessa ocasião que o aluno põe em prática os
conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula. Ressalte-se, no
entanto, que a necessária complementação da aprendizagem no que se
refere ao aperfeiçoamento técnico, científico e cultural somente será
alcançada por meio de estágio curricular se esse ocorrer em condições
adequadas.
Com freqüência, as empresas atribuem aos estagiários tarefas
repetitivas e monótonas, que nada acrescentam à sua formação profissional.
Então, para evitar que o aluno seja utilizado como mão-de-obra barata -
vejam bem -, torna-se necessário assegurar, explicitamente, o compromisso
não só da instituição de ensino que envia o estagiário como também da
empresa concedente do estágio na consecução dos reais objetivos do
estágio curricular.
Por ser fundamental, para que a intenção e o conteúdo da
proposição em análise tenha validade para todo o País, consideramos
importante que se aprove este projeto com um substitutivo. Sendo assim,
reportamo-nos à Lei de Diretrizes e Bases e não àquela de 1977 como o
autor previa. O projeto foi feito antes.
Alteramos o art. 82, da LDB, da seguinte forma:
“Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a
realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino
médio e superior em sua jurisdição.
Art. 1º. O estágio realizado nas condições deste artigo não
estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de
estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária
prevista na legislação específica.”
Isso já consta na Lei de Diretrizes e Bases. Não estou alterando
uma vírgula. Acrescento os §§ 2º e 3º, com a seguinte redação:
“§ 2º - Os estágios devem propiciar a complementação do ensino
e da aprendizagem a ser planejados, executados, acompanhados e
avaliados em conformidade com os currículos, programas e calendários
escolares.
§ 3º - Compete à entidade pública ou privada concedente do
estágio, com a supervisão da instituição de ensino em que o estudante esteja
matriculado, zelar pelas atividades dos estagiários para dar fiel cumprimento
ao disposto no parágrafo anterior.
Então, basicamente é isso, Srs. Senadores.
Estamos detalhando a responsabilidade e a característica do
estágio no sentido de uma complementação da aprendizagem e
aperfeiçoamento dos conhecimentos, ressaltando a responsabilidade de
supervisão da instituição que envia o aluno, a fim de verificar se os objetivos
estão sendo observados e se o estagiário está na sua real função. Sendo
assim, acredito que é possível votarmos esse voto em separado.
O Senador considerou que a proposta era importante,
fundamentava-se na necessidade de uma definição mais clara, mas levantou
o argumento de que a Lei de Diretrizes e Bases, por ser mais abrangente e
mais atualizada que a lei proposta, é que estaria em vigor. Dessa forma,
reportamo-nos à LDB e entendemos que estamos contemplando a idéia do
autor, a sugestão, o alerta que o Relator Lúcio Alcântara, como também
ampliando seus objetivos, porque é meritória a matéria.
Esse é o nosso parecer. Pedimos a aprovação do voto em
separado com o substitutivo que apresentamos.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Presidência acolhe o
substituto da Senadora Emilia Fernandes. Apenas lamenta que o Relator da
matéria, o Senador Lúcio Alcântara, não se encontra presente. Sendo assim,
não poderemos deliberar sobre a matéria. Adiaremos a votação.
O autor sequer leu o parecer. Adiaremos a votação.
Será colocado em votação o relatório do Senador Lúcio
Alcântara, como também o voto em separado da Senadora Emilia
Fernandes. A matéria constará da pauta da próxima reunião.
Item nº 2 - PLC nº 52, de 1997 - regulamenta o inciso VI do art.
206 da Constituição Federal e dispõe sobre a gestão democrática do ensino
público. Autor : Deputado Ubiratan Aguiar, Relator: Senador José Fogaça.
Eu pediria ao Senador Gerson Camata para fazer uma síntese do
relatório do Senador José Fogaça.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, trata-se de um
projeto de lei que regulamenta aquele artigo da Constituição que fala da
gestão democrática do ensino público. O Senador José Fogaça, em seu
relatório, entende que a LDB, a referida Lei nº 9.394, já legislou sobre o
assunto. Como S. Exª não quer extinguir o debate sobre o problema, solicita
no seu relatório que seja remetido o projeto à Comissão de Justiça, que
decidirá se a Lei nº 9.394 já regulamentou isso ou não.
É um relatório simples e que pede na sua conclusão que o
projeto seja remetido à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
É o relatório, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Presidência informa
que se empenhará para que, na próxima reunião, o projeto anterior seja
objeto da conclusão das discussões e de aprovação. Apenas aconteceu que
o Senador não leu o relatório.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, peço a palavra
para uma questão de ordem. Na grande maioria das matérias anteriores, os
Relatores não estavam presentes. Designados por V. Exª, assumimos os
relatórios e apresentamos. Não é uma matéria polêmica, mas apenas uma
questão de entendimento em termos de que lei deveríamos alterar. Se fosse
uma questão polêmica envolvendo posições partidárias, até aceitaria. Penso
que estamos protelando uma definição que qualquer Senador, com o
conhecimento que têm, poderiam apresentar. Depois de lido o relatório,
definiríamos em relação ao voto.
Concordo com a opinião de V. Exª, mas peço que definamos
essa matéria na próxima reunião, com a presença dos que aqui se
encontram.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Será o primeiro item da
próxima reunião.
A SRª EMILIA FERNANDES - Algumas matérias de
determinados Senadores andam; de outros, emperram!
Acredito que esse critério não pode ser utilizado, principalmente
na Comissão de Educação, em que a palavra já diz tudo o que contemplo.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Com a palavra o
Senador Ernandes Amorim.
O SR. ERNANDES AMORIM - Só para justificar, citarei um
exemplo. O Relator desse projeto que está sendo lido agora nem se encontra
na Casa. Não adianta nem lermos o projeto.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Senador Ernandes
Amorim, quando houver dúvida em relação ao mérito de qualquer um dos
Srs. Senadores, a posição será a mesma.
A Presidência da Comissão diligenciou para verificar se o
Senador Lúcio Alcântara encontrava-se na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania, a fim de chamá-lo para defender o seu parecer. Como
S. Exª não se encontrava, a Presidência desta Comissão compromete-se a
colocar o referido projeto como Item 1 da próxima reunião.
Com relação ao Item 2, a conclusão do parecer do Senador José
Fogaça é pela audiência à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Os Srs. Senadores que aprovam o parecer permaneçam como se
encontram. (Pausa)
Aprovado.
Item 3.
O SR. ERNANDES AMORIM - Sr. Presidente, o Item 3 trata de
questões ambientais.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Primeiramente,
deixem-me lê-lo.
Item 3 da pauta.
Dispõe sobre a educação ambiental, institui política nacional de
educação ambiental e dá outras providências.
Autor: Deputado Fábio Feldmann. Relator: Senador Joel de
Hollanda, com parecer favorável com as emendas de redação que
apresenta.
Com a palavra o Senador Ernandes Amorim.
O SR. ERNANDES AMORIM - Sr. Presidente, na verdade, esse
é outro assunto que nos interessa, por sermos da região Norte. A lei
ambiental está sendo muito perversa em relação a nossa região. Como se
trata de educação ambiental, da formação dos jovens, tenho interesse em
pedir vistas desse projeto - sei que o parecer deve ser mantido -, tenho
interesse em lê-lo e analisá-lo direito.
Por sermos da região Norte, estamos sendo muito perseguidos
por causa de leis que são aprovadas de forma atropelada nesta Casa. Pelo
fato de o Governo ter maioria estrondosa na Casa, às vezes aprovamos leis
que até são contra os nossos interesses. Há o exemplo da lei eleitoral, que
foi aprovada a toque de caixa para atender aos interesses superiores, que
hoje está tumultuando toda a área política.
Por isso, peço vista do projeto.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Concedida a vista a V.
Exª, na forma regimental.
Item 4:
Projeto de Lei do Senado nº 110, terminativo. Contudo, não
temos quorum suficiente.
Os Itens 5 e 6 também são terminativos.
O Item 7 é não-terminativo.
Item 7:
Emendas nºs 1 e 2 de Plenário. Projeto de Lei do Senado nº 079,
de 1995. Dispõe sobre a distribuição de recursos salário educação e dá
outras providências.
Autor: Senador Waldeck Ornelas. Autor das Emendas: Senador
Ramez Tebet. Relator das Emendas: Senador Lúcio Alcântara.
O parecer é pela rejeição.
Peço ao Senador Gerson Camata que resuma o parecer.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, solicito a V. Exª, caso
possa atender-me, que defira a outro Senador, porque, se não for assim,
terei de ler um relatório a que sou contrário. Isso será desagradável, pois
parecerá que sou favorável. Acredito que o projeto está cheio de méritos.
Então, outro Senador poderia lê-lo.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Neste caso, peço à
Senadora Emilia Fernandes que o faça.
A SRª EMILIA FERNANDES - Como o projeto está cheio de
emendas, penso que deveríamos adiá-lo.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Mesa acolhe a
sugestão de adiamento do Item 7, em função da complexidade da matéria.
Item nº 9, não-terminativo.
Dispõe sobre os instrumentos de controle do acesso a recursos
genéticos do País e dá outras providências.
Autora: Senadora Marina Silva. Relator: Senador Leomar
Quintanilha.
Parecer favorável, nos termos dos substitutivos apresentados.
Peço ao Senador Gerson Camata que, se puder, sintetize o
relatório.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, trata-se de um
projeto que considero de uma importância muito grande.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Senador Gerson
Camata, a Mesa equivocou-se, pois a Senadora Emilia Fernandes já havia
pedido para relatar a matéria.
O SR. GERSON CAMATA - Por favor! Desculpem-me.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Com a palavra a
Senadora Emilia Fernandes.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, tenho certeza de
que o Senador Gerson Camata também faria a defesa do parecer, tendo em
vista o mérito desse projeto. No entanto, em se tratando de um projeto da
Senadora Marina Silva, nossa Colega da bancada feminina do Senado
Federal, pedi essa deferência ao Presidente, tendo em vista que a Senadora
não pôde estar presente.
Esse projeto dispõe sobre as formas de preservar a diversidade,
a integridade e a utilização sustentável do patrimônio genético do País.
Fundamenta-se nos princípios da soberania nacional sobre esse patrimônio
de participação das comunidades locais e dos povos indígenas, nas decisões
que tenham por objetivo o acesso aos recursos genéticos nas áreas que
ocupam: de promoção e de apoio à geração de conhecimentos, de
tecnologias e de reconhecimento dos direitos individuais e coletivos sobre os
conhecimentos associados à diversidade biológica.
O projeto detalha as atribuições institucionais do Poder Público
para assegurar o cumprimento de seus dispositivos; define procedimentos
administrativos para projetos de acesso aos recursos genéticos nacionais;
institui direitos das comunidades locais e das populações indígenas que se
beneficiarem coletivamente por suas tradições e conhecimentos; estabelece
diretrizes para o desenvolvimento e para a transferência de tecnologia e fixa
as sanções que se aplicarão aos infratores.
Sabemos que o parecer do Senador Leomar Quintanilha é muito
detalhado e completo. Todavia, eu gostaria de ressaltar apenas dois
aspectos: os danos que o Brasil vem sofrendo devido à inexistência de uma
legislação que discipline o acesso aos recursos genéticos são imensuráveis.
Os prejuízos de ordem econômica, social e ambiental dificilmente poderão
ser contabilizados, mas não é preciso muito esforço para reconhecer os
danos causados pela ação criminosa de coleta e de exportação de recursos
genéticos nacionais sem que o País aufira qualquer tipo de benefício
derivado dos resultados econômicos dessa ação.
É muito oportuna a apresentação da matéria em pauta pela
Senadora Marina Silva, e o trabalho da Comissão de Assuntos Sociais, que
inclusive analisou a matéria, foi resultado da colaboração de inúmeras
entidades e de pessoas ligadas ao tema em pauta. O projeto foi analisado
por aquela Comissão. A variedade e a qualidade das contribuições recebidas
pela Comissão de Assuntos Sociais conciliaram à diversidade de interesses
na matéria, levando-nos a avaliar, de maneira bastante positiva, o processo
de discussão ali realizado.
Por esse motivo e baseada no mérito do substitutivo aprovado na
Comissão de Assuntos Sociais, manifesto-me favoravelmente a que esta
Comissão de Educação acompanhe o texto aprovado na Comissão de
Assuntos Sociais, por cuja aprovação votamos nos termos do substitutivo a
seguir apresentado.
Este é o parecer que o Senador Leomar Quintanilha apresentou
e que acompanhamos, pedindo a sua aprovação.
O SR. ERNANDES AMORIM - V. Exª se refere ao substitutivo do
Senador Osmar Dias, projeto que fica para ser acolhido?
A SRª EMILIA FERNANDES - Exato. Foi representado na
Comissão de Assuntos Sociais, acolhido pelo Relator e aprovado pela
Comissão.
Em relação a esse projeto, o Senador Leomar Quintanilha pede a
esta Comissão a aprovação daquele substitutivo que foi amplamente
trabalhado, visando a conciliar interesses de todos os envolvidos.
O assunto merece realmente a nossa atenção; estamos até na
semana do meio ambiente. A meu ver, quando falamos em acesso aos
recursos genéticos do País, de certa forma, estamos olhando também com
atenção para essa questão. Por isso, pedimos a sua aprovação.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer, resumido
pela Senadora Emilia Fernandes, da lavra do Senador Leomar Quintanilha, é
favorável, nos termos do substitutivo apresentado.
Em discussão a matéria.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, efetivamente, era
uma lacuna, um buraco que existia na legislação brasileira. Desde que o
Brasil assinou a Convenção da Diversidade Ideológica, em 1992, ele estava
precisando de uma legislação que protegesse o acesso a essa
potencialidade enorme que detemos - mais que outros países - e da qual não
temos, não tínhamos - ainda vamos ter - nenhum tipo de controle. Quando
falamos em controle, não se trata de um controle no sentido de se impedir
que essa diversidade ideológica seja usada em benefício dos brasileiros e da
humanidade. Pelo contrário, uma lei que, regulamentada, estimule a
pesquisa, o desenvolvimento, a busca de fontes de cura, de salvamento, de
melhores condições de saúde, dentro desse enorme patrimônio que tem o
Brasil.
Um dos aspectos mais importantes que vejo nesse projeto é
aquele que salvaguarda direitos de conhecimentos tradicionais, por exemplo,
de povos primitivos. Esse é muito interessante, porque, o que ocorre
normalmente? Quando a civilização chega a esses povos mais primitivos,
tudo o que há de bom, eles absorvem.
Esse patrimônio que foram acumulando na experiência de serem
atacados por uma serpente, de morrerem envenenados pela serpente, de
não ter efeito o veneno de outra serpente sobre determinadas pessoas
daquela tribo, de doenças que pegamos facilmente quando entramos na
floresta - as quais eles são praticamente imunes -, tudo isso é um cabedal
intelectual que foram acumulando. Não tinham nenhum direito autoral, direito
intelectual sobre esse patrimônio. Agora, não - e o substitutivo do Senador
Osmar Dias melhorou bem a intenção inicial da Senadora Marina Silva. A
partir da aprovação dessa lei, teremos a oportunidade de disciplinar, de
colocar esse patrimônio da diversidade biológica a serviço da humanidade.
Garantiremos o direito àquelas conquistas, àqueles conhecimentos que
foram acumulados durante séculos pelos povos primitivos. Ao mesmo tempo,
haverá estímulo para que ele seja explorado, e não depredado, e que seja
garantida a propriedade intelectual daquele que trabalha em cima dessa
atividade de pesquisa que é disciplinada pela lei.
Portanto, somos favoráveis, nos termos do substitutivo do
Senador Osmar Dias.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Continua em discussão
a matéria. (Pausa)
Não havendo mais quem queira discutir, vou submetê-la à
votação.
Os Srs. Senadores que a aprovam permaneçam como se
sentados.
Aprovada.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, para requerer. Eu
gostaria de merecer a atenção de V. Exª para a inclusão em pauta do Projeto
de Decreto Legislativo nº 32, de 1998; 488, de 1997, na Câmara dos
Deputados, que aprova a renovação da concessão da Rádio Globo de
Brasília Ltda. Eu gostaria que fosse incluído em pauta e que fosse dado
preferência de votação a esse item.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Submeto o
requerimento à deliberação da Comissão.
Os Srs. Senadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa)
Aprovado.
O SR. GERSON CAMATA - O meu requerimento é para que se
inclua imediatamente. Como se trata de matéria corriqueira, Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Um momento. Ele
pediu para incluir o projeto de decreto legislativo. Aprova o ato que renova a
concessão deferida à Rádio Globo de Brasília para explorar serviço de
radiodifusão sonora, em ondas médias, na cidade de Brasília, DF.
De acordo com a deliberação da Comissão, o item é incluído.
Concedo a palavra ao Relator para apresentar o seu relatório.
O SR. LEONEL PAIVA - Foi feito exame da documentação que
acompanha esse PLS, ficou evidenciando o cumprimento das formalidades
estabelecidas na Resolução nº 39/92, ficando caracterizado que a empresa
Rádio Globo de Brasília Ltda. atendeu a todos os requisitos técnicos e legais
para se habilitar à renovação da concessão. Opinamos, assim, pela
aprovação do ato, na forma do projeto de decreto legislativo originário da
Câmara dos Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - O parecer é favorável.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo quem queira discutir, em votação.
Os Srs. Senadores e Senadoras que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa)
Aprovado.
Item 10, o último da nossa pauta.
Projeto de Lei do Senado nº 127, de 1996, que dispõe sobre a
unificação dos vestibulares das Universidades Federais. Autor: Senador
Casildo Maldaner. Relator: Senador João Rocha, a quem concedo a palavra.
O SR. JOÃO ROCHA - Sr. Presidente, estamos relatando o
Projeto de Lei do Senado nº 127, de 1997, e os apensados nº 293 e nº 8,
que versam sobre o mesmo assunto.
Esta Comissão deve se manifestar sobre os Projetos de Lei do
Senado nºs 127, de 1996, 293/97 e 08/98, de autoria dos Srs. Senadores
Casildo Maldaner, Esperidião Amin e José Ignácio Ferreira, respectivamente.
Os dois primeiros dispõem sobre a modificação da data dos exames
vestibulares nas instituições federais de ensino superior e o último dispõe
sobre dias alternativos para concursos e vestibulares, de modo a atender
aqueles que aleguem motivos de crença religiosa.
O PLS nº 127/96 recebeu parecer contrário da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania. Durante a sua análise na Comissão de
Educação, foi aprovado requerimento para tramitação conjunta com os
Projetos de Lei do Senado nºs 293/97 e 08/98, pois versavam sobre a
mesma matéria. Apesar de visarem ao mesmo objetivo - a simultaneidade da
realização dos exames vestibulares -, os Projetos de Lei do Senado
nºs127/96 e 293/97 divergem no que diz respeito à abrangência da norma
que estabelecem. Enquanto a iniciativa do Senador Casildo Maldaner é
restrita às universidades federais, a do Senador Esperidião Amin envolve
todas as instituições federais de ensino superior, possibilitando também a
recomendação do Ministério da Educação e do Desporto para que a
determinação se estenda aos demais estabelecimentos de ensino superior.
Na justificação, os autores argumentam sobre a necessidade de
democratizar o acesso ao ensino superior. Afirmam que a oportunidade de os
candidatos provenientes de famílias abastadas concorrerem aos exames em
diferentes localidades conturba a vida dos mais carentes, na medida em que
eleva os índices de concorrência dos concursos e permite o bloqueio de
vagas nos cursos superiores.
O PLS nº 8/98, mesmo versando sobre matéria análoga,
apresenta uma especificidade que o diferencia dos outros projetos, tanto no
aspecto formal, quanto no mérito. Em essência, ele busca atender os grupos
religiosos “que, em virtude de sua fé ou convicção filosófica, sentem-se
impedidos de prestar concursos e vestibulares aos sábados.” Por essa
razão, estabelece a concessão de dias alternativos de exames em todo
concurso público. Para efeito do que determina essa norma, o parágrafo
único qualifica a expressão “concurso público”, incluindo aí os exames
vestibulares.
O art. 2º do PLS nº 8/98 procura evitar o tratamento desigual dos
candidatos que prestarem exames em datas irregulares nos processos de
avaliação e desobriga as entidades organizadoras dos concursos a oferecer
mais de um dia alternativo e a negociar horários. O autor entende que a
realização de concursos vestibulares nos finais de semana discrimina alguns
grupos religiosos e contraria o princípio constitucional que diz ”ninguém será
privado de direito por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política”, art. 15, inciso VIII, da Constituição.
Análise e voto.
A Lei nº 5.540/68 disciplinou a reforma do sistema universitário
brasileiro na década de 70, fixou o concurso vestibular como única via de
acesso ao ensino superior. O art. 21 dessa Lei, ao apreciar o conteúdo e o
nível das provas, instituiu em seu Parágrafo Único a meta da unificação do
concurso vestibular em conteúdo e execução:
Art. 21:
Parágrafo único - Dentro do prazo de três anos, a contar da
vigência dessa Lei, o concurso vestibular será idêntico em todo o conteúdo
para todos os cursos ou áreas de conhecimento afins e unificados em sua
execução, na mesma universidade ou federação de escolas ou no mesmo
estabelecimento isolado de organização pluricurricular, de acordo com os
estatutos e regimentos.
A regra de edificação assim formulada estava atrelada à proposta
de um princípio de ciclos, o ciclo básico, comum a todos os cursos de
graduação ou a grupos de cursos afins, com função de recuperar a
insuficiência na formação dos alunos, orientar a escolha profissional e
preparar para os ciclos ulteriores.
Na prática, esse ciclo básico teve existência breve, mas a
estratégia da simultaneidade dos concursos vestibulares persistiu. Em 1991,
passou a viger o Decreto nº 68.908, que determina em seu art. 5º: “Nas
instituições oficiais, o concurso vestibular realizar-se-á, para todo o território
nacional ou para as diferentes regiões, em data a ser fixada pelo
Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação e
Cultura”. E complementa em seu art. 7º: “O Ministério da Educação e
Cultura, por intermédio do seu Departamento de Assuntos Universitários,
atuará junto a instituições públicas e privadas de ensino superior, visando à
sua associação, na mesma localidade ou em localidades diferentes, para a
realização conjunta de concurso vestibular num processo gradual de
unificação, que deverá alcançar regiões cada vez mais amplas do País”.
Em 1997, o Decreto nº 79.298 revogou esse dispositivo,
deixando menos explícito o instituto de unificação, conforme se observa em
seu art. 1º, alínea “e”:
Art. 1º (......)
e - o concurso vestibular das instituições federais e particulares
que compõem o sistema federal de ensino superior reger-se-á, a partir de 1º
de janeiro de 1978, pelo Decreto nº 68.901, de 03/01/91, com as seguintes
alterações: letra ‘e’ - fixação, pelo Ministério da Educação e Cultura, de data
para início da realização do concurso vestibular nas instituições federais e do
período em que será realizado o das particulares.
Com a restauração da ordem democrática no País e,
principalmente, no âmbito dos trabalhos da Assembléia Nacional
Constituinte, o caráter centralizador da legislação esmorece. O Decreto nº
96.533, de agosto de 1998, ao fixar novas normas para o concurso
vestibular, trata da uniformidade do conteúdo das provas, nos termos do
Parágrafo Único do art. 21 da Lei nº 5.540/68. Entretanto, é omisso no que
diz respeito à unificação da execução das provas. Essa omissão acentua-se
também nas portarias do MEC que disciplinam a matéria.
A Constituição de 1998, por outro lado, tratou de consolidar as
tendências descentralizadoras e desburocratizantes, estatuindo, no que diz
respeito à educação superior, que: “as universidades gozam de autonomia
didática, científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e
obedecerão o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão.”
Na regulamentação dessa autonomia, a nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, sancionada em dezembro de
1996, assegura às universidades, entre outros, o poder de deliberar sobre a
criação, expansão, modificação e extinção de cursos, ampliação, diminuição
de vagas e critérios de seleção e admissão de alunos. Além disso, revoga
toda a legislação anterior relativa ao concurso vestibular e progride quando o
exclui como único meio de acesso ao ensino superior. Nos termos do art. 44,
II, da referida Lei, “os cursos de graduação são abertos a candidatos que
tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados
em processo seletivo”.
A administração flexível instaurada, permitindo às universidades
definir sobre o calendário das atividades acadêmicas e as formas alternativas
de ingresso na educação superior, tornou-se fundamental para sua maior
adequação às peculiaridades de cada instituição nas regiões e melhor
atendimento ao aluno.
Assim sendo, é extremamente problemático criar-se uma
legislação isenta de impropriedade no aspecto constitucional, que resgate a
estratégia para unificação de vestibulares. Certamente, a experiência atual
envolve alguns inconvenientes, entre os quais se encontram aqueles
apontados pelos autores dos projetos em análise. Entretanto, sabe-se que
estão sendo adequadamente contornados.
De fato, as universidades utilizam a segunda chamada para
preenchimento de vagas surgidas com a desistência de alunos aprovados
em mais de uma seleção. Dessa forma, os alunos bem-sucedidos no
vestibular mas não classificados na primeira chamada têm a oportunidade de
matricular-se, evitando assim a permanência de vaga ociosa no decorrer do
ano letivo.
Com relação à fixação do dia alternativo para concursos
vestibulares, proposta pelo Projeto de Lei do Senado nº 08/98, a conclusão é
semelhante, pois a imposição pretendida também fere o preceito
constitucional da autonomia universitária, assegurado pela Constituição
Federal em seu art. 207. Adicionalmente transformada em norma legal, é
possível que seja fonte de constrangimentos tanto para os Governos da
Federação, quanto para a iniciativa privada, por interferir na autonomia que a
Constituição lhe confere.
Afora esses problemas de constitucionalidade, entendemos que
a proposta apresenta dificuldades em sua operacionalização e não se
harmoniza com as tendências de desregulamentação que caracterizam a
sociedade moderna.
Em face do exposto, embora reconhecendo a preocupação dos
Srs. Senadores com os estudantes que almejam ingressar nas
universidades, opinamos pela rejeição dos Projetos de Lei do Senado nºs
107/96, 293/97 e 08/98.
É o parecer, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Agradecemos ao
Senador João Rocha pelo parecer que proferiu no sentido da rejeição dos
Projetos de Lei do Senado nºs 107/96, 293/97 e 08/98.
Em discussão a matéria. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senador Gerson Camata.
O SR. GERSON CAMATA - Sr. Presidente, a discussão é muito
ampla. Isso assemelha-se à ponta de um iceberg enorme, que é o ensino
público, e necessita ser revisto. Trata-se de avaliar direitos de minorias -
sabemos que os adeptos de algumas religiões, por exemplo, nos sábados
não fazem vestibular, não estudam nem vão ao colégio.
A universidade possui uma autonomia universitária tão grande,
que o contribuinte, que paga para ela existir, não tem o direito de opinar
sobre essa autonomia. É impressionante.
Há outro problema que deve ser analisado profundamente: a
universidade pública brasileira é dos ricos. Sou favorável ao projeto da
Senadora Benedita da Silva referente às cotas. Há de ter uma parcela para
os pobres na universidade pública, senão eles lá não entram.
V. Exªs sabem ou descobrirão que, hoje, há a ponte aérea do
vestibular. Há alguns dias, estava no aeroporto de Vitória; e uma mãe pediu-
me que pagasse a ponte aérea do vestibular do seu filho. Perguntei-lhe do
que isso se tratava e ela explicou-me que, em Vitória, se aluga um avião da
Rio Sul, os ricos prestam o concurso vestibular na capital capixaba, voam
para o Rio de Janeiro e depois para Campos a fim de, nessas cidades,
também se submeterem a outros concursos vestibulares. Os pobres não têm
essa oportunidade. Então, enquanto o rico presta três vestibulares na
universidade pública, tendo três chances, o pobre só consegue fazer um.
Essa é a ponte aérea do vestibular.
Os professores em greve deveriam aproveitar para debater esses
assuntos. Deve-se democratizar. A Senadora Benedita da Silva tem um
projeto em que se pretendem 30% das vagas para os pobres. Os candidatos
de baixa renda, às vezes com pais desempregados e que não tiveram
condições de se matricularem em cursos pré-vestibulares já entrariam na
universidade pública sem serem submetidos a exame vestibular.
A Senadora Emilia Fernandes pedirá vista, de modo que me
abstenho de discutir.
O SR. JOÃO ROCHA - Antes de se pedir vista, peço a palavra
como Relator, Sr. Presidente, apenas para fazer um esclarecimento.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Concedo a palavra ao
Senador João Rocha, Relator da matéria.
O SR. JOÃO ROCHA - Penso que todos concordamos com a
tese do Senador, mas a solução não está em mudar o dia do vestibular. Se o
pobre mora em meu Estado, Tocantins, e vem fazer o referido concurso em
Brasília, mesmo que passe aqui, continua inviável, porque não tem
condições de pagar alimentação nem moradia.
Portanto, estamos atentos ao mérito do conceito desse projeto é
exatamente não unificar o vestibular. Temos que buscar formas de viabilizar
o aluno pobre, pois o projeto de lei prevê dias unificados para o vestibular.
Entendo que esta não é a solução, e, a meu ver, a forma é totalmente
diferenciada.
Cito o meu pequeno Estado - um dos poucos que não têm
universidade federal - como exemplo, porque um estudante, que mora em
Cristalândia, ao prestar o vestibular em Araguaína - porque é descentralizado
-, se aprovado, não terá condições ali estudar, pois devemos levar em
consideração o aspecto da manutenção desse aluno, da sua qualificação e
da conclusão do curso. Então, através de um sistema criterioso de bolsas de
estudo, poderíamos auxiliar esse estudante na conclusão do seu curso.
Concordo com V. Exª quando diz que praticamente não temos bolsas de
estudo. Vemos a dificuldade de se conseguir um desconto para o aluno. No
meu Estado não há curso de Medicina nem de Engenharia. Daí vemos as
dificuldades que atravessa o aluno que quer estudar, vencer, crescer.
Concordo com isto, mas não através de unificação de dados. A saída não
está aí.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Concedo a palavra à
Senadora Emilia Fernandes.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, esse tema nos
levaria a um longo debate acerca da questão das instituições federais de
ensino superior. Inclusive, exatamente hoje está-se completando sessenta
dias de paralisação das atividades nas universidades federais, em uma
manifestação jamais vista no Brasil, porque teve a visibilidade do problema
que vivem as instituições federais de ensino no que diz respeito à falta de
recursos, de professores mal pagos, laboratórios sucateados, bibliotecas
com seus acervos necessitando de renovação e a própria forma de
autonomia, de que tanto se fala, é assunto de pauta e de discussão no
aprofundamento desta questão.
Diríamos, portanto, que estamos diante de uma questão bastante
abrangente.
Os Senadores Gerson Camata e João Rocha foram muitos
felizes em suas considerações ao colocarem um dos aspecto do problema
que, todavia, é muito maior. Estamos diante de um problema que, ou o
Governo ou a sociedade assumem como uma questão prioritária, que é a da
educação e a do ensino público, não apenas com a possibilidade de acesso
como se coloca, mas muito mais de freqüência, de permanência, de
rendimento, de qualidade e principalmente de condições, para aqueles que
não a tem, de disputarem com igualdade.
Entendo, que há várias formas de resolvermos a questão do
ensino superior.
Sr. Presidente, peço vista desse projeto para que possamos
discuti-lo um pouco mais com as universidade. Hoje, às 14h30min, teremos
uma reunião com Parlamentares, reitores e docentes das universidades.
Acredito ser esse um assunto sobre o qual temos que trabalhar na direção
de se buscar comprometer e envolver a sociedade, responsabilizar o
Congresso Nacional e o Governo deste País, tendo em vista a importância
da educação para um país.
Espero obter a sensibilidade do Governo, que se atrasou um
pouco em se manifestar, pois somente no final da semana passada foi
apresentada uma proposta às universidades para que possamos chegar a
um consenso de, pelo menos, interromper o processo de greve, que
prejudica a sociedade, os professores e aos estudantes. É importante
vivenciarmos uma discussão maior, onde não apenas a questão salarial
esteja em discussão mas algo maior, que é a consistência, a sobrevivência e
a dignidade do ensino superior, dos seus professores, reitores e funcionários
técnicos e administrativos.
Portanto, Sr. Presidente, peço vista, tendo a certeza de que o
parecer do Senador João Rocha foi bastante consistente, tendo S. Exª se
esmerado sobre o assunto.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Concedida a vista à
Senadora Emilia Fernandes pelo prazo regimental.
Esgotada a pauta normal, e já tendo sido votada a pauta extra...
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, peço a palavra,
pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - Tem V. Exª a palavra,
pela ordem.
A SRª EMILIA FERNANDES - Sr. Presidente, pediria a atenção
de todos os Srs. Senadores, sabedora de que certamente V. Exª, atento que
sempre está, falaria em nossa reunião de amanhã, nesta Comissão, onde
teremos uma audiência pública para tratar da Lei de Comunicação de Massa
em relação à questão das retransmissoras e tevês educativas, aprofundando
tal matéria, porque, continuamente, estamos tratando diretamente da
necessidade de se discutir com a sociedade organizada, com os setores
interessados para que possamos chegar a um consenso. A Lei de
Comunicação de Massa está prevista para ser apresentada e queremos
discutir a sua estruturação, operacionalização, a manutenção dos serviços
de radiodifusão brasileiros, a regulamentação das rádios educativas e das
tevês retransmissoras.
Foram convidados a comparecerem representantes dos
Ministérios da Educação e o das Comunicações, que, salvo engano,    ainda
não confirmaram suas presenças. Faço um apelo no sentido de que, caso o
Ministro não possa comparecer, que envie um representante. É impossível
se discutir uma matéria oriunda daquele Ministério se que haja um
representante legal daquele órgão. Parece-me que o Ministério da Educação
já confirmou sua presença, falta a confirmação do Ministério das
Comunicações.
Sr. Presidente, contaremos também com a participação da
Associação Brasileira de Emissoras Públicas Educativas e Culturais, com a
ANTEC - Associação Nacional das TVs Educativas -, com a Fundação
Cultural de Belo Horizonte, com a TV Educativa do Rio Grande do Sul, com
a TV PUC, de São Paulo, com a TV Cultura, com o Canal Cultura e com a
Superintendente do Canal Futura.
Assim, é importante uma participação significativa dos Srs.
Senadores, assim como a dos Ministérios das Comunicações e o da
Educação.
Sr. Presidente, peço a V. Exª que insista na confirmação do
Ministério das Comunicações, pois a sociedade precisa estar informada.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Joel de Hollanda) - A Presidência reitera,
portanto, o convite, que já foi feito para a reunião de amanhã, a realizar-se às
18h, em uma audiência pública, onde discutiremos o Projeto de Lei de
Comunicação de Massa, estruturação, operacionalização e manutenção de
serviços de radiodifusão brasileiros, regulamentação    das retransmissões de
tevês e rádios educativas.
Peço o comparecimento dos Srs. Senadores, e solicito que V.
Exªs tragam seus assessores assim como pessoas interessadas para que
tenham a oportunidade de assistirem a esse painel extremamente
importante.
Agradeço a presença das Srªs e dos Srs. Senadoras que
permitiram a realização desta reunião e dizer que avançamos muito,
atingindo o objetivo do Senador Antonio Carlos Magalhães, que é a votação
de matérias. Hoje aprovamos trinta e cinco matérias que terão sua
tramitação normal na Casa.
Está encerrada a reunião.
(Levanta-se a reunião às 12h39min.)

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