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Assim, é de se distinguir as situações em que as supostas ofensas são proferidas dentro e fora do
Parlamento. Somente nessas últimas ofensas irrogadas fora do Parlamento é de se perquirir da
chamada "conexão com o exercício do mandato ou com a condição parlamentar" (Inq 390 e 1.710).
Para os pronunciamentos feitos no interior das Casas Legislativas não cabe indagar sobre o
conteúdo das ofensas ou a conexão com o mandato, dado que acobertadas com o manto da
inviolabilidade. Em tal seara, caberá à própria Casa a que pertencer o parlamentar coibir eventuais
excessos no desempenho dessa prerrogativa.
[Inq 1.958, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, j. 29-10-2003, P, DJ de 18-2-2005.]
= Inq 2.295, rel. p/ o ac. min. Menezes Direito, j. 23-10-2008, P, DJE de 5-6-2009
Vide Inq 3.932 e Pet 5.243, rel. min. Luiz Fux, j. 21-6-2016, 1ª T, DJE de 9-9-2016
Notas Jurisprudenciais
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o foro por
prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes
cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas. Ação Penal (AP) 937
Notas Jurisprudenciais (como ERA)
A diplomação do réu como deputado federal opera o deslocamento, para o STF, da competência
penal para a persecutio criminis, não tendo o condão de afetar a integridade jurídica dos atos
processuais, inclusive os de caráter decisório, já praticados, com base no ordenamento positivo
vigente à época de sua efetivação, por órgão judiciário até então competente.
[HC 70.620, rel. min. Celso de Mello, j. 16-12-1993, P, DJ de 24-11-2006.]
= Inq 2.767, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 18-6-2009, P, DJE de 4-9-2009
Notas Jurisprudenciais
A prerrogativa de foro conferida aos membros do Congresso Nacional, vinculada à liberdade
máxima necessária ao bom desempenho do ofício legislativo, estende-se ao suplente respectivo
apenas durante o período em que este permanecer no efetivo exercício da atividade parlamentar.
Assim, o retorno do deputado ou do senador titular às funções normais implica a perda, pelo
suplente, do direito de ser investigado, processado e julgado no STF.
[Inq 2.421 AgR, rel. min. Menezes Direito, j. 14-2-2008, P, DJE de 4-4-2008.]
= Inq 3.341, rel. min. Celso de Mello, decisão monocrática, j. 25-4-2012, DJE de 3-5-2012
6.4. Imunidade formal quanto à prisão
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão. (Redação da EC 35/2001)
6.5. Imunidade formal quanto à prisão
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta
e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
35, de 2001)