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Centro Universitário Estácio de Belo Horizonte

Yuyana Amille Machado de Sousa


Matrícula: 201803361051

Resumo do artigo:

Avaliação laboratorial e diagnóstico da


resistência insulínica

Belo Horizonte 2021


Avaliação laboratorial e diagnóstico da resistência insulínica

A resistência insulínica ocorre quando o pâncreas secreta mais insulina para


regular a alta quantidade de glicose no sangue, porém o organismo cria
resistência à insulina devido à alta produção do hormônio. É uma característica
predominante nos indivíduos com obesidade, diabetes tipo 2, cetoacidose
diabética e diabetes tipo 1 descontrolado. Essa alteração metabólica está
associada a aterosclerose e hiperinsulinemia, por isso a importância do seu
diagnóstico.

Existem dois métodos para avaliação, o método indireto e direto. Entre os


métodos indiretos destacam-se:
● Insulinemia de jejum, ou seja a dosagem da insulina em jejum, é um método
simples e considerado “padrão-ouro” para a avaliação da sensibilidade à
insulina, alguns pontos negativos desse exame são que esse método avalia a
sensibilidade tecidual e apresenta pouca correlação com a ação da insulina in
vivo; pode ocorrer reação cruzada com pró-insulina (precursor do pró-hormônio
da insulina); quando é encontrado um nível reduzido em pacientes diabéticos,
pode significar uma falência na função da célula beta pancreática e não
necessariamente uma baixa da resistência insulínica.
● Teste oral de intolerância à glicose (TOTG), esse teste mede a curva
glicêmica avaliando o valor da glicose após a ingestão de cerca de 75h de um
liquido açucarado, medindo a glicose e insulina a cada 15 ou 30 minutos
durante 2 ou 3 horas. A medida que a resistência insulínica piora, a glicose
estará aumentada após as refeições e também em jejum porque o fígado tenta
compensar a falta de açúcar nas células.
● Cálculo do índice de HOMA (Modelo de Avaliação da Homeostase) , esse
cálculo é realizado para avaliar a relação entre a quantidade de açúcar e a
quantidade de insulina no sangue, é um método interessante pois avalia a
resistência à insulina (HOMA-IR) e atividade do pâncreas (HOMA-BETA).
● QUICKI  (Quantitative insulin sensitivity check index), este também é um
método matemático que visa determinar a insulina e a capacidade funcional
das células beta pancreáticas, realizando as dosagens da insulinemia e da
glicemia em jejum, é um método interessante como um marcador da alteração
metabólica.

E entre os métodos diretos os principais são:


● Teste de tolerância à insulina (KITT), esse teste avalia de forma direta in vivo a
sensibilidade a insulina. É realizado atrvés da injeção em bolo de 0,1 U/kg d
insulina regular, avaliando a taxa de decaimento da glicose durante 15 minutos,
quanto mais rápida for a queda de glicose, mais sensível é o paciente à
insulina. Esse método tem se mostrado eficiente na avaliação da resistência
insulínica.
● A técnica de clamp é considerada “padrão-ouro” na avaliação da
sensibilidade a insulina. Nesse teste é administrado uma taxa constante de
insulina, o que causa uma queda da glicose, e para manter a glicose no sangue
constante, é administrado glicose exógena, dessa forma os níveis de insulina e
glicose são “clampeados” ou fixados, ocorrendo uma retroalimentação negativa
da secreção de insulina pelo pâncreas e de glicose pelo fígado. Permite a
análise da resposta secretória de insulina à glicose, quantifica qual o consumo
do organismo em uma situação de hiperglicemia fixa e a captação de glicose
em uma situação de hiperinsulinemia fixa. É um teste muito eficaz, porém o alto
custo e especificidade do processo, inviabilizam o teste na prática laboratorial,
sendo usado em pesquisas e centros especializados.
Cada método possui vantagens e desvantagens, sendo o clamp o “padrão-
ouro”, porém em suas desvantagens temos o alto custo com aparelhos, como
bombas de infusão e aparelho de análise instantânea de glicose. Os outros
testes são mais acessíveis sendo usados mais frequentemente para o
diagnóstico de resistência insulínica.

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