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Origem e evolução Histórica de Auditoria

A origem da profissão de auditoria tem a ver com a expansão das actividades


empresariais e surge na segunda metade do século (19) XIX, na Grã-Bretanha, com o
fim de defender os interesses dos proprietários e accionistas das sociedades, onde as
transformações tecnológicas que vinham ocorrendo, permitiram a expansão da indústria
e este sector exigia maiores investimentos.

Objecto, Âmbito, Período e Natureza


Objecto: Pode ser uma entidade completa uma parte selecionada ou uma determinada
função dessa entidade.
Âmbito (Entidade Pública, Privada e partes ou funções de Entidade)
Período: Pode ser anual, Mensal ou período de uma gestão.
Natureza: Serão apresentados aspectos mais comuns: orgão de gestão as áreas
envolvidas.

Funções da Auditoria Interna:


 Verificação preventiva e adequada dos erros, fraudes e desvios
 Verificação dos activos e passivos da empresa;
 O exame contínuo de todos os procedimentos referentes a autorização de
pagamentos;
 Exame detalhado de receitas e despesas de forma a assegurar a sua correcta
classificação e imputação;
 Colaboração com o auditor externo.

Limites da auditoria interna:


 Não tem qualquer autoridade sobre o sistema de controlo interno;
 Apenas avalia a execução e aconselha a Administração da empresa sobre
possíveis e quaisquer aperfeiçoamentos ao sistema;
 Não tem controlo sobre qualquer departamento senão auditar as actividades;
 A auditoria interna não reduz qualquer responsabilidade dos chefes
departamentais na eficiência operacional de suas actividades.

Controlo interno
É o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adoptados por uma organização, para
proteger seu património, verificar a exactidão e a fidedignidade de seus dados
contabilísticos, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada
pela administração.

Objectivos:
Assegurar:
 A confiança e integridade da informação;
 A conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos;
 Utilização económica e eficiente dos recursos;
 A salvaguarda dos activos;
 A realização dos objectivos estabelecidos para as actividades operacionais da
empresa.
Limitações do Controlo Interno
O controlo interno não pode assegurar confiança absoluta pelo seguinte:
 Erro de julgamento: A eficácia dos controlos está limitada pela realidade da
fraqueza humana na tomada de decisões de negócio.
 Deficiências: Mesmo bem concebido o controlo poderá ter falhas ao apresentar
defeiciências, pois o pessoal poderá não compreender as instruções dadas, tomar
decisões erradas, cometer erros.
 Anulação pela gestão: Anulação de políticas e procedimentos estabelecidos
com intenções ilegais ou ilegítimas de benefício pessoal ou apresentação
incorrecta da situação fiananceira da empresa.

Divisão do Controlo Interno


• Controlo Interno Administrativo: Função da administração é a realização dos
objectivos da organização. Realiza planos, procedimentos e registos que se
relacionam com os processos de decisão administrativa (autorização das
despesas);
• Controlo Interno Contablístico: Visa assegurar que as transacções
contabilísticas são válidas, autorizadas e totalmente processadas, de forma
concreta e no período correcto;

Comité de Auditoria: É um sub-comité do conselho de administração, constituído


fundamentalmente por administradores não executivos e com uma formação na área
financeira, com a função de apoiar o CA a cumprir com eficiência a sua
responsabilidade sobre o sitema de controlo interno e produção de relatorios

Algumas funções
• Seleccionar o auditor externo ou recomendar ao CA para a sua selecção;
• Dertermina os honorários de auditoria;
• Supervisionar a actividade do auditor externo e interno;
• Implementar um sistema de controlo interno efectivo na empresa;
• Determinar o perfil da equipa de auditoria interna;

Objectivos do comité de auditoria


 Promover a exactidão, credibilidade e confiança dos relatórios financeiros da
empresa;
 Assegurar que um sistema adequado contabilistico e de controlo interno seja
mantido para salvaguarda dos activos da empresa;
 Aceitar e assumir responsabilidades adicionais atribuídas pelo CA.

Conselho Fiscal: Compete ao Conselho Fiscal Fiscalizar a actividade da empresa,


observando o cumprimento rigoroso da lei e dos Estatutos.

Princípios e medidas de controlo interno:


Princípio 1: Autorização
Princípio 2: Segrações de Funções
Princípio 3: Controlo Fisíco dos Bens
Princípio 4: Controlo Sobre os Registos
Princípio 5: Supervisão dos Gestores
Componentes do Controlo Interno:
 Ambiente de Controlo
 Avaliação do risco
 Actividades de controlo
 Informação e comunicação
 Controlo (monitoring)

Organização do DAI:
Não existe uma única forma de organizar o DAI nas actuais empresas modernas.
Dependerá de vários factores como:
 A estrutura organizacional da empresa;
 O tipo de negócio desenvolvido pela empresa;
 O tamanho da empresa.

Postura frente à organização


 Auditoria tem a obrigatoriedade de reportar todos os factos de relvância à Alta
Administração;
 Compete a Auditoria alertar sempre quando os planos de acção não estão sendo
cumpridos nos prazos e nas condições estabelecidas pela Administração

Tipos de DAI nas empresas:


 DAI com direcção centralizada;
 DAI com direcção descentralizada;
 DAI organizados por tipos de AI;
 DAI em paralelo com a estrutura global da empresa;
 DAI organizado por áreas geográficas.

DAI com direcção centralizada


 As principais decisões são feitas por uma autoridade central.
DAI com direcção descentralizada
 O poder de decisão é transferido para várias unidades da empresa através da
criação de várias AI que servem unidades específicas da empresa.
DAI organizados por tipos de AI
O DAI é organizado por tipos de auditorias internas efectuada na empresa.
Exemplo: AI informática; AI financeira; AI operacional.

DAI em paralelo com a estrutura global da empresa:


Aqui o DAI é organizado de acordo com a estrutura e negócio da empresa. Exemplo:
◦ AI das actividades de concessão de crédito;
◦ AI das actividades de leasing;
◦ AI das actividades de marketing;
◦ AI dos depósitos obtidos;
DAI organizado por áreas geográficas:
 Para actividades operacionais de cada região é criado um departamento de
auditoria interna.
PROGRAMA DE AUDITORIA

Objectivos
 Estabelecer um plano de ação;
 Conduzir o auditor na aplicação dos procedimentos técnicos;
 Propiciar o controlo e progresso a ser alcançado no decorrer da execução;
 Reduz o risco de alguma tarefa deixe ser executada;
 Comprova a metodologia e a aplicação dos exames de procedimentos

Requisitos para a Execução de um PTA


 Objectivo do trabalho;
 Análise dos trabalhos anteriores;
 Metodologia a ser utilizada;
 Divisão do trabalho em fase;
 Detalhamento de cada fase;
 Preparação dos papéis de trabalho

Elementos a Considerar na elaboração do programa de auditoria


 Análise dos sistemas contabilísticos e de controlo interno;
 Definição e classificação das áreas de risco;
 Definição e priorização das tarefas a serem executadas;
 Quantos auditores são necessários para cada fase do trabalho;
 O tempo estimado para a execução de cada tarefa.

Factores a considerar na preparação do programa:


 O propósito de auditoria;
 Estrutura e o volume das operações e das transações;
 Natureza da actividade;
 Adequação dos controlos internos e do sistema de contabilidade;
 O horário de execução do trabalho em relação ao expediente;
 Problemas encontrados em auditorias anteriores

Fases de Elaboração Preliminar do PTA:


 Plano de auditoria;
 Estimativa do tempo necessário;
 Seleção de auditores, auxiliares de auditoria;
 Distribuição dos serviços entre as equipas de trabalho

OBJECTIVO PRINCIPAL
Proporcionar uma base segura de que a auditoria foi devidamente executada.
Outros Objectivos dos PT’s:
 Servir de base para o planeamento de auditoria;
 Registar a evidência acumulada;
 Registar os resultados dos testes executados;
 Fornecer a informação para a elaboração do relatório do auditor;

Para que servem os Papeis de Trabalho?


Os papeis de trabalho servem para:
 Fornecer o suporte principal de prova do relatório da auditoria interna;
 Ajudar no planeamento, realização e revisão das auditorias;
 Documentar se os objectivos de auditoria foram obtidos;
 Facilitar a revisão por terceiros;
Tipos de evidência
 Observação
 Verificação física
 Perguntas directas (e representações da gestão)
 Documentação
 Procedimentos analíticos
Confirmação
 Reexecução

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