Você está na página 1de 32

Os C i r c u í t o s E s p a c i a i s da P r o d u ç ã o e Os C í r c u l o s de C o o p e r a ç ã o n o E spaço

Antônio Ca r l o s Robert Moraes (+)

Globalização e fragmentação. homogeneização e diferenciação.

M u n dialização e localismo. Universalidade e desigualdade. Expressões e

s i g n i f i c a d o s do m o v i m e n t o do c a p i t a l i s m o atual, da d i a l é t i c a da m o d e r -

n i d a d e . P r o c e s s o de m i l f a c e s . R e a l i d a d e m ú l t i p l a , opaca, n ã o c a p t á v e l

p e l a c o n c e p ç ã o i n g ê n u a de t r a n s p a r ê n c i a da t o t a l i d a d e , que i m p õ e a n e ­

c e s s i d a d e de e x p o n e n c iar as m e d i a ç õ e s para c o m p r e e n d e r s e u m o v i m e n t o .

Daí o i m p e r a t i v o de a p r e e n ç õ es a n g u l a r e s . A q u i i n t e r e s s a a e s p a c i a l i -

d a d e . (1 ) .

"A g l o b a l i z a ç ã o da s o c i e d a d e e da e c o n o m i a g e r a a m u n d i a l i z a

ção do e s p a ç o g e o g r á f i c o , c a r r e g a n d o - o de n o v o s i g n i f i c a d o " ( S A N T O S , 1 9 S 3 ;

] ) o Vai s i g n i f i c a d o a p r e s e n la-:ie d o m . o <ic co:itraditoriedade„ As r e l a ­

ções c a p i t a l i s t a s m o d e r n a s de v a l o r i z a r ã o ào e s p a ç o u n i f i c a m f r a g m e n t a n

d o f, h o m o g e i n i z a m d i f e r e n c i a n d o (2)o T o r n a - a e m i s t e r "compreender cada

í raçao do e s p a ç o m u n d i a l c .
t; f u n ç a o do e s p a ç o f,lobal"( 1DEM; 19) e saber

que " q u a n t o m a i s os l u g a r e s se m u n d i a l i z a m , m a i s se t o r n a m s i n g u l a r e s e
*

específicos, i s t o ê ú n i c o s w (1 D E M ; 2 1 ) u Nesse sentido, p o d e r - s e - i a d i z e r

que os l u g a r e s se r e l a c i o n a m e se u n i f i c a m t o r n a n d o - s e c a d a v e z m a i s

d i f e r e n t e s » T o d o 3 os c a m i n h o s , m a i s do que antes, l e v a m a R o m a » E Roma,

a g o r a t é o m u n d o u "Hoje, o que n a o è m u n d i a l i z a d o ê c o n d i ç ã o de m u n d i a -

lizaçáo"(IDEM;5).
E s t a s a f e r i ç õ e s süo p r e s s u p o s t o s p a r a se p e n e t r a r n a p r o b l e ­

m á t i c a doa c i r c u i t o s e s p a c i a i s d a ' p r o d u ç ã o e doa c í r c u l o s de c o o p e r a ç a o

no e s p a ç o , p o i s d e l i m i t a m o h o r i z o n t e de p r e o c u p a ç õ e s em que se i n s c r e ­

ve tal e s f o r ç o * 0 tema da d i s t r i b u i ç ã o d:: a t i v i d a d e e c o n ô m i c a no e s p a ç o

I c r r e a t r e e das a r t i c u l a ç ò e a entre oü difc re n t e s l u g a r e s no p r o c e s a o

p r o d u t i v o s e m p r e ioi uni dos m a i s t r a d i c i o n a i s na f r o n t e i r a i n t e r d i s c i -

p l i n a r entre a E c o n o m i a e a G e o g r a f i a ( J ) u hu t e o r i a s e os m o d e l o s de

l o c a l i z a ç a o a g r i c o l a ou i n d u s t r i a l , de a n á l i s e de flu x o s , de h i e r a r q u i -

z a ç á o da rede de c i d a d e s , etc., d i s c o r r e r a m l o n g a m e n t e sobre tal t e m á ­

tica«,^)© Tais esforços, contudo, t r a n s c o r r e r a m c o m uma f u n d a m e n t a ç á o

m e t o d o l ó g i c a b a s i c a m e n t e p o s i t i v i s t a ou neo-po3itivista<> Em t e r m o s de

a n á l i s e e c o n ô m i c a houve uma d o m i n â n c i a d.j p e r s p e c t i v a n e o - c l á s s i c a » em

t e r m o s de G e o g r a f i a a ótica e c o l ó g i c a imperou,, A e x p l i c a ç à o f u n c i o n a l ,

o ui u t e m a c a p r o j e ç ã o m a t e m á t i c a (icl j i.can ou iii.uLej de. tais e s t u d o s „

As c r i t i c a s a estas a b o r d a g e n s já se a v o l u m a m ijeu c a r a t e r f o r m a l i s

ta foi e n f a t i z a d o , tais e s t u d o s se p r e n d e r a m nas a p a r ê n c i a s do real, na

e p i d e r m e dos p r o c e s s o s , na e s t á t i c a dos d e s e n h o s » Enfim, a n a l i s a v a m r e ­

s u l t a d o s de uma ló g i c a que lhes p e r m a n e c i a e s t r a n h a » 1'ois "o e s p a ç o náo

p o d e ser e s t u d a d o como se 03 o b j e t o s m a t e r i a i s que f o r m a m a p a i s a g e m

t r o u x e s s e m n e l e s m e s m o s sua p r ó p r i a e x p l i c a ç ã o " ( S A N T O S , 1 9 3 2 ; 4 0 ) 0

0 h o r i z o n t e a q u i a s s u m i d o v i s a c o m p r e e n d e r a e s p a c i a i i d a d e co

mo mediaçáo particu l a r i z a d o r a , naquele s e n t i d o de que a p a r t i c u l a r i d a d e


ê um c a m p o de m e d i a ç õ e s ( 6 ) „Os c i r c u i t o s e s p a c i a i s da p r o d u ç ã o e os cír

c u l o s de c o o p e r a ç ã o n o e s p a ç o devera, ent ã o , s e r e m xxsitsn d i s c u t i d o s na

ó t i c a da m u n d i a l i z a ç a o do e s p a ç o g e o g r á f i c o e da g l o b a l i z a ç ã o das r e l a ­

ções s o c i a i s de p r o d u ç ã o » T r a t a - s e de c l a r i f i c a r i n s t r u m e n t o s c o n c e i -

Luain p a r a c o m p r e e n d e r a d i v i s ã o e s p a c i a l do t r a b a l h o em m u l t i p l a 3 e s ­

calas*, P a r a t a n t o , d e v e - s e bu3car a l ó g i c a t e r r i t o r i a l da i n t e r n a c i o n a -

J i z a ç a o do c a p i t a l , p o i s "o m u n d o corno e s p a ç o ue t o r n a o e s p a ç o g l o b a l

do c a p i t a l " ( I D E M ; 1 5 ) o

A d i s c u s s u o sobre o c i r c u i t o da p r o d u ç ã o na s o c i e d a d e c a p i t a ­

l i s t a r e a l i z a d a p o r liiarx no fa m o s o t e x t o " I n t r o d u ç ã o à C r í t i c a da E c o ­

n o m i a P o l i t i c a " é um bom p a t a m a r p a r a i n i c i a r o p e r c u r s o . A l i ele a p r e ­

senta algumas indicações preciosas ao explicitar a unidade cont r a d i t ó ­

r i a e n t r e a p r o d u ç ã o , a d i s t r i b u i ç ã o , a troca e o c o n s u m o » E l e c r i t i c a

os e c o n o m i s t a s b u r g u e s e s que t r a t a r a m este " m o m e n t o s " da p r o d u ç ã o c o m o

p r o c e s s o s estanques,, 0 e n c a d e a m e n t o doa v á r i o s m o m e n t o s é p o s t o c o m o

"circulação"», Daí o s e n t i d o de c i r c u i t o , c i r c u l a r i d a d e u E Í 3 uma p r i m e i ­

ra i n d i c a ç a o .

Vale recordar: D c p o i ü de a r g u m e n t a r que o "ato da p r o d u ç ã o é,

em t o d o s os s e u s m o m e n t o s um ato cie conuu;;io"U,ÂnX, 1974; 218) , que a d i s ­

t r i b u i ç ã o é um " f a t o r de p r o d u ç ã o "(1L'EÍ..; ?.?b) e que "a p r ó p r i a t r o c a é

um a t o i n c l u i d o n a produçao"(IDEiu ;227) , iwarx s i n t e t i z a : "Não c h e g a m o s

a c o n c l u s ã o de que a produção, a d i s t r i b u i ç ã o , a t r o c a e o c o n s u m o são


i d ë n t i d o ü , m a s que sao a n t e s e l e m e n t o s de un;a i o t a l i d a d e , d i f e r e n c i a ­

ções no interiorde uxiia u n i d a o e „ {. „ „ r.) pi ü d u ^ a o ultrapa:-<a lambin, o r.eu

p r ó p r i o q u a d r o n a d e t e r m i n a ç a o a n t i t é t i c a de si m e s m a , tal c o m o o s o u ­

t r o s rrornentooo E a p a r t i r delà que o p r o c e s s o r e c o m e ç a sem c e s s a r 0( ,,,)

Uií:u p r o d u ç ã o d e t e r m i n a d a d e t e r m i n a p o r t a n t o um consuino, uma d i s t r i b u i ­

ção, unia t r o c a d e t e r m i n a d a v r e g u l a n d o i g u a l m e n t e a s r e l a ç õ e s d i s t i n t a s

d e t e r m i n a d a s d e u s e s d i f e r e n t e s mornonto.M"ClDLI.i; ?28) „ P o d e - s c daqui d e ­

d u z i r que d i 3 c u t i r os c i r c u i t o s e s p a c i a i s da p r o d u ç ã o é d i s c u t i r a es-

p a E i a l i d a d e da p r o d u ç a o - d i s t r i b u i ç a o - t r o c a - c o n : ; u m o c o m o m o v i m e n t o c i r ­

cular conctante» Captai' s e u s e l e m e n t o s d e t e r m i n a n t e s é dar c o n t a da e s ­

s ê n c i a de seu movimento,,

Ë interessante o b s e r v a r que N a h u e l M o r e n o def e n d e que é n a ci

t a ç ã o a c i m a t r a n s c r i t a de Ma r x , que se e n c o n t r a sua f o r m u l a ç ã o m a i s aca

b a d a da p o s t e r i o r m e n t e d e n o m i n a d a "lei do d e s e n v o l v i m e n t o d e s i g u a l e

c o m b i n a d o " ( M O R E N O , 1 9 7 7 ; 1 1 3 ) u tíste a u t o r - c o r r e t a m e n t e ao n o s s o v e r -

c r i t i c a a i d é i a de lei, i n t r o d u z i d a por T r o s t k y s e g u n d o ele, p r e f e r i n ­

d o f a l a r de uma teoria, que v i s a e x p l i c a r a r e l a ç ã o entre g ê n e s e e e s ­

t r u t u r a d a n d o c o n t a da c r i a ç a o da:; n o v a s qualidades,, A c o m b i n a ç a o do

d e s i g u a l m e n t e d e s e n v o l v i d o c r i a r i a o novo. ü e o r g e Novaclí, o u t r o a u t o r

que r e f l e t e s o b r e esta °lei"v c o l o c a - a c o m o uma n u n i f e s t a ç a o da " i n t e r ­

p e n e t r a ç ã o dos c o n t r á r i o s " » P a r a ele, a d e s i g u a l d a d e s e r i a a n t e r i o r à

c o m b i n a ç ã o , r e s u l t a n d o da " n a t u r e z a c o n i r a d i t ó r i a do p r o g r e s s o s o c i a l e
da d i a l é t i c a do d e s e n v o l v i m e n t o h u m a n o " ( N O V A C K , 1 9 7 4 ; 2 8 ) .A c o m b i n a ç á o

a p a r e c e r i a " c o m a n e c e s s i d a d e de s u p e r a r a p r é - e x i s t e n t e d e s i g u a l d a ­

de n (IDELl;50) o E m t e r m o s h i s t ó r i c o s , Novaclc a r g u m e n t a : "0 C a p i t a l i s m o é


l
uni s i s t e m a e c o n ô m i c o m u n d i a l . Nos u l t i m o u cinco s é c u l o s se d e s e n v o l v e u

<íc p a i s a p a i s , de c o n t i n e n t e a c o n t i n e n t e , e p a s s o u a t r a v é s de sucessi^
V
v a s f a s e s de C a p i t a l i s m o c o m e r c i a l , industrial, financeiro, a Capita-

l i s m o i:statal m o n o p o l i s t a » Cada puís, m e s m o a t r a z a d o , foi l e v a d o k e s ­

t r u t u r a das r e l a ç õ e s c a p i t a l i s t a s e se v i u s u j e i t o a suas l e i s de fun-

c i o n a m e n t o o P o r t a n t o , cada n u ç á o n i t r o u na d i v i n a o i n t e r n a c i o n a l do

t r a b a l h o s o b r e a base do m e r c a d o m u n d i a l c a p i t a l i s t a , c a d a uma p a r t i c i -

e
p o u n u m a f o r m a p e c u l i a r em gr u u s d i f e r e n t e s na e x p r e s s ã o e e x p a n s a o do

Capitalismo, e j o g o u d i f e r e n t e s p a p é i s n a s d i s t i n t a s e t a p a 3 de s e u d e ­

s e n v o l v i m e n t o "(IDEI.1; 36/78 o

V e - s e ejue a t e o r i a do d e s e n v o l v i m e n t o d e s i g u a l e c o m b i n a d o ,

s e g u n d o os a u t o r e s m e n c i o n a d o s , f l u i d i r e t a m e n t e da t e m á t i c a em f o c o 0

Orip,ina-se n a t e o r i z a ç a o m a r x i a n a d o b r e a u n i d a d e i d e n t i d a d e - d i f e r e n ç a ,

e a v a n ç a c o m Trotslcy que d i s c u t i u a a r t i c u l a ç a o entre o p r o c e s s o de ex-

p a n n a o do c a p i t a l i s m o e as " p e c u l i a r i d a d e s nacionaia"(.7) «. A e t a p a m o n o ­

p o l i s t a t e r i a i n t e n s i f i c a d o sua i m p o r t a n c i a , c o m o a d v e n t o da m u n d i a -

l i z a ç a o t o t a l o E s t a o r i e n t a ç a o t e ó r i c a a l i m e n t a uma via f é r t i l de i n ­

dagações, o n d e e m e r g e a p r o b l e m á t i c a da " c o n v i v ê n c i a a s s o c i a d a " de d i ­

ferentes relações de p r o d u ç ã o n u m m e a m o c i r c u i t o . (8)„ As q u e s t õ e s da


d i v i s á o e s p a c i a l do t r a b a l h o e da i n t e r nacionalizaça'o do c a p i t a l a l o ­

j a m - s e n o c e n t r o de tal d i s c u s s ã o , ensejando muito3 debates(9)o

A n t e s de a v a n ç a r , cabe r e s g a t a r uma o u t r a i n d i c a ç a o c o n t i d a

n o t e x t o de M a r x c i t a d o . T r a t a - s e de uma série de c o n s i d e r a ç o e s a r e s ­

p e i t o da o b j e t i v a ç a o do c a p i t a l no e s p aç o* Uomo ele l e m b r a i n i c i a l m e n ­

te: ’
’En t r e o u t r a s c o i s a s , o c a p i t a l é, também, u m - i n s t r u m e n t o de p r o d u ­

ção, , tu mb ém , trabalho passado, ob jc t ivado"(IviAli.X„ 1974 ; 2 1 cj ) 0 Ksse t r a ­

b a l h o a c u m u l a d o é d e n o m i n a d o de "capi t a l f i x o " ( 1 0 ) 9 que n a o é d e s t r u í d o

n o at o do c o n s u m o , e que r e s t a co mo "meio de p r o d u ç ã o " p a r a o n o v o cir-

c u i t o ( I D E M ; 2 2 2 ) u I.íarx t a m b é m le m b r a que e s t a " d i s t r i b u i ç ã o " dos m e i o s á

de p r o d u ç ã o , em c e r t o s e n t i d o , d e t e r m i n a a p r o d u ç a o ( I D E M ; 225). P o d e r -

s e - i a a v e n t a r que t a l d i s t r i b u i ç ã o o b j e t i v a as d e t e r m i n a ç õ e s da d i v i s ã o

do t r a b a l h o n o e s p a ç o , s e n d o , e m si, a d i v i 3 a o e s p a c i a l do t r a b a l h o »

Do que foi e x p o s t o p o d e - s e d e d u z i r que aos c i r c u i t o s e s p a c i a i s

de p r o d u ç ã o c o r r e s p o n d e uma dada d o t a ç u o de m e i o s de p r o d u ç ã o sobre o ~

espaço, que sob a f o r m a de c a p i t a l f i x o p a r t i c i p a m c o n t i n u a m e n t e do cir

c u í t O o T a l d o t a ç a o e x p r e s s a em sua m a g n i t u d e , d i v e r s i f i c a ç a o , etc», uma

d e t e r m i n a d a p o s i ç ã o na divia-io do t r a b u l h o em um d a d o mome.nto (qual q u e r

que s e j a a e s c a l a c o n s i d e r a d a ) . T a l p r o c e s s o - u n i v e r s a l na h i s t ó r i a do

c a p i t a l i s m o - se cornplexiza no p e r i o d o a t u a l (mund i a l , m o n o p o l i s t a ) pela

i n t r o d u ç ã o de n o v a s f o r m a s de c o o p e r a ç a o que se i n s c r e v e m e s p a c i a l m e n t e

n u m a e s c a l a g l o b a l , r o m p e n d o os c í r c u l o s t r a d i c i o n a i s de c o o p e r a ç a o no

e s p a ç o ( l l ) .Tal p r o c e s s o se dá a t r a v é s da .internacionalivsaçao do capi t a l ,


b
viíjto c o m o p r o c e s s o c o n s t a n t e do d e s e n v o l v i m e n t o c a p i t a l i s t a e c o m o ca-

r e c t e r i z a d o r de sua e t a p a a t u a l » A m a g n i t u d e do c a p i t a l fixo, s e m d ú v i ­

da, i n t e r v é m n e s s a d i f e r e n c i a ç a o , porém, pod e - a e l e v a n t a r que sua áe-

ter.T.inaçacr f u n d a m e n t a l hoje r e p o u s a n u m a e i r c u l a g a o e s s e n c i a l m e n t e fi-

n a n c e i r a , que em c e r t o s e n t i d o a n u l a an p e c u l i a r i d a d e s de c a d a espaço»

Tal q u e s t ã o d e m a n d a a i n t r o d u ç ã o de o u t r a s l e i t u r a e 0

-— lio a n b i t o da G e o g r a f i a , Ld.-urd Soja e um dos a u t o r e s que se

v o l t u m p a r a e s s a problemática», r.nlcndendc a e j p a c i a l i d a d e c o m o "forma

m a t e r i a l das r e l a ç õ e s s o c i a i s de p r o d u ç ã o , e x p r e s a a o t e r r i t o r i a l c o n ­

c r e t a da d i v i s ã o do t r a b a l h o " , p r o p ò e para esta d i s c i p l i n a a e l a b o r a -

ç a o de uma "te o r i a do d e s e n v o l v i m e n t o g e o g r a f i c a m e n t e desigual"(SOJA,

1933; 36/7.) o P a r a ele, tal p r o c e s s o r e f l e t e o p a d r à o c o n s t a n t e da es-

pacialidaüe capitalista, que r e p r o d u z d i f e r e n ç a s n u m a h i e r a r q u i z a ç a o do

CL-payo era d i f e r e n t e s e s c a l a s . L:a juas p a l a v r a u : *'ü C a p i t a l i s m o o r i g i n a d o

de un e s p a ç o d e s e n v o l v i d o d e s i g u a l m e n t e , forma e t r a n s i o r m a a sua m a ­

t r i z e s p a c i a l h e r d a d a e n q u a n t o de.-envolve-se desigualaiente ao l o n g o do

te m p o , e p e r m a n e c e se m p r e d e p e n d e n t e , t :a c e r t o grau, do d e s e n v o l v i m e n ­

to g e o g r a f i c a m e n t e d e s i g u a l por e Le produ/.ido"(IDü.l;62) „ A i n t e r n a c i o -

nali/zação do c a p i t a l m a n i f e s t a r - s e - i a e n q u a n t o um p r o c e s s o , por e s s ê n ­

c ia, espacialraente d e s i g u a l e c o m b i n a d o . Os l u g a r e s se i n d i v i d u a l i z a ­

r i a m e s p a c i a l i z a n d o uma d a d a d i v i s ã o do traba l h o » N e s s e s e n t i d o a m u n -

a i a l i z a ç a o i m p l i c a r i a n u m a u n i f o r m i z a ç ã o e n u m a d i f e r e n c i a ç ã o dos lu-
gares,. Os l i m i t e s da p l e n a h o m o g e i n i z a ç a o r e p o u s a r i a m , s e g u n d o Soja, no

f a t o duü d i l e r e n ç a a s e r e m f o n t e s de s u p e r - l u c r o s « P a r a ele, os e s t u d o s

d e v e m e n t a o s e r e m e n c a m i n h a d p a p a r a a a n á l i s e da " t r a n s f e r e n c i a g e o g r á ­

f i c a do vajror". l o d e r - s e - i a d e d u z i r a existericia de um c i r c u i t o e s p a c i a l

ilo o;<c('.iic;nte cm d i f e r e n t e s esoa Jar.;,. A aournuüaçao a n i v e l i n t e r n a c i o n a l

d a r i a a b a s e p a r a a o b s e r v a ç a o de s s e s f l u x o s D

Trabalhando com pressupostos metodológicos nao conflitantes

c o m 09 a t é a q u i a p r e s e n t a d o s , S t e p h e n iiymer o b s e r v a que a i n t e r n a c i o ­

n a l i z a ç ã o do c a p i t a l se dá c o m a uma divis.io de m e r c a d o s b a s e a d a n u m

" e q u i l i b r i o oiigopolista*,’
, resultando num "desenvolvimento desigual"

que t e n d e a " p r o d u z i r uma d i v i s á o h i e r a r q u i c a do t r a b a l h o e n t r e r e g i õ e s

g e o g r á f i c a s s e m e l h a n t e à d i v i s ã o v e r t i c a l do t r a b a l h o d e n t r o da e m p r e ­

sa "(HYÍ.ÍKR, 1978; 37) « i*o á p i c e desta h i e r a r q u i a e s t a r i a m "os c e n t r o s ra-

/
ü i a i s do p l a n e j a m e n t o estratégico"(IDi^..;33) , as m e t r o p o l e s que d e t é m o

c o n t r o l e da ciecisao sobre as e s t r a t é g i a s de a p l i c a ç a o do c a p i t a l m u n d i a l

0 conjunto desses centros constitui "unia frente ú n i c a o l i g o p o l i s t a " que

m o n o p o l i z a a p e s q u i 3 a de i n o v a ç o e s t e c n o l ó g i c a s - base e s t r a t é g i c a da

e x p a n s ã o c a p i t a l i s t a atual. a y m c r a r g u m e n t a que o a c e s s o à i n f o r m a ç a o

d e t e r m i n a a l o c a l i z a ç a o do c e n t r o . N u m s e c u n d o p a t a m a r da h i e r a r q u i a

e s t a r i a m "as c i d a d e s e l e i t a 3 " que a l o c a m as " a t i v i d a d e s de c o o r d e n a ç ã o “«

Na b a s e da h i e r a r q u i a e s t a r i a m as a t i v i d a d e s o p e r a c i o n a i s e s p a l h a d a s por

diferentes lugares, d i f u n d i d a s por t o d o o m u n d o « A l e r t a e n t á o p a r a a


e x i s t e n c i a de "áreas de i n o v a ç ã o " e " á r e a s de a j u s t e " , c o m um f l u x o de

c a p i t a l que o b e d e c e a uma e s t r a t e g i a d i t a d a p e l o c e n t r o » T e m - s e uma pro

iiuçcio c a d a vez m a i u c o s m o p o l i t a e d i f u n d i d a ( i m p l i c a n d o n u m a m p l o c í c

c u l o de c o o p e r a ç a o ) a c o m p a n n a d a de uma i n c r í v e l "centralizaçao espacial

:!a d e c i s ã o " o H e a s e s e n t i d o o "ufcatuu rcJ.ilivo" do:.: l u g a r e s não se a l t e ­

ra» Há uma s i t u a ç ã o d e s i g u a l q u a n t o à c a p a c i d a d e t é c n i c a e de c a p i t a l

( f i x a d o e em c i r c u l a ç a o ) que r e p r o d u z e x p o n e n c i a l m e n t e "a c o n c o r r ê n c i a

i n t e r n a c i o n a l i m p e r f e i t a " ( 1 D E M ;20)» Na:; p a l a v r a s de iíymer: "A d i v i 3 a o

i n t e r n a c i o n a l do t r a b a l h o m a n t é m a c a b e ç a s e p a r a d a das m a o s e c a d a m a o

n e p a r a d a da out r a " , n u m j o g o onde o 3* L u n d o a p a r e c e c o m o um "exército


I

i n d u s t r i a l de r e s e r v a de d i m e n s ã o e s p a c m a l "(iDEl.,; 111) »

íiymer e n t e n d e que os g r a n d e s a g e n t e s de3sa m u n d i a l i z a ç a o c o n ­

t e m p o r â n e a f o r a m as e m p r e s a s m u l t i n a c i o n a i s . Cabe a d e n t r a r uni p o u c o em

•m a argumentação» Ele parte da d e f i n i ç ã o de l.;*tíyé de "unidades inter-

t e r r i t o r i a i s " ( d e f i n i ç ã o de d e n s o s i g n i f i c a d o g e o g r á f i c o ) e a p o n t a sma

g e n e u c n a s g r a n d e s e m p r e s a s n a c i o n a i s mui Lidivi:;.i onai s n o r t e - a m e r i c a n a j ,

que h a v i a m r e v o l u c i o n a d o a e s t r u t u r a o r g a n i z a c i o n a l a r t i c u l a n d o a de s c e n

trali/.açào da p r o d u ç ã o (por ramos, uetorcL- e ..,té c o m c o n c o r r ê n c i a inter

na de d i v i s õ e s ) c o m a c e n t r a l i z a ç a o do c o n t r o l e ue i n v e s t i m e n t o (IDKLI;46)

E s t a s c m p r e s u J d e s e n v o l v e m uma ló g i c a de i n t e g r a ç ã o e d i s p e r s ã o na srna

organização, e que i n c l u s i v e as libera e s p a c i a ç m e n t e „ u y m e r c h a m a tal

capacidade de " e x t r a t e r r i t o r i a l i d a d e "(IDE!,:;78), isto ê i n t e g r a r a d i s p e r


são, d i v e r s i f i c a r c e n t r a l i z a n d o a d e c i s ã o » 0 p l a n e j a m e n t o do3 "ciclos

ue p r o d u t o s " e x e m p l i f i c a tal c a p a c i d a d e , o " p r o d u t o m u n d i a l " £j6 se u n i ­

f i c a no p l a n e j a m e n t o de i n v e s t i m e n t o d.i empresa(ILElã; 75). N e s s e sen t i d o

a m u l t i n a c i o n a l pode ser d e f i n i d a c o m o uni "doe n t e de a l o c a ç a o e f i c i e n t e

òo c a p i t a l rnundi^ 1" (lDiitó; 27) , que "dif u n d e o c a p i t a l " e " c e n t r a l i z a o

controle (das d e c i s õ e s ) , e s t a b e l e c e n d o uma rede i n t e g r a d a v e r t i c a l m e n t e ,

n a qual d i f e r e n t e s :íreas se especiulizan: cm d i f e r e n t e c n í v e i s de a t i v i ­

dade "(IDEÍ.Í; 79)« ü y m e r c o m p l e m e n t a : "Ü s i g n i f i c a d o i n t e r n a c i o n a l desta

t e n d ê n c i a e s t r a t i f i c u d o r a reside em um p r i n c í p i o de c o r r e s p o n d ê n c i a que

r e l a c i o n a a d i f e r e n c i a ç a o v e r t i c a l d e n t r o da h i e r a r q u i a e m p r e s a r i a l com

a d i s t r i b u i ç ã o e s p a c i a l do e m p r e g o e á-ic r e m u n e r a ç o e s "(IDElu;01) „ A " d i ­

m e n s ã o e s p a c i a l da h i e r a r q u i a d.i . mpresii "(lDEí.I; 50) ê uma h i e r a r q u i z a ç ã o

dos lügares, un)a " d i s t r i b u i ç ã o a e a i g u a l dcs benefícios',' o f u n d a m e n t o da

" e o o p o r a ç a o iinpci-J’«'x ta"(ILL*.,;i>4) „ o:;Ui cri a e uolidi fica i n t e r d e p e n d ê n ­

c i a s , t o r n a n d o a p r o d u ç ã o glo b a l , a c a b a n d o por i g u a l a r n o p l a n o i n t e r ­

n a c i o n a l o p r e ç o dos f a t o r e s de produçao(lL)Eivi; 24) o iloje e x i s t e , seg u n d o

h y m e r , uma p l e n a "produção capitalista internacional", com a "incorpo-

r a ç a o da m a o de obru de m u i t o s p u i s e s em uma e s t r u t u r a p r o d u t i v a e m p r e ­

s a r i a l i n t e g r a d a m u n d i a l m e n t e „ ( . u „) u n i f i c a n d o o c a p i t a l m u n d i a l e a

m a o de o b r a m u n d i a l dentro de um ::istcmu e n t r e l a ç a d o de i n t e r p e n e t r a ç á o

que m o d i f i c a c o m p l e t a m e n t e o s i s t e m a de e c o n o m i a s n a c i o n a i s que caracte

r i z o u o c a p i t a l i s m o m u n d i a l nos ú l t i m o s t r e z e n t o s a n o s " ( IDEL1; 96) .


E r e n t e ao que foi c o l o c a d o se pode i n d a g a r a r e s p e i t o da

.jjcuLuo dati e s c a l a J na aii;'3 i :>o. dou c .1! o j.i I,o. <:;,pac iaiü (le p r o d u ç ã o e dou

c í r c u l o s de c o o p e r a ç ã o no espaçoc Foi c o l o c a d o que 03 circuitos deveriam

:cr v i u t o s corno a e s p a c i a l i d a d e da pi iKhiçao-di ^tribuiçao-ti^oca-consiuno

de um d a d o p r o d u t o , e ou c í r c u l o a do cuope.ra ,;ic c o m o f u n d a m e n t o s da di-

v i a a o e s p a c i a l da p r o d u ç ã o » Foi v i s t o t a m b é m que no c a p i t a l i s m o a t u a l

t >:istom p r o d u t o s m u n d i a i s (uma p r o d u ç ã o r o s m o p o l i t a ) , m e r c a d o s m u n d i a i s ,

flaxcc mundiais, e que a d i v i s ã o e s p a c i a l da p r o d u ç ã o se m a n i f e s t a , ba-

.•iicamer.te, c o m o um p r o c e a s ) de i n t e r n a c i o n a l i z a d a o do c a p i t a l » A s s i m , n

no e s p a ç o m u n d i a l i z a d o do c a p i t a iiamo m o n o p o l i s t a a ótica p a r a se a p r e e n

der os c i r c u i t o s e s p a c i a i s da p r o d u ç ã o dríverã enr a g l o b a l , e as l o c a l i

z a ç õ e s s i n g u l a r e s d e v e r ã o ser d i s c u t i d a s na e s c a l a da d i v i s ã o i n t e r n a c m o

n a l do t r a b a l h o ( 12)» 0 c i r c u i t o ao c a p i t a l e das m e r c a d o r i a s m e s m o que

c i r c u l a n d o e s p a c i a l m c n t e numa esc a l a J o c a l se ve , a i r e t a ou i n d i r e t a m e n

te, e n v o l v i d o n u m a c i r c u l a r i d a d e mundial». 1 cuci-.-e-ia d i z e r que 0 "cir­

c u i t o s u p e r i o r " ê t o d o a r t i c u l a d o n u m a m a l h a global(13)° Na m e d i d a em

que este c i r c u i t o c o m a n d a a v a i o r i z a ç a o do esp a ç o , a vida de t o d o s 03

lu,'arn:; é p e r t u b a d a poios ceus d;i Tc reni; i ido;) p a p e i s na d i v i s ã o i n t e r n a ­

c i o n a l ^ do t r a b a l h o » iorém, se a p r e s e n ç a cio c a p i t a l i s m o se faz u n i v e r e

: al, e s t e p r o c e s s o , c o m o visto, cvului dc forma c s p a c i a l m e n t e d e c i £ u a l .

A h i s t ó r i a do c a p i t a l é e s p a c i a l m e n t e s e i e t i v a ( ja I-.TOS, 1978; / 7 0 ) .

A d i s t r i b u i ç ã o de e q u i p a m e n t o s , e trabalho acumulado, o c a p i t a l fix a d o ,

e desigualmente distribuido», Cabe c n t e c i e r a comfcir.açao dessa d e s i g u a l d a d e

]1
A c o m b i n a ç a o do d e s i g u a l ae e x p r e s s a n u m p r o c e s s o h i e r a r q u i z a d o r ,

.jendo em si a d i v i s ã o i n t e r n a c i o n a l do trabalho,. V o m e m o s a e x p o s i ç ã o de Lu-

c i a n o C o u t i n h o 3obre o ten;a„ ü e g u n d o ele, a i n t e r n a c i o n a l i z a ç a o e s t á com-


r-i
, ieta, e ae deu p e l a p r ó p r i a " i n t e r n a c i o n a l i z a ç a o das g r a n d e s e m p r e s a s oli-

L p o l i u t a u "(COUTlIJiiU,1977 ;b 3 ) i> Isto o c o r r e u p o i s "a f r o n t e i r a e x t e r n a de

a c u m u l a ç ã o p e r m i t i u ao c a p i t a l i s m o o l i g o p o l i s t a m a n t e r um d i n a m i s m o c o n t í ­

n u o no a p ô s g u e r r a , e s c a p a n d o das r e s t r i ç õ e s qut o m o d e r a d o c r e s c i m e n t o dos

a.ercadoa c e n t r a i s lhes i m p o r i a "(ILiiil-.;;64 ) o U r i o u - s e a s s i m um " s i s t e m a oli-

g o p o i i s t a g l o b a l " , c o n s t i t u í d o de um " s i s t e m a m a t r i z ” e um " s i s t e m a a f i l h ^ -


1
C
do"„ te* | » 0 o "eupu^ü e c o n o m i c o d 1í: ci.-ij-rcüas o l i g o p o l i s t a - " c e n g e n d r a ^
^ ív
”v i g 0 r 0 3 0 c i r c u i t o do c a p i t a ] f i n a n c e i r 0 "... i.ci;ya nova diviísáo "de scen-

íraliza-!>c em e s c a l a m u n d i a l a d i s t r i b u i r ã o g e o g r á f i c a dos m e i o s i n d u s t r i a i s

>h. p r o d u ç ã o " , a c o m p a n h a d a de ama "honiogei n i s - i ,0 n o a a e t o r e s o i i g o p o l i s t a s ••

a una " c c n t r a l i ^ a ç a o d * p r o p r i e d a d e ••(:;:In ó c ü c:::preüac „ s e c u n d o 0 autor) 0

as e c o n o m i a s p e r i f é r i c a s este t i p o de ho.-.ogeinizaçao t e c n o l ó g i c a e n x e r t a ­

da de fora, r e d u n d a r i a na a m p l i a ç ã o das d e s i g u a l d a d e s i n t e r e intra-setoj»i

riaisE(IDL’
L!;65)« 0 "hiato t e c n o l ó g i c o " entre m a t r i z e f i l i a l se e x p o n e n c i a -

liza« 0 a g e n t e de tal p r o c e s s o sao as m u l t i n a c i o n a i s que c o m b i n a m "a m a x i -

. u ç a o p l a n e j a d a de lu c r o s à e s c a l a g l o b a l , c o m a d e s c e n t r a l i z a ç a o g e o g r á ­

f i c a da p r o d u ç ã o i n d u s t r i a l M6ll>l^;£>5) u lorém, a m t e r n a l i z a ç á o se c o m p l e ­

ta a c i r r a n d o os c h o q u e B ir.ter-capita 1 i s t a s , l e v a n d o a um " p r o c e s s o c r e s ­

c e n t e de degrafiaçào da o r d e m i n t e r n a c i o n a l "(ILí£.i*.;67) *
C o m o f i m das " f r o n t e i r a s i x i s x e x t e r n a s de e x p a n s à o " , 0 sistema

a t r i z vc c a i r sua taxa de lucro., us L y t a d o j l»a-ionais se v ê e m em d i f i c u l d a

_:es, " d e v e m c o o r d e n a r os i n t e r e s s e s c o n t r a d i t ó r i o s e c o m p l e x o s de suas r e s -

••c l i v a s s o c i e d a d e s r a c i o n a i s e c o n c i l i a - l o s c o m oh i n t e r e s s e i e s p e c i l i c o s

i n t e r n a c i o n a l i z a d o s dos p o i o s oligo p o l i stas de poder"(IDEi<i;68) o A p o l í ­

tica c c o n o m i c a d o m é s t i c a do3 p a i s e s c e n t r a i ü v por o u t r o lado, i n f l u e m na

1'dfiC; mundial.» As m u l t i n a c i o n a i s c r i a m ücu "pad r a o de e x p u n s a o " , p l a n e j a -

;o g l o b a l m e n t e o Ua c r i s e p ó s - 7 0 vê-se o p l a n e j a m e n t o de a l o c a ç a o da c a p a c i -

íade o c i o s a n o s s u b s i s t e m a s a f i l h a d o s » 'âKiatia

rearranjo
Kijüüícorn um xaajaK.^c de a l o c a g a o do c a p i t a l m u n d i a l » T e m - s e a a u s ê n c i a de

':iovau f r o n t e i r a s de a c u m u l a ç a o p r o d u t i v a " (üJl.-.;73) « 0 t i s t e m a o l i g o p o l i s -

-a v a i b u s c a r o s u p e r - l u c r o n u m a hiperexpar.sao do c r i c u i t o f i n a n c e i r o in t e r -

a c i o n a l » P a s o a - s e a uma "acturiulavao i m p r o d u t i v a " t cor, c i c l o s de e x p a n a a o -

"cccssao mais frequentes» Só a i n o v a g a o c o n s t a n t e e. sua e x p o r t a ç a o p e r m i -

:'j a m a n u t e n ç ã o das taxas» A t e c n o l o g i a (com a i n o v a ç ã o c o n c e n t r a d a no c e n ­

tro) , t o r n a - s e uma " m a q u i n a de c r e s c i m e n t o " c r i a n d o "novas f r o n t e i r a s de

iCumulagao" ao distribuir-se peio planeta. l'odo este c i r c u i t o v a i d e p e n ­

der dos n í v e i s de i n v e s t i m e n t o , da " l i q u i d e z " do s i s t e m a f i n a n c e i r o » 0 au­

tor c o n c l u i que o "novo e n q u r m a da d i v i s ã o i n t e r n a c i o n a l do t r a b a l h o i n ­

dustrial, t e n d e n d o t o r n a r recorrente:: os p r o b l e m a s para a f o r m a ç a o t-e uma

. asejcxEánÜ5ca p r o d u t o r a de bens de c a p i t a l e t e c n o l o g i a a u t ô n o m a i m c l i c a

na m a n u t e n ç ã o de uma s i t u a ç ã o de d e p e n d e n c i a e a trut u r a l "(IDELi; 74 ). C o m o


r e s u l t a d o te m - s e a " o b a o l e s c e n c i a p r e c o c e " e a r á p i d a " e s t e r i l i z a ç ã o " d e

,-.ranck' n:assas de c a p i t a l lixado.. j crôn: em eertosi caaoSj, o "custo dc difu-

o a o " r e t a r d a a i n o v a ç a o ( IDEI.1; 77) oA s e l e t i v i d a d e e s p a c i a l do i n v e s t i m e n t o

:io a c e n t u a « A c o m b i n a ç n o a p r o f u n d a a desigual dacie entre os lugares,,

0 te x t o de C o u t i n h o traz n o v o s e l e m e n t o s í o papel da i n o v a ç a o

t e c n o l ó g i c a , e do c a p i t a l financeiro,. L'les c o m a n d a r i a m a ló g i c a da c i r c u ­

l a ç ã o i n t e r n a c i o n a l i z a d a e o l i g o p o l i z a d a do c a p i t a l , na e s c a l a B

n o m u n d o h o j e „ ( 1 4 ) o Cabe e n t á o v e r c o m o se a r t i c u l a m n u m m e s m o m o v i m e n t o ,

<j t e x t o de J 0C„Íjraca c í'oi.iazzucchelli - "Notas i n t r o d u t ó r i a s ao c a p i t a l i s ­

mo m o n o p o l i s t a " - a p e s a r de s i n t é t i c o c o m t e m p l a bem e3ta r e l a ç ã o »

Os a u t o r e s p a r t e m da ul'ir m a ç ã o do c a r a t e r p r o g r e s s i v o do capital:

valo r i z a ç ã o máxima, c o n t í n u a e l e v a ç ã o de p r o d u t i v i d a d e , i n t c n s i f i c a ç a o con^

òjiit». ou uívíluo cío tr.ubai.ho, a d e q u a ç ip c o n s t a n t e d.i e s t r u t u r a técnica» con

.•(.•r.ti-açao, c e n t r a l i z a ç a o e i n t e r n a c i o n a J i^açao.. I.euua p r o g r e s s ã o c h e g a m ao

apitai financeiro: "síntese do c a p i t a l mon-jtário con: o p r o d u t i v o " se^unc

u e f i n i ç a o de Ililf e r d i n g ( B K A G A e ItLAZZUCUiiiii,LI „1 9 d l ; 53) « B u s c a - s e c e n t r a l i -

2ar a m a s s a de c a p i t a l para se a d q u i r i r f l u i d e z e liqui d e z , r e q u e r i d a s p e ­

lo v o l u m e dosinvestimer.tos h o j e u Kste v o l u m e c r e s c e n t e cria " b a r r e i r a s

t é c n i c a s e f i n a n c e i r a s ” que i m p e d e m a e n t r a d a de n o v o s c o n c o r r e n t e s , g e ­

rando a estrutura oligopólicao "iJo c a p i t a l f i n a n c e i r o as m a s s a s de c a p i t a l

fundeui a f o r m a l u c r o com a f o r m a juro, o que é f u n d a m e n t a l na e s t r u t u r a

e ciriâii.ica m o n o p o l i c a do c a p i t a l " « T e m - s e uma a s s o c i a ç ã o total de c i r c u i t o s *


que p a s s s a m a i n t e g r a r o m o v i m e n t o das d i f e r e n t e s f r a ç õ e s de c a p i t a l nurc

m e üir.c a r r a n j o » "ü p o t ê n c i a ] de c-.rfito e do p r o g r e s s o t é c n i c o iner e n t e

àquela:; u n i d a d e s de c a p i t a l (o m o n o p o l i s t a ) lhes p e r m i t e t r a ç a r o c r e e c i ~

rr.ento c o m o e l e m e n t o e s t r a t é g i c o da c o n c o r r ê n c i a p e l o d o m i n i o de m e r c a d o s s

c o.T. o «jue cua acut.iulaçao de lucros a cio ui re uri v i ^ o r que t r a n s c e n d e os m a r ­

c o s n a c i o n a i s o r i g i n á r i o s v p r o m o v e n d o a i n t e r n a c i o n a l i z a ç a o do c a p i t a l e

p r o d u z i n d o em s i m u l t â n e o a l t e r a ç o e r na d i v i s ã o i n t e r n a c i o n a l do t r a b a l h o ”

(lbi.it ;b05 «i- auisin: vai a v a n ç a n d o uí:íj exparuiao-plane j a d a da a l o c a ç a o de c a ­

p i t a l n . o n o p o l i s t a 9 que define o r i t m o das inovações.,

i^ste q u d r o vai s'er p e r t u b a d o p e l a c r i s e d a e s t r u t u r a já oligopoli-

z a d a 0 "As u n i d a d e s c e n t r a l i z a d a s de c a p i t a l (os m o n o p ó l i o s ) tentarao per­

p e t u a r as p o s s i b i l i d a d e s de v a l o r i z a ç a o de seus c a p i t a i s f i x o s já i m o b i l i ­

zados, de m o d o que into,, ac lado da pe rspe c t j va da v a l o r i z a ç ã o f i c t í c i a de

:'cus ci.pitais nior.ctáriou exccdentc:., tende a rif.idif icar a e s t r u t u r a t é c n i ­

ca e prob3eni;‘
ti:sai o dor-cr.volvin.iir. I o dar- f r o n t e i r a s de i n o v a ç o e s "(IDhi«;6 v ) »

A v a l o r i z a ç ã o f i c t í c i a a p a r e c e c o m o "uj:. c i r c u i t o dc v a i o r i z a ç a o e s t r i t a m e n ­

te f i n a n c e i r o " , a c a b a n d o per ter a o c n i n a n c i a r\. " e a t r u t u r a ç a o mor.opôlica

do capi tal " K 7 co m uma / e x t e r i o r i d a d e d e m o v i m e n t o em r e l a ç ã o ci c l o

produtivo» Assim, "o c i r c u i t o f i n a n c e i r o m o n e t á r i o que s a n c i o n a a v a l o r i z a ­

ç ã o f i c t í c i a t r a n s f o r m a a v a l o r i z a ç a o do v a l o r - c a p i t a l em a l g o que n a o se

r e d u z à p r o d u ç ã o da m a i s - v a l i a , em a l g o que não é u n i c a m e n t e a apropriação

de t r a b a l h o a l h e i o , s e n á o que é v a l o r i z a r ã o em d i n h e i r o do capital moneta-

r izado"(IDKL;;62) . A taxa de lucro nao é m a i s i n d u s t r i a l , nas financeira»

15
0 c a p i t a l f i x o f i x a d o se e x p o n e n c i a l i z a em v o l u m e , c r i a n d o d i f i c u l d a d e s

(15)
(■ara dcotruiçáo, que e requeri d;i, pela f r o n t e i r a de i n o v a ç ó e 3 0 Tal ten-

uio é " r e s o l v i d a " a o nível doa m o n o p ó l i o s que d o m i n a m a c e n a na a t u a l i d a d e »

r c m - s e que d e s t r u i r para ir.ovur, e o c a p i t a l f i x a d o a t u a i n e r c i a l m e n t e „ 0

c i r c u i t o f i n a n c e i r o é o fiel da balança..

O b s e r v a - s e que a d i v i s ã o i n t e r n a c i o n a l do t r a b a l h o e a íhíkx alo-

c a ç a o de c a p i t a l n o e s p a ç o hoje o b e d e c e m a uma l ó g i c a o r i u n d a do c i r c u i t o

financeiro,, Os l u g a r e s m u n d i a l i z a d o s e s u b m e t i d u a às e s t r a t é g i a s dos m o n o -

p ó l i o s se articulamvíiuma- ló g i c a i m p l a c á v e l do aiaxixaiSaxáEXEXfiitaisx v a l o r i z a

ç ã o f i c t í c i a 0 Cabe a p r o f u n d a r a r e l a ç á o entre o e s p a ç o e o c a p i t a l f i n a n ­

ceiro.. E sobre o c o m p o r t a m e n t o do c a p i t a l f i x a d o n u m a c o n j u n t u r a de crise

e c o n ô m i c a » E de c o m o o c a p i t a l f i x o entrarJo c i r c u i t o f i n a n c e i r o »

.Aprofunuundc r;iais no tema, p o d e m o s tornar o t e x t o de i.laria C o n c e i ­

ç ã o T a v a r e s e L u i s CJ „iSelluzzo - "0 Capital f i n a n c e i r o e a E m p r e s a lúultina-

i ú c n a J " » Os a u t o r e s p a r t e m da a n á l i s e cla " a u t o n o m i z a ç a o do c a p i t a l - d i n h e i r o ,

sob a f o r m a de £ & £ £ £ c a p i t a l a j u r o s " * já d i s c u t i d a por i.;a r x c o m o a f o r m a

r.ais " a b s u r d a " onde "a f o r m a s i m p l e s do c a p i t a l é a n t e p o s t a a a e u p r ó p r i o

p r o c e s s o de r e p r o d u ç a o " ( T Á V A K E S e B E L L U Z Z O y1 9 8 0 ; 1 1 3 ) ° £ e s t a a u t o n o m i z a ç ã o

crescente, e x p r e s s a n a e x p a n s ã o do s i s t e m a de c r é d i t o , que e s t á n a ge n e s e

do c a p i t a l f i n a n c e i r o » Eate pertfiite um a u m e n t o s i g n i f i c a t i v o "na c a p a c i d a ­

de de m o b i l i z a ç a o de c a p i t a i s n olsto é f u n d a m e n t a l no c a p i t a l i s m o m o d e r n o

q u e v c o m o v i s t o , e n u o l v e p e s q u i s a t e c n o l ó g i c a , u m p l i u ç a o de e s c a l a de pro-
e, p r i n c i p a l m e n t e , "a i m o b i l i z a ç a o c r e s c e n t e de g r a n d e s m a s s a s de c a p i t a l

f i x o " ( I D E M ; 1 1 5 ) o A a c u m u l a ç a o pede que o c a p i t a l e x i s t e "livre e c o m p a c t o "

" A p e n a s d e s s a m a n e i r a pode il u i r aem o b s t á c u l o s p a r a c o l h e r n o v a s oportuni.'

d a d e s de l u c r o e, c o n c o m i t a n t e m e n t e , r e f o r ç a r o p o d e r do c a p i t a l i n d u s t r i a

i m o b i l i z a d o n o s c i r c u i t o s p r é v i o s dc a c i u n u l a ç a o " 0 m a a n e c e s s i d a d e ac a b a i

r e a l i z a r a c e n t r a l i z a ç a o e a l'u3ao p r e s e n t e s n o c a p i t a l f i n a n c e i r o 0 Os ba::

cos que, n o c a s o a m e r i c a n o ^ a v a n ç a v a m "nas r e l a ç õ e s i n t e r s t i c i a i s do siste-

m a n y v e m ao c e n t r o do c o c a n d o da e c o n o m i a 0 E c o m eles a p r á t i c a da v a l o r i -

z a ç a o f i c t í c i a do c a p i t a l , que :;e m a t e r i a l i z a na " c r i a ^ a o c o n t á b i l " . Obser

va-se entáo "a i m p o r t a n c i a c r e s c e n t e das p r á t i c a s d e s t i n a d a s a a m p l i a r fic-

t i c i a m e n t e o v a l o r do c a p i t a l e x i s t e n t e , t o r n a n d o n e c e s s á r i a a c o n 3 t it uiça-'1

de um e n o r m e e c o m p l e x o a p a r a t o financeiro"(IDEi»i; 117/S) 0 E l a s t i c i d a d e e fl

dez t o r n a m - a e as p a l a v r a s c h a v e s da eco. omia: " a m p l i a r a c a p i t a l i z a ç a o par.-,

a l é m da c a p a c i d a d e r e a l de v a l o r i z a ç a o " . F a z e r d i n h e i r o do dinneiro<>

0 a p a r e c i m e n t o das wuj. i.j.jVaivinais é v i s t o c o m o e l e m e n t o c e n t r a

de t o d o esse p r o c e s s o : "A grar.de e m p r e s a a m e r i c a n a c o n s t r o i seu p o d e r m o n o ­

p o l i s t a sobre o c a r a t e r i n t r i n s e c a m e n t e f i n a n c e i r o da a s s o c i a ç ã o que lhe d-

o r i g e m " ( IDEI.i; 119)« Gegunrio os auto r e s , o " c u p i t a l t rus t if icado " c o n d u z n e ­

c e s s a r i a m e n t e ao f i n a n c e i r o , pois a p a r t i r de uc1. c e r t o v c l u n e p r e e i s a expar.

dir p a r a f o r a de seu c i r c u í t c ^ p a s s a e n t ã o a e x e c u t a r uma " e x p o r t a ç a o finar;

c e i r a de c a p i t a l " « T e m - s e a s s i m um?( n o v a á i c l o de i n t e r n a c i o n a l i z a ç a o , que

" n e s t a e t a p a , r e q u e r a r e p r o d u ç ã o do c a p i t a l g l o b a l 1 2 Ô ) „ P a r a t a n t o

cria "um m e r c a d o f i n a n c e i r o a e s c a l a m u n d i a l " , um v i g o r o s o ^ c i r c u í t o fina n c e

17
b e s t a f o r m a , h á que se a t e n t a r que nao è a p e n a s o c a p i t a l i n d u s t r i a l a m e ­

r i c a n o que m i c r a a t r a v é s dao m u l t i n a c i o n a i s , também o sistema financeiro

d e s s e p a i s se expande,, Na v e r d a d e este "circuito especial t r a n s n a c i o n a l " „

o p e r a d o p e l o s g r a n d e s bancos,, se e x p a n d e m a i s que o " c i r c u i t o p r o d u t m v o " »

A especulação passa a c o m a n d a r o in v c o t in.ento<. As t a x a s cio m e r c a d o i n t e r n a ­

c i o n a l se e m b r e n h a m por t o d a s as a t i v i d a d e s doa p a í a e s do s i s t e m a afilh a d o »

O s " c i r c u í t o s i n t e r n o s " dos p a Í B e s p e r i f é r i c o s p a s s a m a r e f l e t i r "as c o n d i -

ç o e s da l i q u i d e z i n t e r n a c i o n a l "(1 D E M ;1 2 J )*

— Che g a m o s a3sim, à facc desse p r o c e s s o n a a e c o n o m i a s n a c i o n a i s p te

m á t i c a l e v a n t a d a ao i n i c i o do t r a b a l h o » A i n t e r n a c i o n a i i z a ç a o do c a p i t a l na

a t u a l i d a d e a v a n ç a n u m p r o c e s s o desi g u a l c combinado,, N e s s e s e n t i d o , o al e r t a

e m i t i d o por A l o i s i o T e i x e i t a q u a n t o a arr.biq uidade do c o n c e i t o de "capitalis

;;.c m o n o p o l i s t a de E s t a d o " :-o trato d e u s a r e a l i d a d e é i n t e r e s s a n t e de ser

Jer.bradoo 0 a u t o r derer.de que a:s "respo-ta.: n a c i o n a i s " à i n t e r n a c i o n a l i z a ­

r ã o do Exit c a p i t a ] f oram m u i t o vur-j uduít, c que, n e n n c s e n t i d o , 6. n e c e s s á ­

rio formular "uma t e o r i a c o e r e n t e t a n t o do m o v i m e n t o de e x p a n s a o c a p i t a l i s ­

ta n o p ó s - g u e r r a , c o m a3 d i f e r e n c i a ç õ e s c p a r t i c u l a r i d a d e s que e n g e n d r o u *

q u a n t o dos d i v e r s o s c a s o s n a c i o n a i s " ( T E I X E I R A * 19i33 ;96 ) o Ele l e m b r a que o

" e s p a ç o de a c u m u l a ç ã o m o n o p o l i s t a " é m u n d i a l , e que a a ç á o dos E s t a d o s na

" c o n c o r r ê n c i a , r e c o n c e n t r a ç ã o e. m o d e r n i z u ç a o » »» dos e s p a ç o s n a c i o n a i s " d e ­

ve ser a n a l i s a d a n a ó t i c a da i n t e r n a c i o n a i i z a ç a o » i^ste a l e r t a , a p a r e n t e -

m e fite b a n a l , é de s u m a i m p o r t a n c i a 0 V i v e m o s n u m a e c o n o m i a g l o b a l i z a d a , n u m

•jjp;iço de r e l a ç õ e s m u n d i a l i z a d o „ C e c i r c u i t o u uao m u l t i e s c a l a r e 3 p o r é m e n ­

v o l v i d o s n u m a t e i a de i n t e r e s s e s i n t e r n a c i o n a l o 03 f l u x o s do c a p i t a l f i n a n -

;:'?iro c o n s o l i d a m cor.i c l a r e z a a h i e r a r q u i a dc;; ]ut;area0 ^ u l t i p l o s a r r a n j o s

i oraar.i na combinaçuci â e s y a de .'•i^u.-.-.làace.

De p o 3 se d a a i n d i c a ç õ e s até a q u i l e v a n t a d a s , já p o d e m o s e n t r a r

na d i s c u s s ã o dos a u t o r e s q u e , na CJeograf ia, m a i s e x p l i c i t a m e n t e t r a t a r aip

ao t e m a dos " c i r c u i t o s e s p a c i a i s da p r o d u ^ a c " & Á f o r m u l a ç ã o m a i s d i r e t a

e n c o n t r a d a d e s s a p r o b l e m á t i c a B a p a r e c e no p r o j e t o "»iORVEMimetodologia

para o D i a g n ó s t i c o R e g i o n a l " , d e s e n v o l v i d o pelo C e n t r o de E s t ú d i o s dei

D e s & r r o l l o (CEIiDES) da U n i v e r s i d a d e C e n t r a ! da V e n e z u e l a « Os f u n d a m e n t o s

t e ó r i c o s do p r o j e t o , c o o r d e n a d o por ;íonia o a r r i o s e A l e x a n d r o Rofn.ann,

-jjiac ap.reüontaáoü em <iuaa p u b l i c a ç õ e s <io C ü W u ü o , e d i t a d a s em 1570o Oü

t.e á to :• 'lo-' vlo.i:• iiül. urr: ir.cr <: iDiv icv • c on I.i dos nor-.naa p u b l i c a ç õ e s , e mais

ama a v u l i a ç a o c r i t i c a dc iuilton Jaistou ao p r o j e t o - " C i r c u i t o s R e g i o n a i s

de Profluçao: üm C o m e n t á r i o " - e l a b o r a d o em 1980 ( q u a n d o o p r o j e t o já h a ­

via r e a l i z a d o a l g u m a s a p l i c a ç õ e s em e s t u d o s e m p í r i e o s ) ^ se r a o o ob j e t o

das c o n s i d e r a ç õ e s que se seguem«

0 I/.ORVEH pro p o e c h e g a r a um rr.odelo p a r a e s t u d a r a " s e g m e n t a ç

dos e s p a ç o s n a c i o n a i s " , çnixaliixiKKía de f o r m a a " c o m p r e e n d e r e e s p e c i f i c a r

c o m o v á o i n t e r r a g i n d o os d i f e r e n t e s a g e n t e s p r o d u t i v o s sobre o e s p a ç o , o b ­

j e t i v a n d o m a x i m i z a r sua c a p a c i d a d e de a c u m u l a ç a o " U i O R V E N ;197b; 5). Üo n i a

B a r r i o b a v a n ç a na e x p l i c i t a ç a o dos íundarnentos c o n c e i t u a i s desse p r o p ó s i t o


2 .a i n t e r a j a ç á o en t r e " p r o c e s s o s o o c i a i s " e " m a r c o s t e r r i t o r i a i s " que está

e m f o c o o B u s c a - s e c o m p r e e n d e r a " c o n f i g u r a ç ã o e s p a c i a l " de um p a í s , sua s e g ­

m e n t a ç ã o p e l a " r e g i o n a l i z a ç ã o " , e n f i m a " o r g a n i z a ç ã o s o c i a l do e s p a ç o " n a ­

cional ( B A R R I O S ; 1 9 7 8 ; 8 ) o Para ta n t o ê n e c e s s á r i o v e r o e s p a ç o c o m o o b j e t o /

de t r a b a l h o , i n s t r u m e n t o de t r a b a l h o , e s u p o r t e de instrumento,, £ a s s i m um

e l e m e n t o que m a n i f e s t a - s e c o m o parte s u b s t a n c i a l do c a p i t a l c o n s t a n t e -

"que se i n c r e m e n t a no c a p i t a l i s m o m o n o p o l i s t a " - e que p o r i s s o j o g a um p a ­

p e l f u n d a m e n t a l n o p r o c e s s o de a c u m u l a ç a o at u a l o A h i e r a r q u i z a ç a o , a cen-

t r a l i z a ç a o , a a ç a o sobre a p r o d u t i v i d a d e do t r a b a l h o ^ a l o c a l i z a ç ã o , a s e ­

letividade, e mesmo o circuito financeiro, sao t o d o s t ó p i c o s d i s c u t i d o s

p e l a a u t o r a , n u m t o m que n a o difere do a t é aqui a p r e s e n t a d o . T r a t a - s e de

v e r c o m o o e s p a ç o entra, na a t u a l i d a d e , n a s t e n t a t i v a s de s u s t e n t a r as ta-
t
xas de lucrooiiarrios chega, as s i m , à c o n o i d e r a ç a o da i m p e r i o s i d a d e de a

assumir a ótica internacional, l e m b r a n d o que os c i r c u i t o s r e g i o n a i s e s t a ­

v a m l i g a d o s à e t a p a c o n c o r r e n c i a l do capitalismo(IDLln; 25) o P a r a ela, para

e n t e n d e r os c i r c u i t o s , há que se c o n s i d e r a r "o^ e s p a ç o e c o n ô m i c o das g r a n “

d es f i r m a s , e s p a ç o s que 3e entrecruzarr, sobre os m a r c o s ^ e o p o l í t i c o s n a c i o -

n a s , e que, n a m a i o r i a das ve z e s , os s o b r e p a s s a m " ( l D i w ; 26) 0 «. q u e s t ã o é

e n t á o v e r c o m o se dá a r e p a r t i ç a o do e x c e d e n t e m u n d i a l e n a c i o n a l , c o m o os

m o n o p ó l i o s se a p r o p r i a m d e " s e t o r e s e s t r a t é g i c o s dos c i r c u i t o s de a c u m u l a ­

ç a o " . ü n f i m , c o m o se o r g a n i z a o e s p a ç o p a r a se t o r n a r m a i s e f i c i e n t e a va-

iori-z«çao do c a p i t a l »
S o n i a B a r r i o s f o r n e c e as b a ü e s t e ó r i c o - m e t o d o l ô g i c a c em que se

i n s c r e v e o e s f o r ç o do KOFiVBN, e n t r e t a n t o é R o f m c n n q u e m dá o p e r a c i o n a l i d a ­

de ào p l a n o de pesquisa,, Em, seu t e x t o - "Notas sobre s u b - s i s t e m a s e s p a c i a i s

e c i r c u i t 03 de a c u m u l a ç a o r e g i o n a l " - p r o p o e e s t u d a r os e n c a d e a m e n t o s das

u n i d a d e s de p r o d u ç ã o , d i s t r i b u i ç ã o e c o n s u m o "em seus e m b r i c a m e n t o s e s p a ­

ciais",, E s t e s e n c a d e a m e n t o s 9 "em que se pode d e s d o b r a r o p r o c e s s o de a c u y

m u l a ç a o " , r e c e b e m e m sua d i m e n s ã o e s p a c i a l a d e n o m i n a ç a o de " c i r c u i t o e c o ­

n ô m i c o de a c u m u l a ç a o r e g i o n a l " ( R 0 F & 1 A N N ;1978; 4/5) o A p e s a r das c r í t i c a s que

formula à " v i s ã o r e g i o n a l " , o a u t o r a c a b a p o r r e a p r e s e n t a r ao d e b a t e a

v e l h a t e s e d.o " r e g i o n a l c o m o s u b s i s t e m a do s i s t e m a n a c i o n a l "(17)» ao d e f e n ­

der a i ê á i a que a r e u n i á o dos v á r i o s c i r c u i t o s d e f i n i r i a o " s u b s i s t e m a r e ­

gi o n a l "(IDEI.1; 5). A v a n ç a n d o v Rofraann a p o n t a v i n c u l a ç õ e s d i f e r e n c i a d a s nos

e n c a d e a m e n t o s o E n t e r m o s de v i n c u l a ç õ e s " d i r e t a s " , a s " r e l a ç õ e s t é c n i c a s de

p r o d u ç ã o " s e r i a m ura b o m i n d i c a d o r » Em t e r m o s de v i n c u l a ç õ e s "indiretas",

a3 o r i g e n 3 d o s f i n a n c i u m e n t o s c u m p r i r i a m este pa p e i o Contudo, a clara "in­

d i v i d u a l i z a ç ã o do c i r c u i t o " s e r i a dada p e l a i d e n t i f i c a r ã o dos d i f e r e n t e s

aj^entec e n v o l v i d o u em seu m o v i m e n t o * liofman:: d e f e n d e aer a i d e n t i f i c a ç á o

dos a t o r e s m a i s s i g n i f i c a t i v a que a dos r a m o s e s e t o r e s envolvidos,, A d i ­

ferencial " c a p t a ç ã o " do e x c e d e n t e se r i a o u t r o a s p e c t o a c o n s i d e r a r 0 D e l i ­

m i t a d o o c i r c u i t o c a b e r i a r a s t r e a r tres de seus e l e m e n t o s constitutivos:

Ab atividades e x i s t e n t e s e sua h i e r a r q u i a , d e f i n i n d o a a t i v i d a d e domina n t e ;

Os m o d o s de p r o d u ç ã o e n v o l v i d o s e t a m b é m a q u e l e que é d o m i n a n t e (18); e as

" f o r m a s t é c n i c a s " e n v o l v i d a s n o s d i f e r e n t e s e s t á g i o 3 do encadeamento, e


* ~ 21
s uas desigualdades., ü a s e a d o n e s t e s t r e s p a r â m e t r o s , K o f m a n n c h e g a a d i s ­

c u t i r algUTiaG t i p o l o g i a s d e " a g e n t e s " , o p t a n d o por uma c l a s s i f i c a ç ã o b a s e a ­

da n a " o r g a n i z a ç ã o da produção",, D e x í sua a r g u m e n t a ç ã o e m e r g e c o m dest a q u e

a p r o b l e m á t i c a da c o n v i v ê n c i a a s s o c i a d a de r e l a ç õ e s c a p i t a l i s t a s e nãffi ca-

p i t a l i s t u s de p r o d u ç a o ( 1 9 ) - N u m a p a s s a g e m i;ofmann ciaha de f i n e seu o b j e t i v o

maior: d i s c u t i r a " r e p r o d u ç ã o da m a r g i n a l i d a d e n o s p a i s e s sutidesenvolvi-

do3*'(IDEUI;14) o N e s s e ponflo s u a d i s c u s s ã o ae e m p o b r e c e ao r e s v a l a r p a r a um

t e r r e n o át i c o , de g r a n d e a m b i g u i d a d e c o n c e i t u a l o Ele a c a b a p o r c o n t r a p o r

" a g e n t e s d o m i n a n t e s " e " a g e n t e s d o m i n a d o s " n o circuito,, 0 que c i r c u n s c r e v e ,

no p r á t i c a , o c a m p o das c o n t r a d i ç õ e s à e s c a l a r e g i o n a l » N e s s e s e n t i d o , m e s ­

m o 03 a g e n t e 3 do c a p i t a l m u n d i a l i z a d o p a s s a m a ser v i s t o s em s u a m a n i f e s t a -

va o r e g i o n a l , i n s e r i d o s n u m m o v i m e n t o de perde e g a n h a e s p a c i a l m e n t e c i r ­

c u n s c r i t o ao f l u x o m a t e r i a l de c e r t a s m e r c a d o r i a s ( d e f i n i d o r a s do c i r c u i t o ) »

Pe.T:-se uma c i r c u l a r i d a d e local f e c h a d a , que se r e l a c i o n a c o m o m u n d o na

v e l h a ó t i c a da " d r e n a g e m do e x c e d e n t e iiesta p a r a iíofmarui p r o p o r a d e n u n ­

c i a de c o m o os m o n o p ó l i o s d e t é m o " c o n t r o l e e s t r a t é g i c o " dos s e t o r e s d i n a n -

m i c o s do c i r c u i t o , e de c o m o o "3etor m o d e r n o " c a p t a a m a i o r p a r t e do e x c e ­

d e n t e r e g i o n a l » 0 " c i r c u i t o n a c i o n a l ” e a " t r a n s f e r e n c i a de va l o r ; 4 sao l e m ­

b r a d o s a o f i n a l do t e x t o (IDELI.33 e s e g 0 ) 0

As f o r m u l a ç õ e s de R o f m a n n m e r e c e m a l g u n s c o m e n t á r i o s » P a r t i n d o de

uma f u n d a m e n t a ç a o t e ó r i c a g e n é r i c a f o r n e c i d a p e l o t e x t o de S . B a r r i o s - que

c o m o f o i dito, n à o e s t a em d i s c o r d a n c i a c o m as i d é i a s até a q u i a p r e s e n t a *
d a « - o a u t o r a c a b a por e n v e r e d a r por um c a m i n h o i n t e r p r e t a t i v o d i s t i n t o »
i
Em p r i m e i r o lu g a r , e m b r e n h a - s e n u m a p r o p o s t a de p e s q u i s a e x c e s s i v a m e n t e re-
i
g i o n a l Í s t a 9 onde a i n t e r n a c i o n a l i z a ç ã o v i r a m e r o p a n o - d e - f u n d o 0 E m s e g u n d o

l u g a r i n t r o d u z uma ó t i c a t a m b é m e x c e s s i v a m e n t e s o c i o l o g i z a n t e , que a c a b a

p o r p e r d e r o n e x o c o m os p r o c e s s o s c c o n õ m i c o 3 ( e s t r i t o senso) qàe, afin a l ,

são os d e t e r m i n a n t e s n a e s t r u t u r a ç á o dos c i r c u i t o s ( p e l o m e n o s n a v i s á o

g q u i d e f e n d i d a ) o E s t o s dua3 c r i t i c a s 3ao l e v a n t a d a s no a r g u t o c o m e n t á r i o

de M i l t o n S a n t o s a r e s p e i t o da m e t o d o l o g i a do LiOkVENo

N u m a c o n t e s t a ç ã o m a i a d i p l o m á t i c a do ^ue a a q u i e m p r e t a d a , m i l t o n

S a n t o s l e m b r a que é n e c e s s á r i o ca p t a r a " i n t e r f e r ê n c i a en t r e os c i r c u i t o s " ,

em t e r m o s t é c n i c o s , econômico-.uociais e p o l í t i c o - e c o n ô m i c o s (S A N T O S , 1 CJ 30; d j.

L e m b r a t a m b é m a n e c e s s i d a d e de a p r e e n d e r as r e l a ç õ e s e n t r e o c a p i t a l f i x o e

o c i r c u l a n t e , e n t r e as firmas, e entre os r a m o s » A l e r t a que o c r i t é r i o e c o ­

n ô m i c o p r e s i d e o t é c n i c o , e que os f l u x o s p o d e m ser de d i f e r e n t e s tip,os„

Propõe o e s t u d o de " c i r c u i t o s de ramo"( que "noa a a o k a t r a v é s das r e l a ç õ e s

t é c n i c a s que os p r e s i d e m e das r e l a ç õ e s s o c i a i s c o r r e a p o n a o n t e s , a localiza

ç i o d a s a t i v i d a d e s e a s p e c t o s r e l e v a n t e s da t i p i c i d a d e dos l u g a r e s " Í D E L ; 1 2 ) v

'•circuitos de f i r m a s " (íjue "nos p e r m i t e m r e c o n h e c e r r e l a ç õ e s e c o n ô m i c a s a v

v á r i o s n í v e i s e d i f e r e n t e s esca l a s , a s s i m c o m o as r e l a ç õ e s s o c i a i s qqe p r o ­

v o c a m o u controlam"Ii)Kjw; 12) , e os " c i r c u i t o s e s p a c i a i s " ou "territoriais",,

Estes “
n o s d ã o a s i t u a ç ã o r e l a t i v a dos l u g a r e s , isto é, a d e f i n i ç ã o da r e s ­

p e c t i v a f r a ç a o de e s p a ç o , n u m dado m o m e n t o , em f u n ç a o da d i v i 3 ao do t r a b a -
- l h o sobre o e s p a ç o t o t a l de um paí s "(IBüi.í; 12) * tuilton S a n t o s a f i r m a ainca,

«iMia c r í t i c a sutil, que o c i r c u i t o da £ r a n d e f i r m a n e m se m p r e d e s t r o i as

v e l h a s r e l a ç ò e s , p e l o c o n t r a r i o tende a c r i a r " m o d a l i d a d e s de cooperaçao",,

i^nfim, o a u t o r r e t o m a , ao n o 3 s o ver, a á t i c a da p r o d u ç ã o e r e p r o d u ç ã o do es

,-aço, a b a n d o n a d a p o r R o f m a n n 0 0 c a p i t a l fixo, o c o n s t a n t e e o f i x o - c o n s t a n -

Le d e v e m ser b e m i d e n t i f i c a d o s , a s s i m c o m o d e v e m ser b e m l o c a l i z a d a s as u n i ­

d a d e s p r o d u t i v a s d e n t r o da o r g a n i z a ç a o e s p a c i a l » N a i n t e r f a c i e en t r e a in-

t e r n a c i o n a l i z a . a o do c a p i t a l e a r e a l i d a d e h i s t ó r i c a do pais, deve ser a l o ­

c a d a a ^ p r o b l e m á t i c a dos c i r c u i t o s e s p a c i a i s da p r o d u ç ã o e dos c í r c u l o s de

c o operação no espaço»

F i n a l i z a n d o e s t e r e l a t ó r i o de l e i t u r a s , cabe a p o n t a r p a r a que d i r e ç á o

àc v e , a o n o s s o v e r , a v a n ç a r o e s t u d o sobre esta p r o b l e m á t i c a . h'ntende-se

que os c i r c u i t o s e s p a c i a i s da p r o d u ç ã o c o n s t i t u e m em sua t r a m a c que pode

:;er r i g i d a m e n t e definido como espaço produtivo* lü. o u t r a s p a l a v r a s , este

J, em si, a m a l h a dos circuitos,, r e l a ç ó e c ai e s t a b e l e c i d a s sào dáo em

e e n t r e e s c a l a s d i f e r e n c i a d a s » E x i s t e m a r t i c u l a ç õ e s e n t r e p r o d u ç ã o local e

consumo mundial (20), entre p r o d u ç ã o e c o n s u m o local f i n a n c i a d o s por i n v e s ­

t i m e n t o s e x t e r n o s ( 2 1 ) , entre p r o d u ç ã o e c o n s u m o m u n d i a i s ( 2 2 ) , e t c . E x i s t e m

circuitos extremamente dispersos, e outros altamente concentrados espacial-

rnente. Q u a l q u e r que s e j a o c a s o , c o n t u d o , d e v e m o s h o j e c o n s i d e r a r , c o m

m i l t o n S a n t o s ( 2 3 ) , que as s i n c r o n i a s f u n c i o n a i s l o c a i s o b e d e c e m a um t e m ­

po e a um r i t m o d a a c u m u l a ç a o m u n d i a l . 0 c i r c u i t o ^ ~ c l a r a m e n t e i n t e r n a c i o ­
nalizado, do c a p i t a l f i n a n c e i r o a p a r e c e c o m o uir. z l a x v i g o r o s o e l e m e n t o

p r d c n a d o r da p r o d u ç ã o noa d i f e r e n t e s r i n c õ e s do p l a n e t a .

N e s s e p r o c e s s o se e s t a b e l e c e m jpirculos de c o o p e r a ç á o no e s p a ç o 1

que i n t e g r a m d i f e r e n t e s l u g a r e s n u m a m e s m a c i r c u l a r i d a d e (de m e r c a d o r i a s ,

e de capitais)., E s t e s c i r c u l o s d e s e n h a m h i e r a r q u i a s , e s p e c i a l i z a ç õ e s , f l u -

x oso ü u a s s o b r e p o s i ç o e s d e l i n e a m a d i v i s ã o t e r r i t o r i a l do t r a b a l h o » E no

s e u i n t e r i o r que se m o v i m e n t a m os p r o c e s s o s de t r a n s f e r e n c i a g e o g r á f i c a

do v a l o r 0 No p l a n o local, a c a p a c i d a d e de i n t e r n a l i z a ç a o do e x c e d e n t e s e ­

rá o e l e m e n t o d e f i n i d o r de 3ua p o s i ç ã o r e l a t i v a . n o e s p a ç o m u n d i a l i z a d o ®

bsja capacidade se t r a d u z b a s i c a m e n t e n o v o l u m e e m a g n i t u d e do c a p i t a l f i ­

xa d o , que a t u a na a t r a ç á o dos n o v o s i n v e s t i m e n t o s n u m a c i r c u l a r i d a d e d e s i ­

g u a l c r e s c e n t e . A e s p a c i a l i d a d e do c a p i t a l i s m o c o n t e m p o r â n e o traz, d e s s a

f orma, u m a t ô n i c a de e s p e c i a l i z a ç a o doa l u g a r e s . C o m o foi dito ao iníc i o ,

h o m o g e i n i z a diferenciando, num m o v i m e n t o desigual e combinado.

l u r a a v a n ç a r mais n e s s a f o r m u l a ç ã o seria n e c e s s á r i o p e n e t r a r numa

a n á l i s e m a i s p r o f u n d a da r e l a ç a o e n t r e o c a p i t a l f i n a n c e i r o e o c a p i t a l

f ixo. Nesse s e n t i d o o a p r o f u n d a m e n t o na o b r a de S r a f f a p a r e c e f u n d a m e n t a l »

Este autor discute exatamente o " d e s c o n g e l a m e n t o dc c a p i t a l f i x o " , sua

t r a n s f o r m a ç a o em c a p i t a l c i r c u l a n t e , p e l a s aç o e s , que r e v a l o r i z a m a "pro-

p r i e d a d e - c a p i t a l " . A r e l a ç a o do c a p i t a l f i n a n c e i r o c o m o e s p a ç o s e r i a o

o u t r o i t i n e r á r i o do e s t u d o . A q u i a o b r a c l á s s i c a de K . H i l f e r d i n g - 0 C a p i ­

tal f i n a n c e i r o - d e v e r á ser m i n u c i o s a m e n t e a n a l i s a d a ^ p r i n c i p a l m e n t e o
'cypitulo X X I I que t r a t a da " e x p o r t a ç a o de c a p i t a l e a luta p e l o e s p a ç o

■-.ccnôriiico’
'«, A l i é d i s c u t i d a a p o l i t i c a t e r r i t o r i a l do c a p i t a l f i n a n c e i r o *

v i 3 t a c o m o p a r t e de sua p o l i t i c a e c o n ô m i c a . Enfim, sao poe este c a m i n h o s

que p r o s s e g u i r e m o s o t r a b a l h o , c u j o s r e s u l t a d o s s e r ã o e n g l o b a d o s no livro

" a F o r m a ç a o T e r r i t o r i a l , ^ue e s t a m o s redigindo»

XXXXXXXXXX

í ÍOTAS

1 - S o b r e a e s p a c i a l i d a d e ver a t e o r i z a ç a o d e s e n v o l v i d a per V/anderley M e s -


n i a s da C o s t a em "0 E s p a ç o c o m o C a t e g o r i a de A n á l i s e " , onde o a u t o r d e f e n ­
de a " é s p a c i a l i d a d e dos p r o c e s s o s sociais'* p. na o o e s p a ç o c o m o o b j e t o de uma
.jüogrnfia da s o c i e d a d e »

- L s t a t e n a t i c a e p o s t a c o m o c r u c i a l na a t u a l i d a d e pia a u t o r e s c o m o li»
„efebvre, A o L i p i e t z e li» P o u l a n t z a s , entre outros, a este r e s p e i t o p o d e - s e
ver o t r a b a l h o de E » o o j a : " U m a i n t e r p r e t a ç ã o m a t e r i a l i s t a da e s p a c i a l i d a d e

3 - A u t o r e s c o m o J » ü r m n h e s , icDeaiangeon, i,.»;jcrre, e m a i s r e c e n t e m e n t e P»
Jeorge t r a t a r a m e x a u s t i v a m e n t e d e s s a s q u e 3 t o e s , n u m a p e r s p e c t i v a que p o ­
d e r í a m o s d e n o m i n a r de e m p í r i c o - f u n c i o n a l » T a m b é m os e c o n o m i s t a s e n v o l v i d o s
.‘
om a E c o n o m i a RâCÍ}L2íiíal E s p a c i a l e com a "Ciê n c i a h e g i o n a l " abordaraju de
forma privilegiada estas questões ( l e m b r e m o s as o b r a s de P a t e r s o n e de Ho
uichardson, entre outros)» Uma c r í t i c a aos lim i t e s de tais t r a b a l h o s pode
s e r o b t i d a em A n t o n i o Ca r l o s R o b e r t M o r a e s e V/anderley M e s s i a s da Costa:
"Espaço, V a l o r e a Q u e s t ã o do M é t o d o " »

- Uma v i s i t a aos t r a b a l h o s de C h o r l e y e H a g g e t , de n r i a n iicrry, e n t r e ou-


troa, b e m a t e s t a e s t a a f i r m a ç ã o » Os m o d e l o s l o c a c i o n a i s e;i: g e r a l t e m na ba-
:.)e a t e n t a t i v a de c a p t a r a l ó g i c a da d i s t r i b u i ç ã o da a t i v i d a d e e c o n ô m i c a
no espaçoo.

> - E n t r e o u t r a s p o d e m o s l e m b r a r os t r a b a l h o s de J » L » C o r a g g i o - " A l g u m a s
„ u e s t ò e s R e l a c i o n a d a c o m o e s t u d o das D e s i g u a l d a d e s R e g i o n a i s n a A m e r i c a
L a t i n a " , R o b e r t o L o b a t o C o r r e a - " R e p e n s a n d o a t e o r i a dos l u g a r e s c e n ­
trais", e áe A r i o v a l d o U m b e l i n o de O l i v e i r a - " C o n t r i b u i ç ã o para o E 3 t u d o
Jq G e o g r a f i a A g r a r i a ? c r i t i c a ao 'estado i s o l a d o 1 de von T h u n e n ".

í' - S o b r e a q u e s t ã o da p a r t i c u l a r i d a d e v e r G . L ú k a c s - I n t r o d u ç ã o à E s t é t i ­
ca Iúarxista, cap» I - "A y u e 3 t ã o Lógica do P a r t i c u l a r em Kant e S c h e l l i n g " .
-7 - Ver LoTrotfelíy - H i s t ó r i a da R e v o l u ç ã o R u s s a , c a p 0I - " P e c u l i a r i d a d e do
D e s e n v o l v i m e n t o da R u 3 8 i a n 6 j
i
:J - S o b r e e s t a q u e s t ã o p o d e - s e t o m a r a i n t e r e s s a n t e d i s c u s s ã o s o b r e o " c o ­
lonato", e f e t u a d a p o r Jose de Souza í>larstin3 e m 0 C a t i v e i r o da T e r r a , cap»
I - jA p r o d u ç ã o c a p i t a l i s t a de r e l a ç õ e s n a o - c a p i t a l i s t a s de produçãoí-0 r e g i -
re de c o l o n a t o n a a f a z e n d a s de café"*

9 - T o m e - s e por e x e m p l o t o d a a d i s c u s s ã o a r e s p e i t o da e x i s t e n c i a ou n a o
de um "u.odo de P r o d u ç ã o C o l o n i a l " * A esse r e s p e i t o v e r a c o l é t a n e a "Díodo
da P r o d u ç ã o e R e a l i d a d e B r a s i l e i r a " . P o d e - s e r e t o m a r t a m b é m t o d a a d i s ­
c u s s ã o e n c a d e a d a p e l o t e x t o de Caio P r a d o JR —"0 s e n t i d o da c o l o n i z a ç a o " »
Uma b r e v e a v a l i a ç ã o d e s s a p r o b l e m á t i c a na d i s c u s s ã o g e o g r á f i c a pode ser
o b t i d a e m A n t o n i o C a r l o s R o b e r t í.íoraes - " A s C o n d i ç õ e s ^ a t u r a i s e a E 3 t r u —
t u r a ç a o do E s p a ç o A g r á r i o " *

10 - V,er: P i e r o S r a f f a - P r o d u ç ã o de I.iercadorias por in.cio de M e r c a d o r i a s ,


p r i n c i p a l m e n t e o c a p i t u l o X - " C a p i t a l F i x o 11»

II - Ver: K i l t o n S a n t o s : por uma G e o g r a f i a N o v a , c a p » a V - "0 E s p a ç o T o t a l


de f o s s o s Dias"»
1
12 - "iiã f a s e do inonopólio m ú l t i p l o t r a n s n a c i o n a l ,. o d e s e n v o l v i m e n t o das
f o r ç a s p r o d u t i v a s o c o r r e na e s c a l a do p l a n e t a » A d i v i s ã o m u n d i a l c a p i t a ­
l i s t a do t r a b a l h o dai d e c o r r e n t e é a o m e s m o t e m p o uma e s p e c i a l i z a ç a o a d i a n ­
t a d a e u m a integraçao<>" U a z a Z a v a l a c i t a d o p o r üíilton S a n t o s - " A G e o g r a ­
fia no f i m do s é c u l o ;LX: a r e d e s c o b e r t a e a r e m o d e i a g e m do p l a n e t a e os n o ­
nos p a p é i s de uma d i s c i p l i n a a m e a ç a d a " » n o t a 3 9 p . 24 «

13 - Ver: Liilton S a n t o s - 0 E s p a ç o D i v i d i d o , i,xvragiajaCrxjt e " D e s e n v o l v i ­


m e n t o E c o n ô m i c o e U r b a n i z a ç ã o em P a í s e s S u b d e s e n v o l v i d o s :os dois s i s t e m a s
de f l u x o da e c o n o m i a u r b a n a e suas i m p l i c a ç õ e s e s p a c i a i s " »

14 - A este r e s p e i t o é i n t e r e s s a n t e t o m a r a d i s c u s 3 a o sobre a T r i l a t e r a l
e os d e m a i s " o r g a n i s m o s de c o o p e r a ç a o " , e m suas e u t r a t p g i a s g e o p o l í t i c a s »
Sobre o t r i l a t e r a l i s m o p o d e - s e c o n s u l t a r : J * C . L u b a r t e P » L e P l o h i c - "Uma
K o v a D i v i s ã o I n t e r n a c i o n a l do T r a b a l h o " *

15 - Ver: J o ã o .naiiuel C a r d o s o de i,.elo - " i r c f a c i o " a L . G o B e l l u z z o - 0 _ S e -


n n o r e o U n i c ó r n i o . E m e n t r e v i s t a à r e v i s t a P r e s e n ç a ( n ‘4 ^ 1984) este a u ­
tor t a m b á m r e c o l o c a a q u e s t ã o da r e l a ç ã o en t r e i n o v a ç ã o - d e s t r u i ç ã o no b o ­
jo da c r i s e c a p i t a l i s t a »

16 - S o b r e a e s p a n s â o do s i s t e m a f i n a n c e i r o (e u r o d o l l a r s , p e t r o d o l l a r s ) e
a c r i s e m o n e t á r i a i n t e r n a c i o n a l , ver: L . C o u t i n h o e L . G . B e l l u z z o
íLXZèí& í& X M a ?7
"0 D e s e n v o l v i m e n t o do C a p i t a l i s m o A v a n ç a d o e a R e o r g a n i z a ç ã o da L'conomia
M u n d i a l no Pós-Guerra"»

17 - A i d é i a do r e g i o n a l c o m o s u b s i s t e m a do s i s t e m a n a c i o n a l é a p r e s e n t a ­
da, p o r e x e m p l o tpH em JoIIilhorst - P l a n e j a m e n t o K c g i o n a l »

13 - c o n c e p ç ã o da e x i s t ê n c i a de "modos de p r o d u ç ã o , c o m um d o m i n a n t e " pos


s u i ur.;a m a t r i z a l t h u s s e r i a n a , s e n d o b a s t a n t e p o l ê n i c a no i n t e r i o r do c a m p o
marxista. 0 ja m e n c i o n a d o debate 3 o b r e o "modo de p r o d u ç ã o c o l o n i a l " ê bem
i l u s t r a t i v o das a r g u m e n t a ç õ e s * A q u i a c e i t a - s e a c o n c e p ç ã o d e s e n v o l v i d a por j

J u A o G i a n n o t t i a r e s p e i t o d e s s a c a t e g o r i a no texto: " Notas sobre a cate- j


g o r i a m o d o de p r o d u ç ã o p a r a uso e a b à s o dos s o c i ó l o g o s "„

19 - òobre este a s s u n t o , 0 e s t u d o de O t á v i o G» V e l h o - C a p i i a l i s m o A u t o r i ­
t á r i o c C a m p e s i n a t o , a o s t r a r e l a ç õ e s s u t i s entre a p r o d u ç ã o f a m i l i a r doa ;
p o s s e i r o s n a s f r a n j a s da A m a z ô n i a e a a l i m e n t a ç a o da forç^i^de t r a b a l h o m e - '
t r o p a l i t a n a do e i x o R J - o P - U G » Ver t a m b é m - J 0V» Tav a r e s 1*^- Os c o l o n o s do vii ■
e os t r a b a l h o s de J » G r a z i a n o da Silva»
20 - A p r o d u ç ã o da carne i n d u s t r i a l i z a d a de bal e i a * p a r a o m e r c a d o a s i á ­
t i c o , na P a r a í b a p a r e c e ser ura bom e x e m p l o deste t i p o de a r t i c u l a ç a o »

21 - r o d e r - s e - i a t o m a r q u a l q u e r m u l t i n a c i o n a l que p r o d u z p a r a 0 mercado^
m e t r o p o l i t a n o c o m o e x e m p l o » T a m b é m m u i t o s r a m o s uo c c m n l e x o de Cuba t ã o ,
a e s s e r e s p e i t o ver: Lea G o l d s t e i n - A I n d u s t r i a l i z a ç ã o da B a i x a d a Santisfr; 1
!
2 2 - 0 c a s o d o " c a r r o m u n d i a l " , m o n t a d o n o B r a s i l e e x p o r t a d o se r i a um bom I
e x e m p l o » T a m b é m a i n d ú s t r i a a e r o n a u t i c a , e s t u d a d a por ..'anderley M e s s i a s da
C o s t a - 0 p r o c e s s o C o n t e m p o r â n e o de l n d u s t r i a l i z u ç á o ( Um e s t u d o sobre a fcx-
p a n s á o da p r o d u g a o I n d u s t r i a l em T e r r i t ó r i o 1'auliata»

2 3 - Ver: M i l t o n Santo3 - " K e l u ç o e a e s p a ç o t e m p o r a i s no m u n d o s u b d e s e n v o l v i


do", e P o r uma G e o g r a f i a ■

«ova, cap. X V I I I - "A n o ç a o de t e m p o nos e s t u d o s
geográficos"»

24 - Um g e ó g r a f o b r a s i l e i r o a se a n t e c i p a r na t o m a d a de c o n s c i ê n c i a da cen
t r a l i d a d e da obra de liilferding foi C l á u d i o E g l e r que d e b a t e i d é i a s do eco
n o m i s t a a u s t r í a c o em seu t e x t o dt d f\

Jp(AIok
BI B L I O G R A F I A CITADA
- BARRIOS, S o n i a (1976) " D i n a m i c a S o c i a l y Eapacio",, C E N D E S - U n i v e r s i d a d e
C e n t r a l da V e n e z u e l a , Caracas,,

B R a G A j, J o s é C a r l o 3 S e e Ü A Z Z U CCiiELLI, F r e d e r i c o (1981) "N o t a s i n t r o d u ­


t ó r i a s ao c a p i t a l i s m o m o n o p o l i s t a " , E c o n o m i a P o l í t i c a v 0I n*2,
B r a 3 i l i e n s e s São Paulo,,

CôhAÜÜIO, José Luis (1979) "Algu m a s q u e s t ò e a r e l a c i o n a d a s c o m o e s t u d o


d a s d e s i g u a l d a d e s r e g i o n a i s n a A m é r i c a L a t i n a " 1..J3ole±±nr:.Paulls-
ta de G e o g r a f i a n* 56, A o ü o B o , São P a u l o 0

C O R R Ü A , R o b e r t o L o b a t o (19Q2) " R e p e n s a n d o a t e o r i â dos l u g a r e s c e n t r a i s "


i n Mo S A N T O S (o r g o )- N o v o s R u m o s da G e o g r a f i a B r a s i l e i r a , Hucitec,
Sã o P a u l o o

COSTA., Y/anderley M e s s i a s da (1982) "0 E s p a ç o Como C a t e g o r i a de A n á l i s e " ,


Paper, C o n f e r ê n c i a R e g i o n a l L a t i n o a m c r i c a n a da U o G o I o , R i o de
Janeiro»
0 P r o c e s s o C o n t e m p o r â n e o de I n d u s t r l a -
lização(Uin E s t u d o sobre a E x p a n s ã o da P r o d u ç ã o I n d u s t r i a l em T e r ­
r i t ó r i o P a u l i s t a . D i s s e r t a ç a o de M e s t r a d o - L)ep„ de G e o g r a f i a da
t o ^ oLo Co lio da Uoi)olay Sao Pnu l O o

COUTINÜO, L u c i a n o ü. (1977) "»ludançau Kccer.tei; na D i v i s ã o I n t e r n a c i o n a l


do Trabalho*'v C o n t e x t o n* 2, i.ucitec, í.ão i a u l o 0

COUTlNiiO, L u c i a n o G a e B t ^ L U Z Z O , Luiz üo ivio (1979) "0 D e s e n v o l v i m e n t o do


C a p i t a l i s m o A v a n ç a d o e a R e o r g a n i z a ç ã o da t e o n o m i a Llundial no
P Ó s - G u e r r a " v E s t u d o s Ce b r a p n* 23 k CEBRAP, São Paulo»

D U B a RT, J e a n C h a r l e s e LKFLOiilC, F r a n ç o i s e (1980) "Uma N o v a D i v i s ã o I n ­


t e r n a c i o n a l do T r a b a l h o " , T e m a s n * 8 k C i ê n c i a s H u m a n a s , São Paulo.

• EGLER, C l a u d i o (19B3) * Paper, Seminário


G e o g r a f i a e F i l o s o f i a , Rio de Janeiro«,

G I A N N 0 T T 1 , José A rthur (197/6) "Notas so b r e a C a t e g o r i a L o d o fle P r o d u ç ã o


p a r a U s o e A b u s o dos S o c i ó l o g o s " , E s t u d o s C e b r a p n 1 If" , Cebrap,
São P a u l o o

GOLDENSTEIIi, L e a (-1972) A I n d u s t r i a l i z a ç ã o da B a i x a d a S a n t i s t a : E s t u d o de
um C e n t r o I n d u s t r i a l S a t é l i t e . I n s t i t u t o de GecgrafltF^íi í!»S0í u ,
São P a u l o »
lilLFERDING, R u d o l f (1973) £.'1 C a p i t a l F i n a n c e i r o , ï e c n o a , L'iadri»

iilLüöRST, Jan (1974) P l a n e j a m e n t o R e g i o n a l . L a h a r s São Paulo»

Ü Y M E R , S t e p h e n (1978) E m p r e a a s L i u l t i n a c i o n a i s :A I n t e r n a c i o n a l i z a ç ã o do
C a p i t a l , Graalj, R i o de J a n e i r o »

LUilACS, G e o r g (197ü) I n t r o d u ç ã o a Urna E s t á t i c a k a r x i s t a . C i V i l i z a ç ã o


B r a s i l e i r a , Ifio de J a n e i r o »

MELLO, João M a n u e l C a r d o a o de (1904) " P r e f a c i o " i n L o G o B E L L U Z Z O 0 Ss n h o r


e o U n i c ó r n i o , B r a s i l i e n s e , São Paulo„
E n t r e v i s t a , P r e s e n ç a n* 4* CaetÍ3»
São P a u l o »

M A R X , K a r l (1974) C o n t r i b u i ç ã o P a r a a C r í t i c a da E c o n o m i a P o l í t i c a . E s t a m
pa, L i s b o a «

M O R A E S , A n t o n i o C a r l o s Robert é CO S T A » W a n d e r l e y àíessias (1979) "Espaço,


V a l o r e a q u e s t ã o do i.íétodo", T e m a s n ¥ 5* C i ê n c i a s a u m a n a s , São
Paulo o

M O R A E S , A n t o n i o Ca r l o s Robert (1932) "a s C o n d i ç õ e s .Naturais e a E s t r u t u ­


r a ç ã o do E s p a ç o A g r á r i o " , R e v i s t a do D e p » d e G e o g r a f i a da P . P . L . C . H .
da U o S o P 0)nS 1 , São Paulo»

I.iOREIJ0, U a h u e l (1977) "La ley del d e u a r r o l l o d e s i g u a l y c o m b i n a d o " in V á ­


r i o s A u t o r e s La Ley del D e s a r r o l l o d e s i g u a l y C o m b i n a d o . Plu.T,ap
Bogotá»

I.1ARTINS, José de S o u z a
(1979) Ü (Jativeiro d'a T e r r a u C i ê n c i a s ilumanaa,,
São Paulo»

I.1ÛKVEN, P r o j e t o (1978) Introdução, CEN Ü E S , U n i v e r s i d a d e C e n t r a l da V e n e ­


zuela, Caraca3»

NOVACK, George (1973) 3La ley del d e s a r r o l l o d e s i g u a l y c o m b i n a d o " , P l u ­


ma, B u e n o s Ai r e a »

O L I V E I R A , A r i o v a l d o U. (1979) C o n t r i b u i ç ã o p a r a o e s t u d o da G e o g r a f i a
Agrária: c r í t i c a ao »estado i s o l a d o * de v o n T h u n e n . Tese de d o u ­
toramento, Dep» de G e o g r a f ia. da_F.F.L<>C«iio da U . S . P . , são Paulo.
KOPilAlílI, Alexanáro (1970) "l.otas sobre s u b s i s t e m a s e s p a c i a i s e c i r c u i t o s
de a c u m u l a ç ã o r e g i o n a l " , CENDES, U n i v e r s i d a d e Cen t r a l da V e n e z u e ­
la, C a r a c a s o

- SANTOS, I.'ilton (197b) " R e l a ç õ e s E s p a ç o - T e m p o r a i s no í,íundo S u b d e s e n v o l v i d o »


Seleç.oe3 de T e x t o s n*l, Á.G»G°, São PaulOo
(1977) " D e s e n v o l v i m e n t o E c o n ô m i c o e U r b a n i z a ç ã o em P a í a e s
S u b d e s e n v o l v i d o s :Os doi3 s è s t e m a 3 de f l u x o da E c o n o m i a U r b a n a e
suas; i m p l i c a ç õ e s e s p a c i a i s ”, B o l e t i m i a u l i s t a de G e o g r a f i a n* 53
A o G o B o , São P a u l O o
(1978) P o r uma G e o g r a f i a H o v a . D a C r i t i c a da G e o g r a f i a a
uma G e o g r a f i a C r í t i c a » Iiucitec/Edu3p, São -Paulo®
(1979) 0 E a p a g o D i v i d i d o , F r a n c i s c o Al v e s , Rio de Janeiro.
(1930) " C i r c u i t o s R e g i o n a i s de P r o d u ç ã o " , CENDES, Unive r s i
dade C e n t r a l da V e n e z u e l a , C a r 3 c a s 0
(1902) P e n s a n d o o E s p a ç o do llomem» H u c i t e c , São Paulo«,
(1983) "A G e o g r a f i a no f i m do sé c u l o XX: a r e d e s c o b e r t a e
a remodelagen: do p l a n e t a e os novos p a p é i B de uma d i s c i p l i n a amea
çada", P a p e r s S e m i n á r i o F i l o s o f i a e G e o g r a f i a , R i o de Janeiro«,

- 50J_4 ç E d w a r d (1983) "Uma I n t e r p r e t a ç a o M a t e r i a l i s t a da E s p a c i a l i d a d e " in


B e r t h a B E C K E K e ou t r o s A b o r d a g e n s P o l í t i c a s da E s p a c i a l i d a d e . i)ep,
de G e o g r a f i a da U » P J i J c , Rio de JaneirOc

- ÒRAFPji, P i e r c (1977) P r o d u g a o de M e r c a d o r i a s por M e i o de M e r c a d o r i a s ,


Z ahar, R i o de Jane i r o «

- I^VjiRES, Jose V i c c n t e (1979) Os Col o n o s do V i n h o , H u c i t e c , Sao Paulo»

• 1'AVAiúj'j, iuaria da C o n c e i ç ã o e IjELLU^Zü, Luiz Goiu® (1930) "0 C a p i t a l F i ­


n a n c e i r o e E m p r e s a iúultinacional", Temas n* 9, Ciên c i a s Humanas,
Sao P a u l o « •

- TEIXEIR^., A l o i s i o (1933) " C a p i t a l i s m o M o n o p o l i s t a de Estado: um p o n t o de


v i s t a c r í t i c o " f E c o n o m i a P o l í t i c a v„3 n* 4 9 B r a s i l i e n s e , Sao
P aulo®

- T R O T S K Y , L e o n (1977) A H i s t ó r i a da R e v o l u ç ã o R u 3 s a . Paz e Terra, R i o de


Jane iroo
*

- VELHO* O t á v i o G u i l h e r m e (1976) C a p i t a l i s m o A u t o r i t á r i o e C a m p e s i n a t o .
D ifel, São Pa u l o »

- V a R I O S A U T O R E S (1980) ÍJodoa de P r o d u ç ã o e R e a l i d a d e B r a s i l e i r a . Vozes,


Petrópolis.
) - R e l a t ó r i o comentado de leituras apresentado como trabalho de avalia
çáo no curso °
ü reorganização do espaço geográfico na fase históric

atual", ministrado pelo prof. jviilton Santos na pós-graduaçao do D e ­


partam e n to de Geografia da F.F.L.C.i;. da Universidade de São Paulo,
no segundo semestre de 1^04.

- P r o f e s s o r assistente e pós-graduando (ao nível de Doutoramento) do


D e p a r t a m e n to de Geografia da F.F.L.C.H. da Universidade de São Paulo

Paulo, 14 de março de 2 955.

Você também pode gostar