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RESUMO
A indústria têxtil em sua larga escala conta com micro e pequenas empresas conhecidas como
“facções” do setor, onde as grandes marcas modelam as peças e as facções ficam
encarregadas de produzi-las de acordo com os projetos determinados pelas marcas. Um dos
principais contratempos de produção é a eficiência, principalmente na execução das peças,
isso porque se o controle de qualidade do cliente identificar falhas no produto confeccionado,
gerará retrabalhos significativos no meio de produção e transtornos relacionados à mão de
obra. Este artigo tem como objetivo avaliar o desempenho de uma indústria de confecção
têxtil localizada no Sul de Santa Catarina por meio de lotes de produção, utilizando
indicadores que apresentem informações sobre a eficiência dos seus lotes, através das
ferramentas da qualidade: diagrama de Pareto, diagrama de causa e efeito e 5W1h, sendo
possível definir o atual desempenho da produção e mensurar a quantidade de peças
defeituosas, que geram um impacto negativo para a empresa como custos de trabalho e
indenizações.
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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia de Produção da Faculdade Capivari
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Acadêmica do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Capivari. E-mail: carolp.jacintho@gmail.com
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Orientador Docente do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Capivari. E-mail:
halyson.oliveira81@gmail.com
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1. Introdução
2. Fundamentação Teórica
Toda empresa propõe-se a realizar suas operações e fabricar seus produtos ou serviços,
utilizando de todos os meios que possam estar ao seu alcance para garantir eficiência em sua
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2.1 Produtividade
básicos para produção e ferramenta (SLACK et al., 1997 apud NEUMANN; SCALICE,
2015).
Para Neumann e Scalice (2015) é importante não confundir capacidade produtiva com
volume de produção. O volume de produção é o que se realmente produz, enquanto a
capacidade é o máximo que poderia ser produzido. Apresenta-se a seguir as medidas de
capacidade mais citadas na literatura:
O sistema é considerado ideal, sem perdas. Neste caso não são considerados atividades
tais como: setups, manutenções programadas, transporte entre setores e limitações relacionas
ao fluxo produtivo.
c) Utilização (U)
d) Eficiência (E)
É a capacidade com que, de fato, o administrador da planta pode contar para o seu
planejamento.
CO = CP x E x U
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São documentos utilizados para registrar as anotações, o que é feito de forma ordenada
e já direcionada para o problema ou situação que queremos resolver, como por exemplo, para
item defeituoso (KUME, 1993 apud SELEME e STADLER, 2010).
O objetivo da folha de verificação conforme modelo no Quadro 1, é gerar uma massa
clara de dados, que facilite a análise e o tratamento posterior. Para tanto, é necessário que os
dados obtidos correspondam à necessidade da empresa.
Para Vasconcelos et al. (2009), as folhas de verificação não seguem nenhum padrão
pré-estabelecido; o importante é que cada empresa desenvolva o seu formulário de registro de
dados, que permita que, além dos dados, seja registrado também o responsável pelas medições
e registros, bem como quando e como essas medições ocorreram.
É indispensável que os responsáveis pela coleta de dados tenham o treinamento
necessário para a correta utilização da ferramenta.
De acordo com Campos (2004) apud Marshall (2005) o diagrama de Pareto, mostrado
na Figura 1, é um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a
menor, permitindo a priorização dos problemas. Seu objetivo principal é detectar quais
problemas são fundamentais e separá-los dos mais comuns; parte do princípio de que
normalmente temos muitos problemas sem importância frente a outros com mais importância.
Auxilia em especial na visualização e na identificação das causas ou problemas mais
importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre eles. Ao solucionar o primeiro
problema, um segundo se torna mais importante, o que possibilita à organização um adequado
uso de seus recursos em direção à melhoria da qualidade do processo e dos produtos.
Utilizando os dados necessários, 80% das causas provocam 20% dos problemas e seu
inverso também é verdadeiro. A partir dessa constatação, é fácil priorizar quais devem ser os
problemas a resolver em primeiro lugar (BALLESTERO-ALVAREZ, 2012).
Segundo Toledo et al. (2014), o diagrama de causa e efeito, conhecido também como
diagrama de Ishikawa, consiste numa representação gráfica que organiza de forma lógica, e
em ordem de importância, as causas potenciais que contribuem para um efeito ou problema
determinado. Para Carpinetti (2012), o diagrama de causa e efeito foi desenvolvido para
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2.4.4 5W 1H
3. Procedimentos Metodológicos
4. Análises e Resultados
Os resultados que foram coletados são de grande influência para a empresa, pois
demonstram impactos como: desperdício, produtos não conformes, retrabalhos que geram
custos para a empresa e queda de produtividade. Diante da ausência, tanto do controle da
qualidade quanto da produtividade, neste capítulo serão apresentados os problemas existentes
na produção devido a falta de um sistema preventivo e os resultados obtidos para a realização
da proposta de um plano de ação e melhoria do processo estudado.
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A primeira etapa da análise dos dados coletados foi a organização dos resultados
obtidos pela folha de verificação. O Quadro 2 mostra o registro das não conformidades
identificadas por lote de produção:
Após a tabulação dos resultados obtidos com a folha de verificação, pôde-se elaborar o
indicador de peças em não conformidade apresentado nos lotes registrados. Esses dados
demonstram um indicador de 3,25% de não conformidade nas peças produzidas, conforme
padrão de seus clientes o percentual de rejeição aceitável seria de 2% em não conformidade.
Os dados tabulados no Quadro 3 permitiram o desenvolvimento do diagrama de
Pareto, relacionando os itens avaliados nos sete lotes produzidos com sua periodicidade.
Com o auxílio do diagrama de Ishikawa, foi possível analisar as diversas causas que
resultam nos defeitos da costura, que como listado está a falta de treinamento, a falta de
procedimento operacional padrão, falta de manutenção entre outros, o que resulta em
retrabalho e acaba gerando uma menor produtividade. Podem-se levar em consideração as
causas diretas do problema na costura do travete a falta de atenção do colaborador e a falta de
padronização no processo de costura, onde o costureiro não tem uma sequência que garanta a
realização de toda a operação ao pregar os travetes.
Após avaliar os dados obtidos, foram levantadas possíveis melhorias a serem feitas
para que não haja este retrabalho na produção das peças, sendo que nesta etapa utilizou-se a
proposta de plano de ação baseado no modelo 5W1H, como mostra o Quadro 4.
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A implantação do plano de ação acima trará benefícios para a empresa, pois auxiliará
na implantação e padronização do processo de controle de não conformidades, fazendo com
que o mesmo forneça indicadores frequentes para análise e tomadas de decisões em busca da
melhoria constante nos produtos e processos da empresa.
Para o controle da produtividade dos lotes de produção foi criada uma planilha para
programação de produção, onde é possível preencher as informações de produção por data de
início e fim, e horário da confecção identificando qual o estado atual do processo de produção
por setor, conforme Quadro 5 abaixo:
Esta planilha irá auxiliar a empresa nas tomadas de decisões referente aos prazos das
entregas dos lotes confeccionados, de maneira que facilite a visualização dos lotes que estão
em atraso, podendo os responsáveis pela produção encontrar uma solução junto aos demais
envolvidos, evitando possíveis indenizações ao seu cliente por quebra no prazo de entrega.
A segunda planilha de indicadores, Quadro 6, foi criada para o controle de produção,
sendo preenchido os dias trabalhados, a quantidade de peças produzidas por dia, e com base
na meta diária da facção, o total de horas efetivas trabalhadas e o percentual de eficiência
atingido por peças/hora foram calculados, onde no seu percentual de eficiência existe uma
representação por escala de cores do vermelho para o verde, representando os dias menos
produtivos; em vermelho, até o com a maior produção; em verde, dessa forma a empresa terá
indicadores de desempenho claros, possibilitando ações rápidas para correção dos problemas
e para que os setores possam ser melhorados e atinjam o máximo da sua capacidade
produtiva.
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Continua
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Conclusão
Com uma breve análise nas informações apresentadas acima, percebe-se que nenhum
dos setores conseguiu alcançar as metas estipuladas pela empresa e que existe uma oscilação
dos índices produzidos diariamente tanto em volume, quanto em peças/hora. Os percentuais
apresentados também sugerem que a empresa faça uma análise minuciosa dos processos que
estão sendo executados, procurando melhorar a relação de eficiência entre eles.
Com base nessas informações a empresa poderá desenvolver ações para que o seu
processo de produção seja cada vez mais eficiente, buscando sempre a melhoria continua.
Como proposta para empresa, a partir dos indicadores criados, pode-se aplicar o MASP
(Método de Análise e Solução de Problemas) que consiste na junção das ferramentas: PDCA,
Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e efeito, Matriz de GUT e o 5W2H como plano de
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ação, fazendo com que a mesma seja mais assertiva nas tomadas de decisões e que realmente
consiga focar seus esforços de melhoria de acordo com as prioridades que forem realmente
identificadas.
5. Considerações Finais
Referências