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Dário Jacinto Parafino

Edson Fernando Francisco Chale

Corrente Eléctrica e Segurança no Laboratório


Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratório.

Universidade Púnguè
Chimoio

2021

Dário Jacinto Parafino


Edson Fernando Francisco Chale

Corrente Eléctrica e Segurança no Laboratório

Trabalho científico de carácter avaliativo de


cadeira de Regras de Higiene e Segurança no
Laboratório, a ser apresentado ao
Departamento de Ciências Exactas e
Tecnológicas, Delegação de Manica, Curso de
Licenciatura em Ensino de Química com
Habilitações em Gestão do Laboratório, 3o
ano, 1o semestre, sob a orientação do docente,
MSc. António Bozobozo Tivana
Universidade Púnguè
Chimoio

2021
Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................1

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.1. Objectivos do trabalho............................................................................................1

1.1.1. Geral.....................................................................................................................1

1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................1

1.2. Metodologia............................................................................................................2

CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................3

2. Corrente eléctrica e segurança no laboratório............................................................3

2.1. Instalação da corrente eléctrica...............................................................................3

2.2.1. Impacto da corrente eléctrica no laboratório.......................................................4

2.2.1.1. Causas mais frequentes de acidentes de origem eléctrica.............................4

2.3.2. Características dos efeitos da corrente eléctrica..................................................6

3.0. Segurança no Laboratório...........................................................................................9

3. Normas de segurança no laboratório.........................................................................9

3.1. Regras gerais aplicadas a todos os laboratórios de química:................................10

3.2. Equipamento de protecção....................................................................................12

CAPITULO III: CONCLUSÃO......................................................................................19

4. CONCLUSÃO.........................................................................................................19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................20
1

CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho fará menção sobre conteúdos relacionados com a cadeira de Regras
de Higiene e Segurança no Laboratório, O laboratório é um lugar no qual são
realizadas tarefas específicas nas diversas áreas de conhecimentos científicos, tais como
a química, biologia, física, medicina, engenharias e outros. Sendo assim, cada
laboratório difere de outros por ser necessário adoptar procedimentos especiais e
específicos às actividades que lá se realizam e, por esta razão, é um local de risco
diversificado. Os procedimentos de segurança em Laboratórios de Química são um
conjunto de regras a serem seguidas no uso, armazenamento, transporte e descarte de
substâncias químicas. Observando continuamente essas regras, o risco de acidentes
gerais será minimizado(Berstein, 2011).
Uma corrente eléctrica com amplitudes em torno de 10 mA pode provocar desde
um leve formigamento até a paralisia de uma pessoa enquanto estiver sendo
electrocutada. Para correntes com amplitudes entre 100 mA e 1A a possibilidade de
morte súbita é muito alta. Choques eléctricos que permitam a circulação de correntes
eléctricas superiores a 1A provocam contracções no coração e um aquecimento interno
do corpo muito elevado, podendo ser fatal(Camilo Jr, 1999).
Nesse sentido, as normas de segurança estabelecem que as pessoas devem ser
informadas sobre os riscos a que se expõem, assim como conhecer os seus efeitos e as
medidas de segurança aplicáveis. Além do risco de choque eléctrico, máquinas
eléctricas em movimento podem causar acidentes traumáticos(Berstein, 2011).

1.1. Objectivos do trabalho


1.1.1. Geral

 Falar da corrente eléctrica e segurança no laboratório de química.

1.1.2. Objectivos específicos

 Compreender o papel da corrente eléctrica no laboratório de química;


 Descrever as normas de segurança no laboratório.
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1.2. Metodologia

Para a elaboração deste trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
baseou-se na pesquisa bibliográfica onde trouxe interpretações sólidas e fundamentadas
por diferentes autores que debruçam sobre o tema em alusão e também recorreu-se em
pesquisa documental para recolher informações em relatórios, monografias e teses de
doutoramento.
3

CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO


2. Corrente eléctrica e segurança no laboratório

Laboratório é um espaço físico ou sala equipado com materiais e instrumentação


típicos de medição próprios para a realizar de experiência científicas e/ou comprovar
teorias, bem como realizar pesquisas científicas diversas, dependendo do ramo da
ciência para o qual foi planificado.
Laboratório de química é um laboratório especializado para realização de experiências
químicas ou pesquisas científicas da área de Química, sendo comum o manuseio de
diversas substâncias Químicas.
Esse local não é perigoso, mas qualquer risco de acidente de trabalho pode
acontecer podem dependendo do tipo do laboratório. É impossível imaginar o mundo
hoje sem a energia eléctrico, que se tornou um insumo essencial para a execução de
quase todas as actividades modernas. Diferente de alguns outros segmentos, esse requer
cuidado especial, porque os perigos não atingem apenas os profissionais eletricitários ou
electricistas, mas quaisquer pessoas que tenham contacto com a electricidade. Todos os
usuários estão sujeitos a acidentes que podem ser fatais.

2.1. Instalação da corrente eléctrica

O projecto das instalações eléctricas deve obedecer às normas de segurança e


atender ao estabelecido na norma regulamentadora (NR-10), do ministério de trabalho e
emprego (TEM), considerando o espaço seguro quanto ao dimensionamento e a
localização dos seus componentes e as influências externas, quando da operação e da
realização de serviços de construção e manutenção. No caso específico de laboratórios
químicos, recomenda-se que, sempre que possível, as instalações sejam externas às
paredes a fim de facilitar os serviços de manutenção; se embutidas, devem ter facilidade
de acesso. Os circuitos eléctricos devem ser protegidos contra humidade e agentes
corrosivos, por meio de electrodutos emborrachados e flexíveis e dimensionados com
base no número de equipamentos e suas respectivas potências, além de contemplar
futuras ampliações.
O quadro de força deve ficar em local visível e de fácil acesso, sendo
recomendável um painel provido de um sistema que permita a interrupção imediata da
energia eléctrica, em caso de emergência, em vários pontos do laboratório, como por
exemplo, nas bancadas. A fiação deve ser isolada com material que apresente
4

propriedade anti-chama. A instalação eléctrica do laboratório deve incluir sistema de


aterramento para segurança e evitar choques em aparelhos como banhos termostáticos
etc.
As tomadas podem ser internas ou tipo base, diferenciadas para voltagem
dependendo das exigências do equipamento podendo ser de : 110 V, 220 V ou bivolte.
Nas áreas onde se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, toda instalação
eléctrica deverá ser projectada a fim de prevenir riscos de incêndio e explosão.

2.2. Corrente eléctrica

Uma corrente eléctrica é definida como sendo um fluxo de electrões que passam por um
fio. Choque eléctrico é a perturbação que ocorre no organismo humano quando
percorrido por uma corrente eléctrica.

2.2.1. Impacto da corrente eléctrica no laboratório

Uma das consequências da falta de cuidado do trabalho com a electricidade é o choque


eléctrico, que consiste no efeito pato fisiológico que resulta da passagem de uma
corrente eléctrica, a chamada corrente de choque, através do corpo de uma pessoa ou de
um animal. Para o estudo do choque eléctrico, deve-se entender e considerar três
elementos fundamentais: a parte viva, massa e elemento condutor estranho à instalação,
conforme é definido por Prysmian (2010, pág. 8).

2.2.1.1. Causas mais frequentes de acidentes de origem eléctrica


Identificar os riscos que podem causar acidentes com a electricidade é a melhor
maneira de prevenir que eles aconteçam.

 DR DR: é um dispositivo que identifica correntes de fuga, mas que na prática


desliga o circuito na presença de risco de choque eléctrico. Ele funciona como
uma protecção das pessoas, que quando há alguma falha de isolamento nos
equipamentos, faz o seccionamento da energia (desliga a energia eléctrica)
imediatamente, garantindo que não se receba o choque eléctrico.
 Falta de manutenção O estado físico da instalação eléctrica deve ser mantido em
perfeitas condições. Deve se substituir componentes danificados como tomadas,
5

interruptores etc. Sugere-se realizar de uma revisão da instalação eléctrica a


cada cinco anos, pelo menos. Identificar os riscos que podem causar acidentes
com a electricidade é a melhor maneira de prevenir que eles aconteçam.
 Sobrecarga nos circuitos eléctricos É importante saber que todos os circuitos
são calculados para uma determinada potência que pode representar um
determinado número de equipamentos, ou mesmo um valor máximo para um
deles como o chuveiro por exemplo. Não se deve aumentar esta condição sem
antes revisar a instalação eléctrica e adequá-la. Ex. Ligar vários equipamentos
em uma única tomada no laboratório (figura 1) ou várias, ligações eléctricas
num único poste(Figura 2),etc.

Fonte: BRASIL. Manuais de Legislação Atlas, 2007. 692 p.

2.3. Efeitos da corrente eléctrica

Nos trabalhos directos com electricidade e nos demais sectores da vida moderna, os
riscos de acidentes podem ocorrer porque os sentidos humanos não percebem a presença
de electricidade, na maioria dos casos, até o momento da aproximação ou exposição por
contacto.
6

Fonte: BRASIL. Manuais de Legislação Atlas, 2007. 692 p.


A passagem da corrente eléctrica através de condutores produz diferentes efeitos tais
como:
 Efeito Químico;
 Efeito térmico;
 Efeito Fisiológico;
 Efeito Magnético;
 Efeito Luminoso.

2.3.1. Efeitos químicos

Ao atravessar essas soluções a corrente eléctrica pode provocar reacções


químicas: electrolises, que são decomposição de substâncias. As electrólises são
exemplos do efeito químico da corrente eléctrica. Esse fenómeno é verificado no
recobrimento de metais por deposição de material, como galvanoplastia e cromação, e
na carga e descarga dos acumuladores eléctricos, as baterias (RAMALHO JUNIOR,
1999). Este efeito é vulgarmente utilizado na indústria para o revestimento de metais
para proteger da oxidação: cromagem de peças de automóveis, motos ou talheres.
Niquelagem de metais: é um processo que produz depósitos brilhantes, densos,
altamente nivelados com uma larga faixa de aplicações tanto decorativos como técnicas.

2.3.2. Características dos efeitos da corrente eléctrica


As electrólises são exemplo do efeito químico da corrente eléctrica. Ex:
electrólise do cloreto de cobre.

Fonte: Manual Segurança em instalações e serviços em electricidade.


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2.3.3. Efeito Joule (térmico)

A circulação do fluxo de corrente eléctrica em um condutor apresenta um fenómeno de


produção de calor, resultado das violentas colisões dos electrões livres com os átomos dos
condutores. Essa velocidade de deslocamento dos electrões livres aumenta o impacto com os
átomos e que, adicionada à velocidade própria de translação em torno.

Fonte: Manual Segurança em instalações e serviços em electricidade


do núcleo, gera o efeito de agitação entre eles, produzindo efeito térmico denominado
de Efeito Joule (RAMALHO JUNIOR, 1999).

Fonte: Oliveira, C.M.A.Guia de Laboratório: instalação, montagem e operação.

2.3.4.Efeito magnético (electromagnético)


Em torno dos condutores em que circula um fluxo de corrente, cria-se um campo magnético
perpendicular ao sentido de condução. Esse fenómeno, proveniente da criação do campo
magnético, pode ser demonstrado por vários efeitos, como o deslocamento de imãs em torno de
condutores (CAMINHA, 1977). A existência de um campo magnético em determinada região
pode ser constatada com o uso de uma bússola, ocorrerá desvio de direcção da agulha
magnética.

2.3.5. Efeito luminoso


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O fluxo eléctrico circulando em meio gasoso, como em lâmpadas de vapor de mercúrio,


sódio, Néon, Árgon ou outros gases similares, produz luz (CAMINHA, 1977).

2.3.6. Efeito fisiológico


Resulta da passagem do fluxo eléctrico por organismos vivos, podendo agir
directamente no sistema nervoso muscular e cardíaco (GUYTON; HALL, 2002).

2.3.7. Efeitos fisiológicos do choque eléctrico


choque eléctrico é o efeito pato fisiológico resultante da passagem de uma corrente
eléctrica através do corpo de uma pessoa ou de um animal, que dependendo do tempo e
da intensidade da exposição, poderá ser fatal (KILDERMANN, 1995). Os choques
eléctricos possuem três elementos fundamentais:
 Parte viva: todo condutor ou parte condutora a ser energizado em condições de
uso normal, incluindo o condutor neutro (COTRIM, 2003);
 Massa: parte condutora exposta que poderá ser tocada e que normalmente não é
viva, mas pode vir a sê-lo em condições de falha de isolamento; um invólucro
de um equipamento é o exemplo típico de massa (COTRIM, 2003);
 Elemento condutivo: não faz parte da instalação eléctrica, mas nela pode
introduzir um potencial, geralmente o da terra. É o caso dos elementos
metálicos usados na construção de edificações metálicas de gás, água, ar-
condicionado, aquecimento etc., bem como de pisos e paredes não-isolantes
(COTRIM, 2003).
 Segundo (COTRIM, 2003), devem-se considerar dois tipos de contactos de
exposição: Directo: existe contacto directo com a parte viva de uma instalação
eléctrica;
 Indirecto: não existe contacto directo com a parte viva; o contacto das pessoas
com a massa sob tensão é causado por falha de isolamento ou aterramento.
Os principais efeitos fisiológicos que uma corrente eléctrica (externa) produz no corpo
humano são: tetanização, fibrilação ventricular, parada cardiorrespiratória e
queimadura, (CAMINHA, 1977).

2.4. Efeito fisiológico da parada cardior respiratória


9

Os surtos de corrente que passam pelo corpo humano com elevada intensidade em
curtos períodos podem provocar parada cardíaca, ou o coração pára de bombear.
Cessam-se todos os sinais eléctricos de controlo no coração, desenvolvendo-se
hipoxia intensa devido à respiração inadequada (GUYTON; HALL, 2002;
KILDERMANN, 1995). A hipoxia impedirá as fibras musculares e as fibras de
condução cardíacas de manterem os potenciais normais de concentração dos electrólitos
através da sua membrana. Assim, desaparece o ritmo normal de funcionamento. As
reabilitações dos efeitos das paradas cardíacas podem ser revertidas com sucesso por
técnicas de ressurreição aplicadas imediatamente, porém as consequências provocadas
pela redução da circulação sanguínea no cérebro serão imprecisas (KILDERMANN,
1995). O maior desafio na parada circulatória é impedir a ocorrência de efeitos
prejudiciais ao cérebro. São necessários de cinco a oito minutos para que, na reversão da
parada circulatória, não haja danos cerebrais permanentes (KILDERMANN, 1995).

2.5. Efeito fisiológico das queimaduras


A circulação da corrente eléctrica no corpo humano é acompanhada do Efeito Joule,
fenómeno de produção de calor; portanto, há probabilidade de queimaduras
(CAMINHA, 1977). As queimaduras são classificadas quanto ao agente causador,
profundidade ou grau, extensão ou gravidade, localização e período evolutivo. No que
se refere ao agente causador, neste trabalho de pesquisa, limita-se a analisar o efeito da
electricidade que passa no corpo humano (KILDERMANN, 1995). A evolução dos
efeitos da queimadura leva aos estágios do choque circulatório e se modifica segundo os
diferentes graus de gravidade, dividindo-se em:
 Estágio não progressivo, no qual os mecanismos compensatórios da circulação
normal poderão causar a recuperação completa, sem a terapia de ajuda.
 Estágio progressivo, no qual, sem terapia, o choque torna-se progressiva e
continuamente pior, levando até a morte;
 Estágio irreversível, no qual o choque progrediu a tal grau que qualquer forma
de terapia conhecida é inadequada para salvar a pessoa, mesmo que ainda esteja
viva (BRASIL, 2006).
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3.0. Segurança no Laboratório


3. Normas de segurança no laboratório
Essas normas têm como objectivo principal a adopção de medidas de controlo e
sistemas de prevenção que garantam a segurança e saúde dos trabalhadores. Esta norma
trata ainda a respeito dos aspectos eléctricos, riscos adicionais de naturezas adversas
presentes no meio de trabalho e as prescrições relativas à área de técnica, gerencial,
segurança e administrativa, de impacto nas práticas laborais (BRASIL, 2004).

Essa norma regulamentadora estabelece também uma série de documentações


que devem ser elaboradas e mantidas à disposição dos trabalhadores e autoridades
competentes, com o intuito de comprovar que as instituições realizam o controlo e
acções estratégicas de prevenção destinadas a eliminar ou reduzir o potencial de causar
lesões ou danos saúde dos trabalhadores. Entre essas documentações estão os diagramas
unifilares actualizados, especificações do sistema de aterramento e demais dispositivos
de protecção. O diagrama unifilar é o documento mais objectivo e simples que auxilia o
electricista em seu trabalho com maior segurança, além de trazer especificações dos
elementos de protecção tais como disjuntores, fusíveis, tipo do sistema de aterramento.

No caso de cargas instaladas superiores a 75 kW torna-se obrigatório constituir e


manter o prontuário de instalações eléctricas, conforme definido no item 10.2.4 da NR-
10.

3.1. Regras gerais aplicadas a todos os laboratórios de química:

 Cuidado ao manusear ferros de solda e soprador térmico. Cuidado com os


vapores decorrentes da solda,
 Evite inalação pois os mesmos possuem contaminantes inorgânicos. Use óculos
de protecção durante a realização da prática. Jamais toque nas partes metálicas
do ferro de solda, pois há risco de choque e de queimaduras graves.
 Jamais direccione jato do soprador térmico a alguém, pois a temperatura do jato
é elevada. Cuidado com o estanho, pois ele pode ‘respingar’ sobre a pele e
causar queimaduras durante a soldagem/dessoldagem.
 Antes de energizar o circuito, certifique-se de que os equipamentos de medição
estão com o cursor posicionado na escala de medição adequada à grandeza que
será medida (corrente, tensão, resistência, capacitância, indutância, frequência,
etc). Em seguida, verificar se o cursor está posicionado na escala de medição
adequada ao valor da grandeza que será medido.
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 Atenção especial deve ser dada aos multímetros quando estão sendo utilizados
como: amperímetro, voltímetro ou ohmímetro.
 Verificar a chave de selecção de voltagem de todos os equipamentos observando
se os mesmo serão conectados à rede eléctrica com tensões adequadas de 127 V
ou 220V.
 Um representante de cada bancada ficará responsável pela organização e entrega
de todos os equipamentos e componentes que foram utilizados na aula. Cabe ao
professor ou técnico responsável verificar se todos os itens foram entregues. Em
caso de perda e/ou falta de algum item, deve ser registado em um documento
oficial para posteriormente ser avaliado pela chefia imediata.
 Ao final da prática deixe a bancada organizada da mesma forma em que estava
no início da montagem. Aparelhos desligados e equipamentos guardados nos
caixas e/ou embalagens.
 A utilização de kits individuais será permitida somente em actividades
extracurriculares. Durante as aulas utilizar somente as ferramentas e
equipamentos disponíveis nos laboratórios(Carvalho, 1999).

3.1.2.Regras de conduta pessoal:

 A cortesia, o respeito e a colaboração aos colegas de trabalho, contribuem para o


bom andamento do serviço e prevenção de acidentes. As brincadeiras, durante o
trabalho, são muito perigosas, pois podem provocar acidentes graves, além de
brigas e discussões entre os colegas. Portanto, como regra geral, deve-se evitar
qualquer tipo de brincadeira em sala de aula.
 A organização das bancadas durante a execução das actividades é de grande
importância na prevenção de acidentes.
 É proibido a ingestão de bebidas alcoólicas, antes e durante a jornada de
trabalho, pois altera os seus reflexos, predispondo-o a acidentes.
 Não será permitida a entrada do discente no recinto dos laboratórios trajando:
sandálias, saias, bonés, camisetas cavadas ou decotadas, bermudas, shorts.
 No laboratório usar sempre algum tipo de calçado que cubra todo o pé e tenha
solado de borracha.

3.1.3. Precauções básicas


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 Higiene pessoal;
 Limpeza adequada;
 Cumprir as BPM;
 Utilizar os EPI’s;
 Seguir os procedimentos;
 Manter a organização.

3.1.4. Contaminantes Químicos

Segundo Carvalho (1999) são todas as substâncias orgânicas ou inorgânicas, naturais ou


sintéticos, que durante o seu fabrico, manuseamento, transporte, armazenamento ou uso,
pode incorporar-se no ar ambiente e em quantidades que tenham probabilidades de
provocar danos na saúde das pessoas (doenças profissionais) que se expõe ou expostas a
elas, ou danos (acidentes) pessoas e materiais incluindo o ambiente.
Toxinas naturais (toxinas paralisantes, neurotóxicas, amnésicas e diarreicas,
ciguatoxinas), toxinas microbianas (toxinas e micotoxinas), metabólicos tóxicos de
origem microbiana (histaminas e tetrodotoxinas), contaminantes inorgânicos tóxicos,
anabolizantes, antibióticos, herbicidas, pesticidas, aditivos e coadjuvantes alimentares
tóxicos, tintas, lubrificantes, desinfectantes e produtos químicos de limpeza,
desinfectantes, etc.
A acção nociva de uma exposição a contaminantes químicos está relacionada não só
com as características do contaminante, mas também com o trabalho desenvolvido
(duração e tipo) e com as características do próprio indivíduo.
Alguns exemplos:
 Monóxido de Carbono – 𝐶𝑂;
 Dióxido e Trióxido de Enxofre - 𝑆𝑂2 e 𝑆𝑂3;
 Óxidos de Nitrogénio – 𝑁𝑂;
 Hidrocarbonetos não saturados e aromáticos;
 Macromoléculas sólidas e líquidas.

3.2. Equipamento de protecção

3.2.1. Equipamento de protecção Individual (EPI) e sua utilidade no laboratório


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EPI são considerados elementos de contenção primária ou barreiras primárias e podem


reduzir ou eliminar a exposição individual a agentes potencialmente perigosos.
Equipamento de Protecção Individual é todo dispositivo de uso individual destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, conforme definido pela Norma
Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego – NR 6 – Equipamento de
Protecção Individual – EPI.

Luvas
Um dos equipamentos mais importantes, pois protege as partes do corpo com maior
risco de exposição: as mãos. Há vários tipos de luvas e sua utilização deve ser de acordo
com o produto a ser manuseado.
Luvas de procedimento (descartáveis).
São utilizadas nos trabalhos que envolvem contacto com amostras biológicas, com
membranas mucosas e lesões, no atendimento aos usuários e para procedimentos de
diagnóstico que não requeiram o uso de luvas estéreis.
Normalmente são usadas as luvas de látex (borracha natural). Também existem
luvas de material sintético (vinil) que, além de mais resistentes aos perfuro cortantes,
são indicadas para pessoas alérgicas ao látex.
Essas luvas devem ser descartadas após os procedimentos.
Luvas de borracho antiderrapante
As luvas de borracha grossas são usadas para manipulação de resíduos, lavagem de
material ou para procedimentos de limpeza em geral. Essas luvas podem ser reutilizadas
depois de higienizadas.
Luvas resistentes a temperaturas altas e baixas
São usadas na manipulação de materiais submetidos a aquecimento ou congelamento.
Podem ser reutilizadas.
Luvas para manuseio de produtos químicos
A escolha das luvas de protecção para o manuseio de produtos químicos deve levar em
conta o reagente que será utilizado.
Bata
É uma vestimenta de protecção que deve ser sempre usada dentro da área técnica. Tem a
função de proteger a pele e as roupas do profissional nas diversas actividades
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laboratoriais (colecta de amostras, manuseio de material biológico ou químico), e no


contacto com as superfícies, objectos e equipamentos do laboratório que podem estar
contaminados.
Mascara
Máscaras e respiradores são equipamentos de protecção que tem como objectivo evitar a
inalação de vapores orgânicos, névoas ou finas partículas. Eles são usados apenas
quando as medidas de protecção colectiva não existem, não podem ser implantadas ou
são insuficientes. A escolha do tipo de protecção respiratória a ser utilizada deve ser
determinada por uma avaliação de risco criteriosa, devendo levar em consideração a
natureza do risco, incluindo as propriedades físicas, deficiência de oxigénio, efeitos
fisiológicos sobre o organismo, concentração do material de risco ou nível de
radioactividade, limites de exposição estabelecidos para os materiais químicos,
concentração no meio ambiente;
Os agentes de risco; o tipo de actividade ou ensaio a ser executado;
características e limitações de cada tipo de respirador; o nível mínimo de protecção do
equipamento, além de considerar a localização da área de risco em relação às áreas onde
haja maior ventilação. Em laboratórios, a capela é o equipamento de protecção
prioritário contra agentes respiratórios. Máscaras e respiradores só são utilizados em
situações emergenciais como derramamentos e incêndios químicos
Óculos
Óculos de protecção ou de segurança têm a função de proteger os olhos contra respingos
de produtos químicos, e outros particulados. Este EPI deve possuir C.A. (Certificado de
Aprovação), leveza, confortabilidade, tratamentos anti-risco e antiembaçante e
protecção lateral.
Capacetes
O capacete de segurança certamente é um dos EPIs mais conhecidos e utilizados, eles
estão na cabeça de motoqueiros até dos já mencionados trabalhadores da construção
civil.
Qualquer um que entre em uma área de obras deve estar usando um capacete
apropriado.

3.2.2. Equipamento de protecção Colectiva do Laboratório (EPC) e sua utilidade


no laboratório.
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Lava-lhos
O lava-lhos é formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma
bacia de aço inox, cujo ângulo permita o direccionamento correto do jato de água na
face e olhos Este equipamento poderá estar acoplado ao chuveiro de emergência ou ser
do tipo frasco de lavagem ocular.
Chuveiros de segurança
O chuveiro de segurança laboratório é um equipamento obrigatório e imprescindível
dentro de diversos sectores da indústria, principalmente pelo fato de se tratar de um
equipamento de emergência que traz mais segurança para os trabalhadores.
O chuveiro de segurança laboratório tem como principal objectivo de fornecer
uma descontaminação rápida e fácil, para os funcionários de empresas químicas ou
outras que apresentam algum perigo de contaminação de substâncias tóxicas ou que
possam causar ferimentos graves.
Capela de exaustão Química
A Capela de Exaustão de Gases é um dispositivo usado para limitar a exposição a
vapores e vapores tóxicos. Usadas com mais frequência em laboratórios, essas unidades
são vitais para garantir a segurança das pessoas em relação a substâncias químicas
nocivas. Dependendo do tipo de capela de exaustão, a unidade afunila os produtos
químicos no exterior para evitar a contaminação de um pequeno espaço de laboratório
ou filtra os fumaça através de um filtro certificado.
Capela de segurança Biológica
É o principal equipamento em um laboratório de microbiologia, capaz de proteger
usuário amostras. é utilizado para promover a protecção tanto dos usuários quando das
amostras manipuladas e do meio externo, de forma a renovar 100% do ar. Esse processo
acontece porque a cabine opera com pressão negativa, evitando a saída do ar
contaminado para o ambiente. Vale destacar que esse efeito é possível apenas com
substâncias de baixo e moderado risco biológico, não comportando o manuseio de
produtos tóxicos ou voláteis
Extintores de incêndio
De acordo com a NBR 12693 – Sistemas de protecção por extintores de incêndio, um
extintor é um aparelho manual utilizado com a finalidade de combater princípios e focos
de fogo que contém um determinado agente extintor para certos tipos de incêndios
Tipos de extintores
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Agente Indicação
Extintor
Água (H2O) É indicado para incêndios da classe A. Seu princípio de
extinção é por resfriamento e age em materiais como madeiras,
tecidos, papéis, borrachas, plásticos e fibras orgânicas. É
proibido o seu uso para incêndios de classe B e C
Gás É indicado para incêndios da classe B e C. Seu princípio de
Carbónico extinção ocorre por abafamento e resfriamento e age em
(CO2) materiais combustíveis e líquidos inflamáveis e também contra
fogo oriundo de equipamentos eléctricos.
Pó Químico É indicado para incêndios da classe B e C. Seu princípio de extinção é
B/C por meio de reacções químicas.
Pó Químico
A/B/C É indicado para incêndios da classe A, B e C. Seu princípio de extinção
é
por meio de reacções químicas e abafamento (para incêndios da classe
A)
e pode ser usado para a contenção de fogo de praticamente qualquer
natureza.
Espuma É indicado para incêndios da classe A e B e seu uso é proibido para
mecânica incêndios de classe C. Seu princípio de extinção é por meio de
abafamento e resfriamento.

Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas


zebradas)
Uma boa informação é a forma como a mensagem está estruturada, ou seja, ela é um
conjunto de elementos e normas combinados na formação da mensagem. E, importante,
só ocorre a comunicação quando quem recebe a informação reage e altera
momentaneamente o seu comportamento. Atrair a atenção sobre lugares, objectos e
situações, a fim de sinalizar ou alertar, em face de uma situação de risco, de perigo,
quando bem planejada e executada, é uma forma eficiente de prevenir acidentes no
ambiente de trabalho.
Esse tipo de orientação precisa ter uma tipologia de fácil leitura e compreensão;
incluir painéis informativos em todos os locais de risco com visualidade e localização
de fácil acesso; ter cores, letra/fundo, possibilitando contraste adequado.
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Os sinais devem ser claramente vistos sob quaisquer condições de iluminação e ser
claramente distinguidos de outros sinais e associar um significado específico de
comunicação.
Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada
(concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.), a diferenciação deve ser feita por
meio de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor básica. A NR-26 – Sinalização
de Segurança objectiva fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para
prevenção de acidentes
Exemplo

Kit de primeiros socorros


Kit de primeiros socorros serve apenas para os cuidados iniciais de uma situação sem
gravidade ou risco de morte. Buscar as causas do ferimento é fundamental para saber
qual a melhor atitude a tomar. Nos casos de acidentes graves ou mal súbito, é preciso
buscar ajuda médica imediatamente.
Manter a caixinha de primeiros socorros sempre organizada é fundamental para
garantir a segurança e facilitar o uso no caso de uma emergência. Tesouras, pinças e
termómetro, por exemplo, devem estar sempre higienizados e bem acondicionados.
Verifique periodicamente a validade dos medicamentos e as condições dos materiais de
curativo.
Tenha sempre à mão uma caixa de primeiros socorros contendo os seguintes itens:
 Termómetro
 Tesoura pequena
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 Pinça
 Conta-gotas
 Algodão hidrófilo
 Curativo adesivo
 Solução de iodo
 Água oxigenada – 10 volumes
 Álcool
 Água boricada
 Analgésicos
 Antitérmicos
 Antiácidos
 Soro fisiológico
 Luvas descartáveis
 Bolsa térmica
 Lenços descartáveis

3.3. Corrente eléctrica e segurança no Laboratório.


Choque Eléctrico.
É a passagem de corrente eléctrica através do corpo, utilizando-o como condutor. Esta
passagem de corrente pode causar um susto, pode também causar queimaduras, parada
cardíaca ou até mesmo a morte, dessa forma o corpo passa a ser o condutor de
electricidade nesse momento.
Com isso, quando a corrente eléctrica passa pelo corpo gera uma sensação de
formigamento desconfortável, fazendo com que os músculos se contraiam e a
temperatura corporal se eleve.
Por isso o choque eléctrico é o dano físico mais perigoso dentre frio, calor ou ruído.

3.3.1. Tipos de Choques Eléctricos (estático, dinâmico e atmosférico).


Choque Dinâmico
É o choque comum, ou seja, aquele em que a pessoa entra em contacto com a fonte
energizada e fica sob exposição ao choque enquanto a rede estiver fornecendo energia
ou a pessoa cessar contacto.
Choque estático
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Choques curtos e causado pela energia estática, muito comum no inverno ao usar blusas
de lã, portas de carro, portões, enfim, não causam danos ao corpo por ser uma descarga
curta e leve.
Descargas atmosféricas
Famosos raios, esses podem atingir directamente ou não a pessoa e em grande parte
ocasionam queimaduras ou até a morte.

CAPITULO III: CONCLUSÃO

4. CONCLUSÃO

De acordo com as pesquisas feitas, foi imperioso notar que, os procedimentos de


segurança em Laboratórios de Química, são um conjunto de regras a serem seguidas no
uso, armazenamento, transporte e descarte de substâncias químicas. Observando
continuamente essas regras, o risco de acidentes gerais será minimizado, porem a
corrente eléctrica tem vários efeitos laboratoriais, por essa razão devem se seguir as
regras de instalações eléctricas no laboratório para evitar que aconteçam acidentes.
Nesse sentido, as normas de segurança estabelecem que as pessoas devem ser
informadas sobre os riscos a que se expõem, assim como conhecer os seus efeitos e as
medidas de segurança aplicáveis. Além do risco de choque eléctrico, máquinas
eléctricas em movimento podem causar acidentes traumáticos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Manuais de Legislação Atlas (Ed.). Segurança e Medicina do trabalho:


Segurança em instalações e serviços em electricidade NR-10. 60. Ed. São Paulo: Editora
Atlas S.A., 2007. 692 p.
2. Oliveira, C.M.A.,etal. Guia de Laboratório para o Ensino de Química: instalação,
montagem e operação; Conselho Regional, Química IV região (SPMS),2007.
3. BRASIL Ministério da agricultura Pecuária e abastecimento. Adopta o Regulamento
Técnico Mercosul sobre Critérios para Validação de Métodos Analíticos Instrução
NorrnoJiva n° 46, de 10 de Junho de 2003.
4. CARVALHO, C.M.R.S. et al. Aspectos de biossegurança relacionados ao uso do
Jaleco Pelos profissionais de saúde: uma revisão da literatura. Revista Texto &
Contexto Enfermagem, Florianópolis, Abr-Jun; 18(2): 355-60, 2009.
5. Fiocruz - Comissão Técnica de Biossegurança da (CTBio) – Ministério da Saúde.
Procedimentos para a manipulação de microorganismos patogénicos e ou recombinante
na Fiocruz. 1998.
6. GÓES, M. A. C. de; LUZ, A. B. da; POSSA, M. V. Amostragem (Comunicação
técnica elaborada para a 4ª edição do livro de Tratamento de Minérios). Rio de Janeiro:
CETEM, 2004.
7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações
eléctricas de baixa tensão. 2ª. ed. Rio de Janeiro: ABNT, v. Único, ISBN ICS
91.140.50.
8. BRASIL, M. D. T. E. E. Portaria nº 598 de 07 de Dezembro de 2004 - NR 10 -
Segurança em Instalações e Serviços em Electricidade. Brasília: Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, 2004.

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