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FACULDADE DE DIREITO
CAMPINAS
2015
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
FACULDADE DE DIREITO
CAMPINAS
2015
SUMÁRIO
TEMA 4
PROBLEMA 4
HIPÓTESES 6
METODOLOGIA 8
OBJETIVOS 8
JUSTIFICATIVAS 8
CRONOGRAMA 9
REFERÊNCIAS 10
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TEMA
PROBLEMA
HIPÓTESES
estado civil ou condição social e econômica, e, portanto, merece ser respeitada por sua
condição de ser humana.
Marcos Aurélio, ex-ministro do STF, referia que viver é um direito e não uma
obrigação, e que não há dignidade em uma vida vegetativa.
A consideração de vida digna não pode ser feita por alguém senão o próprio ser
humano que se encontra em estado vegetativo ou em coma irreversível, ou seu representante
legal.
O direito à morte digna parte do princípio da autonomia, ou da dignidade com
autonomia, a qual é definida por Luis Roberto Barroso como sendo um poder individual,
afirma o autor (p. 85, 2010)
A dignidade como autonomia envolve, em primeiro lugar, a capacidade de
autodeterminação, o direito de decidir os rumos da própria vida e de
desenvolver livremente a própria personalidade. Significa o poder de realizar
as escolhas morais relevantes, assumindo a responsabilidade pelas decisões
tomadas. Por trás da ideia de autonomia está um sujeito moral capaz de se
autodeterminar, traçar planos de vida e realizá-los.
Este princípio tem a sua razão ser devido à alteração da relação entre médico e
paciente. Atualmente, o médico não tem poder supremo sobre seus pacientes. Pois estes tem
capacidade para se autodeterminar e realizar suas escolhas segundo suas próprias concepções
e interesses.
Neste sentido, aponta Mariel Trouva de Cenço (2015):
O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, a
autodeterminação e o fim do sofrimento de indivíduos enfermos, formam a
base da teoria defendida para a aplicação do instrumento da eutanásia no
ordenamento jurídico brasileiro. A autonomia do paciente é um direito
assegurado pela Constituição Federal, e que, portanto, deverá ser respeitado.
Desse modo, é o paciente quem efetua suas escolhas no tocante ao tratamento médico,
podendo optar, inclusive, pela interrupção ou não execução de tratamento médico específico.
Para isso, o médico deve fornecer aos seus pacientes todas as informações (de modo claro e
acessível aos leigos que não têm acesso a conhecimentos específicos da área médica)
relevantes a respeito do estado de saúde. Acrescenta-se ainda que a escolha não pode ser fruto
de nenhuma pressão externa, ou seja, deve estar de acordo com as convicções do paciente.
Em se tratando de paciente em estado vegetativo, ou em coma irreversível, não se
pode considerar vida digna, uma vez que nenhum ser humano pode ser obrigado a se
submeter a situações agonizantes de extrema dor e sofrimento, tendo, portanto, o cidadão, o
direito de escolha para dar término à sua própria vida.
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METODOLOGIA
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVAS
Apesar de ser um tema antigo, a discussão da eutanásia deve ser ampliada, por se
tratar de um tema de extrema relevância tanto no âmbito social quanto jurídico.
O ato da escolha por uma morte digna ou uma “boa morte” devem ser direito dos
cidadãos, podendo estes decidirem quando cessar o sofrimento.
Na esfera jurídica, a possibilidade da adoção da inexigibilidade de conduta diversa na
eutanásia como causa supralegal de exclusão da culpabilidade deve ser levada em
consideração.
Assim, partindo-se do pressuposto de que todos os seres humanos irão morrer um dia,
e, além disso, estão sujeitos ao desenvolvimento de alguma doença irreversível, a eutanásia
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torna-se interesse de todos os indivíduos, em especial aqueles que já possuem alguma doença
terminal ou, ainda, possuem um ente querido passando por tal situação de sofrimento.
CRONOGRAMA
Mês | 2015
ATIVIDADES
Delimitação do
tema
Pesquisa
bibliográfica
Desenvolvimento
da problemática
Desenvolvimento
das hipóteses
Entrega pré-
projeto
(versão 1)
Entrega pré-
projeto
(versão final)
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REFERÊNCIAS
BARROSO, Luís Roberto; MARTEL, Letícia de Campos Velho. A morte como ela é: dignidade e autonomia
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