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PROVA PERICIAL
1. Conceito
- Prova pericial é a destinada a levar ao juiz elementos de convicção sobre fatos que dependem de
conhecimento especial técnico, isto é, juízos especializados sobre os fatos relevantes da causa.
- Função da prova pericial é subministrar ao processo a experiência técnica, para que seja
empregada na dedução judicial.
- Verificar fatos interessantes/relevantes à causa
- Dependência de um conhecimento técnico, que fuja do conhecimento jurídico
- CPC dispensou o compromisso para os peritos, pois ele decorre da própria lei
- As partes podem impugnar o perito
Hipóteses de impugnação:
- Impedimento ou suspeição
- Questão técnica
Procedimento:
- Determinação de ofício (quando há disparidade entre as partes) ou a requerimento (partes em
posição mais igualitária)
Art. 466. § 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento
das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com
antecedência mínima de 5 (cinco) dias (sob pena de nulidade da prova!!!)
INSPEÇÃO JUDICIAL
É a possibilidade de o próprio juiz sair de seu gabinete e ir ao local para verificar os fatos
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da
causa.
Art. 482. Ao realizar a inspeção, o juiz poderá ser assistido por um ou mais peritos.
PROVA ORAL
2. Prova testemunhal
- Terceiro que não integraliza a lide, mas que tem conhecimento dos fatos
Não caberá em casos:
- Questão técnica
- Proibido pelo ordenamento jurídico (Ex: negócio jurídico acima de um valor determinado)
A testemunha é levada pela parte (art. 455), ou excepcionalmente ela será intimada a comparecer
e prestar depoimento no local de seu domicílio (EX: por carta precatória)
Atos preparatórios:
- Indicação do rol
- Limites do rol
- Intimação de testemunhas
SENTENÇA
1. Conceito de sentença:
Tipos de decisão:
- Despacho: O CPC define como despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados
no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Isso quer dizer que, nos despachos, o objetivo
não é solucionar o processo, mas determinar medidas necessárias para o julgamento da ação em
curso. Tratam-se, portanto, de meras movimentações administrativas – por exemplo, a citação de
um réu, designação de audiência, determinação de intimação as partes e determinação de juntada
de documentos, entre outros.
- Decisão interlocutória: As decisões são atos pelos quais o juiz resolve questões que surgem
durante o processo, mas não são o julgamento dele por meio de sentença. Essas questões que
precisam ser decididas no curso do processo são denominadas de questões incidentes ou questões
incidentais. São exemplos de decisões interlocutórias a nomeação de determinado profissional
como perito, aceitação ou não de um parecer e intimação ou não de certa testemunha indicada
pelas partes no curso do processo.
- Sentença: De acordo com o CPC, a sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz “põe
fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução”. Isso significa que,
por meio da sentença, o juiz decide a questão trazida ao seu conhecimento, pondo fim ao processo
na primeira instância. A sentença pode ser dada com ou sem julgamento do mérito, ou seja,
acolhendo ou não a causa levantada pela parte. Caso exista recurso ao tribunal, os
desembargadores podem proferir um acórdão. Tanto a sentença quanto o acórdão marcam o fim
do processo, ao menos na instância em que se encontra.
NCPC: Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e
despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Sentença é pois a norma jurídica concreta e individual que põe fim à fase de cognição com
fundamento nos arts. 485 ou 487.
Relatório per relationem: Este relatório é aquele feito apenas por referência a outro anteriormente
lançado nos autos, como, por exemplo, em acórdãos, com a utilização do relatório da sentença
impugnada, além dos principais atos praticados depois da sentença.
Hipóteses:
(i) refere-se a outra decisão do mesmo processo;
(ii) refere-se à outra decisão em outro processo conexo (transcreve ou faz alusão
(iii) quando o acórdão utiliza o relatório da sentença;
Art. 489. § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação
com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Fundamentação e coisa julgada:
Como regra, a fundamentação não faz coisa julgada.
Exceção: NCPC art. 503 § 1.º.
Entretanto, a fundamentação é essencial na compreensão e interpretação da coisa julgada.
C) Dispositivo
Princípio da congruência: decisão do juiz deve estar restrita ao que foi pedido
Exceções: pedidos implícitos, fungibilidade
-Sentença extra petita: fora do pedido
- Sentença ultra petita: além do pedido
- Sentença infra ou citra petita: aquém do pedido
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente
de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
Exceções ao princípio:
(i) Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias,
retratar-se.;
(ii) improcedência liminar do pedido: Art. 332. §3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se
em 5 dias.
(iii) sentenças terminativas: art. 485 §7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam
os incisos deste artigo, o juiz terá 5 dias para retratar-se.
(iv) apelação em procedimentos do ECA.
COISA JULGADA
- Coisa Julgada Formal: decisão final (transitada em julgado) mas que não resolveu o mérito (=
sentença terminativa). → eficácia endoprocessual.
A ação pode ser proposta (Há exceções, ex: perempção)
- Coisa Julgada Material: autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito
transitada em julgado. → eficácia panprocessual.
Presunção de veracidade?
Não necessariamente
Fundamentos:
Justo absoluto vs. Justo realizável.
Justo realizável foi a opção do legislador
- Não cabe ação rescisória por erro na interpretação da lei.
Autoridade da coisa julgada: impede nova discussão jurisdicional sobre a questão de mérito (=
efeito negativo).
- Eficácia expandida da coisa julgada individual: estender a decisão que vale contra A e B, para
outras pessoas com as mesmas circunstâncias
RECURSOS
“Recurso, para o jurista brasileiro, há ser tudo aquilo (e só aquilo) que o direito brasileiro considera
recurso e como tal disciplina”.
Princípio da taxatividade.
1. Conceito:
- Art. 997. § 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis
as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo
disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a
parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado
inadmissível.
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Correntes:
- Princípio
- Garantia
- Lei infraconstitucional
É um direito fundamental
CF - Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
- Conhecer/não conhecer
- Admitir/não admitir Requisitos de admissibilidade
- Receber/não receber preenchidos ou não
- Negar seguimento
CPC/versão original: supressão total do juízo bipartido – somente o juízo ad quem seria competente
Atualmente CPC: juízo bipartido somente para os recursos excepcionais (RE e REsp) e suprimido
na apelação
Poderes do relator:
Art. 932. Incumbe ao relator:
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária
do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: [...]
Na apelação:
NCPC 1.012:
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por
requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
I) Tempestividade
II) Regularidade formal: peças obrigatórias
III) Preparo: artigo 1007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.
- Regularidade formal: Art. 932, Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o
relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a
documentação exigível.
III) Juízo de admissibilidade: questão de ordem pública, cognoscível ex oficio pelo juízo, não se
operando a preclusão
- Error in iudicando: consiste no ato pelo qual o juiz se equivoca quanto à apreciação da demanda,
seja porque erra na interpretação da lei, seja por que não adequa corretamente os fatos ao plano
abstrato da norma. O magistrado erra ao julgar.
Tal erro recai sobre o próprio conteúdo que compõe o litígio. É erro material. Enseja a REFORMA
da decisão e não sua cassação.
EXEMPLO: parte que pugna, nas razões do recurso de apelação, pela diminuição do valor de dano
moral que o juiz de primeira instância a condenou.
- Error in procedendo: consiste no erro do juiz ao proceder. É um erro de forma (VÍCIO FORMAL).
O magistrado inobserva os requisitos formais necessários para a prática do ato, culminando num
decisório nulo.
Presente alguma das referidas hipóteses, a parte prejudicada tem de pedir a CASSAÇÃO da
sentença. Tem que pugnar por sua invalidação/anulação.
EXEMPLO: sentença que falta relatório ou a que concede pedido que a parte autoral não postulou
(sentença extra petita).
OBS: a ausência de condições da ação e de pressuposto processual para o desenvolvimento válido
e regular do processo, igualmente, é considerado erro procedimental do juiz