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CAPÍTULO 3

Exercícios 3.2

3. Seja p um real dado. Precisamos provar que dado   0, existe um intervalo aberto I
contendo p tal que, para todo x, x  I Þ pn    xn  pn  .

1.º Caso. n ímpar.


Sendo n ímpar, temos:
pn    x n  pn   Û n pn    x  n pn   .

] [
Tomando-se I  n p n   , n p n   , tem-se, para todo x, x  I Þ pn    xn  pn  .
Logo, f(x)  xn é contínua em todo p real, ou seja, f é uma função contínua.

2.º Caso. n par.


Analisemos inicialmente o caso p  0. Para todo   0 dado, temos
0n    xn  0n   Û |x|  n  Û  n   x  n  .

]
Tomando-se, então, I   n  , n  [ tem-se x  I Þ 0n    xn  0n  .
Logo, f(x)  xn é contínua em p  0.
Suponhamos, agora, p  0. Para todo   0, com   pn, temos

pn    x n  pn   Û n pn    | x |  n pn   .

] [
Se p  0, tomando-se I  n p n   , n p n   , tem-se x  I Þ pn    xn  pn  .

] [
Se p  0, tomando-se I   n p n   ,  n p n   , tem-se x  I Þ pn    xn  pn  .
n
Logo, f(x)  x é contínua em todo p  0.

4. 1.º Caso. n ímpar.


Para todo   0 dado, tem-se

(n p   )  x  (n p   ) .
n n
n p   n x  n p  Û

Tomando-se I  ù(n p   ) , (n p   ) é tem-se


n n
ûú ëê
x ÎI Þ n p    n x  n p  .
2.º Caso. n par.
Neste caso a função f(x)  n x está definida apenas para x 0. Para todo   0,
0
x  n Þ n x  e .
Logo, f(x)  n x é contínua em p  0. Suponhamos, agora, p  0; para todo   0,
com e  n p , tem-se

(n p  e ) (n p  e ) .
n n
n p e n x n p e Û x

Tomando-se I  ù ( ) ( )
n p  e , n p  e é, tem-se
n n
ú û ëê
x ÎI Û n p  e  n x  n p  e.
Logo, f(x)  n x é contínua em todo p  0.

7. Função maior inteiro (veja Exercício 9).

10. f(x)  x(x2  1) se x for racional e f(x)   x(x2  1) se x for irracional.

16. Para todo   0 dado, tomando-se  e tem-se


|x  1|  Þ (x  1)2   Þ |f(x)  f(1)|  .
Logo, f é contínua em p  1.

19. Sendo g contínua em p, para todo   0 dado, existe  0 tal que, para todo x no
domínio de g,
e
|x  p|  Þ | g(x)  g(p) |  Þ M |g(x)  g(p)|  .
M
Tendo em vista a hipótese | f(x)  f(p) |
M | g(x)  g(p) | para todo x real, resulta
| x  p|  Þ | f (x)  f(p) |  .
Logo, f é contínua em p.

20. Suponhamos, por absurdo, que exista p real tal que f(p)  0. Pelo teorema da
conservação do sinal, existirá  0 tal que f(x)  0 para p   x  p  , o que é
impossível, pois, entre p  e p  existe pelo menos um racional.

22. É só observar que f(x)  g(x) em todo x racional e aplicar o Exercício 21.

Exercícios 3.3

10. Da hipótese, segue que, tomando-se   1, existe r  0 tal que, para todo x no
domínio de f , 0  |x  p|  r Þ | f(x)  f(p)|  1.
Lembrando que | f(x)  f(p) | | f(x) |  | f(p) | resulta 0  |x  p|  r Þ | f(x) |  |f(p)|  1.
Agora, é só tomar M  1  |f(p)|.

13
12.
ì" e  0, $  0 tal que " x Î D f
lim f ( x )  L Û í
x® p î0  | x  p |  Þ | f ( x )  L |  e

ì " e  0, $  0 tal que " x Î D f


Ûí Û lim | f ( x )  L |  0
î0  | x  p |  Þ | f ( x )  L |  0  e x® p

13. Pelo Exercício 11, com L  0, lim f ( x )  0 Û lim | f ( x ) |  0. Segue que


x® p x® p

f ( x) | f ( x )| f ( x)
lim  0 Û lim  0 Û lim  0.
x® p x p x ® p | x  p| x ® p | x  p|

15. Suponhamos que exista p real tal que f(p)  0. Pelo teorema da conservação do sinal
existe  0 tal que f(x)  0 para p   x  p  , o que é impossível, pois existe
pelo menos um racional entre p  e p  . Logo, f(x) 0 para todo x.

Exercícios 3.4

3. Não, pois, f não está definida em p  1.

4. f(x)  x para x  2 e f(2)  5.

5. Suponhamos, por absurdo, que lim f ( x )  L com L  0. Tomando-se    L, existe



x® p

r1  0, com r1  r, tal que L  ( L)  f(x)  L  ( L) para p  x  p  r1, ou seja,


2L  f(x)  0 para p  x  p  r1, que contraria a hipótese f(x) 0 para p  x  p  r.

f ( x )  f ( p) f ( x )  f ( p)
6. Suponhamos x  I. Para x  p, 0; para x  p, 0.
x p x p
Segue que
f ( x )  f ( p) f ( x )  f ( p)
lim
0 e lim 0.
x® p  xp x® p  xp
f ( x )  f ( p)
Daí, lim  0.
x® p x p

Exercícios 3.5

f (3 x ) f (3 x )
2. a) lim  3 lim . Pela mudança de variável u  3x, u 씮 0 para x 씮 0,
x®0 x x®0 3x
f (3 x ) f (u ) f (3 x )
resulta lim  lim  1. Logo, lim  3.
x ® 0 3x u®0 u x®0 x

14
f (x2 ) f (x2 ) f (x2 )
b) lim  lim x 2
 lim x lim desde que o segundo limite exista.
x®0 x x®0 x x ® 0 x ® 0 x2
Pela mudança de variável u  x2, u 씮 0 para x 씮 0, tem-se
f (x2 ) f (u ) f (x2 )
lim 2
 lim  1. Como lim x  0, resulta lim  0.
x®0 x u®0 u x®0 x®0 x

3. a) Pela mudança de variável h  x  p, x 씮 p para h 씮 0, vem


f ( p  h )  f ( p) f ( x )  f ( p)
lim  lim  L.
h®0 h x® p x p

b) Fazendo u  3h, u 씮 0 para h 씮 0, vem


f ( p  3h)  f ( p) f ( p  u )  f ( p)
lim  3 lim  3 L.
h®0 h u®0 u

f ( p  h)  f ( p  h) f ( p  h )  f ( p) f ( p  h )  f ( p)
c) lim  lim  lim .
h®0 h h®0 h h®0 h
Com a mudança de variável u   h, u 씮 0 para h 씮 0, resulta
f ( p  h )  f ( p) f ( p  u )  f ( p)
lim   lim   L.
h®0 h u®0 u
f ( p  h)  f ( p  h)
Segue que lim  2 L.
h®0 h

Exercícios 3.6

1. Como
x2  1
lim ( x 2  3 x )  2 e lim  lim ( x  1)  2
x ®1 x ® 1 x 1 x ®1
pelo teorema do confronto, lim f ( x )  2.
x ®1

2. Pela hipótese,  2|x  1|  3


f(x)
2|x  1|  3.
De lim [ 2 | x  1|  3 ] lim [2|x  1|  3]  3, pelo teorema do confronto,
x ®1 x ®1
lim f(x)  3.
x ®1
g( x )
3. Da hipótese, segue que, para x  0, 0

| x 3 | . Como lim | x 3 |  0, pelo
x x®0

g( x ) g( x )
teorema do confronto, lim  0 e, portanto, lim  0.
x®0 x x ® 0 x

15
1 2
d e
4. a) Para todo  0 existe um natural k tal que  . Temos
k (2 k  1)
1 1 1 2
sen  0 para x  e sen  1 para x  .
x k x (2 k  1)
Segue que para todo L é falsa a afirmação: existe  0 tal que para todo x
1 1 1
0  |x|  Þ L   sen L .
4 x 4
1
Logo, lim sen não existe.
x®0 x

1 1
b) Para x  0, sen
1; logo, sen é limitada. Como lim x  0 segue que
x x x®0
1
lim x sen  0.
x®0 x

6. Da hipótese [g(x)]4  [f(x)]4  4 segue que, para todo x, |g(x)|


4 4 e |f(x)|
4 4 .
Logo, f e g são limitadas. Como lim x 3  0 e lim 3 x 2  9  0, resulta:
x®0 x®3
a) lim x 3 g( x )  0
x®0

lim f ( x ) 3 x 2  9  0.
x®3

Exercícios 3.8
 sen x
2. a) Sabemos que para 0  |x|  temos cos x   1 e, portanto,
2 x
sen x
cos x  1   1  0.
x

 sen x
b) De (a) segue, para 0  |x|  tem-se 0  1   1  cos x. Temos
2 x
sen x
1
x  sen x x .

x2 x
Segue que
sen x
1
0 x  1  cos x para 0  x  
x x 2

16
e
sen x
1
1  cos x
 x  0 para    x  0.
x x 2
1  cos x sen 2 x sen x sen x
Como lim  lim  lim  0, pelo
x®0 x x ® 0 x (1  cos x ) x®0 x 1  cos x
x  sen x
teorema do confronto, lim  0.
x®0 x2

17

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