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Cláudio César Dias

Baptista abre as portas


de um tesouro de
CLÁUDIO CÉSAR DIAS BAPTISTA
esquemas de pedais e
efeitos especiais, inclusive
os circuitos que faltavam
para completar o
Sintetizador para
Instrumentos Musicais
e Vozes, parcialmente
publicado pela
Introdução ra Instrumentos Musicais e Vozes feitos
Nova Eletrônica.
no mundo, com certeza o primeiro e tal-
Fechada para nunca mais se abrir foi a vez o único ainda, no Brasil, que, com
porta que conduzia à publicação dos cir- um grupo de pedais convencionais, con-
cuitos de meus pedais e modificadores de trolados eletronicamente pelo próprio si-
som para guitarras e instrumentos musi- nal da guitarra, ou de um piano elétrico,
cais eletrônicos, pela direção da NE, há ou até de um microfone, permitia produ- gio Dias Baptista, intitulado “Sérgio
alguns anos atrás quando, à publicação zir, a partir da guitarra, por exemplo, o Dias”, da CBS, gravado nos estúdios da
desses circuitos seguia-se obrigatoriamen- som típico do Sintetizador convencional, SIGLA, RJ, em out/nov/dez. de 1979.
te a colocação de seu kit no mercado. como o Mini-Moog. Os módulos desse Na capa interna, pode-se ver, sob a maio-
Não eram artigos de aceitação universal e aparelho começaram a ser publicados pe- ria dos títulos das músicas, entre o nome
não mereciam kits. la Nova Eletrônica em forma de kits, e dos demais instrumentos, a indicação:
Hoje, após intensa visualização e pre- foram os seguintes: “Guitar Synthesizer CCDB”, bem como
paração interior, levanto-me e pronuncio 1 — Sustainer — publicado na NE nú- os dizeres: “Agradecimentos Cibernéti-
as mágicas palavras que trarão a satisfa- mero 1. cos: Cláudio César Dias Baptista, pela
ção a milhares de leitores, muitos dos 2 — Phaser — publicado na NE nú- construção de meu sintetizador de guitar-
quais ainda escrevem perguntando a res- mero 3. ra, a quem devo muito da criação sonora
peito, se poderão completar seu sintetiza- 3 — Distorcedor R VIII — publicado neste álbum,...”
dor, sua pedaleira; se terão novos circui- na NE números 4 e 5. Neste artigo, o técnico com experiência
tos para montar e pesquisar, no limitado 4 — Dobrador de frequências — pu- em montagens de áudio encontrará mate-
mas exuberante Universo dos Apaixona- blicado na NE número 8. rial suficiente em esquemas, diagramas de
dos pelo Som! Conforme prometi na página 737/49 bloco e explicações, para montar e testar
A Palavra não está perdida, pois! da NE número 6, publico a foto do Sinte- módulo por módulo, e conjugar esses mó-
Apossando-me, mais que os quarenta la- tizador completo, sem ligações externas, dulos em um aparelho que pode começar
drões, de tudo o que existia anteriormen- feito sob medida para meu irmão Sérgio, com um mínimo de 4 módulos, para já
te, mas contribuindo com minha parcela que na época da NE número 6, estava em poder chamar-se “sintetizador”, e acabar
de criatividade, muito antes de se falar em viagem pela Europa com o aparelho. com uns 20 ou mais até, pois o sistema é
Sintetizadores para guitarras, Avatares, compatível com qualquer pedal de efeito
Slavedrivers, PVC, etc., montei há alguns O mesmo Sintetizador pode ser ouvido para instrumentos musicais, incluindo
anos um dos primeiros Sintetizadores pa- em ação por quem adquirir o LP de Sér- circuitos de diversos deles, também.

66 nº. 55 — SETEMBRO DE 1981


AMPLIFICADOR

ENTRADA
SUSTAINER DISTORCEDOR DOBRADOR PHASER WAH-WAH ETC

PEDAIS MODIFICADORES

FONTE DE ALIMENTAÇÃO

110 V
AS SETAS INDICAM O FLUXO DO SINAL PELOS CABOS BLINDADOS DE INTERCONEXÃO DOS PEDAIS Fig. 1

Um tesouro maior que o de Ali Babá, esta nada teve ou tem à ver com a elabo- apareçam, atravessando as malhas das re-
não? Só não lhes prometo a escrava Mor- ração dos circuitos, nem os experimentou des dos incansáveis e abnegados revisores
gana, mas também, por outro lado, pou- em laboratório. Os aparelhos funcionam, da Revista.
po-lhes os 40 ladrões, e, com o Sintetiza- como o provei na introdução do artigo,
dor, como o flautista de fábula, qualquer com a apresentação do disco onde foram Diagrama de blocos: a palavra
um atrairá para seu lado mil Morganas, utilizados. Aos menos experientes, e mes- mágica!
Anas e Joanas... encantando-as e condu- mo aos veteranos, sugiro a montagem e
zindo-as pelo som! pesquisa completa de cada módulo, antes Pedaleira, transforme-se em Sintetiza-
Abre-te César!!! Deixa o egoísmo de de passar ao seguinte. Uma boa dose de dor!
lado, deixa 250 horas de pesquisa e mais interesse e perseverança será necessária O diagrama da figura 1 mostra uma se-
outras tantas de montagens, entregues a àqueles com menos experiência em mon- quência de “pedais” ou modificadores de
teus leitores em um único artigo, sem tagens de áudio. Mesmo aos experts, su- som que, agrupados em determinada se-
queixas pelo que receberes por teu ato de giro a compreensão de que nenhum meio quência, formam o que se costuma cha-
Amor. Para nunca mais te fechares! de comunicação é perfeito na dimensão mar, entre os músicos e técnicos, de “pe-
espaço-temporal, e que se recordem de daleira”. Passando com o sinal de áudio,
Atenção: um aviso que mesmo com um aparelho completo primeiro pelos pedais com maior ganho,
em suas mãos, sua reprodução nem sem- como o sustainer e o distorcedor, evita-se
Dada a apresentação destes circuitos pre é coisa muito simples. a amplificação do ruído, gerado por cada
diretamente por mim, o autor, resumida Infelizmente, não estou à disposição pedal, por aqueles.
no essencial, os erros de montagem, ou de para consultas sobre estes aparelhos e Algumas pedaleiras mais sofisticadas,
interpretação, bem como dúvidas, etc., comprometo-me apenas em revisar e indi- para eliminar-se o trabalho de substitui-
serão resolvidos exclusivamente pelo pró- car à redação da NE possíveis e humanas ção de baterias, geralmente de 9 volts, re-
prio leitor, que não poderá consultar a erratas nos circuitos publicados neste arti- cebem uma fonte de alimentação muito
Equipe Técnica da Nova Eletrônica, pois go, para que as publique corrigidas, caso bem estabilizada. A confecção da fonte, e

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mesmo da pedaleira em si, cabe aos técni- dificuldade e criatividade, pois o nível do ideal seria e é o que faço quando traba-
cos de som, pois não existem (nem de- sinal com que trabalham os pedais é mui- lho pessoalmente para algum músico e me
vem!) prontas no mercado, já que cada to fraco, vindo da guitarra sem pré-am- é autorizado mexer no próprio instru-
músico prefere esta ou aquela combina- plificação, na maioria das vezes, e manti- mento (a guitarra, por exemplo): colocar
ção de pedais, de diversas marcas e mode- do nesse nível pela própria natureza da um pré-amplifícador no interior do ins-
los e em diferente sequenciação. evolução do sistema, que tem de ser com- trumento, alimentado por baterias ou
Como os pedais já vem prontos, em patível em seus módulos e com amplifica- fonte externa, via único cabo de conexão,
sua maioria, o trabalho do técnico, apa- dores de alta sensibilidade para instru- e daí para a frente, utilizar impedância
rentemente simples, reveste-se de grande mentos musicais, além de ser barato. O mais baixa e níveis de sinal mais elevados.

CG; CONTOUR
GUITARRA GENERATOR OU GERADOR
DE ENVELOPE
TRIGGER
PRÉ OU GATILHO
A ”ATTACK”
LIMIAR
D ”DECAY”
(THRESHOLD)
ENTRADA
S ”SUSTAIN”

X AMPLIFICADOR

SAÍDA
VCF
FONTE cc

110V

PEDAL DE CONTROLE EXTERNO

A LINHA CHEIA MOSTRA O FLUXO DO SINAL DE ÁUDIO

A LINHA PONTILHADA, O FLUXO DO SINAL “CC” DE CONTROLE.

“X” INDICA O PONTO DE INSERÇÃO PARA PEDAIS QUAISQUER (PEDALEIRA) Fig. 2

BANCO DE
BANCO DE C.G.
GUITARRA GATILHOS
A D S
LIMIAR

SINAL JÁ
A D S SINTETIZADO
PRÉ LIMIAR
ENTRADA

CHAVES DE
INSERÇÃO PRÉ SAÍDA AO
VCA MISTURADOR AMPLIFI-
CADOR
BALANÇO
DISTOR- SOM NORMAL
SUSTAINER CEDOR PHASER VCF x SOM SIN-
R VIII TETIZADO

SINAL NORMAL NÃO SINTETIZADO

FONTE
CC
110V

PEDAL DO VCF PEDAL DE


(FILTRO) VOLUME
(DO VCA)

PEDALEIRA DE CONTROLE

A LINHA CHEIA MOSTRA O FLUXO DO SINAL DE ÁUDIO

A LINHA PONTILHADA, O FLUXO DO SINAL “CC” DE CONTROLE Fig. 3

68 nº. 55 — SETEMBRO DE 1981


Como o Sintetizador e os pedais neste versos parâmetros, que se deve o nome O sintetizador CCDB completo
artigo tem de atender a maioria, não é ne- “Sintetizador”.
cessário o uso dessa pré-amplificação, Em inglês, tensão é “voltage” e daí, os É este sistema mais complexo e mais
sendo suficiente qualquer guitarra (e nomes VCA (Voltage Controlled Ampli- completo que apresento nas figuras 4 e 5,
quando digo guitarra, vale para contra- fier, ou Amplificador Controlado por que são os diagramas de blocos comple-
baixo, piano elétrico, microfone, etc.) co- Tensão); VCF (Voltage Controlled Filter, tos do Sintetizador que construí para meu
mum, para boa operação. A Nova Ele- ou Filtro Controlado por Tensão), etc. irmão Sérgio Dias. Evidentemente, os
trônica já publicou, de outro autor, cir- A figura 2 mostra o diagrama de blo- mais diversos pedais modificadores pode-
cuito de pré-amplificação para guitarras e cos, a “palavra mágica” que transforma rão ser acrescentados, respeitando-se o
eu mesmo poderei voltar a esse ponto em uma pedaleira em um Sintetizador com espírito de operação “chassi + pedaleira”
artigos futuros. um mínimo de módulos. Para exercício ou “console + pedaleira”, já exposto e
Voltando às pedaleiras, devo resumir: de compreensão, a figura 3 mostra um desenvolvido nas figuras 3, 4 e 5.
o grande problema, com o sinal fraco sintetizador com número médio de mó- Na figura 4, vemos uma linha separan-
proveniente da guitarra, é o ruído. A dulos, já mais desenvolvido. Após assimi- do as chaves e os circuitos que ficam na
maioria das guitarras não é muito bem lar as figuras 2 e 3, perceberá que, na fi- pedaleira dos que ficam no console. Esse
construída neste aspecto e tem blindagem gura 3, a quantidade de pedais de contro- console deverá ser projetado bem como a
insuficiente, quando tem; utiliza captado- le pede uma “pedaleira”, enquanto que pedaleira, pelo próprio leitor, de acordo
res que não evitam a captação de ronco os módulos com controles manuais fica- com suas necessidades e possibilidades. O
(humbucking pick-ups) e já entrega um riam num chassi separado, conectado por console deverá ficar montado sobre um
sinal com excessivo ruído ao cabo de co- cabo e conectores múltiplos à pedaleira. cavalete ou tripé, e a pedaleira, no chão.
nexão com o amplificador. Um técnico Estudando mais atentamente o Sinteti- Estas duas partes serão interligadas por
competente ou dedicado pode fazer mui- zador da figura 3, vemos que os módulos um cabo, confeccionado conforme a
tíssimo, trabalhando na guitarra, antes de que correspondem aos pedais sustainer, quantidade de módulos desejada. Para
mais nada, para reduzir o ronco e ruído distorcedor, phaser, etc., simples modifi- início de projeto do console, um tamanho
captado pelos captadores, em uma parte, cadores que não fazem parte do circuito mínimo de 22 centímetros para a altura
e pela “parte elétrica”, em outra. Quanto de síntese controlada por tensão, deve- do painel, e uma profundidade livre de 12
aos captadores, deve usar humbucking, riam ter suas chaves de comando de inser- cm, interna, por trás do painel, deverão
fabricado pela Bill Lawrence, ou pela di ção (“liga-desliga sustainer”, por exem- ser considerados. O comprimento, ou lar-
Marzio, ou por ele mesmo. Estes redu- plo) também na pedaleira, para maior fa- gura, depende do número de módulos,
zem em pelo menos 6 dB a captação de cilidade de operação. Isto pediria cabo e um metro não será demasiado no caso de
ronco (4 vezes). A parte elétrica pode re- conectores com maior quantidade de vias grande número deles ser desejado. Cada
ceber blindagem metálica, mesmo sendo e tornaria o sistema mais complexo, po- módulo ocupará de 4 a 8 centímetros nes-
passiva, e isto já ajuda. Um cabo de co- rém mais completo. sa largura, e poderá ser montado num
nexão de qualidade, tipo Belden, por
exemplo, ajuda bastante, e a ativação da
parte elétrica completa o serviço, baixan-
do a impedância de saída e, nos circuitos
mais sofisticados, balanceando e baixan-
do a impedância dos próprios captadores.
Quando nada disto puder ser feito, muito
ainda poderá, na própria pedaleira e no
Sintetizador, mas sempre deverá ter em
mente que há limites para a discriminação
eletrônica entre sinal e ruído e, quanto
melhor a relação máximo sinal/mínimo
ruído, melhores e mais baratos os resulta-
dos. O ruído deve ser atacado antes da
origem, quando possível ou, senão, logo
após a origem. Quanto mais tardiamente,
pior.
Um sistema de redução de ruído, com
medição na origem e eliminação no final anúncio
de sequência de pedais, foi utilizado por
mim na elaboração do Sintetizador, e é
superior aos Noise-Gate convencionais,
por ser imune às mudanças de envelope
dos sinais produzidas pelos pedais. Deta-
lharei mais tarde.

O sintetizador
Uma pedaleira não é um “Sintetiza-
dor”. Para vir a sê-lo, é necessário que
possua um sistema de controle automáti-
co, por meio de tensão, de um ou mais
parâmetros do som. Este é o coração de
um Sintetizador, e é a síntese do som, for-
mada pelo controle eletrônico de seus di-

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70
LIGA LIGA LIGA INSERIR OS LIGA
CHAVES DUPLAS SUSTAINER DISTORCEDOR DOBRADOR PEDAIS EXTRA VCF E RING
INVERSORAS VIS- QUE DESEJAR
TAS POR TRÁS NESTE PONTO
PARA USAR COM PÉ

ENTRADA DO
SINTETIZADOR DENTRO DO PEDAL
NADA LIGA
JACK DE
NADA MODULAÇÃO
ENTRADA +10 Vcc
10k
1/8 110V CA NADA VER FIG. 5
W DISTORCEDOR 10k
R VIII RING LIN
400mV +10 Vcc ACION.
+10Vcc
+10V FONTE 10k PELO
DE ALI- LIN PEDAL
–10Vcc MENTA-
–10V ACIONADO
ÇÃO PELO PAINEL NADA
TERRA GERAL NO +24Vcc ESTABI-
CONECTOR. LIGAR +24V
TAMBÉM AO PAINEL LIZADA
NUM PARAFUSO DO BLIND. DENTRO DO PEDAL
CONECTOR A NADA NADA NADA
NADA AO CONEC.
B BLINDAGEM AO CONEC. CONEC.
CIRCUITOS ACIMA DA LINHA
LIGADA RESERVA NÃO
FICAM NA PEDALEIRA A NADA CONECTADA
CONEC.
CONEC. E CABO
A REPRESENTADOS F J C D M E H K L N P R S T U V W
PELA LINHA AO
NADA CONEC.
NO CONSOLE NADA
ABAIXO DA LINHA BLIND. NADA PRÉ * NADA AO CONEC.
A NADA BLIND. AO AO TERRA AO VER FIG. 5
TERRA CONEC. “PEDAL
LO RANGE” TER-
DO CONEC. 1M LIN RA
CABOS BLINDADOS CO- PRÉ
ENCAPADOS COM NADA NO PAINEL “2k”
*
AOS CIRC. NEC-
1º PRÉ 2,5m DE COMPRI- 10k
* DO CONSOLE 470 DOBRA- TOR 10k 10k
MENTO LIN
Ω DOR
TAN-
2º PRÉ DEM NE Nº 8
TRIM 10k
* BLIND. A RING
“BALANÇO”
+ 470Ω 10k
NADA 47k LIN
LIN NÃO
LO NO PAINEL
470Ω 200k NO BLIN- PRÉ
3º PRÉ PAINEL DADO “2k”
*
* NO “VOLUME” 10k SAÍDA DO
TRIM 10k 10k LIN
P/ NUNCA PAINEL +10 Vcc SINTETIZADOR
TRIM 10k APEX. 1 V DE PICO NADA NO
DISTOR- “SENSIB.” AO AMPLIFICADOR
+ 470Ω DE ENVELOPE LO
CER PAINEL
E ATÉ 1 2 SEG.
AJ. GANHO APÓS PALHE- SINAL NÃO SINTETIZADO 10k
TADA NA COR- 33k
NODO DE
DA ÁUDIO NODO DE ENTRADA TRIM JACK
CONTROLE
10k CC CONTROLE
CC
1V VCF VCF SENS. CC EXTERNO
RMS FILT RING CONTROLES
G G DE QUANT. CC
0V PRÉ
E AT E A DE ENVE- *
L L L L R R HI NADA
LOPES V V
I I I I 200k 150k 10
M M M M NADA C DEC C D (NO PAINEL) VCF Y C TRIM C
I I I I O O CC A SENS. A
SUSTAINER
A A A A N N X 9 “VOL.”
R R R R CIRC. PUBLI- T SUS T S CC
CADO NA NE Nº 1 O O RING +10Vcc 10k NO
TRIM
F R V V R R 47k PAINEL
10k
I I C C BANCO DE N N 4k7
L N A A O VCA O VCA
DISPARA- PEDAL RUÍDO LOG
T G DORES 10k LIN
R D D VOLUME D A D A “ÊNFASE” “FREQ. CC
O O O U U NO PAINEL 10k LIN CC
NO DE COR- PARA OS MÓDULOS
PAINEL P P “CARRIER” “VOL.” NO PRÉ
TE” HI *
V P R L D L D PAINEL
O O FILT. –10Vcc RUÍDO
C E U 4k7 RING 22k LIN
F D Í CHAVE NO PAINEL
A D S S LOG NO PAINEL
LIGA CARRIER OSCILADOR
L O
PARA O RING
VCA PEDAL M. MIX
SINAL CC DE DISPARO
VER FIG. 5
VCA RUÍDO
AS LETRAS INDICAM A CONEXÃO AOS PINOS DO CONECTOR
AO NODO DE ENTRADA
O CONECTOR UTILIZADO TEM APENAS OS PINOS ABCDEFHJKLMNPRSTUV DE ÁUDIO VCF
PRÉ = CIRCUITO DE “PRÉ” COM 2 TRANSÍSTORES. QUANDO DESIGNADO “LO” OS PINOS NÃO INDICADOS NÃO EXISTEM AO NODO DE CONTROLE
USE 10k NO PONTO DE AJUSTE DE GANHO. QUANDO “HI” USE 470Ω
CC / VCF

CABO BLINDADO

RESISTOR

POTENCIÔMETRO E TRIM POT

Fig. 4

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Os espaços em cinza são anúncios

anúncio

único painel fixo, por trás, ou em forma Tenho meus layouts prontos, mas são de deverão ser feitas em um único ponto pa-
verdadeiramente modular. Chapa de fer- uma densidade tal, que tomariam impra- ra cada cabo, de preferência apenas junto
ro galvanizado é a mais barata; alumínio, ticável a publicação sem erros de dese- à entrada do módulo seguinte e não à saí-
o melhor. Madeira compensada de 19 nho, ou interpretação pelo leitor, no es- da do anterior. Deverá ser evitada a cone-
mm de espessura poderá ser usada para a paço deste artigo. Aconselho, para quem xão da blindagem à entrada e à saída de
caixa do console, revestida interiormente montar os módulos já publicados nas re- dois módulos em sequência, para não for-
com uma única peça de papel de alumí- vistas anteriores, que refaçam os layouts, mar o loop de terra, causando possível
nio, para blindagem, que receberá o con- reduzindo-os ao máximo. Foram publica- oscilação de RF.
tato de terra pelo apoio do próprio pai- dos dessa maneira espaçosa para pode- A figura 4 traz as posições utilizadas na
nel. rem ser transformados em kits, fáceis de conexão das blindagens, em meu Sinteti-
O cabo de conexão deverá ser construí- montar por qualquer um. zador CCDB original. Você poderá
do com dezoito ou dezenove cabos blin- Aconselho, também, montar os com- modificá-lo, se tiver cuidado, respeitando
dados monofônicos encapados, tipo cabo ponentes em pé, o mais próximo possível, as instruções que acabo de dar. Não sou
de microfone não balanceado, e de bitola ou o comprimento do Sintetizador ocu- dogmático. Siga seu próprio discernimen-
estreita, para ficar flexível. Cabos multi- pará vários metros, rivalizando com as to e inspiração e irá mais longe.
fios, ou com uma só blindagem, ou com mesas de som... A montagem compacta Uma tampa de madeira deverá ser
blindagens individuais, que se encostem, permitirá a futura utilização dos circuitos acrescentada ao console, bem como alças
sem capas individuais, absolutamente não no interior de guitarras e pedais, o que é para transporte e pezinhos protetores, de
servem! desejável, bem como melhorará o desem- borracha, além de cantoneiras metálicas.
Os conectores existem no mercado, e penho, quanto à captação de ronco. A Quanto aos pedais, se tiver dificuldade
deverão ser dois pares macho-fêmea, com melhor maneira de montar as placas mo- em confeccionar qualquer tipo de pedal
o máximo número de pinos possível e dulares é colocá-las perpendicularmente capaz de acionar um potenciômetro co-
contatos de ouro, de preferência. O míni- ao painel, presas aos potenciômetros; a mum, poderá adquirir usados ou novos,
mo número de pinos para o Sintetizador montagem paralela servirá, trazendo pro- tipo wahwah ou pedal de volume, e reti-
completo é de dezenove, mas convém ter blemas, porém, quando da assistência rar o circuito original, usando apenas
mais, ligando à terra os restantes, para técnica, com a dificuldade de acesso. Os o mecanismo. Em meu Sintetizador
maior segurança. Os contectores deverão condutores de terra e alimentação deve- CCDB, apenas três pedais fizeram o ser-
ser do tipo de encaixe, com trava de rosca rão correr, de preferência, apoiados e en- viço, sendo as demais funções da pedalei-
e blindados. Simplesmente com encaixe caixados nas “placas de fiação perpendi- ra executadas por chaves acionadas pelo
por pressão não servem. culares ao painel”, e deverão ser de fio rí- pé. O acionamento de luzes ou LEDs in-
Os circuitos deverão ser montados em gido e bitola razoável, principalmente o dicadores, pelas chaves, é desejável, se a
placas de fiação impressa, cujo lay-out terra. alimentação for estabilizada e livre de
deverá ser projetado pelo próprio leitor. As conexões das blindagens dos cabos pulsos que poderiam penetrar no áudio.

NOVA ELETRÔNICA — nº. 55 71


ÁUDIO
ÁUDIO
NODO DE
ENTRADA 10µF
VCF
LIGA OSC.
47k
AO ÁUDIO
TRIM
22k
LIN
220Ω
NODO DE ∆ BAL LARG. RANGE FREQ. VOL. OSC. CHAVE 1k
100Ω PULSO CHAVE 22k AO ÁUDIO BRANCO
CONTROLE
CC NO
PAINEL RUÍDO LIGA NOISE
AO ÁUDIO
OSC ROSA
VOL. 22k LIN
RUÍDO NO PAINEL
CHAVE 47k
FORMA
TRIM
DE ONDA

NO PAINEL
500µF BALANÇO
6A8V OSC. OU
MOD. NADA
TRIM
47k PINO DO
ENT. ENT. CONECTOR

4k7
M. MIX W LOG
NA
NO PEDA- ACIONADO PELO
CONSOLE LEIRA PEDAL DE MODULAÇÃO

33k LIGA NADA


MODULAÇÃO
NO PAINEL
RANGE DO 47k
PEDAL DE LOG
MODULAÇÃO
Fig. 5

Os jacks deverão ser do tipo plástico, retangular praticado na tábua horizontal, culos, shows e gravações, além do labora-
não fazendo contato com o painel e rece- e em posição próxima ao pé do operador. tório e, como hoje me dedico às mesas de
bendo o terra pela blindagem, apenas, se- som e afins, não dispondo de tempo para
ja na pedaleira ou no console. fazê-lo. Fica este trabalho interessantíssi-
A fonte de alimentação do Sintetizador Uma alça para transporte e pezinhos mo, instrutivo e criativo ao cargo do lei-
original CCDB ficava em um terceiro são desejáveis também na pedaleira, bem tor especializado em instrumentos musi-
módulo, conectado por multicabo à pe- como uma previsão para acomodação do cais eletrônicos e afins, que chegue a
daleira, mas aconselho fazê-la embutida cabo de conexão ao console, que deve ser construir o Sintetizador tal e qual o apre-
na própria pedaleira. Fiz diferente do sempre tratado com o máximo cuidado, sento e deseje aperfeiçoá-lo. Como pode-
conselho por desejar utilizar a fonte para para evitar rupturas ou curto-circuitos, rá ouvir no LP indicado, onde o Sinteti-
outros fins, em separado. sendo a peça mais delicada do sistema. zador trabalha ao lado do mais sofistica-
A pedaleira é uma tábua de compensa- Um conector com sistema de aperto so- do sintetizador importado para Guitar-
do de 19 milímetros, que fica na horizon- bre o cabo é útil, evitando puxões que ar- ras, o 360 Systems, ele bem merece o res-
tal ou com pequena inclinação, apoiada rebentem os fios nas soldas, seu ponto peito que lhe devoto pois, enquanto o 360
ao chão por uma cinta envolvente, tam- mais frágil. Systems foi utilizado em apenas uma das
bém de compensado, com 8 a 12 centíme- No painel, clareza nos dizeres, comple- faixas do LP, o Sintetizador CCDB o foi
tros de altura, o que forma uma caixa ra- mentados por símbolos das funções é es- praticamente em todas, superando o ou-
sa, de boca para baixo. A parte inferior sencial. Iluminação é desejável, mas pode tro completamente.
deve ser tampada com chapa de ferro gal- tornar-se luxo proibitivo. Um dos circuitos, o trigger ou dispara-
vanizado ou alumínio (de preferência este dor, já transformei para circuito integra-
último), e recoberta interiormente com Sobre os circuitos do, e aparece assim neste artigo. Outros,
uma única folha de papel de alumínio, como todos os pré-amplificadores, por
como o console. Deverá ter uns 60 centí- Não utilizei válvulas, o que mostra não exemplo, você não terá a menor dificul-
metros de largura por uns 60 de compri- serem os circuitos tão antigos assim... dade em transfromar de discretos para in-
mento, podendo variar conforme o gosto Como foram iniciadas as pesquisas em tegrados. Os demais circuitos exigirão
do projetista e do guitarrista (ou contra- 1965, diversos circuitos, transistorizados, maior cuidado, tais como os modificado-
baixista, ou tecladista, etc.) que irá operá- já estão obsoletos em face à tecnologia res e o VCF, principalmente, que é o mais
la. dos circuitos integrados, porém as dimen- sofisticado deles.
Os pedais deverão ser fixados na parte sões e o custo ainda são competitivos e, O oscilador pode muito bem ser substi-
superior, de preferência com um único mais do que tudo, a qualidade sonora é a tuído por outro. Exageros, como trans-
parafuso central e porcas, e deverão ter original, rebuscada durante anos. Pode- formar o Noise em gerador digital de ruí-
uma perfuração que coincida com uma ria eu mesmo ter desenvolvido e atualiza- do pseudo-aleatório, só serão passáveis se
outra, na pedaleira, para passagem dos do todos os circuitos, passando a utilizar houver utilização crítica do aparelho para
cabos de conexão. amplificadores operacionais; mas, para fins de medição...
As chaves, de tipo acionável pelo pé, manter os timbres e os requintes de fun-
deverão ser fixadas em painel de alumínio cionamento, seriam necessários meses de
ou ferro galvanizado, montado em corte pesquisa, inclusive no campo dos espetá- (Continua no próximo número.)

72 nº. 55 — SETEMBRO DE 1981

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