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Universidade Salgado de Oliveira

Pró-reitoria Acadêmica
Curso de Enfermagem

Antônia Lima de Sousa Rangel


Jorge Roberto Romano de Oliveira

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO CONTINUADA DA HIGIENIZAÇÃO


DAS MÃOS.

Niterói - RJ
2019
Antônia Lima de Sousa Rangel
Jorge Roberto Romano de Oliveira

Atuação do Enfermeiro na educação contínua da higienização das mãos

Trabalho de Conclusão de Curso I do


Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade Salgado de Oliveira como
requisito final à obtenção do título de
Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Maria Teresa F. Monteiro.

Niterói - RJ
2019
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
1.1.Questão norteadora: ...........................................................................................8
1.2.Objetivo Geral: ....................................................................................................8
1.3.Objetivos específicos: .........................................................................................8
2.METODOLOGIA ........................................................................................................9
3.Referencias: ..............................................................................................................9
1. Introdução

Atuação do Enfermeiro na educação contínua da higienização das


mãos

No século XIX os cuidados de enfermagem com a mãe da Enfermagem


Florence Nightingale, já utilizava métodos de higienizações fundamentais para o
cuidado dos seus pacientes tais como: Higienização das mãos, Higiene oral,
mudanças de decúbito, cuidados com a pele, e com cateteres. Já se dizia que eram
fatores elementares para o processo de cura das enfermidades. (BELELA
ANACLETO, Aline Santa Cruz, et AL., 2017).

Além disso, foi em 1846 com o médico Ignaz Philipp Semmelweis


que a lavagem e higienização das mãos ganharam visibilidade, pois ele quem
comprovou que a higienização das mãos fazia reduzir a mortalidade das parturientes
em uma clinica obstétrica de sua época. Semmelweis foi um médico assistente da
primeira clinica obstétrica do Allgemeine Krankenhaus, em Viena (Áustria). Ele
observou que a mortalidade nesta clinica era três vezes mais alta do que os partos
realizados por parteiras e decidiu realizar um estudo em cima disso para buscar o
foco do problema. Nesta mesma clínica, os médicos realizavam autopsias de
parturientes e neonatos mortos como objeto de estudos com foco na diminuição da
mortalidade das parturientes. Foi quando Semmelweiss percebeu que os
profissionais poderiam estar levando micróbios das autópsias para as parturientes.
Mas, infelizmente, seus estudos só foram validados depois de sua morte ainda no
século XIX. (Higienização das mãos: histórico e aspectos científicos, AMIB –
Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2016).

É observado no cotidiano uma grande prevalência de Infecções


hospitalares relacionadas à não lavagem e higienização das mãos pelos
profissionais de saúde, visto que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
publicou em 2010, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 42 de 25 de
outubro de 2010, que dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de
preparação alcoólica para a Higienização das Mãos, nos pontos de assistência, nos
serviços de saúde. Outras normas reforçam a importância e a necessidade do
cumprimento da Higienização das Mãos nos serviços de saúde. O enfermeiro tem a
obrigação de saber todas as técnicas da lavagem das mãos, além de pô-las em
prática. Deve-se repassar para seus subordinados técnicos e/ou toda equipe
hospitalar multidisciplinar através da educação continuada. A não realização dessa
educação continuada resulta no aumento de infecções hospitalares e
conseqüentemente, óbitos relacionados à infecção hospitalar. (ANVISA-
SEGURANÇA DOS PACIENTES-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, 2017).

Séculos atrás Florence Nightingale na sua teoria ambientalista, dizia


que um ambiente adequado seria a diferença na recuperação dos pacientes. Ela
dizia na sua teoria sobre as condições externas e o modo como afetavam a vida e o
desenvolvimento de um organismo. E desta forma, a educação continuada dos
profissionais de saúde para a importância de como o meio influencia diretamente na
saúde do paciente tem sido muito abordada. (BELELA ANACLETO, Aline Santa
Cruz, et AL., 2017).

Existe um Prêmio Latino Americano de excelência e inovação na


higienização das mãos que deu início em 2014. Baseado no desafio global citado
acima. O Clean Care is Safer Care" (Cuidados limpos são cuidados seguros) tem o
objetivo de promover a sensibilização para o combate as IRAS sempre visando a
segurança do paciente e a redução do sofrimento dos mesmo, sendo assim, 129
países do mundo todo se comprometeram a prestar apoio, e mais de 40 países e
regiões deram o pontapé iniciando as campanhas de higienização das mãos. A
campanha global anual SAVE LIVES: Clean Your Hands (SALVE VIDAS: lave as
suas mãos), foi iniciada em 2009 e é uma extensão natural da iniciativa "Clean
Care is Safer Care". A campanha visa mobilizar todos os países em todos os dias 05
de maio para focarem e se concentrarem nos aspectos da promoção da higiene das
mãos. De 160 países, mais de 15.000 instituições responderam a este apelo, cerca
de 13 milhões de profissionais de saúde representaram este movimento, e quase
4milhões de leitos participaram deste desafio do bem. Este premio foi criado para
estimular a criatividade e as novas soluções para promover a melhoria da
conformidade e sustentabilidade nas práticas de higiene das mãos, nas melhores
Instituições de saúde. O prêmio é dado como uma plataforma de reconhecimento,
distinção e celebração dos hospitais e dos grupos de profissionais de cuidados de
saúde que fizeram uso do seu entusiasmo e conhecimento para melhorar a
segurança dos pacientes através da implementação bem sucedida da estratégia
multimodal da OMS, na respectiva instituição de saúde. (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE INFECTOLOGIA – SBI: PRÊMIO LATINO AMERICANO DE EXCELÊNCIA E
INOVAÇÃO NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 2014).

Existem muitas medidas de seguranças em ambientes ao qual é exercido


a promoção e o cuidado à saúde. Uma estratégia que faz parte destas medidas é a
lavagem e higienização das mãos, para a prevenção das infecções relacionadas à
assistência à saúde (IRAS). A ANVISA lançou uma nota técnica em janeiro de 2018
no intuito de orientar gestores e profissionais que atuam nos serviços de saúde, e no
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) referente à requisitos básicos e
necessários para a seleção de produtos para higienização das mãos sem serviços
de saúde. (Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde - Medidas de
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, 2017).

Infelizmente, a adesão à prática de Higienização das mãos (HM)


ainda é considerada baixa em serviços de saúde em todo o mundo. Diante deste
cenário e com o propósito de melhorar a segurança do paciente, a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em 2010, a Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) n° 42 de 25 de outubro de 2010, que dispõe sobre a
obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para a higienização das
mãos. (NOTA TÉCNICA Nº01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: ORIENTAÇÕES
GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE, Agencia Nacional
de Vigilância Sanitária - ANVISA, 2018).

Segundo a teórica Florence Nightingale o ambiente é capaz de


proporcionar saúde ou doença. Com isso uma das formas mais simples e básica é a
utilização dos componentes que são água, sabão e álcool 70%. (MEDEIROS, et AL.,
2015).

A função do enfermeiro como profissional é equilibrar o meio


ambiente, com o intuito de trazer ao paciente recuperação da sua patologia, visando
sempre o fornecimento de um ambiente com estímulo do desenvolvimento de um
paciente saudável. Baseado em autores que discutiram a respeito do tema a ser
estudado, suas contribuições e paradoxo contido ao tema, decorrente do ato de
higienização das mãos ser um tema simples e fácil de estar sendo praticado pelos
enfermeiros em seu âmbito profissional, mas alguns indícios peculiares do seu dia-a-
dia, torna-se inacessível à prática da lavagem das mãos. (SOUSA E SILVA, et
al.2016).

Com levantamento da literatura observou-se que no século XIX,


havia uma grande preocupação com a transmissão de enfermidades variáveis
causadas pela falta de higienização das mãos. Para Sousa e Silva (2016), houve
uma proposta instituída por um médico que ao se ter o hábito de higienização das
mãos, os indícios de mortalidade e infecções eram reduzidas, ao acontecer este fato
tornou-se evidente que a higienização das mãos, tornando-a uma vez obrigatória,
haveria uma grande redução de evitar a transmissão de patógenos. (SOUSA E
SILVA, et al. 2016).

Com o passar do tempo alguns teóricos começaram a defender o


efeito de desinfecção das mãos, mas, com tudo isto muitos profissionais da saúde
ignoraram a prática de higienização das mãos. Tendo em vista que através deste ato
simples poderia estar sendo evitada a transmissão de doenças infecciosas.

A atuação do enfermeiro é contínua, logo o processo de higienização


também devera ser, visto que milhões de pessoas morrem em todo o mundo por
lesões incapacitantes ou por falha durante a prestação da assistência à saúde
(BELELA-ANACLETO, op. Cit. P. 1).

A prática de higienização das mãos precisa ser aderida de forma


adequada, e a infra-estrutura necessita ser melhorada nos hospitais, contendo
viabilização de recursos. No Brasil os investimentos a esta prática é moderado. A
falta de informações, ilustrações sobre esta técnica acabam sendo escassas, devido
a má localização dos objetos a ser utilizado, para a realização dos procedimentos na
higienização das mãos tornando-se inviável aos enfermeiros manterem esta técnica.

Educação continuada na lavagem e higienização das mãos pelos enfermeiros

Portanto, com os fatos discutidos e o interesse pessoal pela temática, se


faz necessário um aprofundamento mais amplo o que justifica a realização deste
trabalho. E para melhor elucidação do contexto apresento os seguintes pontos:
1.1. Questão norteadora:
O enfermeiro realiza educação continuada da lavagem e higienização das
mãos?

1.2. Objetivo Geral:


Demonstrar a atuação dos enfermeiros na educação continuada utilizando
o processo da higienização das mãos.

1.3. Objetivos específicos:


Descrever as técnicas de lavagem e higienização das mãos.

Conhecer os fatores que interferem na educação continuada da lavagem


e higienização das mãos.

2. METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma pesquisa Exploratória, Descritiva e quanti-


qualitativa.
Na pesquisa utilizamos métodos primários tais como entrevistar 10
enfermeiros com perguntas relacionadas ao assunto chave (temática do
trabalho) em busca de levantamento de informações para conclusão do
trabalho. E secundários tais como pesquisas em fontes da web relacionadas à
artigos acadêmicos e artigos relacionados à saúde de referências importantes
que destacam e comprovam as informações e sua eficácia que denotam os
assuntos com clareza e fidedignidade OMS (Organização Mundial da Saúde),
ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), SciELO (Scientific
Eletronic Library Online).
A pesquisa bibliográfica trata-se de um levantamento de dados já publicados
anteriormente com o mesmo tema escolhido, sendo assim uma analise de
diversos artigos, manuais e monografias já publicadas no meio acadêmico com
base nas datas de 2014 até o presente momento. Todavia, nós realizamos uma
busca com focos em todos os artigos, manuais e monografias que abordam a
temática por nós escolhido. Com isso concluímos que a pesquisa bibliográfica é
um apanhado de material acadêmico com o intuito de levar o conhecimento e
esclarecimento sobre determinada temática.
Qualitativa quantitativa.

3. Referencias:
BRASIL. BELELA-ANACLETO, A. S. C.; PETERLINE, M. A. S.; PEDREIRA, M. da L.
G.

Higienização das mãos como prática do cuidar: reflexão acerca das

Responsabilidade profissional. Rev. Bras. Enfermeira. São Paulo 2017. Disponível

em <http:www.redalyc.org/articulo.oa?id=267050430031>; Acesso em 21 set. 2019.

BRASIL. Higienização das mãos: histórico e aspectos científicos, AMIB –


Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2016, também disponível em:
<http://www.amib.org.br/noticia/nid/higienizacao-das-maos-historico-e-aspectos-
cientificos/>. Acesso em: 13/11/2019.

BRASIL. Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde - Medidas de


Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, ANVISA, 2017, também
disponível em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
manuais>. Acesso em: 13/11/2019.

BRASIL. BELELA-ANACLETO, A. S. C.; PETERLINE, M. A. S.; PEDREIRA, M. da L.


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Higienização das mãos como prática do cuidar: reflexão acerca dispensabilidades


profissional. Rev. Bras. Enfermeira. São Paulo 2017. Disponível

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Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, ANVISA, 2017, também
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<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
manuais>. Acesso em: 13/11/2019.
BRASIL. SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA – SBI: PRÊMIO LATINO
AMERICANO DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
2014, também disponível em: <https://www.infectologia.org.br/pg/661/premio-latino-
americano-de-excelencia-e-inovacao-na-higienizacao-das-maos-2014>. Acesso em
27/11/2019.

BRASIL. Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde - Medidas de


Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, ANVISA, 2017, também
disponível em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
manuais>. Acesso em: 13/11/2019.

BRASIL. NOTA TÉCNICA Nº01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: ORIENTAÇÕES


GERAIS PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE, ANVISA –
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, 2018, também disponível em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
manuais>. Acesso em: 13/11/2019).

BRASIL. MEDEIROS, A. B. A.; EDERSON, B. C.; LIRA, A. L. B. C. Teoria


ambientalista de

Florence Nightingale: uma análise crítica. Esc. Anna Nery - Rio Grande do Norte -

Natal 2015. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=127741627018>

Acesso em 21 de set. de 2019..

BRASIL. SOUZA, E. C. P.; SILVA, F. L. da Conhecimento e adesão da prática de

higienização das mãos dos profissionais da saúde: revisão bibliográfica. Rev. Saúde

em foco. Teresina - jan/Jun, 2016. Disponível em


<http://dx.doi.org/10.14198/cuid.2016.44.09> Acesso em 21 de set de 2019.

BRASIL. SOUZA, E. C. P.; SILVA, F. L. da Conhecimento e adesão da prática de

higienização das mãos dos profissionais da saúde: revisão bibliográfica. Rev. Saúde

em foco. Teresina - jan/Jun, 2016. Disponível em

<http://dx.doi.org/10.14198/cuid.2016.44.09> Acesso em 21 de set de 2019

BRASIL. BELELA-ANACLETO, A. S. C.; PETERLINE, M. A. S.; PEDREIRA, M. da L.


G.

Higienização das mãos como prática do cuidar: reflexão acerca das

responsabilidades profissional. Rev. Bras. Enfermeira. São Paulo 2017. Disponível

em <http:www.redalyc.org/articulo.oa?id=267050430031>; Acesso em 21 set. 2019.

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