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CURSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL

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CURSO DE
CURSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL
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PRODUÇÃO
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CURSO
EDITORIAL
CURSO DE PRODUÇÃO
PRO EDITORIAL
DE PRODUÇÃO EDITORIAL
UMA INTRODUÇÃO
CURSO DE PRODUÇÃO
À EDIÇÃO DE LIRVOS EDITORIAL
CURSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL
CURSO DE PRODUÇÃO
aula 2
EDITORIAL
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CURSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL
CURSO DE
PRODUÇÃO
EDITORIAL
UMA INTRODUÇÃO
À EDIÇÃO DE LIRVOS
Sumário
06 Apresentação da aula

07 O editor

09 O preparador de originais

12 O diagramador

15 O revisor de provas

19 O capista
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“Nunca empreste livros, pois nunca vão


devolvê-los. Todos os livros que tenho
em minha biblioteca são livros que
outras pessoas me emprestaram.”

Anatole France
APRESENTAÇÃO DO CURSO

O processo de construção do texto tem o seu prin-


cípio com o autor, no entanto, o ato não termina
neste ponto. Quando a obra, seja acadêmica, literá-
ria ou outra, desprende-se de seu criador, é entre-
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gue para os profissionais responsáveis por torná-la


sua melhor versão. Estes profissionais são o editor,
o preparador de originais, o diagramador, o revisor
e o capista.

Com isso, nessa aula iremos conhecer um


pouco sobre as etapas de produção de um livro e

6 sobre os profissionais envolvidos.


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O EDITOR

O trabalho do editor de textos começa com a lei-


tura da obra. Somente assim será possível tomar
notas do que precisará ser trabalhado. A partir
disso, compreende-se que o editor é a pessoa

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encarregada de fazer com que o texto se encai-
xe nos requisitos gerais do criador da obra, do
mercado que a adquirirá, e, principalmente, da
editora que tornará possível sua publicação. Tra-
duzindo este último caso como: a escolha dos al-
garismos que serão utilizados na numeração das
páginas, a própria numeração em si; a adição do
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falso rosto, também conhecida como a falsa folha
de rosto; frontispício; guarda; colofão; arranjo da
catalogação na fonte. E, além de tudo isso, o edi-
tor também é responsável por detalhes rigorosos
como se o início dos capítulos se dará em páginas
ímpares ou pares.
Em um segundo momento, editor e diagrama-
dor decidem a mancha do texto, ou seja, as dimen-
sões que irá possuir ao ser impresso, e o corpo do
tipo do texto, acordado conforme os padrões da
editora e da coleção ou série no qual faz parte.

Em síntese, o editor conhece a obra e coorde-


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na todo o trabalho que deverá ser efetuado por to-


dos os outros profissionais, indicando e explicando
especificamente tudo o que cada um deles deverá
se atentar durante a realização de seu trabalho. Por
exemplo, o editor pode pedir para que o copides-
que retire ou inclua aspectos de formalidade nas
falas de algum personagem.

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O PREPARADOR DE ORIGINAIS

O preparador de originais, em tese, é o editor de tex-


tos. Preparar um texto significa analisá-lo do início
ao fim, atentando-se para todos os possíveis pro-
blemas de formatação, ortografia, pontuação, cons-

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truções sintáticas, ambiguidades, furos no enredo,
notas de rodapé, referências bibliografias, além de
checar termos e informações para confirmar se
estão corretas, assim como prestar atenção para
possíveis confusões com grafias do mesmo nome
de formas diferentes ao longo do texto, bem como
questões linguísticas. Ademais, algumas editoras se
preocupam com os direitos humanos, sendo uma 9
responsabilidade do preparador também ponderar
sobre passagens do texto que podem ser ofensivas
para algum grupo em específico.

Contudo, anteriormente fora dito que o prepa-


rador de originais é o editor de textos em tese, pois
nas editoras independentes, diferentemente das
grandes editoras, o editor (que deveria ser o editor
de texto) acaba delegando essa função ao revisor,
que, neste caso, denomina-se copidesque.

Em suma, o preparador de originais ou copi-


desque, transforma o original em algo mais subs-
tancioso e dentro dos padrões da editora, preo-
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cupando-se também com o estilo narrativo e a


linguagem do texto, já que é comum os autores
cometerem deslizes como, por exemplo, misturar
narrador de primeira com terceira pessoa e rea-
lizar a narração no presente e no futuro simulta-
neamente. Nestes casos, o preparador/copides-
que sinaliza esses erros para que o autor corrija o
10 problema.

Para mais, esse profissional do texto pode


ainda fazer sugestões de títulos e sinopses, sem-
pre buscando fazer o que for melhor para o texto,
de forma talvez até paternal, mas sem, é claro, in-
terferir na criatividade e no trabalho do autor, que
no fim é quem decide se aceitará ou não as reco-
mendações do preparador.

O preparador precisa manter sempre em


mente que, por mais difícil e frustrante que pos-
sa ser, ele não faz milagres. Existem originais que,
apesar de muito empenho e esforço por parte do

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preparador, nem de longe terão todas as suas de-
ficiências resolvidas. Até porque, cada obra é uma
obra diferente, um problema diferente.

O original é aquilo que, depois de muito tra-


balhado e aperfeiçoamento, virará um produto co-
mercializável. As obras, na maioria das vezes, apre-
sentam tantos problemas que é graças ao trabalho
dos profissionais do texto que elas passam a valer 11
a pena.
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O DIAGRAMADOR

A diagramação é, em síntese, a elaboração do


layout ou esquema (de dimensões e formato iguais
aos da publicação) em que aparecem devidamen-
te calculados e representados todos os elementos
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(textos, legendas, fotos, ilustrações etc.) que com-


põem o material a ser impresso. Em outras pala-
vras, a diagramação ou editoração eletrônica do
livro consiste em todo o processo de produção do
miolo de um livro depois que o original se encontra
devidamente revisado.

Quando um diagramador recebe o texto ori-


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ginal, normalmente ele vem sem nenhuma for-
matação. Então, a primeira coisa a se pensar é no
projeto gráfico do livro: definir as margens, mancha
de texto (ou mancha gráfica), escolher o tipo e o
corpo da fonte do texto e de abertura de capítulos,
escolher em que lugar (e como) vai ficar o fólio (nu-
meração de página).
É assim que o livro começa a tomar forma. A
maior preocupação do diagramador é garantir uma
leitura agradável. Um tipo de fonte mal escolhida,
um espaço de entrelinha mal calculado ou até o
uso excessivo de “negritos” e “itálicos” pode tornar
a leitura pesada e cansativa.

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Em alguns casos, como em livros técnicos e
jurídicos, existe todo um padrão a ser seguido e
não há a possibilidade de criar projetos muito dife-
rentes desses padrões. Mas, em casos de livros de
ficção, fantasia, romance, entre outros, o diagra-
mador tem um pouco mais de liberdade na hora
de criar o projeto, podendo fazer uma abertura de
capítulo mais atrativa: com ilustrações, uma fonte 13
diferenciada e quem sabe até mesmo e outra cor.

É importante garantir que o projeto gráfico


tenha harmonia com o tema abordado e,
principalmente, com o consumidor final: o leitor.

Além de “dar a cara” ao livro, cabe à diagra-


mação fazer com que o texto do autor caiba no nú-
mero de páginas pré-determinado. Por exemplo,
para reduzir o custo da impressão, o ideal é que
o livro tenha um número de páginas que garanta
um melhor aproveitamento do papel, evitando o
desperdício.

Os tais “cadernos” que formam o livro, normal-


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mente, possuem 32 páginas, ou seja, o diagrama-


dor tem que fazer com que o livro termine o núme-
ro de páginas em um múltiplo de 32: 96, 128, 256
páginas e assim por diante.

“Ah, mas e se o livro deu 100 páginas? Como o


diagramador resolve isso?” O diagramador conse-
gue “perder” essas 4 páginas diminuindo um pou-
14 co a entrelinha do texto, diminuindo a margem da
página ou até mesmo o espaço entre parágrafos.
O inverso acontece se o diagramador precisar “ga-
nhar” páginas.
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A REVISÃO DE PROVAS GRÁFICAS

O revisor de provas gráficas tem a função de cap-


tar todos os erros que o preparador de originais
tenha deixado passar, pois, por mais que o pre-
parador tenha feito um trabalho cauteloso e ex-

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celente, é inevitável que alguns erros gramaticais
e de formatação passem despercebidos por ele.
Além disso, o revisor de provas também revisa
nesse momento o trabalho do diagramador. Logo,
as preocupações não girarão em torno apenas de
questões linguísticas e gramaticais, mas também
visuais. A parte da revisão de provas que cuida da
diagramação leva em consideração o modo como 15
o texto encontra-se distribuído ao longo das pági-
nas. Por isso, procura por: rios tipográficos, ou seja,
um padrão de espaçamento que pode ser perce-
bido, descendo, literalmente, como um rio pelas
linhas do texto; dentes de cavalo, que são espaços
muito grandes entre o posicionamento das pala-
vras; linhas que são abandonadas no fim de pará-
grafos contendo apenas uma sílaba, chamadas de
forcas, assim como as viúvas e órfãs, nomenclatu-
ras dadas respectivamente às linhas que sobram
dos parágrafos, sozinhas no início de uma nova pá-
gina, ou no fim delas; além de muitos outros pro-
blemas que surgem com a diagramação.
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O padrão das editoras grandes é fazer pelo


menos três revisões de provas com profissionais
diferentes em cada uma. E, se for preciso, o núme-
ro de revisões pode até triplicar esse número. No
entanto, essa não é a realidade das editoras inde-
pendentes, que geralmente trabalham com pra-

16 zos apertados e imprevistos que não as permitem


tanto tempo com o material.

Por mais absurdo que possa parecer, atual-


mente, mesmo raro, ainda restam algumas edi-
toras que fazem uso do papel para realizar as re-
visões de provas. Sendo assim, faz-se necessário
comentar rapidamente o fato de que existem si-
nais que os revisores podem usar para indicar as
alterações que deverão ser feitas no texto, porque
se o profissional fosse ter que escrever os coman-
dos de mudanças a serem realizadas na obra, mui-
to espaço seria tomado e o papel tornar-se-ia uma
bagunça incompreensível. Deste modo, através
destes símbolos, o texto no papel não ficará tão

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cheio de informações. Felizmente, com a invenção
de softwares cada vez mais eficientes, tornou-se
um tanto comum na maioria das editoras o uso do
texto digital, logo, decorar esses símbolos não é
mais algo essencial para um revisor poder exercer
seu trabalho.

Ainda sobre tais softwares, os mais populares 17


que podem ser citados são o PDF-XChange Editor
e o Adobe Acrobat Reader DC. Ambos possuem
ferramentas de carimbo que permitem o uso de
sinais, no entanto, mesmo digitalmente já está sa-
cramentado que o uso de símbolos atrasa o tra-
balho. Deste modo, os profissionais preferem usar
o Adobe Acrobat Reader DC, pois este, além do
carimbo, oferece a possibilidade de adição de co-
mentários, que acabou se tornando o método mais
prático para a realização de revisão de provas. Para
mais, este leitor de arquivos em PDF também per-
mite que os comentários adicionados durante a
revisão de provas migrem junto com o texto ao in-
seri-lo no software de diagramação da Adobe cha-
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mado InDesign, fazendo com que o processo seja


ainda mais prático.

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O CAPISTA

O briefing é o documento que inicia o projeto de


uma capa de livro. É através desse documento
que o autor ou o editor irá passar ao profissional
de criação todas as informações sobre a publica-

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ção, tais como: informações editoriais (título do
livro, nome do autor, logo da editora etc.); infor-
mações técnicas (tamanho do livro fechado (al-
tura x largura); número de páginas estimado etc.);
informações comerciais (público-alvo, expecta-
tivas do autor em relação à capa; referências vi-
suais etc.).
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Com o briefing feito, o designer inicia uma
pesquisa sobre o projeto, estudando a obra, o as-
sunto ou tema, o autor e até o perfil da editora.

Por exemplo, tratando-se de uma primei-


ra edição, o designer procura o conceito-chave
que o autor quer ensinar a seus leitores e tam-
bém o diferencial de seu livro em relação a outros
do mesmo segmento. Em reedições, a pesquisa
é feita procurando conhecer outras edições da
mesma obra etc.

Ou seja, quanto mais envolvido o capista esti-


ver com a obra e o universo em torno dela, maior
será sua chance de traduzi-la de forma competen-
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te em linguagem visual.

No processo de desenvolvimento, para além


da criatividade, o capista precisa possuir conheci-
mentos teóricos e técnicos de design. Ou seja, co-
nhecer sobre estruturas de composição, teoria das
cores, tipografia e os conceitos básicos de comuni-
cação visual como: contraste, escala, equlíbrio, si-
20 metria, repetição, entre outros. Utiliza também seu
conhecimento técnico sobre elementos visuais: li-
nhas, formas, padrões, texturas, fotos e ilustrações.

Outro conhecimento importantíssimo nessa


etapa é aquele que diz respeito às ferramentas de
trabalho: os softwares de edição. Na área editorial,
utilizamos programas de editoração (focados na
criação e diagramação de livros, revistas, folhe-
tos, jornais, manuais, guias, cartilhas etc.), sendo o
Adobe InDesign o mais utilizado profissionalmente.
O designer editorial utiliza o programa de editora-
ção em conjunto com outros programas, como um
editor de imagens (Adobe Photoshop) e um pro-
grama de ilustração vetorial (Adobe Illustrator).

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Após a criação e aprovação da capa por parte
da editora, chegamos ao último estágio do processo:
finalizar o arquivo da capa de livro para impressão.

Também usamos a expressão “fechar o ar-


quivo para impressão”. Para isso, o designer utiliza
o mesmo software de editoração que utilizou na
criação e diagramação da capa: o Adobe InDesign. 21
A partir do InDesign é exportado um arquivo em
formato PDF.

O arquivo é enviado para a gráfica em uma pá-


gina só, com as partes da capa (capa, quarta capa,
lombada e orelhas) juntas. Esse arquivo final, além
de estar em alta resolução (300 dpi), apresenta ca-
racterísticas técnicas para impressão em quadri-
cromia (CMYK): sangrias, marcas de corte e marcas
de registro e perfil de cor.

Para capas de e-books, não exportamos um


PDF, mas sim um arquivo JPG em baixa resolu-
ção (72 dpi) e em cores RGB, sem marcas de corte
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ou registro, Considenrando, Considerando que o


e-book (ePub) não tem tamanho fixo.

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