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CAMPOS: ITAMARANDIBA
Itamarandiba
2019
JOSEANE ANDRADE DE SOUSA
Itamarandiba
2019
BANCA EXAMINADORA
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Itamarandiba,
2019
Dedico esse trabalho aos meus pais José Lafaiete
Andrade Santos e Terezinha Moreira de Sousa, com
todo meu amor e gratidão, por tudo que fizeram por
mim ao longo da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que me deu energia e benefícios para concluir esse
trabalho. Agradeço aos meus pais que não mediram esforços para me apoiar em
todos os momentos. Enfim, agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa
etapa decisiva em minha vida. Que Deus sempre esteja com vocês, o meu muito
obrigada!
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas
faz parte do processo da busca.
(Paulo Freire)
SUMÁRIO
Capítulo I Introdução_____________________________________________ 10
Capítulo V Discussão_____________________________________________ 26
Referências ______________________________________________________ 34
LISTA DE SIGLAS
Capitulo I - INTRODUÇÃO
anos finais do Ensino Fundamental, havendo poucos estudos com foco na busca de
alternativas para sanar, ou ao menos, minimizar a questão.
Diante disso, este estudo apresenta como problema de pesquisa: Como o
habito da leitura pode influenciar no rendimento acadêmico dos alunos do Ensino
Fundamental?
Tendo elencado o problema, assume-se como hipótese: a leitura
influência no rendimento dos alunos do Ensino Fundamental, uma vez que quando
se tem o habito de ler, têm-se maior facilidade para apreender informações de todos
os conteúdos.
Ante ao problema e hipótese, e na tentativa de responder ao problema
confirmando ou refutando a hipótese inicial, este estudo assume como objetivos:
investigar a relação entre o hábito da leitura e o desempenho escolar entre alunos
do Ensino Fundamental, bem como resumir a história da leitura, construindo um
possível paralelo entre tal história e o cenário que se tem, atualmente, além disso,
propõe-se analisar a diferença do perfil do aluno que lê para o que não lê e ainda,
discutir os desafios para o hábito de leitura em tempos de internet e, por fim, propor
formas de estimular os alunos ao hábito da leitura.
Tendo elencado o problema, hipótese e objetivos a pesquisa que se
caracterizou por um estudo exploratório, e adotou por metodologia pesquisa literária
para, que conforme Gil (2002) é bastante flexível, uma vez que possibilita a
consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado,
proporcionando a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de
resultados de estudos significativos na prática.
O estudo se justifica, uma vez que diversos autores têm denunciado o
fracasso escolar em alunos dos anos finais do ensino fundamental e a dificuldade
com a leitura está quase sempre associado a isso. Deste modo, discutir os aspectos
relacionados ao tema e ainda apontar meios para superar tal dificuldade pode ser de
grande valia tanto prática quanto teórico, pois apontará meios para estimular a
leitura, bem como poderá servir de subsídios para novos estudos, ou mesmo, para
fundamentar prática dos professores em seu dia a dia.
O estudo está organizado da seguinte forma: Além da introdução, este
estudo apresenta: referencial teórico, no qual discute a fundo o tema em análise,
utilizando de diversas publicações e autores para tal. Após tem-se a metodologia,
neste tópico, apresenta-se o método utilizado para a construção do estudo, após
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2.2 Relação entre o Hábito da Leitura e o Desempenho Escolar nos Anos Finais
do Ensino Fundamental
Sob esse aspecto, é possível fomentar que quanto mais contato se tem
com a leitura, isto é, quanto mais se lê, mais aprimorada se torna a habilidade de
compreensão, em razão do desenvolvimento e ampliação dos conhecimentos
prévios que servirão de base para a compreensão de novas informações. Portanto,
a compreensão envolve uma estreita relação entre o leitor e a leitura e depende de
decodificação e compreensão linguística (DEMBO, 2000; BRACKEN, FISCHEL,
2005).
Ante ao exposto é possível concluir que a leitura é habilidade fundamental
para o bom rendimento acadêmico, alunos que não leem apresentam muitas
dificuldades em todos os conteúdos, logo, esta deve ser uma habilidade explorada e
muito estimulada entre os alunos de todos os anos, sobretudo, durante o Ensino
Fundamental, pois nesta fase, o domínio da leitura será decisivo para seu sucesso
escolar (GUIDETTI, MARTINELLI, 2007).
Uma reflexão e também um desafio que tem surgido nos últimos anos é
como estimular os alunos ao habito da leitura em tempos de internet e redes sociais,
pois como é sabido, a imensa maioria dos adolescentes acessam este recursos e
por ser bastante atrativo para este público ocupa boa parte do seu tempo, além de
provocar desinteresse pela leitura (COELHO, 2008). Diante disso, este é um aspecto
que precisa ser debatido, logo será objeto de discussão do próximo capítulo.
O adolescente, por sua vez, tem considerado a leitura de livros como uma
atividade penosa, preferindo sempre a leitura em meios virtuais, leitura essa quase
sempre despretensiosa, isenta de criticidade. O que de certo modo é negativo para o
desenvolvimento de habilidades importantes para a compreensão do mundo a sua
volta. Portanto, é papel fundamental da escola e reverter este pensamento juvenil e
cativar o jovem a descobrir o significado da leitura. No entanto, a internet tem sido o
maior concorrente dos professores, exigindo destes profissionais muito manejo para
manter a atenção dos alunos (HORELLOULAFARGE; SEGRÉ, 2010).
No entanto, apesar das transformações tecnológicas atingirem direta ou
indiretamente toda a sociedade, o suporte com o qual a criança tem o seu primeiro
contato com a leitura ainda é o livro. Weiss e Cruz (2001) concluem que a criança de
hoje já nasce “mergulhada” no mundo tecnológico. A escola, neste sentido, deve
preparar o futuro cidadão a tornar-se crítico e apto a exercer funções necessárias ao
desenvolvimento da sociedade (COELHO, 2008).
Assim sendo e importante pensar que na era digital, a moeda forte é a
troca de informação, acessível e universal. Independente da natureza da
informação, a tecnologia necessária para transportá-la, editá-la ou armazená-la será
a mesma e estará disponível em todo o mundo. Ainda que a literatura eletrônica
ocupe a preferência entre os adolescentes, o livro impresso não será extinto
(MORO, SOUTO, ESTABEL, 2014).
Moro, Souto e Estabel (2014) argumentam que livro ainda continua
sendo o meio mais econômico, adaptável às circunstâncias, transportável e
consultável de pesquisa e leitura. Novas formas de leitura sempre existiram e
continuarão a surgir na humanidade e, com o passar do tempo, a modernização
poderá causar algumas modificações no modo de apresentação de uma obra.
Outrora, pensava-se que a cultura seria deteriorada com a aceitação do livro. Desde
o advento da imprensa de Gutenberg, questiona-se tal problemática. Positivamente,
a informação chega a um número crescente de pessoas numa velocidade
espantosa.
Evidencia-se que a evolução das técnicas de fabricação e de divulgação
dos textos impressos tornou possível o desenvolvimento da prática de leitura
(HORELLOULAFARGE; SEGRÉ, 2010); porém, defende-se, a partir da provocação
apresentada por Chartier (2002), de que o novo suporte do escrito não significa o fim
do livro ou a morte do leitor.
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Capítulo IV - RESULTADOS
Capitulo V- DISCUSSÃO
de colonização, pois não houve qualquer estimulo por parte da coroa portuguesa
para que o segmento se desenvolvesse no país, somente no final do século XIX que
começaram a surgir as primeiras editoras nacionais, para o público infantil este
movimento foi ainda mais tardio, somente em meados do século XX.
Neste ponto, surge uma crítica feito por diversos autores, dentre os quais
destacam-se Kleiman, (2006), Orlandi (1996), Geraldi (2001), Solé (1998), Marcuschi
(2001), Lodi (2004), Koch (2006), Alves (2008) ao modo como a leitura e tratada nas
escolas, que em sua maioria tenta convencer o aluno que a leitura apresenta um
único sentido. Este autor defende que é preciso romper com a ideia de que os textos
e as obras possuem um sentido intrínseco e absoluto, é preciso compreender que a
leitura se dirige às práticas que, sendo plurais e contraditórias, dão significado ao
mundo e, o significado é subjetivo.
Sendo assim, a leitura não pode ser de modo algum reduzida à
decodificação de signos linguísticos. Deve ser reconhecida como um processo ativo
de construção de conhecimentos que exige diversas capacidades, tais como
perceptuais, motoras, afetivas, sociais, e outras, todas elas fortemente marcadas por
fatores culturais. No entanto, conforme Marcushi (2008) as escolas ainda mantém o
ensino da leitura ligada ao processo de decifração de códigos e signos, sem
aprofundar no entendimento dos significantes que permeiam as letras.
Assim sendo, é preciso resignificar a forma como se trabalha a leitura,
levando o aluno para a construção de um novo paradigma no qual a leitura ocupe
lugar central, capaz de ampliar a compreensão da realidade e, quem sabe até
transformá-la. Manter a leitura no campo da mera codificação de códigos, contribui
para o desinteresse e consequente dificuldades em leitura apresentando por muitos
alunos.
Tendo discutido o que a literatura pesquisada apresenta sobre a história
da leitura e como isto impacta na relação que os alunos estabelecem com ela, é
importante discutir como a relação entre o habito da leitura e o desempenho escolar
entre os alunos dos anos finais ensino fundamental. Sobre isso, a pesquisa remeteu
ao texto de Freire (2008) que discute que a leitura do mundo precede a leitura da
palavra, está afirmação provoca reflexões, uma vez que faz pensar sobre como a
leitura deve ser ensinada.
O estudo conduzido por Simões e Carnielli (2002), em turmas de oitavas
séries do ensino fundamental, que teve por base uma sub-amostra de sete escolas,
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entender que isso vai se refletir em suas práticas e escolhas. Ou seja, a leitura do
adolescente também terá algumas características próprias, pois conforme entende
Margallo (2009) os adolescentes são leitores em trânsito.
Simões e Carnielli (2002) discutem de modo bastante interesse tal
questionamento. Eles argumentam que a leitura deve ser compreendia como um
instrumento norteador e mediador da construção do pensamento. Dizem ainda que
pensar não é uma mera atividade intelectual e filosófica, e sim um fenômeno
complexo construído ao longo da existência do sujeito, que nesse processo ele vai
aos poucos desvendando o mundo a sua volta, a leitura é parte fundamental deste
processo de construção.
Sendo assim, a escola, com toda sua aparelhagem, precisa estimular nos
alunos, no contexto da leitura, a capacidade de pensar, oportunizando seu
desenvolvimento intelectual e não apenas ensinando-o a reproduzir conteúdos.
Orlandi (1988) em sua obra, já defendia que a compreensão de um texto,
independente da forma como se apresenta não pode ser compreendido apenas a
nível referencial. A leitura deve ser feita nas entrelinhas, e a escola deve ser capaz
de estimular isso nos seus alunos.
A leitura é um instrumento básico das formas de pensar em agir, sendo
premente a necessidade de se dar prioridade ao desenvolvimento de tal habilidade,
haja vista que desenvolver o poder de leitura abre caminhos para que o sujeito se
torne capaz de compreender e transformar o mundo ao seu redor.
Fini e Calsa (2006) tanto como Sisto e Martinelli (2006) discutem que, em
nível escolar, deficiências na capacidade de leitura impacta negativamente em todos
os demais campos do conhecimento. Evidencia disso, é o aumento significativo das
estatísticas que apontam o crescimento do fracasso escolar nos anos finais ensino
fundamental. Este fenômeno e atribuído, sobretudo, a deficiência nos domínios da
leitura e escrita.
Para melhor compreender como se dá os processos de desenvolvimento
e compreensão da leitura, recorre-se ao estudo de Sternberg (2000) que defende
que a aquisição de tal habilidade é um comportamento cognitivo verbal que se inicia
quando o leitor entra em contato com algum conteúdo. Percebe-se por meio deste
estudo que o processo de ler envolve várias funções mentais. Assim sendo, quanto
mais contato com a leitura, melhor será o desenvolvimento cognitivo do sujeito nos
anos finais do ensino fundamental.
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Conclui-se, portanto, que quanto maior o contato que o sujeito tiver com a
leitura, melhor será sua capacidade de raciocínio e abstração, tão logo terá maior
facilidade para apreender conteúdos de quaisquer que seja o conteúdo. Durante os
anos finais ensino fundamental está habilidade deve ser amplamente explorada,
uma vez que, o domínio da leitura nessa fase será decisivo para seu sucesso
acadêmico. Além disso, o desenvolvimento das habilidades de ler, compreender,
interpretar e produzir textos é de grande importância, uma vez que confere
possibilidades de acesso ao mundo letrado e, portanto, de exercício da cidadania,
promovendo formas de participação e de integração do indivíduo ao tecido
sociocultural simultaneamente (LIBÂNEO, 2004).
Tendo compreendido a importância da leitura, e constatado que quanto
mais o aluno lê, mais facilidade ele terá para adquirir novos conhecimentos, surge
um desafio, para a classe docente; como estimular o aluno ao hábito da leitura em
tempos de internet e redes sociais?
Sobre isso, a pesquisa remeteu ao estudo de Lajolo (2001) que discute
como a internet influência nos hábitos de leitura dos adolescentes. Este autor
argumenta que o acesso à internet coloca o sujeito diante de uma grande
quantidade de informação, no entanto, nem todos têm acesso a essas informações e
aqueles que acessam, por vezes, não sabem o que fazer com elas, além do mais,
não se interessam muito por conteúdos que possam ser relevantes para sua
formação acadêmica e/ou pessoal, dando maior ênfase aos conteúdos que tratam
de questões banais, quase sempre nada de relevante a acrescentar.
No entanto, Moro Souto e Estabel (2014) em seu estudo, defendem que,
embora, a internet tenha conquista muito espaço entre os adolescentes do mundo
contemporâneo, o livro de papel continua sendo o meio mais indicado para leitura,
isso porque, e o mais barato, adaptável as circunstâncias, transportável e
consultável em qualquer lugar e hora.
Estes mesmo autores discutem ainda o temor que muitos têm sobre o fim
do livro de papel e os impactos que isso trará para a sociedade, sobretudo, para os
sujeitos em fase de aquisição da habilidade de leitura. Sobre isso, argumentam que
ao longo do desenvolvimento da civilização humana, diversas tecnologias se
tornaram obsoletas e foram substituídas por outras, tão logo, não é necessário
pânico se considerar que um dia o livro físico desapareça. A preocupação maior
deve girar em torno das possibilidades em estimular os adolescentes, sobretudo,
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REFERENCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LAJOLO, M. Leitura ainda tem pouca importância no país. Jornal do Brasil. Rio
de Janeiro, 1 abr.. Seção Educação e Trabalho, p. 1-2. 2001.