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Marcio da Cruz Moreira

20182013210092
Tecnólogo em Estrada

Conservação de Estradas
Manual do DNIT (123-143)
 A conservação rotineira e preventiva da rodovia.
  Conservação rodoviária compreende o conjunto de operações rotineiras, periódicas e de
emergência realizadas com o objetivo de preservar as características técnicas e físico-
operacionais do sistema rodoviário e das instalações fixas, dentro de padrões de serviço
estabelecidos.
As tarefas de conservação, conforme exposto, bastante diversificadas, podem ser
enfocadas, em razão de suas naturezas e finalidades específicas, em três grupos básicos, aos
quais se incorporam outros dois grupos de tarefas com finalidades afins, cujas respectivas
execuções podem ser atribuídas às equipes de conservação.
Objetivando a definição/descrição das atividades pertinentes e, para efeito da competente
abordagem, a infra-estrutura viária está desdobrada em 8 componentes/sistemas, em
função de suas respectivas naturezas /finalidades, a saber:
 Terrapleno;
 Pavimento;
 Drenagem e Obras de Arte Correntes;
 Obras de Arte Especiais;
 Canteiros, Interseções, Faixas de Domínio e Áreas de Exploração Recuperadas;
 Segurança e Sinalização;
 Sistema de Iluminação e Instalações Elétricas;
 Sistema de Pesagem de Veículos.
 A conservação rotineira dos sistemas componentes da rodovia.
A conservação corretiva rotineira, é composta de um conjunto de serviços com atividades
implementadas com vistas a sanar ou minimizar algumas patologias rodoviárias, visando
reestabelecer as funções dos componentes das rodovias como os dispositivos de drenagem
(sarjetas, bueiros, valetas de proteção de corte etc.).
Noutro sentido, a conservação preventiva periódica é realizada para evitar o surgimento de
patologias previsíveis. O recapeamento, que consiste na revitalização do pavimento com
aplicação de massa asfáltica, é uma obra característica de uma conservação preventiva
periódica, onde se evitará o surgimento de trincas e buracos, que quando evitadas ou
corrigidas em tempo hábil, poderá assegurar excelentes condições de trafegabilidade. Além
disso, tornam bem menores os custos gerados para os usuários e para o erário público.

As vantagens de um serviço efetivo de conservação rodoviária são substanciais, tanto no


aspecto financeiro, como no aspecto relacionado à diminuição do número de acidentes e do
tempo gasto na viagem.

 Conservação rotineira do terrapleno


Incluídas as estruturas de contenção, tem por finalidade proteger o leito da estrada e manter
as encostas dentro dos padrões normais previstos, preservando-as contra qualquer
desagregação, procurando garantir a estabilidade dos taludes de aterros e de cortes e maciços
naturais, visando à segurança e boas condições de tráfego.
Os danos que devem ser corrigidos podem ser divididos em 2 espécies:
 Os ocorrentes em camadas superficiais, devidos à ação do tráfego e dos agentes
atmosféricos, principalmente a água da chuva.
 Os ocorrentes em camadas mais profundas, causados por infiltrações ou percolações
da água que originam, geralmente, grandes deslizamentos.
Defeitos na plataforma e encostas.
 Na plataforma - A ocorrência de panelas, costelas e valas e de deterioração/desgaste
do revestimento primário ou da camada de rolamento da rodovia em leito natural.
 Nas encostas - A ocorrência de erosão nos aterros e de processos de estabilização nos
maciços.
Ações.
 Reparos de defeitos isolados na plataforma;
 Reconformação da plataforma;
 Recomposição de aterros erodidos;
 Recuperação de maciços instáveis;
 Recuperação do revestimento primário.
 Conservação rotineira do pavimento
Conjunto de operações de conservação que têm como objetivo reparar ou sanar um defeito e
restabelecer o funcionamento dos componentes da rodovia, propiciando conforto e segurança
aos usuários. Serviços destinados à preservação do pavimento nas condições em que ele foi
originalmente construído ou no estado em que foi posteriormente restaurado para que o
desempenho de suas funções básicas durante a vida-útil para o qual foi projetado seja
satisfatório. A conservação não deve ser considerada como um recurso temporário, mas como
um investimento aplicado na infraestrutura rodoviária e na garantia contra uma restauração
dispendiosa.
O objetivo principal da conservação é amenizar os efeitos da deterioração provocados pela
severidade do tráfego e do ambiente e, ao mesmo tempo, recompor a serventia da rodovia por
mais um período.
Tipos de defeitos na pavimentação betuminosa e rígida.
 Na pavimentação betuminosa - a ocorrência de trincas, panelas e afundamentos em
pontos localizados, causados principalmente por problemas no sistema de drenagem,
permitindo infiltração de água na estrutura do pavimento; eventuais pontos fracos;
oxidação do revestimento superficial; exsudações e outros.
 Nos pavimentos rígidos - a ocorrência de problemas de drenagem, recalques, e
defeitos e desgastes nas placas de concreto.
Ações de conservação rotineiras.
 Relativamente aos Pavimentos Betuminosos.
I. Reparo de panelas (tapa-buracos);
II. Selagem de trincas;
III. Reparo de afundamentos de pequena extensão e bordos quebrados;
IV. Correção de exsudações;
V. Restauração da base e da capa de rolamento, em pontos críticos de pequena extensão;
VI. Correção de trincas e depressões;
VII. Execução de capa selante.
 Relativamente aos Pavimentos Rígidos.
I. Resselagem de trincas;
II. Proteção contra o esborcimento;
III. Correção de escamações.
 Conservação rotineira do sistema de drenagem.
A conservação rotineira dos dispositivos de drenagem e obras-de-arte correntes das rodovias
deverá garantir boas condições de captação, escoamento e destinação das águas, para manter
as características de aderência das pistas, preservar as estruturas e oferecer conforto e
segurança aos usuários.
A conservação rotineira dos dispositivos de drenagem das rodovias deverá garantir boas
condições de captação, escoamento e destinação das águas, para manter as características de
aderência das pistas, preservar as estruturas e oferecer conforto e segurança aos usuários.
Tipos de defeitos.
 Insuficiência de vazão em dispositivos implantados, desnivelamentos e
desalinhamentos de manilhas e dispositivos outros, em consequência de movimentos
de solo, de subleito ou das paredes de dispositivos.
 Erosões e empoçamentos, em especial, ao longo de dispositivos de drenagem
superficial.
 Obstrução e entupimento de dispositivos, por deposição e acúmulo de entulhos,
detritos e sedimentos.
 Falhas estruturais, envolvendo a ocorrência de rupturas, fraturas e fendas em
dispositivos vários.
Ações de conservação rotineira: limpeza e reparos.
 Limpeza e reparos de drenagem da plataforma e fora da plataforma - Consiste na
limpeza geral da drenagem superficial existente na plataforma e fora da mesma e na
execução de reparos nos dispositivos, compreendendo a recomposição ou reconstrução
de extensões e/ou pontos danificados de sarjetas, valetas, canaletas, escadas, descidas
de água, meios-fios etc.
 Limpeza e reparos de drenos superficiais e/ou profundos - Consiste na limpeza dos
drenos, de forma a permitir o pleno funcionamento deles, bem como na recomposição
ou reconstrução de extensões e/ou pontos danificados de drenos superficiais e/ou
profundos.
 Limpeza e reparos de bueiros e galerias - Consiste na limpeza e desobstrução dos
bueiros e galerias, incluindo corpo, entradas, saídas e corta-rios, até o limite da faixa
de domínio - bem como na recomposição ou reconstrução de extensões e/ou pontos
danificados.
 Conservação rotineira dos canteiros.
Os trabalhos de conservação rotineira dessas obras envolvem tarefas que podem ser
realizadas com os recursos normais disponíveis das unidades locais do DNIT – tarefas estas,
de vulto e complexidade relativamente pequenas, intituladas de recuperação funcional. Os
serviços de maior vulto, de natureza estrutural, devem ser objeto de contratação especial com
empresas especializadas neste gênero de trabalho, exigindo a elaboração prévia de um projeto.
Tipos de defeitos.
 Obstrução em dispositivos integrantes das OAE;
 Deteriorações e recalques dos pilares e encontros das OAE;
 Trincas nos pilares, encontros, vigas e lajes;
 Falhas estruturais, envolvendo a ocorrência de rupturas, fraturas e fendas em guarda-
corpo e guarda-rodas.
Ações de conservação.
 Limpeza de superfície de concreto;
 Limpeza de dispositivos de drenagem;
 Pintura das obras de arte especiais;
 Reparos não estruturais de pontes, viadutos e passarelas;
 Reparos nas juntas de dilatação e aparelhos de apoio;
 Recuperação de recalques em terraplenos adjacentes;
 Conservação rotineira dos sistemas de segurança e sinalização.
O sistema de segurança e sinalização, tem importância capital para a operação viária e torna-
se cada vez mais essencial à medida que a velocidade do uso das estradas e o volume do
tráfego cresce com a pavimentação e traçados modernos e de rodovias duplas.
Tipos de defeitos.
 Em dispositivos de segurança - Desgaste acentuado e danificações em elementos
componentes, tais como barreiras de concreto e defensas metálicas, cercas e
alambrados, guarda-corpo de obras de arte especiais e elementos para antiofuscamento
e atenuadores de impacto.
 Na Sinalização Horizontal - Desgaste acentuado, anomalias e deposição de detritos -
bem como perda dos atributos de refletividade, das faixas e tachas.
 Na Sinalização Vertical - Desgaste acentuado, anomalias, depredações e furtos - bem
como perda de atributos de legibilidade e refletividade das placas e pórticos.
Ações de conservação.
 O reparo ou a substituição de: barreiras de concreto e defensas metálicas avariadas por
acidentes ou em final de vida útil; cercas e alambrados; guarda-corpos de obras de arte
especiais; e a substituição de peças e de elementos para antiofuscamento e atenuadores
de impacto, quando for o caso.
 A conservação da Sinalização, compreendendo a manutenção da sinalização
horizontal, da sinalização vertical e aérea das rodovias - incluindo tachas e tachões
refletivos, balizadores, marcadores de perigo e delineadores, placas e pórticos e outros
dispositivos pertinentes.
 Os defeitos ocorrentes na rodovia.
Os Defeitos ocorrentes se constituem em anomalias, suscetíveis de incidir sobre qualquer
um dos componentes / sistemas da rodovia, como decorrência, ao longo do tempo, da falta de
conformidade em requisitos específicos e/ou em condições estabelecidas nas competentes
normas.
Os procedimentos adotados na construção e/ou na própria manutenção da via, conjugados à
ação do tráfego e do meio ambiente, podem ter início e evoluir em quaisquer das
componentes/sistemas integrantes da via, mas tendem a se refletir, a curto/médio prazo sobre
as condições operacionais oferecidas pela rodovia, no que respeita aos aspectos
funcionais/estruturais e de segurança para o usuário.
Representação esquemática.
Classificação dos defeitos.

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