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1.0 Apresentação:
Essa proposta de mudança das diretrizes do Plano de Manejo da APA Tamoios
baseia-se num desejo antigo da Administração Municipal que vem desde os
anos 90, quando o Município de Angra dos Reis publicou o seu primeiro Plano
Diretor, através da Lei 162/91. Naquela ocasião, existia um entendimento entre
o governo municipal e a Presidência da FEEMA (hoje INEA), no sentido de que
ao ser publicada a Lei do Plano Diretor do Município de Angra dos Reis, o
Governo do Estado publicaria em simultaneidade, diretrizes de gestão para a
Área de Proteção Ambiental de Tamoios, fato que só veio a acontecer no ano
de 1994, através da publicação do Decreto 20.172/94.
A APA de Tamoios foi criada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro através
do Decreto nº 9452, de 5 de dezembro de 1982, tomando como base a Lei
Estadual nº 1.130, de 12 de fevereiro de 1987. A Lei nº 1.130/87 define as
áreas de interesse especial do Estado e dispõe sobre os imóveis de área
superior à 1.000.000 m² (Hum milhão de metros quadrados) e imóveis
localizados em áreas limítrofes de municípios, para efeito do exame e anuência
prévia a projetos de parcelamento de solo para fins urbanos, a que se refere o
art. 13 da Lei nº 6.766/79.
O art. 3º da Lei nº 1.130/87 diz que são Áreas de Interesse Especial do Estado:
I - Áreas de preservação de matas e capoeiras;
II - Áreas de preservação e proteção dos manguezais;
III - Áreas de proteção de mananciais;
IV - Áreas de proteção da orla marítima;
V - Áreas de proteção de patrimônio cultual;
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Quadro nº 1: Esse quadro mostra a relação de ilhas com área de até 10.000
m² que ocorrem nas baías da Ribeira, Jacuecanga e Ilha Grande. Nele são
relacionadas 25 (vinte e cinco) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a
localização, a área, o perímetros, a legislação incidente (municipal, estadual e
federal) e a situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível
verificarmos, por exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha
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e/ou as propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era
o zoneamento municipal, qual era o zoneamento na APA Tamoios etc.
Quadro nº 2: Esse quadro mostra a relação de ilhas com áreas entre 10.000
m² e 20.000 m² que ocorrem nas baías de Jacuecanga, Ribeira e Ilha Grande.
Nele são relacionadas 21 (vinte e uma) ilhas, sendo apresentados os seus
nomes, a localização, a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal,
estadual e federal) e a situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é
possível verificarmos, por exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado,
a ilha e/ou as propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções,
qual era o zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA de Tamoios
etc.
Quadro nº 3: Esse quadro mostra a relação de ilhas com áreas entre 20.000
m² e 30.000 m² que ocorrem nas baías de Jacuecanga, Ribeira e Ilha Grande.
Nele são relacionadas 08 (oito) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a
localização, a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal, estadual e
federal) e a situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível
verificarmos, por exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha
e/ou as propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era
o zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA Tamoios etc.
Quadro nº 4: Esse quadro mostra a relação das ilhas com áreas entre 30.000
m² e 50.000 m² que ocorrem nas baías de Jacuecanga, Ribeira e Ilha Grande.
Nele são relacionadas 14 (quatorze) ilhas, sendo apresentados os seus nomes,
a localização, a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal, estadual e
federal) e a situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível
verificarmos, por exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha
e/ou as propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era
o zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA Tamoios etc.
Quadro nº 5: Esse quadro mostra a relação das ilhas com área entre 50.000
m² e 100.000 m² que ocorrem nas baías de Jacuecanga, Ribeira e Ilha Grande.
Nele são relacionadas 15 (quinze) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a
localização, a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal, estadual e
federal) e a situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível
verificarmos, por exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha
e/ou as propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era
o zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA Tamoios etc.
Quadro nº 6: Esse quadro mostra a relação de ilhas com áreas entre 100.000
m² e 200.000 m² que ocorrem nas baías da Ribeira e Ilha Grande. Nele são
relacionadas 11 (onze) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a localização,
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Quadro nº 7: Esse quadro mostra a relação das ilhas com área entre 200.000
m² e 500.000 m² que ocorrem nas baías da Ribeira e Ilha Grande. Nele são
relacionadas 08 (oito) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a localização,
a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal, estadual, federal) e a
situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível verificarmos, por
exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha e/ou as
propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era o
zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA Tamoios etc.
Quadro nº 8: Esse quadro mostra a relação das ilhas com área entre 500.000
m² e 1.000.000 m² que ocorrem nas baías da Ribeira e Ilha Grande. Nele são
relacionadas 03 (três) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a localização,
a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal, estadual e federal) e a
situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível verificarmos, por
exemplo, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha e/ou as
propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era o
zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA Tamoios etc.
Quadro nº 9: Esse quadro mostra a relação das ilhas com área superior a
1.000.000 m² que ocorrem nas baías da Ribeira e Ilha Grande. Nele são
relacionadas 04 (quatro) ilhas, sendo apresentados os seus nomes, a
localização, a área, o perímetro, a legislação incidente (municipal, estadual e
federal e a situação nos anos de 1996 e 2004. Nesse quadro é possível
verificarmos, se na época em que o quadro foi elaborado, a ilha e/ou as
propriedades nela incluídas possuía RIP, se havia construções, qual era o
zoneamento municipal, qual era o zoneamento da APA Tamoios etc.
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Direito Adquirido - é um direito fundamental, alcançado constitucionalmente, sendo
encontrando no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, bem como na lei de Introdução ao Código Civil,
em seu art. 6º, § 2º. A Constituição Federal restringe-se em descrever “A lei não prejudicará o direito
adquirido, o ato ...
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Desapropriação Indireta - Desapropriação indireta é o fato administrativo pelo qual o Estado
se apropria do bem particular, diminuindo o seu valor econômico sem observância dos requisitos da
declaração e da indenização prévia. Costuma ser equiparada ao esbulho podendo ser obstada por meio
de ação possessória.
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Brava
5. Piraquara de Fora ZAOC --------- ZP
6. Litoral entre a ponta ZR-3 --------- ZC
do Coibá e Saco do
Sítio
7. Ponta da Quitumba ZIAP --------- ZIRT
8. Saco do Grataú ZIT-1 --------- ZC
9. Praia do Recife ZIAP --------- ZIRT
10. Santa Rita do Bracuí ZORDE -------- ZOC-2
11. Manguezal da ZUEP -------- ZP/ZOC-2
Japuíba – área 06
- AEROPORTO
12. Vila da Petrobrás ZAOC --------- ZP
(Área livre -
corredor de
vegetação)
ILHAS ZONEAMENTO DO ZONEAMENTO APA
MUNICÍPIO TAMOIOS
1 Piedade ZEIATOC-1 ZCVS ZC
2 Papagaio ZEIATOC-4 ZC
3 Josefa ZEIATOC-2 ZC
4 Brandão ZEIATOC-3 ZOR
5 Redonda / do Meio ZEIATOC-1 ZC
6 Pau a Pino ZEIATOC-2 ZP
7 Itanhangá ZEIATOC-4 ZOR
8 Catitas ZEIATOC-1 ZOR
9 Palmeiras ZEIATOC-6 ZOR
10 Pinto ZEIATOC-2 ZC
11 Cunhambebe ZEIATOC-5 ZP
Grande
12 Boqueirão ZEIATOC-1 ZP
13 Pasto ZEIATOC-2 ZP
14 Flechas ZEIATOC-2 ZOR
15 Cavaco ZEIATOC-4 ZOR
16 Cavaquinho ZEIATOC-2 ZC
17 Pimenta ZIAP ZIET
18 Cavala ZEIATOC-3 ZC
19 Coqueiros ZEIATOC-5 ZOR
20 Capítulo ZEIATOC-3 ZP
21 Cabrito ZIAP ZIET
22 Aterrado ZIAP ZIET
23 Murta ZEIATOC-2 ZOR
24 Pequena ZEIATOC-1 ZOR
25 dos Bois ZEIATOC-2 ZOR
26 Sundara ZEIATOC-1 ZOR
27 Bonfim ZIAP ZOR
28 Almeida ZEIATOC-2 ZOR
29 Coqueiros (2) ZIAP ZIET
30 Calombo ZEIATOC-2 ZP
31 Guaxuma ZEIATOC-1 ZOR
32 Peregrino ZEIATOC-2 ZC
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2.3. Litoral entre praia das Pedras e praia Brava - é uma área livre de
edificações, recoberta em parte por vegetação de mata atlântica modificada que não
possui grande importância ecológica, a não ser pela sua capacidade de isolamento do
costão rochoso localizado a jusante. O art. 17 da Lei nº 2.091/09 diz que a categoria
de zoneamento municipal descrita para a área é ZAOC (Zona de Interesse Ambiental e
de Ocupação Coletiva), que é definida como “área pública de proteção ambiental que
não possui subdivisões nem pode ser motivo de parcelamento de solo, sendo
destinada ao uso coletivo de recreação, lazer e estrutura de apoio turístico,
administrado pelo Poder Público ou sob forma de concessão para a iniciativa privada”.
O plano de manejo da APA de Tamoios diz que o zoneamento da área pertence a
categoria de zoneamento ZC (já apresentada anteriormente), o que inviabiliza a
ocupação da área com equipamentos de infraestrutura de apoio turístico, recreação e
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lazer. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de Manejo da APA
Tamoios, identificado para a área.
2.4. Saco da Piraquara de Fora - O art. 17 da Lei nº 2.091/2009, diz que ZAOC é
Zona de Interesse Ambiental e de Ocupação Coletiva sendo essa categoria de
zoneamento definida como “área pública de proteção ambiental que não possui
subdivisões nem pode ser motivo de parcelamento de solo, sendo destinada ao uso
coletivo de recreação, lazer e estrutura de apoio turístico, administrado pelo Poder
Público ou sob forma de concessão para a iniciativa privada”. O art. 17 do plano de
manejo da APA de Tamoios diz que o Saco da Piraquara de Fora é ZP, cujas diretrizes
garantem a preservação integral dos ecossistemas com restauração do seu estado
original e; a proibição do parcelamento do solo; a proibição da supressão de qualquer
tipo de vegetação salvo manejo destinado à sua recuperação; a proibição de
construções, exceto obras de utilidade pública que, comprovadamente, não possam ser
alocadas em outras áreas, bem como obras indispensáveis à pesquisa científica e à
administração e fiscalização da APA; a permissão para atividades de pesquisa científica
e ecoturismo, restauração e educação ambiental, desde que não necessitem obras de
infraestrutura permanentes; e a proibição, para efeito de reflorestamento, do plantio
de espécies exóticas. A incompatibilidade entre as categorias de zoneamento ZAOC e
ZP está no uso da área, onde ZAOC permite uso coletivo e ZP inviabiliza qualquer uso a
não ser a preservação. Esse é o conflito entre ZAOC e ZP, para a área em questão.
2.6. Ponta da Quitumba – a Ponta da Quitumba está localizada no Frade. Pelo Plano
Diretor Municipal é ZIAP (Zona de Interesse Ambiental de Proteção), descrita nos art.
13 e 14 da Lei nº 2.091/09 e difere do uso previsto no plano de manejo da APA
Tamoios, que a considera como área passível de utilização com finalidade Residencial e
Turística (ZIRT). A Zona de Interesse Ambiental de Proteção (ZIAP) é uma categoria
de zoneamento proposta para aquelas áreas que se caracterizam por possuir atributos
naturais de excepcional beleza cênica ou de importância à manutenção dos processos
ecológicos essenciais a vida em todas as suas formas, destinando-se, portanto, à
proteção do Patrimônio Ambiental, Cultural, Histórico e Paisagístico do Município,
reservando-se o seu uso à proteção, conservação e uso controlado dos ecossistemas e
espécies e à manutenção da paisagem natural, enquanto que o art. 26 do Decreto nº
44.175/13, diz que a categoria de zoneamento ZIRT “é constituída por áreas que
apresentam certo nível de degradação ambiental, mas com a presença de fragmentos
de ecossistemas de relevância ecológica e paisagens que favorecem a ocupação
turística de baixa densidade e residencial”. Na época em que foi elaborada e publicada
a Lei nº 2.091/09, a Ponta do Quitumba ainda estava em bom estado de conservação,
embora no ano de 2005, a SQUALO CONSULTORIA tenha apresentado EIA/RIMA ao
INEA solicitando licenciamento ambiental para a implantação de empreendimento
turístico-hoteleiro. Após a obtenção da licença, a SQUALO CONSULTORIA implementou
obras de engenharia que foram embargadas pelo MPRJ, uma vez que degradaram
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municipal ZC-2 (Zona Comercial – 2). Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal
e o Plano de Manejo da APA Tamoios, para a área em questão.
o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de Manejo da APA Tamoios, para a
área em questão.
2.11. Ilha da Piedade – essa ilha, na 1ª revisão do Plano Diretor Municipal recebeu
a categoria de zoneamento ZEIATOC-1, porque na época em que foram realizados os
estudos preparatórios à modificação da Lei nº 162/91 (Plano Diretor Municipal), a ilha
vinha sendo utilizada pela Revista Caras como centro de visitação e acolhimento de
visitantes. Hoje, no entanto, a ilha não mais ocupa a função de atendimento aos
hóspedes da Revista Caras, embora mantenha-se ainda como ZEIATOC-1 cuja
definição é Zona Especial de Interesse Ambiental, Turístico, de Ocupação Controlada-1.
A ZEIATOC-1 é uma categoria de zoneamento com características ambientais e
atrativos turísticos naturais, com enfoque unicamente residencial unifamiliar, o que
caracteriza dizer que é uma categoria de zoneamento de baixo impacto ambiental. Na
APA de Tamoios a Ilha da Piedade é Zona de Conservação (ZC), cujas características
de zoneamento afiguram semelhança ao que é proposto na Lei do Zoneamento
Municipal.
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2.13. Ilha Redonda ou Ilha do Meio - O Plano de Manejo da APA Tamoios (Decreto
nº 44.175/13) denomina a Ilha Redonda (que fica ao lado da Ilha Josefa) de Ilha do
Meio. Tanto o Plano de Manejo da APA Tamoios quanto o Plano Diretor Municipal
devem utilizar a mesma denominação para o mesmo acidente geográfico.
imóvel, pois se nele existir uma edificação, qualquer reforma só poderá acrescer a área
desse imóvel em 50% porém se o imóvel for desprovido de edificação, nada poderá
ser construído nele. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de
Manejo da APA Tamoios, identificado para a ilha em questão.
uso da ilha, uma vez que quando foi elaborado o 1º Plano Diretor Municipal (Lei nº
162/91), a base cartográfica municipal se utilizou de mapas do Ministério do Exército,
que não distinguiam a ilha do manguezal. Foi a partir desta ação na Justiça Estadual,
que o município de Angra dos Reis, passou a se utilizar de uma base cartográfica de
maior precisão, distinguindo a Ilha do Boqueirão do Manguezal do Saco do Bracuí, que
a circunda. O Plano de Manejo da APA Tamoios não identifica a Ilha do Boqueirão,
distinguindo-a como ilha. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de
Manejo da APA Tamoios, identificado para a ilha em questão.
2.19. Ilha das Flechas – o Plano de Manejo da APA Tamoios identifica o zoneamento
ambiental da Ilha das Flechas como ZOR, enquanto que o art. 12, item II, da Lei nº
2.091/09 (Lei do Zoneamento) do Plano Diretor Municipal a classifica a ilha como
ZEIATOC-2 “zona com características ambientais e atrativos turísticos naturais com
enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e de turismo, com implantação
de meios de hospedagem com até 10 UHs e outros equipamentos de serviços e apoio
à atividade turística”. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de
Manejo da APA Tamoios, identificado para a ilha em questão.
Plano Diretor Municipal e o Plano de Manejo da APA Tamoios, identificado para a ilha
em questão.
2.30 – Ilha dos Bois - o Plano de Manejo da APA Tamoios identifica o zoneamento
ambiental da Ilha dos Bois como ZOR (Zona de Ocupação Restrita), enquanto que o
art. 12, item II, da Lei nº 2.091/09 (Lei do Zoneamento) constante do Plano Diretor
Municipal identifica o zoneamento como ZEIATOC-2, que significa “zona com
características ambientais e atrativos turísticos naturais com enfoque residencial
unifamiliar e multifamiliar horizontal e de turismo, com implantação de meios de
hospedagem com até 10 UHs e outros equipamentos de serviços e apoio à atividade
turística”. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de Manejo da APA
Tamoios, identificado para a ilha em questão.
2.34 Ilha dos Coqueiros (2) - o Plano de Manejo da APA Tamoios identifica o
zoneamento ambiental da Ilha dos Coqueiros (2) como ZIET (Zona de Interesse para
Equipamentos Turísticos). O art. 22 do Decreto nº 44.175/13 define o que é ZIET
como sendo uma ”zona constituída por áreas de baixa ocupação, nas quais os
ecossistemas nativos encontram-se alterados por atividades antrópicas e que, por suas
características naturais, potencial de capacidade de suporte e vulnerabilidade
socioeconômica das comunidades do entorno, apresentam vocação para contribuir
para o desenvolvimento turístico da Baía da Ilha Grande, sendo, por estas razões as
novas edificações destinadas exclusivamente à implantação de equipamentos turísticos
de baixo impacto ambiental e de alta sustentabilidade ambiental”. Este artigo é
subdividido em dois parágrafos onde o § 1º diz: “Os empreendimentos turísticos
objeto de licenciamento deverão apresentar Relatório Ambiental Simplificado” e § 2º:
“Os meios de hospedagem, como hotéis ou pousadas, não poderão ultrapassar 30
(trinta) unidades habitacionais e 90 (noventa) leitos. O zoneamento ambiental
estabelecido pela Lei nº 2.091/09 identifica para a Ilha dos Coqueiros (2) a categoria
de zoneamento ZIAP (Zona de Interesse Ambiental de Proteção). Esse é o conflito
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entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de Manejo da APA Tamoios, identificado para
a ilha em questão.
2.38 Ilhas Duas Irmãs Menor - o Plano de Manejo da APA Tamoios identifica o
zoneamento ambiental das Ilhas Duas Irmãs Menor como ZOR (Zona de Ocupação
Restrita), enquanto que a Lei nº 2.091/09 (Lei do Zoneamento) constante do Plano
Diretor Municipal identifica o zoneamento como ZEIATOC-1, que significa “zona com
características ambientais e atrativos turísticos naturais com enfoque unicamente
residencial unifamiliar”. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de
Manejo da APA Tamoios, identificado para a ilha em questão.
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2.39 Ilhas Duas Irmãs Maior - o Plano de Manejo da APA Tamoios identifica o
zoneamento ambiental das Ilhas Duas Irmãs Maior como ZOR (Zona de Ocupação
Restrita), enquanto que a Lei nº 2.091/09 (Lei do Zoneamento) constante do Plano
Diretor Municipal identifica o zoneamento como ZEIATOC-1, que significa “zona com
características ambientais e atrativos turísticos naturais com enfoque unicamente
residencial unifamiliar”. Esse é o conflito entre o Plano Diretor Municipal e o Plano de
Manejo da APA Tamoios, identificado para a ilha em questão.
3.1 A Ilha de Macacos não tem correspondência com o Plano Diretor Municipal,
assim como as ilhas de Pombas, Japariz, Aroeira, Comprida (IG), Redonda (5), Longa,
Meros, Armação Oeste, Armação do Leste, Guriri, Amolá, Mocegos, Macedo e Jorge
Grego.
4.0 Conclusão:
ambiental e o Plano de Manejo da APA Tamoios planeja o uso do solo com ênfase na
preservação dos ecossistemas.
4.2 Na maior parte das vezes observamos que a intenção do Plano de Manejo
da APA Tamoios é suplantar o que o Plano Diretor prevê para as áreas municipais,
destinando a elas funções conservacionistas e/ou preservacionistas, como se estivesse
tentando frear o desenvolvimento municipal. É importante termos em mente, que a
Área de Proteção Ambiental é uma categoria de unidade de conservação que visa a
conciliação entre o crescimento econômico e a proteção ambiental. Se fosse para
preservar os ecossistemas, a unidade de conservação obviamente não seria uma APA,
mas outra com diretrizes mais rígidas. Não há como excluir o homem e a cidade de
Angra dos Reis do território por ela ocupado.