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007 - Manual Do Sondador
007 - Manual Do Sondador
MANUAL DO SONDADOR
pela Faculdade de Engenharia Civil
e Ambiental da Universidade de explique tudo. Você veio à escola para aprender e aperfeiçoar o seu trabalho. Não perca essa instrumentação de obras e
educação profissional.
Brasília e Doutoranda em oportunidade.
Geotecnia pela Faculdade de
Engenharia Civil e Ambiental da
Aqui está a sua chance de voltar a estudar e melhorar sua vida. O IFB oferece muitos cursos
Universidade de Brasília. Docente técnicos que dão a chance de você aprender mais e crescer na sua carreira. A escola existe
CARLOS PETRÔNIO LEITE DA
no Instituto Federal de Brasília - para você. SILVA possui graduação em
Campus Samambaia, atuando nas
componentes: Mecânica dos Solos, Na sua escola, procure informações sobre o PROEJA, cursos especialmente preparados para Engenharia Civil pela
Fundações, Instalações adultos. Os professores terão a paciência que você precisa para aprender mais e ensinar o Universidade Federal do
Hidro-sanitárias. Coordenadora do Amazonas (2004), Mestrado em
Programa Mulheres na Construção
que já sabe aos seus colegas. Geotecnia pela Universidade de
e Coordenadora Adjunta do Brasília em 2007 e Doutorado
Pronatec Campus Samambaia. em Geotecnia pela Universidade
de Brasília em 2011. Atualmente
é membro do grupo de pesquisa
MANUAL DO SONDADOR
MARIA TÂMARA DE MORAES em Geotecnia da Universidade
GUIMARÃES SILVA possui Federal do Amazonas, membro
graduação em Engenharia Civil do grupo de pesquisa em
pela Universidade Estadual de Cartografia Geotécnica e
Goiás e Mestrado em Geotecnia Geoprocessamento da
pela Universidade de Brasília. Universidade de Brasília.
Possui experiência na área de Trabalha como Docente no
Engenharia Civil, com ênfase em Instituto Federal de Brasília no
geotecnia, atuando principalmente Campus Samambaia. Tem
nos seguintes temas: pavimentação, experiência na área de
solos não saturados e análises de Wilson Conciani (Coordenador) Engenharia Civil, com ênfase em
risco. Experiência profissional Geotecnia, atuando
como docente do curso de Carlos Petrônio Leite da Silva principalmente nos seguintes
Engenharia Civil da Universidade temas: cartografia geotécnica,
Estadual de Goiás e como analista Conceição de Maria Cardoso Costa geoprocessamento, mapeamento
de projetos de infraestrutura de 3D de subsolo e mapeamento
transportes no Departamento Joseleide Pereira da Silva geotécnico.
Nacional de Infraestrutura em
Transportes - DNIT. Atualmente Maria Tâmara de Moraes Guimarães Silva
atua como docente no Instituto
Federal de Brasília, atuando nas
componentes de Mecânica dos
Solos, Fundações, Processos
Construtivos, Planejamento e
Controle de Obras e Manutenção Ministério da
Predial. Educação
CAPÍTULO 1
SONDAGENS E SONDADORES
Manual do Sondador
Wilson Conciani (Coordenador)
Carlos Petrônio Leite da Silva
Conceição de Maria Cardoso Costa
Joseleide Pereira da Silva
Maria Tâmara de Moraes Guimarães Silva
EDITORA IFB
Brasília–DF
2013
1
REITOR
Wilson Conciani
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
Adilson Cesar de Araujo
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
Giano Luiz Copetti
PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO
Simone Cardoso dos Santos Penteado
Manual do Sondador
Wilson Conciani (Coordenador)
Carlos Petrônio Leite da Silva
Conceição de Maria Cardoso Costa
Joseleide Pereira da Silva
Maria Tâmara de Moraes Guimarães Silva
EDITORA IFB
Brasília–DF
2013
© 2013 EDITORA IFB
Todos os direitos desta edição reservados à Editora IFB.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer meio, eletrônico ou
mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualque tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia
autorização, por escrito, da Editora do IFB.
Conselho Editorial Carlos Cristiano Oliveira de Faria Almeida Luiz Diogo de Vasconcelos Junior
Cristiane Herres Terraza Marco Antonio Vezzani
Francisco Nunes dos Reis Júnior Reinaldo de Jesus da Costa Farias
Gabriel Andrade Lima de Almeida Renato Simões Moreira
Gustavo Abílio Galeno Arnt Richard Wilson Borrozine de Siqueira
Juliana Rocha de Faria Silva Tatiana de Macedo Soares Rotolo
Katia Guimarães Sousa Palomo Vanessa de Assis Araujo
Luciano Pereira da Silva Vinicius Machado dos Santos
ISBN 978-85-64124-15-8
CDU 624.131.3
APRESENTAÇÃO
Caro estudante, você está recebendo uma apostila para suas aulas no
Curso de Sondador de Solos. Esta apostila reúne a experiência de campo dos
sondadores brasileiros e um pouco dos estudos de professores dedicados.
Se você tiver dificuldade para entender o que está escrito aqui, peça
ao seu professor que lhe explique tudo. Você veio à escola para aprender e
aperfeiçoar o seu trabalho. Não perca essa oportunidade.
Aqui está a sua chance de voltar a estudar e melhorar sua vida. O IFB
oferece muitos cursos técnicos que dão a chance de você aprender mais e
crescer na sua carreira. A escola existe para você.
APROVEITE!
OS AUTORES
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO�����������������������������������������������������������������������������5
SONDAGENS E SONDADORES������������������������������������������������������9
AULA 1 – INTRODUÇÃO������������������������������������������������������������������� 9
AULA 2 – SONDAGENS�������������������������������������������������������������������� 12
AULA 3 – ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS������������������������������� 15
AULA 4 – TIPOS DE SOLOS�������������������������������������������������������������� 19
AULA 5 – AMOSTRAGEM DE SOLOS����������������������������������������������� 28
SONDAGENS A TRADO���������������������������������������������������������������47
AULA 10 – SPT���������������������������������������������������������������������������������� 57
AULA 11 – COMO PREENCHER O BOLETIM DE CAMPO���������������� 62
AULA 12 – COISAS DO DIA A DIA��������������������������������������������������� 64
AULA 13 – OS EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM SPT��������������������� 69
AULA 14 – O QUE INFLUI NO VALOR DO NSPT����������������������������� 82
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE���������������������������������������������������87
O SONDADOR E A SAÚDE��������������������������������������������������������109
CAPÍTULO 1
SONDAGENS E SONDADORES
AULA 1 – INTRODUÇÃO
10
CAPÍTULO 1
Esta é a Torre de Pisa, na Itália. Olhe como parece que vai cair.
SONDAGENS E SONDADORES
Fonte: http://www.morguefile.com/
Vem daí a pergunta: o que se pode fazer para evitar problemas como
os da torre de Pisa?
11
AULA 2 – SONDAGENS
O que é sondagem?
Para isso são usadas diversas técnicas. Cada técnica tem um propósito
e é usada para um tipo de solo ou obra. Para que as sondagens possam
atender aos objetivos dos construtores e projetistas, existem mais de 500
tipos diferentes de sondagens. Neste curso, serão vistas as mais comuns.
Tipos de sondagens
TRINCHEIRA
12
CAPÍTULO 1
Esta é uma trincheira para observar o solo e coletar amostras.
SONDAGENS E SONDADORES
FONTE: Wilson Conciani
POÇO
13
Existem ainda sondagens do tipo semidireto, em que há coleta de
amostras, mas não há observação do solo, a não ser por amostras. Dentre
essas estão:
■■ trado; e
■■ rotativa.
■■ sondagem elétrica;
■■ sondagem sísmica;
■■ provas de carga;
■■ ensaios de permeabilidade.
Esses são apenas alguns dos muitos tipos de ensaios diferentes. Cada
um com seu objetivo e equipamento pode conseguir informações do solo
que melhor se ajuste ao projeto ou à obra.
14
CAPÍTULO 1
AULA 3 – ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS
O SOLO
SONDAGENS E SONDADORES
A palavra solo é pouco usada no dia a dia, às vezes se chama de terra,
outras vezes de solo. Também se usa a palavra chão ou terreno. Porém, cada
uma dessas palavras tem um sentido diferente. Então:
15
O solo pode ser escavado em enxadas, pás e picarentas.
16
CAPÍTULO 1
O solo surge da transformação das rochas. O nome técnico dessa
transformação é intemperismo. A próxima figura mostra como isso acontece.
SONDAGENS E SONDADORES
vento, o calor e o frio são formas de intemperismo.
Perfil de solo
17
Esta figura mostra um perfil de solo já desenvolvido.
Essas origens dos solos dão importantes informações para quem faz projetos
ou para quem executa obras de barragens, minas, estradas e outras parecidas.
Por isso, é muito importante que o sondador descreva bem o solo que
encontrou. Somente com essas informações será possível saber se o solo é
bom ou não para o trabalho desejado.
18
CAPÍTULO 1
AULA 4 – TIPOS DE SOLOS
SONDAGENS E SONDADORES
identificação dos solos. Alguns desses métodos exigem testes de laboratório.
Outros podem ser usados no campo com alguns equipamentos especiais. Outros
métodos ainda podem ser aplicados simplesmente usando as mãos e os olhos.
Pedregulho
Areia
A NBR 6502 é uma norma, que estabelece os nomes dos solos para
cada tamanho. De acordo com essa norma, os solos são classificados como
no quadro seguinte.
19
NBR – esta sigla é a abreviação de Norma Brasileira. A norma é um
padrão de trabalho para todo o Brasil. As normas são feitas pela ABNT
– Associação Brasileira de Normas Técnicas e tem valor de lei. Quando
não há normas brasileiras sobre um assunto, toma-se como base a
norma de outro país.
Pedregulho 60 – 2,0
Para que possa que ter uma boa ideia de cada um destes tamanhos
pegue uma régua e marque esses limites. Veja, 60 mm são 6 cm, 2,0 mm
são duas linhas ou dois pequenos traços da régua. Então um pedregulho
tem tamanho muito variável. Pode-se dizer que um pedregulho não cabe
na mão se ele tiver o maior tamanho. Por outro lado, o menor pedregulho
quase não pode ser visto quando colocado na palma da mão.
O que se pode dizer então do silte ou da areia fina é que são tão
pequenos que não podem ser medidos com a régua.
20
CAPÍTULO 1
Esta separação em tamanhos é fácil de fazer no laboratório. Para
fazer a separação dos tamanhos os laboratoristas usam peneiras de todos os
tamanhos marcados no quadro.
SONDAGENS E SONDADORES
o que comumente chamamos de barro. O silte não é tão fácil assim, mas
pode ser considerado um solo no meio da argila e da areia.
O tato e a visão são dois sentidos do corpo. A visão é dada pelos olhos
– é aquele que enxerga. O tato é sentido do toque. Quando se toca um
pano, é possível sentir a sua maciez. Quando se toca em algo quente
,é possível sentir o seu calor. Quando se toca em um espinho, sente-se
a sua picada. A principal responsável pelo tato é a mão, mas outras
partes do corpo também sentem. Há ainda outros sentidos como o
olfato, que sente os cheiros, e o paladar, que sente o gosto das coisas
que se põe na boca. O conjunto dos sentidos permite que se faça um
reconhecimento do mundo que nos rodeia.
■■ separar os grãos visíveis daqueles que não podem ser vistos a olho nu; e
21
Identificação tátil do solo - verificação da aspereza.
O monte que for maior é o que vai dar nome ao solo. Se na mão o
maior monte for de pedregulhos então o solo é chamado de pedregulho. Se
a maior parte for de areia então o solo é chamado de areia.
Quando as partes são quase iguais, o solo pode ter dois nomes. Por
exemplo, se o monte maior for de pedregulho, mas a parte de areia ainda
for grande, então o solo se chama pedregulho arenoso. Se for o contrário,
o monte areia for maior, então o nome do solo é areia pedregulhosa. Pode
acontecer do solo ser um pedregulho mas ter um pouco de areia, Nesse
caso, o nome do solo é pedregulho com pouca areia. Do mesmo jeito todos
os solos seguem esse mesmo modo.
Contudo, nem sempre é tão fácil separar os solos. Muitas vezes o solo
também tem silte e argila ou até areia fina. Esses materiais não podem ser
separados a olho nu, e, nesse momento, se utiliza o tato.
22
CAPÍTULO 1
■■ fazer uma bolinha de solo com mais ou menos, 2 cm de tamanho
– somente solos plásticos permitem fazer a bolinha; as areias não
formam bolinhas;
SONDAGENS E SONDADORES
e forte;
23
Os solos podem ter as classificações tátil-visual do quadro seguinte.
Solo Classificação
Areia Areia
Silte Silte
Argila Argila
Pedregulho Pedregulho
24
CAPÍTULO 1
Substantivo é alguma coisa concreta, como, por exemplo, uma pedra,
uma bolinha. O substantivo também pode ser algo mais abstrato, como
por exemplo, a beleza, o pensamento.
SONDAGENS E SONDADORES
Adjetivo é a qualidade de alguma coisa, como, por exemplo, bonito,
alto, magro, amarelo.
A cor é um dado que ajuda a identificar o solo. Embora ela não seja
um dado perfeito, em muitos casos a cor ajuda a identificar o solo, por
exemplo; todo solo orgânico é cinza escuro ou preto.
As cores abaixo foram tiradas da NBR 7250 e podem ser usadas para
descrever o solo. Cada solo só pode ser de uma cor.
Padrão Cor
Preta
Cinza
Vermelha
Marrom
Amarela
Roxa
25
Pode acontecer de um solo apresentar duas cores distintas. Nesse
caso, não se põe duas cores, a cor a ser anotada é variegado.
Por exemplo:
RESUMO
■■ Areias e pedregulhos podem ser separados a olho nu;
■■ as areias podem ser separadas das argilas pelo teste da bolinha areia não
permite formar bolinhas e, ao ser sacudida, a bolinha de argila não brilha;
26
CAPÍTULO 1
■■ as areias podem ser separadas dos siltes no teste da bolinha areia não
permite formar bolinha e, quando apertada entre os dedos, a bolinha
que tem silte se achata formando trincas;
SONDAGENS E SONDADORES
que brilha tem silte, a que não brilha quando sacudida tem argila;
além disso, bolinha de argila se achata sem quebrar;
■■ a cor do solo é aquela que tem mais aparência quando o solo está
úmido;
27
AULA 5 – AMOSTRAGEM DE SOLOS
Tamanho da amostra
O tamanho da amostra depende do que vai ser feito com ela. Para
a identificação do solo no método tátil–visual bastam alguns gramas. Essa
amostra deve encher a mão do sondador. Se a amostra vai ao laboratório,
para cada caso existe um tamanho, e esse está descrito na NBR 6457.
28
CAPÍTULO 1
Acondicionamento da amostra
SONDAGENS E SONDADORES
resistentes para suportar o peso da amostra e não devem rasgar ou furar com
pedregulhos presentes na amostra.
Etiquetas
Cada amostra deve ser marcada com uma etiqueta. A etiqueta deve
ser colada ou amarrada na parte externa da embalagem. Uma etiqueta
igual deve ser colocada dentro do saco que carrega a amostra. Essa etiqueta
que fica dentro da embalagem e junto com a amostra deve ser protegida
por um outro saco plástico, pequeno e bem fechado. Essas duas etiquetas
são necessárias porque é comum a perda ou dano devido a choques ou
umidade. A seguir mostra-se uma etiqueta com as informações mínimas.
Obra:
Cliente:
Endereço:
Data:
Solo:
Furo: Amostra:
Profundidade:
Sondador:
29
Essa etiqueta deve ser colocada na hora em que a amostra for colhida.
Todas essas informações são mínimas.
30
CAPÍTULO 2
MARCAÇÃO DE FUROS DE SONDAGEM
Planta de Locação
de terreno
32
CAPÍTULO 2
Equipamentos necessários
Além desses ainda são necessários outros materiais, tais como, linha
de pedreiro, facão, enxada e marreta para cravar os piquetes.
33
Como marcar o local do furo
cordas marcada as
divisas do terreno
34
CAPÍTULO 2
O triangulo retângulo têm lados que são (3: 4: 5) proporcionais.
Conte os quadrados coloridos.
Exemplo de esquadro
feito com barbante,
veja que com
barbante as medidas
são 60: 80: 100.
Para fazer isso basta seguir os seguintes passos:
35
■■ no outro alinhamento fazer a mesma coisa com a linha de 3 m;
Para marcar o local do furo faz-se essas linhas cruzarem no local onde
está marcado na planta, como na figura a seguir. A estaca “x” marca o lugar
de um furo de sondagem.
36
CAPÍTULO 2
As cotas
Mangueira de nivel
para ver a diferença de
altura entre 2 pontos.
37
Na figura anterior os pontos A e B estão no mesmo nível pois a água
sempre fica no mesmo nível. Apesar disso as alturas do terreno (marcadas na
figura com a letra h) são diferentes. Essa diferença de alturas é que interessa
para a análise da sondagem.
38
CAPÍTULO 2
Quantos furos se faz em cada obra?
(m2 ) de sondagens
< 200 2
200 a 400 3
400 a 600 3
600 a 800 4
800 a 1000 5
1000 a 1200 6
1200 a 1600 7
1600 a 2000 8
2000 a 2400 9
39
Área = 12 x 40 = 480 m2.
As unidades de medida
■■ o símbolo de metro é m;
■■ o símbolo de centímetro é cm;
■■ o símbolo de quilômetro é km;
■■ 1 m tem 100 cm e, logo, 1 cm é igual a 0,01 m; e
■■ 1 km tem 1000 m e, logo, 1 m é igual a 0,001 km.
■■ 1 m x 1 m = 1 m2
■■ 1 m2 = 10.000 cm2
■■ 1 m (um metro);
■■ 1 m2 (um metro quadrado);
■■ 1,20 m (um metro e vinte centímetros)
■■ 1,2 m (um metro e vinte centímetros)
■■ 1,02 m (um metro e dois centímetros)
■■ 1,5 m (um metro e meio ou um metro e cinquenta centímetros);
■■ 1,50 m (um metro e meio ou um metro e cinquenta centímetros).
40
CAPÍTULO 2
Ainda para treinar a habilidade com as medidas tem-se mais esses
exercícios:
■■ 1,3 m (___________________________);
■■ 2,5 m (___________________________);
■■ 5,06m (___________________________);
■■ 5,00m (___________________________);
■■ 12,1 m (___________________________);
■■ 12,10m (___________________________);
■■ 02 m (___________________________);
■■ 02,3m (___________________________).
Fazendo contas
41
AULA 7 - LOCALIZANDO UM TERRENO FORA DA
CIDADE
42
CAPÍTULO 2
MARCAÇÃO DE FUROS DE SONDAGEM
Quando se olha a Terra dividida em norte e sul, leste e oeste, também
se observa que o meio da terra é o Equador (norte – sul) ou o Meridiano
de Greenwich (leste-oeste). Dessas duas linhas pode-se marcar as
distâncias em graus e minutos como se fosse uma marcação de hora.
A cidade de Brasília fica 15°47’ ao sul do Equador e 47°55’ a leste de
Greenwich. Esse método de localizar uma cidade ou um lugar com a
sua distância em relação ao Equador e ao meridiano de Greenwich se
chama sistema de coordenadas geográficas. As coordenadas norte-sul
e leste-oeste são completadas por uma terceira medida: a altitude, isso
é, a altura em relação ao mar. A cidade de Brasília fica cerca de 1.200
m acima do nível do mar. Cada lugar ou ponto do planeta tem uma
única coordenada.
43
Além desse sistema de coordenadas geográficas, pode-se usar outro
sistema para localizar um lugar ou ponto no planeta. Esse outro
sistema se parece com aquele da matemática em que são marcadas
coordenadas X e Y (sistema cartesiano). Esse sistema é ilustrado na
próxima figura. Cada ponto tem uma única coordenada. Veja que
nessa figura o ponto pode ter 3 coordenadas X, Y e Z (comprimento,
largura e altura). Isso lembra o sistema de coordenadas geográficas e
foi usado para criar um sistema chamado UTM, que é o mais usado em
locação de furos de sondagens e obras.
44
CAPÍTULO 2
As coordenas da terra.
■■ ligar o GPS;
■■ aguardar alguns instantes para que ele capte o sinal de pelo menos
três satélites;
45
Pode também acontecer que um ponto tenha que ser mudado de
local. Nesse caso, o procedimento deve ser de anotar as coordenadas do
novo ponto. Para isso, deve-se seguir o roteiro abaixo:
■■ ligar o GPS;
■■ aguardar alguns instantes para que ele capte o sinal de pelo menos
três satélites;
Exercícios
Resposta:__________________________.
No mapa de sua cidade localize a sua casa e diga quais são as coordenadas
geográficas.
________________S e _____________ L
46
CAPÍTULO 3
SONDAGENS A TRADO
Fonte: www.ccpassionato.com.br/servicos/sondagem
Equipamentos usados
■■ trados;
■■ hastes metálicas; e
O trado espiral serve para aprofundar o furo e não coleta amostras uma
vez que o solo se mistura e não tem como saber de que profundidade ele foi
tirado.
48
CAPÍTULO 3
Quando os furos são muito profundos é comum usar uma torre
auxiliar para não ter que tombar o trado cada vez que for preciso esvaziá-lo.
SONDAGENS A TRADO
Como se faz o furo
■■ limpar o local;
■■ abrir o furo usando um trado cavadeira até que o solo mude ou chegue
a 1 m de profundidade;
49
■■ para ver se o solo muda cada vez que tirar o trado do solo deve se
fazer um exame tátil visual;
■■ parar o furo quando ao girar o trado por 30 min seguidos, não avançar
mais que 5 cm.
Exemplo:
50
CAPÍTULO 3
IMPORTANTE – OS FUROS DE SONDAGEM SÃO PROFUNDOS
E DEVEM SER PERFEITAMENTE PRUMADOS E RETOS. UM FURO
FORA DO PRUMO OU TORTO TRARÁ AMOSTRAS MISTURADAS DE
TODAS AS PROFUNDIDADES, O QUE CONFUNDE O SONDADOR
SONDAGENS A TRADO
E CAUSA UM ERRO .
Tipos de trado
51
Trado espiral – usado para escavar sem a preocupação de coletar
amostras. Em geral se usa para limpar ou para aprofundar furos de preparação
para outros ensaios. Os bons trados se parecem com ferros torcidos.
52
CAPÍTULO 3
Trado helicoidal – esse tipo de trado pode ter a função de avançar
ou de limpar o furo. Os que são empregados para limpar o furo em geral
são trados com várias hélices (compridos), os que são usados para passar
obstáculos, em geral, tem uma só hélice.
SONDAGENS A TRADO
Trado helicoidal:
HASTE
CABO
53
AULA 9 – COMO ENCHER O BOLETIM DE CAMPO
54
Anotar o nome completo da
Instituto Federal de Brasília obra e a empresa contratante
campus Samambaia
Sondador:
SONDAGENS A TRADO
55
CAPÍTULO 3
Algumas contas
56
CAPÍTULO 4
SONDAGEM TIPO SPT
AULA 10 – SPT
Equipamentos usados
tambor – meio tambor usado para guardar a água que circula pelo furo;
58
CAPÍTULO 4
Tripé para sondagem SPT:
■■ na haste que ficou fora da boca do furo marcar três trechos de 15 cm;
59
■■ levantar o martelo até 75 cm;
■■ retirar o amostrador;
60
CAPÍTULO 4
■■ a lavagem é feita golpeando o fundo do furo e fazendo girar o trépano
– tudo ao mesmo tempo;
Também pode ocorrer o final do furo quando for feita a lavagem por
30 min, anotando-se o avanço a cada 10 min. Se o avanço for inferior a 5
cm em cada tempo, o furo é considerado impenetrável ao trépano.
61
AULA 11 – COMO PREENCHER O BOLETIM DE CAMPO
62
Anotar o nome completo da
Instituto Federal de Brasília obra e a empresa contratante
Campus Samambaia
SPT
Anotar o endereço
completo da obra
Boletim de campo
obra
Endereço
Data de início Data de término
Hora de início Hora de término
Estaca (ou coordenada) Furo número
Nível de água inicial marcar a profundidade em que a água surgiu na primeira vez Nível de água final marcar a profundidade em que a
água estabilizou após 24 h de encerrado o furo
63
CAPÍTULO 4
AULA 12 – COISAS DO DIA A DIA
Haste do pescador
Cone de rosca
Haste perdida
64
CAPÍTULO 4
Uso de lama bentonítica ou revestimento
Afluência – afluir quer dizer fluir para. Nesse caso, trata-se da entrada
de água, vinda do lençol freático, para dentro do furo.
65
Lama bentonítica-é uma mistura de uma argila muito fina e água.
A argila é chamada de montmorilonita cuja marca mais famosa é a
bentonita. Essa mistura, em geral, é feita com 5 kg de argila para cada
100 litros de água. A depender do tipo de solo, pode-se aumentar ou
diminuir a proporção de argila.
Nível de água
Encerramento do trabalho
66
CAPÍTULO 4
As unidades de medida
■■ 1 km tem 1000 m;
67
8) O diâmetro do revestimento, em geral, é de 3 polegadas, que corresponde
a _____ cm ou _____ mm.
68
CAPÍTULO 4
AULA 13 – OS EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM SPT
Amostrador aberto
Amostrador montado
69
Sapata ou bico do amostrador padrão
Bica e prolongador
70
CAPÍTULO 4
Bica e tubos de revestimento
71
Corda /cabo – a corda a ser usada para levantar o martelo deve ser de
sisal, ter comprimento de no mínimo 15 m e calibre de 20 mm (¾ polegada).
Caso o equipamento tenha um cabo de aço em lugar de corda, deve-se usar um
cabo macio de diâmetro de 12 mm (1/2 polegada). A corda deve ser mantida
sem emendas e sem tranças soltas. O mesmo vale para o cabo de aço.
72
CAPÍTULO 4
Martela para escavação do amostrador
73
Martelo com gatilho para queda automática.
74
CAPÍTULO 4
Tambor – tambor cortado ao meio com volume de 100 litros que
é usado para depositar a água de lavagem. A água sai desse tambor pela
bomba e volta pela bica.
75
Faca de boa qualidade.
76
CAPÍTULO 4
Tripé – estrutura metálica feita de três pernas que se equilibram para
sustentar a roldana com a corda. Em geral o tripé é montado por partes de
modo a facilitar o seu transporte e montagem. As pernas tem duas partes.
Uma das pernas é dupla para ser montado um sarilho, que serve para ajudar
77
Tambor ou sarilho para prender o cabo, que fica em uma das pernas
do tripé sarrilho e roldana, e uma perna dividida em duas partes.
78
CAPÍTULO 4
Pescador – peça de aço em forma redonda e pontuda, que se parece
com uma espiga de milho, com roscas que vão crescendo de baixo para
cima. Essas roscas são de filetes iguais as da peça que se quer pescar. A
forma de espiga ajuda ao pescador a entrar na peça que se quer recuperar
Saca-tubo – tipo de martelo, oco, que serve para bater nos tubos, de
baixo para cima, para arrancá-los do solo quando estão presos. Pode ser
usado tanto nas hastes como no revestimento.
79
Macaco para hastes – são peças usadas para puxar o tubo de
revestimento ou as hastes que ficam presas ao solo em solos arenosos. São
puxadas no sarrilho.
Modelo que permite encaixar sem ter que tirar a cabeça de bater ou a luva.
80
CAPÍTULO 4
Tipo de cabeça de bater recomendado pela ABNT.
81
Uso de uma luva como cabeça de bater, proibido pela ABNT.
82
CAPÍTULO 4
AULA 14 – O QUE INFLUI NO VALOR DO NSPT
Corda ou cabo?
Pode não parecer, mas isto faz diferença nos resultados. Uma corda
nova ou velha também faz diferença. Observe na figura seguinte como o
uso de cabo ou corda modifica a qualidade do ensaio. Nessa figura, quanto
maior a coluna, melhor o ensaio. Veja que sempre a coluna da corda ou
do cabo novos é maior. Isso indica que estes materiais devem sempre ser
trocados para evitar problemas. O uso de corda ou cabo faz pouca diferença
na qualidade do trabalho.
83
Coxim
Cabeça de bater
84
CAPÍTULO 4
Condições do clima
Tipo de martelo
85
Se, além de ser maciço, ele também for automático, o resultado do
ensaio é ainda melhor.
Também é importante saber que a guia deve estar reta e não esfregar
na haste.
Maciço 60
Rosquinha 40
Automático 90
Cravação direta
86
CAPÍTULO 5
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
Ensaios de infiltração
■■ deixando a cava encher com a água que vem do lençol freático (carga
variável com recuperação de nível).
Poços, cavas
Nível constante Infiltração e furos de
sondagens
Poços e furos de
Nível variável Rebaixamento
sondagens
Equipamentos
■■ hidrômetro calibrado;
■■ proveta graduada;
88
CAPÍTULO 5
■■ mangueiras com registro e conexões;
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
Tambor com controle
do nível de água
para uso no ensaio
de infiltração.
89
Como fazer
90
CAPÍTULO 5
Procedimento para o ensaio com carga constante acima do
lençol freático
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
As seguintes operações devem ser feitas:
■■ repetir as operações até que se tenha pelo menos cinco leituras iguais.
91
Procedimento para o ensaio com carga variável acima do
lençol freático
■■ colocar água até atingir o nível que se quer ensaiar, quase sempre 10
cm abaixo da boca da cava;
■■ repetir as operações até que se tenha pelo menos cinco leituras iguais.
92
CAPÍTULO 5
AULA 16 – ENSAIOS EM CAVA COM RECUPERAÇÃO DE
NÍVEL
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
se quer ensaiar fica abaixo do lençol freático.
Carga variável
■■ retirar a água do poço ou cava até o nível onde se deseja começar o ensaio;
■■ repetir as operações até que se tenha pelo menos cinco leituras iguais.
Carga constante
Nesse caso, o nível de água na cava ou no poço não deve variar. Para
que isso seja possível, deve-se usar uma pequena bomba de modo a retirar
a água sem alterar o volume.
93
As seguintes operações devem ser feitas:
■■ repetir as operações até que se tenha pelo menos cinco leituras iguais.
94
CAPÍTULO 5
AULA 17 – ENSAIOS EM FUROS DE SONDAGEM
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
pode ser feito em profundidades maiores.
A água deve se infiltrar somente pelo fundo. Para isso, todo o furo
deve ser revestido e somente o fundo pode ficar aberto.
95
Introdução de
água no furo
de sondagem
Furo de ensaio revestido com tubo que fica fora do solo cerca de 50 cm.
Nesse caso o nível de água na cava ou poço não deve variar. Para
que isso seja possível deve-se usar uma pequena bomba de modo a retirar
a água sem alterar o volume.
96
CAPÍTULO 5
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
Ensaio de infiltração vertical com carga variável acima do nível
freático
A água deve se infiltrar somente pelo fundo. Para isso, todo o furo
deve ser revestido. Somente o fundo pode ficar aberto.
97
■■ colocar água até atingir a referência de nível no topo do revestimento;
■■ repetir as operações até que se tenha pelo menos cinco leituras iguais.
98
CAPÍTULO 5
AULA 18 – ENSAIOS DE PERDA DE ÁGUA EM FUROS DE
SONDAGEM
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
Ensaio de perda de água sob pressão
Em alguns casos, pode-se usar uma bomba para injetar água no furo.
Nesse caso, é preciso controlar a pressão de água e o volume que passa.
Como fazer
■■ aumentar a pressão somando mais 0,25 kg/cm2 (ou 25,0 kPa) por
metro de profundidade do trecho ensaiado;
99
■■ fazer as medidas de volume por tempo de ensaio durante 30 min;
■■ aumentar a pressão somando mais 0,25 kg/cm2 (ou 25,0 kPa) por
metro de profundidade do trecho ensaiado;
■■ aumentar a pressão somando mais 0,25 kg/cm2 (ou 25,0 kPa) por
metro de profundidade do trecho ensaiado;
■■ reduzir a pressão diminuindo 0,25 kg/cm2 (ou 25,0 kPa) por metro de
profundidade do trecho ensaiado;
■■ reduzir a pressão diminuindo 0,25 kg/cm2 (ou 25,0 kPa) por metro de
profundidade do trecho ensaiado;
■■ parar o ensaio.
Equipamentos
■■ hidrômetro calibrado;
100
CAPÍTULO 5
Detalhe do controle nível da água durante o ensaio.
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
FONTE: Wilson Conciani
■■ tubo de injeção; e
101
CAPÍTULO 6
AMOSTRAS INDEFORMADAS
104
CAPÍTULO 6
Além disso, alguns materiais são comuns na preparação e proteção
de amostras indeformadas:
■■ parafina em tabletes;
AMOSTRAS INDEFORMADAS
■■ tecido fino, de algodão (pode ser morim ou até tecidos de saco
branco);
■■ capacete; e
Como fazer
105
■■ quando faltar 10 cm para chegar na profundidade de coleta, desviar
a escavação para um lado só, deixando uma bancada na altura da
cintura;
■■ cortar o solo sempre da marca da amostra para fora para evitar trincas
ou deformações no bloco;
■■ etiquetar a caixa; e
■■ fechar o poço.
106
CAPÍTULO 6
As operações são resumidas nas fotos seguintes.
AMOSTRAS INDEFORMADAS
107
Esse procedimento é muito simples, porém o cuidado com as amostras
deve ser redobrado, pois elas são frágeis. Os maiores problemas acontecem
no manuseio e transporte. Ao escolher o local para transportar as caixas
com as amostras, procure locais firmes, sem peças soltas que possam bater
na caixa, preferencialmente na parte da frente da carroceria do veículo.
Etiquetagem
Como todas as amostras, essa também não deve ficar sem etiquetas.
Deve-se colocar uma etiqueta protegida pela parafina e outra na caixa,
assim, sempre haverá uma etiqueta para descrever e identificar a amostra. A
seguir está um modelo de etiqueta a ser usado.
NORTE
Topo da
Obra:
amostra
SUL
Endereço:
Amostra: Profundidade:
Poço: Solo:
108
O SONDADOR E A SAÚDE
O SONDADOR E A SAÚDE
Muitos sondadores perdem a capacidade de trabalhar por cause de
problemas de saúde ou acidentes. O trabalho do sondador não é insalubre,
contudo, alguns cuidados devem ser tomados para que a saúde seja mantida
sempre. Nesse sentido, os seguintes cuidados devem ser tomados.
109
Fazer exercícios físicos antes e depois do trabalho.
110
Para evitar acidentes
O SONDADOR E A SAÚDE
Procure situações de equilíbrio para
trabalhar. Se o local não for firme,
mude de posição. Nunca suba sobre
tambores, bicas e outros locais em
que as duas pernas não estejam muito
firmes no chão.
111
FONTE: Wilson Conciani
EPI
112
O SONDADOR E A SAÚDE
FONTE: Wilson Conciani
As luvas devem ser usadas para evitar cortes, arranhões e desgastes das
mãos.
113
HIGIENE
O banho do final do dia deve ser feito com sabonete e água limpa
evitando o uso da água que sobrou no tambor.
114
As mãos devem ser lavadas com sabonete antes das refeições ou de
beber água.
Novo dia, nova roupa. As roupas devem ser trocadas todos os dias,
nunca usar a roupa suja do dia anterior.
ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO
Colete o lixo todo o tempo para não poluir o local do serviço e evitar
acidentes. Basta juntar tudo em um saco plástico e levar para o depósito de
lixo da empresa no final do dia.
116
O SONDADOR E A SAÚDE
FONTE: Wilson Conciani
117
Esta obra foi composta pela fonte Família Optima,
corpo 11 e em papel couche fosco 115g.