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O plano de ensino de filosofia traçado para as turmas de ensino médio tem como fio
condutor, acima de tudo, a apresentação e desenvolvimento dos problemas clássicos que
permeiam a história do pensamento ocidental. Nesse sentido, visamos cumprir o objetivo de
fomentar o exercício das capacidades reflexivas e argumentativas do estudante, de modo a
auxiliar no desenvolvimento da sua autonomia intelectual e postura crítica. Quanto ao método
para dar seguimento às propostas que visamos, optamos por privilegiar a clareza do conteúdos
proposicionais elaborados ao longo da história. Assim, pretendemos encurtar o caminho
obscurantista que pode ser suscitado por idiossicransias de um determinado autor, a fim de que o
aluno possa interagir em algum grau com as idéias apresentadas, apesar do curto tempo
disponível na sala de aula. Também exaltamos o cuidado para com reduções exacerbadas,
capazes de distorcer tanto o discurso do filósofo examinado quanto o próprio fazer filosófico.
Ademais, com o andamento do curso, esperamos mostrar ao aluno a fragilidade das crenças do
nosso tempo, uma vez que se torne explicita a datação de uma série de preconceitos, assim como
também estarão submetidas aos critérios rigorosos da dúvida cética.
RESPOSTA
RESPOSTA
A noção foucaultiana de “poder” não tem em vista a apenas uma instituição tal como o
estado – coercivo através de leis bem delimitadas. Não haveria tampouco algo em específico
capaz de ressoar sobre toda uma sociedade como uma causa primeira ou privilegiada do poder
em Foucault. O poder seria, em verdade, algo maior. Para o filósofo, o poder seria uma força
tensionante expressa em todas as relações discursivas. Não uma força unilateral, versada sob um
fim preestabelecido, mas uma força múltipla e variante conforme suas relações. Nessa teia de
relações imanente à sociedade haveria espaço para apoios e influências entre relações ou mesmo
isolamentos formadores de subconjuntos relacionais. Isto é, haveria no poder formações de
sistemas e até mesmo contradições ou desigualdades. Ao passo que o sujeito, transpassado por
meio ao poder, seria um ponto de resistência.1
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Optamos por entregar uma resposta concisa, tendo em vista que tivemos acesso a apenas duas páginas da
parte “método”, além de uma folha comportando esquemas expositivos acerca do poder.