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direito processual penal


Atos processuais e judiciais.
Procedimentos
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Atos Processuais e Judiciais. Procedimentos
Prof. Douglas de Araújo Vargas

SUMÁRIO
Atos Jurisdicionais.......................................................................................4
Despachos..................................................................................................4
Decisões Interlocutórias...............................................................................5
Decisões Definitivas.....................................................................................5
Sentença....................................................................................................6
Espécies da Sentença...................................................................................7
Classificações das sentenças.........................................................................7
Embargos de Declaração............................................................................ 11
Emendatio Libelli....................................................................................... 11
Momento adequado................................................................................... 13
Mutatio Libelli........................................................................................... 13
Do aditamento.......................................................................................... 15
Exceções.................................................................................................. 16
Independência do Juiz ao Sentenciar............................................................ 16
Sentença Condenatória & Prisão.................................................................. 19
Detração Penal.......................................................................................... 20
Sentença Declaratória de Extinção da Punibilidade......................................... 20
Questões e Processos Incidentes................................................................. 22
Espécies................................................................................................... 23
Questões Prejudiciais................................................................................. 23
Processos Incidentes.................................................................................. 25
Atos Processuais....................................................................................... 30
Classificações dos atos processuais.............................................................. 31
Resumo.................................................................................................... 36

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DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS


Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no con-
curso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Polícia
Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e
Oficial – 2017.

Introdução

Fala aí, aluno(a) beleza?

Na aula de hoje vamos tratar dos seguintes temas:

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Atos Jurisdicionais

No curso de um processo, o magistrado pratica diversos atos.

Entretanto, nem todo ato praticado pelo juiz é considerado um ato jurisdicional:

apenas aqueles que angularizam a relação processual é que podem receber tal de-

finição.

Parece complexo, mas na verdade, é bastante fácil. Vejamos as espécies de atos

jurisdicionais no processo penal, as quais irão ajudá-los a entender este conceito:

Vejamos a peculiaridade de cada uma dessas espécies.

Despachos

Segundo NUCCI, os despachos são “decisões do magistrado, sem abordar a questão


controvertida, com a finalidade de dar andamento ao processo”.

É por meio dos despachos que o juiz cumpre seu dever de dar andamento re-

gular ao processo penal.

Exemplo: determinação de intimação das partes.

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Decisões Interlocutórias

Também segundo NUCCI, “são soluções dadas pelo juiz, acerca de qualquer decisão
controversa, envolvendo a contraposição de interesses das partes, podendo ou não co-
locar fim ao processo”.

As decisões interlocutórias se classificam em simples (as quais resolvem uma

controvérsia mas não colocam fim ao processo ou a alguma de suas fases) e mis-

tas (também chamadas de sentenças formais), as quais resolvem uma controvér-

sia e colocam fim ao processo ou a uma de suas fases.

Exemplo de decisão interlocutória simples: Decretação de prisão preventiva.

Exemplo de decisão interlocutória mista: Pronúncia do acusado.

Decisões Definitivas

“São decisões tomadas pelo juiz, colocando fim ao processo, julgado o mérito em sen-
tido lato, ou seja, decidindo acerca da pretensão punitiva do Estado, mas sem avaliar a
procedência ou improcedência da imputação”.
NUCCI

As decisões definitivas, portanto, afastam a pretensão punitiva do Estado,

mas não ao avaliar a procedência da imputação. Elas o fazer através do reconheci-

mento de alguma causa extintiva de punibilidade!

Exemplo de decisão definitiva: Decisão que reconhece a prescrição de um delito.

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Sentença

“É a decisão terminativa do processo e definitiva quanto ao mérito, abordando a ques-


tão relativa à pretensão punitiva do Estado, para julgar procedente ou improcedente a
imputação”.
NUCCI

Agora sim estamos diante da sentença propriamente dita, na qual o magistrado

avalia efetivamente a imputação que está sob sua jurisdição e competência.

Temos, portanto, o seguinte:

A sentença propriamente dita será o tópico mais extenso da aula de hoje, haja

vista sua maior complexidade e maior importância para fins de prova. Comecemos

por sua classificação.

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Espécies da Sentença

São espécies da sentença:

Por sua vez, a sentença absolutória se divide em duas categorias:

Classificações das sentenças

As sentenças também estão classificadas quanto aos seus efeitos. Nesse senti-

do, temos a seguinte divisão:

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Sentença Declaratória

É aquela que absolve ou julga extinta a punibilidade do acusado.

A sentença é considerada declaratória pois apenas declara o estado de inocên-

cia do réu (se for absolutória). Do mesmo modo, a sentença que julga extinta a

punibilidade do acusado penas declara a existência de tal fato.

Sentença Condenatória

É aquela que julga procedente a pretensão punitiva estatal e aplica uma pena ao
acusado.

Sentença Constitutiva

É aquela que constitui um novo estado jurídico.

Essa espécie de sentença, no processo penal, é de difícil ocorrência. Um exem-

plo, segundo a doutrina, é a sentença embasada em Habeas Corpus que determina

o trancamento de um inquérito policial.

Sentença mandamental

É aquela que contém uma ORDEM judicial.

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É o caso, por exemplo, de uma expedição de alvará de soltura ou de salvo con-

duto, em sede de Habeas Corpus. A sentença contém uma ordem judicial a ser

imediatamente cumprida, sob pena de desobediência.

Sentença Executiva

É a sentença que possui, em seu conteúdo, eficácia executiva da decisão.

Segundo o STF, a sentença que concede perdão judicial é CONDENATÓRIA, e não

declaratória!

Conteúdo da Sentença

Passaremos agora a analisar o art. 381 do CPP, que trata dos chamados requi-

sitos intrínsecos da sentença, os quais são parte obrigatória do ato, sob pena

de nulidade.

Primeiramente, façamos a leitura da norma:

Art. 381. A sentença conterá:


I – os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para iden-
tificá-las;
II – a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III – a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
IV – a indicação dos artigos de lei aplicados;
V – o dispositivo;
VI – a data e a assinatura do juiz.

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Sobre o artigo acima, não preciso nem dizer, né? Ler, reler e fazer um poema.

Despenca em provas de concursos!

Avançando um pouco mais em nossos estudos, no entanto, há a divisão dos

requisitos acima pela doutrina, para a qual a sentença deve ser analisada em três

partes:

O relatório nada mais é do que a descrição das alegações da acusação.

A ausência de relatório é causa de nulidade ABSOLUTA, salvo no procedimento

sumaríssimo (Lei 9.099/95), no qual é dispensado.

A fundamentação, por sua vez, trata da motivação emanada pelo magistrado

para aplicar o direito ao caso concreto, no qual irá acolher ou rejeitar a pretensão

punitiva estatal.

A falta de fundamentação, obviamente, constitui nulidade absoluta do ato.

O magistrado pode fazer referência a argumentos das partes, da doutrina ou juris-

prudência, para confirmar o seu convencimento. Entretanto, jamais poderá funda-

mentar sua sentença exclusivamente com base em argumentos de terceiros.

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Por fim o dispositivo nada mais é do que a conclusão, no qual irá constar a

absolvição do acusado ou a aplicação da pena, se for o caso. A ausência de dis-

positivo também é causa de nulidade absoluta.

Embargos de Declaração

Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que
declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou
omissão.

Caso a sentença seja obscura, ambígua, apresente contradições ou omissões,

poderá ser objeto de embargos de declaração, previsto no art. 382 do CPP.

Este é um instituto bastante simples. Trata, meramente, de um meio para ques-

tionar decisões que não apresentem a clareza necessária ou que se omitam quanto

a algum ponto relevante do processo.

Erros materiais podem ser corrigidos de oficio pelo magistrado, se for o caso.

Emendatio Libelli

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de
aplicar pena mais grave.

Emendatio Libelli nada mais é do que a modificação da definição jurídica do fato.

Este parece ser um instituto complexo, mas na verdade também é bastante simples

de entender.

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Veja bem: durante o curso do processo penal, o magistrado receberá a denún-

cia ou queixa contendo a descrição do fato delitivo praticado e uma definição

jurídica relacionada a este fato, certo?

Entretanto, pode ser que tal definição jurídica não esteja correta, existindo ne-

cessidade de alteração (emendatio libelli). Por exemplo:

Tal possibilidade parte do fato de que o réu não se defende da tipificação legal,

e sim dos fatos narrados.

Além disso, há que se levar em consideração que é atribuição do magistrado

conhecer o direito: a ele basta que sejam fornecidos os fatos!

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Caso a emendatio libelli resulte na desclassificação do crime para a competên-

cia de outro juízo, os autos deverão ser remetidos a ele, por força do art. 383

do CPP:

§ 2º Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados


os autos.

Note-se, ainda, que pode ocorrer emendatio libelli em fase recursal. Entretanto,

nessa fase, a revisão não pode implicar em prejuízo para o acusado!

Momento adequado

Segundo o STF, o momento adequado para operar a emendatio libelli é o da

prolação da sentença.

Mutatio Libelli

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica


do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da
infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia
ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o
processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito
oralmente. 

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Enquanto o instituto da emendatio libelli trata da revisão da tipificação realiza-

da pelo magistrado, por ter entendido que o fato narrado na denúncia ou queixa

não se adequava a definição jurídica inicial, o instituto da mutatio libelli trata da

mudança da definição jurídica em razão de provas ou elementos descobertos

durante a instrução probatória.

Ou seja: iniciou-se a instrução probatória, e diante do surgimento de novas pro-

vas que não estavam contidas na inicial, surgiu a necessidade de revisar a definição

jurídica do fato.

Por exemplo:

O problema, aqui, é que o juiz está vinculado aos EXATOS TERMOS da inicial

acusatória. Não pode julgar extra, ultra ou infra petita, ou seja, não pode jul-

gar fora, além ou aquém dos limites da denúncia.

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Por esse motivo, torna-se necessário que o Ministério Público faça o aditamen-

to da denúncia, diante das novas provas, oferecendo-se também oportunidade

para que a defesa se manifeste sobre o aditamento.

Uma vez realizado o aditamento da denúncia, aí sim o magistrado poderá alte-

rar a definição jurídica do fato, operando a mutatio libelli sem incorrer em nulidade

absoluta.

Do aditamento

O aditamento à denúncia, via de regra, é realizado de forma escrita, embora

seja admissível o aditamento realizado oralmente, desde que reduzido a termo, nos

termos do art. 384 do CPP.

O aditamento em questão é OBRIGATÓRIO em todos os casos, independentemente

do crime ser mais ou menos grave que a definição jurídica inicialmente contida na

denúncia.

O prazo para o aditamento é de 5 dias.

Por fim, é importante notar que o aditamento pode ser próprio ou impróprio:

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A imunidade diplomática se aplica aos chamados agentes diplomáticos, que pos-

suem imunidade em território nacional quando a serviço de seu país de origem.

O aditamento da denúncia, uma vez aceito, faz com que o juiz fique vinculado

ao seu conteúdo ao prolatar a sentença, nos termos do CPP:

§ 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo
de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. 

Exceções

Segundo o STJ, no entanto, é possível a condenação do réu pela forma

TENTADA de um delito, mesmo que este tenha sido denunciado pelo crime

na forma CONSUMADA. Tal condenação não exige o aditamento à denúncia!

Independência do Juiz ao Sentenciar

Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória,
ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer
agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

O magistrado, nos crimes de ação penal pública, guarda enorme liberdade e

independência ao sentenciar, muito embora esteja adstrito à narrativa dos fatos

contida na denúncia.

Não extrapolando a análise dos fatos ali contidos, portanto, o juiz tem liberda-

de para sentenciar de forma independente, de modo que poderá condenar o réu

mesmo face ao pedido de absolvição por parte do MP!

Além disso, o magistrado pode reconhecer agravantes que sequer foram alega-

das, nos termos da lei.

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Sentença Absolutória

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
I – estar provada a inexistência do fato;
II – não haver prova da existência do fato;
III – não constituir o fato infração penal;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20,
21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada
dúvida sobre sua existência;
VII – não existir prova suficiente para a condenação.

As hipóteses de sentença absolutória estão previstas no rol taxativo do art.

386. Ou seja: São unicamente as hipóteses arroladas acima. Não preciso nem dizer

o quanto é importante conhecer este artigo, certo?

Dito isso, é importante observar o seguinte:

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Lembre-se:

A sentença que impõe a aplicação de medida de segurança é absolutória im-

própria.

Sentença Condenatória

Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:


I – mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal,
e cuja existência reconhecer;
II – mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado
em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decre-
to-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III – aplicará as penas de acordo com essas conclusões;

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IV – fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando
os prejuízos sofridos pelo ofendido;
V – atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de se-
gurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;
VI – determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e desig-
nará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1º, do Código Penal).

A sentença condenatória, por expressa previsão legal, deve conter todos os

elementos contidos nos incisos I, II, III, IV, V e VI do art. 387 do CPP.

O inciso IV, que trata da fixação de valor mínimo para a reparação dos danos

causas consagra o chamado sistema da confusão em nosso ordenamento jurídico,

uma vez que tanto a pretensão cível quanto a pretensão penal passam a ser ana-

lisadas em uma única ação criminal.

Sentença Condenatória & Prisão

§ 1º O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a im-


posição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimen-
to de apelação que vier a ser interposta.

Outro ponto que necessita de observação é a questão da prisão. Antigamente,

a prisão decorrente de sentença condenatória recorrível era automática – o

que não se faz mais em dias atuais.

Por força do § 1º do art. 387, portanto, a prisão preventiva do indivíduo conde-

nado em sentença recorrível não se dará mais de forma automática, necessitan-

do de fundamentação que comprove a necessidade e a adequação de tal

medida.

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Detração Penal

§ 2º O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil


ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena
privativa de liberdade.

O parágrafo 2º do art. 387, por sua vez, apresenta o chamado instituto da de-

tração penal, que consiste no cômputo do tempo de prisão provisória, administra-

tiva ou de internação para fins de determinação do regime inicial da pena privativa

de liberdade a ser cominada na sentença.

Sentença Declaratória de Extinção da Punibilidade

Como já observamos, a sentença que decreta a extinção da punibilidade é de-

claratória, sendo efetivamente uma decisão definitiva que julga o mérito da causa

sem analisar a procedência da acusação.

Forma da sentença

Art. 388. A sentença poderá ser datilografada e neste caso o juiz a rubricará em todas
as folhas.

Esse artigo mostra o quanto nosso CPP está atualizado, certo?

Obviamente, para aplicação deste dispositivo, é necessário fazer uma inter-

pretação progressiva, permitindo que as sentenças digitadas e impressas, em sis-

temas modernos de computação, também sejam rubricadas pelo magistrado em

todas as folhas.

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Publicação da Sentença.

Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o res-
pectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.
Art. 390. O escrivão, dentro de três dias após a publicação, e sob pena de suspensão
de cinco dias, dará conhecimento da sentença ao órgão do Ministério Público.
Art. 391. O querelante ou o assistente será intimado da sentença, pessoalmente ou
na pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juí-
zo, a intimação será feita mediante edital com o prazo de 10 dias, afixado no lugar de
costume.

Primeiramente, note que a publicação da sentença não ocorre com a comunica-

ção em imprensa oficial, mas sim com a entrega em mãos do escrivão.

Sentença publicada só pode ser alterada em duas hipóteses, as quais você já

conhece:

1) Em caso de embargos de declaração acolhidos pelo magistrado;

2) De ofício, pelo próprio magistrado, para correção de erro material.

O prazo, para comunicação da sentença ao MP, é de 5 dias, conforme narra o

art. 390 acima transcrito.

Intimação da sentença ao réu

Art. 392. A intimação da sentença será feita:


I – ao réu, pessoalmente, se estiver preso;
II – ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, quando se livrar solto, ou,
sendo afiançável a infração, tiver prestado fiança;
III – ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração, expedido
o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;
IV – mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver constituído
não forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justiça;
V – mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu houver constituído
também não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;

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VI – mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, não for encontrado, e
assim o certificar o oficial de justiça.
§ 1º O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade
por tempo igual ou superior a um ano, e de 60 dias, nos outros casos.
§ 2º O prazo para apelação correrá após o término do fixado no edital, salvo se, no curso
deste, for feita a intimação por qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo.

A intimação da sentença ao réu deve observar as previsões do art. 392, o qual

deve ser lido pelo aluno, pois costuma ser cobrado em provas em sua literalidade.

É chato, doloroso e entediante – porém necessário.

Questões e Processos Incidentes

O processo penal é, essencialmente, algo bastante simples. Realizam-se di-

versos procedimentos previstos na lei, todos com o objetivo de responder a duas

perguntas:

1) Houve realmente um crime (existe materialidade delitiva)?

2) Havendo crime, foi o réu o seu autor (confirma-se a autoria)?

Respondendo a essas duas perguntas de forma afirmativa, ocorre a condena-

ção, e o Estado passa a exercer sua pretensão punitiva.

Entretanto, nós sabemos que nem todo processo irá seguir um fluxo tão sim-

ples, tão regular. Em alguns casos, podem surgir controvérsias que devem ser

resolvidas antes das questões principais de um processo.

Essas controvérsias nada mais são do que questões secundárias que guardam

alguma relação com o crime ou o processo em curso, e que por algum motivo de-

vem NECESSARIAMENTE ser resolvidas antes da questão principal.

A essas controvérsias chamamos de questões e processos incidentes.

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Espécies

Agora que você já sabe o que são questões e processos incidentes, podemos di-

vidir tal conceito em duas espécies, que a bem da verdade são bastante intuitivas:

Questões Prejudiciais

As questões prejudiciais, por sua vez, podem ser obrigatórias ou facultativas.

As questões prejudiciais obrigatórias estão previstas no art. 92 do CPP:

Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvér-


sia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação
penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença
passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de ou-
tras provas de natureza urgente.
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando necessá-
rio, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos
interessados.

Tais questões, portanto, ocorrem quando a decisão sobre a existência da infra-

ção depender da solução de controvérsia que o juiz repute séria e fundada, sobre

o estado civil das pessoas.

Diante dessa hipótese, afasta-se de maneira absoluta a competência da

instância criminal, devendo a solução ser emanada pela instância cível.

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Por exemplo:

Está em curso um processo pelo delito de bigamia.


Entretanto, torna-se necessário verificar a inexistência ou nulidade de casamento
anterior.
Obviamente, se não há casamento anterior, não há que se falar no delito de bigamia, de
modo que a solução poderá vir simplesmente de processo cível que irá apurar a exis-
tência do casamento anterior.

Neste caso, caberá ao MP propor a ação civil relativa a questão prejudicial, en-

quanto a ação penal ficará suspensa aguardando a resolução da questão

prejudicial. Note-se que, nesse período, fica igualmente suspenso o prazo pres-

cricional!

As questões prejudiciais facultativas, por sua vez, estão previstas no art.

93 do CPP:

Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão so-


bre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se
neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa
questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, sus-
pender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realização das outras
provas de natureza urgente.

As questões prejudiciais facultativas tratam da existência de infração penal que

depende de resolução de questão também de natureza cível, mas diversa daque-

la referente ao estado civil das pessoas.

Nesse caso, no entanto, estaremos diante de juízo de conveniência e oportu-

nidade do juiz da ação penal. Por esse motivo, a ação penal não ficará sempre

suspensa, salvo se existir previamente uma ação no juízo cível para a solução da

questão ou quando a matéria for de difícil solução e versar sobre direito cuja prova

não seja limitada pela lei civil.

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Apenas nessas duas hipóteses haverá suspensão da ação penal, quando o juiz as-
sinará prazo para solução da questão prejudicial no juízo cível.

Uma vez findo o prazo estipulado sem que tenha ocorrido prorrogação do mes-
mo e não havendo resolução, o juiz da ação penal deverá retomar a causa e julgar
toda a matéria.

Processos Incidentes

Diferentemente das questões prejudiciais, que são de competência do juízo


cível, essa categoria de exceções são incidentes processuais de competência do
próprio juízo penal, as quais se limitam à questões preliminares, de natureza
cautelar e a questões probatórias.
a) Exceções peremptórias
Um indivíduo não pode ser processado mais de uma vez pelo mesmo fato (bis in
idem). Se dois ou mais processos tramitam simultaneamente e tratam do mesmo fato
delitivo, dar-se-á a litispendência e o que se iniciou por último deve ser extinto!

Litispendência
Estado de um litígio conduzido simultaneamente perante dois tribunais do mesmo grau,
um e outro igualmente competentes para julgá-lo, o que leva a providenciar que o
processo seja retirado de um em favor do outro.

Nesse mesmo raciocínio, se um processo chegar ao fim (transitar em julgado),


impedindo qualquer recurso, não será mais cabível outro julgamento com relação
àquele fato.

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Esse fenômeno é denominado coisa julgada, e também impede a instauração

de novo processo sobre o mesmo fato.

b) Exceções Dilatórias

As exceções dilatórias se dividem em suspeição, incompetência e ilegitimidade

da parte.

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c) Incompatibilidades e Impedimentos

Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:


I – tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
II – ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como teste-
munha;
III – tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de di-
reito, sobre a questão;
IV  – ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.

O impedimento também afeta a parcialidade dos órgãos processantes, entre-

tanto, é muito mais grave, pois veda que o juiz exerça a jurisdição em um deter-

minado processo.

Atos praticados por juiz impedido são considerados inexistentes pela doutrina!

A incompatibilidade, por sua vez, cuida de casos de possível parcialidade não

previstos como suspeição ou impedimento, e que geralmente são previstos nas

normas de organização judiciária.

d) Conflito de Jurisdição

Art. 114. Haverá conflito de jurisdição:


I – quando duas ou mais autoridades judiciárias se considerarem competentes, ou in-
competentes, para conhecer do mesmo fato criminoso;
II – quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de juízo, junção ou separação
de processos.

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O conflito de jurisdição pode ocorrer em duas situações:

1- Dois ou mais juízes se consideram competentes (conflito positivo) ou incom-

petentes (conflito negativo) para julgar a causa.

2- Quando aparecer controvérsia sobre junção ou separação de processos.

Ao contrário da exceção de suspeição, em que só o réu pode suscitar o inciden-

te, no conflito de jurisdição, podem fazê-lo qualquer das partes, o MP e quaisquer

dos juízes ou tribunais atuantes na causa.

e) Insanidade Mental do Acusado

Cena do filme “Primal Fear” – As duas faces de um crime (1996)

Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz orde-
nará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do
ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame
médico-legal.
§ 2º O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspen-

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so o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser
prejudicadas pelo adiamento.
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continu-
ará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2º do art. 149.
§ 2º O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe
assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoi-
mento sem a sua presença.

Em alguns casos, pode ser que durante o processo, surja dúvida sobre a sanida-

de mental do acusado, ato em que o magistrado solicitará perícia sobre o assunto

(Art. 149 do CPP).

A perícia poderá apresentar, obviamente, duas respostas:

Uma vez confirmada a insanidade do réu, podem ainda surgir dois caminhos

distintos:

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Atos Processuais

Para finalizar a aula de hoje, vamos tratar dos chamados atos processuais e ju-

diciais e suas respectivas classificações.

Atos processuais nada mais são do que ações praticadas no andamento de um pro-

cesso.

Para melhor entender esse conceito, no entanto, precisamos tratar da diferença

entre o ato jurídico e o ato processual.

Os atos processuais são, portanto, uma verdadeira ferramenta do exercício da

jurisdição, possibilitando a exteriorização e a documentação dos atos jurídicos pra-

ticados pelas partes.

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Classificações dos atos processuais

Os atos processuais são classificados de diversas formas pela doutrina. Em nos-

so estudo, iremos optar pela seguinte classificação

Atos das partes

Os atos das partes, por sua vez, são uma espécie de ato processual dividida em

quatro categorias:

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Atos do Juiz

Os atos do juiz, por sua vez, estão divididos nas seguintes categorias:

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Atos dos auxiliares da justiça

Por fim temos os chamados atos dos auxiliares da justiça, classificados pela

doutrina da seguinte maneira:

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Espécies de atos processuais

Os atos processuais ainda podem ser classificados em simples, complexos e

compostos:

Termo

O termo nada mais é do que a documentação de um ato, que é levada a efeito

por um funcionário ou serventuário da justiça, no exercício do cargo.

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Os termos podem ser:

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RESUMO

Atos Jurisdicionais

• Nem todo ato praticado pelo juiz é considerado um ato jurisdicional: apenas

aqueles que angularizam a relação processual é que podem receber tal definição.

• São espécies de atos jurisdicionais:

Despachos

• Os despachos são “decisões do magistrado, sem abordar a questão contro-

vertida, com a finalidade de dar andamento ao processo

• Exemplo: determinação de intimação das partes.

Decisões Interlocutórias

• São soluções dadas pelo juiz, acerca de qualquer decisão controversa, envol-

vendo a contraposição de interesses das partes, podendo ou não colocar fim

ao processo

• Exemplo de decisão interlocutória mista: Pronúncia do acusado.

• Exemplo de decisão interlocutória simples: Decretação de prisão preventiva.

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Decisões Definitivas

• São decisões tomadas pelo juiz, colocando fim ao processo, julgado o mérito

em sentido lato, ou seja, decidindo acerca da pretensão punitiva do Estado,

mas sem avaliar a procedência ou improcedência da imputação

• As decisões definitivas, portanto, afastam a pretensão punitiva do Estado.

• Exemplo de decisão definitiva: Decisão que reconhece a prescrição de um

delito.

Sentença

• É a decisão terminativa do processo e definitiva quanto ao mérito, abordando

a questão relativa à pretensão punitiva do Estado, para julgar procedente ou

improcedente a imputação

Espécies da Sentença

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Classificações das sentenças

Sentença Declaratória

• É aquela que absolve ou julga extinta a punibilidade do acusado.

Sentença Condenatória

• É aquela que julga procedente a pretensão punitiva estatal e aplica uma pena

ao acusado.

Sentença Constitutiva

• É aquela que constitui um novo estado jurídico.

Sentença mandamental

• É aquela que contém uma ORDEM judicial.

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Sentença Executiva
• É a sentença que possui, em seu conteúdo, eficácia executiva da decisão.
• Segundo o STF, a sentença que concede perdão judicial é CONDENATÓRIA, e
não declaratória!

Conteúdo da Sentença

Art. 381. A sentença conterá:


I – os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para iden-
tificá-las;
II – a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III – a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
IV – a indicação dos artigos de lei aplicados;
V – o dispositivo;
VI – a data e a assinatura do juiz.

Embargos de Declaração
• Caso a sentença seja obscura, ambígua, apresente contradições ou omissões,
poderá ser objeto de embargos de declaração, previsto no art. 382 do CPP

• Erros materiais podem ser corrigidos de oficio pelo magistrado, se for o caso.

Emendatio Libelli

• Modificação da definição jurídica do fato.

• Tal possibilidade parte do fato de que o réu não se defende da tipificação le-

gal, e sim dos fatos narrados.

• Além disso, há que se levar em consideração que é atribuição do magistrado

conhecer o direito: a ele basta que sejam fornecidos os fatos!

Mutatio Libelli

• Trata da mudança da definição jurídica em razão de provas ou elementos des-

cobertos durante a instrução probatória.

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• Torna-se necessário que o Ministério Público faça o aditamento da denúncia,

• O aditamento em questão é OBRIGATÓRIO em todos os casos, independente-

mente do crime ser mais ou menos grave que a definição jurídica inicialmente

contida na denúncia.

• O prazo para o aditamento é de 5 dias.

Independência do Juiz ao Sentenciar

• O magistrado, nos crimes de ação penal pública, guarda enorme liberdade

e independência ao sentenciar, de modo que poderá condenar o réu mesmo

face ao pedido de absolvição por parte do MP!

Sentença Absolutória

• As hipóteses de sentença absolutória estão previstas no rol taxativo do art.

386.

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Sentença Condenatória

• A sentença condenatória, por expressa previsão legal, deve conter todos os

elementos contidos nos incisos I, II, III, IV, V e VI do art. 387 do CPP.

Sentença Condenatória & Prisão

• Antigamente, a prisão decorrente de sentença condenatória recorrível era

automática – o que não se faz mais em dias atuais.

• A prisão preventiva do indivíduo condenado em sentença recorrível não se dá

mais de forma automática, necessitando de fundamentação que comprove a

necessidade e a adequação de tal medida.

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Questões e Processos Incidentes

• Controvérsias que devem ser resolvidas antes das questões principais de um

processo.

Espécies

Questões Prejudiciais

• As questões prejudiciais, por sua vez, podem ser obrigatórias ou facultativas.

• Obrigatória:

• Afasta-se de maneira absoluta a competência da instância criminal, devendo

a solução ser emanada pela instância cível.

• Facultativa:

• Tratam da existência de infração penal que depende de resolução de questão

também de natureza cível, mas diversa daquela referente ao estado civil das

pessoas.

Processos Incidentes

• Diferentemente das questões prejudiciais, que são de competência do juízo

cível, essa categoria de exceções são incidentes processuais de competência

do próprio juízo penal, as quais se limitam à questões preliminares, de natu-

reza cautelar e a questões probatórias.

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Exceções peremptórias

• Litispendência

• Coisa julgada

Exceções Dilatórias

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Incompatibilidades e Impedimentos

• O impedimento afeta a parcialidade dos órgãos processantes, entretanto, e

veda que o juiz exerça a jurisdição em um determinado processo.

• A incompatibilidade, por sua vez, cuida de casos de possível parcialidade não

previstos como suspeição ou impedimento, e que geralmente são previstos

nas normas de organização judiciária.

Conflito de Jurisdição

• O conflito de jurisdição pode ocorrer em duas situações:

–– Dois ou mais juízes se consideram competentes (conflito positivo) ou in-

competentes (conflito negativo) para julgar a causa.

–– Quando aparecer controvérsia sobre junção ou separação de processos.

Insanidade Mental do Acusado

• Em alguns casos, pode ser que durante o processo, surja dúvida sobre a sa-

nidade mental do acusado, ato em que o magistrado solicitará perícia sobre o

assunto (Art. 149 do CPP).

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Atos Processuais

• Atos processuais nada mais são do que ações praticadas no andamento de

um processo.

Classificações dos atos processuais

Atos das partes

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Atos do Juiz

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