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Estágio supervisionado III

Curso Pedagogia – EAD - Fase 5 - ano 2019

Aluna: Sueli Pereira dos Santos - 440

Data limite para envio: 25/10/19

Tema: Proposta Curricular de Santa Catarina

Atividade avaliativa da disciplina

- Ler, analisar e discorrer sobre os três fios condutores da PCSC.

3) Atenção à concepção de diversidade no reconhecimento das diferentes


configurações identitárias e das novas modalidades da
Educação (Diversidade)

DIVERSIDADE
Ao analisarmos diversidade em educação nos encaminhamos a ideia de
dar oportunidades a todos os alunos de acesso e permanência na escola, com
as mesmas igualdades de condições, respeitando as diferenças.
Ao se discorrer a questão das diferenças ou diversidades, não se
remete somente às minorias ou às crianças com necessidades especiais. É
muito mais amplo, pois todos nós seres humanos somos únicos, portanto
diferentes uns dos outros. Tal fato trata-se de denominar como diversidade as
diferentes condições étnicas e culturais, as desigualdades socioeconômicas, as
relações discriminatórias e excludentes presentes em nossas escolas e que
compõem os diversos grupos sociais.
Dentro desta perspectiva a escola é o espaço relevante para se
oportunizar a integração e melhor convivência entre os alunos, os professores
e possibilita o acesso aos bens culturais.
Sendo assim, é preciso que a escola busque trabalhar de forma
democrática, oferecendo oportunidades de uma vida melhor para todos
independente de condição social, econômica, raça, religião, sexo, etc. Todos
os alunos têm direito de estarem na escola, aprendendo e participando, sem
ser discriminado ou ter que enfrentar algum tipo de preconceito por motivo
algum.
Em busca de uma escola de qualidade, visando uma educação voltada
para a emancipação e humanização do aluno, a Proposta Curricular de Santa
Catarina relata sendo de fundamental importância que o sistema educacional
prepondere por uma educação para todos, onde o enfoque seja dado às
diferenças existentes dentro da escola. Uma tarefa nada fácil, que exige
transformações acerca do sistema como um todo e mudanças significativas no
olhar da escola, pensando a adaptação do contexto escolar ao aluno.
Dentro desta perspectiva em que a escola pública trabalha com a
diversidade e que é necessário respeitar as diferenças existentes em sala de
aula e em todo o ambiente escolar, não é possível que o professor continue
desenvolvendo o ensino aplicável a todos os alunos. É necessário que se
diversifique a prática pedagógica, buscando atender as características e as
necessidades de cada aluno, criando contextos educacionais que permitam
atender as especificidades de todos.
Nesse sentido a atualização da Proposta Curricular de Santa Catarina
tem se dedicado a discussão das seguintes diversidades:
A questão de gênero, logo vem a ideia de gênero ligada aos sexos
masculino e feminino, enfatizando a questão da exclusão da mulher, sempre
desrespeitada na sociedade ao longo da história. Essa exclusão é marcada na
sociedade em diversas situações, como mercado de trabalho, política etc,
privilegiando o homem, e enxergando-o com capacidade de liderança, força
física, virilidade, capaz de garantir o sustento da família e atender ao mercado
de trabalho, etc, em contraposição a mulher vista como reprodutora, com a
responsabilidade por cuidar dos filhos, da família e das atividades domésticas.
Entretanto, muitas transformações vêm ocorrendo nas relações de sexo
na sociedade, fazendo com que essa visão sobre a mulher seja desmistificada
e dando oportunidades às mulheres para dividirem os mesmos espaços
profissionais e pessoais com os homens.
Educação para diversidade sexual reconhece que, nos sujeitos LGTB, a
identidade de gênero assume ainda mais importância na medida em que estão
sujeitos as discriminações homofóbicas, lesbofóbicas, transfóbicas e exclusão
social.
Dentro dessa perspectiva a proposta curricular centra-se no pressuposto
que o direito à educação para todos deve ser garantido por meio de efetivação
de políticas contra formas associadas de exclusão.
Faz-se necessário também salientar o caráter de coprodução
permanente, em toda a Educação Básica, em todas as áreas e em todos os
componentes curriculares a fim de que a igualdade nas relações de gênero se
torne uma realidade na Formação Integral de nossas crianças e jovens.
A escola atende em seu cotidiano, muitos alunos advindos de diversos
grupos, entre eles, possui os alunos do campo com sua cultura e seus valores
que precisam ser reconhecidos e valorizados, pois são muitas as influências e
contribuições trazidas por eles, principalmente em relação ao trabalho, a
história, o jeito de ser, os conhecimentos e experiências,
O movimento pela inclusão oportuniza o direito de todos os alunos de
estarem juntos aprendendo, tendo suas especificidades atendidas. Assim, a Lei
abre espaço também aos alunos com necessidades educacionais especiais a
serem atendidos em escolas especiais ou escolas regulares, de acordo com
suas especificidades.
Outra diversidade verificada no interior da escola pública, que vem
sendo muito valorizada atualmente é com relação à educação escolar indígena.
Os indígenas também clamam por processos educacionais que lhes permitam
o acesso aos conhecimentos universais, mas que valorize também suas
línguas e saberes tradicionais.
A proposta é por uma educação escolar indígena diferenciada, que
possibilite a inclusão deste grupo no sistema educacional, tendo respeitadas as
suas peculiaridades. Muitos investimentos têm sido realizados com relação a
educação escolar dos indígenas, principalmente em relação aos professores,
capacitando professores indígenas que conhecem a realidade, a história e a
cultura do seu grupo ao longo de todo o processo histórico brasileiro.
Os afrodescendentes devem ser reconhecidos em nossa sociedade com
as mesmas igualdades de oportunidades que são concedidas a outras etnias e
grupos sociais, buscando eliminar todas as formas de desigualdades raciais e
resgatar a contribuição dos negros na formação da sociedade brasileira e,
assim, valorizar a história e cultura dos afro-brasileiros e africanos.
A educação é o fato de maior eficácia para contribuir para a promoção
dos excluídos. Por isso, muitas ações têm sido desencadeadas no sentido de
reconhecimento e valorização do negro, garantindo a eles as mesmas
condições, numa constante luta contra o racismo e o preconceito.
Outra modalidade relevante é a educação do campo, pois é inaceitável
pensar desconectada das necessidades dos sujeitos, desrespeitando sua
cultura, sua história e seus anseios de vivencias e saberes. Ela deve ser
edificada com base na realidade local, como ferramentas para os estudantes
nos processos de modificação da realidade e permanência no campo, com
dignidade e qualidade de vida.

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