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N-2315 REV. E 11 / 2016

Execução de Ensaio não Destrutivo -


Ultrassom em Forjado

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 27 CONTEC - Subcomissão Autora.

Ensaios não Destrutivos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 7 páginas, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na realização de ensaio não destrutivo por meio do
ultrassom em forjados de aço carbono, baixa liga, inoxidável austenítico, ferrítico e martensítico e liga
austeno-ferrítico duplex e superduplex.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

INMETRO VIM:2012 - Vocabulário Internacional de Metrologia - Conceitos Fundamentais e


Gerias e Termos Associados;

ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 - Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios


de Ensaio e Calibração;

ABNT NBR NM 335:2012 - Ensaios Não Destrutivos - Ultrassom - Terminologia;

ABNT NBR NM ISO 9712:2014 - Ensaio Não Destrutivo - Qualificação e Certificação de


Pessoal em END;

ISO 9712:2012 - Non-Destructive Testing - Qualification and Certification of NDT Personnel;

API SPEC 6D:2014 - Specification for Pipeline and Piping Valves;

ASME B16.34:2013 - Valves - Flanged, Threaded, and Welding End;

ASME BPVC Sec.V:2015 - Boiler and Pressure Vessel Code - Section V - Nondestructive
Examination;

ASTM A388/A388M:2016 - Standard Practice for Ultrasonic Examination of Steel Forging;

ASTM A745/A745M:2015 - Standard Practice for Ultrasonic Examination of Austenitic Steel


Forgings;

ASTM A1049/A1049M:2010 - Standard Specification for Stainless Steel Forgings,


Ferritic/Austenitic (Duplex), for Pressure Vessels and Related Components;

BSI BS EN 10228-3:2016 - Non-Destructive Testing of Steel Forgings - Part 3: Ultrasonic


Testing of Ferritic or Martensitic Steel Forgings;

DNV-OS-F101:2013 - Submarine Pipeline Systems.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições do INMETRO VIM:2012,


ABNT NBR NM 335:2012 e os seguintes.

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3.1
adição
inserção de um novo parágrafo ou de um texto em parágrafo

3.2
dobra (“lap“)
descontinuidade localizada na superfície da peça, resultante do caldeamento incompleto durante a
laminação ou forjamento

3.3
dupla-laminação (“lamination“)
descontinuidade bidimensional paralela à superfície da chapa, proveniente de porosidade ou rechupe
do lingote que não se caldearam durante a laminação

3.4
lasca (“seam“)
descontinuidade superficial alinhada proveniente de inclusão ou de porosidade não caldeada durante
a laminação

3.5
modificação
substituição de todo um parágrafo ou modificação de parte dele

3.6
norma base
normas de projeto, fabricação, construção e montagem relativas ao equipamento inspecionado e
normas complementares citadas por esta Norma

3.7
segregação (“segregation“)
concentração localizada de elementos de liga ou de impurezas

3.8
supressão
exclusão do parágrafo ou parte dele

4 Condições Gerais

4.1 O ensaio por meio do ultrassom deve ser executado conforme preconizado nas Normas Base em
suas especificações de projeto, fabricação, construção e montagem relativas ao equipamento
inspecionado, exceto quanto às modificações, adições e supressões mencionadas nas condições
específicas.

4.2 Quando uma Norma Base referenciada na Seção 2 não for citada na Seção 5 de condições
específicas, ela deve ser aplicada integralmente em seus itens relacionados ao ensaio não destrutivo
por meio de ultrassom, como são os casos do ASME B16.34:2013, ASTM A745/A745M:2015 e
ASTM A1049/A1049M:2010.

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4.3 Para todas as normas de projeto, fabricação, construção e montagem é necessária a adição
dos 5.1 e 5.2 visando complementá-las quanto aos requisitos nelas especificados para a execução
dos ensaios por meio de ultrassom.

5 Condições Específicas

5.1 Qualificação de Pessoal

5.1.1 Para serviços executados no Brasil, a qualificação e certificação de pessoal para o ensaio por
meio de ultrassom devem ser por Organismo Certificador de Pessoas (OPC) acreditado pelo
INMETRO conforme ABNT NBR NM ISO 9712:2014.

5.1.2 Para serviços executados no exterior, a qualificação e certificação devem ser conforme
estabelecido no 5.1.1 ou por entidades internacionais independentes, acreditadas pelos organismos
nacionais de seus respectivos países que operem em absoluta conformidade com a ISO 9712:2012.

NOTA Sistemas de autocertificação, como a "Nondestructive Personnel Qualification and


Certification ASNT SNT-TC-1A”, para inspetores Níveis 1, 2 ou 3, em que a metodologia de
certificação é estabelecida ou aplicada pelo próprio empregador segundo seus critérios, não
são aceitos pela PETROBRAS, mesmo que citado nas normas base desta Norma.

5.2 Qualificação de Procedimento

5.2.1 O procedimento deve ser qualificado e certificado por inspetor Nível 3.

5.2.2 As evidências objetivas da qualificação do procedimento devem ser mantidas de forma a


possibilitar sua comprovação à PETROBRAS, a qualquer momento, quando solicitado.

5.2.3 A qualificação do procedimento deve ser efetuada de acordo com a norma de projeto,
fabricação, construção e montagem.

NOTA Quando a sistemática de qualificação do procedimento não estiver especificada nas normas
de projeto, fabricação, construção e montagem, a qualificação deve ser efetuada em
corpos-de-prova representativos da inspeção a ser realizada, com características idênticas
e em quantidade suficiente para que, no processo de qualificação, se possa demonstrar que
o ensaio apresenta características de repetibilidade, incerteza de medição e probabilidade
de detecção compatíveis com a inspeção e critérios adotados na avaliação de
descontinuidades.

5.2.4 A qualificação do procedimento deve ser realizada antes da execução dos serviços e no
procedimento qualificado devem constar, no mínimo, os itens descritos na Tabela 1. Sempre que
qualquer variável for alterada, deve ser emitida uma revisão do procedimento. Se a variável for
essencial, o procedimento deve ser requalificado.

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Tabela 1 - Requisitos do Procedimento

Variável Variável não


Requisitos
essencial essencial
Objetivo x
Normas de referência x
Requisitos de qualificação de pessoal x
Material e configurações, incluindo faixa de espessura e dimensões x
Croquis com detalhes dimensionais x
Instrumento (fabricante e modelo) x
Cabeçotes: tipo, fabricante, modelo, dimensões, ângulo, frequência,
x
comprimento do campo próximo e espessura de utilização
Sistema de aquisição de dados computadorizados incluindo
programa de computador (software) e versão do programa, quando x
aplicável
Descrição do sistema de varredura (manual ou mecanizado), quando
x
aplicável
Método e periodicidade de ajuste dos instrumentos x
Técnica a ser usada (exemplo: método contato direto, técnica
x
pulso-eco, imersão)
Técnica de ajuste x
Ajuste da sensibilidade do instrumento x
Condições superficiais e técnica de preparação x
Acoplante x
Técnica de varredura x
Método de dimensionamento de descontinuidades x
Critérios de registro e aceitação de descontinuidades x
Sistemática de registro de resultados x
Formulário de relatório para apresentação dos resultados x

5.2.5 No registro dos resultados deve ser emitido um relatório contendo no mínimo:

a) nome do emitente (órgão da PETROBRAS ou firma executante);


b) identificação numérica;
c) número e revisão do procedimento;
d) identificação da peça (tipo e dimensões);
e) especificação do material da peça;
f) identificação, incluindo número de série, dos instrumentos e cabeçotes utilizados;
g) sistema de aquisição de dados computadorizado incluindo programa de computador
(software) e versão do programa, quando aplicável;
h) instrumento de varredura quando usado;
i) identificação do registro da calibração dos instrumentos;
j) temperatura da peça ensaiada;
k) acoplante utilizado;
l) superfície por onde o ensaio foi realizado;
m) identificação do bloco de referência, quando aplicável;
n) método de ajuste da sensibilidade;
o) extensão do ensaio;
p) acabamento superficial da região inspecionada;
q) atenuação sônica do material, quando aplicável;

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r) registro dos resultados, incluindo o nível de resposta (amplitude) em relação à referência


adotada, a profundidade e as dimensões das descontinuidades e/ou áreas com perda de
eco de fundo;
s) normas, incluindo edição/revisão, e/ou valores de referência para interpretação dos
resultados;
t) croqui da peça mostrando área examinada, as descontinuidades e/ou áreas com perda
de sinal;
u) parecer indicando aceitação, rejeição ou recomendação de exame complementar;
v) local e data;
w) identificação, assinatura e nível, do inspetor responsável.

5.3 Calibração do Sistema de Medição

5.3.1 Os dispositivos do sistema de medição que devem ser periodicamente calibrados são o
instrumento de ultrassom e blocos-padrão.

5.3.2 A periodicidade de calibração do instrumento de ultrassom deve ser adequada ao uso


conforme definido no plano de calibração do usuário.

NOTA 1 Os certificados de calibração são emitidos por laboratórios acreditados conforme a


ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005. Quando não houver laboratório acreditado para a
grandeza a ser calibrada, podem ser utilizados laboratórios com padrões rastreados à Rede
Brasileira de Calibração (RBC) ou laboratório com seu sistema metrológico nacional ou
internacionalmente reconhecido.
NOTA 2 Qualquer reparo ou manutenção no sistema de medição implica na necessidade de nova
calibração, independentemente da periodicidade estabelecida.

5.4 Critério de Aceitação de Descontinuidades

O critério de aceitação deve ser estabelecido pela especificação de projeto do forjado. Quando não
determinado pela especificação do projeto, deve ser empregado o critério de aceitação da
ASTM A388/A388M:2016.

5.5 Modificação, Adição e Supressão do DNV-OS-F101:2013, APPENDIX D

5.5.1 Item D206 - “Reference blocks for straight beam testing - Supplementary requirement S1 of
ASTM A388 shall apply, but with the following additional requirements” - Suprimir

5.5.2 Item D207 - “Reference blocks for angle beam testing - The reference notches shall be
rectangular OD and ID notches with a depth of” - Suprimir

5.6 Modificação, Adição e Supressão do ASTM A388/A388M:2016

5.6.1 Item 10 - Recording - Adicionar

Se o tamanho da descontinuidade real for menor do que o perfil do feixe sônico (6 dB), a técnica da
queda de 6 dB não é adequada para o dimensionamento. A área medida na superfície deve ser
superestimada e não representa a dimensão real da indicação. Um guia para classificar se as
indicações reveladas são maiores ou menores do que o perfil do feixe na técnica de queda de 6 dB é
dada na BSI BS EN 10228-3:2016, parte 13.

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5.6.2 Item 12 - Quality Levels - Adicionar

Para inspeção de aços inoxidáveis Duplex forjados seguir as recomendações da DNV-OS-F101:2013


- App.D - D 300 - “Ultrasonic and liquid penetrant testing of duplex stainless steel forgings”.

5.7 Modificação, Adição e Supressão do ASME BPVC Sec. V:2015

Quando o ASME BPVC Sec. V:2015 remeter à ASTM A388/A388M:2016, o 5.6 desta Norma deve ser
atendido.

5.8 Extensão, Metodologia e Critério de Aceitação para Válvulas

Para válvulas forjadas, quando não estabelecido pela norma de projeto, seguir a extensão de ensaio
estabelecida no Anexo G (normativo) do API SPEC 6D:2014.

5.9 Inspeção de Forjados em Material Duplex e Superduplex

Para inspeção de materiais forjados em duplex e superduplex, quando não especificado pela norma
de projeto, seguir o item D300 do apêndice D da DNV-OS-F101:2013 para metodologia de ensaio e
D501 do apêndice D da DNV-OS-F101:2013 para critério de aceitação.

5.10 Inspeção de Forjados em Material Aço Inoxidável Austenítico

Para inspeção de materiais forjados em aço inoxidável austenítico, quando não especificado pela
norma de projeto, seguir SA-745 do artigo 23 do ASME BPVC Sec. V:2015. Adotar o nível de
qualidade para aceitação de acordo com a prática geral da espessura do forjado estabelecido no
12.1.1.2 do SA-745.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.1 Revisado

2 Revisado

3 Revisado

4.2 Revisado

5.1 Revisado

5.3 Revisado

5.8 Incluído

5.9 Incluído

5.10 Incluído

IR 1/1

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