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1.

MEDIÇÃO DE PRODUTO

Esta seção estabelece os Procedimentos padrões básicos para medição de volumes,


temperaturas e densidades de produto em tanques de terra e navios-tanque.
A medição correta e acurada dos volumes de produtos a granel é uma das mais
importantes operações de uma Base. Esta operação é feita em volumes à temperatura
ambiente e no padrão 20o C para produtos claros e em peso para produtos escuros.
1.1 Equipamento de Medição
1.1.1 Trenas
Trenas Manuais
A trena de referência deverá possuir certificado do INMETRO ou outro órgão
oficial certificador.
As trenas devem ser comparadas com a de referência, inicialmente quando
colocadas em operação, semestralmente e quando sua precisão for questionada.
O limite máximo de tolerância entre sua leitura e a trena de referência é de 3
mm. Todas as comparações deverão ter seus registros mantidos em arquivo.
As trenas deverão sofrer inspeção visual todas as vezes em que forem utilizadas,
para detecção de dobras, ondulações e perda de legibilidade, o que acarretará
na necessidade de substituição. Este critério aplica-se também a trena de
referência.
Trenas Automáticas
As instalações que possuírem trenas automáticas nos tanques, deverão
obrigatoriamente utilizá-las na realização das medições intermediárias nos
recebimentos por oleoduto ou navio-tanque.
As medições através de trenas automáticas serão aceitas para reconciliação de
estoques, após um acompanhamento de sua aferição contra a medição manual.
O prazo de acompanhamento não deverá ser inferior a 10 medições sucessivas
e num período no mínimo de 2 meses. Esse acompanhamento deve ser
registrado e mantido em arquivo. Após esse período, a comparação deverá ser
feita mensalmente, podendo passar a trimestral caso após um ano de uso o
equipamento não apresente problemas.
Caso aceito localmente pelas partes, a medição automática poderá ser utilizada
também para a transferência de custódia de produtos.
1.2 Definições
Na tabela a seguir são apresentadas algumas definições sobre a estrutura dos tanques:

sa de Medição Mesa de Medição Ë a chapa de referência colocada junto ao fundo do tanque, que serve como contato do prumo da trena
para referenciar a medição.
Ponto zero Ë a parte superior da mesa de medição, que corresponde a altura zero da tabela volumétrica do
tanque.
Bocal de medição É a escotilha do tubo de medição situada acima do teto do tanque.

Altura de referência É a distância entre a parte superior do bocal de medição e o ponto zero.

Altura do produto É a distância entre o ponto zero e o cor te do produto na trena, ou a diferença entre a altura de
referência e a altura do espaço vazio.
Espaço vazio É a distância entre a altura de referência e a altura do produto.

Distância M-H É a distância entre a parte superior da boca de medição do teto e o nível de produto nos tanques de
teto-flutuante. Através dela verifica-se a condição de flutuação do teto e o consequente deslocamento
de produto.
Medição direta É a altura do produto definida do ponto zero até o corte de produto, descontando-se o corte d'água, se
houver.
Medição indireta É a diferença entre a altura de referência e o corte de produto.

No desenho a seguir, são apresentadas as descrições mais usuais:


1.3 Medição de Nível
1.3.1 Medição de Produtos Claros ( Medição Direta) / Espaço Cheio
Em Tanques de Teto Fixo
Obter o valor registrado na tabela de arqueação do tanque como altura de
referência oficial para o tanque que está sendo medido.
Selecionar instrumento que será usado na medida - trena oficial .
Certificar-se de que o tanque está isolado, isto é que todas as válvulas de saída
e drenos estão fechados e lacrados.
Subir no tanque com passos normais, sem correr e usando os seus EPI’s.
Usar o corrimão da escada para sua proteção pessoal.
Chegando no topo do tanque, fixar o cinto de segurança no guarda corpo.
Verificar se a boca de medição esta fechada de acordo com a instrução da Base
ou Terminal.
Verificar as condições físicas da marca que materializa o ponto de referência.
Introduzir a trena pela boca de medição do tanque pressionando levemente a
fita contra a chapa metálica da boca de medição para descarregar a eletricidade
estática até que o prumo entre em contato com a mesa de medição ou fundo do
tanque, sem flexionar a fita.
Retirar a trena e verificar a altura aproximada marcada na fita pelo produto.
Enxugar a região do “corte” e aplicar uma leve camada de pasta identificadora do
produto.
Introduzir novamente a trena no interior do tanque até próximo da altura de
referencia, obedecendo o mesmo procedimento do item 5.1.3.9
NOTA: Quando efetuando medidas em produtos escuros , devido a sua viscosidade, deve-
se manter o prumo em contato com a mesa de medição ou fundo do tanque por um tempo
maior, porém não mais do que 5 segundos, a fim de evitar uma leitura menor que a real,
motivada pelo menisco invertido.

Durante esta operação manter a trena sem oscilações a fim de evitar a formação
de ondas na superfície do produto.
Conferir o posicionamento da trena em relação ao ponto de referência. Verificar
se a altura de referência encontrada é igual a altura de referência tabelada ou
fornecida pelo Terminal para ter certeza de que o prumo esteja tocando na mesa
de medição ou fundo do tanque.
Levantar a trena antes de começar a enrolar a fita, para evitar cortes errôneos.
Enrolar a fita até o ponto do corte.
Ler a altura do ponto onde ocorreu o corte. Efetuar a leitura até a casa dos
milímetros.
Fazer no mínimo 2 operações, se as leituras não coincidirem, repetir a operação
tantas vezes quantas forem necessárias até obter duas medidas coincidentes.
Registrar na CADERNETA/FICHA de medição, a altura de referência medida,
altura do produto e o número da trena usada. Os registros devem ser claros,
legíveis, isentos de rasuras ou borrões. Se necessário, cancele a folha da
CADERNETA/FICHA onde houve rasuras e, ainda em cima do tanque, faça
novo registro. Jamais anote medidas em rascunhos para posteriores
transcrições.
Limpar a fita graduada, retirando a pasta identificadora de produto com um trapo.
Enrolar a fita de aço completamente.
Fechar a boca de medição.
Reunir os instrumentos.
Recolher os trapos (usados e não usados).
Desça normalmente do tanque, sem correr.
Em Teto de Tanque Flutuante
Mesmo procedimento dos tanques de teto fixo, apenas acrescentando a medição
M-H, que deverá ser feita nos casos das medições iniciais e finais de
recebimento de refinaria e cabotagem ou quando houver suspeita de problema
de flutuabilidade do teto do tanque, através da boca de medição existente no teto
flutuante.
1.3.2 Medição de Produtos Escuros
1.3.2.1 Para Medir o Produto ( Medida Indireta ) / Espaço Vazio
Obter o valor registrado na tabela de arqueação do tanque como altura de
referência oficial para o tanque que está sendo medido.
Selecionar instrumento que será usado na medida - trena oficial.
Certifique-se de que o tanque está isolado, isto é que todas as válvulas estão
fechadas.
Subir no tanque com passos normais, sem correr e usando os seus EPI’s.
Usar o corrimão da escada para sua proteção pessoal.
Fixar o cinto de segurança no guarda corpo, ao chegar no topo do tanque
Verificar as condições físicas da marca que materializa o ponto de referência.
Passar a pasta identificadora de produto no prumo.
Introduzir a trena pela boca de medição do tanque pressionando levemente a
fita contra a chapa metálica da boca de medição para descarregar a eletricidade
estática até que o prumo entre em contato o produto.
NOTA:: Quando efetuando medidas em produtos escuros , devido a sua viscosidade, deve-
se manter o prumo imerso no produto por um tempo maior, porém não mais do que 5
segundos, a fim de evitar uma leitura menor que a real, motivada pelo menisco invertido,
devido à tensão superficial.

Efetuar a leitura da fita no nível do ponto de referência.


Levantar a trena e enrolar a fita.
Fazer a leitura da altura marcada no prumo pelo produto.
Efetuar no mínimo duas leituras, se os valores não coincidirem, repetir a
operação tantas vezes quantas forem necessárias até obter duas medidas
coincidentes
Registrar na CADERNETA/FICHA de medição a medida feita ao nível do ponto
de referência, altura marcada pelo produto no prumo e o número da trena usada.
Os registros devem ser claros, legíveis, isentos de rasuras ou borrões. Se
necessário, cancele a folha da CADERNETA/FICHA onde houve rasuras e faça
novo registro.
Limpar o prumo, retirando a pasta identificadora de produto com um trapo.
Enrolar a fita de aço completamente.
Fechar a boca de medição.
Reunir os instrumentos.
Recolher os trapos (usados e não usados).
Calcular o espaço vazio no tanque, subtraindo o valor lido ao nível do corte no
prumo do valor lido na fita graduada ao nível do ponto de referência.
Calcular a altura do nível do produto subtraindo o espaço vazio da altura de
referência tabelada ou fornecida pelo Terminal.
Registrar na CADERNETA/FICHA de medição, no campo “observação”, a altura
do espaço vazio calculada.
Registrar na CADERNETA/FICHA de medição, no campo “altura total”, a altura
do espaço cheio calculada.
NOTA: Este método não considera e nem determina a quantidade de água presente no
tanque, que deverá ser obtida por medição direta.
Procedimento para o cálculo da altura do produto pode ser resumido pela
seguinte fórmula:
hp = hr - hev + hc

1.3.2.2 Para Medir a Água


Passar a pasta de medição de água no prumo da trena ou na barra milimetrada.
Banhar o prumo ou a barra milimetrada em querosene ou óleo diesel.
Introduzir a trena ou barra milimetrada no bocal e descer até tocar suavemente a
mesa de medição, deixando-a nesta posição por 3 minutos.
Recolher a trena ou barra milimetrada e banhar o local onde foi aplicada a pasta
com querosene ou óleo diesel, para livrá-la do óleo combustível e fazer a leitura
da água encontrada.
1.4 Navios-Tanques
Os volumes serão aferidos nos tanques dos navios-tanque, a partir de medição indireta
(ver item 1.3.2.1).

2. AMOSTRAGEM

A amostragem tem como finalidade ter-se uma quantidade representativa do produto


em análise, sendo utilizada para possibilitar o controle de Qualidade e a conversão do
volume a 20°C.
Deve ser utilizado um saca amostra aprovado pela ABNT, constituído de um recipiente
de cobre ou latão, com alça articulada e rolha de cortiça, com capacidade de 1000 ml.
Para produtos escuros devem ser utilizados saca amostras para operação com
produtos aquecidos.
2.1 Definições
A tabela abaixo identifica os tipos usuais de amostras:

Amostra de nível é a amostra retirada em um determinado nível de produto no tanque.

Amostra de tôpo é a amostra retirada a 15 cm abaixo da superfície do produto.

Amostra de meio é retirado aproximadamente no meio da altura do produto.

Amostra de fundo é retirado ao nível do fundo do tanque.

Amostra composta de tanque único é a mistura das amostras em partes iguais de mais de um nível de um tanque.

Amostra composta de múltiplos tanques é a mistura de amostra de dois ou mais tanques considerando a proporção de
volume de cada um.
Amostra corrida é uma a mostra única tirada de todos os níveis do tanque.

Amostra de superfície é retirada ao nível da superfície do produto.

Amostra superior é retirada no ponto médio do terço superior de produto no tanque

Amostra inferior é retirada no ponto médio do terço inferior de produto no tanque

2.2 Metodologia
Para produtos claros, tanto o saca amostra como o frasco devem ser lavados com o
produto a ser amostrado.
2.2.1 Amostra de Nível
Descer o saca amostra arrolhado até a altura desejada (terço superior, meio ou
terço inferior) e retirar a rolha com um leve toque no cordão.
Aguardar o enchimento total do saca amostra (evidenciado pela paralisação do
processo de formação das bolhas de ar na superfície do produto).
Retirar amostras sempre de cima para baixo.
Misturar no laboratório em partes iguais, quando na confecção da amostra
composta.
2.2.2 Amostra Corrida
Descer o saca amostra sem a rolha até próximo a mesa de medição (30 cm), e
puxar o saca amostra em velocidade constante, de maneira que ele não saia
completamente cheio de produto (aproximadamente com 3/4 da capacidade do
saca-amostra).
2.2.3 Amostra de Todos-os-Níveis
Descer o saca amostra arrolhado até a mesa de medição, retirar a rolha e puxar
o saca amostra em velocidade constante, de maneira que ele não saia
completamente cheio de produto (aproximadamente com 3/4 da capacidade do
saca-amostra).
2.3 Tanques de Terra, Tanques de Navios e Balsa
Tanques de Terra
Coletar amostra tipo "corrida" ou "de todos-os-níveis" de cada tanque, em
conformidade com os entendimentos entre as partes envolvidas.
Tanques de Navio e Balsa
Coletar amostra tipo "corrida" ou "de todos-os-níveis" de cada tanque de carga de
maneira que uma amostra composta representativa da carga total possa ser preparada
no laboratório. A amostra representativa deverá ser feita pela combinação das amostras
de cada tanque considerando o volume em cada um, em relação ao volume total da
carga.
Quando a existência de produto estratificado é conhecida ou há suspeita, amostra
individual do terço superior, do meio e do terço inferior deve ser coletada e analisada
para determinar o grau de estratificação.

3. MEDIÇÃO DE TEMPERATURA

A medição de temperatura corretamente é um dos fatores mais importantes nas


operações, tendo em vista que a pequenas variações podem representar erros
elevados na conversão dos volumes dos produtos para a temperatura padrão de 20°C.
3.1 Termômetros
3.1.1 Termômetros de Mercúrio
Utilizar somente termômetros aprovados pelo INMETRO, com certificado do
fabricante ou do INMETRO. O termômetro de referência deverá possuir
obrigatoriamente certificado do INMETRO
Utilizar somente termômetros de imersão total para tomadas de temperaturas
nos tanques de armazenagem, navios-tanque, vagões-tanque ou caminhões-
tanque.
Os termômetros de mercúrio de uso diário, quando não em operação, deverão
ser mantidos em uma estante juntamente com o termômetro de referência, de
modo a ser possível comparação visual com o termômetro de referência.
Deverão ser eliminados os que apresentarem variação superior a 0,5 ºC ou que
estejam com a coluna de mercúrio partida.
Verificar mensalmente a precisão dos termômetros de mercúrio em uso,
comparando-o com o termômetro de referência, sendo retirados de operação os
que apresentarem erro superior a 0,5°C. As comparações deverão ser feitas
através da imersão dos termômetros em líquido, juntamente com o termômetro
de referência.
3.1.2 Termômetros Eletrônicos
Os termômetros eletrônicos portáteis tem que ser calibrados pelo menos uma
vez a cada intervalo de 12 meses e comparados mensalmente com o termômetro
de referência. Os registros das leituras dos testes comparativos deverão ser
mantidos em arquivo.
Os termômetros fixos ou sensores de temperatura internos do Sistema ENRAF
nos tanques de armazenagem devem ser testados mensalmente versus os
termômetros eletrônicos automáticos portáteis ou com o termômetro de
referência, e calibrados se necessário. A variação máxima entre as temperaturas
médias apuradas é de ± 0,5ºC. O intervalo entre os testes poderão ser
estendidos para trimestral, caso os registros históricos do equipamento mostre
que o mesmo manteve-se funcionando sem defeito por pelo menos 1 ano.
3.2 Metodologia
A medição de temperatura deve obedecer a Portaria INPM 15/67.
O tempo de imersão do termômetro de mercúrio para a tomada da temperatura é de 5
minutos para produtos claros e 15 minutos para produtos escuros.
O tempo de imersão para termômetro eletrônico deverá ser o de sua estabilização, de
acordo com o recomendado pelo fabricante.
Fazer a leitura da temperatura imediatamente após a sua retirada do tanque, numa
posição em que a linha de visão seja perpendicular à sua haste. A cuba do suporte do
termômetro de mercúrio tem que estar cheia de produto, e o termômetro não deve ser
retirado completamente da escotilha de medição.
O suporte do termômetro de mercúrio deve estar limpo e livre de resíduos de qualquer
produto.
3.2.1 Tomada de Temperatura
Tanques de Terra e Navios-Tanque
A tomada de temperatura deve ser feita na mesma hora da medição do nível de
produto. As temperaturas devem ser tomadas em todos os tanques.
Para produtos Claros e Escuros, o número mínimo de tomadas de temperatura e
os níveis em que deverão ser tomadas, estão especificados na tabela a seguir:

Altura do Produto Número Mínimo de Tomadas Nível para tomadas

- no meio terço superior;


mais de 3m 3 - no meio da massa líquida;
- no meio do terço inferior;
igual ou menos de 3m 1 no meio da massa líquida;

NOTA.: Para tanques com capacidade menor do que 795 m3, uma tomada de temperatura no
meio da massa líquida pode ser usada. Também, uma tomada de temperatura no meio da
massa líquida será suficiente em tanques de navio e balsa contendo menos do que 795 m3.

4. DETERMINAÇÃO DA D ENSIDADE

4.1 Definições
A densidade é um número que define a relação entre a massa e o volume de uma
substância.
Densidade relativa é a razão entre a massa de uma substância e a massa de outra
substância tomada como referência. Para sólidos e líquidos o padrão geralmente
adotado é água a 4 ºC; para gases e vapores geralmente é o ar ou hidrogênio. A
densidade relativa é adimensional, isto é, não tem unidade.
4.2 Densímetros
Utilizar somente densímetros aprovados e certificados pelo INMETRO.
Os locais que tiverem operações com óleos combustíveis, por serem baseadas em
peso, deverão possuir densímetro de referência, devidamente certificado pelo
INMETRO.
Os locais que tiverem operações com óleos combustíveis, deverão efetuar
semestralmente teste de comparação dos densímetros em uso com o densímetro de
referência, devendo serem retirados de operação os que apresentarem erro superior a
0,0005g/ml. Em qualquer situação em que os mesmos apresentem tendência a erro,
deverão os testes serem realizados independentemente do prazo do último teste.
Todos os testes devem ser registrados e mantidos em arquivo.
Os destinados a produtos claros, deverão ser substituídos quando estiverem
danificados.
4.3 Metodologia
4.3.1 Produtos Claros
Lavar uma proveta de vidro (preferencialmente não graduada) de 1000 ml com o
próprio produto. Protegê-la da incidência direta da luz solar e de ventos que
possam falsear a leitura.
Colocar na proveta o termômetro e o densímetro, evitando molhar a haste do
densímetro acima do nível provável de flutuação. Eles deverão ser colocados de
forma que não fiquem em contato com a parede da proveta.
Aguardar 5 minutos para fazer a leitura da temperatura, com aprox. de 0,25 ºC.
Retirar o termômetro.
Com o densímetro estabilizado flutuando livremente, fazer a leitura na escala
com aprox. de 0,0005 g/ml, ao nível de interseção no plano da superfície livre do
líquido com a haste.
Repetir novamente a etapa anterior.
Se a diferença entre a primeira e a segunda temperatura for superior a 0,5 ºC,
repetir as leituras da densidade e da temperatura até que se estabilize dentro do
intervalo de 0,5 ºC.
Anotar a leitura final da densidade com aprox. de 0,0005 g/ml e como
temperatura a média das duas leituras, com aprox. de 0,5 ºC.
Converter a densidade encontrada para densidade relativa a 20 ºC utilizando a
tabela de conversão ou outro sistema apropriado.
4.3.2 Produtos Escuros
A proveta deve estar seca e isenta de produto para receber a amostra.
Aquecer a amostra em banho-maria até uma temperatura que permita uma
fluidez suficiente do produto (no mínimo 65 ºC).
Colocar na proveta o termômetro e o densímetro, evitando molhar a haste do
densímetro acima do nível provável de flutuação. Eles deverão ser colocados de
forma que não fiquem em contato com a parede da proveta. Aguardar 15 minutos
para fazer a leitura da temperatura. Retirar o termômetro.
Com o densímetro estabilizado flutuando livremente, fazer a leitura por cima do
produto, lendo a escala do densímetro na crista do menisco com aprox. de
0,0005 g/ml.
Repetir novamente a etapa anterior.
Se a diferença entre a primeira e a segunda temperatura for superior a 0,5 ºC,
repetir as leituras da densidade e da temperatura até que se estabilize dentro
do intervalo de 0,5 ºC.
Anotar a leitura final da densidade com aprox. de 0,0005 g/ml e como
temperatura a média das duas leituras, com aprox. de 0,5 ºC. Esta leitura requer
uma correção de + 0,0007 g/ml, pois os densímetros são calibrados para leitura
correta no nível da superfície principal do líquido.
Converter a densidade encontrada para densidade relativa a 20 ºC utilizando a
tabela de conversão ou outro sistema apropriado.
NOTAS: No caso de líquidos transparentes determine o ponto de interseção, iniciando a
observação com a vista abaixo do nível da superfície do líquido e elevando-a lentamente até
aquele nível. Desta forma, a superfície é vista como um menisco alongado, que vai se
estreitando até se tornar uma linha reta que corta a escala no ponto procurado.
No caso de óleos combustíveis, fazer a leitura com a vista ligeiramente acima do plano da
superfície do líquido, no ponto da haste do densímetro alcançado pela borda do menisco
formado em sua volta.

5. TANQUES DE ARMAZENAGEM

5.1 Calibração
Os tanques devem ser arqueados conforme determinação do INMETRO na respectiva
tabela de arqueação , normalmente a cada 10 anos, ou quando sofrerem reformas
internas ou apresentarem sistemáticas variações de volume não explicadas.
Os tanques que recebem transferência de custódia ou tanques que apresentam
grandes variações devem ter verificadas trimestralmente a altura de referência pelo
método do espaço cheio versus o método de espaço vazio. Tanques com variação
superior a 5 mm devem ter avaliada a necessidade de ser realizada nova arqueação ou
inspeção de engenharia.
5.2 Operação
Não é recomendável que os tanques com teto flutuante ou selo interno flutuante operem
com o teto ou selo apoiado, tendo em vista o aumento da quantidade de vapor,
resultando em aumento nos índices de evaporação e consequentemente nas faltas de
produto, além dos aspectos de segurança. Quando ocorrer, as devidas precauções
deverão ser tomadas, para que o seu enchimento seja feito com vazão baixa até que os
selos ou tetos iniciem a flutuar.
Como o peso do teto flutuante desloca um determinado volume de produto, a depender
da situação especifica de cada operação, pode se fazer necessário corrigir os valores
de volume calculados a partir das medições efetuadas, para se garantir a precisão das
medidas e sua correta aplicação.
Critérios de Correção
O operador deve verificar se a tabela volumétrica do tanque em operação já foi
calculada com as correções aplicáveis, descontado o volume deslocado pelo peso do
teto, na posição baixa (operação), caso contrário quatro situações básicas poderão
ocorrer, sendo ou não necessário considerar o volume deslocado pelo teto a saber:
Não será necessário calcular o volume deslocado pelo teto quando:
Iniciar e terminar a operação com o teto em flutuação plena.
Iniciar e terminar a operação com o teto em apoio pleno.
Será necessário calcular o volume deslocado pelo teto quando:
Iniciar a operação com o teto apoiado e terminar com o teto flutuando
livremente;
NOTA: O volume deslocado deverá ser deduzido do volume final.
* Iniciar a operação com o teto flutuando livremente e terminar com o teto
totalmente. apoiado;
NOTA: O volume deslocado deverá ser deduzido do volume inicial.
Os tanques dos Pools não devem operar com lastro d'água, a exceção de casos
especiais de suspeita de furo no fundo, por tempo reduzido, com este
procedimento devidamente documentado pelo local.
Os tanques de produto de aviação devem possuir sucção flutuante e serem
epicotados internamente.

6. EQUIPAMENTOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE

Os equipamentos utilizados para execução dos testes de controle de Qualidade como:


Medidores de pH, Condutivímetros e analisadores de acidez, deverão ser aferidos
conforme contido nas normas mencionadas na seção Controle de Qualidade e
instruções dos fabricantes.
Os reagentes e soluções utilizadas deverão estar dentro do prazo de validade e
compradas de Fornecedores que forneçam atestado de Qualidade.
7. COMITÊ DE SOBRAS E FALTAS

Recomenda-se que o TESIAP ou outro agente indicado pelo Terminal desenvolva


estudos estatísticos por produto em trânsito com base nas operações realizadas
(oleoduto, navio-tanque) para estabelecer os limites regionais de variações admissíveis
em cada contrato, submetendo-os a aprovação do OPERADOR.
Devem ser estabelecidos objetivos aceitáveis e limites de variação para
questionamentos junto a Refinarias, Coordenadores de Suprimento e TESIPs, tais
como definido pelo Operador. Devendo ser questionadas ao Coordenador de Perdas
na Cabotagem as variações superiores as definidas para tal quando do recebimento por
navio-tanque.
Todas as análises e providências têm que ser mantidas registradas no local.

8. SEGURANÇA CONTRA FURTO

Nos locais onde forem identificados possibilidade de furto de produto ou alteração de


registros de quantidade, deverão ser lacrados ou trancados.
Locais que não são usados freqüentemente devem ser lacrados. Ex.: Válvulas de alívio,
filtros, medidores de volume etc...
Locais de uso constante ou afastados, devem ser utilizados cadeados, com correntes
com pelo menos 5 mm de espessura. Ex.: Válvulas de drenagem de tanques.
Os lacres a serem utilizados devem ser numerados, e serem controlados através de
registros e inspeções periódicas.
As chaves dos cadeados devem ser controladas através de registro de numeração e
controle de cópias.

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