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Estes testes são realizados para diferentes doses, obtendo-se o gráfico da resposta
média (𝜇) em função da dose:
𝑌−5
1 1 2
𝑃= ∫ 𝑒 −2𝑢 𝑑𝑢
√2𝜋 −∞
𝑌−5 |𝑌 − 5|
𝑃 = 50 × [1 + 𝑒𝑟𝑓 ( )]
|𝑌 − 5| √2
Desta forma a variável Y pode ser correlacionada linearmente com a dose, ou outra
variável causativa V (válida para incêndios e explosões):
𝑌 = 𝑘1 + 𝑘2 ln 𝑉
b. Higiene industrial
• Ciência dedicada à identificação, avaliação e controlo de
condições de trabalho que causam doenças e lesões.
• Fases de um projecto de higiene industrial:
Antecipação: prever a exposição dos trabalhadores a perigos
Identificação: determinação da presença de exposições (identificar fontes de perigo, modos
de entrada e potenciais danos)
Avaliação: monitorização da exposição a substâncias tóxicas, poeiras e ruídos.
Controlo: aplicação de tecnologias para reduzir exposição até níveis aceitáveis.
𝑑𝐶𝑖 𝑄𝑚,𝑖
𝑉 = 𝑄𝑚,𝑖 − 𝑘𝑄v 𝐶𝑖 = 0 𝐶𝑖 =
𝑑𝑡 𝑘𝑄v
sendo k um factor de mistura não ideal, que varia entre 0,1 e 0,5, dependendo do tipo de
ventilação. Para mistura perfeita k = 1. Quando nada é dito fazem-se dois cenários com estes
dois valores. Caso contrário usa-se a seguinte tabela:
𝐴𝑜 𝑃𝑔 𝑔 𝐴𝑜 2
ℎ (𝑡) = ℎ0 − 𝐶𝑜 √2 ( + 𝑔ℎ0 ) 𝑡 + (𝐶𝑜 𝑡)
𝐴 𝜌 2 𝐴
Para saber o tempo de descarga até ao nível do orifício basta substituir h(t) por 0 e resolver
em ordem a t.
• Escoamento de um líquido numa conduta (p.ex.
no caso de condutas partidas numa extremidade)
Aplica-se a equação de conservação de energia
entre o início do tubo (1) e o final (2):
𝑃1 𝑢1 2 𝑃2 𝑢2 2
+ 𝑧1 + = + 𝑧2 + + ℎ𝑓 + ℎ𝑎𝑐
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔
Cálculo das perdas de carga por atrito - ℎ𝑓
A partir da equação de Darcy:
𝐿 𝑢2
ℎ𝑓 = 4𝐶𝑓
𝐷 2𝑔
sendo L o comprimento do tubo, D o diâmetro interno e 𝐶𝑓 o coeficiente de atrito.
Procedimento para calcular 𝐶𝑓 :
I. Calcular o número de Reynolds com a velocidade do fluido (𝑢 = 𝑢1 = 𝑢2 =
𝑄⁄𝐴):
𝜌𝑢𝐷
𝑅𝑒 =
𝜇
II. Verificar o tipo de regime de escoamento:
▪ Re < 2000 – regime laminar
▪ 2000 < Re < 4000 – regime de transição
▪ Re > 4000 – regime turbulento
III. Calcular 𝐶𝑓 usando valor de 𝑅𝑒 e o método apropriado para cada regime:
▪ Regime laminar: 𝐶𝑓 = 16⁄𝑅𝑒
▪ Regime de transição: ver correlação dada neste caso
▪ Regime turbulento:
1 1 𝜀 1,255
= −4 log [ ×( )+ ]
√𝐶𝑓 3,7 𝐷 𝑅𝑒√𝐶𝑓
sendo 𝜀 a rugosidade do tubo.
Alternativamente existe um método gráfico – diagrama de Moody (ANEXO
1). Com os valores do número de Reynolds (abcissa) e da rugosidade
relativa (𝜀⁄𝐷 ) tiramos da ordenada do gráfico o valor de 4 × 𝐶𝑓 .
Assim deve-se primeiro que tudo verificar se estamos ou não em condições choked,
calculando 𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 e comparando com a pressão no exterior do tanque (𝑃):
Caso 𝑃 ≤ 𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 : estamos em condições choked calcula-se o caudal mássico pela
equação de 𝑄𝑚,𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 . Em geral verificam-se estas condições.
Caso 𝑃 > 𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 : não estamos em condições choked calcula-se o caudal mássico
pela equação de 𝑄𝑚 .
𝛾𝑀 𝛾𝑀
𝑄𝑚 = 𝜌𝑢𝐴 = 𝐴𝑀𝑎1 𝑃1 √ = 𝐴𝑀𝑎2 𝑃2 √
𝑅𝑇1 𝑅𝑇2
com as seguintes relações:
𝑇2 𝑌1 𝑃1 𝜌1 𝑀𝑎1 𝑌1 𝛾−1
= , = = √ , 𝑌= 1+ 𝑀𝑎2
𝑇1 𝑌2 𝑃2 𝜌2 𝑀𝑎2 𝑌2 2
Substituindo o número de Mach pela sua definição nas equações anteriores obtém-se as
expressões finais para calcular 𝐺𝑚 :
𝛾+1 𝑃1 𝑇2 𝛾 − 1 𝑃1 2 𝑇2 2 − 𝑃2 2 𝑇1 2 1 1 𝐿
ln ( )− ( ) ( 2 − 2 ) + 4𝐶𝑓 = 0
2 𝑃2 𝑇1 2𝛾 𝑇2 − 𝑇1 𝑃1 𝑇2 𝑃2 𝑇1 𝐷
2𝑀 𝛾 𝑇2 − 𝑇1
𝑄𝑚 = √ × ×[ ]
𝑅 𝛾−1 (𝑇1 ⁄𝑃1 )2 − (𝑇2 ⁄𝑃2 )2
A primeira destas equações é usada para calcular T2, calculando-se previamente 𝐶𝑓 pela
equação para escoamento turbulento desenvolvido:
1 𝐷
= 4 log (3,7 )
√𝐶𝑓 𝜀
𝛾𝑀
𝑄𝑚,𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 = 𝜌𝑢𝐴 = 𝐴𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 √
𝑅𝑇𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑
𝛾+1 2𝑌1 1 𝐿
ln ( 2) − ( 2 − 1) + 𝛾4𝐶𝑓 =0
2 (𝛾 + 1)𝑀𝑎1 𝑀𝑎1 𝐷
Desta forma é necessário, tal como nos problemas com orifício, calcular Pchoked e comparar
com a pressão ambiente (P) de modo a saber se estamos ou não em condições choked:
▪ Caso 𝑃 ≤ 𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 : estamos em condições choked calcula-se o caudal mássico pela
equação de 𝑄𝑚,𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 . Em geral verificam-se estas condições.
▪ Caso 𝑃 > 𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 : não estamos em condições choked calcula-se o caudal mássico
pela equação de 𝑄𝑚 .
Modelo isotérmico:
Novamente escrevem-se as equações de
conservação de energia mecânica e
balanço entálpico:
𝑑𝑃 𝑢 𝛿𝑊
+ 𝑑𝑢 + 𝑔𝑑𝑧 + 𝑑𝐹 = −
𝜌 𝛼 𝑚
𝑢 𝛿𝑊
𝐶𝑝 𝑑𝑇 + 𝑑𝑢 + 𝑔𝑑𝑧 = 𝛿𝑞 −
𝛼 𝑚
Com os mesmos pressupostos que
anteriormente excepto o de 𝛿𝑞 = 0. O resultado da integração é:
𝑀𝑎2 1 1 1 𝐿
2 ln ( )− ( 2− 2 ) + 4𝐶𝑓 =0
𝑀𝑎1 𝛾 𝑀𝑎1 𝑀𝑎2 𝐷
𝛾𝑀
𝑄𝑚 = 𝜌𝑢𝐴 = 𝐴𝑀𝑎1 𝑃1 √
𝑅𝑇1
com as seguintes relações:
𝑇2 𝑃1 𝜌1 𝑀𝑎1
=1 , = =
𝑇1 𝑃2 𝜌2 𝑀𝑎2
Substituindo o número de Mach pela sua definição nas equações anteriores obtém-se a
equação final para calcular 𝑄𝑚 :
𝑃2 𝑄𝑚 −2 𝑀 𝐿
2 ln ( ) − ( ) (𝑃1 2 − 𝑃2 2 ) + 4𝐶𝑓 = 0
𝑃1 𝐴 𝑅𝑇1 𝐷
Em condições choked temos:
𝑇𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 𝜌𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 𝑢1
=1 , = = = 𝑀𝑎1 √𝛾
𝑇1 𝑃1 𝜌1 𝑢𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑
𝛾𝑀
𝑄𝑚,𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 = 𝜌𝑢𝐴 = 𝐴𝑃𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑 √
𝑅𝑇𝑐ℎ𝑜𝑘𝑒𝑑
O caudal mássico real é superior ao caudal isotérmico e inferior ao adiabático. Assim o
maior caudal possível é o previsto pelo modelo adiabático – pior cenário (design
conservador).
𝑄𝑚 ∗ (𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 )
〈𝐶 〉(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = 𝑒𝑥𝑝 [− ]
8(𝜋𝐾 ∗ 𝑡)3⁄2 4𝐾 ∗ 𝑡
Caso de uma nuvem, com emissão ao nível do solo e velocidade do vento constante, na
direção do eixo dos x:
2
𝑄𝑚 ∗ 1 𝑥 − 𝑢𝑡 2 𝑦 𝑧 2
〈𝐶 〉(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = 𝑒𝑥𝑝 [− (( ) + ( ) + ( ) )]
√2𝜋 3⁄2 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜎𝑧 2 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜎𝑧
2
𝑄𝑚 ∗ 1 𝑦 1 𝑧 − 𝐻𝑟 2 1 𝑧 + 𝐻𝑟 2
〈𝐶 〉(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = 𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ] × {𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ] + 𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ]}
(2𝜋)3⁄2 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜎𝑧 2 𝜎𝑦 2 𝜎𝑧 2 𝜎𝑧
Caso de uma nuvem, com emissão a uma altura Hr em relação ao solo, sistema de
coordenadas fixo no ponto de emissão mas ao nível do solo, e velocidade do vento
constante, na direção do eixo dos x:
2
𝑄𝑚 ∗ 1 𝑥 − 𝑢𝑡 2 𝑦
〈𝐶 〉(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = 𝑒𝑥𝑝 [− (( ) + ( ) )] ×
(2𝜋)3⁄2 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜎𝑧 2 𝜎𝑥 𝜎𝑦
1 𝑧 − 𝐻𝑟 2 1 𝑧 + 𝐻𝑟 2
× {𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ] + 𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ]}
2 𝜎𝑧 2 𝜎𝑧
Caso de uma pluma, com emissão a uma altura Hr em relação ao solo, e velocidade do vento
constante, na direção do eixo dos x:
2
𝑄𝑚 1 𝑦 1 𝑧 − 𝐻𝑟 2 1 𝑧 + 𝐻𝑟 2
〈𝐶 〉(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ] × {𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ] + 𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ]}
2𝜋𝜎𝑦 𝜎𝑧 𝑢 2 𝜎𝑦 2 𝜎𝑧 2 𝜎𝑧
• Análise do pior cenário: para a dispersão de agentes tóxicos no ar é evidente que a maior
concentração, em qualquer ponto e qualquer instante, é na fonte de emissão. No caso de uma
emissão acima do nível do solo a maior concentração junto ao solo ocorre na direção do vento
(𝐷𝑡𝑖𝑑 (𝑥, 0,0)). Quando as condições meteorológicas não são conhecidas assumem-se
condições F como pior cenário possível para efeitos de cálculo dos coeficientes de dispersão.
• Sabendo qual a distribuição espacial de concentração resta saber se esta é ou não perigosa.
No contexto de um plano de emergência não são usados valores de TLV-TWA, devendo ser
usados valores de referência designados de ERPG’s (Emergency Response Planning Guideline):
ERPG-1: concentração máxima a que os indivíduos podem estar expostos durante 1h
verificando apenas efeitos ligeiros reversíveis na saúde ou mau odor.
ERPG-2: concentração máxima a que os indivíduos podem estar expostos durante 1h
sem verificarem efeitos irreversíveis e/ou incapacitantes na saúde.
ERPG-3: concentração máxima a que os indivíduos podem estar expostos durante 1h
sem se verificarem efeitos que ameacem a vida desses indivíduos.
4. Incêndios e explosões
Resta então saber qual a razão moles de O2/moles de combustível e para isso usa-se a
reação de combustão do hidrocarboneto:
𝑥
𝐶𝑚 𝐻𝑥 𝑂𝑦 + 𝑧𝑂2 → 𝑚𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂
2
sendo que:
moles de O2 𝑥 𝑦
𝑧= =𝑚+ −
moles de combustível 4 2
1
𝐶𝑠𝑡 = 𝑧 × 100 %
1 + 0,21
• Tal como a inflamabilidade de uma mistura combustível/ar depende da concentração de
combustível, também depende da concentração de oxigénio, pois se esta for muito baixa a
reação de combustão nunca ocorre, independentemente da concentração de combustível.
A concentração mínima (em % v/v) para ocorra uma combustão autossustentada da
mistura designa-se por concentração de oxigénio limitante (LOC), estando também
tabelada ou caso contrario, podendo ser estima por:
𝐿𝑂𝐶 = 𝑧 × 𝐿𝐹𝐿
A concentração de oxigénio pode ser baixada até ser inferior a LOC por simples adição de
agentes inertes à mistura (como N2 ou CO2).
• Diagramas de inflamabilidade: diagramas ternários, representando a concentração de
combustível, oxigénio e inerte (N2), nos quais é possível identificar a zona de
inflamabilidade (zona de concentrações onde a mistura entra em combustão sustentada na
presença de uma fonte de ignição). Neste diagrama são também marcadas duas linhas:
Linha do ar: une o ponto de concentração de combustível 100% ao ponto de
concentração de combustível 0%, concentração de O2 21% e concentração de N2
79%.
Linha estequiométrica: une o ponto de concentração de inerte 100% ao ponto de
concentração de inerte 0%, concentração de combustível igual a 100/(1+z) e
concentração de O2 igual a 100z/(1+z).
Leitura de diagramas ternários:
LFL e UFL são os pontos onde a linha do ar intersecta a zona de inflamabilidade. O valor de LOC
é a concentração de O2 no vértice desta zona, que é o ponto onde a linha estequiométrica
intersecta a recta horizontal que passa em LFL.
O diagrama de inflamabilidade obedece às seguintes regras para misturas:
Se duas misturas R e S forem combinadas então a composição da mistura final está na
linha que une os pontos R e S, mais próximo de R ou S conforme as proporções de
mistura (regra da alavanca)
Se uma mistura R é diluída com outra mistura S então a composição da mistura R+S é
dada pela recta que une os dois pontos,
movendo-se na direcção de S á medida que este
é adicionado.
A zona de inflamabilidade pode ser determinada
experimentalmente, com ensaios ponto a ponto, ou
estimada pelo seguinte procedimento (sendo
conhecidos os valores de LFL e UFL em ar e em O2 puro
e o valor de LOC):
I. Desenhar a linha do ar.
II. Marcar LFL e UFL em ar nessa recta.
III. Marcar LFL e UFL em O2 puro na escala do
oxigénio.
IV. Calcular as coordenadas do ponto inicial da linha
estequiométrica e traça-la.
V. Marcar LOC na escala do oxigénio e a partir desse
ponto traçar uma recta paralela ao eixo do
combustível. Marcar o ponto de intersecção
desta recta com a linha estequiométrica.
VI. Unir esse ponto ao UFL e LFL no ar, e estes
pontos ao UFL e LFL no O2 puro, respectivamente.
Caso LFL e UFL em O2 puro não sejam conhecidos apenas
se pode estimar a ponta da zona de inflamabilidade (para
lá da linha do ar).
c. Reações químicas
• A principal causa de explosões em reactores é o runaway destes, ou seja, o descontrolo da
temperatura devido a remoção ineficiente de calor. Isto leva a que a temperatura da mistura
reaccional aumente, aumentando a velocidade de reação e aumentando a velocidade de
libertação de calor (reações exotérmicas). Uma vez que a razão entre área de transferência de
calor e volume do reactor, para cilindros, diminui com o diâmetro do reactor (𝐴⁄𝑉 =
𝜋
(𝜋𝐷𝐿)⁄( 𝐷2 𝐿) = 4⁄𝐷 ), deve-se ter cuidado com o scale-up de certas reações.
4
• Outra causa de explosões em reações são reacções acidentais causadas por perturbações nas
condições de operação ou falta de isolamento de compostos perigosos.
• Adição de compostos inertes: a purga do sistema usando N2 ou CO2 (ou vapor de água)
permite baixar a concentração de O2 para valores abaixo de LOC, tornando a mistura não
inflamável.
• Evitar a zona de inflamabilidade do diagrama durante operações de enchimento e
esvaziamento de tanques:
Esvaziamento de tanques: quando os tanques cheios de material combustível (ponto A)
são desactivados, todo o material combustível é removido, ficando no final ar (ponto R).
Contudo nesta operação atravessa-se a zona de inflamabilidade. Assim a estratégia para
evitar esta zona consiste em bombear combustível para fora do tanque (introduzindo
N2 em vez de ar) até um ponto S. A partir deste ponto introduz-se então o ar ao mesmo
tempo que se remove o combustível, até se obter ar puro (R).
As coordenadas do ponto S podem ser estimadas pela recta que une R ao vértice da
zona de inflamabilidade. A concentração de combustível no ponto S designa-se Out of
Service Fuel Concentration (OSFC), e é calculada por:
𝐿𝑂𝐶 𝐿𝐹𝐿
𝑂𝑆𝐹𝐶 = =
𝐿𝑂𝐶 𝐿𝐹𝐿
𝑧 (1 − 21 ) 1 − 𝑧 ( 21 )
5. Avaliação de riscos
a. Procedimento para identificação de
perigos e avaliação de riscos
I. Identificar perigos inerentes ao
processo
II. Identificar possíveis cenários de
situações de risco
III. Calcular a probabilidade de estas
situações ocorrerem
IV. Determinar as consequências
dessas situações
V. Concluir se essas consequências
são ou não aceitáveis e agir em
conformidade
Cada ramo representa um evento, como resultado de um sistema de segurança que falha ou
não falha (dois eventos diferentes). Começa-se no evento iniciador e conforme as
consequências que dele advêm vai-se percorrendo a ordem lógica de atuação dos sistemas de
segurança ao longo da árvore, dividindo ramos conforme esses sistemas falhem ou não. As
probabilidades de falha de cada sistema são dadas e assim pode-se calcular as probabilidades
dos eventos finais. A metodologia de construção de uma árvore de eventos é:
1) Identificar um evento iniciador de interesse
2) Identificar as medidas/sistemas de segurança desenhados para lidarem com esse evento
3) Construir árvore de eventos, seguindo a ordem de actuação dos sistemas, com base nos
eventos de falha ou não falha desses sistemas.
4) Descrever o resultado final – calcular as probabilidades. Em cada nodo (sistema de
segurança) a probabilidade de ocorrência de um evento que dele resulta é obtida
multiplicando a probabilidade de ocorrência do evento precedente a esse nodo pela
probabilidade de falha (ou não falha conforme o caso) do sistema do nodo:
Vantagens Desvantagens
Árvores de eventos na prática são enormes
Se se pretende estudar um acidente/
Úteis para descrever diferentes cenários consequência em particular não há
resultantes de um evento garantias que o evento iniciador
considerado seja de facto a causa que levou
a essa consequência.
• Árvore de falhas: são representações de falhas alternativas às árvores de eventos, em que
neste caso se começa de um evento final (acidente) e se deduzem possíveis causas alternativas
(eventos iniciadores) – estratégia dedutiva.
Metodologia:
1) Definir o evento final (topo)
2) Definir os eventos que contribuem para esse evento final, num esquema de
desconstrução, passando por eventos intermediários até aos eventos básicos. Eventos
externos (na fronteira física do sistema em estudo) podem também estar presentes, bem
como eventos que não podem ser desenvolvidos. Eventos que ocorrem em paralelo são
ligados pela função lógica AND e eventos em série são ligados pela função lógica OR.
3) Desenvolver a árvore até que só exitam eventos básicos, não desenvolvidos ou externos.
A probabilidade do evento de topo pode ser calculada sabendo as probabilidades dos eventos
básicos e aplicando as regras de associação em série e em paralelo.
Determinação do número mínimo de conjuntos de eventos: número mínimo de conjuntos
de eventos base que pode levar ao evento de topo.
I. Rotular as portas lógicas com letras (A,B,C…) e os eventos base com números
(1,2,3,4…).
II. Começa-se pelo evento de topo e percorre-se a árvore na direção dos eventos
base, registando as portas lógicas que se encontram pelo caminho numa linha.
III. Se se encontrar uma porta lógica AND esta pode ser substituída na mesma linha
pelos eventos/portas dos quais ela depende. (no caso do exemplo abaixo a porta
A é substituída pelas portas B e C).
IV. Se se encontrar uma porta OR esta é substituída pelos eventos/portas de que ela
depende em linhas diferentes – cada evento/porta fica numa linha. As portas (ou
eventos) que vinham da linha original e que ainda não foram divididas passam
para as linhas novas. (no exemplo abaixo pega-se na porta B, que tem os eventos
1 e 2. B é substituído na linha original por 1 e cria-se uma nova linha com 2. C, que
ainda não foi substituído, fica nas duas linhas).
V. Proceder desta forma até todas as portas terem sido divididas e só existirem
números. O número de linhas no final é o número mínimo de conjuntos de
eventos. Se um conjunto for idêntico a outro mas com um número repetido (ex:
1,2 e 1,2,2) então o do número repetido elimina-se.
Vantagens Desvantagens
Na prática são enormes
Começam num evento final que se
Não há garantias de que foram representados todos
deseja estudar
os eventos possíveis
Nem sempre se conhecem as probabilidades de
Permitem calcular o número mínimo
todos os eventos
de conjuntos
Assume que todas as falhas são completas
Permite o uso de computadores São subjectivas (dependem do individuo que as fez)
𝑛𝐼
𝑓 = ∑ 𝑓𝑖 𝐶
𝐶
𝑖=1