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PSICOLOGIA EDUCACIONAL
1º Ano
Disciplina: PSICOLOGIA EDUCACIONAL
Código:
Total Horas/1o Semestre: 125
Créditos (SNATCA):5
Número de Temas: 6
INSTITUTO SUPER
1
Direitos de autor (copyright)
iii
Agradecimentos
Autor Luzia
Design ISCED
iv
ÍNDICE
Visão geral 1
Ícones de actividade 4
Habilidades de estudo 4
Precisa de apoio? 7
Avaliação 8
v
Visão geral
Objectivos do Módulo
Objectivos Gerais
Compreender e explicacar os fenómenos educativos;
Intervir em situações que envolvem problemas de falta de
ajustamento educacional.
Objectivos
Específicos
Objectivos específicos
Definir e situar a psicologia educacional;
Identificar os agentes da educação;
Conhecer os diferentes factores que influenciam o
processo educativo;
Compreender a relação existente ente os objectivos educacionaisucaciona
e a avaliação em contexto escolar;
Conhecer os factores que influenciam o desempenho escolar;
Conhecer as estratégias de gestão das diferenças individuais ara o benefíc
do aluno e da sociedade;
Conhecer as potencialidades da motivação enquanto
elemento fundamental na condução do processo de ensino
e aprendizagem e o papel do professor na promoção da
1
motivação;
Descrever as principais técnicas que ajudam no controle e
manutenção da disciplina em sala de aulas;
Discutir as técnicas que permitem a integração dos alunos co
necessidades educativas especiais.
Páginas introdutórias
Um índice completo.
2
Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos .
Outros recursos
3
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras.
Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de
campo a serem entregues aos tutores/doceentes para efeitos de
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os
exrcícios de avaliação é uma grande vantagem.
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
4
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida).
5
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos
das actividades obrigatórias.
6
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado
não conhece ou não lhe é familiar;
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página
trocada ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR),
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.
7
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade
temática, no módulo.
Avaliação
8
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de
avaliação.
9
TEMA – I: Fundamentos da Psicologia Educacional
10
Disciplina que assume extrema importância no curso de Psicologia,
na medida em que pretende fornecer aos futuros psicólogos
conhecimentos sobre os modelos teóricos e os conceitos que
contribuem para a compreensão dos processos de desenvolvimento
psicológico dos indivíduos, e dos factores que interferem nesse
desenvolvimento, em contextos educativos. Constitui também
campo de interesse desta disciplina o funcionamento das
instituições educacionais, na medida em que estes se constituem
como espaços de modelação e aprendizagem social de
comportamentos, a compreensão do desenvolvimento humano em
função de diferentes contextos socioculturais, e a compreensão dos
factores que promovem as potencialidades do sujeito, na sua
interacção com o meio social.
1.1.1. Educação
11
onde as novas gerações adquirem as formas de se estar na
sociedade transmitida das gerações anteriores.
12
desenvolvimento do indivíduo a fim de que ele possa actuar numa
determinada sociedade. Nesta perspectiva, considera-se o indivíduo
em dois planos: o físico e o intelectual, consciente das
possibilidades e limitações, capaz de compreender e reflectir sobre
a realidade do mundo que o cerca, considerando o seu papel de
transformação social.
13
cognitivo em quem aprende. Psicologia Educacional centra-se
particularmente no estudo científico dos processos cognitivos, e dos
factores que influenciam os processos de ensino-aprendizagem,
incluindo nesta análise quer o educando, quer o educador.
14
de vista (professores e alunos), tendo ainda em conta as
características e organização das instituições educadoras.
15
serviços psicológicos integrados a crianças, adolescentes, e
famílias nas escolas e outros contextos [específicos]”2.
Fagan & Wise (1994:2) definem Psicologia Escolar como sendo uma
parte da prática profissional de Psicologia que tem como propósito
trazer uma perspectiva psicológica aos problemas dos educadores,
das crianças e jovens, e das suas famílias. Essa perspectiva é
derivada de uma vasta base de investigação sobre os fundamentos
educacionais e psicológicos, bem como da preparação da própria
especialidade, resultando na provisão de serviços psicológicos de
natureza directa e indirecta, tendo em conta os diferentes públicos -
alvo: por exemplo, as contribuições da Psicologia Escolar, ao
investirem na melhoria da compreensão e das práticas profissionais
dos professores, têm efeitos directos nos alunos, que por sua vez
vão ser reflectidos nas famílias e nas comunidades.
16
1.2. Influências Educacionais
17
no contexto das transformações sociais. Segundo Rego, “Essa visão
de homem resulta (…) da interacção dialéctica do homem e seu
meio sociocultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano
transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas
transforma-se a si mesmo” (1995:41).
1.2.2.Cultura
18
Antes de mais, é importante perceber que a educação tem como
finalidade, promover mudanças desejáveis e relativamente
permanentes nos indivíduos, e que estas devem favorecer o
desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Neste
sentido, é de salientar que a educação influencia a vida das pessoas
em todos os seus domínios, com vista a promover a expansão dos
horizontes pessoais, e finalmente o desenvolvimento humano.
19
disseminação cultural, e que constitui a ponte que liga os saberes
do passado e do presente, procurando sempre contextualizá-los a
cada realidade regional.
20
homogeneizar os conteúdos a transmitir através da educação,
como é que os temas curriculares poderão tornar-se significativos
num contexto multicultural?
21
socialização. Hodge e Tripp (1986) apud Giddens (2004: 462)
afirmam que as atitudes das crianças em frente à televisão não se
limitam apenas ao mero registo dos conteúdos dos programas, mas
envolvem a interpretação e leitura daquilo que observam.
22
à informação, esta deve ser filtrada de modo adequado, tendo em
conta os objectivos educativos. Outro exemplo do impacto da
evolução tecnológica e da Internet na educação é o
desenvolvimento de plataformas virtuais de aprendizagem, que
culminaram com o aparecimento do e-learning (uma outra forma
de ensino a distância), expandindo as possibilidades de qualificação,
aprendizagem e educação num contexto global.
1.2.4. Socialização
23
socialização, tendo em conta o seu papel preponderante em
contexto de sala de aula e na comunidade educativa em geral.
24
Pode também acontecer que haja uma certa incompatibilidade dos
interesses do professor com os de alguns alunos. Por essa razão, a
questão da dissonância é inevitável, e neste sentido, ela deve ser
encarada como uma possibilidade de desafio, e de
desenvolvimento, sendo necessária uma resolução positiva da
mesma.
1.2.5. Família
25
A forma como a família perspetiva a vida escolar dos filhos
influência negativa ou positivamente o desempenho dos mesmos.
Desde a forma como procuram motivar os filhos, passando pelas
atitudes que transmitem face à importância da escola e da
aprendizagem, até aos estilos parentais utilizados, a família assume
uma importância decisiva no processo educativo/escolar das
crianças e jovens.
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- Pais permissivos: valorizam a autoexpressão e a autorregulação.
Fazem poucas exigências aos filhos e permitem que sejam as
próprias crianças a monitorizar o seu próprio comportamento.
Consideram-se mais como recursos do que propriamente modelos.
Consultam as crianças das decisões a tomar e raramente as punem.
Não são exigentes e muito pouco controladores. Habitualmente
estas crianças são mais imaturas e com dificuldades no
autocontrolo.
Num estudo realizado por Ginsburg & Bronstein (1993 apud Papalia
et al., 2001: 447), que envolveu crianças de 10 e 11 anos, verificou-
se que aquelas que apresentavam níveis de realização mais
elevados, tinham pais com estilos de autoridade democrática. Estes
alunos eram curiosos e interessados na aprendizagem; procuravam
tarefas desafiadoras e apreciavam resolver problemas de forma
autónoma. Os pais autoritários tinham tendência a supervisionar os
filhos bem de perto, utilizavam mais a motivação extrínseca e a
punição, o que conduzia a um desempenho escolar dos seus filhos
inferior ao esperado. Das conclusões destes estudos, salienta-se
que os filhos de pais autoritários pareciam não confiar o suficiente
27
nas suas capacidades e competências, tendo em conta o constante
controlo externo por parte dos pais. As crianças de pais permissivos
também apresentavam uma realização escolar baixa.
28
exemplo, as crianças podem faltar à escola pelo facto de estarem a
contribuir para o sustento financeiro da família.
29
positiva, de modo a ter em conta os pontos fundamentais que
permitam o desenvolvimento saudável do indivíduo ao nível bio-
psico-social.
1.2.5. Sociedade
1.2.5. O Currúcula
30
anteriormente, os alunos podem ter a percepção de que várias
matérias têm pouca ou nenhuma relevância para as suas vidas.,
podendo esta situação gerar desinteresse, motivação e indisciplina.
1.2.6. O Educador
31
estipuladas de uma forma desordenada e inflexível, favorecendo
determinados grupos em detrimento de outros.
32
pode ser resultante da má gestão do acto pedagógico, do ambiente
familiar, bem como de motivos puramente individuais.
33
1.1. Importância da Psicologia Educacional
34
No que se refere às questões de aprendizagem, a Psicologia
Educacional centra-se na análise dos processos cognitivos e da
produção de conhecimento por parte do indivíduo, e as suas
consequências no educando, com ênfase tradicional na comparação
da performance de cada o indivíduo com a performance de um
grupo. A Psicologia Educacional pretende identificar e descrever os
processos cognitivos e de produção de conhecimento de que o
indivíduo necessita para realizar com sucesso o conjunto de tarefas
educativas em causa.
35
De acordo com Nwanwenda (2005: 13), a Psicologia Educacional
não só assiste os professores na prática da sua profissão num
sentido técnico, mas também providencia uma rede teórica que
lhes permite serem flexíveis e adaptáveis às situações que possam
ocorrer no seu trabalho de forma a poderem encontrar sempre
soluções mais apropriadas para os problemas que surgirem. O autor
afirma que: “Num programa de educação de professores a
Psicologia Educacional é a matéria mais seriamente tratada pelos
estudantes porque se centra nas crianças” (Nwanwenda (2005: 13).
Neste sentido, o objectivo é fornecer aos professores informações
sobre o comportamento de aprendizagem das crianças em vários
contextos, tal como o contexto familiar, a escola, e o contexto social
na sala de aula.
36
monitorizar tanto o progresso como a eficácia da aprendizagem
feita pelos seus alunos através das suas práticas educativas. Como
nos referimos no capítulo anterior desta unidade, cada país tem os
seus próprios objectivos nacionais que devem ser atingidos pela
educação. É a partir daqui que um curriculum educativo é
preparado. Portanto, a Psicologia Educacional pode assistir os
professores na preparação da instrução mais adequada à idade, às
necessidades e aos interesses dos estudantes que devem seguir um
determinado curso, maximizando assim os benefícios, tanto para os
estudantes em causa, como para a própria nação.
37
aprendizagem através da transformação e adequação da sua
abordagem educativa.
Exercícios da Unidade
38
Unidade II – Objectivos educacionais
39
elementos que fornecem especificações mais detalhadas para a
elaboração e o uso de técnicas de avaliação. Daí a dupla função dos
objectivos: por um lado, é necessário que se desenhem ou
prescreva-se a resposta da aprendizagem em forma de objectivos
(parâmetros que serão objecto da avaliação); por outro lado, os
objectivos educacionais servem como suportes de orientação do
desenho dos conteúdos educacionais (expressos nos currículos).
Neste sentido, o desenho de objectivos é uma actividade que
abarca a selecção e a planificação ao nível do processo ensino e
aprendizagem, no qual a avaliação constitui o momento de
verificação dos objectivos previstos, e eventual reformulação dos
mesmos, com implicações para a prática educativa.
Como é observável, falar de objectivo educacional implica o retorno
ao conceito de aprendizagem que um professor/educador tem,
designadamente do papel do seu aluno/educando nesse processo.
Portanto, frisam-se como aspectos essenciais e notáveis num
objectivo educacional a aprendizagem e o aluno. Deste modo, os
objectivos educacionais prenunciam a aprendizagem que irá
reflectir-se no comportamento dos educandos.
40
destacam-se: Human Characteristics and School Learning e
Taxonomy of Educational Objectives.3
41
De acordo com Rodrigues (s/d:5), as divisões representadas na
figura anterior, não devem ser consideradas estanques, mas
entendidas como uma tentativa de configurar os diferentes
domínios dos objectivos educacionais, tentando representar cada
um deles no domínio da aprendizagem.
Os objectivos do domínio cognitivo são aqueles que abrangem a
aprendizagem intelectual e enfatizam a relembrança ou reprodução
de algo que foi aprendido, ou que envolve a resolução de alguma
actividade intelectual para a qual o indivíduo deve determinar o
problema essencial. Por isso, afirma Rodrigues (s/d: 6) que “ a
aprendizagem cognitiva tem a ver com processos como memória,
interpretação e pensamento crítico”. Neste caso, o domínio
cognitivo inclui os procedimentos que visam a reorganização do
material ou a combinação das ideias, métodos ou procedimentos
previamente apreendidos.
Como mostra Rodrigues (s/d), Bloom identifica seis categorias
distintas que integram o domínio cognitivo dos objectivos de
aprendizagem nomeadamente: conhecimento, compreensão,
aplicação, análise, síntese e avaliação.
42
espera o seguinte resultado: depois da exposição, o aluno
deverá ser capaz de classificar os mamíferos quanto ao tipo.
Desta feita, teríamos um objectivo que visa avaliação do
grau de aquisição do conhecimento acerca da matéria dada,
onde segundo Sprinthall e Sprinthall (1993), irão aplicar-se
perguntas directas e testes de escolha múltipla, com vista a
testar a capacidade do aluno de evocar os factos, identificá-
los e repeti-los.
43
Análise: é mais um processo cognitivo que visa uma
actividade de identificação dos elementos, princípios e
relações subjacentes a uma ou mais informações. Observa-
se o exemplo seguinte: numa aula da disciplina de
matemática, é apresentado um exercício aos estudantes,
após a explicação da matéria sobre o ordenamento de
números inteiros que partem de 1 até 100. É apresentada
uma tabela com alguns números já preenchidos mas com
ausência de alguns. A actividade que os alunos devem fazer
nesta situação, é de procurar descobrir os números em falta
colocando-os nos lugares correctos, completando a
sequência.
44
partem da categoria menos complexa, neste caso o conhecimento
para a categoria mais complexa, a avaliação.
O domínio afectivo abrange os aspectos de sensibilização e
gradação de valores. De acordo com Rodrigues (s/d: 10) as cinco
categorias que nele se integram encontram-se relacionadas com a
internalização do valor. São elas: a caracterização, a organização, a
valorização, a resposta e recepção. Estas categorias são descritas
por Teixeira (s/d) da seguinte maneira:
45
que ele incorporou. Isto é, o indivíduo passa a identificar-se
com os valores por ele assimilados.
46
aluno se limita apenas a prestar atenção à acção realizada
pelo instrutor/professor. Podemos tomar como um dos
exemplos de objectivos desta categoria uma situação em
que o professor dá uma aula na disciplina de estatística
aplicada à Psicologia, onde procura demonstrar com
exemplos concretos as diferentes tipologias de classificação
de dados. No final desta aula, o aluno será capaz de
identificar os tipos de dados estatísticos estudados.
47
maior. É importante realçar que a falta de ajuda do
professor na execução da acção, não implica a ausência
deste, ele deve prestar a supervisão nas acções do aluno.
48
seria conveniente que houvesse uma maior preocupação com o
exercício de outros produtos como: classes, relações, sistemas,
transformações e implicações. Generalizando, Guilford (1967, apud
Landsheere e Landsheere,1 977:121) afirma que: “os programas
escolares deveriam conduzir ao estudo dos cursos e dos seus ramos,
não apenas pela sua utilidade imediata e particular, mas ainda pela
possibilidade que proporcionam de desenvolver as skills 6 intelectuais
genéticas”.
Desta maneira, é perceptível que Guilford partilha a mesma visão
com Bloom na questão da impossibilidade de explicar em que
medida os factores intelectual pode ser determinado pela
hereditariedade ou pela aprendizagem. Landsheere e Landsheere
(1977) afirmam ainda que o facto de Guilford comparar o seu
modelo à taxonomia de Bloom e reconhecer a existência de
importantes pontos que ambos têm em comum revela claramente
que Guilford considera o uso do seu modelo para construir a
hierarquização dos objectivos educacionais. Considera ele que as
categorias principais da taxonomia de Bloom como o
conhecimento, a compreensão, a aplicação e a análise referem-se à
cognição.
Segundo Landsheere e Landsheere (1977:124), o modelo de
Guilford pode absorver toda a taxonomia cognitiva de Bloom, pela
sua precisão e facilidade de operacionalização proporcionadas, uma
vez que o seu modelo deixa evidente que a actividade intelectual é
sempre produto de vários factores e articulação de várias
categorias. Guilford propõe três componentes da estrutura do
intelecto, nomeadamente: operação, conteúdo e produto.
49
A tabela que se segue faz uma descrição de cada componente,
indicando as categorias que as compõem, bem como a respectiva
descrição de cada uma das categorias.
50
Unidades Partes de informações relativamente
limitadas.
51
e também não é acompanhado de critérios
operacionais que permitam afirmar se o indivíduo
adquiriu ou não um comportamento adequado.
De acordo com Landsheere e Landsheere (1977:125), o modelo
intelectual de Guilford é essencialmente estrutural e pode ser
utilizado como ponto de referência que permite verificar as zonas
importantes da actividade intelectual, sendo que a escola não dá
conta da sua diversidade. Porém, apesar das suas limitações,
constitui um grande contributo na área educacional.
52
momento, o aluno deve procurar interpretar conceitos
como os tratados (entre diferentes nações), as relações
opressão/revolta, etc. Num terceiro momento, o aluno
procura aplicar os conceitos, estabelecendo relações entre
eles de forma autónoma, compreendendo a sua evolução e
construindo estruturas, como por exemplo, esboçando a
evolução dos conflitos mundiais mais significativos. Num
último momento deste processo, ocorre a integração, na
qual o aluno se transforma à medida que aprofunda a sua
aprendizagem e adquire novas atitudes como por exemplo a
tolerância, solidariedade, etc. Em suma, seguindo a
descrição anterior, este primeiro processo resume-se a
quatro categorias, nomeadamente: sabedoria,
compreensão, aplicação, e integração, sendo as duas
primeiras responsáveis pela formação parcial e integral.
53
específicos numa matéria bem definida. Como por exemplo:
em Matemática, saber resolver uma equação; aprender a
desenhar uma figura a dois pontos de fuga, etc.
Apesar de a sua taxonomia corresponder uma das mais adequadas
para o campo educativo, por ter desenhado um sistema bem
arquitectado e susceptível de estimular uma reflexão meramente
pedagógica, Block é criticado por não ter prestado suficiente
atenção aos critérios que permitem verificar se um determinado
objectivo foi alcançado ou não.
Exercícios da Unidade
54
Unidade III – Avaliação no contexto educacionais
55
instituição. Desta forma, a avaliação deve ser holística, avaliando os
diversos intervenientes no processo de ensino e aprendizagem.
Nesta unidade, e neste capítulo em particular, estaremos
concentrados apenas na avaliação do desempenho académico e
avaliação psicológica.
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Nível de dificuldade: se a avaliação for muito fácil os alunos
responderão a tudo ou a grande parte das questões
apresentadas, se ela é muito difícil as notas tendem todas a
ser muito baixas. Isto é, tanto num caso como no outro, o
teste não discriminou conhecimentos diferenciados para os
alunos. Por isso, a prova deve ser equilibrada no seu grau de
dificuldade;
57
Questões impressas: nos casos em que as questões são
impressas, devem ser apresentadas de forma legível e
organizada;
3.1.1.Diferenças individuais
De acordo com Hall (2000), as pessoas são diferentes entre si, uns
são altos, outros baixos, magros, gordos, uns mais comunicativos,
outros mais reservados ou fechados, os gostos variam, a forma de
vestir também. Mesmo quando fazem as mesmas tarefas cada um
apresenta uma forma particular, uns gostam de fazer tudo e só
param quando completarem a tarefa, outros preferem completar
aos poucos.
58
Alzira estuda tão pouco em casa, mas tem sempre
boas notas. Se você observar atentamente, talvez
possa perceber que, na sala de aulas, a Alzira presta
muita atenção, e se aprofundar ainda mais o seu
ângulo de observação, talvez ela depois da aula,
costume rever a aula mentalmente;
59
desenvolve-os sozinha. Por fim, o Zeferino é mais interpessoal, ele
aprende no contacto com as pessoas.
a) Traços
60
traços são influenciados pela hereditariedade, bem como pelo
meio no qual estão inseridas. Neste sentido, os traços podem ser:
61
b) Diferenças Físicas
c)Diferenças Intelectuais
62
acentuadas quanto à disponibilidade, acessibilidade e eficiência no
emprego das diferentes funções executivas.
63
de alunos progredir a um bom ritmo sem serem retirados ou
punidos, para que tenham o ritmo dos outros.
64
diferentes factores e ainda os tipos de itens que lhes são
associados:
65
simples
66
Raciocínio (R) Capacida Cada item pressupõe a
de de resolver descoberta e aplicação de uma lei
problemas geral de sucessões de dígitos (letras
lógicos e números), ou de transformação de
figuras.
67
Cognição Reconhecimento e
compreensão da
informação
Operação
Memória Retenção e avaliação
da informação
Produção Resolução de
divergente problemas
envolvendo produção
de várias e diversas
soluções possíveis
Produção Resolução de
convergente problemas
envolvendo
processos de indução
e dedução das
relações
68
Simbólico Informação sob a
forma de símbolos
cuja significação
decorre de códigos
Comportamental Informação
essencialmente sob a
forma não-verbal,
associada a
pensamentos e
sentimentos acerca
do próprio indivíduo
e de outros
69
Relações Conexões entre itens
de informações
relativamente
limitadas
Sistemas Agrupamentos de
unidades
estruturadas
Transformações Modificações ou
definições das classes
de informações
Implicações Conexões
circunstanciais entre
itens em função da
sua proximidade
70
d) Diferenças de Personalidade
71
Por que é que duas pessoas se comportam de
maneira diferente, diante das mesmas situações
objectivas?
72
geneticamente relacionadas, por exemplo, pais e filhos biológicos,
em pessoas geneticamente independentes, e as pessoas que
compartilham ou não os seus ambientes, por exemplo, gémeos que
foram criados na mesma família ou em famílias diferentes. Os
resultados dessas pessoas com diversos graus de parentesco
genético e ambiental são depois submetidas a diferentes análises
estatísticas para realizar as correspondências estimativas e observar
o peso da influência de ambos os factores nas diferenças de
inteligência, tal como são medidas através dos testes QI.
73
Tradicionalmente as pessoas atribuem o desempenho em algumas
disciplinas a um género em particular. Por exemplo, as ciências
exatas (como as Engenharias, a Matemática, etc.) têm sido
associadas aos homens, e as disciplinas das ciências humanas (como
a Literatura, as Línguas, a Educação, entre outras ) às mulheres.
Hall et al. (2000) refere que estudos realizados por Binet mostraram
que as raparigas apresentam um desempenho melhor na escrita,
ortografia e leitura do que os rapazes, enquanto os rapazes são
melhores na aritmética, história e geografia. Esta situação pode ser
considerada biológica e psicologicamente. Biologicamente existem
evidências que indicam que as raparigas usam predominantemente
o hemisfério direito do cérebro, que é especializado em processar a
linguagem, enquanto os rapazes tendem a usar
predominantemente o hemisfério esquerdo, que facilita o
desempenho das ciências.
74
transformações por via das mudanças económicas e políticas, locais
e mundiais, que decorrem ao longo dos tempos.
f) Diferenças de interesses
75
vida e promover a exploração das suas escolhas vocacionais, através
da exposição ao maior número de opções possível, de acordo com os
interesses manifestados.
76
processo de avaliação psicológica o psicólogo deve ter em conta o
respeito a alguns princípios fundamentais, tais como:
77
elementos do âmbito pessoal, não devem ser divulgados a
pessoas não autorizadas. O orientador deve então ter um
claro entendimento sobre que informações podem ser
repassadas e quais são as proibidas ou sigilosas.
78
desenvolvimento de instrumentos de medida para avaliação das
diferenças individuais.
Exercícios da Unidade
79
Unidade IV - Desempenho escolar
80
individualizados (um mestre, um aluno) para modos de ensino
simultâneo (um mestre, uma classe), viabilizou a emergência dos
sistemas escolares modernos. As organizações escolares que
historicamente conhecemos correspondem a modos específicos
de organizar os espaços, os tempos, os agrupamentos dos alunos
e as modalidades de relação com o saber. Contudo, apesar de
definir constrangimentos que, parcialmente, determinam os
modos de trabalhos escolar (de professor e aluno), a dimensão
organizacional da escola constitui aquela que menos debate e
polémica concita. Ao longo dos dois últimos séculos, este tipo de
organização, que é histórico e contingente, sofreu um processo
de neutralização, que lhe confere um carácter inelutável e o faz
aparecer como “natural”. Constituindo-se na matriz que
condiciona a acção dos actores educativos e, em simultâneo, o
pensamento crítico e transformador sobre a escola, este
processo de naturalização, não só torna a dimensão
organizacional relativamente “invisível”, como também contribui
para a estabilidade da escola. De facto, se, por um lado, o
processo de neutralização desarma os educadores para uma
perspectiva de compreensão crítica do modo como exercem a
sua profissão, por outro, os debates e os projectos de mudança
sobre a dimensão organizacional, ao respeitarem, em regra, os
limites impostos pelo modelo existente, conduzem a uma
invariantes organizacional que ordena a ineficácia as “querelas”
sobre os métodos pedagógicos.
81
social, na perspectiva Durkheimiana de prevenir a anomia e
preparar a inserção na divisão social do trabalho. Como
instituição, a escola desempenha, do ponto de vista histórico, um
papel fundamental de unificação cultural, linguística e política,
afirmando-se como um instrumento fundamental da construção
dos modernos estados-nação.
82
traçadas pelo Ministério da Educação, existindo alguma margem
para que a escola trace os seus próprios objectivos, desde que eles
não estejam em contradição com os já estipulados pela tutela. No
que diz respeito aos seus objectivos, as escolas moçambicanas não
fogem da regra, assumindo como principal função a manutenção e
transmissão da cultura, o encorajamento e implementação de
mudanças, a descoberta de novos conhecimentos e a alocação de
posições individuais na sociedade. As escolas também têm como
foco da sua acção a participação activa na erradicação da pobreza,
razão pela qual actualmente nas escolas, além dos conteúdos que já
vinham sendo leccionados, foram introduzidas disciplinas e
conteúdos que ajudam a desenvolver a capacidade de
empreendedorismo e criação de auto-emprego.
83
- Subsistemas do sistema escolar: Turmas, grupos de
professores, grupos de funcionários escolares, famílias.
84
problemas que poderão influenciar negativamente a aprendizagem
dos alunos e, em simultâneo, influenciar os vários subsistemas em
interação.
Esta visão aqui resumida da escola como sistema serve para que os
psicólogos escolares tenham presente que não deverão ter em
conta o estudo do seu objeto isoladamente, isto é, deve observar-se
o aluno como agente que se relaciona com o meio que integra, ou
seja, deslocando a sua atenção (também) para o contexto escolar
(Alarcão, 2000; Relvas, 1999; Relvas, 2000).
85
Um outro factor que normalmente pode influenciar o processo de
ensino-aprendizagem, é a qualidade das próprias escolas: algumas
delas até podem estar bem equipadas e terem professores
qualificados, mas o aluno apresentar lentidão no processamento da
informação e assimilação de novos conteúdos.
A estratégia de ensino, nestes casos pode ser eficaz para uns, para
outros não, perpetuando-se deste modo a existência de diferenças
individuais. Alguns dos factores que influenciam as diferenças
individuais propostas por Bloom (1976) apud Almeida (2004) estão
relacionadas com as características de entrada dos alunos, que
incluem as seguintes:
86
Qualidade do ensino: nível de adequação do ensino,
na medida em que vai ao encontro das necessidades do aluno,
através da utilização de pistas práticas e de reforço.
87
ser fornecida as crianças a educação pré-escolar, entre o primeiro e
o terceiro anos de vida, antes da escola primária, ao nível da creche.
88
mais dificuldades para o sujeito (torna-se inibitória), e quando são
tarefas simples, o executor sai-se melhor com a presença do grupo
(facilitação social).
89
com o aluno seja suficiente para restaurar o equilíbrio e
integridade da sala de aula.” (Sprinthall & Sprinthall,
1993:477).
90
ou mesmo provocar distracções. Daí, o efeito diferencial no
comportamento.
91
3. Estado do grupo – este factor diz respeito à
homogeneidade do grupo relativamente a uma determinada
categoria, e pode influenciar a coesão do grupo, uma vez que as
pessoas com características semelhantes tendem a relacionar-se
melhor: por exemplo, um grupo de crianças da mesma idade será
provavelmente mais coeso do que um grupo de crianças com idades
diferentes (e portanto, níveis de desenvolvimento diferentes).
4. Uma ameaça externa – a presença de uma ameaça
externa pode contribuir significativamente para aumentar a coesão
grupal. O grupo tende a unir-se para se defender da ameaça
externa.
5. Estilo de liderança – As lideranças democráticas
tendem a promover a coesão grupal, na medida em que contribuem
para a tomada de decisão autónoma, e a integração individual,
deste modo contribuindo para o estabelecimento de relações
positivas e produtivas entre as pessoas; contrariamente, a liderança
autoritária, ao centralizar o poder retira espaço individual e, ao
fazê-lo, contribui para a desunião e a falta de coesão no grupo. Nos
grupos com líderes autocráticos, a coesão é um elemento a
contrariar, uma vez que o reforço dos laços entre as pessoas
constitui um risco para a manutenção dessa mesma liderança.
92
trabalho organizando convívios, ou em actividades puramente
relacionais, reduzindo a produtividade. Quanto maior o nível de
coesão do grupo, maior o conformismo individual, uma vez que os
elementos do grupo são influenciados no sentido de seguirem os
princípios do grupo, para que os comportamentos dos seus
diferentes elementos seja semelhante: “O comportamento de um
indivíduo pode mudar de grupo em grupo e as normas dos grupos
podem mudar de tempo em tempo, mas o fenómeno do
conformismo permanece” Sprinthall e Sprinthall (1993:479).
93
fazer esforço nenhum para desenvolver a habilidade da
leitura.
94
cada vez mais, e quando se está apaixonado pela pessoa classificada
a lista poderá tornar-se repleta de termos nobres e elogiosos.
95
elevado, esperando-se dele uma conduta exemplar, uma vez que
ele é responsável pela modelagem comportamental. Neste caso,
para além de agente educativo, faz parte do seu papel comportar-
se de uma forma socialmente correcta, considerando as normas
culturais específicas deste país.
4.4. Expectativas
96
Estes autores fazem referência a mais um tipo de expectativas que
pode influenciar a melhoria do desempenho dos alunos,
nomeadamente a existência de irmãos mais velhos. Os professores
utilizam, por vezes, o exemplo positivo de irmãos mais velhos dos
alunos, que tenham sido também seus alunos, de forma a promover
o aumento da motivação.
97
A liderança emerge de diferentes maneiras: algumas teorias
(Sprinthall e Sprinthall, 1993:492) mostram que a liderança pode ser
uma qualidade do indivíduo (teoria do grande líder), normalmente
indivíduos carismáticos, a quem a liderança é delegada, pois
transparecem naturalmente esse espírito e essa capacidade. uma
outra, a teoria de grupo, supõe que qualquer pessoa pode tornar-se
líder do grupo, bastando que satisfaça as necessidades do grupo.
Uma terceira alternativa nas teorias de liderança, equaciona a
mistura de lideranças. Esta consiste em fundir as qualidades dos
líderes vigentes para a formação de um líder ideal. Para esta teoria,
“a liderança resulta do encontro entre as qualidades do indivíduo e
as exigências do grupo” (Sprinthall & Sprinthall, 1993: 492).
98
exemplo do grupo, para que este o siga. Veja-se o exemplo
seguinte: espera-se que o pequeno líder de turma como o
chefe da turma, seja aquele que faz sempre os trabalhos de
casa, apresenta-se na sala de aulas à hora certa, evitando
atrasos, e seja muito disciplinado.
99
Unidade V – Motivação e seu efeito na sala de aula
100
se comparado aos demais, em decorrência do investimento pessoal
que emprega na tarefa que realiza” (Martinelli & Genari, 2009: 5).
101
entanto pode acontecer que o aluno em causa pode não veja o
trabalho e poderá eventualmente ler uma outra coisa diferente,
que vá de encontro aos seus interesses.
102
5.1.1. Motivação Fisiológica
103
5.1.2.Motivação Adquirida
104
aprovação de pares, e que é considerada um reforço muito potente
na satisfação da necessidade de afiliação aos grupos.
105
5.1.3.Papel do Professor na promoção da motivação
106
Por outro lado, ele deve igualmente procurar estratégias de
trabalho inovadoras, como a promoção de grupos de discussão,
aulas dialógicas, criando oportunidade de cada aluno pronunciar-se
de modo a motivar os alunos e suscitar o interesse pela
aprendizagem com vista à formação de competências pessoais nos
seus alunos.
107
incumprimento de ordens e pela ausência de limites
comportamentais.
108
num contexto, noutro pode não ser considerado enquanto tal 7. Por
outro lado, a indisciplina não é um conceito estático, uma vez que
evolui ao longo dos tempos, na medida em que a sua caracterização
vai sofrendo transformações: por exemplo, originalmente, a relação
entre professor e aluno era considerada uma relação hierárquica de
poder do primeiro exercido sobre o segundo por via do
conhecimento transmitido, e actualmente essa relação é posta em
causa através das teorias que reforçam a importância da construção
individual do conhecimento, em que o papel dos educadores é
concebido em termos da potencial facilitação do processo
educativo e desenvolvimental dos alunos.
Exercícios da Unidade
109
Unidade VI – (In) disciplina na sala de aulas
110
6.1. Causas da indisciplina na sala de Aulas
111
6.1.1. O Aluno
112
do poder que é concedido ao educador, principalmente no exercício
da docência, poder este necessário e assumido de forma justa e
qualificada, transmite aos alunos confiança e qualifica-os como
agentes do processo onde estão estabelecidas normas para que a
convivência e a cooperação sejam possíveis.
113
qualquer dos casos, é provável que os alunos
apresentem comportamentos inadequados,
frustração, ansiedade ou outras manifestações
de incompatibilidade com as tarefas;
114
Colaboração na definição de regras: os alunos e
os educadores devem colaborar na definição
de regras, estas regras devem ser em menor
número possível, sendo razoáveis e claras.
Apesar de as regras existirem para serem
cumpridas, o incumprimento das mesmas não
deve criar pânico, os educadores devem
discutir qualquer violação de regras com calma,
de forma a descobrir o que as causou, isto é, as
causas objectivas e subjectivas, e a perspectiva
de intervenção dos professores deve ser
sempre a de ajudar;
115
do problema está na própria definição do conceito de educação, e
qual é o papel da escola na sociedade, e como deve ser a relação
entre o educador e educando, no sentido de um processo de
aprendizagem mais significativo, mantendo relações de respeito
mútuo, em especial respeito pela diversidade, pelos interesses
pessoais e colectivos.
116
As famílias devem ser sensibilizadas no que
respeita aos problemas dos alunos e intervir
mais activamente na vida escolar;
117
fora da escola, e frequenta a escola ao longo do
seu processo de formação; o aluno é um ser
aberto, curioso e inteligente, sendo portanto
alguém que merece todo o respeito e toda a
dignidade como aprendiz.
118
integração doa alunos com NEE no contexto escolar, comunitário
considerando as suas dimensões física, psicológica, social e
organizacional/comunitário.
Neste sentido, Freire (1996) defende que, nos casos em que existe
na sala de aula um aluno com NEE, deve ter-se em conta o seguinte:
119
Níveis de desenvolvimento: O educador deve
conhecer os níveis de desenvolvimento físico,
cognitivo e sócio - afectivo das diferentes
etapas de desenvolvimento (de acordo com as
normas da sua cultura específica);
120
Neste sentido, os objectivos, os conteúdos, as metodologias, os
procedimentos de ensino, e mesmo os instrumentos de avaliação,
precisam de estar relacionados com os interesses do aluno,
complementando-se com o atendimento especializado,
nomeadamente no caso de alunos com NEE.
121
plenamente aceites e se adaptem nas escolas com os outros alunos,
na medida em que a educação é um direito básico dos cidadãos.
122
Desta forma surge a mediação nas escolas, e na educação, que
sugere a mudança de um modelo conflitual e competitivo, para um
modelo consensual, cooperativo ou relacional de regulação de
conflitos e de interação pessoal e social:
123
A mediação convoca todos os atores da comunidade educativa
(professores, alunos, pessoal não docente, encarregados de
educação e representantes institucionais da comunidade) a
participarem na construção de uma mesma unidade de convivência,
de onde possa emergir uma cultura de comunicação e de consenso.
Pretende-se a transformação da cultura escolar, criando-se um
clima pacífico de convivência com base nas dimensões do saber do
indivíduo (ser ou estar/saber/fazer).
124
partes, ser diligente, competente e hábil na comunicação e
facilitador do diálogo (promotor da escuta ativa).
125
promover a eficácia das instituições escolares. Segundo o autor, o
modelo colaborativo facilita uma abordagem global e
interdisciplinar dos problemas da escola e dos alunos.
126
6.1.7. Empatia como ferramenta de Avaliação e Intervenção
127
(2010) afirma que a empatia é um dos principais componentes da
inteligência emocional e é precisamente essa capacidade que a
literatura aponta como uma das características mais importantes
que um psicólogo deverá ter, qualquer que seja a sua área de
intervenção (escolar, clínica, organizacional, social, etc.). Assim, a
empatia é a estrada para a compreensão de qualquer relação e a
chave para uma forma de pensar positiva que nos levará a
intervenções eficazes.
Brooks (2002:69) sugere algumas questões importantes que o
psicólogo poderá colocar aos pais, professores e alunos de forma a
desenvolver a empatia e, assim, a trazer novas visões para a
compreensão de vários fenómenos. Por exemplo, aos pais de alunos
mais problemáticos propõe questões como:
“Descreva um dia típico da vida do seu filho, mas através dos
olhos do seu filho”. Como se sente o seu filho quando se
levanta de manhã, o/a vê e vai para a escola? Como imagina
que o seu filho o/a descreve? Como se sente o seu filho
acerca de si próprio, acerca das suas competências para ser
bem-sucedido? Como o seu filho vivencia a experiência
educativa e da disciplina em sala de aula?”. (Brooks,
2002:69).
Estas questões para os pais propostas por Brooks (2002) também
foram sugeridas para professores, perguntando-lhes como os
alunos os descreveriam e como veem o trabalho que fazem na sala
de aula. Aos alunos seria importante também desenvolver uma
série de questões relacionadas com as suas experiências em
contexto escolar.
128
Profissionais empáticos fazem sempre duas questões principais
quando se relacionam com os alunos (Brooks, 2002:70),
designadamente:
“Em qualquer coisa que eu diga ou faça com alunos, o que é
que eu espero conseguir/alcançar?”;
129
mais produtivas de motivar os alunos e criarmos estratégias
mobilizadoras de maior sucesso escolar.
A experiência mostra que um exemplo alternativo à situação acima
descrita (Brooks, 2002), é dizer a jovens que estão desmotivados e
lutam com a escola, que o problema não é que não se esforcem,
mas antes que as estratégias que usam para aprender ou para lidar
com os seus sentimentos, ou até estratégias utilizadas por
professores, não estão a funcionar. A empatia constitui assim uma
ferramenta de trabalho indispensável que deverá ser
continuamente desenvolvida e trabalhada pelo psicólogo.
Exercícios da Unidade
130
6. Stainback e Stainback (1999) referem que o ensino inclusivo
é uma prática de inclusão de todos, independentemente do
seu talento, deficiência, origem sócio - económica ou
cultural, em escolas e salas de aulas onde todas as
necessidades dos alunos são satisfeitas. Comente.
131
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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http://www.scielo.br/pdf/ep/v33n1/a11v33n1.pdf acesso
em: 10/04/2016
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