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SUSTENTÁVEL
2010 -2013
1
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS 03
LISTA DE GRÁFICOS 03
LISTA DE QUADROS 03
LISTA DE TABELAS 04
APRESENTAÇÃO 05
1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 06
1.1.Histórico 06
1.2. Dados Geográficos/Localização 07
1.3. Divisão Populacional 20
1.4. Caracterização ambiental 35
1.5. Dados Agropecuários 36
2. DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO 47
2.1. Análise das Cadeias Produtivas 47
2.2. Análise geral do município 70
2.3. Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas. 71
2.4. Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais cadeias 73
produtivas.
3. DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 74
4. PLANEJAMENTO DA EXECUÇÃO 76
4.1. Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento 76
4.2. Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes 77
do plano.
5. INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 80
ELABORAÇÃO E COLABORAÇÃO 81
2
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Área urbana e rural do município. 07
Quadro 2: Ano de realização das informações sobre a população urbana 08
e rural do município.
Quadro 3. Bacia São José dos Dourados com área (A), população (P), 17
3
municípios (M), classificação (C), geomorfologia (G) e aquífero (Aq).
Quadro 4. Estradas pavimentas e não pavimentadas do município. 19
Quadro 5. Classificação da frota municipal. 30
Quadro 6. Ações e programas desenvolvidos na área de Promoção Social 33
Quadro 7. Ocupação do Solo 37
Quadro 8. Principais explorações agrícolas do município. 38
Quadro 9. Principais Explorações Pecuárias do município. 38
Quadro 10. Principais Atividades Econômicas Não Agrícolas do 39
município.
Quadro 11. Total do valor adicionado por setor ao PIB (em milhões de 39
reais correntes), Ilha Solteira-SP
Quadro 12. Valores de exploração, produção anual, unidade e valor de 40
produção.
Quadro 13. Informações das principais cadeias produtivas. 40
Quadro 14. Máquinas, Implementos e Benfeitorias, Município de Ilha 41
Solteira, Estado de São Paulo, 2007/08.
Quadro 15. Benfeitorias, quantidade e número de UPAs no município. 41
Quadro 16. Fatores positivos e negativos dos ambientes internos e 55
externos da Cadeia do Leite no município de Ilha Solteira
Quadro 17. Distribuição do rebanho no município. 59
Quadro 18. Gargalos, elos faltantes e pontos de estrangulamento. 65
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Principais culturas cultivadas no município de Ilha Solteira. 14
Tabela 2. Balanço Hídrico do Município de Ilha Solteira, jan 2000 a set. de 15
2010
Tabela 3. Quantidade de alunos residentes na área rural. 29
Tabela 4. Estatisticas vitais e de saúde do municipio 30
Tabela 5. Estrutura Fundiária. 36
Tabela 6. Volume de hortaliças comercializadas por produtores familiares 44
especializados do município de Ilha Solteira a(abril/2010).
Tabela 7 – Produtos agroalimentares comercializados na feira livre de Ilha 45
Solteira/SP novembro de 2008.
Tabela 8. Contingente de animais da pecuária bovina no município de Ilha 49
Solteira
Tabela 9. Rebanho bovino no mundo, principais países (valores em 55
milhões de cabeças)
Tabela 10. Produção de carnes bovina e de vitelo no mundo, principais 56
países equivalente-carcaça) (milhões de toneladas
Tabela 11: Volume das Principais Hortaliças Comercializadas – Ilha 68
Solteira SP ( Pesquisa realizada a partir de 7 produtores).
Tabela 12. Volume de Escoamento semanal de Hortaliças no Município de Ilha 69
Solteira – SP.
4
PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
Prefeitura Municipal de Ilha Solteira
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Casa da Agricultura de Ilha Solteira
Período de vigência: 2010 a 2013
APRESENTAÇÃO
5
1. Identificação e Caracterização do Município
1.1. Histórico
6
adequada infra-estrutura e contingente populacional, o município deixou de ser
exclusivamente dependente dos grandes latifúndios para tornar-se mais
urbanizado e comercialmente mais ativo.
Atualmente, o município economicamente, conta com pequenos e
médios produtores de produtos agropecuários, e uma rede urbana
caracterizada por um manter um expressivo comercio, hotéis, hospitais, redes
de ensino desde o infantil ao superior, restaurantes e infra-estrutura adequada,
proporcionando aos moradores e turistas ótimas opções tanto relacionadas á
lazer quanto a necessidades básicas da população.
7
Figura 2. Principais vias de acesso ao municipio .
Divisão Populacional:
8
Gráfico 1- Distribuição das Áreas do Município de Ilha Solteira.
Fonte: Censo IBGE, 2007
Demografia:
Dados Populacionais:
9
Gráfico 2.- Evolução populacional do Município entre os anos de 1996 e 2007.
Fonte: Censo IBGE, 2007 (Modificado)
10
Em relação ao Gráfico 3 temos a considerar que o incremento na
população urbana no último censo pode ser atribuído a instalação de dois
novos assentamentos no município. O municipio pertence a Região
Administrativa de Araçatuba e a região de Governo de Andradina, possui o 10º
IDH do Estado de São Paulo e 33º do país.
50000
40717,1 41572,9
40000
30000
20000 15041
10000
820,2 989,9
0
11
Gráfico 5. Comparativo em relação à ocupação do solo no município de Ilha
Solteira.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto
LUPA - 2008
12
Figura 3. Distribuição de classes de solos no município.
Fonte: Prefeitura Municipal de Ilha Solteira (Departamento de Urbanismo).
13
Tabela 1. Principais culturas cultivadas no município de Ilha Solteira.
14
Tabela 2. Balanço Hídrico do Município de Ilha Solteira, jan 2000 a set, 2010
Gráfico 6.. Extrato do Balanço Hídrico Mensal Variação dos dados mensais
meteorológicos de precipitação (P), Evapotranspiração potencial (ETP) e
evapotranspiração real (ETR).
Fonte: http://www.agr.feis.unesp.br/pdf/conird2010_damiao.pdf
15
Gráfico 7. . Variação dos dados mensais meteorológicos de precipitação (P),
Evapotranspiração potencial (ETP) e evapotranspiração real (ETR).
Fonte: http://www.agr.feis.unesp.br/pdf/conird2010_damiao.pdf
16
A temperatura anual (UNESP-FEIS) apresenta uma pequena variação,
como pode ser observado abaixo:
Máxima – 26,2°C
Média: 24,9 °C
Mínima –23,6°C
Quadro 3. Bacia São José dos Dourados com área (A), população (P),
municípios (M), classificação (C), geomorfologia (G) e aquífero (Aq).
Á P M
Bacia C G Aq
(KM²) (HAB.) Nº
São José Baurú, Serra
6783 215.000 Planalto
dos 25 Agropecuária Geral e
Km² Hab. Ocidental
Dourados Guaraní
17
A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI 18, Bacia
do São José dos Dourados possui área territorial de 6.783,2 km 2 (IPT/2004),
abrangendo a área de 41 municípios, sendo 25 com sede na UGRHI, e 16 com
sede em outras UGRHIs. A população dos 25 municípios com sede na UGRHI
é de aproximadamente 215.000 habitantes (IBGE-2000).
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São José dos Dourados,
instalado em 7 de agosto de 1997, é composto por 26 municípios: Aparecida
d’Oeste, Auriflama, Dirce Reis, Floreal, General Salgado, Guzolândia, Ilha
Solteira, Jales, Marinópolis, Monte Aprazível, Neves Paulista, Nhandeara, Nova
Canaã Paulista, Palmeira d’Oeste, Pontalinda, Rubinéia, Santa Clara d’ Oeste,
Santa Fé do Sul, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São
João das Duas Pontes, São João de Iracema, Sebastianópolis do Sul,
Suzanápolis, Três Fronteiras.
A Bacia do São José dos Dourados foi dividida em seis Sub-Bacias, a
saber:
(1) Baixo São José dos Dourados (área 2.247,1 km 2), (2) Ribeirão Ponte
Pensa (área 305,6 km2), (3) Ribeirão Coqueiro/Rio São José dos Dourados
(área 637,3 km2), (4) Ribeirão Marimbondo/Rio São dos Dourados (área 933,9
km2), (5) Médio São José dos Dourados (área 1.281,5 km 2) e (6) Alto São José
dos Dourados (área 1.387,8 km2);
A disponibilidade hídrica superficial total da bacia é de 10,72 m³/s, sendo
que a sub-bacia do Baixo São José dos Dourados conta com a maior
disponibilidade, ou seja, uma vazão mínima (Q7,10) igual a 3,13 m³/s. A sub-
bacia com menor disponibilidade é a do Ribeirão Ponte Pensa com 0,51 m³/s
de vazão mínima (Q7,10).
A ocorrência das águas subterrâneas é condicionada a presença de três
unidades aquíferas: Bauru, Serra Geral e o Guarani. O aqüífero Bauru, o mais
explorado, ocupa 94% da bacia e apresenta profundidade de até 250 m na
Bacia, já o Aquífero Guarani abrange a totalidade da bacia, sendo ainda pouco
explorado devido a sua profundidade (varia de 800 a 1.100m na UGRHI-18) o
que acarreta alto custo para sua utilização.
Dos municípios que compõem a Bacia do Rio São José dos Dourados,
19 se abastecem totalmente por meio de águas subterrâneas, enquanto 06
deles usam fontes mistas e apenas um se utiliza exclusivamente de águas
superficiais. Em termos de vulnerabilidade à poluição dos aquíferos, o
IG/CETESB/DAEE (1997) constatou nível Médio-baixo na maior parte da Bacia.
Atualmente o sistema de água e esgoto municipal é operado pela
SABESP em 21 dos 26 municípios da Bacia.
Muitos córregos apresentam processo de assoreamento por não serem
mais protegidos por matas ciliares. Poucos deles são utilizados para irrigação
de lavouras, destacando apenas o Córrego das Lagoas. Em boa parte o
volume de água é satisfatório e não apresenta Índice elevado de poluição e
também sofreram mudanças de seus cursos normais por terem sido
represados quando da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Ilha
Solteira.
Os principais cursos de água situados no município são:
Córrego do Limoeiro, do Paraíso, Três Irmãos, Parobi, Onça, Dois de
Abril, Pernilongo, Caçula, Boa Sorte, Quinze, Água Sumida, Mutum, Anta, das
Lagoas.
18
Caracterização socioeconômica: A Bacia do São José dos Dourados tem
como principais atividades econômicas a pecuária de leite e a fruticultura, com
destaque para o plantio de uva. Localiza-se nesta bacia um centro de
pesquisas da EMBRAPA que auxilia os produtores em especial das diversas
variedades de uva, além de outras frutas como pinha, coco, carambola, caju,
castanha e acerola. O setor comercial concentra-se nos municípios de Jales e
Santa Fé do Sul atraindo compradores da região, assim como de outros
estados (Minas Gerais e Mato Grosso do Sul). A Ponte rodoferroviária,
localizada na rodovia Euclides da Cunha, permite a interligação das regiões
produtoras para os portos exportadores e em consonância com a Hidrovia
Tietê-Paraná possibilitará o desenvolvimento regional em especial do setor
agrícola e do agronegócio. A Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira destaca-se na
produção de energia elétrica, sendo considerada uma das principais fontes de
renda do município.
19
Mapas anexo
20
Crédito rural e microcrédito: entre os estabelecimentos bancarios existentes
do municipio contabilizamos três agências:
- Banco Bradesco, Banco do Brasil e Banco Santander.
Abaixo estão listadas as principais linhas de crédito disponíveis nestas
instituições e voltadas para o setor agropecuário :
- Banco do Brasil – custeio e investimento agropecuário – Linhas do pronaf e
FEAP – juros de de 1,5% a.a até 6,75% a.a
- Banco Bradesco – custeio e investimento agropecuário – juros de 6,25% a.a
-Banco Santander – custeio agropecuário – juros de 6,75 % a.a
OBS: Para maiores detalhes ou informações referentes ás linhas de
crédito citadas acima, procurar as agencias bancárias, ou estabelecimentos
responsáveis.
Educação: o município não conta com escolas na área rural, porém oferece
todas as condições necessárias, como transporte e alimentação para atender
os alunos na cidade. O transporte escolar é realizado pela frota municipal, nos
três períodos (manhã, tarde e noite). O convívio dos alunos da área rural com
os da área urbana acontece de forma harmoniosa, sem discriminação,
seguindo os princípios adotados pelo Sistema de Educação do município. A
rede Municipal de Educação conta com: três creches (CEI), 04 Escola
Municipal de Ensino Infantil (EMEI) e três Escola Municipal de Ensino
Fundamental – Ciclo I (EMEF), do 1º ao 5º Ano, como pode ser visto a seguir:
21
Ensino Infantil: no Ensino Infantil atende-se crianças na faixa etária de 4
meses a 6 anos incompletos, da seguinte maneira:
CEI Sorriso de Criança
CEI Sorriso de Crian
CEI Cantinho do Saber
EMEI Juliana Pimentel Barakat (Patinho D’Água)
EMEI O Pequeno Polegar
EMEI Gente Miúda
EMEI Eva Costa
22
A educação de jovens e adultos (EJA) atende jovens a partir de 15 anos
e adultos, oferecendo o Ensino Fundamental de 1ª a 8ª séries, no período
noturno (19 h às 23 h) na escola ABBS.
O Departamento Municipal de Educação conta com uma Equipe
Multidisciplinar. No Estado de São Paulo, Ilha Solteira se destaca pela ousadia
de implantar dentro da Educação uma equipe multidisciplinar. Parafraseando
Garcia (1994) é preciso participar com atividades de inovação e mudança para
encontrar sentido através de entendimentos e vontades. Mais do que ser
professor, psicólogo, assistente social, pedagogo ou fonoaudiólogo, é decisiva
a atribuição de significados que cada um coloca na sua participação no
processo educativo. Esta equipe atende as necessidades dos alunos, cada um
dentro de sua área trazendo contribuições para a resolução das necessidades
de cada educando. O trabalho multiprofissional implica em responsabilidade,
respeito aos colegas, onde realiza cada um o seu trabalho de forma que a
equipe cresça principalmente na qualidade dos serviços prestados. Nesta
parceria todos são privilegiados, pois o trabalho em conjunto amplia o
conhecimento e propicia novas aprendizagens.
Os projetos desenvolvidos na Escola em Tempo Integral são oferecidos
no Ensino Infantil e Ensino Fundamental e são:
Ensino Infantil:
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duráveis para suas vidas; introduzir noções básicas de empreendedorismo, e
transmitir valores.
24
Educação Física: a Educação Física é uma disciplina que integra o educando
na cultura corporal, formando o cidadão que irá produzi-la, reproduzi-la e
transformá-la através dos jogos, dos esportes, das lutas, da ginástica e das
danças, na busca do exercício crítico da cidadania e de uma melhor qualidade
de vida. Ela é considerada como um meio educativo privilegiado, pois abrange
o ser na sua totalidade, objetivando o equilíbrio, a saúde do corpo, a aptidão
física para a ação e o desenvolvimento dos valores morais. Não se pode falar
de um corpo fragmentado, mas de uma totalidade capaz de conectar
pensamentos e movimentos através de ligações de sensibilidade. Nesta
relação corpo e emoção o que importa não é o gesto pelo gesto, mas o
significado deste diante do mundo. Esta disciplina permite ao educando exercer
todas as suas potencialidades, desenvolve as funções mentais, a coordenação
motora, a criatividade, a livre expressão e a sociabilidade, também auxilia no
desenvolvimento global do individuo, isto é, no aspecto cognitivo, psicomotor e
afetivo. Observação: Este projeto também é desenvolvido no Ensino Infantil.
25
saudável. Ele constitui uma distração sadia, que leva a criança ao treinamento
da memória, à reflexão, melhorando a aplicação nos estudos. É uma prática
que prende a atenção, obriga a concentrar-se a refletir muito e ter mais rapidez
de raciocínio. Muitos alunos encontram neste jogo um meio de desenvolver seu
potencial intelectual, que, às vezes, demoraria muito para se desenvolver pela
falta de estímulos adequados.
26
ampliar a capacidade motora das crianças, a qual poderá facilitar o processo
de ensino-aprendizagem nas demais fases. De qualquer modo, seja na escola
ou no clube, a efetividade da preparação e da formação geral que constituirão
a educação geral dos atletas no futuro só poderá ser maximizada na interação
professor/técnico, escola, aluno/atleta e demais indivíduos que têm influência
no desenvolvimento dos jovens. Sendo assim, o sucesso da educação das
crianças e adolescentes depende muito da capacidade do professor/treinador e
de cada cenário onde o trabalho é desenvolvido. A literatura especializada do
treinamento infantil demonstra que, nessa fase, devem-se observar as
condições favoráveis para o desenvolvimento de todas as capacidades e
qualidades na aplicação dos conteúdos do ensino, por meio de uma ação
pedagógica sistematizada.
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criatividade, associado ao conteúdo desenvolvido na escola regular, para
proporcionar significado e conseqüentemente o interesse do aluno, passar para
eles que a oficina apesar de ter práticas pedagógicas diferentes das aulas
regulares, ela não deve ser entendida como parte distinta e estanque das aulas
regulares e sim uma ação de natureza contínua, com dinâmicas, onde
desenvolvem a criatividade de forma mais livre e prática. As oficinas devem
trabalhar o desenvolvimento das habilidades específicas, permitindo ao aluno
construir seu conhecimento, sem desvalorizar o papel do professor como
mediador deste conhecimento. Desenvolve o senso crítico do aluno, para que
ele possa juntamente com o professor encarar os problemas da escola dentro
de um contexto social e educacional, cumprindo o compromisso de gerar
aprendizagens e formar cidadãos.
ENSINO MÉDIO
EE Urubupungá
ENSINO PROFISSIONALIZANTE
ENSINO SUPERIOR
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Período noturno: Licenciaturas em Ciências Biológicas, Física e Matemática.
Oferece também cinco Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu:
Agronomia (Mestrado/Doutorado), Ciência dos Materiais (Mestrado/
Doutorado), Engenharia Civil (Mestrado), Engenharia Elétrica
(Mestrado/Doutorado) e Engenharia Mecânica (Mestrado), além de Cursos de
Extensão e de Pós-Graduação Lato Sensu – Especialização.
A Faculdade de Ilha Solteira – FAISA, oferece cursos de nível superior
na área de administração, pedagogia e direito. Oferece também cursos de pós-
graduação em: Especialização em Administração; Especialização em Direito e
Especialização em Pedagogia.
O acesso do ensino para os alunos residentes no meio rural e que
estudam na área urbana está disposta na tabela abaixo.
29
Tabela 4. Estatisticas vitais e de saúde do municipio
Segurança:
30
Saneamento: apesar de o município ter o esgoto 100% tratado nas residências
da zona urbana, o esgoto produzido nas propriedades agrícolas é recolhido por
fossas negras em praticamente todas e esse fator contribui enormemente para
a contaminação do lençol freático, como pode ser observado na análise das
águas provenientes de poços comuns, contaminadas com coliformes fecais
em 98% das amostras. Temos ainda o problema de algumas propriedades
localizadas ao longo dos córregos não possuírem nem a fossa negra
instalada, sendo o esgoto jogado diretamente nestes córregos. O lixo
doméstico produzido nas propriedades é jogado em buracos e queimado, em
quase a maioria delas. Em algumas propriedades localizadas próximas à
zona urbana e quando o proprietário mora na cidade e tem contato diário
com a propriedade, há o recolhimento para reciclagem, porém este fato é
exceção. Não existe a prática de compostagem nas propriedades rurais, e os
cadáveres animais em sua grande maioria são jogados nas pastagens ou em
valas próximas às áreas de preservação de permanente. Com relação às
embalagens de agrotóxicos não existe no município um ponto de coleta deste
material. Apesar das atividades de divulgação para produtores rurais, poucos
realizam a tríplice lavagem das embalagens ou utilizam do equipamento de
proteção individual (EPI) para proteção durante o preparo e aplicação dos
agrotóxicos.
31
5.605 m de comprimento e seu reservatório tem 1.195 km 2 de extensão. O
Canal Pereira Barreto, com 9.600 m de comprimento, interliga os reservatórios
da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira e da Usina Hidrelétrica Três Irmãos,
propiciando a operação energética integrada dos dois aproveitamentos
hidrelétricos. Segundo LUPA 2008, 483 propriedades, sendo que 100% tem
acesso a energia elétrica, e não costuma ocorrer quedas com frequência.. A
empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no município é a
Elektro.
32
Quadro 6. Ações e programas desenvolvidos na área de Promoção Social.
Programa Ação Desenvolvida Dificuldades da Dificuldades do serviço
população/profissionais
-Reuniões informativas semanais; -Falta de emprego ( instabilidade -Falta estrutura física
-Entrevistas para cadastramento e financeira); -Dificuldade em manter adequada ( equipamentos,
recadastramento; as necessidades básicas ( gastos recursos humanos)
-Reuniões sócio educativas quinzenais; com aluguel, energia elétrica...); - -Para centralizar as
Bolsa Família -Controle da freqüência escolar; Dificuldades na educação dos filhos; informações do PBF e ações
-Controle antopométrico; - Percepções profissionais: Apatia sejam realizadas com coesão,
-Visitas domiciliares e acompanhamento na condução do desenvolvimento eficiência, eficácia e
das famílias e encaminhamento para a familiar;Falta de limite na educação efetividade.
rede de serviços dos filhos; Drogadição/ alcoolismo.
-Reuniões sócio-educativas quinzenais;- -IDEM ao PBF -Idem na infraestrutura e,
Entrevista para inclusão; Visitas -Percepções profissionais: -Falta de concretude na
Renda Cidadã domiciliares e acompanhamento das -apatia na condução do articulação da rede de serviço
famílias; Acompanhamento do desenvolvimento familiar; (isso gera duplicidade de
rendimento escolar e vacinação dos -Falta de limite na educação dos atendimento e/ou não
filhos;-encaminhamento para a rede de filhos; cobertura das demandas
serviços -Drogadição/alcoolismo existentes.
-Frequência e rendimento escolar dos -Dos Adolescentes: Valor da Bolsa -Falta de
Criança e Adolescente adolescentes; Apoio psicossocial aos insuficiente para manter suas equipamentos(computadores ,
adolescentes e as famílias; Oficinas necessidades; Muita cobrança estufas, veiculo, entre outros
Projeto Agrícola Social sócio-educativas com os adolescentes; /pouco investimento específicos para o
e Oficinas sócio-educativas com os pais; -Dos pais: Falta de emprego; desenvolvimento do projeto).
Ilha de Papel Atendimento individual com os Dificuldades nas relações familiares;
adolescentes e/ou pais para Falta de limites dos filhos -Falta de recursos Humanos
encaminhamentos e orientações. -Percepções Profissionais: Falta de (Ilha de papel)
Orientações técnicas e sociais para os planejamento financeiro;
adolescentes-Participação em curso e Adolescentes sem projeto de futuro;
eventos; Visitas domiciliares, Apatia na condução das relações
Acompanhamento da freqüência e familiares
rendimento escolar dos adolescentes;
Apoio psicossocial aos adolescentes e
33
as famílias.
Projetos de inclusão produtiva: trabalho Conciliar o papel de mãe e dona de Organização do projeto
artesanal visando retorno financeiro às casa com o trabalho e eventuais enquanto empresa; acesso a
famílias, incentivo ao trabalho em grupo, “bicos”; organização relacionada a classe média para vendas;
acompanhamento famílias renda familiar; em alguns casos aquisição de novos materiais.
Projeto Cursinho Social ETE Incentivo e dificuldade de comprometimento Captação de professores
apoio a educação profissionalizante; com o projeto voluntários, manutenção no nº
Oferecimento de aulas periódicas Conciliar estudo com trabalho; ter inicial de alunos,
visando a preparação para o ingresso a persistência e freqüência nas aulas. remanejamento de aulas em
CRAS Escola Técnica; Freqüência e interesse em caso de faltas de professores
Atividades Ocupacionais: participar; (“troca” de horários).
Ginástica aeróbica e localizada; Divisão do espaço físico entre
Bordado; os grupos, adesão das
Crochê e Tricô. pessoas acompanhadas aos
grupos.
Ações Comunitárias Padaria Artesanal; trabalhos manuais; Distância do centro para as vendas Não participação dos
JNH esporte/ lazer; entrega do leite (padaria) moradores do bairro nas ações
Supervisão das ações de toda a política incompreensão do novo controle Ausência de equipe para
de Assistência social; (execução direta e sobre as ações; incompreensão planejamento e análise dos
Ações de gestão indireta); Controle dos recursos públicos sobre o que é prioridade na As. dados; insuficiência de
da As. Social; Apoio aos Conselhos de Social profissionais para a execução
Direitos e de cidadania da proposta; insuficiência de
equipamentos
-Reuniões informativas semanais; -Falta de emprego (instabilidade -Falta estrutura física
-Entrevistas para cadastramento e financeira); Dificuldade em manter adequada ( equipamentos,
recadastramento; as necessidades básicas (gastos recursos humanos)
-Reuniões sócio educativas quinzenais; com aluguel, energia elétrica...); -Para centralizar as
Bolsa Família -Controle da freqüência escolar; Dificuldades na educação dos filhos informações do PBF e ações
-Controle antopométrico; Percepções profissionais: Apatia na sejam realizadas com coesão,
-Visitas domiciliares e acompanhamento condução do desenvolvimento eficiência, eficácia e
das famílias e encaminhamento para a familiar; Falta de limite na educação efetividade.
rede de serviços dos filhos; -Drogadição/ alcoolismo.
Fonte: Prefeitura Municipal.
34
Organização Rural:
Associações e Cooperativas:
O municipio conta com um total de 8(oito) associações e/ou cooperativas
relacionadas a agropecuaria, sendo que grande parte destas é formada por
pequenos produtores vindos principalmente dos assentamentos do municipio.
Dentre estas contamos com, Associação de Pequenos Agricultores do Projeto
Cinturão Verde de Ilha Solteira - APAPCVIS; Associação dos Produtores das
Roças Familiares - APROFISA; Associação dos criadores de Organismos
Aquaticos de Ilha Solteira; Associação dos Trabalhadores Rurais de Ilha
Solteira - Renascer; Associação dos Trabalhadores Rurais de Ilha Solteira -
Terra e Vida; Cooperativa de Produção Agropecuaria, Hortifrutigranjeiro e
Piscicultura Campo Verde; Associação Sol Nascente; Associação União da
Vitória.
35
desmatamento para a formação de pastagens e lavouras e devido à sua
disposição, do espigão até os cursos d`água, fator que aliado ao tipo de
solo arenoso da região, concentração de chuvas durante poucos meses do ano
e retirada da mata ciliar, causaram assoreamento dos córregos e rios. O uso
indiscriminado de grades aradoras que fez aparecer camadas compactadas de
solo e não adoção da prática do terraceamento, fez com o problema
agravasse ainda mais. Os tipos de erosões que mais ocorrem no município
são: laminar, sulcos e algumas voçorocas. Ilha Solteira possui Aterro Sanitário
afastado 8km da cidade. A coleta de lixo orgânico é realizada todos os dias e
a coleta seletiva de materiais recicláveis é realizada às quarta-feiras pela
prefeitura e destinada para uma cooperativa de catadores (COOPERSELI).
O município possui sistema de esgoto em 100% residências urbanas, com
tratamento de 100%, levado por recalque até 1 lagoa de tratamento
localizada a 2km da cidade. Na grande maioria das propriedades rurais o
esgoto é recolhido em fossas e este fato pode resultar em contaminação do
lençol freático.
Visando a diminuição de problemas ambientais o município aderiu ao Projeto
Município Verde em 2008, visando adotar processos de planejamento
ambiental, com 10 diretivas e respectivos critérios para avaliação. Na última
avaliação, o município ficou em 42º lugar no estado, recebendo a
classificação para a certificação dada aos municípios com mais de 80 pontos.
36
Entre os anos 1996 e 2008 ocorreu aumento de Unidades de Produção Agrícolas
(UPAs) devido a dois assentamentos novos no município, sendo eles Estrela da Ilha
e Santa Maria da Lagoa.
Os dados referentes ao uso e ocupação do solo estão apresentados no Quadro 7
e Gráfico 10.
1
50000
40000
30000 1
1
20000
10000 1 1 1 1 1 1
0
Tota: 46254,3l Cultura Perene: 568,4
Cultura Temporaria: 17929,5 Pastagem: 24154,8
Reflorestamento:21,3 Vegetação Natura: 1044,7l
Vegetação Brejo: 2099,6 Descanso: 10
Complementar: 426
37
c. Principais atividades agropecuárias
40000
30000
20000
10000
38
Quadro 10. Principais Atividades Econômicas Não Agrícolas do município.
Principais Atividades Nº Unidade Nº
Econômicas Não Agrícolas Famílias
envolvida
s
Hotel Fazenda 01 estabeleci 02
mento
Fonte:Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA - 2008
120
99,87
100
80
60
40
20
0,122319
0
Municipio Estado
Quadro 11. Total do valor adicionado por setor ao PIB (em milhões de reais
correntes), Ilha Solteira-SP.
Valor Adicionado ao PIB
Serviços Impostos
+
Município Administração 17,91 PIB
Agropecuária Indústria
Ilha Solteira Pública (1.119,03
24,82 860,73
215,57
39
Gráfico 13. Total do valor adicionado por setor ao PIB (em milhões de reais
correntes), Ilha Solteira-SP.
Fonte: Fundação SEADE, 2006 http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/)
40
g. Infraestrutura da Produção nas Propriedades
41
Engenho 1 1
Estábulo 2 2
Estufa/plasticultura 56 12
Fábrica de farinha 2 2
Pocilga 58 45
Poço semi-artesiano 76 74
Posto metereológico 1 1
Secador de grãos 1 1
Silo para grãos 1 1
Silo para silagem 3 2
Fonte:Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA
- 2008
42
cozinha comunitária no Assentamento, de acordo com as normas sanitárias
vigentes. A Prefeitura de Ilha Solteira dispunha de uma verba que poderia ser
utilizada para tal fim, mas em função de problemas de ordem burocrático-legal
não possível utilizá-la na reforma. Durante o ano de 2011 foram feitas gestões
junto à Prefeitura e Câmara Municipal de Ilha Solteira e também junto ao Incra-
SP, mas a reforma não foi realizada. Após uma exposição na Tribuna Livre da
Câmara (com a presença de grande parte do Grupo de Mulheres), o vereador
líder do governo entrou em contato com a Prefeitura, mas esta alegou que a
área da sede do Assentamento Estrela da Ilha pertence ao Incra-SP. Em
contato com o Incra, o Superintendente declarou que não possuía verba para
tratar de projetos específicos, mas se dispôs a repassar para a Prefeitura de
Ilha Solteira o prédio, onde poderá ser realizada a reforma. Em resumo: a
UNESP adquiriu bens e utensílios para a montagem de uma cozinha
comunitária de apoio a produtores e voltada para processamento e agregação
de valor aos produtos, porém ainda não foi possível instalar a cozinha
comunitária no Assentamento.
43
periurbana da cidade (Horta dos Aposentados). Na tabela 6 encontram-se os
volumes produzidos pelo conjunto de produtos familiares especializados.
1
Um critério popularmente utilizado para dimensionar o porte de equipamentos de varejo é o
número de caixas registradoras (check-outs) existentes.Considera-se equipamentos de varejo
de porte pequeno aqueles que contam com até 4 caixas e de porte médio com até 12 caixas.
44
produtos aos consumidores; seis foram identificados como agentes de
intermediários de comercialização2 de gêneros diversos (cereais, ervas e
outros) e os dez restante atuam na comercialização de produtos não agrícolas
(enxovais, artesanatos e vestuário).
No ano de 2008 havia 26 agentes de comercialização de produtos
agroalimentares, dos quais 20 eram produtores familares. Em 2011 36
produtores familiares que utilizam a feira como equipamento para assumir suas
funções de comercialização, este número representa 69% do conjunto de
comerciantes atuantes, destes, apenas 1 é também inserido no grupo anterior,
dos produtores familiares especializados.
A forma de disposição dos produtos agroalimentares presentes nos dois
períodos da abordagem encontra-se na tabela 7. Vê-se que, de 2008 para
2011, junto com aumento no número de produtores familiares comercializando
seus produtos, há também um sutil aumento no numero de produtos
processados artesanalmente (minimamente processados e
agroindustrializados).
2
Intermediários são entendidos como agentes não envolvido com o processo produtivo nem com o
consumo final (COUGHAN, et.al. 2002).
45
que comercializavam somente produtos in natura respondiam por 57,69%,
enquanto que as barracas que apresentavam produtos com algum grau de
processamento representavam 42,31%. Comparando com os dados de 2011
(Tabela 7), houve decréscimo de 21,98% na quantidade de bancas que
comercializavam somente produtos in natura. Este pode ser um aspecto
positivo, uma vez que mais produtores passaram a oferecer produtos
processados, sendo processamento uma oportunidade de oferecer mais
opções ao consumidor num mesmo local e, para os produtores, esses fatores
são relevantes por reduzir a sensibilidade à sazonalidade da produção.
O processamento é uma operação que melhora as possibilidades de
ganhos do produtor porque quanto mais elaborado o produto maior o seu valor
no mercado. Além da possibilidade que a transformação dos produtos tem de
tirá-los da condição de perecível, as feiras constituem ambiente propicio para a
interação entre os agentes produtores e consumidores que não procuram
apenas a satisfação de suas expectativas materiais, mas também aquelas
simbólicas e subjetivas oferecendo a possibilidade de fortalecer laços de
afetividade e relacionamentos sociais.
Além daqueles aspectos, lembre-se que o consumo de bens alimentares
é fortemente influenciado por fatores culturais que expressam modos de vida
que também explicam aspectos técnico-produtivos e até mesmo atributos
qualitativos.
Serviço de inspeção municipal: Criado por lei municipal, porém não possui
atualmente estrutura para funcionamento.
46
2. DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
Introdução
47
atividades da fazenda, aspectos importantes para os pequenos produtores que,
geralmente, dispõem de pouco capital de giro.
Em setembro de 2002, a regulamentação da produção, transporte e
armazenamento de leite tornam-se regidos pela Instrução Normativa 51,
objetivando melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil (Revista Balde
Branco, 2002).
Tal normativa somada a anteriores transformações no setor leiteiro
advindas da liberação comercial culminaram na redução das margens de lucro
ao produtor, o que torna a competitividade fundamental neste ambiente, seja
na forma de eficiência técnica e alocativa dos fatores terra, trabalho e capital,
objetivando a eficiência econômica, auxiliando ao produtor no enfrentamento
deste cenário de ameaças, com perda da margem de lucro e renda.
Estruturação:
48
capacidade produtiva média para o município de 11.439 litros por dia. A média
de produtividade local acompanha a média nacional, cerca de 5 a 7
l/vacas/dias, porém é considerada baixa. No entanto, alguns produtores
destacam se por apresentarem uma produtividade mais alta, cerca de
12L/vacas dia.
Infraestrutura e manejo:
49
hospedeiro, controle químico ou biológico e o manejo estratégico dos princípios
ativos disponíveis no mercado.
A ordenha predominante é a manual, muitas vezes, realizada de forma e
em locais inadequados. A falta desses cuidados também é observada na
ordenha mecânica e ambos os casos resultam no desenvolvimento de doenças
como a mastite e perdas na qualidade do leite. Também, de acordo, com o
veterinário, o local adequado para a ordenha deve conter piso ladrilhado e
limpo, o teto do animal e as mãos do ordenhador devem ser bem higienizados,
deve se ainda evitar a entrada de insetos (moscas, mosquitos, em especial) e
pessoas estranhas, os quais podem causar a contaminação local e estresse
animal. E quando a ordenha for mecânica a máquina deve ser desinfetada e
regulada a cada ordenha. Outros cuidados como testes para mastite (Caneca
Telada e de Fundo Preto), Células Somáticas Totais, Pré e Pos-DIB para que
haja um bom controle da qualidade do leite.
O ciclo de produção é compostos por 3 fases, cria, recria e engorda,
portanto fechado. Porém a venda de bezerros após o desmame é
predominante em relação à engorda.
Escoamento:
50
(ração, sais, vermífugos e outros) e equipamentos (pás, inchadas, carriolas e
outros) adquiridos pelos produtores da cooperativa são descontados do
montante a ser recebido no mês.
Ambas as empresas realizam os testes obrigatórios, os quais asseguram
a chegada de um produto com boas condições higiênico-sanitário ao
consumidor final. Sendo testes obrigatórios os de acidez, prova do álcool-
alizarol, prova de redutase do azul de metileno e outras complementares, como
a contagem total de bactérias (Embrapa, 2005).
Aspectos sócio-econômicos:
51
(R$0,59 à R$0,63) praticados pelas empresas e com a falta de
correspondência das variações dos valores pagos ao produtor com a variação
sazonal de preços, uma vez que, o aumento do preço do produto (leite)
passado ao consumidor final, principalmente, durante a época das secas, não
são repassadas de maneira proporcional ao produtor.
Baixa lucratividade, essa que também pode ser relacionada à falta de
eficiência de uso dos fatores de produção e do baixo poder aquisitivo dos
consumidores.
Ainda referente à lucratividade, no seguimento do processamento, o
laticínio Isalat encontra dificuldades em comercializar seu produto diretamente
com mercados e supermercados, havendo a necessidade de um intermediário,
diminuindo as margens de lucro da empresa. Essa intermediação tem sido
necessária para o microempresário, devido principalmente á falta de não
capital financeiro para manter um quadro maior de funcionários.
Dentre os principais fatores sócio-econômicos que prejudicam a
produção nos assentamentos antigos, à evasão dos filhos da propriedade em
busca de trabalho nos centros urbanos, tendo como conseqüência a diminuição
da mão de obra, restando na terra, apenas os titulares com 60/ 65 anos de
idade, que não tem muito força e disposição para o duro trabalho de uma
propriedade.
O relato de um pequeno produtor de destaque na produção de leite, no
município, deixa evidente a relação existente entre a implantação de uma nova
tecnologia e aumento da produção, alem da necessidade de capitais externos
para implantação da mesma, em pequenas propriedades. Segundo ele, a
implantação de um sistema de irrigação de pasto (uma tecnologia) elevaria a
produção, atual, de 200 litros de leite por dia para 500 litros de leite por dia.
Entretanto, o produtor não possui recursos próprios para fazer o investimento
necessário (R$ 9.000,00) para implantação do sistema.
(...) a implantação de tecnologias nas pequenas propriedades permite a
diversificação e racionalização do mercado de produção permitindo
maiores ganhos, reduzindo os custos e proporcionando resultados
financeiros que permitam a continuidade dos trabalhos de exploração da
empresa rural, fixando o produtor na atividade e aumentando a sua
renda (...) e bastante dependente das condições de credito.
52
um órgão ou entidade credenciado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), como a Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (CATI),
também é necessária para acessarem a outros programas de políticas publicas
além do PRONAF. Outros, embora, possuam a DAP, não conseguem
aprovação do crédito junto as agencias financeiras, em virtude, de dívidas
pendentes. Um exemplo, bastante comum dessas dívidas, no município,
segundo a engenheira agrônoma da Casa da Agricultura de Ilha Solteira
Helena Adélia da Silva Sales , são aquelas advindas do Programa Especial de
Crédito para Reforma Agrária (Procera). A mesma também relata que a
reprovação também ocorre por irregularidades na DAP, ou seja, muitos
produtores para terem acesso ao financiamento, não modificam informações
sobre área, número de pessoas residentes, composição da força de trabalho e
da renda do estabelecimento de produção durante a aquisição da DAP.
Somando-se a essas causas, temos a baixa renda ou dificuldade de
comprovação da mesma, por causa da não emissão ou adulteração de nota
fiscal, por alguns participantes da cadeia. Assim, os produtores não conseguem
atingir a renda mínima exigida para eventuais financiamentos, principalmente,
créditos do PRONAF, diferente do grupo A, os quais exigem uma maior renda e
possuem maiores juros.
Neste mesmo contexto, relação social e econômica entre os agentes da
cadeia, verifica-se uma grande dificuldade organizacional entre produtores,
onde a falta de ética, comprometimento e fidelidade são as principais causas
citadas. Além da falta de conhecimento, notada durante as visitas. Alguns, para
aumentar a quantidade de leite fornecida aos tanques, adicionam água ao
mesmo, outros entregam nos tanques, leite com acidez maior que a permitida e
até mesmo com alta concentração de antibióticos, acarretando perda da
qualidade do produto e em certas ocasiões perda de toda a produção
depositada nos tanques.
Embora, haja um crescimento das expressões sociais dos movimentos
sociais e das experiências conjuntas de produção e comercialização na
economia, tanto do meio rural como no urbano (Tarsitano et al, 2005) e alguns
produtores acreditem que a formação de cooperativas e associações seria
capaz de aumentar o poder de negociação, em virtude, do aumento do volume
produzido, as razões, acima apresentadas, fazem com que optem pela
comercialização individual.
A refrigeração em nível de produtor e a coleta em galões esotéricos
foram medidas para aumentar a produtividade e compensar a queda de preços
através da melhoria da qualidade do leite. Com isso, outro, suposto fator, que
comprometeria a qualidade do leite e a produção no assentamento, é a falta de
condições de uso de dois dos três tanques de resfriamento, adquiridos em
pregão, através de um programa do governo federal, que apresentaram
problemas antes de um ano de utilização. Entretanto, existem dúvidas sobre a
quantidade da produção que seria entregue nesses tanques, ou seja, se não
haveria capacidade ociosa, portanto, um suposto fator.
A diversificação de produtos e/ou a criação de linhas de produção lacteis
regionais são formas de potencializar a cadeia, agregando valor e aumentando
o nicho mercadológico. Entretanto, não se encontram no município quantidades
expressivas de derivados do leite como queijos, coalhadas, doces e outros.
Essa falta de usinas de processamento (derivação) também impede o
53
aproveitamento de subprodutos como o soro e aproveitamento do leite
impróprio para in natura, reduzindo a eficiência produtiva.
Um fato que chama atenção no cenário mundial é a fusão de grandes
lacticínios, fato que vem reduzindo a concorrência neste setor com
concentração do mercado consumidor, ocasionando o fechamento de
empresas regionais, projetando uma situação de risco para a cadeia, tendo em
vista que dentre seus participantes estão os pequenos lacticínios. .
Em contrapartida, a atividade leiteira proporciona aos pequenos
agricultores, rendas mensais fixas, em muitos casos a única fonte de renda, por
não demandar uma grande quantidade de mão de obra e investimento, quando
se considera um nível baixo de produção.
No município, a proximidade entre dos lacticínios e produtores, permite
que a captação da matéria prima seja feita tanto em tanque de resfriamento,
quanto a granel em tanques esotéricos, sem interferência na qualidade exigida
para comercialização. Foram destacadas pelos produtores algumas vantagens
de cada tipo de coleta praticada, mostradas a seguir:
54
Quadro 16. Fatores positivos e negativos dos ambientes internos e externos da
Cadeia do Leite no município de Ilha Solteira
Ambiente Interno Ambiente externo
Pontos Fortes Oportunidades
Considerações finais
55
em numero de rebanhos, esses são dados da FAO (2007). A Tabela 10 mostra
que o Brasil, tem uma importante contribuição na produção de carne,
exportando seus produtos para diversos países, principalmente para EU.
56
a produção, pela estabilização de energia elétrica, nas Regiões Norte e Centro-
Oeste, e pela ampliação da capacidade instalada dos frigoríficos abatedores.
Esse processo foi acentuado pela desvalorização cambial de janeiro de 1999,
pela simultânea concentração do capital, na indústria, e redistribuição
geográfica de modernas unidades frigoríficas de abate.
Atualmente, os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul possuem o
maior número de estabelecimentos cadastrados na categoria matadouro
frigoríficos no Sistema Federal de Inspeção (SIF).
No ano de 2006, do total das exportações de carne bovina do Brasil,
São Paulo exportou 80% da carne industrializada, 33,3% da carne resfriada
sem osso e 45% da carne congelada sem osso (ANUALPEC, 2007). Em 1995,
do valor total da produção agropecuária da EDR Andradina, a carne bovina
representou 43,3%, passando para 49,5% no ano 2000, bem acima da
proporção apresentada para o Estado de São Paulo, em que os produtos de
origem animal respondem por cerca de 25% do valor da produção
agropecuária.
A história da agropecuária na região do extremo oeste do Estado de São
Paulo (microrregião de Andradina ou EDR de Andradina na classificação da
Secretaria de Agricultura do Estado) sempre foi marcada pela elevada
concentração da posse de terras, sendo esta uma de suas características mais
evidentes. No ano agrícola 1995/96 a área média dos estabelecimentos da
região de Andradina foi de 125,7 hectares enquanto a área média do Estado foi
de 79,6 hectares, sinalizando para a maior concentração fundiária regional.
Portanto, a pecuária nessa região foi marcada principalmente por questões
fundiárias e um dos fatores relevantes para isso é o preço atribuído nesses
últimos anos a terra.
Apesar do preço da terra vir aumentando ao longo dos anos este fator
não foi limitante para que os produtores abandonassem esta prática (Gráfico
57
14). O Gráfico 15 abaixo nos mostra que entre 2007 e 2008 cerca de 52,22%
da área total estava ocupada com pastagem, apesar do avanço das culturas
semi-perenes principalmente a cana-de-açúcar. A redução na participação das
áreas com pastagens em relação ao total de área dos municípios da EDR era
esperada uma vez que se constataram mudanças na composição da produção
agropecuária do estremo oeste do Estado de São Paulo. As reduções na área
cultivada com aumento de produtividade para as culturas de arroz e milho, bem
como notável expansão da área e produtividade da cultura da cana-de-açúcar,
cultura que em 1999 passou a ocupar a maior área explorada na composição
da produção agrícola da microrregião.
58
Gráfico 16. Efetivo dos bovinos no município de Ilha Solteira.
Fonte: Pesquisa Pecuária Municipal-IBGE
Considerações Finais:
Introdução
O Brasil detém 13,7% de toda água doce do mundo (ANA 2004), sendo
assim, caracteriza-se como um dos países com maior potencial hídrico e
competitividade para produção de pescados a partir de atividades aqüícolas.
Porém, todo este potencial não tem sido explorado adequadamente, tendo em
vista os dados apresentados pela aqüicultura brasileira, que revelam números
muito modestos.
59
Grande número de espécies nativas e exóticas são exploradas, mas os
índices de produtividade do país encontram-se abaixo das medias mundiais, (
SEAP-IBAMA, 2005). O Brasil produz apenas 1.015.914 toneladas de peixe por
ano. Esta baixa produção ocorre em decorrência principalmente das práticas
de produção adotadas, que em muitos casos são de caráter doméstico e
amador.
Diante deste contexto apresentado pela aqüicultura brasileira, a Bacia
Hidrográfica do Rio Paraná destaca-se devido às intervenções e
represamentos a que foi submetida ao longo dos anos, para construção de
barragens. Em conseqüência destas intervenções, o Rio Paraná e seus
tributários tornaram-se grandes lagos sucessivos, provocando sérios impactos
sociais, econômicos e ambientais para pesca extrativa. A partir destas
implicações, a aqüicultura torna-se uma importante alternativa de geração de
renda e emprego para populações impactadas por construções de barragens,
como no reservatório de Ilha Solteira (Carvalho e Silva, 2006).
Este trabalho tem por objetivo, avaliar e elencar as principais
dificuldades e entraves, assim como as principais fortalezas encontradas na
cadeia produtiva do peixe no município de Ilha Solteira, São Paulo, na bacia do
Rio Paraná, através de análises de dados oficiais e questionários aplicados aos
componentes da cadeia.
Metodologia
Resultados e discussão
60
O reservatório de Ilha Solteira, inserido na bacia hidrográfica do Alto Rio
Paraná, tendo uma área da bacia de drenagem de 1.195 Km². A barragem tem
um talude de 5.605 m de comprimento, no qual está implantado a Usina
Hidroelétrica de Ilha Solteira, sobre o gerenciamento da CESP (Centrais
Energéticas de São Paulo). O clima da região é tropical, quente e úmido, com a
temperatura do ar variando entre 15 e 35ºC. A bacia do rio Paraná, nesta área
envolve 15 municípios, pertencentes quatro microrregiões geográficas, sendo a
de Jales (municípios Populina, Mesópolis, Santa Albertina, Santa Rita d´Oeste,
Santa Clara d´Oeste, Santa Fé do Sul, Três Fronteiras, Nova Canaã Paulista) e
Andradina (municípios de Ilha Solteira, Pereira Barreto e Suzanápolis) no
estado de São Paulo, e as microrregiões de Paranaíba (municípios de Selvíria
e Aparecida do Taboado) no estado de Mato Grosso do Sul e microrregião de
Frutal no estado de Minas Gerais (município de Carneirinho).
O Rio São José dos Dourados deságua no Rio Paraná a montante do
reservatorio da UHE de Ilha Solteira a aproximadamente 4 Km da cidade
(Figura¨6)
61
águas que já estão sendo cultivadas entram no processo e segundo
informações do Ministério da Pesca terão os seus processos de licenciamento
agilizados .
Tecnologia empregada
A criação de peixes é caracterizada como intensiva, no sistema de
tanques-rede. Esses tanques se caracterizam por estruturas que flutuam
compostas basicamente de um chassi, confeccionado em aço galvanizado,
bóias de plástico, tela metálica galvanizada, revestida com plástico, onde se
alojarão os peixes em produção. Esses tanques, são ancorados no fundo dos
reservatórios ou açudes, através de poitas ou lastros de concreto.(PROJETO
ÁGUA VIVA DIRETO)
Mantém-se uma média de 35/40 Kg/m³ o que confere uma média de
10000 peixes/tanque inicialmente.
Faz-se a biometria, de 7-15 dias dependendo da necessidade e da
época do ano. A ração é dada com base nos resultados obtidos na biometria. A
conversão alimentar é de 1,7Kg de ração para cada 1Kg de peixe vivo.
O ciclo de produção é basicamente dividido em duas fases nos dois
empreendimentos: de 1,5g até 60g, com duração de 70 a 90 dias. O segundo
ciclo vai de 60g a 750g, com duração de 6 a 7 meses (180 – 210 dias).A fase
de terminação é em média de 750g, num ciclo total de 250 a 300 dias.
Origem/destino do produto
62
inspeção municipal e de órgãos gestores de qualidade sanitária. Já o
empreendimento 2 o faz.
Os peixes são vendidos para frigoríficos que compram e pagam pelo kg
do peixe vivo. Atualmente as associações têm abastecido um frigorífico de
Promissão/SP. Um entrave para a venda, é que o frigorífico busca o produto
somente quando há uma quantidade mínima de 5000kg.
A venda é somente no atacado. O frigorífico encaminha o filé do peixe
para exportação e abastecimento interno do estado de São Paulo.
Uma parte da produção também é vendida para a prefeitura municipal,
para o programa de aquisição de alimentos produzidos no próprio município e
utilizados na alimentação escolar desenvolvida na cozinha piloto, entretanto a
prefeitura municipal não cedeu os dados sobre a quantidade adquirida.
Ambiente institucional:
Decreto N. 41.258 de 31-10-96 e PORTARIA DAEE 717 de 12-12-96
Lei Federal Nº9.433 de 8 de Janeiro de 1997
Lei Estadual Nº6.134 de 2 de Junho de 1988
Decreto Estadual Nº32.955 de 7 de fevereiro de 1991
Lei Estadual Nº7.663 de 30 de Dezembro de 1991
Decreto Estadual Nº41.258 de 31 de Outubro de 1996
Portaria DAEE Nº717 de 12 de Dezembro de 1996
Decreto Nº37.300 de 25 de Agosto de 1993
Deliberação CRH Nº01/93 de 25 de Novembro de 1993
Deliberação CRH Nº02/93 de 25 de Novembro de 1993
Relação dos municípios contidos nos Grupos de Bacias Hidrográficas
discriminados no Inciso II, do Decreto Nº36.787, de 18 de maio de 1993 e
conforme a Divisão Hidrográfica aprovada pelo Conselho Estadual de Recursos
Hídricos em sua reunião de 25 de novembro de 1993
Fornecedores de Insumos
Empreendimento 1 (APROAQUA) :
Piscicultura Aquabel – produção de alevinos
Rações Fri-Ribe : Fri Acqua 40 – 2,5mm(para alimentação de alevinos)
63
Fri Acqua 35 – 4,0mm (para alimentação na engorda)
Fri Acqua 32 – 4,0 a 6,0mm (para alimentação na engorda)
Empreendimento 2 (PISCIS) :
Sistemas produtivos
Agroindústrias
Varejistas
Feirantes
Geneseas – unidade industrial de processamento de pescados opera dentro
dos padrões nacionais e internacionais de certificação (SIF e HACCP).
Mercado consumidor
Ambiente organizacional
64
Pontos positivos Pontos negativos
Forças Fraquezas
-Possuem técnicos especializados; -Dificuldade no abastecimento dos
- Tradição e alto consumo de peixe na insumos (distância);
Quaresma; -Falta de selo de inspeção municipal;
-Alta temperatura da água é favorável -Comercialização apenas no atacado;
à produção; -Não obtém descontos na compra dos
insumos por falta de capital para
pagamentos à vista;
-Dificuldade de obtenção de crédito
para insumos;
Oportunidades Ameaças
-Legalização de sua área de -Instabilidade do preço de venda do
exploração através da implantação do produto;
projeto Parque Aquícola; -Ser necessário atingir um volume
-Agregar valor ao produto, por meio mínimo exigido pelo frigorífico por
da filetagem; compra;
-Recomendações da OMS são ainda -Falta de projeto adequado para uso
maiores que o consumido atualmente; de APP;
-Construção de novo frigorífico e -Mudança contínua da qualidade da
fábrica de ração no município; água, e conseqüente aumento da
quantidade de algas;
-Ciclo de chuvas desordenado;
-Não é a principal fonte de renda dos
associados;
Conclusão
65
É de suma importância para o crescimento da viabilidade, aproveitar ao
máximo as oportunidades que estão surgindo com a implantação do projeto
“Parque Aquícola” do governo federal, como a construção de um frigorífico e de
uma fábrica de ração na cidade.
Seria importante que as associações conseguissem o selo de inspeção
municipal para legalizar a filetagem de seus empreendimentos, poderem
agregar valor ao seu produto e vender diretamente no varejo para assim,
possuir uma alternativa à venda do pescado quando, por alguma intempérie,
não for possível atingir a produção mínima de venda para o frigorífico. Uma
alternativa aos altos preços dos insumos, e a falta de capital para compra dos
insumos, seria promover uma parceria entre as associações e conseguir
acordos comerciais com os abastecedores, como prazos, juros menores ou
descontos.
Também é importante ressaltar que a qualidade da água ainda que em
níveis favoráveis, deve ser rigorosamente controlada para que não seja
prejudicada ao longo dos anos, principalmente pela mudança dos ambientes ao
redor do reservatório.
Por fim, vale lembrar que a cadeia do peixe está em plena expansão,
recebe cada vez mais incentivo governamental e as recomendações de
nutrição humana incluem a cada dia porções expressivas de pescado nos
cardápios saudáveis, fazendo com que o setor se torne um dos mais
promissores dentro de poucos anos.
Introdução
66
diversas condições climáticas do território nacional, sendo, portanto
considerada uma data importante para olericultura brasileira (Incaper, 2002).
E na ultima década a produção de olerícolas vem passando por diversas
transformações que visam atender as necessidades dos produtores, dos
atacadistas, dos supermercados como também dos consumidores. O cultivo
convencional, nos últimos anos, vem cedendo lugar a cultivos diferenciados
com destaque para aqueles em ambiente protegido e sob sistemas orgânicos.
E aumento das exigências na qualidade pôr parte dos atacadistas e
supermercados tem levado a classificação, padronização, embalagens, origem
do produto. Produtos congelados ou minimamente processados ("fresh cut")
são também segmentos em franca expansão, principalmente nos grandes
centros consumidores. O crescimento vertiginoso de empresas de alimentação
do tipo "fast food" tem também contribuído significativamente para o aumento
deste segmento.
Tal atividade e caracterizada por exigir altos investimentos, em contraste
com outras atividades agrícolas extensivas, além de maiores riscos. Entretanto,
permite a obtenção de elevada produção física e de altos rendimentos por
hectare cultivado e por hectare/ano dependendo do valor agregado do produto
e da conjuntura de mercado. E também, gera de grande número de empregos
devido à elevada exigência de mão-de-obra desde a semeadura até à
comercialização. Estima-se que cada hectare plantado com hortaliças possa
gerar, em média, entre 3 e 6 empregos diretos e um número idêntico indiretos (
MELO e VILELA, 2005).
No estado de São Paulo este setor esta representado por 63000
produtores de hortaliças, sendo que estes produzem 55 diferentes tipos de
vegetais. Estes produtores geralmente são caracterizados por serem de
agricultura familiar e, portanto, associados à baixos níveis de tecnologia.
Portanto o estudo e analise de sua cadeia, tornam-se fundamentais,
tendo em vista sua importância no contexto da economia nacional e sua
influência sob a agricultura familiar.
Analise da Cadeia
67
Horta dos Aposentados, estes quatro locais, representam os principais
produtores de produtos agropecuários do município. No que diz respeito aos
produtos hortícolas, os produtores de maior destaque, localizam-se no
reassentamento Cinturão Verde e na Horta dos Aposentados.
Esta analise encontrou algumas dificuldades no que diz respeito ao
acesso á informações, em função da falta de controle dos produtores, em
relação ao volume produzido e comercializado. Outro problema encontrado
durante a captação de dados foi à falta de dados oficiais (dados não
fornecidos), em relação ao volume adquirido e consumido pela prefeitura
municipal de Ilha Solteira.
Infra-estrutura e manejo
O Projeto de Reassentamento Cinturão Verde caracteriza-se como a
área com maior número de produtores de hortaliças no município, sendo que
esta, segundo (MÊRCES, 2004), é a principal exploração do projeto. A partir
disso podemos inferir que existe algum tipo de planejamento e utilização de
tecnologias que auxiliem em relação à estrutura, comercialização e/ou manejo
das culturas. Porem, Souza et al (2002), constataram que 64% do total dos
produtores não planejam como irão comercializar a produção ao semear sua
cultura ou iniciar uma nova atividade.
A partir de tabela a seguir, podemos verificar os principais produtos
comercializados no município.
68
produtores em 2004, dos 25 lotes irrigados, seis cultivavam hortaliças, porém
em 2008, de acordo, este número reduziu para cinco, sendo quatro de
produtores e um onde esta instalado o PAS ( Projeto Agrícola Social).
Total/ Mensal
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
Total/ Mensal
69
de comercialização por parte dos produtores. Isso requer algum ou melhor
planejamento, do que plantar, de que forma realizar o plantio, manejo da
cultura e principalmente para quem e como comercializar seus produtos.
70
2.3. Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas.
Cadeia Produtiva Dificuldades Causas Efeitos Ações propostas
Capacidade de pagamento das Falta de planejamento; Inadimplência Capacitação
dividas;
Baixa qualidade genética do Baixa tecnologia; Baixa produtividade Investimento em melhoramento
rebanho; genético
Nutrição do rebanho; Baixa disponibilidade e/ou uso Queda da Produtividade; Capacitação dos produtores e
Índices zootécnicos abaixo do inadequado de alimentos; Baixa produtividade técnicos em gestão da
desejado; Baixa tecnologia; Insucesso na atividade atividade e planejamento
LEITE Gestão ineficiente dos negócios; Investimento em tecnolo
Perda do valor por falta de Falta de Conhecimento; Baixa rentabilidade Capacitação
qualidade Reativar o serviço de
Falta de órgão de defesa Manejo e práticas incorretas Gestão junto ao Poder Público
sanitária animal no município
para emissão de GTA e Falta de prioridade para o setor
atestados de vacina;
71
Qualidade do meio ambiente Poluição dos recursos Dificuldades na produção Gestão do poder público junto
Qualidade dos alevinos hídricos Desuniformidade dos lotes aos agentes poluidores
Animais predadores Falta de oferta no mercado de produção, baixa Investimento em pesquisas
Espécies indesejáveis como o e investimento em qualidade do pescado Investimento em alternativas
mexilhão dourado pesquisa Redução na produção de controle
Problemas relacionados a Alimento confinado e de Depreciação dos Pesquisas em espécies
logística fácil captura equipamentos predadoras para manter o
PEIXE Baixo consumo, sazonal Inserção de espécies Elevação do custo de equilíbrio
Acesso ao crédito rural exóticas produção Investimento em transporte e
indiscriminadamente Consumo sazonal, queda rotas alternativas para
Grandes distancias entre as áreas de preços ofertados ao escoamento da produção
de beneficiamento e consumo produtor Investimento em campanhas
Hábitos alimentares Falta de investimento para aumentar o consumo
Falta de enquadramento dos Criação de novas linhas de
beneficiários crédito
Acesso ao crédito rural \endividamento financeiro Falta de investimento na Acesso ao credito facilitado
Gestão ineficiente dos negócios dos beneficiários produção Capacitação dos produtores
Perda de valor por falta de Falta de planejamento na Insucesso na atividade Capacitação em manejo
OLERICULTURA qualidade produção Baixa rentabilidade
Aquisição de insumos Manejo e práticas
incorretas
Desunião dos agricultores
72
2.4. Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais cadeias produtivas.
Cadeia Oportunidades/
Por que não Explora Efeitos da Exploração Ações propostas
Produtiva Potencialidades
Logística, Falta de informação Melhorar a rentabilidade Divulgação/Capacitação
pesquisa,desenvolvimento do
setor;
Falta de liderança/união Aumento do poder de Insistir na organização rural
Organização Rural competitividade
Falta de conhecimento Aumento da renda familiar Orientação e capacitação
LEITE
Agregação de valor ao produto, ,motivação e de um serviço
de inspeção municipal
73
3. Diretrizes para o Desenvolvimento Municipal.
Ordem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições
envolvidas
Número de Produtores Promover um intenso e permanente trabalho -Prefeitura
organizados nas 4 ( extensionista com a finalidade de convencê-los Municipal
-ORGANIZAÇÃO DOS
1 quatro) cadeias sobre as vantagens do associativismo. Identificar -CATI/SAA
PRODUTORES RURAIS
produtivas priorizadas lideranças com esta mentalidade. - UNESP
-INCRA
Número de produtores Cadastrar o público envolvido em cada cadeia -Prefeitura
capacitados nas Identificar as diferentes necessidades e Municipal
-CAPACITAÇÃO DOS 4(quatro) cadeias proporcionar a capacitação -CATI/SAA
2
PRODUTORES produtivas priorizadas - SENAR
-UNESP
74
conscientizados sobre a conscientização. Agricultura
importância da - CBRN
sustentabilidade - UNESP
ambiental
APPs recuperadas Promover um intenso e permanente trabalho -Casa da
(hectares) extensionista com a finalidade de conscientizar e Agricultura
orientar os produtores interessados em mudas - CESP
fornecidas pelo viveiro municipal. Trabalhar em -Agência
parceria com o Projeto “Município verde e Azul” Ambiental
em desenvolvimento no município.
Produtores utilizando Conscientizar e treinar os produtores sobre a -CATI
corretamente os importância do uso do EPI, descarte correto de -SENAR
agroquímicos embalagens e técnicas de aplicação -UNESP
Produtos atendendo as Identificar as demandas; -CDA
-ADEQUAÇÃO DO SISTEMA
normas inerentes às Divulgar as legislações pertinentes aos setores de -SMA
DE PRODUÇÃO ÀS
boas práticas produção agropecuários; -POLICIA
7 LEGISLAÇÕES VIGENTES
agropecuárias Promover atividades educativas; AMBIENTAL
(BOAS PRÁTICAS
-ANVISA
AGROPECUÁRIAS)
Kg de leite/ha Demonstrar para os produtores que é possível -Prefeitura
Kg de carne/há aumentar a atual produtividade através do uso de Municipal
Kg de peixe /m3 de tecnologias adequadas -Casa da
-AUMENTO DA
água Incentivar e criar condições para os produtores Agricultura
8 PRODUTIVIDADE NAS
Kg de olerícolas/ha aprimorarem os índices zootécnicos dos - Ministério da
CADEIAS PRODUTIVAS
rebanhos Pesca
PRIORIZADAS
Incentivar e criar condições para os produtores - UNESP
promoverem o melhoramento genético dos
rebanhos
75
4. Planejamento da Execução
76
4.2 Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes do plano.
77
manejo do de Meio Ambiente – demandas; agrônomo, 01 biólogo e 02 rurais do
Meio Ambiente PM;-Policia Ambiental -Oferecer técnicos; 06 policiais município
e CATI palestras/cursos ambientais
de divulgação das -Financeiros: R$
legislações 50.000,00
pertinentes aos
setores de produção
agropecuários;
-Promover
atividades
educativas;
-realizar
fiscalizações
5 Melhoria da - Departamento de -instalar 01 Associação 2010-2013 -Humanos: 02 policiais -produtores
Infra-estrutura Cultura e de Produtores (Santa Ambientais. rurais do
Municipal de Departamento de Maria da Lagoa) -Financeiros: município
Apoio a Cultura, esporte/PM -construir um mini- R$300.000,00
Esporte, lazer e -Policia Militar e campo de futebol
segurança Ambiental - Cinema nos Bairros
6 Programa SAA/CATI apoiar a iniciativa de 2010-2013 -humanos: -Humanos: 01 -produtores
Estadual De -SMA negócios de agrônomo, 01 biólogo e 02 rurais do
Microbacias associaçoes de técnicos município e
Hidrográficas agricultores - financeiros: até associações
Ii familiares do R$3000.000,00/associação
município
Obs: os recursos descritos para o cumprimentos das metas são valores estimados, podendo ser alocados ou não e recalculados no decorrer
do prazo estipulado no Plano.
78
5. Instituições Envolvidas:
__________________________________________
Dr. Edson Gomes
Prefeito Municipal
___________________________________________
José Roberto da Costa Sales
Presidente do CMDR de Ilha Solteira
79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
80
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DO ESTADO DE SÃO
PAULO - Projeto LUPA - 2008
AGRADECIMENTOS
Médico Veterinário Dr Josué Fermino dos Santos Médico Veterinário Dr. Milton
Augusto Cassiano Sant’Ana; Técnico Agropecuário Robson Dourado;
Secretária Manuelita Salomão e funcionários do EDR de Pereira Barreto e
Ancradina; Sebastião Arosti; Francisco Persival Pereira Vital, Amandio Almeida
Júnior e Maria das Dores Mota Queiroz e os estagiários Felipe Moreira de
Souza; Paula Pereira Rosa; Tamires Azoia de Souza; Wanderson Rodrigues
Moraes; Danilo Augusto dos Santos Pereira;
ELABORAÇÃO
- Eng. Agr. Ms Helena Adélia da Silva Sales
- Profa Dra Silvia Maria Almeida Costa
- Prof. Dr. Alexandre Ninhaus Silveira
- Eng. Wilson Garcia Júnio
- Eng. José Antonio Pistori Buzachero
- Bióloga Drª Sueli da Silva Aquino
- Técnico Agropecuário Antonio Eugênio Guidorissi
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