Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orientador:
Coorientador:
Vila Real
2012
O ORIENTADOR
______________________________
(Professor Doutor:)
O COORIENTADOR
______________________________
(Professor Doutor:)
i
ii
Dissertação de Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica, apresentada ao
Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro, realizada sob a orientação do Professor Doutor José
Manuel Martinho Lourenço, Professor Auxiliar do Departamento de Geologia da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e coorientação do Professor Doutor
João Paulo Fonseca da Costa Moura, Professor Auxiliar do Departamento de
Engenharias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em conformidade com
o Decreto-Lei n.º 216/92, de 13 de outubro.
iii
iv
AGRADECIMENTOS
Queria agradecer a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização
deste trabalho, em especial:
Ao Professor Doutor José Manuel Martinho Lourenço, meu orientador científico, pela
sua amizade e disponibilidade, por alimentar e manter vivo este meu sonho, por todo o
valioso conhecimento transmitido enquanto professor e orientador, pelas correções e
recomendações oportunas;
Ao Roberto Starnini, executive manager da Gis&Web S.r.l., pela ajuda nos muitos
momentos difíceis que surgiram durante a criação da aplicação, pelas horas perdidas
comigo na busca de soluções, pela disponibilidade e pela partilha incondicional de
muito do seu conhecimento;
v
vi
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO E APOIO À GESTÃO FLORESTAL
BASEADO EM TECNOLOGIA OPEN SOURCE
RESUMO
A crescente importância das novas tecnologias de informação e
comunicação, nomeadamente a internet e em particular do seu serviço WWW,
levaram a uma evolução também ao nível das ferramentas SIG. Os SIG desktop
evoluíram para SIG Distribuídos, e os WebSIG constituem-se atualmente como
potenciais apoios na prestação de serviços dinâmicos e inovadores ao cidadão. A
contrariar o elevado custo e especificidade técnica associada às licenças de software
SIG e WebSIG proprietário, tem surgido recentemente um conjunto de projetos Open
Source com diferentes níveis de maturidade, complexidade e funcionalidade, tornando
a escolha da tecnologia aberta cada vez mais válida.
Sendo a floresta uma atividade com uma componente espacial muito forte, e
que abrange por norma áreas muito extensas, a noção de distribuição no espaço e no
tempo dos seus múltiplos recursos e atividades é essencial a um bom planeamento e
gestão destes espaços. Nesse sentido, este trabalho pretendeu desenvolver uma
aplicação WebSIG (SIAGF, Sistema de Informação e de Apoio à Gestão Florestal)
baseada em software Open Source, cujo objetivo passa por centralizar e organizar
dados geográficos relevantes para a gestão florestal, promovendo a sua
disponibilização e difusão via internet, utilizando uma interface comum. O acesso à
informação faz-se de forma deslocalizada bastando para tal existir um ponto de
acesso à internet e um computador. O SIAGF tem por base os Planos de Gestão
Florestal e pretende dotar e facilitar o acesso, por parte dos gestores florestais e
técnicos, a um conjunto de informação de cariz espacial, de forma rápida, simples e
deslocalizada, ao mesmo tempo que pretende possibilitar uma maior interação entre
estes últimos e o proprietário, que pode aceder de igual forma à informação sobre a
sua propriedade. A aplicação está vocacionada para associações, empresas ou
entidades públicas, que manipulam e gerem informação relativa a várias propriedades
e a vários proprietários. A simplicidade das ferramentas disponíveis permite que o
sistema possa ser usado por utilizadores menos familiarizados com os SIG mas que
reconhecem a importância da análise espacial no processo de tomada de decisões.
vii
viii
DEVELOPMENT OF AN INFORMATION SYSTEM TO SUPPORT FOREST MANAGEMENT
BASED ON OPEN SOURCE TECHNOLOGY
ABSTRACT
The growing relevance of new information and communication technologies,
particularly internet and specially the WWW service, have led to an evolution in terms
of GIS tools. Desktop GIS evolved into Distributed GIS and WebGIS are currently
potentially supporting dynamic and innovative services delivered to citizens. In
opposition to the technical specificity and high costs associated with proprietary GIS
and WebGIS software licenses, has emerged recently a set of Open Source projects
with different levels of maturity, complexity and functionality, making the choice of open
technology more and more valid.
ix
x
SIGLAS E ACRÓNIMOS
xi
GPS - Global Positioning System
IG - Informação Geográfica
IGEOE - Instituto Geográfico do Exército
IP - Internet Protocol
xii
SGBDR - Sistema de Gestão de Bases de Dados Relacionais
xiii
xiv
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS............................................................................................................ v
ABSTRACT .......................................................................................................................... ix
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
xv
4.5 DESENHO DA INTERFACE GRÁFICA .................................................................................. 51
4.6 ÁREA DE ESTUDO........................................................................................................... 52
4.7 INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA ....................................................................................... 53
4.8 AS TECNOLOGIAS........................................................................................................... 58
4.8.1 GisClient .................................................................................................................. 59
4.8.2 PostgreSQL/PostGIS............................................................................................... 63
4.8.3 O MapServer ........................................................................................................... 64
4.8.4 Apache .................................................................................................................... 65
4.8.5 Openlayers .............................................................................................................. 66
4.9 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO ....................................................................................... 67
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................ 91
xvi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2 - Exemplar de um dos mais antigos mapas de Portugal (1630) (IGP, 2011). .............. 10
xvii
Figura 23 - Aspeto gráfico do GisClient Author ( exemplo de configuração dos dados do projeto
SIAGF). ........................................................................................................................................ 61
Figura 26 - Configuração do ficheiro php que estabelece a ligação entre a base de dados e o
GisClient. ..................................................................................................................................... 68
Figura 43 - Extrato do PGF com a calendarização das operações da parcela III-10 aberto
quando selecionado o link "Ver plano de intervenções do PGF". ............................................... 81
Figura 44 - Resultado do mapa produzido pelo SIAGF para poder ser entregue a diferentes
entidades. .................................................................................................................................... 82
xviii
Figura 46 - Resultado em tabela da pesquisa de todas as áreas de pinheiro bravo existentes na
propriedade. ................................................................................................................................ 83
Figura 48 - Ficha do lote 11/2012 onde é possível identificar o número de árvores nas classes
de idade superiores a 25. ........................................................................................................... 85
xix
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 7 - Descrição das áreas que constituem a interface gráfica do SIAGF. ........................ 51
xx
xxi
1 INTRODUÇÃO
1.1 ENQUADRAMENTO
Até que tal possa ser concretizado, a necessidade de informação que ajude
na gestão e apoie à decisão é uma realidade também na área do ordenamento e
gestão florestal. Referindo-se por norma a áreas bastante extensas, onde se
desenvolvem múltiplas atividades e processos, a perceção espacial e o acesso rápido
à informação pode muitas vezes fazer a diferença. A importância da floresta e da sua
gestão é reconhecida pelo Estado e sociedade em geral através de um conjunto de
legislação e de instrumentos de planeamento e ordenamento que estipulam, regulam e
1
condicionam a sua atividade de forma espacial, tendo em vista a preservação e
sustentabilidade dos recursos.
1.2 OBJETIVOS
2
como veículo privilegiado para a difusão de informação geográfica. Neste
contexto, fala-se ainda do interesse do conceito de visualização na perceção
de fenómenos geográficos e do surgimento dos SIG como ferramenta
tecnológica capaz de ir ao encontro dessa necessidade.
3
4
2 A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO E A
INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
5
Logo que se propagaram, as novas tecnologias de informação despoletaram
um sem número de aplicações e usos que, por sua vez, produziram mais inovação
tecnológica (CASTELLS, 2000). Nas últimas décadas conheceram grandes avanços,
com o aparecimento de novos programas, aumento da capacidade de processamento
dos computadores, desenvolvimento de comunicações por satélite, democratização da
microinformática e das tecnologias multimédia e, sobretudo, pela generalização de
redes mundiais de comunicação (TENEDÓRIO et al., 2003).
As TIC fazem já parte do nosso quotidiano e estão cada vez mais a alterar a
forma como se comunica, trabalha e usa o espaço e o tempo (FERREIRA, 2002).
Oferecem instrumentos úteis para comunicações pessoais e de trabalho, para o
processamento de textos e de informação sistematizada, acesso a bases de dados e à
informação distribuída nas redes eletrónicas digitais, para além de se encontrarem
integradas em numerosos equipamentos do dia-a-dia, em casa, no escritório, na
fábrica, nos transportes, na educação e na saúde (MSI, 1997).
6
necessidade, essencial ao pleno desenvolvimento socioeconómico e à educação da
sociedade atual (CASTELLS, 2004).
7
quantitativa e/ou qualitativa suscetível de ser georreferenciada (JULIÃO, 1999), isto é,
informação que pode ser relacionada com localizações especificas e passível de
análise espacial (MACHADO, 1993). De acordo com SHIREY (2001) esta é
normalmente descrita através de três componentes de informação:
8
raciocínio espacial e da importância do relacionamento espacial entre os diferentes
tipos de objetos, entidades e indivíduos, formando aquilo que designa de Geocidadão
(Figura 1).
9
Um mapa é uma das principais formas de representação do espaço
geográfico real, de uma forma abstrata, que nos ajuda a compreender o ambiente que
nos rodeia e que envolve transformações de vários tipos (projeção, escala) de uma ou
mais características do próprio espaço (PETERSON, 1995).
Figura 2 - Exemplar de um dos mais antigos mapas de Portugal (1630) (IGP, 2011).
10
estruturação, armazenamento, manipulação, análise e publicação dos mapas
(FURTADO, 2006). Para além da sua função tradicional de representação e
comunicação de informação espacial, os produtos derivados da cartografia digital
assumiram uma nova dimensão com a possibilidade de análise e exploração dessa
mesma informação (VISVALINGAM, 1994).
11
frente perante aquilo que se designa por mapa interativo (Figura 3) (PETERSON,
1995).
12
complexas que acompanham os padrões atuais de desenvolvimento social e
económico. Toda esta dinâmica requer uma compreensão dos padrões espaciais e
temporais dos recursos, mas também a perceção dos processos espaciais e temporais
que regem a sua disponibilidade (BURROUGH e MCDONNELL, 1998). Para além
disso, havia também a necessidade de ferramentas de apoio que ajudassem a
resolver o problema do armazenamento e gestão do elevado volume de informação e
que permitissem análises de informação diversa, e complexa, com vista ao
desenvolvimento equilibrado da evolução humana e da sua interação com o espaço
que o rodeia (ALMEIDA, 2007).
13
Estes planos de informação podem ser de diferentes fontes e formatos e,
uma vez inseridos e integrados na base, podem ser combinados de diversas
maneiras, através de algoritmos de manipulação e análise ou simplesmente
permanecerem disponíveis para consulta, visualização e impressão (SANTIAGO et al.,
2002).
Da mesma forma que sucede para a definição de SIG a descrição dos seus
componentes não é consensual. Em termos genéricos pode considerar-se que os
componentes de um SIG se relacionam com operações como: entrada de dados;
armazenamento de dados; manipulação e análise de dados e saída de dados (VIANA,
2005). De acordo com LLOPIS (2005) é composto por um conjunto de elementos
distintos, como mostra a Figura 5.
afectam a capacidade de
armazenamento, a
velocidade de Procedimentos: A análise
processamento, facilidade requer métodos bem definidos
de uso e tipo de saída e consistentes para produzir
disponível. resultados correctos e
reproduzíveis.
14
• Características dos dados ou dos elementos representados, fotografias ou
documentos;
15
propriedades e cartografadas segundo um sistema de coordenadas geométricas X,Y
ou X,Y,Z no caso de se tratar de dados tridimensionais (MATOS, 2001). Uma linha é
constituída por segmentos de reta correspondentes a um conjunto de pontos
ordenados e interligados entre si. Um polígono também é definido por uma lista de
pontos ordenados onde o primeiro coincide com o último, delimitando o espaço que
encerra no seu interior (MOURA, 2005). Num modelo vetorial os objetos são estáticos
e têm fronteiras bem definidas, mas por vezes também é possível a utilização de
objetos compostos e a associação de tipologia (GIOVANNI e VÂNIA, 2010). Este tipo
de modelo esteve originalmente associado a informação proveniente de CAD ou a
processos de digitalização manual ou semi-automática e tem por norma associada
uma base de dados com informação alfanumérica que descreve os seus atributos
(LOURENÇO, 2010). O modelo vetorial é mais indicado para representação de
entidades com distribuição espacial exata (e. g. localização de pontos de captação de
água, estradas ou uso do solo) (BURROUGH e MCDONNELL, 1998). Tem uma
estrutura de dados compacta e a topologia pode ser descrita de forma explícita, o que
o torna particularmente aconselhável, por exemplo, em análise de redes de tráfico ou
geométricas (STATEMASTER, 2007).
16
Figura 6 - Modelos de dados vetorial e raster (GIOVANNI e VÂNIA, 2010).
Outro aspeto importante num SIG tem que ver com a relação espacial entre
elementos de um mapa. Estas relações constituem o que se designa de topologia.
Esta não é mais que um procedimento matemático para definir explicitamente relações
espaciais (BURROUGH e MCDONNELL, 1998). Os SIG armazenam relações
topológicas de modo que a maior quantidade de dados seja processada rapidamente.
Quando existem relações topológicas a capacidade de análise, modelagem de fluxos
em redes e sobreposição de aspetos geográficos, é aumentada (IPEF, 1993).
17
longitude). Porém, numa aplicação SIG, são mais frequentemente referidas num
sistema de coordenadas plano e bidimensional, que descreve a distância a partir da
origem (0,0) ao longo de dois eixos: abcissas (X) e ordenadas (Y), que representam
respetivamente o eixo Oeste/Este e Sul/Norte (CÂMARA et al., 1996; GIOVANNI e
VÂNIA, 2010).
Pelo facto de a Terra possuir uma forma irregular, são adotados diversos
modelos para a sua representação. O geóide é uma superfície equipotencial,
aproximadamente correspondente ao nível médio das águas do mar (cota nula),
utilizado como referência para a altimetria (GONÇALVES e MADEIRA, 2008). Como a
superfície do geóide é difícil de representar matematicamente ao invés do geóide
geralmente adotam-se elipsóides como superfícies de referência, fixando um sistema
de coordenadas para cada uma destas superfícies (geóide e elipsóide). Para adotar
um determinado elipsóide como superfície de referência (referencial geodésico) é
então necessário conhecer a sua posição relativamente a um sistema físico
constituído pelo centro de massa da Terra, pela posição média do seu eixo de rotação
e por um conjunto de pontos sobre o geóide. Ao conjunto de parâmetros que
caracteriza o próprio elipsóide e o seu posicionamento relativamente à Terra, chama-
se datum (GIOVANNI e VÂNIA, 2010).
18
de forma simples por Sistema Bessel-Bonne (Figura 7a), Hayford-Gauss do datum de
Lisboa (HGLx), também designado Hayford-Gauss Antigo (HGA) (CASACA et al.,
2000) (Figura 7b), Hayford-Gauss do datum 73 (HG73) ou Hayford-Gauss Moderno
(Figura 7c) e um outro, derivado do segundo, utilizado na cartografia militar, designado
Hayford-Gauss Militar (HGM) (Figura 7d), obtido por translação da origem das
coordenadas cartográficas de modo a tornar positivas as coordenadas militares no
território do continente (MATOS, 2001).
19
Convém nesta matéria fazer ainda referência ao catálogo de sistemas de
referência espacial EPSG, organismo de referência que mantém e publica o conjunto
de dados e parâmetros que permitem identificar e caracterizar a maioria dos diferentes
sistemas de referenciação espacial existentes (SRID). Estes sistemas são por norma
identificados através de códigos (código EPSG) que se encontram disponíveis através
do endereço http://www.epsg-registry.org/. A facilidade de acesso a este repositório de
sistemas fez com que a maioria do software SIG, nomeadamente os sistemas Open
Source, tenha adotado a nomenclatura do código EPSG para identificar o sistema de
referenciação espacial da informação geográfica que manipulam.
20
3 DISTRIBUIÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA WEB
3.2 A INTERNET
A internet pode ser definida de forma simples como sendo a maior rede de
trabalho existente no mundo, que conecta computadores descentralizados fisicamente.
Alguns destes computadores são clients, muitas vezes designados por workstations, e
outros são servidores, também designados file servers. Os primeiros dizem respeito
aos computadores na rede que solicitam serviços e os segundos recebem os pedidos,
fazem o processamento e reencaminham a resposta de volta ao client.
21
Figura 8 - Esquema representativo de redes LAN e WAN (WIKI, 2012).
22
Todas elas têm em comum o facto de usarem o protocolo IP para comunicarem
através da internet.
23
do que ela contém. Se existirem erros de sintaxe HTML no ficheiro, os erros serão
devolvidos juntamente com o resto da página.
Os servidores Web são, por norma, simples e tudo o que fazem é servir
páginas. Não permitem interagir com uma base de dados, personalizar as páginas
Web, processar os resultados enviados por um utilizador através de um formulário, ou
qualquer outra tarefa. Para aumentar as capacidades do servidor Web e permitir a
execução desse tipo de operações, são necessários servidores de aplicações Web
(Web application servers), que são software que estende o servidor Web,
permitindo-lhe executar tarefas que não poderia desempenhar por si só. Quando um
servidor Web recebe uma solicitação de um browser, este analisa o pedido para
determinar se se trata de uma simples página Web ou uma página que precisa de
tratamento por um servidor de aplicações Web. Por outras palavras, os servidores de
aplicações Web são pré-processadores de páginas. Processam a página solicitada
antes de esta ser enviada de volta para o cliente (browser), e ao fazê-lo abrem a porta
para que os programadores façam todo o tipo de operações no servidor, tais como
realizar pesquisas, alterar as suas páginas on-the-fly com base na data, hora, primeira
visita, e muitas outras opções.
24
visualizar. As páginas da Web podem também conter hypertext jumps, que são links
para outras páginas ou Web sites.
25
Figura 10 - Distribuição de informação geográfica via Web (Adaptado de DANGERMOND,
2008).
26
restrições de tempo e custo para os seus utilizadores ou consumidores (BATISTA,
2011)
Apesar das inúmeras vantagens que a Web adiciona ao SIG, esta traz
também alguns inconvenientes. BONNICI (2005) refere que o maior pode ser a
velocidade, da qual dependem fatores como a capacidade de conexão da internet, o
volume de dados ou o tráfego na rede. Para além disso, por norma, um SIG faz muito
uso da componente gráfica, normalmente exigente em termos de processamento, pelo
que a conexão de internet pode tornar as operações bastante lentas para os
utilizadores (ALESHEIKH et al., 2002). Sobretudo pelas limitações referidas, algumas
tecnologias distribuídas não conseguem ainda atingir a complexidade de programas
dedicados como ArcGIS®. Por outro lado, estas novas tecnologias Web não
27
necessitam dos mesmos recursos que estes programas dedicados. Computadores
poderosos, treino intenso e licenças caras são por norma ultrapassáveis numa solução
SIGD.
28
Figura 11 - Funcionalidade e interatividade dos SIGD ( adaptado de PENG e TSOU, 2003).
29
para recuperação de dados e análise. Representa o meio pelo qual os
resultados são apresentados e é o processo ativo na relação cliente/servidor.
Ele inicia e termina as conversações com os servidores, solicitando serviços
distribuídos, e não se comunica com outros clientes;
30
Figura 13 - Arquitetura de três camadas (Adaptado de ELSMASRI e NAVATHE, 2004).
31
Figura 14 - Principais componentes de um WebSIG (CONDEÇA, 2009).
O cliente serve como interface para que os utilizadores possam interagir com
os dados espaciais e com as funções de análise fornecidas pelo WebSIG (CONDEÇA,
2009). Em contraste com os SIG presentes nos computadores pessoais (SIG Desktop)
que utilizam a interface gráfica do utilizador para construir o cliente, no WebSIG a
internet é o seu cliente. Dependendo do grau de interatividade, os clientes podem ser
constituídos por simples página HTML ou, para o caso de páginas dinâmicas, com
maior grau de interatividade, podem ser utilizados clientes que utilizem HTML
dinâmica, recorrendo a extensões que vêm complementar e aumentar as
competências do explorador de internet (MOURA, 2006). Exemplos destas extensões
do lado do cliente são Java applets e controlos ActiveX (PENG e TSOU, 2003;
BARRIGUINHA, 2008).
32
estabelecimento, manutenção e termo da ligação entre o servidor de internet e o
servidor de mapas.
Por fim, o servidor de dados é aquele que fornece os dados espaciais e não
espaciais através de um sistema de gestão de base de dados, relacional ou não
relacional, permitindo o acesso e gestão dos mesmos por intermédio de linguagem
SQL (BARRIGUINHA, 2008).
33
importa destacar o papel de algumas Fundações, em particular do Open Geospatial
Consortium (OGC), para alterar este panorama.
A OGC é uma organização internacional sem fins lucrativos que foi fundada
em 1994 e que tem como membros empresas de software proprietário, entidades
governamentais e universidades que, em conjunto, desenvolvem processos para criar
especificações abertas e públicas (OpenGIS® Specifications) para interfaces que
suportem soluções interoperáveis e que possam ser disponibilizadas via WebSIG,
wireless ou através de mainstreams (OGC, 2011). Segundo GOODCHILD et al (1997)
a interoperabilidade tem como principal objetivo padronizar as funcionalidades dos SIG
por forma a permitir o acesso e a partilha de informação geográfica num ambiente em
rede recorrendo a um interface universal. Como organização, considera-se altamente
representativa do atual empenho de organizações governamentais, universidades e
empresas, incluindo as principais produtoras de software SIG, na obtenção de normas
na área da informação espacial e dos “Web Services para informação geográfica”
(ALMEIDA, 2007).
34
geoprocessamento (OGC, 2011). Quando o cliente requisita um mapa
utilizando o serviço, um conjunto de parâmetros deve ser passado ao servidor,
nomeadamente as camadas desejadas, os estilos a aplicar sobre as camadas,
a área de cobertura do mapa, a projeção ou sistema de coordenadas
geográficas, o formato da imagem gerada e também o seu tamanho (FARIA,
2006; GRISI et al., 2009).
• WCS (Web Coverage Service) – este serviço vem fazer para os dados
matriciais o mesmo que o WFS fez para os dados vetoriais. Isto é, o cliente,
para uma determinada extensão geográfica, solicita os dados WCS, que lhe
são transferidos de forma manipulável, quer em termos de simbologia quer em
termos de operações de geoprocessamento (ALMEIDA, 2007).
• CSW (Catalogue Services for the Web) – este serviço permite a pesquisa de
informação geográfica a partir dos metadados que a definem.
35
SILVA (2008) refere que a utilização da internet para acesso e partilha da
informação geográfica veio acelerar o processo que permite ao utilizador utilizar e
manipular informação, independentemente da sua origem e formato, conduzindo ao
desenvolvimento dos Web Services (interface que descreve um conjunto de operações
na internet recorrendo a diversas normas, destacando-se o XML, SOAP, WSDL e
UDDI).
36
Em lado oposto ao software aberto temos o software normalmente
designado comercial ou proprietário. Aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação
é, em alguma medida, proibido pelo seu proprietário. É normalmente desenvolvido por
uma equipa dedicada, geralmente associada a empresas especificas, onde a
componente económica é o fator primordial do seu desenvolvimento, que se manifesta
claramente pelos seus direitos de autor. No caso do software proprietário, quando se
adquire um produto não se está a comprar o software, mas sim a adquirir uma licença
para a utilização do mesmo. A propriedade do software permanece com o produtor.
37
Quadro 1 - Principais vantagens do software Open Source em relação ao comercial.
Conformidade com as
Hoje, a maioria das aplicações classificadas como software Open Source
normas da indústria encontram-se em conformidade com normas internacionais.
Rápido
No mundo do software Open Source, em que o código fonte dos programas
desenvolvimento e é permanentemente escrutinado, a deteção e correção de falhas é feita a um
correção de falhas ritmo superior àquele do software proprietário.
38
Quadro 2 - Principais desvantagens e riscos do software Open Source em relação ao comercial (Continuação).
Ao nível dos WebSIG, e dos SIG em geral, tem também surgido diversas
soluções tecnológicas, tanto proprietárias como Open Source, para a sua
implementação (Quadro 3).
Bases de dados
Bases de dados
espaciais
Aplicações GIS
desktop
39
Quadro 3 - Algumas soluções tecnológicas, comerciais e Open Source, para a implementação de um WebSIG
(Continuação).
Aplicações
WebSIG/servidores
de mapas
Navegadores Web
Servidores Web
Linguagem de
programação Web
40
Quadro 4 - Exemplos de sites dedicados a compilar e a acompanhar os principais projetos SIG e WebSIG Open
Source (Continuação).
http://opensourcegis.org/ Compilação muito completa com links de páginas SIG Open Inglês
Source onde é feita uma pequena apresentação de cada um
deles.
41
O grande número de opções ao nível dos projetos abertos, com todas as
suas vantagens e desvantagens, com diferentes níveis de maturidade, complexidade e
funcionalidade, tornam a escolha da tecnologia WebSIG Open Source cada vez mais
válida quando comparada com as opções comerciais existentes. A diminuição do
preço dos computadores e a crescente popularidade dos mapas distribuídos via
internet, tem sido o maior impulsionador do desenvolvimento deste tipo de projetos,
permitindo a difusão e o acesso a tecnologias SIG a custo mais reduzido e de uma
forma mais generalizada (CALDEWEYHER et al., 2006).
Sendo a floresta uma atividade com uma componente espacial muito forte e
que abrange por norma áreas muito extensas, desde muito cedo a cartografia e os
mapas fizeram parte do dia a dia dos gestores florestais (Figura 15).
42
Figura 15 - Extrato da cartografia em papel do Perímetro Florestal do Barroso elaborado pelos
Serviços Florestais Portugueses em 1943.
43
Quadro 5 - Utilização dos SIG na área florestal.
Objetivos Bibliografia
44
16/2009, de 14 de Janeiro, aprova o seu regime jurídico. Os PGF, apesar de
regulados por legislação própria, não são um plano isolado, mas antes uma peça
essencial para a concretização da rede de instrumentos de ordenamento e das
políticas florestais, recursos hídricos, de conservação da natureza ou de
desenvolvimento rural. Assim como existem inúmeros recursos associados à floresta,
também o número de entidades Estatais que os regulam são diversas e muitas delas
são também produtoras ou difusoras de informação geográfica , como é o caso da
AFN1, da CCDRn2, do ICN3, IGEO4, ou DGOTDU5.
______________________________________________________
1 - AFN - Autoridade Florestal Nacional (http://www.afn.min-agricultura.pt/portal)
2 - CCDRn - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (http://www.ccdr-n.pt/pt/)
3 - ICNB - Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/)
4 - IGP - Instituto Geográfico Português (http://www.igeo.pt/)
5 - DGOTDU - Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (http://www.dgotdu.pt/)
45
Da vária informação produzida durante a elaboração de um PGF a
cartografia de ordenamento é sem dúvida a mais importante, uma vez que demarca no
espaço um conjunto de parcelas (parcelas de ordenamento) onde em função da
ocupação atual, da análise das políticas e das condicionantes físicas ou de
ordenamento que incidem nesse mesmo espaço, serão preconizadas um conjunto de
intervenções espaçadas no tempo tendo em vista atingir um determinado objetivo
(Figura 16; Figura 17).
46
Figura 17 - Exemplo ilustrativo da leitura do extrato de uma Carta de Ordenamento Florestal.
Cartografia com a delimitação das parcelas de ordenamento (em cima), que depois deve ser
complementada com uma memória descritiva (neste caso em formato analógico) das
intervenções previstas ao longo do tempo (em baixo).
47
48
4 DESENVOLVIMENTO DO SIAGF - SISTEMA DE INFORMAÇÃO
DE APOIO À GESTÃO FLORESTAL
O SIAGF é uma aplicação WebSIG que tem por base os PGF e que
pretende dotar e facilitar o acesso, por parte dos gestores florestais e técnicos, a um
conjunto de informação de cariz espacial, de forma rápida, simples e deslocalizada, ao
mesmo tempo que pretende possibilitar uma maior interação entre estes últimos e o
proprietário, que pode aceder de igual forma à informação sobre a sua propriedade. A
aplicação está vocacionada para associações, empresas ou entidades públicas, que
manipulam e gerem informação relativa a várias propriedades e a vários proprietários.
A simplicidade das ferramentas disponíveis permite que o sistema possa ser usado
por utilizadores menos familiarizados com os SIG mas que reconhecem a importância
da análise espacial no processo de tomada de decisões.
A implementação do SIAGF foi feita com base numa série de premissas que
se consideraram importantes para o sucesso e manutenção da aplicação. Assim, o
sistema teria como objetivos:
49
• inquirir a informação espacial com base nos seus atributos;
50
4.5 DESENHO DA INTERFACE GRÁFICA
A interface gráfica do SIAGF é composta por sete áreas distintas (Figura 19):
51
Quadro 7 - Descrição das áreas que constituem a interface gráfica do SIAGF (Continuação).
52
Figura 20 - Enquadramento geográfico da área de estudo.
Como já foi referido o SIAGF pretende ser uma aplicação de cariz florestal.
Para esta versão a aplicação disponibiliza o acesso a um conjunto de informação
geográfica, e aos seus respetivos atributos, permitindo a sua visualização e
impressão. A informação geográfica constitui-se individualmente em camadas e foi
posteriormente organizada em sete grupos temáticos (Quadro 8), por forma a facilitar
e a tornar mais intuitiva ao utilizador a sua localização na interface gráfica do SIAGF,
nomeadamente:
53
florestal são importantes pois enquadram a propriedade nas instituições
governamentais descentralizadas responsáveis por esse território, bem como
na legislação que nele vigora. Nesse sentido, são disponibilizados os limites
administrativos das freguesias e dos concelhos de acordo com a Carta
Administrativa Oficial de Portugal (CAOP V.2011). Esta informação é
disponibilizada pelo Instituto Geográfico do Exército e encontra-se disponível
na internet para descarga em formato shapefile .
54
informação relativa às faixas de gestão de combustível (áreas de intervenção
silvícola especifica, tendo em vista a diminuição da continuidade horizontal e
vertical do material lenhoso potencialmente combustível), pontos de água (para
abastecimento dos meios de combate aos incêndios) e postos de vigia de
incêndios. Esta informação é disponibilizada pela AFN ou pela Câmara
Municipal de Mondim mediante pedido e está disponível em formato shapefile.
Para além desta informação foi ainda incorporada uma Carta de Risco de
Incêndio Florestal disponibilizada pelo IGEO através de um serviço WMS que é
atualizada anualmente.
55
preferida do gestor florestal. Esta informação é disponibilizada pelo Instituto
Geográfico do Exército.
Formato
Grupo temático Camada Fonte
base
Limites da propriedade
Parcelas de ordenamento
Projetos florestais
56
Quadro 8 - Informação geográfica disponibilizada no SIAGF para visualização ou impressão (Continuação).
Formato
Grupo temático Camada Fonte
base
Instituto de Gestão do
Vetor Património Arquitetónico e
IGESPAR Sitio Arqueológico Arqueológico (IGESPAR)
Shapefile
http://www.igespar.pt/
http://www.igeo.pt/
57
Quadro 9 - Disponibilização de Informação não geográfica associada à informação geográfica
do SIAGF.
Descrição da informação
Grupo temático Camada
associada
4.8 AS TECNOLOGIAS
58
Figura 21 - Arquitetura e tecnologias do SIAGF
4.8.1 GisClient
59
• definição de padrões de pesquisa configurável via interface Web;
• gestão do acesso aos dados e às ferramentas de análise com base nos perfis
do utilizador;
60
• manipulação de diferentes tipos de fontes de informação como: RDBMS
PostgreSQL / PostGIS; Oracle Spatial; MS SQL Server; MYSQL; Info Mapa
TAB; OGR / GDAL; arquivo Shape ESRI; WMS e WFS;
Figura 23 - Aspeto gráfico do GisClient Author ( exemplo de configuração dos dados do projeto
SIAGF).
61
• definir as consultas usando "QueryBuilder";
Por sua vez, o GisClient OWS é um serviço Web da OGC que tem por base
o MapServer e a partir do qual herdou o código para as diferentes funcionalidades. O
Mapfile, usado pelo MapServer (Figura 24), é criado automaticamente pelo GisClient
Author, através da sua interface gráfica de utilizador(Figura 23).
62
4.8.2 PostgreSQL/PostGIS
63
No PostgreSQL toda a informação configurada através do GisClient Author é
armazenada sob a forma de tabelas, bem como a informação geográfica, suas
características e atributos através da sua extensão do PostGIS.
4.8.3 O MapServer
64
• capacidade de trabalhar com dados vetoriais nos formatos: ESRI® Shapefiles,
PostGIS, ESRI® ArcSDE, Oracle® Spatial, MySQL e muitos outros, via
biblioteca OGR (Simple Feature Library);
4.8.4 Apache
65
Figura 25 - Comparação da utilização a nível mundial dos principais servidores Web
disponíveis no mercado (NETCRAFT, 2012).
4.8.5 Openlayers
66
4.9 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
C:\ms4w\apps\gisclient-2.1\public\siagf
67
• ...\doc - (endereço dos documentos que complementam os dados do
SIAGF).
Figura 26 - Configuração do ficheiro php que estabelece a ligação entre a base de dados e o
GisClient.
68
Como o GisClient é um software/aplicação desenvolvida para facilitar a
configuração de todo o processo, qualquer utilizador que se sinta mais à vontade pode
fazer muitas das alterações diretamente na base de dados ou nos ficheiros .map do
MapServer.
69
70
5 O SIAGF E O SEU FUNCIONAMENTO
Analise-se então, com mais pormenor, cada uma das áreas que compõem a
interface do SIAGF.
71
Figura 29 - Cabeçalho do SIAGF.
72
No caso em que se ativem as ferramentas de medição de distâncias ou de
áreas, os valores são igualmente apresentados neste espaço (Figura 33). No caso das
distâncias é dada informação relativa a distância de cada segmento e à distância total
dos vários segmentos desenhados. Em termos de área é apresentada informação do
seu perímetro em metros e da área da superfície em m2.
73
No menu "Selecionar informação" encontram-se listados todos os grupos
temáticos e camadas que é possível ativar/desativar e visualizar no mapa interativo.
Dentro de cada grupo temático encontram-se vários camadas que é possível ativar
individualmente ou em grupo (através da simples seleção do grupo temático). Alguma
informação (camadas ou etiquetas), apesar de selecionada, pode ter sido configurada,
através do GisClient Author para apenas poder ser visualizada a partir de determinada
escala por forma a facilitar a leitura da mesma, evitando o excesso de informação, e
para não se tornar tão pesada para o sistema. É por exemplo o caso das etiquetas da
camada parcelas de ordenamento (Parcelas_UBParadança).
74
Figura 36 - Pesquisa de informação com apresentação em forma de tabela.
75
Figura 38 - Apresentação de informação complementar (foto) como resultado da pesquisa da
parcela de ordenamento IV1.
76
A área da legenda mostra todos os temas e camadas visíveis no mapa, à
escala atual, associando as respetivas cores e símbolos configurados previamente no
GisClient Author (Figura 40).
77
para visualização dos resultados da pesquisa. No Quadro 10 é explicado com maior
pormenor a funcionalidade de cada uma delas.
78
Quadro 10 - Ferramentas disponíveis no SIAGF (Continuação).
79
Quadro 10 - Ferramentas disponíveis no SIAGF (Continuação).
80
Figura 42 - Identificação do local e da parcela de ordenamento correspondente.
Figura 43 - Extrato do PGF com a calendarização das operações da parcela III-10 aberto
quando selecionado o link "Ver plano de intervenções do PGF".
81
Se tiver necessidade de reportar a situação a alguma entidade pode produzir
um mapa da parcela em causa (formato pdf) através da ferramenta de impressão de
mapa localizada na barra de ferramentas do SIAGF (Figura 44).
Figura 44 - Resultado do mapa produzido pelo SIAGF para poder ser entregue a diferentes
entidades.
82
5.4.2 Localização das áreas de pinhal com potencial de resinagem
83
camada referente à Carta Militar ou à rede viária e divisional, verificar se as áreas em
causa possuem acessos ou ter uma ideia das condições de terreno (declives),
questões importantes para qualquer explorador de resina.
84
Figura 48 - Ficha do lote 11/2012 onde é possível identificar o número de árvores nas classes
de idade superiores a 25.
Após uma visita de campo numa área conhecida como "Plaino de S. Paulo"
o proprietário ou gestor identifica uma área onde gostaria de ver instalados eucaliptos.
Suspeita, no entanto, que é atravessada pela condicionante da Rede Natura 2000.
Através de um ponto de acesso à internet pode entrar no SIAGF e verificar se existe
alguma condicionante para a área em causa. Pode iniciar por fazer uma localização
aproximada da área através da Carta Militar uma vez que possui toponímia (Figura
49).
85
Depois, ativando a camada das parcelas de ordenamento do PGF, verifica
quais as parcelas de ordenamento que se localizam na área. Por fim ativa a camada
da Rede Natura 2000 apercebendo-se assim que todas as parcelas de ordenamento
que incidem sobre a área são abrangidas pela condicionante da Rede Natura 2000
(Figura 50). Sendo assim a instalação de eucaliptos não poderá ser efetuada sendo
conveniente a adoção de uma espécie autóctone.
86
6 CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO
87
manutenção e atualização. O contacto com alguns dos seus programadores, tornou
este trabalho numa experiência técnica e pessoal muito enriquecedora que acabou por
contribuir igualmente para o espirito dos Open Source, através da criação da versão
em português do GisClient (versão 2.1.4). Ficou igualmente demonstrado que existe
atualmente um conjunto muito diversificado de tecnologias e software Open Source
capaz de se constituir como alternativa bastante válida quando comparada com as
soluções comerciais existentes.
88
disponibilizada para visualização através do SIAGF. Alternativamente, poderá
vir a usufruir dos serviços disponibilizados pela infra-estrutura de informação
geográfica em implementação em Portugal, que se prevê que esteja concluída
em Outubro de 2020.
89
90
BIBLIOGRAFIA
AIRES, J.M., DIAS, A.P., DUARTE, P. e COUCELO, C., 2004. Terramais - Serviço
on-line de suporte à gestão agro-florestal. VIII Encontro de Utilizadores de
Informação Geográfica, ESIG 2004, USIG, Oeiras, Portugal.
ALESHEIKH, A. A., HELALI, H. e BEHROZ, H. A., 2002. Web GIS: Technologies and
its applications.
http://www.isprs.org/proceedings/XXXIV/part4/pdfpapers/422.pdf (Acedido em
28/06/2011).
91
ARANHA, J. T. e ALVES, G., 2001. Criação de um índice de perigo de incêndio para
o vale do Alto Tâmega. VI encontro de utilizadores de informação geográfica,
ESIG 2001, USIG, Oeiras, Portugal.
BAUDSON, C., CHRISTL, A., 2010. OSGeo web mapping typification: GeoMajas,
Mapbender, MapFish and OpenLayers. FOSS4G 2010, Barcelona, Spain.
92
CALDEWEYHER, D., ZHANG, J. e PHAN, B., 2006. OpenCIS - Open Source GIS-
based web community information system. International Journal of
Geographical Information Science, 20(8): 885-898.
CASACA, J., MATOS, J. e BAIO, M., 2000. Topografia geral. 3ª Edição, Lidel -
Edições Técnicas Ltd, Lisboa, 388p.
CASTELLS, M., (2000). The rise of the network society, the information age: Economy,
society and culture. 2nd Edition, Vol. I, Oxford: Wiley-Blackwell, 594 p.
93
COELHO, J. D., 2000. A Sociedade da informação e do conhecimento - Um desafio
epistemológico nos sistemas de informação. Faculdade de Economia,
Universidade Nova de Lisboa, 17p.
http://www.fc.ul.pt/dgAulas/SIGeo/Enunciados/20052006/SiGeo20052006-4.pdf
(Acedido em 4/03/2011).
CURRY, M. e EAGLES, M., 1999. Geographies of the information society: Place and
identity in an age of technologically regulated movement - Introduction.
Research conference report, National Center for Geographic Information and
Analysis, Santa Barbara, California, 1-3.
http://www.esri.com/news/arcnews/summer08articles/gis-and-geoweb.html
(Acedido a 7/05/2012).
94
DHAKAL, A., 2010. Web GIS to support irrigation managment. A prototype for SAGRA
network, Alentejo Portugal. Dissertação de Mestrado, Instituto Superior de
Estatística e Gestão de Informação, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 58p.
ENGELSCHALL, R., 2001. Apache desktop reference. 1st Edition, Addison Wesley,
USA,193p.
FISCHER, J. W. e DUNLEVY, P., 2010. Eradicating rats on Lehua Island, Hawaii, with
the help of GIS and GPSGIS.
http://www.esri.com/library/bestpractices/wildlife-management.pdf (Acedido em
29/10/2011).
95
FRANÇA, M., 2004. Sistemas de informações geográficas: uma ferramenta para
diagnóstico e monitoramento do estado de conservação de bens culturais.
Estudo de caso: Portada da Igreja São Francisco de Assis. Dissertação de
Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Belas Artes, Minas
Gerais, 156p.
http://www.gnu.org/philosophy/free-software-for-freedom.html (Acedido em
09/08/2011)
96
GOMES, P., 2011. Planeamento florestal em áreas comunitárias na região de Trás-os-
Montes e Alto Douro. 1º Congresso Galaico Trasmontano das Áreas
Comunitárias, SBTMAD (Ed.), Mondim de Basto.
GORDON C. H., HEMSON G. e STEWART A. E., 2010. Conservation group uses GIS
to help save rare ethiopian wolves.
http://www.esri.com/library/bestpractices/wildlife-management.pdf (Acedido em
29/10/2011).
GORNI, D., GIANNOTTI, M., KNOPIK, A., BRITO, P. e RODRIGUES, M., 2007. Open
source web GIS. Sistema de informação geográfica de expedições. XIII
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil.
97
<http://www2.ufp.pt/~lmbg/reserva/lbg_socinformacao04.pdf>em 1 (Acedido em
04/02/2013)
HAMZAH, K. A., 2001. Remote Sensing, GIS and GPS as a tool to support precision
forestry practices in Malaysia. 22nd Asian Conference on Remote Sensing,
CRISP (Ed.), Singapore.
http://www.igeo.pt/produtos/Geodesia/inf_tecnica/sistemas_referencia/Datum_E
TRS89.htm (Acedido em 25/03/2012)
http://www.igeo.pt/eventos/boletim/2010_08/img/Portugal_Hondius.jpg (Acedido
em 20/03/2012)
98
JULIÃO, R.P., 1999. Geografia, informação e sociedade. GeoINOVA - Revista do
Departamento de Geografia e Planeamento Regional, 0: 95-108.
99
MARTINS, H., PEREIRA, S., PINHO, J. R. e BORGES, J. G., 2004. Desenvolvimento
de bases de informação para sistemas de informação aplicados ao
ordenamento florestal. Silva Lusitana, 49-65:1-17.
MITCHELL, T., 2005. Web mapping illustrated.1st Edition, O'Reilly Media, New York,
372p.
100
http://news.netcraft.com/archives/category/web-server-survey/ (Acedido em
22/06/2011).
PETERSON, M., 1995. Interactive and animated cartography. 1st Edition, Prentice Hall,
Facsimile Edition, 257p.
101
HULQUIST, S.,1997. FAQ about Client/Server.
PENEV, P. T., 2006. Internet GIS and internet mapping. International Conference on
Cartography and GIS, University of Architecture, Civil Engineering and
Geodesy, Borovets, Bulgaria.
PLEWE, B.,1997. Gis Online: Information retrieveal, mapping and the internet. 1st
Edition, OnWord Press, Santa Fé, 336p.
RAMSEY, P., 2007. The state of open source GIS. Refractions Research, Victoria, BC,
49p.
RINAUDO, F., AGOSTO, E. e ARDISSONE, P., 2007. GIS and WEB-GIS, commercial
and Open Source platforms: general rules for cultural heritage documentation.
XXI International CIPA Symposium, Athens, Greece.
102
SHAPIRO, C. e VARIAN, H., 1999. Information rules: A strategic guide to the network
economy. 2st Edition, Harvard Business School Publishing, Massachusetts,
352p.
SHIREY, G., 2001. Metadata: What´s the big deal? Protecting your investment in data
with metadata. ESRI online course.
http://www.statemaster.com/encyclopedia/Geographic-information-system
(Acedido em 03/03/2011)
STEINIGER, S. e BOCHER, E., 2009. An overview on current free and open source
desktop GIS developments. International Journal of Geographical Information
Science, 23: 1345-1370.
103
TOMAZONI, J. C. e GUIMARÃES, E., 2005. A sistematização dos fatores da EUPS
em SIG para a quantificação laminar na bacia do rio Jirau. Revista Brasileira de
Cartografia, 57(3): 235-244.
TSOU, M-H. e SMITH, J., 2011. Free and open source software for GIS education.
http://www.iapad.org/publications/ppgis/tsou_free-GIS-for-educators-
whitepaper.pdf (Acedido em 03/01/2012)
VAN SICKLE, G. A., 1989. GIS – A tool in the forest pest management in a wider
perspective. GIS ’89 Symposium, Vancouver, Canada.
104
YIJUN, C., 2003. Remote sensing and GIS for supporting sustainable forest
management certification in the tropics. Master degree, International Institute for
Geoinformation Science and Earth Observation. Neatherlands, 75p.
105