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Trabalho 2
Turma J
Integrantes:
Questão 1:
Litispendência ocorre quando duas causas são idênticas, ou seja, seus três elementos
identificadores são iguais, são eles: as partes, o pedido e a causa de pedir, conforme prevê o art.
337, § 2º, do CPC. Quando se verifica entre dois processos brasileiros a identidade dos
elementos da demanda, ocorre o fenômeno da litispendência. A questão que se coloca é se essa
mesma solução seria aplicável no caso de um processo brasileiro e um processo estrangeiro com
as mesmas partes, pedido e a causa de pedir. Conforme o CPC:
Nesse sentido entende-se que a sentença estrangeira, ainda que transitada em julgado,
não produz qualquer efeito no Brasil, a não ser que homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Além disso, o reconhecimento da sentença estrangeira não é automático e depende do
preenchimento dos requisitos positivos e negativos, sendo possível, inclusive, que ele seja
denegado. A justiça brasileira é indiferente ao fato de haver ação ajuizada em país alienígena,
mesmo se idêntica a outra que aqui tramite.
Questão 2:
Nesse sentido, o STJ teve a oportunidade de discutir o tema no RO 114, pela sua 4ª
turma que, nos termos do voto do relator: “A jurisdição, como exercício da soberania do estado,
é inderrogável e inafastável e, ainda que válidas, como na presente hipótese de competência
internacional concorrente,as cláusulas que elegem foro alienígena em contratos internacionais
não tem o poder de afastar a jurisdição brasileira.Entender de forma diversa apenas porque as
partes assim pactuaram significaria, em ultima análise,afronta ao postulado da soberania
nacional.”
Cumpre destacar ainda que se trata de um caso em que se tem a jurisdição nacional
frente à jurisdição estrangeira, esta na forma de uma Câmara Arbitral com sede no exterior
Neste passo, face à referida decisão do STJ tem-se a possibilidade de que venha o
contratado a escapar da cláusula de arbitragem no exterior e buscar o judiciário local, sobretudo
naqueles casos onde tratamos de obrigação contratual inteiramente executada no Brasil.
Questão 3:
Esse artigo é complementado no tocante desta questão pelo artigo 25, do mesmo código que
acaba abrindo um parênteses nesta chamada exclusividade judiciária, tratando que enquanto
estiver disposto no contrato uma cláusula de eleição de foro, torna-se então possível a
homologação de sentença estrangeira que verse sobre bem imóvel localizado no Brasil.
Agora no que tange a responsabilidade civil concorrente, o artigo 25 acaba por permitir
uma sentença parcial do mérito:e
O exemplo mais fácil para demonstrar a incidência de tais dispositivos é quando pensamos na
situação de um imóvel situado no Brasil e foi vendido para um estrangeiro. Essa matéria é de
exclusividade da jurisdição brasileira. Agora quando incidir alguma multa decorrente do
contrato de compra e venda, esta pode ser matéria de homologação em sentença estrangeira,
desde que parcial.