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SISTEMA TEGUMENTAR

O sistema tegumentar é formado pela pele (suas camadas) e glândulas anexas que
possibilitam a função desse sistema.

As estruturas anexas desse sistema são: unhas, pelos, glândulas sudoríparas, mamária e
sebáceas. Vale ressaltar que o sistema tegumentar vai até a camada hipoderme,
passando daí já é o sistema muscular.

 Função do sistema tegumentar:


 Recobrir o coberto, protegendo contra entrada de microrganismo, perda de água,
atrito e a radiação UV (pela presença dos mielócitos que produzem a melanina)
 Papel de percepção sensorial (tato, dor, calor, pressão)
 Equilíbrio hídrico (o estrato córneo- a camada queratinizada, absorve a água
evitando perda excessiva)
 Síntese de vitamina D
 Na termorregulção: perda de calor através da sudorese e conservação do calor
por meio da vasoconstricção (ex. no frio)
 Excreção de íons
 Secreção de lipídios protetores (glândula sebácea) e da liberação de leite.

Avaliação de enfermagem:

 Histórico:
 Saber se o paciente já teve história de alergia medicamentosa, cutânea ou
alimentar, além disso, perguntar sobre histórico na família.
 Se já teve problemas cutâneos prévios (doenças que afetem a pele)
 Histórico de câncer
 Informação de dor, prurido, erupção cutânea.
 Exame físico: a parte da inspeção é extremamente importante, pois é o momento
que podemos visualizar se tem alguma alteração.

Dos sintomas apresentados abaixo o mais comum é a dor e prurido, o segundo


sintoma está relacionado com maior liberação de histamina, normalmente, ocorre
mais a noite.
Observar a coloração da pele, temperatura, sem presença de alguma erupção, umidade
ou ressecamento, textura (se está lisa ou espessa), rede vascular, edema, mobilidade,
turgor, elasticidade, condição dos pelos e unhas, observar as mucosas, boca e orelha.

Algumas alterações da pele:

Eritema: é um rubor na pele que causado por congestão dos capilares.

Erupção: que é a elevação da pele

Palidez, cianose, icterícia.

Lesão ou solução de continuidade (o que devemos observar):

- Leito da ferida: se tem presença de esfacelo, tecido necrótico, tecido de granulação,


exsudato, coloração, epitelização e odor)

-Bordas e margens da ferida: se está aderida ao leito, infiltração, extensão)

- Tamanho: profundida da ferida e comprimento

- Região circunvizinha: coloração, temperatura, elasticidade, descamação, irritação e


umidade)

Intervenções da enfermagem:

-Evitar agravamento da lesão: deve orientar a família para usar sabonetes neutros e não
irritantes.

-Evitar infecção secundaria, por isso a técnica asséptica

-Avaliar sintomas de dor e prurido

-Reverter quadro infeccioso

Coberturas de feridas:

- Curativo úmido (quando a ferida não é hipersecretiva): as placas de retenção têm que
ser trocadas até 72h. Devemos avaliar se a placa está dando conta da umidade da ferida.

- Curativo de retenção de umidade:

- Curativo oclusivo (risco de infecção): quando o paciente faz alguma cirurgia que tem
risco de hemorragia (torniquete)
 Diagnóstico de enfermagem:

Problema: presença de dermatoses

 Integridade da pele prejudicada relacionada com as alterações na função da


barreira da pele

Meta: manter a integridade da pele

Intervenção: Realizar a mudança de decúbito do paciente de 2h/2h; Estimular a


deambulação do paciente pela enfermaria; Orientar o paciente da importância de uma
boa nutrição; Deixar o membro com solução de continuidade elevado para possibilitar a
chegada de sangue.

 Dor aguda e prurido relacionados com as lesões cutâneas.

Meta: alívio do desconforto.

Intervenção: Realizar escala de dor; aplicar o analgésico;

 Distúrbio no padrão de sono relacionado com o prurido

Meta: Obter o padrão de sono satisfatório.

 Imagem corporal alterada relacionada com aparência cutânea desagradável

Meta: desenvolvimento de auto aceitação crescente

Devemos ter cautela para quando for fazer o curativo, colocar o biombo no leito do
paciente para não expor.

 Déficit no conhecimento sobre o cuidado e métodos para tratar a patologia


cutânea.

Meta: compreensão sobre o cuidado cutâneo.

Orientar a paciente e familiar diariamente (quando for fazer o curativo) de como realizar
o curativo, seu cuidado.

Problema secundário: a infecção. Devemos evitar que ocorra a infecção.

 Principais agravos dermatológicos:


 Prurido: é o principal agravo. O problema do prurido são as arranhaduras que
podem ocorrer, pois a barreira de proteção foi removida, sendo mais complicado.
 Pode levar a exantema e lesões
 Pode indicar doenças sistêmicas: DM, doença renal (uremia), hepática (aumento
da bilirrubina) e tireoide, câncer, discrasias sanguíneas.
 Pode ser decorrente do uso de algum medicamento: AAS, antibiótico, opioides,
hormônios)
 Decorrente de substancias irritantes ou fatores psicológicos (como estresse- pela
própria internação).
 A arranhadura libera mais histamina, pelas células infladas e terminações
nervosas
 É mais intenso a noite, alterando o padrão de sono
 Tratamento: corticoide tópico (ação anti-inflamatória), anti-histamínicos, evitar
banhos quentes por conta da vasodilatação e maior liberação dos mediadores,
evitar atividades que provoque sudorose intensa, cortar as unhas, usar produtos
hidratantes neutros. Primeiramente é tratado com substancia tópica, se não
resolver, que usamos substancia sistêmica.
 Infecções tegumentar

As infecções Bacterianas são chamadas de Piodermites:


Das infecções primárias (quando não tem solução de continuidade): IMPETIGO e
FOLICULITES.

- IMPETIGO: infecção superficial da pele causada por estafilococos* (mais comum),


estreptococos ou múltiplas bactérias.

É proveniente de mais condições higiênicas e acomete mais as crianças. É contagioso


podendo ocorrer infecção cruzada ou autoinfecção (paciente tem que estar em
isolamento de contato).

São lesões com bolhas e secreção amarelada. Não pode fechar essas lesões. Tratamos
com corticoide tópico, se não resolver usa o sistêmico.

- FOLICULITE: infecção do folículo piloso, se for mais profundo podem se tornar em


furúnculos, posteriormente, em carbúnculos (abscesso endurecido, doloroso).

Não pode estourar o furúnculo e o carbúnculo, pois o abscesso é extremamente


infeccioso (muita bactéria), no momento quando estiver drenando pode infeccionar
outras partes do corpo, podendo formar uma infecção sistêmica. Tem que tratar com
antibióticoterapia, acompanhar os leucócitos do paciente, só depois que regredir a carga
bacteriana que podemos tratar.

Quando tem ruptura da integridade da pele, pode ter uma infecção secundária.

As infecções secundárias são caracterizadas por ser purulenta e dolorosa. Tem que ser
tratada com antibióticoterapia, nunca devemos romper a parede protetora da induração.

*Avaliar o isolamento de contato: deve investigar qual o tipo de bactéria que está
provocando a foliculite. Se for bactéria resistente, deve colocar em isolamento de
contato, mas não necessariamente nesses casos vai ter isolamento de contato.

Infecções cutâneas virais (as herpes)

 Herpes zoster (qualquer pessoa que teve varicela, pode ter): Causada pelo vírus
da varicela, sendo ums infecção latente desse vírus, ocorre em pacientes
imunodeprimidos, em pacientes que ficam muito tempo internado por doenças
crônicas.

O vírus da varicela latente quando é reativado faz o seu trajeto nos nervos periféricos
até a pele, onde se multiplicam. É caracterizado por erupções dolorosas ao longo da área
de nervos sensoriais.

Quando a pessoa é acometida, devemos avaliar a dor e evitar complicações, com uso de
corticoides (nervralgia- perda da função do nervo, pode ocorrer essa lesão no nervo do
paciente) e antirretrovirais.

é uma doença extremamente contagiosa. Paciente tem que ficar isolamento de contato e
respiratório.

 Herpes simples

Herpes tipo 1 (mucosa oral) Herpes tipo 2 (mucosa genital)

Infecções cutâneas fúngicas:

O mais comum é a tinha ou tínea. Pode afetar cabelo, unhas, pés, corpo e virilha.

Tratamento com antifúgico tópico, manter os pés, dobras do corpo, meias e sapatos
livres de umidade, deve trocar as toalhas diariamente.
Devemos avaliar as regiões interdigitais do paciente, além disso, devemos secar as
dobras do paciente e as interdigitais, para evitar lesão.

Infecções tegumentares parasitárias:

 Pediculose: infestação por piolho (a principal infestação). Devemos tomar cuidado


para não passar para outros pacientes.
 Escabiose: infestação da pele causada por ácaro Sarcoptes scabiei. Extremamente
contagiosa. A infecção se dá pelo contato direto do paciente com outro infectado. O
paciente se queixa de um prurido intenso. Diagnóstico feito pela raspagem da
epiderme. O tratamento com escabicida tópico. Paciente tem que ficar em
isolamento de contato.

Quando o paciente já tem histórico de escabiose e se queixa de prurido intenso, o


paciente já fica em isolamento de contato para precaver e começa a tomar a medicação,
enquanto o resultado dos exames chegam.

Dermatite de contato: Trata-se de uma reação inflamatória da pele aos agentes


físicos, químicos ou biológicos.

As primeiras reações são prurido, queimação e eritema. É muito comum em uso de


fraldas, é chamada de dermatite amoniacal- quando entra em contato com fezes e
diurese por muito tempo. Devemos ter o cuidado de não deixar que o paciente ficar
muito tempo com fralda, a troca deve ser constante. Devemos tratar com o creme de
barreira (cria uma barreira e cicatriza a dermatite de contato), nunca podemos colocar
hidrocoloide, filme protetor para pacientes com dermatite, pois tem risco quando tirar, a
pele do paciente ser retirada (Saber diferenciar uma dermatite de uma lesão por pressão
grau 1)

Dermatoses inflamatórias não infecciosas

 PSORÍASE: NÃO É UMA DOENÇA INFECCIOSA. Doença crônica originada


de um traço genético, quando as células da epiderme são produzidas mais rápida do
que o normal (o corpo não tem tempo de eliminar as células mortas, ficam
acumulada na epiderme- isso que forma as escamas). Assim, não forma as camadas
protetoras normais da pele (pela multiplicação muito rápida).
Tem a tendência de melhorar e reincidir periodicamente por toda vida. O tratamento é
quando começa aparecer os sintomas da doença.

As lesões se caracterizam por placas avermelhadas e elevadas, cobertas com escamas


prateadas, as placas não são úmidas e produzem prurido.

O tratamento pode ser tópico ou sistêmico, é indicado produtos que o paciente pode usar
durante o banho para poder tirar as escamas de forma suave.

PENFIGO (doença bolhosa- Não precisa de isolamento de contato): É uma doença


autoimune que envolve a imunoglobulina G. a condição pode estar associada com uso
de penicilina, captopril e miastenia graves.

Caracterizado pelo aparecimento de bolhas de tamanho variado sobre a pele e mucosa.


Essas bolhas quando aumentam podem se romper, deixando grande área dolorosa de
erosão. Essa pele com erosão, cicatriza lentamente e é comum superinfecção bacteriana
(a principal complicação é a infecção secundária). Além disso, tem um odor fétido das
bolhas e seu exsudato.

Por ser uma doença autoimune, vai ser tratada com terapia imunossupressora com
corticoide.

SISTEMA MUSCOESQUELÉTICO
O sistema musculoesquelético envolve ossos, articulação, tendões, músculos,
ligamentos e bolsas do corpo- que são sacos contendo liquido sinovial para lubrificar o
movimento dos tendões, ligamentos e ossos.

Para a regulação da formação e reabsorção óssea depende vários fatores, exemplo, o


estresse localizado- que é a sustentação do corpo (o ficar em pé)- quando não existe isso
o osso fica fraco e perde o cálcio (paciente que fica imóvel no leito causa fragilidade
óssea), vitamina D, hormônio paratireoide, calcitonina e suprimento sanguíneo).

 Histórico de enfermagem (aos pacientes que já tem algum distúrbio


muscoesquelético)
 Ter uma avaliação funcional, observando a capacidade do paciente de
desenvolver as atividades diárias (consegue deambular, sustentar o peso)
 Investigar a dor- que é o sintoma mais comum. Como se apresenta a dor, se é
localizada, irradia, intensidade, se é constante, se tem algo que alivia, o que
agrava, como iniciou.
 Pesquisar parestesia, queimação, dormência, formigamento
 Saber quando começou o distúrbio, como está a mobilização da região,
coloração, presença de edemas, desconforto em determinada posição.

Os distúrbios musculoesqueléticos estão associados aos Distúrbios neurovascular


periférica, pois causam riscos de lesões teciduais e nervosas, principalmente as
fraturas.

Os indicadores de disfunção neurovascular periférica são circulação,


movimentação e sensibilidade (sempre devemos avaliar esses três fatores). Nesses
pacientes, devemos observar o membro e a região perilesão- para ver se estar
sendo irrigada.

 Exame físico
 Observar a postura do paciente, como ele está deitado no leito. A simetria do
ombro e do quadril, alinhamento da coluna vertebral (se é ereto ou fica em
flexão)
 Observar a macha do paciente- inspeção do ritmo, equilíbrio e movimentos
irregulares
 Integridade óssea- se tem membros encurtados, amputações e partes do corpo
não alinhadas.
 Função articular- arco do movimento, se o paciente tem contratura
(enrijecimento da articulação e o liquido sinovial diminui- comum em pacientes
hospitalizados que ficam acamados) e se atentar para pacientes que relatam
artrite
 Observar exames complementares radiografia (só podemos tirar RX de tórax no
leito) e laboratorial- eletrólitos- hormônios tireoidianos, cálcio, fósforo
(principais para o osso) sódio e potássio* (para contração muscular).

*pacientes que fizeram cirurgia ortopédica, no pós-operatório deve ser feito RX de


controle para saber se está respondendo ao processo cirúrgico.

 Força e tamanho do musculo, avaliar se o paciente tem capacidade de alterar a


posição, força e coordenação muscular
 Avaliar plegia (diminuição da força)/ paresia (não se movimento)
 A fraqueza muscular pode indicar polineuropatia, distúrbio hidroeletrolítico,
miastenia graves e distrofia muscular.
 Avaliação da pele- se tem edema, coloração, temperatura, pois pode demostrar
se algum distúrbio ósseo e muscular.

Principais distúrbios que afetam o sistema musculoesquelético:

 Osteoporose: é a redução da densidade óssea e a alteração da estrutura. Ocorre a


reabsorção óssea com velocidade bem maior do que a formação óssea. Os ossos
ficam de forma porosa.

Por isso a importância de uma dieta balanceada com cálcio e vitamina D- tem papel na
absorção do cálcio e mineralização óssea. (A medicação usada no hospital é a osteoD)

Essas pessoas têm maior vulnerabilidade de fratura óssea, sendo mais prevalente nas
pessoas idosas, pois absorvem o cálcio de maneira deficiente e maior excreção da
quantidade de cálcio pelos rins. O tratamento é com reposição de cálcio por medicação

Ocorre mais em mulheres pós menopausa, pois com o nível de estrogênio baixo, tem
inibição da clivagem óssea (a formação do osso fica mais lenta)

Pode ser causada por alguns medicamentos, como uso crônico de corticoides.

A imobilização ao leito contribui para o desenvolvimento de osteoporose, já que a


formação óssea é estimulada pelo o estresse do peso e a atividade muscular, logo, tem
maior reabsorção do que formação do osso.

 Osteomalácia: Ocorre devido a deficiência de vitamina D, deficiente ingesta de


cálcio e pouca exposição a luz solar. Também pode ser consequência de
hepatopatias crônicas, insuficiência renal, câncer, ácidos e uso prolongado de
anticonvulsivantes.

O osso fica amolecido, perde o enrijecimento. Nas crianças é chamado de raquitismo


(causada por deficiência nutricional do cálcio e vitamina D)

Os principais sintomas são dores ósseas e fraqueza muscular. Se os níveis de cálcio


estiverem muito baixo, o paciente pode ter dormência nos lábios, braços, nas pernas e
tetania (espasmos musculares) nas mãos, pés e garganta.
Os ossos ficam fracos podem sofrer fratura sem necessidade de traumatismo.

O diagnóstico diferencial da osteoporose é que os pacientes com


osteomalácia tem as pernas em forma de arco (pernas arqueadas por
causa do amolecimento do osso).

As deformidades esqueléticas pode ter cifose espinhal e as pernas


arqueadas como demonstrada na imagem, isso altera a imagem
corporal do paciente e marcha (Distúrbio na auto imagem), devemos
fazer o encaminhamento para o fisioterapeuta.

Tratamento que deve ser feito é reposição de cálcio, fosforo e vitamina D.

 Osteomielite: é uma inflamação do osso (qualquer microrganismo que atinge o


osso), que pode ser decorrente de uma infecção nos tecidos moles profundos, como
no caso de úlcera, em casos de contaminação óssea direta- no ato operatório, fratura
aberta ou trauma (osteomielite primária, sem precisar de uma infecção primária).

Quando a infecção atinge o osso é mais rápido para ocorrer uma sepse, por isso que
deve amputar logo. Além disso, são de difícil tratamento devido a maior dificuldade da
ação dos antibióticos, pelo fato do tecido ser mais endurecido e dificuldade de absorver
o antibiótico.

Disseminação hematogênica- porque essa infecção do osso pode se espalhar para fora
do osso e formar coleções de pus nos tecidos moles adjacentes, como no musculo.

 Fraturas: quando tem ruptura da continuidade do osso, quando tem a quebra pode
atingir as estruturas adjacentes (como os órgãos, nervos, vasos sanguíneos)
causando hemorragia e edema.

Sintoma de dor, perda de função, deformidade, encurtamento do membro, edemas


locais. O tratamento inclui a redução (“reposicionamento do osso), imobilização e
recuperação da força e função por meio da reabilitação. O médico tenta essa modalidade
de imobilidade para reabilitar o osso, caso não consiga terá abordagem cirúrgica.

Na fratura aberta tem o risco de osteomielite, tétano, grangrena gasosa (quando entra ar
na circulação do paciente)

Fatores que prejudicam a recuperação da fratura:


 Imobilização e suprimento sanguíneo inadequado no local
 Quando tem grande espaço entre os fragmentos ósseos
 Interposição dos tecidos moles entre as extremidades ósseas, infecção e
problemas metabólicos
 As complicações iniciais podem ser: choque (infecção generalizada), embolia
gordurosa (quando a placa de gordura se desprende), síndrome compartimental,
TVP, trombose embolismo pulmonar (pois o osso pode provocar deslocamento
dos trombos), coagulopatias intravascular.
 Complicações tardias: necrose avascular do osso, reação inflamatória aos
fixadores externos e ossificação heterotrófica (fora do normal).

O principal tratamento é a cirurgia articular e a correção de fratura. Tem como objetivo


melhorar a dor, retorno da função da articulação e do osso.

Artroplastia- tem reposição de parte ou totalidade da articulação (monta uma nova


articulação)

Artrodese- fusão imobilizadora de uma articulação (coloca uma placa para estabilizar a
articulação), normalmente em articulação mais fixa, coluna vertebral. Devemos ter
cuidado porque qualquer problema essa placa pode atingir a medula. Não pode
mobilizar o paciente de qualquer forma, a mobilização é em bloco para evitar que atinja
a medula. Outro cuidado é na posição do paciente, cabeceira que deve estar grau 0, além
do RX de controle.

 Cuidados no pré-operatório:
 Dor aguda relacionada com a fratura, problema ortopédico, inchação,
inflamação
 Risco de disfunção neurovascular periférica, relacionada com inchação
aparelhos constritivos ou retorno venoso prejudicado
 Risco de tratamento com regime terapêutico ineficaz
 Mobilidade física prejudicada relacionada a dor, inchação e possível presença
de um aparelho de imobilização
 Risco de baixa autoestima situacional relacionado com o impacto do distúrbio
musculoesquelético nas atividades diárias
 Cuidados no pós-operatório
 Avaliação da perfusão periférica, monitorando complicações como síndrome do
compartimental e choque hipovolêmico
 Monitorar a secreção do dreno
 Monitorar o sangramento do sítio cirúrgico
 Atentar para retenção e infecção urinária (por conta da falta de movimento e
também as anestesias lombares promovem a retenção). O paciente em cirurgia
ortopédica faz muito uso de soro, normalmente é necessário a sondagem de
alivio
 Restrição de mobilidade
 Profilaxia para TEP e TVP (com anticoagulante- Heparina e Claxane)
 Monitorização de infecção secundária
 Monitorar a dor/ pacientes tem muita dor (esses pacientes não podem usar o
Tramal- pois leva a constipação e íleo paralitico, deve usar dipirona ou morfina)
 Monitorar constipação e íleo paralítico (que é um risco para os pacientes por
conta da imobilização)
 Estabelecer relação de confiança e ofertar apoio emocional

Síndrome compartimental: aparece em membros de osso longos (panturrilha e braço).


Ocorre essa abertura porque o suprimento sanguíneo é deficiente, não chega circulação
no musculo, começa se estirar/enrijecer e a pele não aguanta e termina se abrindo. Pode
ocorrer em pacientes que usam gesso que aperte muito.

O paciente começa sentir muita dor, pulsátil e incessante. A pressão no compartimento


pode aumentar bastante até que diminuir a microcirculação gerando anóxia e necrose
nervosa e muscular. Se essa anóxia continuar por mais de 6h, pode ter perda da função
do membro eternamente. É UMA EMRGÊNCIA ORTOPÉDICA!

O tratamento para esse síndrome é com elevação do membro e retirada de dispositivo


restritivo, como gesso e curativos. Se essa medida não aliviar durante 1h deve fazer a
abordagem cirúrgica (fasciotomia- que é uma excisão/abertura da membrana fibrosa que
separa os músculos), isso vai aliviar a fascia muscular constritiva. A ferida não pode ser
suturada, fica com abertura para permitir que o músculo posso expandir. A cobertura é
com curativo umedecido com SF 0,9%. A ferida só é fechada posteriormente com
enxerto.
 Síndrome da imobilidade: é bastante comum, pois o paciente com risco de
queda ou do paciente fugir, já deixa o paciente imóvel no leito. As causas para a
imobilidade no leito são multifatoriais, predomina distúrbio neurológico e
musculoesquelético.

Os prejuízos são: redução da massa muscular e óssea, acumulo de secreção pulmonar,


infecções de repetição, alteração metabólica, obstipação intestinal, desnutrição, ulcera
por pressão, depressão e isolamento social.

As complicações: para o sistema tegumentar

 Atrofia da pele: redução da elasticidade, aparecimento de úlcera por pressão,


escoriações, equimose, dermatite, micoses, xerose (pele e olhos secos)

As complicações no sistema esquelético

 Artroses
 Liquido sinovial diminuído, ocorrendo aderência e degeneração da cartilagem,
aumento da reabsorção óssea.
 Osteoporose: tem redução da massa óssea, já que o paciente não tem o estresse
localizado.

As complicações no sistema muscular

 Degeneração intensa dos músculos/ encurtamento das fibras

Sistema cardiovascular: TVP- estase, hipercoagulabilidade, lesões na paredes venosas,


embolia pulmonar, edema linfático, isquemia arterial, hipotensão postural

Sistema respiratório: expansibilidade diminuída- pneumonia (aumenta secreção)

Sistema urinário: Incontinência urinária, dermatite urêmica (pelo uso de fralda),


retenção urinária- ITU.

Sistema digestório: desnutrição, obstipação, gastroparesia, disfagia

Sistema neurológico: Depressão, Delirium, Ciclo sono-vigília (alteração)

Sistema endócrino: metabólico- resposta da insulina alterada, diminuição da excreção


de Na, K, P, diminuição da síntese de vitamina D e retenção hídrica.
AMPUTAÇÕES: acontece mais em membros inferiores decorrente de doenças
vascular periférica. Infrapatelar e suprapatelar.

Possui finalidade de:

 Aliviar os sintomas;
 Melhorar a função;
 Preservar ou melhorar a qualidade de vida do paciente;
 Evitar infecções generalizadas ou osteomielites

Pode ocorrer complicações:

 Hemorragia
 Infecção
 Ruptura cutânea (irritação causada pela prótese)
 Dor no membro fantasma
 Contratura muscular

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