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Professor da UFMT, Doutor em História das Relações Internacionais pela UnB e Pesquisador do
CNPq. E-mail: piopenna@gmail.com
Para a ocupação do Tibete os aspectos econômicos não são tão importantes. Trata-se
de um caso bem diferente, por exemplo, do Iraque, cobiçado pelo seu petróleo. No Tibete, a
riqueza mais importante é o seu patrimônio religioso e cultural, verdadeiro patrimônio da
humanidade. Nesse sentido, as ações do governo chinês foram criminosas, sobretudo se
considerarmos a estimativa de que ao longo da sua dominação mais de um milhão de
tibetanos foram mortos e muito do seu patrimônio histórico foi destruído.
O fato de que os próximos jogos olímpicos ocorrerão na China se tornou num
poderoso elemento de propaganda para a causa dos nacionalistas tibetanos, uma vez que os
olhos do mundo inteiro se voltam para a China. Assim, há uma campanha internacional
intensa contra a dominação chinesa na região. Mas é possível que os chineses consigam
contornar essa pressão. O fato é que muito dificilmente, por mais legítima que seja a causa
dos tibetanos, o governo chinês se dobrará às pressões internacionais que advogam pela
soberania do território.