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REGIMENTO INTERNO DA ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR

O DIRETOR DA ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR, no uso de suas atribuições


legais, previstas no art. 131 § 1° da Constituição do Estado, de 3 de outubro de 1989, no
inciso III do art. 16, da Lei nº 14.920, de 02 de agosto de 2016, nos arts. 11 e 14, do Decreto
nº 53.897, de 25 de janeiro de 2018 e, no art. 83 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996 e no II, art. 5º da Lei nº 12.349, de 26 de outubro de 2005, aprova o Regimento
Interno da Academia de Bombeiro Militar do CBMRS, com vigência a partir de 1º de agosto
de 2020.

Registre-se e Publique-se.

Quartel em Porto Alegre, 22 de julho de 2020.

CARLOS ALBERTO DA SILVA SOUTO – Ten Cel QOEM


Respondendo pelo Diretor da Academia de Bombeiro Militar
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SUMÁRIO

CAPÍTULO I .......................................................................................................................... 7
FINALIDADE ........................................................................................................................ 7
CAPÍTULO II......................................................................................................................... 9
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS ....................................................................................... 9
CAPÍTULO III ..................................................................................................................... 10
ORGANIZAÇÃO ................................................................................................................. 10
CAPÍTULO IV ..................................................................................................................... 15
COMPETÊNCIAS ............................................................................................................... 15
CAPÍTULO V ...................................................................................................................... 18
DOS ÓRGÃOS DE BOMBEIRO MILITAR DE ENSINO ................................................ 18
SEÇÃO I............................................................................................................................... 18
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento .............................................................................................18
SEÇÃO II ............................................................................................................................. 19
Escola Superior de Bombeiro Militar ................................................................................................19
SEÇÃO III ............................................................................................................................ 19
Escola de Bombeiro Militar ...............................................................................................................19
SEÇÃO IV ............................................................................................................................ 20
Escola de Serviço Civis Auxiliares de Bombeiro ..............................................................................20
SEÇÃO V ............................................................................................................................. 20
Centro de Aperfeiçoamento e Capacitação ........................................................................................20
SEÇÃO VI ............................................................................................................................ 21
Escola de Educação Física .................................................................................................................21
CAPÍTULO VI ..................................................................................................................... 22
DAS DIVISÕES ................................................................................................................... 22
SEÇÃO I............................................................................................................................... 22
Divisão Administrativa ......................................................................................................................22
SEÇÃO II ............................................................................................................................. 25
Divisão de Ensino ..............................................................................................................................25
CAPÍTULO VII .................................................................................................................... 30
ATRIBUÍÇÕES.................................................................................................................... 30
SEÇÃO I............................................................................................................................... 30
Do Exercício de Funções ...................................................................................................................30
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SEÇÃO II ............................................................................................................................. 30
Diretor da Academia de Bombeiro Militar ........................................................................................30
SEÇÃO III ............................................................................................................................ 33
Subdiretor da Academia de Bombeiro Militar ...................................................................................33
SEÇÃO IV ............................................................................................................................ 34
Chefe da Divisão Administrativa .......................................................................................................34
SEÇÃO V ............................................................................................................................. 34
Chefe da Divisão De Ensino ..............................................................................................................34
SEÇÃO VI ............................................................................................................................ 35
Chefes de Seções ...............................................................................................................................35
SEÇÃO VII .......................................................................................................................... 35
Adjunto de Seção ...............................................................................................................................35
SEÇÃO VIII ......................................................................................................................... 35
Analista de Seção ...............................................................................................................................35
SEÇÃO IX ............................................................................................................................ 36
Comandantes e Chefes de OBM ........................................................................................................36
CAPÍTULO VIII .................................................................................................................. 37
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO .......................................................................................... 37
SEÇÃO I............................................................................................................................... 37
Ensino das Escolas .............................................................................................................................37
SEÇÃO II ............................................................................................................................. 40
Classificação e Conceituação dos Cursos ..........................................................................................40
SEÇÃO III ............................................................................................................................ 42
DOCUMENTOS DE ENSINO ............................................................................................ 42
SEÇÃO IV ............................................................................................................................ 45
VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ................................................................................. 45
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 45
Rendimento do Ensino .......................................................................................................................45
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 47
Rendimento da Aprendizagem...........................................................................................................47
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 52
Aproveitamento Escolar ....................................................................................................................52
SUBSEÇÃO III .................................................................................................................... 55
Dos Cursos de Carreira de Nível Médio do Corpo de Bombeiros Militar .........................................55
SUBSEÇÃO IV .................................................................................................................... 58
4

Dos Cursos de Carreira de Nível Superior do Corpo de Bombeiros Militar .....................................58


SUBSEÇÃO V ..................................................................................................................... 60
Cursos de Especialização ...................................................................................................................60
SUBSEÇÃO VI .................................................................................................................... 62
Recursos.............................................................................................................................................62
SUBSEÇÃO VII................................................................................................................... 63
Revisão de Prova ...............................................................................................................................63
SUBSEÇÃO VIII ................................................................................................................. 63
Disposições Gerais dos trabalhos de julgamento ...............................................................................63
SUBSEÇÃO IX .................................................................................................................... 64
Aprovação ..........................................................................................................................................64
SUBSEÇÃO X ..................................................................................................................... 64
Reprovação ........................................................................................................................................64
SEÇÃO V ............................................................................................................................. 66
MATRÍCULA ...................................................................................................................... 66
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 66
Condições para Matrícula ..................................................................................................................66
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 66
Disposições Gerais para Matrícula ....................................................................................................66
SEÇÃO VI............................................................................................................................ 68
FREQUÊNCIA ..................................................................................................................... 68
SEÇÃO VII .......................................................................................................................... 70
DESLIGAMENTO E DO CANCELAMENTO DE MATRÍCULA ................................... 70
SEÇÃO VIII ......................................................................................................................... 71
REMATRÍCULA E APROVEITAMENTO DE CURSO ................................................... 71
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 71
Cursos Formação, Habilitação, Graduação, Especialização e Extensão............................................71
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 73
Aproveitamento de Curso ..................................................................................................................73
SUBSEÇÃO III .................................................................................................................... 73
Disposições Gerais.............................................................................................................................73
SEÇÃO IX ............................................................................................................................ 74
REGIME ACADÊMICO ..................................................................................................... 74
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 74
Divisão do Ano Acadêmico ...............................................................................................................74
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SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 75
Regime de Trabalho ...........................................................................................................................75
SUBSEÇÃO III .................................................................................................................... 76
Conselhos...........................................................................................................................................76
SEÇÃO X ............................................................................................................................. 78
CORPO DOCENTE ............................................................................................................. 78
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 78
Professores e Instrutores ....................................................................................................................78
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 82
Coordenadores de Curso e Turmas ....................................................................................................82
SEÇÃO XI............................................................................................................................ 83
CORPO DISCENTE ............................................................................................................ 83
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 83
Deveres do Aluno ..............................................................................................................................83
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 84
Direitos do Aluno ..............................................................................................................................84
SUBSEÇÃO III .................................................................................................................... 85
Recompensas do Aluno .....................................................................................................................85
SEÇÃO XII .......................................................................................................................... 86
REGIME DISCIPLINAR ..................................................................................................... 86
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 86
Regime Disciplinar Geral ..................................................................................................................86
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 86
Regime Disciplinar dos Alunos .........................................................................................................86
SUBSEÇÃO III .................................................................................................................... 87
Aplicação de Medidas Educativas .....................................................................................................87
SEÇÃO XIII ......................................................................................................................... 88
SOLENIDADES E FESTAS MILITARES ......................................................................... 88
SEÇÃO XIV ......................................................................................................................... 89
PATRONOS E DOS PARANINFOS .................................................................................. 89
CAPÍTULO IX ..................................................................................................................... 90
DISPOSIÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 90
SEÇÃO I............................................................................................................................... 90
Boletim ..............................................................................................................................................90
SEÇÃO II ............................................................................................................................. 92
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ATIVIDADES ...................................................................................................................... 92
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 92
Serviços de Escala .............................................................................................................................92
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 92
Serviços Internos ...............................................................................................................................92
SUBSEÇÃO III .................................................................................................................... 93
Serviços Externos ..............................................................................................................................93
SUBSEÇÃO IV .................................................................................................................... 94
Parada Diária .....................................................................................................................................94
SUBSEÇÃO V ..................................................................................................................... 94
Parada Bombeiro Militar ...................................................................................................................94
SEÇÃO III ............................................................................................................................ 94
SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DA TROPA ............................................................ 94
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 95
Sobreaviso..........................................................................................................................................95
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 96
Prontidão ............................................................................................................................................96
SEÇÃO IV ............................................................................................................................ 96
FORMATURAS GERAIS ................................................................................................... 96
SEÇÃO V ............................................................................................................................. 97
CERIMÔNIAS E FORMALIDADES ................................................................................. 97
SEÇÃO VI............................................................................................................................ 97
GALERIA DE RETRATOS E DE VULTOS HISTÓRICOS ............................................. 97
SEÇÃO VII .......................................................................................................................... 98
RECEPÇÃO E DESPEDIDA DE OFICIAIS E PRAÇAS .................................................. 98
SUBSEÇÃO I ....................................................................................................................... 98
Recepção e Despedida de Oficiais .....................................................................................................98
SUBSEÇÃO II...................................................................................................................... 99
Recepção e Despedida de Praças .......................................................................................................99
SEÇÃO VIII ......................................................................................................................... 99
REGIMENTOS INTERNOS DOS OBM SUBORDINADOS ............................................ 99
SEÇÃO IX .......................................................................................................................... 100
PRESCRIÇÕES FINAIS .................................................................................................... 100
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CAPÍTULO I

FINALIDADE

Art. 1º. O presente Regimento Interno (RI) tem por finalidade definir a estrutura
organizacional da Academia de Bombeiro Militar e estabelecer as normas para a vida escolar
e da administração do ensino, do treinamento, cultura e pesquisa da Academia de Bombeiro
Militar do CBMRS, definindo normas para os Órgãos de Ensino subordinados, (ou de
estabelecimentos que possuam em seus espaços geográficos formação, especialização,
treinamento ou pesquisa, de forma extraordinária); e ainda a administração e gerenciamento
de integrantes da Corporação que venham a realizar cursos em Estabelecimentos
Universitários, Escolas de outros Corpos de Bombeiros Militares ou demais Estabelecimentos
de Ensino Nacional ou Internacional, em decorrência do Art. 83 da Lei Federal Nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, e da Lei nº
12.349, de 26 de outubro de 2005, que instituiu o Ensino Militar do Estado do Rio Grande do
Sul, com a finalidade de qualificar e capacitar os recursos humanos para o exercício dos
cargos e das funções atribuídas aos integrantes de seus quadros, em conformidade com a
filosofia da prevenção, à preservação e à proteção dos seres vivos, dos recursos ambientais,
naturais e do patrimônio que contribuam para a construção de uma cultura de paz, de
cidadania e de direitos humanos nos termos da legislação vigente:

§ 1º O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do


Sul, composto pela educação superior, educação profissional e pela educação básica será
estruturado por meio da Academia de Bombeiro Militar, com Unidades de ensino
subordinadas.

§ 2º O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar promoverá a transmissão de


conhecimentos profissionais, científicos e tecnológicos, humanísticos e gerais, indispensáveis
à educação e à capacitação, visando à formação, aperfeiçoamento, habilitação, especialização
e treinamento do bombeiro militar, com o objetivo de torná-lo apto a atuar como operador ou
gestor do sistema de segurança pública.

§ 3º O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar desenvolverá a Educação


Básica, em suas modalidades, de forma a assegurar a formação comum indispensável ao
exercício da cidadania e fornecer meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores,
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de caráter eminentemente assistencial, obedecendo à legislação pertinente, ressalvadas suas


peculiaridades.

§ 4º O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar desenvolverá a Educação


Profissional, técnica, em suas modalidades, de forma a assegurar a formação comum
indispensável ao exercício da cidadania e fornecer meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores, de caráter eminentemente inclusivo, obedecendo à legislação pertinente,
ressalvadas suas peculiaridades.

§ 5º A estrutura de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar terá a seu cargo a definição


da política e da estratégia de ensino bombeiro militar, bem como o planejamento, a
coordenação, o controle, a execução e a avaliação do ensino médio preparatório e superior, de
caráter profissional no âmbito da Corporação.

Art. 2º. O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar compreende:

I. A educação superior, nas suas diversas modalidades;

II. A educação profissional e tecnológica, de acordo com as áreas de concentração


dos estudos e das funções atribuídas aos militares estaduais, em conformidade
com seus quadros;

III. A educação básica, assistencial e de qualidade será composta pela educação


infantil;

IV. As atividades de educação técnica profissional, de serviços civis auxiliares de


bombeiros, de treinamento e de pesquisa, realizadas nos centros e
estabelecimentos de ensino, instituto de pesquisa e outros órgãos bombeiros
militares com tais incumbências.

Parágrafo único. Também integram o Ensino do Corpo de Bombeiros Militar os


cursos, treinamentos, atividades culturais e de pesquisa, dentre outras de interesse da
Instituição, realizados por seus integrantes em organizações estranhas à sua estrutura,
militares ou civis, nacionais ou estrangeiras.
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CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS

Art. 3º. O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar fundamenta-se nos


seguintes princípios:

I. Integração à educação nacional;

II. Valorização profissional e seleção pelo mérito;

III. Educação e profissionalização continuada de forma progressiva;

IV. Titulações e graus universitários próprios ou equivalentes às de outros sistemas


de ensino;

V. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a


arte e o saber bombeiro militar;

VI. Avaliação integral, contínua e cumulativa;

VII. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

VIII. Valorização da experiência prévia e pós-ingresso no Corpo de Bombeiros


Militar;

IX. Valorização da experiência extraescolar;

X. Edificação constante dos padrões morais, éticos, deontológicos, culturais e de


eficiência;

XI. Garantia de padrão de qualidade;

XII. Cientificidade das atividades de proteção contra incêndio, buscas e


salvamentos, e, defesa civil;

XIII. Preservação das tradições nacionais, regionais e bombeiros militares;

XIV. Educação integral;

XV. Internalização dos valores bombeiro militar;

XVI. Desenvolvimento de consciência ambiental;

XVII. Integração permanente com a sociedade.


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Art. 4º. O Sistema de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar valorizará:

I. A proteção da vida, prevalência dos direitos humanos, da integridade física, da


liberdade e da dignidade humana;

II. A integração permanente com a comunidade;

III. As estruturas e convicções democráticas, especialmente a crença na justiça, na


ordem e no cumprimento das normas;

IV. Os princípios fundamentais da Administração Pública;

V. Os princípios fundamentais da defesa social e civil, segurança do trabalho, da


preservação da ordem pública e da Corporação;

VI. A assimilação e a prática dos direitos, dos valores morais e dos deveres éticos;

VII. A democratização do ensino;

VIII. A estimulação do pensamento reflexivo, articulado e crítico;

IX. O fomento à pesquisa científica, tecnológica e humanística;

X. O papel e a condição do educador bombeiro militar, civil ou militar do Sistema


de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar.

Parágrafo Único. A interpretação do presente RI, bem como a sua aplicação nos casos
omissos orientar-se-á pelos princípios da simplicidade, economicidade, celeridade,
proporcionalidade e razoabilidade, bem como pelos princípios gerais de direito.

CAPÍTULO III

ORGANIZAÇÃO

Art. 5º. A Academia de Bombeiro Militar compreende:

I. Diretor

II. Subdiretor
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III. Divisões

IV. OBM’s de Pesquisa, Ensino, Treinamento e Avaliação:

a) Centro de Pesquisa e Desenvolvimento

b) Escola Superior de Bombeiro Militar

c) Escola de Bombeiro Militar

d) Escola de Serviços Civis Auxiliares de Bombeiro

e) Centro de Aperfeiçoamento e Capacitação

f) Escola de Educação Física

Art. 6º. As Divisões que integram a Academia de Bombeiro Militar (ABM), consoante
legislação vigente, são as seguintes:

I. Divisão Administrativa, compreendendo:

a) Seção de Comando

b) Seção de Pessoal

c) Seção de Logística

d) Seção de Saúde e Assistência Social

e) Seção de Inteligência

II. Divisão de Ensino:

a) Seção de Análise e Planejamento

b) Seção de Supervisão de Cursos e Treinamentos

c) Seção de Avaliação

Parágrafo único. As Seções serão organizadas em Setores, de forma a racionalizar as


rotinas organizacionais e proporcionar a divisão do trabalho, observando a organização
prevista no Quadro de Organização, aprovado pelo Comando- Geral.
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Art. 7º. Para a execução das atividades de ensino, treinamento, cultura e pesquisa, a
ABM dispõe dos seguintes Órgãos de Ensino, os quais estão organizados conforme Quadros
de Organização – QO, a saber:

I - Academia de Bombeiro Militar, (ABM), tem a seu cargo os cursos de formação, de


graduação, de extensão e de Especialização, dos militares estaduais das carreiras de nível
superior e médio, de acordo com as exigências da respectiva carreira e segundo critérios das
competências essenciais requeridas pela evolução do perfil profissional; planificar as suas
atividades de acordo com as metas imediatas, desenvolvendo programas, procedimentos,
métodos e normas em função dos objetivos ajustados com a Academia de Bombeiro Militar; e
cumprir as demais rotinas definidas pela Academia, estrutura-se em:

a) Diretor

b) Subdiretor

c) Divisão Administrativa

d) Divisão de Ensino

II – Centro de Pesquisa, Ensino, Treinamento e Avaliação, responsável pelas


atividades de ensino, tem a seu cargo os cursos de formação e de extensão dos militares
estaduais da carreira de nível médio; de acordo com as exigências da respectiva carreira e
segundo critérios das competências essenciais requeridas pela evolução do perfil profissional;
e cumprir as demais rotinas definidas pela Academia de Bombeiro Militar, estrutura-se em:

a) Comandante

b) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

c) Seção de Comando

III – Escola Superior de Bombeiro Militar, responsável pelas atividades de ensino, tem
a seu cargo os cursos de formação de oficiais, de acordo com as exigências da respectiva
carreira e segundo critérios das competências essenciais requeridas pela evolução do perfil
profissional, além de cumprir as demais rotinas definidas pela ABM, estrutura- se em:

a) Comandante

b) Seção Administrativa
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c) Seção de Ensino

d) Seção de Comando

e) Corpo de Alunos

IV – Escola de Bombeiro Militar, responsável pelas atividades de ensino, tem a seu


cargo os cursos de formação, especialização e de extensão de Bombeiro Militar, de acordo
com as exigências da respectiva carreira e segundo critérios das competências essenciais
requeridas pela evolução do perfil profissional, além de cumprir as demais rotinas definidas
pela ABM, estrutura- se em:

a) Comandante

b) Seção Administrativa

c) Seção de Ensino

d) Seção de Comando

e) Corpo de Alunos

V – Escola de Serviços Civis Auxiliares de Bombeiro estrutura- se em:

a) Comandante

b) Seção Administrativa

c) Seção de Ensino

d) Seção de Comando

e) Coordenadoria de Cursos e Treinamento

VI – Centro de Aperfeiçoamento e Capacitação estrutura- se em:

a) Comandante

b) Seção Administrativa

c) Seção de Ensino

d) Seção de Comando
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e) Coordenadoria de Cursos e Treinamentos

VII - Escola de Educação Física (EsEF), responsável pelas atividades de ensino, tem a
seu cargo os cursos de especialização e de extensão dos militares estaduais do Corpo de
Bombeiros Militar na área de educação física; desenvolver programas de incentivo à atividade
e à saúde física, como fator de saúde e de melhoria no desempenho profissional; o
planejamento, organização e coordenação do treinamento físico dos militares estaduais e das
competições desportivas do Corpo de Bombeiros Militar, consoante normas da ABM;
planejar, organizar e coordenar as competições esportivas do pessoal do Corpo de Bombeiros
Militar; e cumprir as demais rotinas definidas pela Academia de Bombeiros, estrutura-se em:

a) Comandante

b) Seção Administrativa

c) Seção de Pesquisa e Avaliação

d) Seção de Treinamento e Instrução

e) Seção de Comando
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CAPÍTULO IV

COMPETÊNCIAS

Art. 8º. A Academia de Bombeiro Militar, é a Instituição de Ensino em nível


Departamental do Corpo de Bombeiros Militar, que através das suas escolas, executará todas
as modalidades de cursos de Especialização, graduação, formação e extensão da Corporação,
podendo, também, firmar convênio com Instituição de Ensino Superior legalmente
reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), a fim de desenvolver programas
acadêmicos em todas as suas modalidades órgão de Apoio do Corpo de Bombeiros Militar do
Rio Grande do Sul, tem a incumbência de realizar o planejamento, o controle e a fiscalização
das atividades de ensino, instrução, treinamento, cultura e pesquisa na Corporação, tendo
como competência:

I. Executar as diretrizes de ensino, treinamento e pesquisas emanadas do


Comando do CBMRS;

II. Controlar e acompanhar as ações de efetivo sob sua responsabilidade;

III. Supervisionar e acompanhar as atividades de docência;

IV. Editar o Boletim Interno do órgão;

V. Estabelecer anualmente os objetivos em nível departamental de ensino,


treinamento e pesquisa do CBMRS;

VI. Exercer a ação disciplinar e dar publicidade aos atos disciplinares adotados
pelos comandos ou chefias subordinados nos termos do que estabelece o
Regulamento Disciplinar do CBMRS;

VII. Apoiar seus órgãos de execução no cumprimento das metas específicas;

VIII. Executar o planejamento, a organização e o controle das atividades de ensino,


treinamento e pesquisa do CBMRS;

IX. Subsidiar o planejamento das ações de rotina do CBMRS relativa à


competência da Academia, difundindo-as através de Notas de Instrução;

X. Remeter ao Departamento Administrativo com destino a Divisão de Logística


e de Patrimônio as alterações que devam constar em Boletim Reservado de
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Material Permanente, Semovente, Material Bélico, relativas à administração


dos recursos materiais e ao controle da respectiva carga;

XI. Planejar, fiscalizar, e controlar as atividades de formação, graduação, extensão


e de Especialização de Oficiais e Praças, assim como as atividades de
treinamento e pesquisa, bem como o calendário e os cronogramas dos cursos;

XII. Elaborar o calendário anual de previsão de Cursos na Corporação e fora desta;

XIII. Estruturar os Cursos, Treinamentos e Concursos;

XIV. Promover pesquisas e estudos com vistas ao aprimoramento do ensino e do


aprendizado;

XV. Coordenar a produção, a aquisição e a distribuição de meios que auxiliem o


ensino, a pesquisa e o treinamento no CBMRS;

XVI. Sistematizar o ensino, estabelecendo unidade de doutrina que assegure o


funcionamento padronizado de Cursos e Treinamentos;

XVII. Sistematizar a pesquisa, estabelecendo unidade de doutrina;

XVIII. Planejar, administrar e avaliar o ensino e a aprendizagem, fornecendo


informações aos escalões superiores sobre a execução do processo ensino-
aprendizagem, com o objetivo de aperfeiçoá-lo constantemente;

XIX. Incentivar e propiciar a realização do aperfeiçoamento do Corpo Docente,


seguindo normas do Comando-Geral, sem prejuízo das funções escolares;

XX. Editar as Instruções Complementares de Ensino, sob a forma de Portaria, às


disposições deste RI, como instrumento normativo destinado a esclarecer e
adequar procedimentos relativos ao ensino do CBMRS;

XXI. Orientar a elaboração das propostas orçamentária anual e plurianuais,


submetendo-as à apreciação do Diretor de Especialização e Extensão;

XXII. Executar todas as atividades que lhes são atribuídas no Art.43 do Regimento
Interno do CBMRS.

XXIII. Elaborar, planejar e Sistematizar os processos seletivos para os cursos de


habilitação e especialização da carreira nos termos da Lei Complementar n.º
10.992, de 18 de agosto de 1997.

XXIV. Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do


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pensamento reflexivo;

XXV. Formar diplomados nas áreas de conhecimento vinculadas à atividade pública


e bombeiro militar, visando sua inserção nos setores de trabalho e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira e rio-grandense e,
ainda, colaborar na sua formação contínua;

XXVI. Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao


desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e,
desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

XXVII. Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que


constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicações ou de outras formas de comunicação;

XXVIII. Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e


possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que
vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração;

XXIX. Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os


nacionais, regionais, de defesa civil e de segurança pública, prestar serviços
especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de
reciprocidade;

XXX. Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das


conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e
tecnológica geradas na Instituição.
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CAPÍTULO V

DOS ÓRGÃOS DE BOMBEIRO MILITAR DE ENSINO

Art. 9º. A Academia de Bombeiro Militar é composta por Órgãos de Bombeiros


Militar com atividades afetas ao ensino e ao treinamento. Assim, dentro desta definição possui
os seguintes:

SEÇÃO I

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento

Art. 10º. Ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento compete:

I. Incentivar e administrar a pesquisa e cultura;

II. Acompanhar e avaliar os projetos de pesquisas e estudos técnicos;

III. Elaborar projetos de pesquisas;

IV. Coletar e processar dados e informações;

V. Realizar seminários;

VI. Desenvolver, acompanhar e avaliar programas e projetos de pesquisas, estudos


técnicos, e obras quanto a sua pertinência, validade, utilidade, formalística,
aplicabilidade e ineditismo;

VII. Elaborar projetos e proceder a pesquisas encomendadas pelo escalão superior


ou de iniciativa do órgão;

VIII. Difundir o conhecimento produzido para a comunidade, buscando sua


aplicação no exercício das atividades constitucionais do Corpo de Bombeiros
Militar;

IX. Apoiar e coordenar as investigações científicas, no âmbito da instituição, em


todas as áreas do conhecimento;

X. Efetuar o intercâmbio técnico-científico com organizações de pesquisa;


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XI. Manter o cadastro dos pesquisadores, pesquisas e entidades afins; e

XII. Cumprir as demais rotinas definidas pela Academia de Bombeiros Militar.

SEÇÃO II

Escola Superior de Bombeiro Militar

Art. 11. À Escola Superior de Bombeiro Militar compete:

I. Formar e especializar os servidores militares da carreira de Nível Superior;

II. Habilitar, aperfeiçoar e especializar os oficiais QOEM do Corpo de Bombeiros


Militar, de acordo com as exigências das respectivas carreiras e segundo
critérios das competências essenciais requeridas pela evolução do perfil
profissional;

III. Cumprir as demais rotinas definidas pela Academia de Bombeiros Militar;

IV. Análise curricular, seleção e indicação dos Instrutores envolvidos nos cursos
administrados pela ESBM.

SEÇÃO III

Escola de Bombeiro Militar

Art. 12. A Escola de Bombeiro Militar compete:

I. Formar, habilitar e especializar os servidores militares da carreira de nível


médio;

II. Habilitar, aperfeiçoar e especializar os oficiais QTBM do Corpo de Bombeiros


Militar, de acordo com as exigências das respectivas carreiras e segundo
critérios das competências essenciais requeridas pela evolução do perfil
profissional.

III. Habilitar, aperfeiçoar e especializar as praças do Corpo de Bombeiros Militar,


de acordo com as exigências das respectivas carreiras e segundo critérios das
20

competências essenciais requeridas pela evolução do perfil profissional

IV. Cumprir as demais rotinas definidas pela Academia de Bombeiros Militar.

SEÇÃO IV

Escola de Serviço Civis Auxiliares de Bombeiro

Art. 13. A Escola de Serviços Civis Auxiliares de Bombeiro compete:

I. Formar, habilitar e especializar o público externo na área de Bombeiro Civil;

II. Realizar cursos ao público externo, referente à RT14, Brigadas de Incêndios;

III. Instruir e especializar os bombeiros integrantes dos serviços civis auxiliares de


bombeiros.

IV. Efetuar o treinamento e ministrar cursos às Instituições vinculadas da


Segurança Pública.

V. Análise curricular, seleção e indicação dos Instrutores envolvidos nos cursos


administrados pela ESCAB.

SEÇÃO V

Centro de Aperfeiçoamento e Capacitação

Art. 14. Ao Centro de Aperfeiçoamento e Capacitação compete:

I. Realizar a formação continuada do efetivo militar;

II. Planejar e executar cursos de aperfeiçoamento ao efetivo militar;

III. Analisar materiais para a prática operacional.

IV. Auxiliar no aprimoramento técnico da doutrina do CBMRS.


21

SEÇÃO VI

Escola de Educação Física

Art. 15. À Escola de Educação Física compete:

I. Elaborar o planejamento anual de instrução, avaliação, treinamento e pesquisa


na área de saúde física;

II. Fiscalizar e controlar as atividades de instrução, avaliação, treinamento e


pesquisa na área de saúde física;

III. Estabelecer unidade pedagógica e doutrinária que assegure a uniformidade de


atuação dos órgãos subordinados;

IV. Promover e incentivar a realização de pesquisas e estudos com vistas ao


aprimoramento da saúde física do efetivo do CBMRS;

V. Instrumentalizar oficiais e praças, qualificados, para monitorar e acompanhar


atividades de instrução e treinamento físico, no âmbito da corporação;

VI. Desenvolver programas de incentivo à atividade física como fator de saúde e


de melhoria no desempenho profissional;

VII. Desenvolver atividades de pesquisa e avaliação física aos integrantes do Corpo


de Bombeiros Militar;

VIII. Planejar, organizar e coordenar as competições esportivas do pessoal do Corpo


de Bombeiros Militar;

IX. Cumprir as demais rotinas definidas institucionalmente;

X. Análise curricular, seleção e indicação dos Instrutores envolvidos nos cursos


administrados pela ESEF.
22

CAPÍTULO VI

DAS DIVISÕES

SEÇÃO I

Divisão Administrativa

Art. 16. A Divisão Administrativa da Academia de Bombeiro Militar responsável pelo


Estado Maior e assessoramento ao Diretor e ao Subdiretor do departamento quanto a estrutura
administrativa e a estrutura operacional e possui sua definição nas seguintes seções:

I. Por meio da Seção de Pessoal:

a) Coordenar, controlar e supervisionar a elaboração e uniformidade da


documentação administrativa, as relações de efetivo e os lançamentos
nos sistemas vigentes do Estado atinentes a pessoal pela ABM e pelos
Órgãos de Bombeiro Militar de Ensino subordinados;

b) Organizar e controlar a relação do efetivo dos Oficiais e das Praças


para efeito da efetividade para confecção das escalas de serviço e
cumprimento das ordens e das notas de serviço vigente pela ABM e
pelos órgãos subordinados;

c) Coordenar, controlar e supervisionar as Fichas de Avaliação e de


Desempenho (FAD) nos prazos determinados pela legislação vigente
pela ABM e pelos órgãos subordinados;

d) Coordenar, controlar e supervisionar preparar a documentação


necessária para instruir os processos de promoção, transferência para a
reserva, reforma e concessão de medalhas da ABM e dos Órgãos de
Bombeiro Militar de Ensino subordinados;

e) Coordenar, sob a orientação do Diretor da ABM, de todas as atividades


do efetivo, bem como supervisionar o desempenho dos Oficiais e das
Praças, com vista à uniformidade e à eficiência da gestão.
23

II. Por meio da Seção de Logística:

a) Coordenar, controlar e propor, sob a supervisão do Diretor da ABM, o


planejamento e controle do exercício financeiro e do exercício
patrimonial pelo Departamento e Órgãos de Bombeiro Militar de
Ensino subordinados, bem como dos Centros de Treinamentos, do
Centro de Formação de Condutores e dos Polos de Ensino do CBMRS;

b) Coordenar, controlar, armazenar e elaborar o planejamento logístico


anual de aquisições e de contratações de obras e de serviços pela ABM
e órgãos subordinados;

c) Coordenar, controlar e confeccionar a publicação do Boletim


Reservado de Material Permanente destinados ao controle patrimonial
da ABM e dos órgãos subordinados;

d) Coordenar, controlar, sob a orientação Diretor da ABM, a gestão


orçamentária e a gestão patrimonial pela ABM e órgãos subordinados;

e) Coordenar, controlar e fiscalizar as determinações dispostas nas


normatizações institucionais e legislação vigente, na ABM e órgãos
subordinados com vista à uniformidade e à eficiência da gestão.

III. Por meio da Seção de Comando:

a) Prestar assessoramento ao Diretor e ao Subdiretor da ABM no


desempenho de suas atividades administrativas e de suas atividades
operacionais;

b) Organizar e controlar a pauta de agendas Institucionais do Diretor e,


seus despachos, viagens e eventos;

c) Coordenar, controlar e supervisionar as atividades de apoio


administrativo necessárias ao Departamento e órgãos subordinados;

d) Coordenar, controlar e supervisionar as missões delegadas pelo Diretor


e pelo Subdiretor da ABM e demandas deste relacionadas aos órgãos
subordinados quanto à uniformidade na eficiência da gestão
24

administrativa;

e) Coordenar, controlar e registrar o boletim do departamento, bem como


a escrituração e o arquivo-geral dos registros do patrimônio documental
da ABM;

f) Fiscalizar a conservação e a limpeza das salas de aula, do auditório e da


sala dos professores;

g) Controlar, conservar e manter os meios auxiliares;

h) Instalar e operar os recursos audiovisuais que necessitem de elementos


especializados;

i) Dispor ao corpo docente os meios auxiliares nos dias, horários e locais


solicitados;

j) Manter o asseio, organização e controle do acervo da biblioteca.

IV. Por meio da Seção de Saúde e Assistência Social:

a) Coordenar, controlar e fiscalizar de acordo com as disposições


Institucionais e as disposições da legislação vigente a manutenção dos
exames regulamentares bianuais pelo efetivo da ABM e dos órgãos
subordinados, de acordo com as disposições regulamentares do
Departamento de Saúde da Brigada Militar, conforme dispõe o Artigo
4º da Lei Complementar nº 15.008, de 13 de julho de 2017;

b) Propiciar a realização e promover o Teste de Aptidão Física (TAF)


semestral do efetivo pela ABM e pelos órgãos subordinados;

c) Coordenar, controlar e promover políticas públicas de saúde


demandadas pelo Comando-Geral do CBMRS em atuação com o
Departamento de Saúde da Brigada Militar, conforme dispões o Artigo
4º da Lei Complementar nº 15.008, de 13 de julho de 2017;

d) Coordenar, controlar e fiscalizar a ficha sanitária de saúde do efetivo da


ABM e dos órgãos subordinados;

e) Coordenar, controlar e fiscalizar as determinações dispostas nas


normatizações institucionais e legislação vigente determinadas pelo
25

Comando-Geral.

V. Por meio da Seção de Inteligência:

a) Coordenar as instruções de inteligência e contra inteligência pela ABM


e pelos órgãos subordinados;

b) Coordenar, controlar e supervisionar a produção dos relatórios e a


coleta de informações pela ABM e pelos órgãos subordinados;

c) Coordenar a confecção, a distribuição e o arquivo do boletim reservado


da ABM e dos órgãos subordinados;

d) Coordenar, controlar e fiscalizar, o efetivo, sob aspecto criminal e sob


aspecto disciplinar da ABM e dos órgãos subordinados;

e) Coordenar, controlar e fiscalizar, as atividades ligadas de inteligência


pelo Departamento e pelos órgãos subordinados ligados à
Corregedoria-Geral do CBMRS ou de ordem do Diretor da ABM, com
vista à uniformidade e à eficiência da gestão;

f) Submeter à análise da Comissão Permanente de Avaliação de


Documentos Sigilosos - CPAD do CBMRS os documentos passíveis de
classificação.

SEÇÃO II

Divisão de Ensino

Art. 17. À Divisão de Ensino, responsável pelo planejamento, fiscalização e controle


dos expedientes de ensino, dos currículos relacionados com os cursos, treinamentos de
oficiais e praças, de interesse da Corporação, através de suas Seções, incumbe:

I. Por meio da Seção de Análise e Planejamento:


26

a) Elaborar os calendários para os exames de ingresso nos cursos e


treinamentos;

b) Coordenar, controlar e fiscalizar a execução dos cursos e dos


treinamentos na Corporação;

c) Coordenar, controlar e elaborar as Normas de Planejamento de Ensino,


Treinamento, Instrução e Pesquisa da Corporação (NPETIP);

d) Coordenar, controlar e elaborar os calendários para os exames de


ingresso nos cursos e nos treinamentos na Corporação e em outras
Instituições;

e) Sistematizar o ensino e o treinamento na Corporação de acordo com as


Diretrizes estabelecidas pelo Comando-Geral e pelo Diretor;

f) Controlar, coordenar e fiscalizar, quando demandado pelo Comando-


Geral ou Diretor da ABM, da convocação dos Oficiais e das Praças para
comporem comissões de estudos na elaboração de publicações didáticas
e outras necessárias ao ensino, a pesquisa e o treinamento;

g) Convocar os militares estaduais e servidores civis sob sua


responsabilidade, dos OBM de ensino, mediante determinação do
Diretor da Academia, para compor comissões de estudos;

h) Elaborar o planejamento de auditorias e avaliação dos Programas


Anuais de Ensino e Treinamento dos OBM, estabelecendo indicadores
de resultados;

i) Adequar os Planos de Ensino e de Treinamento;

j) Controlar a organização dos documentos de ensino dos Oficiais e


Praças que frequentarem cursos ou estágios não pertencentes à
Corporação;

II. Por meio da Seção de Supervisão de cursos e Treinamento

a) Controle e gerenciamento privativo das vagas dos cursos


disponibilizados em outras instituições, elaboração dos editais e
indicação dos alunos aprovados e abertura do PROA de afastamento;
27

b) Coordenar, controlar e elaborar as normas para o planejamento, a


conduta do ensino e a previsão anual de cursos e de treinamentos a
serem realizados pela Corporação e por outras Instituições;

c) Propor e elaborar os planos de cursos, no aspecto à adequação às


normas de ensino;

d) Elaborar os editais e seu fiel cumprimento quanto aos processos de


seleção de cursos, de treinamentos, de seminários e de estágios na
Corporação e em outras Instituições;

e) Controlar, fiscalizar e supervisionar o funcionamento dos cursos de


formação, de especialização e de habilitação de interesse da Corporação
de acordo com as normas institucionais e a legislação vigente e
conforme as prescrições referentes ao ensino;

f) Coordenar as atividades dos Estabelecimentos de Ensino Subordinados;

g) Regular o funcionamento do ensino e do treinamento realizado na


Corporação;

h) Coordenação e análise curricular bem como a seleção dos Instrutores


envolvidos nos cursos elaborados pela Academia de Bombeiro Militar

i) Efetuar a nomeação dos instrutores indicados pelas OBM’s de ensino


com a anuência do Diretor da ABM.

j) Fiscalizar e controlar do mapa saque da Gratificação de Magistério;

III. Por meio da Setor de Ensino a Distância

a) Coordenar, controlar e emitir pareceres nos assuntos técnicos de ensino


e das reuniões periódicas com os Comandantes de Ensino, de acordo
com as demandas do Comando-Geral e do Diretor da ABM.

b) Elaborar os treinamentos que visem a capacitação permanente dos


instrutores e tutores envolvidos em cursos presenciais e a distância;

c) Analisar dados estatísticos e relatórios relativos ao ensino e ao


treinamento na Corporação;

d) Sistematizar o ensino e o treinamento na Corporação;


28

e) Coordenar a aplicação, correção e controle de notas dos trabalhos de


julgamento;

f) Promover o conhecimento da atividade de bombeiros por meio das


tecnologias educacionais digitais;

g) Apoiar a implementação de cursos e projetos na modalidade de ensino a


distância;

h) Dar apoio pedagógico e tecnológico aos cursos de ensino a distância,


bem como promover formação continuada para tutores/instrutores de
curso na modalidade a distância;

i) Executar, acompanhar e estabelecer, ações que acompanham do


desenvolvimento do aluno no aprendizado junto aos cursos no formata a
distância;

j) Apoiar e coordenar os instrutores (tutores) e alunos no andamento dos


cursos na formação de ensino a distância;

k) Fomentar o uso de novas tecnologias digitais como apoio às práticas


educacionais, com o objetivo de subsidiar e fundamentar tais práticas;

l) Desenvolver, disseminar e fomentar a produção de recursos


tecnológicos para a utilização didático-pedagógica;

m) Cooperar com as Unidades de ensino no intuito de manter e


desenvolver a excelência ano ensino criando oportunidades para a
integração e a convergência entre as modalidades presencial e a
distância;

n) Estabelecer parâmetros de avaliação que oportunizam processo de


correção automatizadas e publicações de notas por meio eletrônico.

IV. Por meio da Seção de Avaliação

a) Coordenar, controlar e fiscalizar as atividades próprias da supervisão


escolar em todos os OBM’s de Ensino subordinados a ABM, bem
como os Centros de Treinamentos, Centro de Formação de Condutores
e Polos de Ensino do CBMRS;
29

b) Coordenar, controlar e fiscalizar além de promover condições


facilitadoras para aplicação eficiente das metodologias de ensino,
observando os conceitos e princípios pedagógicos definidos pelo
Comando-Geral e pelo Diretor da ABM;

c) Coordenar, controlar e emitir pareceres sobre documentos de ensino,


Plano Geral de Ensino (PGE), indicadores de avaliação do corpo
docente para serem aplicados pelos OBM de ensino;

d) Coordenar, controlar e promover a difusão de conhecimentos sobre a


evolução de assuntos de natureza técnica pedagógica, que interessam as
atividades da administração, supervisão e orientação do ensino;

e) Incentivar a elaboração de publicações didáticas e outras necessárias ao


ensino, a pesquisa e ao treinamento;

f) Promover pesquisas e estudos com vistas ao aprimoramento do ensino


e do treinamento;

g) Arquivar toda a documentação relativa aos cursos e treinamentos


realizados;

h) Fotocopiar provas, lacrar e manter em local reservado;

i) Avaliar o desempenho dos alunos;


30

CAPÍTULO VII

ATRIBUÍÇÕES

SEÇÃO I

Do Exercício de Funções

Art. 18. Os critérios para exercício de funções, assim como as ocupações de cargos,
serão adotados conforme o que preconiza a Lei Complementar nº 10.990, de 18 de agosto de
1997, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares Estaduais e dá outras providências,
concomitantemente com as orientações do Comando da Corporação e as previsões nos
respectivos Quadros de Organização.

SEÇÃO II

Diretor da Academia de Bombeiro Militar

Art. 19. A função do Diretor é privativa de Oficial da ativa do posto de Coronel


QOEM e incumbem as atribuições previstas no RIABM e:

I. Controlar, através de indicadores de resultados e de desempenho, o


cumprimento de orientações normativas fixadas, a execução de planos e
projetos e a implementação de metas estabelecidas aos níveis internos
subordinados como aos órgãos subordinados sujeitos a sua orientação
sistêmica;

II. Desenvolver as atividades setoriais, decorrentes da compartimentação


funcional, em função das políticas de gestão definidas através dos objetivos
institucionais traçados;

III. Dirigir as atividades administrativas que forem incumbidas aos respectivos


31

órgãos;

IV. Estruturar internamente os órgãos que dirigem, organizando o funcionamento


dos serviços e rotinas administrativas a cargo de cada uma das chefias
subordinadas;

V. Expedir os atos normativos fixadores da orientação baixada aos órgãos da


Corporação, de acordo com a competência normativa que lhes é prevista;

VI. Orientar, coordenar e controlar as atividades previstas para as chefias


subordinadas com vista ao alcance das finalidades previstas aos órgãos ou
sistemas estruturados para o desenvolvimento das atividades de apoio que lhe
incumbem;

VII. Dirigir o ensino e o treinamento na Corporação;

VIII. Cumprir e fazer cumprir a Diretriz Geral de Ensino e Treinamento (DGET);

IX. Manter o Comandante Geral informado sobre o desenvolvimento do ensino,


treinamento e pesquisa;

X. Elaborar as Normas de Planejamento de Ensino, Treinamento, Instrução e


Pesquisa da Corporação (NPETIP);

XI. Elaborar o Programa Anual de Cursos a serem desenvolvidos na Corporação;

XII. Auditar e avaliar os Programas Anuais de Ensino e Instrução dos OBM,


estabelecendo indicadores de resultados;

XIII. Desenvolver os cursos programados para a Instituição, através dos OBM de


Ensino;

XIV. Estabelecer instrumentos de avaliação da consistência e grau de realização dos


programas previstos;

XV. Zelar pelos princípios pedagógicos estabelecidos na DGBM;

XVI. Emitir parecer sobre consultas e documentos de ensino;

XVII. Submeter à aprovação do Comandante Geral as Normas de Planejamento de


Ensino, Treinamento, Instrução e Pesquisa (NPETIP);

XVIII. Expedir aos OBM de Ensino outras normas que regulem o ensino, o
treinamento, a instrução e a pesquisa na Corporação;
32

XIX. Aprovar, após exame na divisão competente, os planos referentes a cursos e


Instruções que funcionarão na ABM;

XX. Remeter os relatórios de ensino e instrução ao Comandante Geral conforme o


previsto nas diretrizes por ele emanadas;

XXI. Aprovar as propostas de nomeação e dispensa de professores e instrutores dos


cursos e estágios que funcionarão na ABM;

XXII. Divulgação, controle, seleção e indicação dos Bombeiros Militares à serem


matriculados em cursos ou estágios em outras organizações;

XXIII. A edição de manuais e outras publicações que venham a constituir fonte de


consulta de ensino;

XXIV. Encaminhar ao Comandante Geral, após exame e aprovação, os Regimentos


Internos e os Planos Gerais dos OBM de Ensino;

XXV. Realizar visitas e inspeção aos Órgãos subordinados, visando à fiscalização, a


coordenação e o controle do ensino;

XXVI. Divulgar em Boletim Geral os eventos, datas e conteúdos programáticos


relativos aos exames de seleção e os seus resultados;

XXVII. Divulgar informações, dados e estudos relacionados com as atividades de


ensino.

XXVIII. Executar outras tarefas, a partir de ordens recebidas ou deduzidas, do escalão


superior;

XXIX. Elaborar e efetuar as alterações da Doutrina de Ensino na Corporação;

XXX. Convocar o Conselho Superior de Ensino.


33

SEÇÃO III

Subdiretor da Academia de Bombeiro Militar

Art. 20. Compete ao Subdiretor da ABM:

I. Substituir o Diretor da ABM em seus impedimentos legais e exercer as


atribuições inerentes a este que lhe forem delegadas;

II. Exercer as atribuições previstas na legislação vigente aos chefes de estado


maior, no que for aplicável;

III. Supervisionar as atividades de ensino, administrativas e disciplinares;

IV. Realizar o acompanhamento e a coordenação das atividades de Ensino,


Instrução e Pesquisa;

V. Supervisionar a preparação e a execução das atividades de Ensino, Instrução e


Pesquisa;

VI. Propor ao Diretor da ABM as modificações e as atualizações a serem


introduzidas no Ensino, na Instrução, na Pesquisa e nas seções de ensino em
funcionamento;

VII. Submeter à apreciação do Diretor da ABM, para posterior encaminhamento, as


propostas de alterações dos Currículos e dos Planos de Disciplinas (PLADIS);

VIII. Assessorar o Diretor da ABM no que se refere a dados necessários à


formulação dos conceitos dos oficiais e praças;

IX. Orientar a elaboração da proposta do Plano Geral de Ensino (PGE) para o ano
subsequente, encaminhando-a para aprovação do Diretor da ABM.
34

SEÇÃO IV

Chefe da Divisão Administrativa

Art. 21. Ao Chefe da Divisão Administrativa, cumpre o assessoramento ao Diretor e


ao Subdiretor da ABM, e execução das tarefas no que se refere à administração e direção dos
recursos materiais da ABM e Órgãos de Bombeiro Militar de Ensino, além da administração
do complexo físico onde se localiza a ABM e controle dos assuntos relacionados a legislação
específica que rege as relações de gestão pública de recursos, incluindo aí, todos os
procedimentos administrativos, seus prazos e prescrições legais; compete-lhe, igualmente, o
trato dos assuntos relativos à provisão de suprimentos, manutenção, transportes e demais
serviços de apoio logístico, aí incluídas as orientações e auxílios a outros níveis
organizacionais, no que se refere a questões logísticas, assegurando que estejam disponíveis
os meios necessários para o desenvolvimento das atividades administrativas e operacionais,
de forma a que sejam atendidas plenamente todas as atribuições acometidas ao segmento
organizacional respectivo.

Parágrafo único: Compete o assessoramento e execução das tarefas no que se refere à


administração e direção dos efetivos que compõe a ABM e Órgãos de Bombeiro Militar de
Ensino, além do controle, coordenação e execução dos assuntos relacionados à mobilização,
justiça, disciplina, inteligência e rotinas administrativas, incluindo aí, todos os procedimentos
administrativos necessários, seus prazos e prescrições legais, de forma a que sejam atendidas
plenamente todas as atribuições acometidas ao segmento organizacional respectivo.

SEÇÃO V

Chefe da Divisão De Ensino

Art. 22. Ao Chefe da Divisão de Ensino, cumpre o assessoramento ao Diretor da


ABM, e execução das tarefas no que se refere à administração, supervisão, coordenação e
direção do ensino, pesquisa e treinamento da ABM e OBM de Ensino e/ou supervisionados,
além do controle dos assuntos relacionados à legislação específica que rege as relações de
35

ensino e treinamento, incluindo aí, todos os procedimentos administrativos, seus prazos e


prescrições legais, de forma a que sejam atendidas plenamente todas as atribuições
acometidas ao segmento organizacional respectivo.

SEÇÃO VI

Chefes de Seções

Art. 23 Aos Chefes de Seções das Divisões da ABM, compete o exercício de todas as
atividades definidas pelos respectivos Chefes de Divisões, necessárias para o atendimento
pleno dos encargos atribuídos ao respectivo segmento organizacional, já definidos no presente
RI.

SEÇÃO VII

Adjunto de Seção

Art. 24. Aos Adjuntos de Seção, desde que com previsão legal no respectivo Quadro
de Organização, compete o exercício de todas as atividades definidas pelos respectivos
Diretores de Divisões, necessárias para o atendimento pleno dos encargos atribuídos ao
respectivo segmento organizacional, já definidos no presente RI.

SEÇÃO VIII

Analista de Seção

Art. 25. Aos Analistas de Seção, desde que com previsão legal no respectivo Quadro
de Organização, compete o exercício de todas as atividades definidas pelos respectivos Chefes
de Divisões, necessárias para o atendimento pleno dos encargos atribuídos ao respectivo
36

segmento organizacional, já definidos no presente RI.

SEÇÃO IX

Comandantes e Chefes de OBM

Art. 26. Aos Comandantes e Chefes de OBM de Ensino, na forma preconizada pela
legislação vigente, compete à prática de todos os atos de gestão administrativa, necessárias e
indispensáveis ao desempenho da missão do OBM, respondendo por todas as atividades a ele
relacionada, observando a legislação vigente, os regulamentos, as diretrizes e as orientações
baixadas pelo Diretor da ABM, de forma a que as atividades de ensino, e treinamento,
instrução, pesquisa e o acervo histórico e cultural sejam realizadas conforme os planejamentos
e tenha inspiração e repercussão no serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio
Grande do Sul às comunidades.

Parágrafo único. Para cumprir o disposto no caput deste artigo os Comandantes,


Chefes e Diretores de OBM de Ensino deverão organizar o Regimento Interno do OBM
estabelecendo atribuições operacionais e administrativas das seções conforme o QO, podendo
constituir-se da seguinte forma:

I. Seção Administrativa que corresponderá a Divisão Administrativa da ABM,


realizando atribuições análogas a esta;

II. Seção de Logística que corresponderá a Divisão de Logística e Orçamento da


ABM, realizando atribuições análogas a esta;

III. Seção de Ensino que corresponderá a Divisão de Ensino e Treinamento,


realizando atribuições análogas a esta;

IV. Corpo de Alunos que fará a gestão, supervisão, organização e demais


atividades atinentes ao corpo discente.
37

CAPÍTULO VIII

ORGANIZAÇÃO DO ENSINO

SEÇÃO I

Ensino das Escolas

Art. 27. O Ensino nas Escolas será organizado conforme o respectivo Quadro de
Organização e deverão, no mínimo, serem compostas pela seção administrativa, seção de
ensino, seção de comando e seção de corpo de alunos, competindo-lhe:

I. Por meio das Seções de ensino:

a) Planejar o ensino, em conformidade com as diretrizes e normas


vigentes, assim como coletar todos os dados e informações úteis
oriundas dos demais setores que interessem à orientação e adequação
dos planos;

b) Confeccionar o quadro de instrutores e professores dos respectivos


cursos;

c) Confeccionar ata de matricula;

d) Manter o sigilo necessário dos assuntos do setor;

e) Manter o controle da carga do setor;

f) Confeccionar o mapa de saque de gratificação de magistério e


encaminhado para a Divisão de Ensino;

g) Manter o controle das aulas ministradas;

h) Confeccionar, distribuir e controlar os Quadros de Trabalhos;

i) Elaborar o calendário das avaliações da aprendizagem e


encaminhamento para publicação;
38

j) Providenciar na substituição de docentes, quando da sua falta aos


trabalhos escolares;

k) Montar e cadastrar as turmas;

l) Comunicar alteração do corpo discente;

m) Confeccionar os certificados de conclusão de curso com a devida


antecedência;

n) Providenciar junto a ABM a medalha que faz jus o aluno classificado


em primeiro lugar;

o) Manter atualizado o banco de dados dos instrutores;

p) Remeter a ABM Controle de Faltas dos Instrutores;

q) Apresentar os instrutores na sala de aula por ocasião do início da


disciplina;

r) Encaminhar cadastro dos docentes da reserva remunerada a ABM.

II. Por meio do Setor de Avaliação:

a) Orientar, controlar, analisar e normatizar os documentos e meios


empregados na avaliação da aprendizagem, procurando adequabilidade
dos instrumentos de mensuração em consonância com os objetivos
gerais e específicos de cada matéria curricular;

b) Confeccionar a ata de conclusão de curso;

c) Manter o sigilo necessário aos assuntos do setor;

d) Manter o controle e registros individuais relativos à atividade escolar


dos alunos;

e) Aprovar os Trabalhos de Julgamento (TJ) apresentados pelos docentes e


julgados de acordo com as normas em vigor;

f) Controlar o rendimento do processo ensino-aprendizagem;

g) Manter a coleta e interpretação de dados estatísticos necessários à


orientação do ensino;
39

h) Manter banco de questões utilizadas em TJ;

i) Manter o controle de frequência e os pontos dos alunos;

j) Providenciar na publicação das notas;

k) Providenciar na avaliação dos instrutores;

l) Divulgar aos instrutores o resultado da avaliação;

m) Manter o controle da carga do Setor;

n) Analisar possíveis anormalidades nos resultados dos TJ, com vista à


correção de irregularidades;

o) Tabular os graus obtidos nos TJ;

p) Arquivar os TJ originais.

III. Por meio das Seções de Comando:

a) Coordenar e assegurar o funcionamento da biblioteca de acordo com as


instruções do Comando da OBM de Ensino;

b) Orientar a divulgação dos documentos de Ensino;

c) Expedir certidão de autenticidade dos históricos;

d) Fotocopiar provas, lacrar e manter em local reservado;

e) Orientar aluno com baixo rendimento escolar mediante estreita ligação


com as demais Seções e com o Corpo de Alunos;

f) Cooperar na elaboração dos projetos de manuais e apresentar sugestões


para atualização destes documentos ao término dos cursos, instruções,
treinamentos ou período letivo;

g) Propor atualização das atividades de pesquisa e no estudo dos assuntos


que lhe são afetos, visando a permanente atualização dos instrutores,
bem como ao contínuo aperfeiçoamento do ensino;

h) Providencias os meios auxiliares necessário para o exercício das


atividades docentes;
40

IV. Por meio das Seções de Corpo de Alunos:

a) Assessorar o Comandante na coordenação e supervisão do ensino e


treinamento da Escola;

b) Propor o planejamento para a execução dos cursos designados;

c) Emitir pareceres de assuntos técnicos de ensino;

d) Confeccionar o relatório anual de ensino;

e) Fiscalizar todos os trabalhos técnico-pedagógicos, bem como todas as


atividades escolares;

f) Propor medidas que vise a melhoria do processo ensino-aprendizagem;

g) Propor ao Comandante, a realização de atividades extraclasse;

h) Controlar, coordenar e fiscalizar a distribuição, necessidades e


condições dos meios auxiliares necessários às atividades de ensino
aprendizagem;

i) Manter o sigilo necessário aos assuntos da Seção;

j) Manter o controle da carga da Seção;

k) Coordenar os estágios Administrativo e Operacional;

l) Cooperar com as demais Seções do OBM de Ensino;

m) Gerenciar o controle de faltas dos alunos;

n) Assessorar o Subcomandante, Subdiretor ou Subchefe do OBM de


Ensino nos assuntos relativos a disciplina e conduta escolar dos alunos;

o) Cooperar na atualização das Instruções Provisórias e dos Manuais.

SEÇÃO II

Classificação e Conceituação dos Cursos

Art. 28. A educação no Corpo de Bombeiros Militar, para atender a sua finalidade,
41

manterá cursos e programas de educação superior com equivalência àqueles definidos na Lei
de Diretrizes Bases da Educação Nacional e abrangerá as seguintes modalidades de cursos:

I. Formação, que assegura a qualificação inicial, básica para a ocupação de


cargos e exercício de funções bombeiro-militares, previstas para os cargos de
nível médio, de acordo com o previsto no Plano de Carreira da instituição;

II. Habilitação, visa assegurar a qualificação profissional necessária para o


exercício das atribuições e funções, visando a ascensão profissional.

III. Graduação, que assegura a qualificação inicial, básica dos profissionais de


nível superior, para a ocupação dos respectivos cargos e para o exercício de
funções bombeiros-militares, de acordo com o previsto no Plano de Carreira da
instituição;

IV. Especialização, que assegura, em nível de Especialização, a qualificação


específica dos oficiais da carreira de nível superior, propiciando a ocupação de
cargos e o desempenho de funções que exijam conhecimentos, e práticas
especializadas;

V. Extensão, que amplia os conhecimentos e as técnicas profissionais, necessários


para a ocupação de determinados cargos e para o desempenho de determinadas
funções ou exercício de atividades específicas ou especializadas.

Art. 29. Os cursos observarão a sua finalidade, de acordo com a legislação em vigor,
tendo sua estrutura e funcionamento estabelecidos por projetos, currículos, planos de cursos e
programas de matérias específicos.

Art. 30. A Academia de Bombeiro Militar, por intermédio da Divisão de Ensino,


poderá, além dos cursos previstos nos art. 28, desenvolver, mediante bolsas de estudos a
serem ofertadas para oficiais e praças em processo seletivo, cursos de Mestrado e Doutorado
acadêmicos, podendo, para esse fim, firmar convênio com Instituição de Ensino Superior
legalmente reconhecida pelo MEC.
42

SEÇÃO III

DOCUMENTOS DE ENSINO

Art. 31. Constituem documentos de ensino, o Plano Geral de Ensino (PGE), o Projeto,
o Currículo, o Plano de Curso, o Programa de Matéria (PROMA) ou Ementa, a Ata de Ensino
e os Relatórios, Plano de Escrita e o Plano Logístico, Caderno Temático (AVA).

§ 1º. O Plano Geral de Ensino é o documento anual básico de planejamento e conduta


das atividades de ensino, visando o ensino aprendizagem e as medidas administrativas.

§ 2º. Os Planos Didáticos compreendem o Programa de Matéria (PROMA) e os Planos


de Aulas.

§ 3º. Programa de Matéria (PROMA) ou Ementa é o documento que estabelece


basicamente o objetivo geral da matéria, as unidades didáticas e as respectivas cargas-
horárias. O Programa de Matéria é a caracterização genérica dos assuntos que devem ser
estudados e dos trabalhos que devem ser realizados, abrangendo todo o campo da matéria e os
trabalhos que serão executados pelo professor e alunos, no decorrer do ano letivo, de acordo
com o previsto no respectivo currículo.

§ 4º. O Plano de Aula é o roteiro estabelecido pelo professor para o estudo de uma
determinada unidade didática, estruturando o que será abordado em aula conforme conteúdo
estabelecido pela ementa da disciplina e cadernos temáticos.

§ 5º. O Currículo é o conjunto de atividades que visam o alcance dos objetivos


educacionais, envolvendo o ambiente em que o aluno está inserido, convertendo-se no plano
de ensino-aprendizagem, expresso em documento específico, contendo os objetivos do curso,
a metodologia, o conteúdo, a carga-horária de cada matéria, obedecendo às seguintes
diretrizes:

a) A elaboração e revisão dos currículos dos cursos serão realizadas por


Comissão Temática designada pelo Diretor da Academia e coordenada pelo
CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO sendo que sua
aprovação cabe ao Diretor da Academia de Bombeiro Militar;

b) A revisão dos currículos ocorrerá ordinariamente a cada 2 (dois) anos e


extraordinariamente, mediante proposição.
43

§ 6º. As Atas de Ensino são documentos nos quais se registram resumidamente as


ocorrências dos eventos de ensino, de acordo com as finalidades, denominadas de:

a) Ata dos Exames de Seleção: aquela realizada para documentar as atividades


ocorridas durante a realização de um exame de seleção;

b) Ata Final de Concurso: documento que contém o resultado final de um


concurso, sendo de responsabilidade do órgão definido no edital;

c) Ata de Matrícula: documento específico que matricula o aluno num curso ou


treinamento, de responsabilidade do OBM executor do Curso ou Treinamento;

d) Ata Parcial: documento específico que registra as notas, a aprovação, a


reprovação e o desligamento ao final de cada módulo ou semestre de formação,
confeccionada pelo OBM executor do Curso;

e) Ata Geral de Matricula: documento específico que registra a matrícula de todos


os alunos, que frequentam o mesmo curso ou treinamento, desenvolvido
simultaneamente no mesmo período em mais de um OBM executor de ensino,
sendo confecção de responsabilidade da ABM;

f) Ata de Conclusão: documento específico que registra o conceito, a


classificação, a aprovação, a reprovação, e o desligamento ao final de um curso
ou treinamento, confeccionada pelo OBM executor do Curso ou do
Treinamento;

g) Ata Geral de Conclusão de Curso ou Treinamento: documento específico que


registra o conceito, a classificação, a aprovação, a reprovação, e o
desligamento, de todos os alunos que frequentaram o mesmo curso ou
treinamento, desenvolvido simultaneamente no mesmo período em mais de um
OBM de ensino, sendo confecção de responsabilidade da ABM;

h) Atas de Atividades de Ensino: documento que se destina a registrar as


atividades relativas à orientação e o funcionamento complementar dos
documentos do planejamento.

§ 7º. Os Relatórios são documentos de ensino que contêm, numa exposição minuciosa,
os fatos e atividades a serem apreciados pela autoridade de ensino imediatamente superior,
sendo eles o Relatório Ordinário, o Relatório de Curso ou Treinamento e o Relatório Anual de
Ensino, Relatório de Originalidade, nos seguintes termos:
44

a) O Relatório Ordinário será elaborado toda vez que um chefe de seção ou de


órgão de ensino necessitar ou lhe for solicitado apresentar situações ou fatos
para o estudo minucioso do escalão superior;

b) O Relatório de Curso ou Treinamento será elaborado ao final de cada curso ou


treinamento, contendo os fatos e as atividades desenvolvidas durante a sua
realização;

c) O Relatório Anual de Ensino será elaborado ao final de cada ano letivo,


contendo todas as atividades de ensino desenvolvidas pelos OBM vinculados a
ABM.

§ 8º. Projeto Pedagógico de Curso (PPC) é o instrumento de concepção de ensino e


aprendizagem de um curso e apresenta características de um projeto, no qual devem ser
definidos os seguintes componentes: Concepção do Curso. Estrutura do Curso: Currículo,
corpo docente, corpo técnico-administrativo e infraestrutura. Procedimentos de avaliação dos
processos de ensino e aprendizagem e do curso. Instrumentos normativos de apoio
(composição do colegiado, procedimentos de estágio, TCC, etc.).

§ 9°. Plano de Curso estabelece as metodologias para as modalidades de ensino.

§ 10. Plano de Escrita é o documento que antecede o caderno temático, trazendo a


estrutura dos assuntos que serão abordados.

§ 11. Plano logístico é o documento no qual o docente faz a previsão de meios


auxiliares necessários para a execução da aula.

§ 12. Caderno Temático é o documento de natureza técnica que aborda os mais


variados assuntos previstos no Programa de Matéria dos cursos.

§ 13. Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica


da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto,
essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola,
pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola
deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares.

Art. 32. Os Cursos são previstos no Programa Anual de Cursos elaborado pela ABM,
os quais são regulados através de Projetos contendo data de início e término do curso, rol de
matérias, instrutores, professores e carga-horária, calendário geral, orçamento e prescrições
45

diversas, onde deverão estar contidas todas as atividades de ensino que ocorrerão no curso,
conforme modelo previsto nas Normas Gerais de Ensino e Treinamento.

Art. 33. A execução do ensino nas escolas, assim como todas as demais atividades
promovidas durante o ano Acadêmico, visando aos objetivos peculiares de cada curso e a
finalidade educativa é planejado na forma estabelecida pela legislação de ensino, através do
Plano Geral de Ensino.

Parágrafo único. Além dos dispositivos regulamentares a que se refere o presente


artigo, condicionarão o planejamento do ano escolar nas OBM de ensino, as Normas Gerais
de Ensino e Treinamento baixadas pela Academia de Bombeiros.

SEÇÃO IV

VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO

SUBSEÇÃO I

Rendimento do Ensino

Art. 34. Os professores e instrutores deverão apresentar diretamente as Seções de


Ensino dos OBM de ensino, quando a avaliação for de responsabilidade destes, juntamente
com as notas finais ao final de cada disciplina, as observações, as críticas pessoais decorrentes
das experiências docentes, assim como as sugestões que julgarem capazes de contribuir para
adequação e exequibilidade dos programas.

Parágrafo único. De posse das informações dos docentes, os Comandantes dos OBM
de ensino apresentarão ao Diretor da ABM os relatórios respectivos, com as observações e
críticas correspondentes, para fins de avaliação pela Divisão de Ensino e Treinamento da
ABM.
46

Art. 35. O Diretor da ABM convocará o Conselho de Ensino sempre que julgar
necessário, para que este opine sobre as propostas resultantes do trabalho dos OBM de ensino.

Parágrafo único. As sugestões de modificação, (integral ou parcial, de programas de


matérias de um mesmo curso), desenvolvido pelas Escolas, serão elaborados sempre que
possível, em trabalho conjunto.

Art. 36. Concluídos os estudos pelo Conselho de Ensino, ou pela Divisão de Ensino e
Treinamento, os programas serão encaminhados ao Diretor da ABM para decisão.

Art. 37. A avaliação do rendimento do ensino será feita quantitativa e


qualitativamente, de forma direta e indireta pelos OBM executores e pela ABM.

§1º. Diretamente, mediante a observação do desempenho do docente em sala de aula,


realizada por todos os integrantes da ABM, pelos Comandantes dos OBM de ensino, pelos
chefes das Seções de Ensino, Coordenadores de Curso ou de Turma e Técnicos em Educação.

§2º. Indiretamente, através da análise e avaliação dos instrumentos de avaliação


elaborados pelo docente; dos resultados da aprendizagem dos alunos, levantados
estatisticamente; dos instrumentos de avaliação respondidos pelos alunos ao término do ano
letivo e ao final do Curso; dos instrumentos de avaliação respondidos pelos ex-alunos e seus
respectivos Diretores, Comandantes e Superiores imediatos; e pelos resultados da Prova Final
do Curso.

Art. 38. O processo de avaliação e registro do rendimento do ensino e a confecção das


atas parciais de conclusão ao final dos ciclos de formação, quando houver, serão realizados
pelos OBM de ensino e encaminhadas ao Diretor da ABM, que publicará a ata geral de
conclusão.

Parágrafo único. Quando houver mais de um curso de formação, envolvendo mais de


um OBM de Ensino, a ata final de conclusão do curso será confeccionada pela ABM de
acordo com as atas de conclusão dos OBM de Ensino.
47

SUBSEÇÃO II

Rendimento da Aprendizagem

Art. 39. O rendimento da aprendizagem do aluno será avaliado em termos


quantitativos e qualitativos, nos domínios das seguintes competências: cognitivo, afetivo e
operativo dentro dos objetivos específicos de cada curso de formação e habilitação,
respeitando a especificidade e objetivo proposto na formação do discente.

§ 1º. As competências cognitivas são aquelas que requerem o desenvolvimento do


pensamento, por meio da investigação e da organização do conhecimento, habilitando o
indivíduo a pensar de forma crítica e criativa, posicionando-se, comunicando-se e
conscientizando-se de suas ações.

§ 2º. As competências afetivas são aquelas que visam estimular a percepção da


realidade, por meio do conhecimento e do desenvolvimento das potencialidades individuais,
tais como:

a) Conscientização de sua pessoa e da interação com o grupo;

b) Capacidade de conviver em diferentes ambientes.

§ 3º. As competências operativas são aquelas que preveem a aplicação do


conhecimento teórico em prática responsável, refletida e consciente.

Art. 40. A avaliação da aprendizagem, nos diversos cursos dos OBM de ensino, será
realizada nos domínios das competências cognitivas e operativas, se estiver dentro parâmetros
propostos para o curso específico.

§ 1º. A avaliação, nos domínios das competências cognitivas e operativas, poderá ser
realizada através de Verificação Imediata (VI) e Trabalhos de Julgamento (TJ).

§ 2º. No domínio da competência afetiva o aluno será avaliado através do


acompanhamento e do registro, permanente e contínuo, do comportamento do aluno, nas
diversas situações da vida acadêmica, sendo este acompanhamento realizado pela
Coordenação dos Cursos e pelo Setor de Acompanhamento Psicológico, observando o
seguinte:
48

a) Os critérios da competência afetiva não servem de parâmetros para aprovação


ou reprovação do aluno no curso;

b) A avaliação do domínio da competência afetiva fornece subsídios para


cancelamento da matrícula e desligamento do aluno no curso.

Art. 41. As Verificações Imediatas (VI) serão aplicadas quando o docente julgar
necessário, visando detectar distorções no processo ensino-aprendizagem, não sendo
computado grau para estas verificações em trabalho de Julgamentos.

Art. 42. Constituem Trabalhos de Julgamentos (TJ):

I. Tarefa de Estudo (TE);

II. Trabalho Corrente (TC);

III. Exame Final (EF);

IV. Trabalho Final (TF): Tese, Dissertação, Monografia e Artigo Científico;

V. Prova Final de Curso (PFC).

Art. 43. A Tarefa de Estudo (TE) é a avaliação realizada com a finalidade de avaliar
parte do conteúdo, a fim de que o professor constate o nível de aprendizagem dos alunos.
Estas tarefas poderão ser trabalhos teóricos ou práticos, realizados em atividades de pesquisa,
experimentação ou aplicação de conhecimentos e habilidades, bem como por meio de
verificação imediata.

Parágrafo único: O docente deverá apresentar 01 (uma) nota de TE por matéria,


independentemente do número de Tarefas de Estudo realizadas individualmente ou em grupo.

Art. 44. O Trabalho Corrente (TC) é a avaliação realizada com o fim de avaliar o nível
de aprendizagem dos alunos ao final da matéria de uma ou mais Unidades Didáticas.

Parágrafo único: O grau do TC será obtido através de avaliação individual a ser


realizado em prova padronizada para as diferentes turmas e será elaborada e aplicada por
banca designada pela Divisão de Ensino da ABM, ou pela seção de avaliação das OBM’s de
49

ensino, quando for de interesse do Diretor da ABM.

Art. 45. O Exame Final (EF) é a avaliação realizada com a finalidade de possibilitar
uma segunda oportunidade ao aluno que não obter aprovação em determinada disciplina, será
aplicada após o término a verificação da MFM e abrangerá todos os assuntos ministrados,
tendo por finalidade constatar se o aluno atingiu os objetivos propostos.

§ 1º. O aluno que não obtiver a média de aprovação na matéria, será submetido a
Exame Final.

§ 2º. O aluno que obtiver Média Final da Matéria (MFM), igual ou superior a 7,00
(sete), não realizará o Exame Final.

Art. 46. Nos Cursos de Formação e de habilitação haverá (01) um Trabalho Corrente
(TC) e uma Tarefa de Estudo (TE) por matéria.

Art. 47. Os Trabalhos Correntes (TC), Exames Finais (EF) e Provas Finais de Curso
(PFC) serão elaborados, entre outros, com base no conteúdo disposto em referências
bibliográficas e cadernos temáticos sob a forma de apostila para os cursos de nível superior e
médio, sujeitos a revisão anual por comissão temática designada pelo Diretor da ABM e
coordenada pelo centro de pesquisa e desenvolvimento.

Art. 48. O Trabalho Final (TF) é o estudo minucioso que se propõe a aprofundar um
determinado tema relativamente restrito, incluindo atividades de pesquisa científica que terá
sua denominação e será realizado de acordo o com os seguintes cursos:

I. Artigo Científico, Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em


Políticas e Gestão da Segurança Pública – CEPGSP; Curso Avançado em
Administração Bombeiro Militar – CAABM; e Curso Básico em
Administração Bombeiro Militar – CBABM, podendo ser alterado a fim de
atendender as exigências de proficiência necessárias, a critério do Diretor da
ABM, para:

a) Tese de Doutorado para o Curso de Especialização em Políticas e


50

Gestão da Segurança Pública - CEPGSP;

b) Dissertação de Mestrado para o Curso Avançado em Administração


Bombeiro Militar - CAABM;

II. Monografia, Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Bombeiro Militar -


CSBM;

III. Prova Final de Curso (PFC) – avaliação realizada ao final do Curso de


Formação Bombeiro Militar – CBFBM e do Curso Técnico em Segurança
Pública – CTSP, podendo ser alterado a fim de atender as exigências de
proficiência necessárias, a critério do Diretor da ABM para:

a) Artigo Científico para o Curso Técnico em Segurança Pública –


CTSP;

b) PAPER para o Curso de Formação Bombeiro Militar – CBFBM.

Art. 49. A Prova Final de Curso (PFC) é a avaliação realizada ao final do curso,
quando tiver mais de uma turma frequentando o curso concomitantemente, confeccionada
pela Divisão de Ensino da ABM, com vistas a uma classificação geral e avaliação sobre os
objetivos e a qualidade do ensino.

Parágrafo único: Poderá ser dispensada, a critério do Diretor da ABM, nos cursos onde
os Trabalho Corrente (TC) escritos, forem elaborados e aplicados por banca de avaliação.

Art. 50. No que tange aos orientadores é necessário observar o seguinte:

I. O orientador (metodológico) será indicado pelo aluno e o co-orientador (de


conteúdo) pelo orientador, sendo que ambos deverão ser aprovados pelo Chefe
da Divisão de Ensino da ABM, que analisará sua titulação acadêmica e
experiência profissional.

II. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, juntamente com a Divisão de


Ensino, formularão, periodicamente, lista constando sugestões de orientadores
metodológicos.

III. O co-orientador (de conteúdo) será opcional.

IV. Deverá constar no trabalho, quando encaminhado para a apreciação da banca


51

julgadora, o atestado liberatório do orientador (metodológico).

Art. 51. A Designação dos Temas será regulada em norma específica expedida pelo
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento.

I. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento disponibilizará permanentemente


uma relação com sugestões de temas para o desenvolvimento das pesquisas;

II. O prazo para a definição do tema de pesquisa obedecerá ao previsto no plano


do curso.

III. O tema a ser escolhido deverá ser atinente às atividades da Corporação e estará
sujeito à aprovação do Chefe do CENTRO DE PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO.

IV. O projeto de pesquisa deverá seguir o modelo definido pelo Centro de Pesquisa
e Desenvolvimento e a orientação do professor de Metodologia Científica.

Art. 52. Característica do Trabalho:

I. Deverá ser apresentado segundo as normas da ABNT;

II. A profundidade deve predominar em relação à extensão;

III. Deve evidenciar a posição dos autores;

IV. É indispensável o uso adequado da linguagem e a correção gramatical;

V. Deverá observar a terminologia, as siglas, à simbologia e as abreviaturas


adotadas na Corporação e complementarmente às Normas da ABNT;

VI. Deverá empregar bibliografia atualizada e compatível com o trabalho


apresentado;

VII. O trabalho será realizado sob a supervisão do Centro de Pesquisa e


Desenvolvimento, que comporá banca de professores da disciplina de
Metodologia Científica.

Art. 53. A Apresentação do Trabalho deverá observar as normas internas previstas na


Corporação e reguladas em Nota de Serviço, expedida pelo Diretor da ABM, devendo
52

observar as seguintes prescrições:

I. O trabalho escrito desenvolvido pelos Alunos Oficiais deverá ser entregue na


data e horários fixados, em duas vias impressas, sendo que somente serão
aceitos os trabalhos que tenham sido liberados pelos orientadores
metodológicos e de conteúdo conforme formulário próprio, entregue junto com
o trabalho, como segue:

a) 03 (três) vias encadernadas em espiral e em formato digital, que serão


banca examinadora pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento;

b) 02 (duas) vias encadernadas com capa dura na cor verde, com letras em
dourado, e uma cópia em mídia digital no formato “PDF” entregue em
5 (cinco) dias úteis após a sustentação oral.

II. A sustentação oral dos trabalhos obedecerá a seguinte distribuição de tempo:


até 20 (vinte) minutos para a apresentação do trabalho, 10 (quinze) minutos
para perguntas por parte da banca examinadora e respostas do Aluno-Oficial;
10 (dez) minutos para reunião da banca examinadora.

SUBSEÇÃO II

Aproveitamento Escolar

Art. 53. O aproveitamento escolar será verificado da seguinte maneira:

I. A Média Final na Matéria (MFM) será calculada pela média ponderada, do TE


com peso 1 (um) e do TC com peso 2 (dois), segundo a fórmula:

MFM = TE + 2 x (TC)
3

II. Se MFM resultar inferior a 7,00 (sete), o aluno será submetido a Exame Final.
Nesse caso, a média final da matéria será calculada pela média ponderada, do
TE com peso l (um), do TC com peso 2 (dois) e do EF com peso 2 (dois),
segundo a fórmula:
53

MFM = TE + 2 x (TC) + 2 x (EF)


5

III. No Exame Final, se a MFM for inferior a 7,00 (sete), o aluno reprovado de
acordo com o inciso I, do art. 72 deste RI.

Parágrafo único: nos cursos ou treinamentos de aperfeiçoamento e especializações


operacionais, o processo de rendimento e aproveitamento escolar poderá ser alterado, pelo
Diretor da ABM, mediante proposta do conselho de ensino ou de comissão especial, conforme
as peculiaridades de cada disciplina.

Art. 54. Nos cursos em que for exigido como Trabalho Final (TF) a elaboração de
Artigo ou Monografia, deverá ser realizado e apresentado obedecendo às normas da ABNT,
sob forma de trabalho científico, sendo a avaliação da seguinte forma:

I. Responsabilidade: a avaliação do trabalho escrito e da sustentação oral do


trabalho final será de responsabilidade do orientador metodológico e dois
outros integrantes indicados pelo Centro de Pesquisa;

II. A nota do Trabalho Final será composta pelas notas do trabalho escrito (T
Escr) e a nota da sustentação oral (SO);

III. Os critérios para a avaliação do Trabalho Final estão contidos nos instrumentos
de avaliação dispostos pela ABM;

IV. As duas etapas do Trabalho Final (T Escr e SO) serão avaliadas distintamente,
cabendo a cada uma delas um grau correspondente, que somados
corresponderão à nota final de cada aluno, sendo obrigatórias as duas etapas;

V. Perda de Pontos (escores): o não cumprimento dos prazos fixados para a


entrega do trabalho escrito resultará em perda de 0,3 pontos por dia de atraso,
no grau final do trabalho;

VI. Fica estabelecido que, para efeitos de descontos por dia de atraso, no grau final
do trabalho, serão considerados apenas os dias de expediente administrativo da
ABM.

VII. Na falta de um dos integrantes da Banca Avaliadora, a nota do Trabalho Final


54

será composta pela média ponderada das avalições dos presentes;

VIII. Em caso de atraso ou de impossibilidade do comparecimento de avaliador


anteriormente nomeado, poderá o Diretor da ABM designar novo avaliador “ad
hoc” na data e horário designado a sustentação oral.

Art. 55. A Média do Trabalho Final (MTF) no curso é a média aritmética do Trabalho
Escrito (T Escr) e o grau obtido na Sustentação Oral (S0), segundo a seguinte fórmula:

MTF = 2 x (T Escr) + (SO)


3

Art. 56. A Média Geral das Matérias (MGM) será calculada pela média aritmética da
Soma das Médias Finais das Matérias (MFM) dividido pelo número de matérias (NM),
segundo a fórmula:

MGM = Σ MFM
NM

Parágrafo único: Para fins de classificação no curso, a nota a ser considerada como
Média Final da Matéria (MFM), será o equivalente ao cálculo constante somente no inciso I
do art. 53, não sendo computada a nota da EF para fins de cálculo da Média Final do Curso
(MFC).

Art. 57. A Média Final dos Cursos é a média ponderada da Média Geral das Matérias
(MGM) com peso 9 (nove), e do Trabalho Final (TF) com peso 1 (um), segundo a fórmula:

MFC = 9 x (MGM) + TF
10

Parágrafo único. As médias de que trata o presente artigo serão calculadas até
centésimos, exceto a MFC, que será até milésimos.
55

Art. 58. Aos alunos, deve ser dado conhecimento da realização de trabalhos correntes
(TC) e Exames Finais (EF) com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas através de
quadro horário atualizado entregue pela Seção de Ensino ao Chefe de Turma.

SUBSEÇÃO III

Dos Cursos de Carreira de Nível Médio do Corpo de Bombeiros Militar

Art. 59. Os Cursos de Carreira de Nível Médio serão constituídos pelo Curso Básico
de Formação Bombeiro Militar (CBFBM), e pelos Cursos de habilitação, sendo eles o Curso
Técnico em Segurança Pública (CTSP) e o Curso Básico em Administração Bombeiro Militar
(CBABM), serão estruturados de acordo com o previsto na Leis de Ensino Estaduais e nas
normas internas aprovadas pelo Diretor da ABM.

Art. 60. O Curso Básico de Administração Bombeiro Militar (CBABM) será


desenvolvido como Curso Superior de Tecnologia em Gerenciamento de Emergências e
Defesa Civil, e obedecerá aos seguintes pressupostos:

I. Destinado aos 1º Sargentos e constitui pré-requisito para a promoção ao posto


de 1º Tenente;

II. Direcionado a formar, com solidez teórica e prática, o 1º Tenente, do Quadro


Tenentes de Bombeiro Militar (QTBM), que tem como pré-requisito a
conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Gerenciamento de
Emergências e Defesa Civil;

III. Visa tornar o concludente apto ao comando de órgãos de baixa complexidade e


de pequenas frações de tropa, à análise e administração de processos, por
intermédio da utilização ampla de conhecimentos na busca de soluções para os
variados problemas pertinentes às funções técnicas de bombeiro militar, de
proteção contra incêndio e de execução das atividades de defesa civil, em
conformidade com a filosofia de tutela da vida, além de outras definidas em
lei.
56

Art. 61. O ingresso no Curso Básico de Administração Bombeiro Militar (CBA) dar-
se-á por antiguidade e por processo seletivo interno, que inclui prova de conhecimentos
profissionais, além de outras especificações definidas pelo Comando da Corporação.

§ 1º. Para o ingresso no Curso Básico de Administração Bombeiro Militar (CBA) por
critério de antiguidade, o processo seletivo será de caráter eliminatório, se dará da seguinte
forma:

I. Primeira fase: Nivelamento Teórico, sendo realizado e executado pela


ABM, com nota mínima para aprovação de sete pontos;

II. Segunda fase: Exame de Saúde;

III. Terceira fase: Exame Físico;

§ 2º. Para o ingresso no Curso Básico de Administração Bombeiro Militar (CBA) por
critério de merecimento, o processo seletivo será de caráter eliminatório e classificatório, se
dará da seguinte forma:

I. Primeira fase: Exame Intelectual, sendo realizado e executado pela ABM,


com nota mínima para aprovação de sete pontos;

II. Segunda fase: Exame de Saúde;

III. Terceira fase: Exame Físico;

§ 3º. Para aprovação no Curso Básico de Administração Bombeiro Militar (CBA),


após o término das aulas, o Militar Estadual deverá entregar um Artigo Científico como
Trabalho de Conclusão de Curso.

Art. 62. O Curso Técnico em Segurança Pública (CTSP) será desenvolvido como
Curso Superior de Complementação de Estudos, e obedecerá aos seguintes pressupostos:

I. Destinado aos 3º Sargentos e Soldados e constitui pré-requisito para a


promoção à graduação de 2º Sargento;

II. Direcionado a qualificar profissionalmente o Sargento, promovendo a sua


habilitação técnica, humana e conceitual para o exercício consciente,
responsável e criativo das funções de liderança, gestão e assessoramento, nos
limites de suas atribuições hierárquicas;
57

III. Visa dotar o concludente de capacidade de análise de questões atuais que


envolvam o comando na execução das funções de bombeiro militar, de
proteção contra incêndio, buscas e salvamentos, e, de execução das atividades
de defesa civil, além de outras definidas em lei;

IV. O ingresso no Curso Técnico em Segurança Pública dar-se-á por antiguidade e


por processo seletivo interno, que inclui prova de conhecimentos profissionais,
além de outras especificações definidas pelo Comando da Corporação.

§ 1º. Para o ingresso no Curso Técnico em Segurança Pública (CTSP) por critério de
antiguidade, o processo seletivo será de caráter eliminatório, se dará da seguinte forma:

I. Primeira fase: Nivelamento Teórico, sendo realizado e executado pela


ABM, com nota mínima para aprovação de sete pontos;

II. Segunda fase: Exame de Saúde;

III. Terceira fase: Exame Físico;

§ 2º. Para o ingresso no Curso Técnico em Segurança Pública (CTSP) por critério de
merecimento, o processo seletivo será de caráter eliminatório e classificatório, se dará da
seguinte forma:

I. Primeira fase: Exame Intelectual, sendo realizado e executado pela ABM,


com nota mínima para aprovação de sete pontos;

II. Segunda fase: Exame de Saúde;

III. Terceira fase: Exame Físico;

§ 3º. Para aprovação no Curso Técnico em Segurança Pública (CTSP), após o término
das aulas, poderá ser exigido ao Militar Estadual a entrega de um Artigo Científico como
Trabalho de Conclusão de Curso.

Art. 63. O Curso Básico de Formação Bombeiro Militar (CBFBM) será desenvolvido
como Curso Superior de Formação Específica, e obedecerá aos seguintes pressupostos:

I. Destinado a todo brasileiro que possua o Ensino Médio ou Equivalente


concluído e constitui pré-requisito para a formação da graduação de soldado;

II. Destinado a qualificar tecnicamente o Soldado, dotando-o de uma visão


sistêmica dos principais enfoques necessários para análise e execução, de
58

forma produtiva, das funções próprias de bombeiro militar, de proteção contra


incêndio, buscas e salvamentos, de saúde e de execução das atividades de
defesa civil, além de outras atribuições definidas em lei.

Art. 64. Os Militares Estaduais que concluírem os cursos previstos nesta Seção, a
critério do Diretor da ABM e cumprido os requisitos exigidos, poderão receber a seguinte
titulação:

I. O 1º Sargento, que possuir os demais requisitos legais, que concluir o Curso


Básico de Administração Bombeiro Militar (CBABM) Curso Superior de
Tecnologia em Gerenciamento de Emergências e Defesa Civil obterá o título
de “Tecnólogo em Gerenciamento de Emergências e Defesa Civil”;

II. O 3º Sargento e o Soldado, com os demais requisitos legais, que concluírem o


Curso Técnico em Segurança Pública (CTSP) /Curso Superior de Tecnologia
em Coordenação de atividades de Bombeiro Militar obterá o título de
“Tecnólogo em Coordenação de atividades de Bombeiro Militar”;

III. O Aluno-Soldado que concluir o Curso Básico de Formação Bombeiro Militar


(CBFBM) /Curso Superior de Tecnologia em Aplicação de Bombeiro Militar
obterá o título de “Tecnólogo em Ciências Aplicadas de Bombeiro Militar”.

SUBSEÇÃO IV

Dos Cursos de Carreira de Nível Superior do Corpo de Bombeiros Militar

Art. 65. O Curso de Graduação, (CSBM), será estruturado de acordo com o previsto
na Lei de Ensino dos Militares estaduais, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e
nas normas internas aprovadas pelo Diretor da ABM, caracterizando a formação específica, e
obedecerá aos seguintes pressupostos:

I. Destinado aos Alunos-Oficiais egressos da vida civil e da Carreira de Nível


Médio da Corporação possuidores dos requisitos legais de investidura na
Carreira de Nível Superior do Corpo de Bombeiros Militar e constitui pré-
59

requisito para a promoção ao posto de Capitão do Quadro de Oficiais de


Estado Maior (QOEM);

II. Visa a capacitação para o exercício de suas funções nas respectivas áreas de
atuação em comando e gestão da atividade profissional vinculada às funções de
bombeiro militar, de proteção contra incêndio, buscas e salvamentos, de saúde
e de execução das atividades de defesa civil.

§ 1º O ingresso no Curso Superior de Bombeiro Militar dar-se-á mediante concurso


público de provas e títulos com exigência de diplomação no Curso de Ciências Jurídicas e
Sociais, que o habilitará a, também ingressar no QOEM, no posto de Capitão, por ato do
Governador do Estado, depois de concluída a formação específica, através de aprovação no
CSBM.

§ 2º Para aprovação final no Curso Superior de Bombeiro Militar (CSBM), após o


término das aulas, o Militar Estadual deverá entregar e apresentar uma Monografia como
Trabalho de Conclusão de Curso, submetendo-se à análise de banca avaliadora.

Art. 12. As modalidades de ensino previstas nesta seção serão ministradas,


exclusivamente, por meio de cursos específicos desenvolvidos no Corpo de Bombeiros
Militar.

Art. 66. A ABM poderá, além dos cursos previstos nesta seção, desenvolver, mediante
bolsas de estudos a serem ofertadas para Oficiais e Praças em processo seletivo, cursos de
Mestrado e Doutorado acadêmicos, podendo, para esse fim, firmar convênio com Instituição
de Ensino Superior legalmente reconhecida pelo MEC.

Art. 67. O Aluno-Oficial que concluir o Curso Superior de Bombeiro Militar – CSBM,
será declarado Capitão, primeiro posto da Carreira Jurídica Bombeiro Militar, do Quadro de
Oficiais de Estado-Maior, e obterá o título de “Bacharel em Ciências Militares – Gestão de
Proteção Contra Incêndio e Defesa Civil”;
60

SUBSEÇÃO V

Cursos de Especialização

Art. 61. O Curso de Especialização em Políticas e Gestão da Segurança Pública –


CEPGSP e o Curso Avançado em Administração Bombeiro Militar – CAABM, os quais
asseguram a qualificação profissional específica dos Oficiais da carreira de nível superior,
propiciando a ocupação de cargos e o desempenho de funções que exijam conhecimentos e
práticas especializadas, serão estruturados de acordo com o previsto nas leis de ensino e nas
normas internas aprovadas pelo Diretor da ABM.

Art. 62. Conforme o disposto no Art. 25 e Art. 43 da Lei Estadual Nº 12.577, de 19 de


julho de 2006 (Lei de Promoção dos Oficiais), os cursos previstos no caput deste artigo serão
realizados em duas fases, da seguinte forma:

IV. Primeira fase: Nivelamento Teórico que é obrigatório, cuja nota mínima
é sete pontos, não será considerada para efeitos de cômputo de pontos
negativos, mas, por ser a primeira parte do curso, integrará o somatório
das notas para classificação final do curso;

V. Segunda fase: formação específica, composta pelas disciplinas previstas


no programa de matérias do respectivo curso e do Trabalho de Conclusão
de Curso (Monografia/Dissertação/Tese);

VI. A Academia de Polícia Militar informará ao Departamento de Ensino, e


este publicará em edital, as obras indicadas para o estudo dos oficiais que
realizarão o Nivelamento Teórico no CAABM e CEPGSP;

VII. O Nivelamento Teórico e a formação específica serão realizados e


executados pela ABM.

Art. 63. O Curso de Especialização em Políticas e Gestão em Segurança Pública e


Defesa Civil (CEPGSPDC) obedecerá aos seguintes pressupostos:

I. É destinado aos oficiais superiores e constitui pré-requisito para a promoção ao


61

posto de Coronel;

II. Visa proporcionar a formação científica acadêmica aprofundada e de alto nível


em pesquisa e docência, incorporando os avanços dos estudos organizacionais
e da estratégia em organizações;

III. É direcionado à continuidade da formação profissional do Oficial Superior


para o exercício das funções de Comando, Direção e Chefia da gestão
estratégica de Alta e Média Complexidade nas áreas de proteção contra
incêndio, buscas e salvamentos, de saúde e de execução das atividades de
defesa civil, bem como no assessoramento governamental em segurança
pública.

Parágrafo único: Os Militares Estaduais que concluírem o curso previsto neste artigo,
a critério do Diretor da ABM e cumprido os requisitos exigidos, poderão receber a titulação
de “Doutor em Ciências Militares – Políticas e Estratégias de Proteção Contra Incêndio e
Defesa Civil;

Art. 64. O Curso Avançado de Administração Bombeiro Militar (CAABM) obedecerá


aos seguintes pressupostos:

I. É destinado aos oficiais intermediários e constitui pré-requisito para a


promoção ao posto de Major;

II. É direcionado para a continuidade da formação científica, acadêmica e


profissional, capacitando-o à pesquisa científica, à análise, ao planejamento e
ao desenvolvimento, em alto nível, da atividade profissional de proteção contra
incêndio, buscas e salvamentos, de saúde e de execução das atividades de
defesa civil.

Parágrafo único: Os Militares Estaduais que concluírem o curso previsto neste


artigo, a critério do Diretor da ABM e cumprido os requisitos exigidos, poderão receber a
titulação de “Mestre em Ciências Militares – Planejamento de Proteção e Defesa Civil;
62

SUBSEÇÃO VI

Recursos

Art. 65. Nos cursos de Formação, Habilitação, Graduação, Especialização e Extensão,


os alunos poderão recorrer do grau final atribuído aos Trabalhos de Julgamento (TJ) e às
avaliações do Trabalho Escrito, prático e sustentação oral, quando houver, em prazo de até
quarenta e oito (48) horas após a divulgação do item a ser recursado, através de requerimento
devidamente fundamentado, justificando os motivos para cada item, dirigido ao Chefe da
Seção de Ensino.

§ 1º. Se o recurso for tempestivo e fundamentado o Chefe da Seção de Ensino da


OBM ou ao Chefe da Divisão de Ensino da ABM, quando for o caso deste ser o responsável
pela elaboração e aplicação do TJ.

§ 2º. Após o recebimento poderá ser encaminhado para o conhecimento e


manifestação do professor da disciplina, o qual deverá emitir parecer fundamentado no prazo
de quarenta e oito (48) horas, sendo que no caso de a disciplina ser instruída por mais de um
instrutor, poderá ser nomeado um instrutor para avaliação do recurso.

§ 3º. Para instrução o Chefe da Seção de Ensino poderá ordenar a realização de


diligências e ouvir outros docentes que possuam notório conhecimento na matéria.

§ 4º. Após a coleta das informações necessárias o Chefe da Seção de Ensino julgará o
recurso por decisão fundamentada, cientificando o recorrente sobre seu conteúdo.

§ 5º. Nos cursos de formação integrada, inexistindo normas reguladoras do direito de


revisão de graus atribuídos aos TJ, através de Nota Técnica específica, aplicar-se-á o previsto
neste RI.

§ 6º. Os recursos do CEPGSP/EaD deverão ser encaminhados ao Tutor Master, e na


falta deste ao Diretor da Academia.

Art. 66. Quando do julgamento de um recurso houver a anulação de um item, questão


ou parte da avaliação os escores serão recalculados, atribuindo o valor da questão anulada
como correta para todos os alunos na pontuação geral da avaliação.
63

SUBSEÇÃO VII

Revisão de Prova

Art. 67. Qualquer aluno regularmente matriculado poderá requerer e o Chefe da


Divisão de Ensino poderá ordenar, de ofício, a revisão de avaliação quando em um TJ, ou
determinada questão dele, o índice de dificuldade do resultado for definido como muito fácil
ou muito difícil.

§1º. Para revisão de avaliação a Seção de avaliação realizará a verificação técnica do


TJ ou de questão específica, por meio de uma banca nomeada com integrantes com notório
conhecimento da matéria, juntamente com o instrutor, sob coordenação do Chefe da Divisão
de Ensino da ABM.

§2º. A banca de avaliação técnica recomendará o procedimento adequado, de acordo


com a sua decisão, para a seção competente de ensino, com vistas à reavaliação da questão ou
do Trabalho de Julgamento em análise.

SUBSEÇÃO VIII

Disposições Gerais dos trabalhos de julgamento

Art. 68. Os Trabalhos para Julgamento (TJ) dos cursos de Formação, Habilitação,
Graduação, Especialização e Extensão, não previstos neste RI serão definidos de acordo com
a característica do curso a ser realizado e serão estabelecidos nos RI dos OBM de ensino ou
Edital do Curso.

Art. 69. Quando da aplicação de TJ que envolver atividades práticas o professor


poderá utilizar meios de captação de imagens e/ou áudios para registro e análise posterior do
desempenho individual do aluno.

Parágrafo único. Os arquivos audiovisuais captados, após analisados, deverão ser


64

entregues na sua integralidade à Seção de Ensino dos OBM de ensino, não podendo o
instrutor delas fazer uso ou dispor.

Art. 70. As condições particulares referentes à confecção, à apresentação e à avaliação


dos Trabalhos de Julgamento de cada Curso, poderão ser reguladas em manual próprio de
cada curso, notas técnicas ou Regimentos dos OBM de ensino, devendo ser disponibilizado
aos alunos por ocasião do início do Curso.

SUBSEÇÃO IX

Aprovação

Art. 71. Nos Cursos Formação, Habilitação, Graduação, Especialização e Extensão,


será considerado aprovado o Aluno que:

I. Em cada matéria obtiver a Média Final da Matéria (MFM) igual ou superior a


7,0;

II. Obtiver Média Final no Curso (MFC), igual ou superior a 7,0;

III. Não for enquadrado em um dos itens de reprovação do Art. 72, do presente RI.

SUBSEÇÃO X

Reprovação

Art. 72. Nos Cursos de Formação, Habilitação, Graduação, Especialização e Extensão


será reprovado o Aluno que:

I. Não atender ao prescrito para aprovação no respectivo curso;

II. Cometer infração penal, falta disciplinar grave ou for punido de acordo o
Regulamento Disciplinar da Brigada Militar, que o torne incompatível para
65

permanecer no estabelecimento de Ensino, e demais regulamentos que regem


conceitos disciplinares de ensino e parâmetros educacionais

III. Fraudar a realização e/ou as vistas a qualquer Trabalho de Julgamento e/ou


Tarefa de Estudo, deixando de observar procedimentos previamente
estabelecidos para a realização do mesmo, comprometendo as normas e ao
regime disciplinar a que está sujeito, bem como utilizar meios ilícitos para a
obtenção de resultados favoráveis em quaisquer formas de avaliação, neste
caso será atribuído grau zero (0,00);

IV. Obtiver nota zero (0,00) em qualquer Trabalho de Julgamento.

V. Faltar percentual superior a 30% (trinta por cento) do número de aulas em


qualquer disciplina, exceto em casos de doença ou moléstia contraída em
atividade de serviço ou em instrução curricular ou extracurricular, determinada
pela Escola. Ainda, em casos de doenças infectocontagiosas, definidas pelo
Ministério da Saúde, contraídas após ser matriculado em curso;

VI. Perder mais de 10% (dez por cento) de pontos do total previsto para o Curso;

VII. Ingressar no comportamento “INSUFICIENTE”;

VIII. Ser condenado em decisão irrecorrível por crime doloso, militar ou comum,
que o incompatibilize a permanecer no estabelecimento de ensino, mesmo que
não incida no inciso II deste artigo.

§ 1º O desligamento do respectivo curso implica apenas na perda da condição de


aluno, que após desligado, retornará à situação anterior à matrícula.

§ 2º Em casos de doença ou moléstia contraída em atividade de serviço ou em


instrução curricular ou extracurricular, determinada pela Escola. Ainda, em casos de doenças
infectocontagiosas, definidas pelo Ministério da Saúde, contraídas após ser matriculado em
curso, as faltas serão avaliadas pelo Chefe da Divisão de Ensino, após parecer do Conselho
Assessor de Ensino.

§ 3º Em caso de alteração de legislação sobre os aspectos disciplinar, deverá esse


regulamento adequar-se à lei vigente.
66

SEÇÃO V

MATRÍCULA

SUBSEÇÃO I

Condições para Matrícula

Art. 73. As condições de matrícula nos cursos serão as que seguem, além das fixadas
em Edital:

I- Não estar agregado, com base no Art. 92 da Lei nº 10.990, de 18 de agosto de 1997
(Estatuto dos Militares Estaduais), excetuados os casos previstos no item “I” e na letra “M”
do item III, do parágrafo 1º do mesmo dispositivo legal;

II- Não estar em gozo de licença de tratamento de saúde própria ou de pessoa da


família, Licença para tratar de Interesse Particular, ou de qualquer outra licença equivalente,
cujo afastamento seja superior a trinta dias;

III- Não estar sendo submetido a Conselho de Justificação ou Disciplina;

IV- Estar no mínimo no comportamento “BOM”;

V- Não estar cumprindo pena e/ou estar cumprindo “Sursis”, por sentença da Justiça
Militar ou Comum.

SUBSEÇÃO II

Disposições Gerais para Matrícula

Art. 74. As disposições do artigo anterior também serão aplicadas aos alunos de outras
Organizações indicados para frequentarem os cursos ministrados nos OBM de Ensino.

Art. 75. Os alunos constituirão grupamentos, de acordo com os respectivos cursos,


67

ficando subordinados administrativamente às respectivas OBM de ensino.

Art. 76. O Aluno matriculado em curso, para efeito escolar, será denominado:

I. No CSBM: Aluno-Oficial;

II. No CAABM/CEPGESP e nos demais cursos de Especialização e de Extensão


para Oficiais: Oficial-Aluno;

III. No CBABM: Aluno-Tenente;

IV. No CTSP: Aluno-Sargento;

V. No CBFBM: Aluno-Soldado.

Parágrafo Único – Nos cursos da modalidade a distância, estas nomenclaturas poderão


ser revistas e disciplinadas nos Manuais do Curso e do Aluno dos respectivos cursos.

Art. 77. O Bombeiro Militar em curso, não pertencente ao efetivo dos OBM de
Ensino, terá sua situação de movimentação regulada conforme legislação em vigor, enquanto
que os Bombeiros Militar que estiverem em curso na modalidade a distância frequentarão o
curso concomitantemente com as atividades administravas e operacionais.

Art. 78. Os candidatos de outros Corpos de Bombeiros Militares, Forças Armadas e


Instituições Civis permanecerão adidos aos OBM de Ensino durante o respectivo período de
Curso.
68

SEÇÃO VI

FREQUÊNCIA

Art. 79. A frequência e a participação nos trabalhos escolares são obrigatórias para
todos os alunos, sendo que aqueles alunos que estiverem em Dispensa da Educação Física e
Instrução Movimentada, nas aulas práticas receberão falta, e os que tiverem com Dispensa do
Uso do Calçado, nas aulas em que não puder praticar receberão falta.

§1º O aluno em Dispensa da Educação Física e Instrução Movimentada e Dispensa do


Uso do Calçado, não poderá ausentar-se das dependências dos OBM de Ensino no horário
escolar.

§2º O aluno que faltar as atividades curriculares por ter contraído doença ou moléstia
em atividade de serviço ou em instrução curricular ou extracurricular, ainda por doença
infectocontagiosa, conforme definido pelo Ministério da Saúde, PODERÃO TER “terão” as
aulas recuperadas, terão as aulas recuperadas, dentro do período de desenvolvimento do curso,
conforme avaliação do Conselho Superior de Ensino.

§3º Os Trabalhos de Julgamento não realizados durante afastamento por motivo de


doença serão realizados durante o desenvolvimento da disciplina, de acordo com calendário
pré-estabelecido pela Seção de Ensino.

Art. 80. O número máximo de faltas que o aluno poderá alcançar em uma disciplina
curricular é o correspondente a 30% (trinta por cento) da carga horária da disciplina.

Parágrafo único. As faltas decorrentes de serviço determinado pelo Comandante da


OBM de Ensino, Chefe da Divisão de Ensino ou Diretor da ABM, atendimento à convocação
judicial, acidente em serviço ou instrução, luto, licença paternidade, pandemia, moléstia
grave, e por doação de sangue quando previamente autorizado pelo Comandante do OBM de
Ensino, Chefe da Divisão de Ensino ou Diretor da ABM, poderão por estes ser abonada, com
base em parecer do Conselho Assessor de Ensino.

Art. 81. A falta às aulas de alunos será registrada no Controle de Faltas pelo Chefe de
Turma, e será comunicada ao professor ou instrutor o qual fará o registro no Diário de Classe.
69

Art. 82. Para cada falta às instruções curriculares será atribuída a respectiva pontuação
conforme descrita no artigo seguinte.

Parágrafo único. O desconto de pontos por faltas não justificadas não exime o aluno,
de qualquer curso, de apreciação disciplinar, na conformidade do regulamento disciplinar
adotado no Corpo de Bombeiros Militar.

Art. 83. Atribuição de pontos perdidos:

I. Para faltas justificadas:

a) 00 (Zero) ponto: quando a falta à aula for por motivo de: serviço
determinado pelo OBM de Ensino; atendimento à convocação judicial;
acidente em serviço ou instrução curricular ou extracurricular
determinada pela Escola; luto; licença paternidade; por doação de
sangue quando previamente autorizado pelo Comandante do OBM de
Ensino e em casos de doenças infectocontagiosas, conforme definição
do Ministério da Saúde, contraídas após matrícula em curso;

b) 0,5 (meio) ponto por hora- aula: quando a falta for por motivo de
acidente, doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e efeito
com o serviço, gestação; demais situações que independem da vontade
do aluno e o impeçam de comparecer aula, quando a falta for por
motivo de doença em pessoa da família e sinistros da natureza, núpcias;

c) 1,0 (um) ponto por hora-aula: quando a falta for por motivo de dispensa
previamente solicitada pelo aluno, não enquadrado nos números
anteriores.

I. Para faltas não justificadas: 2(dois) pontos por hora-aula, por motivo de falta
não enquadrada no inciso anterior.

§ 1º. Para efeito de cálculo, cada hora-aula corresponde a 1(um) ponto;


consequentemente, a carga-horário total do curso equivale a igual número de pontos;

§ 2º. As dispensas temporárias que implicam em limitação para o cumprimento dos


objetivos estabelecidos no currículo de cada matéria serão consideradas faltas, previstas no
inciso I, alínea “c” do presente artigo.
70

SEÇÃO VII

DESLIGAMENTO E DO CANCELAMENTO DE MATRÍCULA

Art. 84. Será desligado o aluno que concluir o respectivo curso com aproveitamento.

Art. 85. Será desligado do curso em que estiver matriculado o aluno que não o
concluir com aproveitamento.

Art. 86. Terá cancelada a matrícula com desligamento do curso o Aluno que:

I. For reprovado, de acordo com o art. 72 deste RI;

I. Estiver em período de gestação e devidamente atestada pela Junta Médica


Militar a impossibilidade de executar as atividades discentes, repercutindo em
excesso de faltas ou pontos perdidos.

II. Tiver deferido seu requerimento de desligamento do curso.

§1° A Aluna que estiver em período de gestação será empregada em atividades


auxiliares, conforme a regulamentação interna do CBMRS, no OBM onde foi classificada ou
incluída para fins de curso.

§2° O Aluno do CSBM ou CBFBM, que tiver sua matrícula cancelada ou for
desligado do respectivo curso, com direito a rematrícula, deverá aguardar novo curso em
OBM de Ensino.

Art. 87. A permanência ou não na Corporação, bem como a reversão ao quadro


anterior, do aluno que tiver matrícula cancelada, com desligamento do curso, será regida pela
legislação em vigor, cabendo aos Comandantes dos OBM de Ensino a adoção de medidas
administrativas atinentes, tempestivamente, e o devido encaminhamento a ABM.

Art. 88. Será dado conhecimento do ato de desligamento diretamente ao aluno


desligado por meio de documento da autoridade administrativa competente, apontando:
71

I. Os motivos de fato e de direito que motivaram o ato;

II. O prazo para eventual recurso desse ato, nos termos da legislação vigente.

SEÇÃO VIII

REMATRÍCULA E APROVEITAMENTO DE CURSO

SUBSEÇÃO I

Cursos Formação, Habilitação, Graduação, Especialização e Extensão

Art. 88. A rematrícula será concedida uma única vez, para o curso seguinte àquele em
que o aluno foi desligado, satisfeitas as condições de matrícula estabelecidas na legislação
vigente.

Parágrafo Único. Considerando aspectos operacionais, administrativos e de recursos


pedagógicos, o Diretor da ABM poderá deferir a rematrícula para estabelecimento de ensino
ou localidade diversa daquela em que o pretendente adquiriu o direito.

Art. 89. Terá direito a rematrícula prevista no artigo anterior, o Militar Estadual que
tiver cancelada a matrícula no curso anterior, quando atender o disposto abaixo:

I. Ser reprovado de acordo com o § 2º, do art. 72 deste RI;


II. Ser aluno do CBFBM e/ou CSBM e reprovar de acordo com o art. 72 deste
RI, exceto no quando incidir nos incisos II, III e VIII do art. 72 deste RI;
III. Estar no mínimo no comportamento bom;

IV. As Militares Estaduais que tiveram o cancelamento da matrícula por motivo


de gestação;
V. Os Militares Estaduais que tiveram o cancelamento da matrícula por motivo
de incapacidade temporária;
VI. Obter aprovação nos exames de saúde e físico;
72

VII. Satisfazer todas as condições de matrícula estabelecidas nos respectivos


editais de Concursos e do art. 73 deste RI;

Art. 90. Quando o aluno for julgado “Incapaz temporariamente” por uma Junta Militar
de Saúde e não puder acompanhar o desenvolvimento do curso ou ano, terá sua matrícula
cancelada, não sendo a rematrícula decorrente contada para os efeitos do artigo 88 deste
Regimento, desde que a doença, moléstia ou enfermidade adquirida, tenha relação de causa e
efeito às condições inerentes ao ensino e ao serviço, a que, obrigatoriamente são submetidos
os alunos dos diversos cursos da Corporação, ou ainda, no caso da inexistência dessa relação,
não haja o aluno contribuído de qualquer forma para a ocorrência da causa de sua
incapacidade.

§ 1º - A situação de rematrícula, de que trata o caput, somente será concedida uma vez
e nas condições do artigo 88, se for motivada por situação decorrente de saúde; não se
aplicando aos casos de reprovação, estabelecidos no Art. 72 deste Regimento.

§ 2º - O aluno, beneficiado pelo prescrito no parágrafo primeiro deste artigo, se


novamente vier a ser julgado “Incapaz temporariamente”, será desligado do curso, perdendo a
graduação especial, observando-se o que preceitua a Legislação do Serviço Militar, quando
for o caso.

§ 3º - Os alunos que forem julgados incapazes definitivamente para o serviço ativo,


não sendo considerados inválidos e sem estabilidade, nos casos do inciso II do Art. 114, da
Lei Complementar n0 10.990, de 18 de agosto de 1997, terão suas matriculas canceladas, com
desligamento do curso, sem direito a rematrícula, regulando-se sua situação pela legislação
em vigor.

Art. 91. Para ser efetivada a rematrícula, o Militar Estadual deverá estar no mínimo no
comportamento bom, cumprir os requisitos previstos em edital para o referido curso e ser
aprovado nos exames de saúde e físico, bem como ter seu requerimento deferido pelo Diretor
da Academia.
73

SUBSEÇÃO II

Aproveitamento de Curso

Art. 92. O aproveitamento de curso se dará, exclusivamente, quando o requerente, sob


a égide da Justiça, tiver concluído, com aprovação, todo o currículo do curso e, somente será
concedido uma vez e para o mesmo curso, exclusivamente, na próxima edição, desde que esta
aconteça dentro do prazo de até dois anos a contar do término do curso concluído.

Art. 93. Aos alunos que realizaram os cursos de forma precária, por medida liminar,
poderão através de requerimento e deferimento do diretor da Academia de Bombeiro Militar,
solicitar o aproveitamento do curso, desde que esse tenha a mesma estrutura curricular do
curso em qual foi habilitado.

§ 1º O prazo para dar entrada na Academia de Bombeiros, do requerimento solicitando


rematrícula, para os diversos cursos dos OBM de Ensino se não constar expressamente no
edital dos respectivos concursos, será de até 30 dias antes da data prevista em edital para o
início do curso.

§ 2º O Diretor da Academia, poderá nomear Conselho Assessor de Ensino, para


analisar pedido de aproveitamento de disciplinas, sendo de sua competência exclusiva a
homologação do parecer.

SUBSEÇÃO III

Disposições Gerais

Art. 94. O Aluno que tiver deferido seu pedido de aproveitamento de curso
permanecerá em seu OBM de origem, até ser convocado pelo OBM de ensino para participar
dos atos de formatura do respectivo curso.
74

Art. 95. A ABM promoverá o desenvolvimento de cursos e estágios à distância, sendo


equivalentes aos cursos e estágios presenciais determinados pela legislação vigente.

SEÇÃO IX

REGIME ACADÊMICO

SUBSEÇÃO I

Divisão do Ano Acadêmico

Art. 96. O ano acadêmico compreenderá:

I. Ano letivo;

II. Época de exames finais;

III. Recesso;

IV. Período de férias.

Art. 97. Ao término de cada ciclo, em cursos com duração superior a um ano, os
alunos que atingirem índices suficientes para aprovação sem a realização de exames, terão
recesso das atividades de ensino e de serviço.

Parágrafo único. No período de recesso serão aplicados os exames aos alunos que não
atingirem a média prevista para aprovação sem exames.

Art. 98. Em todos os cursos com duração igual ou superior a 12 (doze) meses,
conforme disposição legal será proporcionado período de férias regulamentares.
75

SUBSEÇÃO II

Regime de Trabalho

Art. 99. As atividades diárias normais dos OBM de Ensino compreenderão:

I. Jornada de aulas de 10 (dez) horas-aulas diárias, podendo ser realizado, em


caráter excepcional, um máximo de 15 (Quinze) horas-aulas diárias destinadas
ao trabalho acadêmico, desde que com aprovação do Diretor da Academia,
publicada em Boletim Interno;

II. De acordo com a excepcional necessidade e o interesse da administração,


poderá ser realizada jornada de aula no final de semana, desde que o
planejamento do OBM de ensino seja aprovado pelo Diretor da Academia e
publicado em Boletim Interno.

III. Atividades do corpo discente, alimentação, higiene, pagamento e recebimento


de material, lazer, esportes e atividades complementares, de instrução e de
estudos, e período de repouso.

§ 1º Cada aula ou sessão compreenderá 45 (quarenta e cinco) minutos de trabalho


docente e discente, com intervalos estabelecidos no planejamento dos OBM de Ensino.

§ 2º As atividades ordinárias dos OBM de Ensino, descritas no presente artigo


observarão o disposto na legislação vigente.

§ 3º As atividades acadêmicas dos OBM de Ensino terão duração não inferior a seis
horas, compreendendo a jornada de aulas e as demais atividades do corpo discente.

Art. 100. O Regime de Trabalho dos servidores civis e militares dos OBM de ensino
deverá ser organizado para atender as necessidades dos cursos, conforme as respectivas cargas
horárias diárias.
76

SUBSEÇÃO III

Conselhos

Art.101. O Conselho Superior de Ensino é um órgão de orientação político-


pedagógica de caráter técnico-consultivo, constituído pelos seguintes integrantes:

I. Subdiretor da Academia de Bombeiro Militar;

II. Chefe da Divisão de Ensino;

III. Demais comandantes, chefes ou diretores dos OBM de Ensino, conforme o


teor e origem do assunto;

IV. Militar com notório saber sobre o assunto em deliberação.

§ 1º O Conselho Superior de Ensino será presidido pelo Oficial mais antigo.

§ 2º O Conselho Superior de Ensino será secretariado pelo Oficial mais moderno do


OBM de Ensino respectivo.

§ 3º O Conselho somente poderá funcionar com a participação mínima de três


membros, onde todos têm direito a voto, não podendo acumular representação de cargos na
sua composição.

Art. 102. Ao Conselho Superior de Ensino compete:

I. Discutir e propor alterações que possam melhorar o rendimento do ensino;

II. Estudar programas elaborados nos OBM de Ensino;

III. Emitir parecer sobre todo o assunto que lhe for proposto pelo Diretor da
Academia;

IV. Emitir parecer sobre a instituição de prêmios, além dos já previstos em


regulamentos;

V. Incentivar, por todos os meios, o aperfeiçoamento das técnicas didáticas e


atualização da cultura profissional dos membros do corpo docente;

VI. Analisar e emitir parecer sobre a conduta ou procedimento do docente, sobre


metodologias e instrumentos de avaliação empregados pelo docente;
77

VII. Planejar e organizar as atividades ligadas ao ensino;

VIII. Avaliar a condução e o rendimento do processo ensino-aprendizagem;

IX. Aprimorar o processo ensino-aprendizagem;

X. Estudar e propor outros assuntos a critério do Diretor da ABM; e

XI. Elaborar parecer analisando a viabilidade de abono de faltas e recuperação de


aulas, previsto neste RI.

Art. 103. O Conselho Assessor de Ensino é um órgão de orientação político-


pedagógica de caráter técnico-consultivo, é poderá ser constituído pelos seguintes integrantes:

I. Diretor da ABM

II. Subdiretor da ABM

III. Cmt do OBM de Ensino;

IV. Chefe da Divisão de Ensino

V. Chefe da Seção de Ensino dos OBM de Ensino;

VI. Cmt do Corpo de Alunos;

VII. Coordenador de Curso;

VIII. Dois representantes do Corpo Docente;

IX. Analista da Divisão de Ensino;

X. Analista da Seção de Ensino;

XI. Bombeiro Militar com notório saber sobre o assunto em deliberação.

§ 1º O Conselho somente poderá funcionar com a participação mínima de três


membros, onde todos têm direito a voto, sendo o parecer remetida ao Comandante do OBM
de Ensino e/ou Chefe da Divisão de Ensino, e posterior homologação do Diretor da ABM.

§ 2º O Conselho Assessor de Ensino, quando por conveniência e interesse da


administração, poderá convocar um ou mais representantes do corpo discente para participar
da reunião.

Art. 104. O Conselho Assessor de Ensino tem por finalidade:


78

I. Identificar, avaliar, acompanhar, prevenir e sanar dificuldades que possam vir a


prejudicar a qualificação do ensino, o aproveitamento no processo pedagógico,
docentes e discentes, e o rendimento e/ou adaptação do aluno;

II. Proporcionar uma visão clara do desempenho do aluno através da coleta


contínua e progressiva de dados;

III. Analisar e emitir parecer sobre a conduta ou procedimento do aluno em


desacordo com as normas da Escola e/ou ofensivos aos docentes e/ou à
administração, bem como aos demais alunos.

Art. 105. Os Conselhos se valerão de documentos previstos na legislação vigente e de


opiniões de especialistas para subsidiar seu parecer.

Art. 106. Quando necessário, independente, de nova convocação, os Conselhos


poderão realizar mais de uma reunião para chegar a um parecer final.

SEÇÃO X

CORPO DOCENTE

SUBSEÇÃO I

Professores e Instrutores

Art. 107. Aos professores e instrutores dos OBM de Ensino, aplicar-se-á o que
dispuser a legislação vigente.

Art. 108. Anualmente, será estruturado o quadro de professores e instrutores dos OBM
de Ensino, com indicação dos mesmos ao Diretor de Ensino, para fins de aprovação e de
79

publicação.

Parágrafo único. Só poderão desempenhar as funções de docentes nos OBM de Ensino


os instrutores/professores indicados e nomeados nos respectivos cursos.

Art. 109. Para contratação de professores e convênios para tal fim deverão ser
observadas a legislação e normas em vigor.

Parágrafo único. Os professores e Militares Estaduais contratados terão atribuições,


direitos e deveres regulados nos respectivos contratos.

Art. 110. O Corpo Docente é composto pelo Comandante, pelo Subcomandante e


pelos instrutores e monitores, quando nomeados em atos específicos.

Parágrafo único. O Corpo Docente deverá ser submetido a Estágio de Atualização


Pedagógica, curso de capacitação pedagógica ou Administração Escolar.

Art. 111. A seleção do Corpo Docente é feita mediante cuidadosa seleção, na qual será
considerada, particularmente, a competência profissional, as condutas militar e civil e a
capacidade para o ensino, definidas no conceito obtido pelo profissional no curso que o
capacita para o exercício da função e em informações cadastrais e dos comandantes das OBM
onde serve.

Art. 112. Aos Professores e Instrutores compete:

I. Planejar as atividades relativas ao ensino de acordo com as normas técnicas


estipuladas nas normas e legislação em vigor;

II. Cumprir rigorosamente as disposições regulamentares e as instruções,


diretrizes e ordens baixadas pelos órgãos ou setores competentes;

III. Participar do planejamento anual do ensino da disciplina a seu encargo;

IV. Elaborar e encaminhar às respectivas OBM de Ensino sugestões de alteração


para atualização do Programa de Matéria (PROMA) de sua matéria ou das
Ementas, antes do início do respectivo curso, visando assegurar a qualidade do
80

ensino;

V. Elaborar o material didático necessário para subsidiar o aprendizado, a


padronização da disciplina e a edição de caderno temático pelo OBM de
Ensino;

VI. Fazer o registro competente do assunto tratado ou do trabalho realizado em


cada sessão de aula a seu cargo, conforme padrão estabelecido pelo OBM de
Ensino;

VII. Sugerir medidas ou alterações que julgar necessárias à eficiência do ensino sob
sua responsabilidade;

VIII. Limitar os assuntos dos trabalhos para julgamento, de maneira a poder avaliar
os conhecimentos e conteúdo da Unidade Didática até então totalmente
ministrados;

IX. Providenciar, com a devida antecedência, o provimento dos materiais


necessários aos trabalhos práticos e da sua matéria nos laboratórios ou locais
designados;

X. Dar vistas aos alunos das provas corrigidas, identificar os erros mais frequentes
e fazer a retroalimentação, esclarecendo as dúvidas surgidas a respeito das
questões e soluções;

XI. Entregar as notas dos Trabalhos de Julgamento (TJ) no prazo máximo de 72


(setenta e duas horas) após o recebimento;

XII. Comparecer para a aplicação dos TJ;

XIII. Elaborar e encaminhar à aprovação da Seção de Ensino dos OBM de Ensino,


os projetos de trabalhos de julgamento, de acordo com as normas e prazos
estabelecidos;

XIV. Comparecer e participar a todas as convocações para as atividades de ensino


realizadas pela ABM e pelos OBM de Ensino;

XV. Preencher o diário de classe, a cada período ou turno de aula, consignando


assuntos ministrados e as presenças dos alunos;

XVI. Preencher a planilha do Chefe de Turma, a cada período ou turno de aula,


constando número de horas aula e faltas dos alunos;
81

XVII. Participar de grupos de trabalho para correção de currículos ou confecção de


material didático, quando solicitado;

XVIII. Ser assíduo e pontual;

XIX. Cumprir integralmente o programa da disciplina que lhe foi atribuída;

XX. Obedecer aos prazos estabelecidos para o desenvolvimento da docência no que


tange à elaboração, aplicação, correção e revisão de avaliação;

XXI. Acompanhar efetiva e continuamente o rendimento escolar do aluno, visando a


detectar eventuais deficiências no processo ensino-aprendizagem;

XXII. Ligar-se com a Seção de Ensino para cooperar na atuação sobre aluno que
necessite acompanhamento especial;

XXIII. Empenhar-se em seu auto aperfeiçoamento profissional, visando à maior


eficiência no desempenho de suas tarefas;

XXIV. Executar as avaliações diagnósticas, formativas e operativas, como previsto


nas normas de ensino, para desenvolvimento das áreas cognitiva, afetiva e
psicomotora, visando a educação integral dos alunos;

XXV. Participar da elaboração e da execução do projeto interdisciplinar (PI),


orientando os alunos e incluindo os pontos de controle, bem como realizar sua
avaliação;

XXVI. Escolher a metodologia de ensino adequada, coerente com os objetivos


educacionais previstos para a disciplina e de acordo com o Manual do
Instrutor;

XXVII. Planejar a instrução, considerando a necessidade da aplicação prática dos


conhecimentos transmitidos;

XXVIII. Executar tarefas de pesquisa doutrinária.

Art. 113. São atribuições do monitor:

I. Auxiliar o instrutor no planejamento e na preparação da sessão de instrução;

II. Cooperar com o instrutor no controle e na observação do desempenho dos


instruendos;
82

III. Preparar o local da instrução;

IV. Reunir, preparar e operar os meios auxiliares de instrução;

V. Executar corretamente as demonstrações quando acionado pelo instrutor;

VI. Destacar-se pelo exemplo.

SUBSEÇÃO II

Coordenadores de Curso e Turmas

Art. 114. Nos Cursos de Formação, Graduação e Especialização, os Coordenadores de


Turmas serão oficiais designados pelo Diretor da ABM ou pelos Comandantes dos OBM de
Ensino, para cumprir e fazer cumprir o que for estabelecido, além do constante neste RI.

§ 1º Deverá ser encaminhado para a publicação em BI, o nome do Coordenador do


curso;

§ 2º O Coordenador é o responsável pelo controle da documentação relativa ao


respectivo curso;

§ 3º O Coordenador é o responsável pela atribuição de pontos perdidos aos alunos, que


faltarem a aula;
83

SEÇÃO XI

CORPO DISCENTE

SUBSEÇÃO I

Deveres do Aluno

Art. 115. Os deveres dos alunos são fundamentalmente:

I. Obedecer, rigorosamente, as exigências da coletividade e conduta Bombeiro


Militar

II. Contribuir, em sua esfera de ação, para o prestígio do OBM de Ensino a que
pertencem;

III. Observar rigorosa probidade na execução de quaisquer provas ou trabalhos


escolares, considerando os recursos ilícitos como incompatíveis com a
dignidade pessoal, escolar e do Bombeiro Militar;

IV. Procurar obter o máximo aproveitamento no ensino que lhe for ministrado,
desenvolvendo para tanto, o espírito de organização e métodos de estudo;

V. Obedecer, rigorosamente, aos dispositivos regulamentares e às determinações


dos superiores;

VI. Cooperar para a boa apresentação e limpeza das instalações do OBM onde
estiver lotado para realizar o curso;

VII. A observância da assiduidade e pontualidade;

VIII. Ter conduta militar e civil irrepreensível;

IX. Desempenhar, quando designado, as funções de chefe ou representante de


turma e aluno semana, de acordo com as atribuições estabelecidas por cada
OBM de Ensino;
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X. Nos cursos de Especialização a função de Chefe de Turma deverá ser exercida


pelo aluno de maior posto, ou maior antiguidade quando forem do mesmo
posto, dentre os seus componentes da turma, que designará, semanalmente, um
Aluno para exercer a função de Aluno Semana;

XI. Assistir integralmente a todas as aulas e instruções previstas para seu curso;

XII. Dedicar-se ao seu próprio aperfeiçoamento intelectual, físico e moral;

XIII. Cooperar para a conservação do material e participar de todas as atividades


escolares presenciais e não presenciais previstas;

XIV. Observar rigorosamente os ditames impostos pelas leis vigentes, pela ética
militar e pelas normas de moral e bons costumes;

XV. Cumprir as normas regulamentares e determinações superiores; e

XVI. Outros previstos na legislação em vigor.

SUBSEÇÃO II

Direitos do Aluno

Art. 116. São Direitos do aluno:

I. Solicitar ao professor ou instrutor os esclarecimentos que julgar necessários à


boa compreensão dos assuntos;

II. Frequentar a biblioteca, os gabinetes e laboratórios, de acordo com as normas


estabelecidas pelo comando dos OBM de Ensino;

III. Ser informado, previamente, das datas das avaliações;

IV. Solicitar revisão de provas, de conformidade com as normas estabelecidas pela


seção de avaliação da Divisão de Ensino (fazer tais normativas) a que estiver
subordinado;

V. Avaliar os docentes ao final de cada disciplina, visando aprimoramento técnico


e profissional do corpo docente, conforme os métodos estabelecidos pelo
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Chefe da Seção de Ensino de cada OBM de ensino;

VI. Reunir-se com colegas para organizar agremiações de cunho educativo, nas
condições estabelecidas ou aprovadas pelo Diretor da ABM;

VII. Receber o certificado de conclusão do curso;

VIII. Outros previstos na legislação vigente.

SUBSEÇÃO III

Recompensas do Aluno

Art. 117. São recompensas:

I. Elogio perante a turma, em sala de aula ou em formaturas;

II. Elogio em Boletim Interno;

III. Dispensa parcial ou total, ficando estas vinculadas ao fiel cumprimento das
normas previstas em cada Escola;

IV. Prêmios e Recompensas previstos na Legislação vigente e outros criados nas


respectivas normas das Escolas.
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SEÇÃO XII

REGIME DISCIPLINAR

SUBSEÇÃO I

Regime Disciplinar Geral

Art. 118. Aos Militares Estaduais dos OBM de Ensino serão aplicadas às disposições
disciplinares previstas na legislação vigente.

§ 1º Ocorrendo cursos de formação integrada os alunos estarão sujeitos as normas


disciplinares estabelecidas para aquele período de formação.

§ 2º Os RI dos estabelecimentos prescreverão as Normas para aplicação deste


Regimento Interno, de modo que sejam levadas em conta as peculiaridades do serviço e da
disciplina, próprias dos OBM de Ensino.

SUBSEÇÃO II

Regime Disciplinar dos Alunos

Art. 119. O regime disciplinar a que estão sujeitos os alunos fundamentar-se-á nos
princípios e nas Normas de Procedimento e Condutas do Corpo de Alunos (NPCCAL) e na
legislação vigente aplicada a cada caso concreto.
87

SUBSEÇÃO III

Aplicação de Medidas Educativas

Art. 120. Tendo por objetivo padronizar a aplicação das medidas disciplinares
impostas aos alunos, de caráter educativo e instrumento de fortalecimento da formação, pelos
OBM de Ensino e, consequentemente, administrar justiça equânime às disposições
particulares das escolas conterão normas específicas:

I. Regulando a aplicação de normas disciplinares aos Alunos tendo em vista as


peculiaridades da vida escolar.

II. Definindo e estabelecendo as medidas disciplinares, discriminando e


regulando, as não expressas na legislação disciplinar vigente.

Parágrafo único. As dispensas previstas neste RI, poderão ser suspensas, a critério do
Comandante de cada OBM de Ensino, nos casos em que haja o descumprimento das normas
disciplinares.

Art. 121. Tendo em vista a intensa fiscalização e as constantes solicitações a que está
submetido o aluno na vida escolar, tomando-se alvo permanente de observação, o critério que
presidirá as normas referidas no artigo anterior será de dar oportunidade ao Aluno de se
corrigir, antes que as sanções influam, irremediavelmente, na classificação de seu
comportamento.

Art. 122. Se a falta cometida pelo aluno for considerada grave, o Comandante do
OBM de Ensino poderá nomear um Conselho de Ensino, conforme constituição prevista neste
Regimento Interno.
88

SEÇÃO XIII

SOLENIDADES E FESTAS MILITARES

Art. 123. As festas militares são todas as comemorações festivas de fatos nacionais ou
relativos à vida do Corpo de Bombeiros Militar, destinadas à exaltação do patriotismo, ao
desenvolvimento do espírito de camaradagem e amor à Corporação. Durante o ano letivo,
haverá as seguintes solenidades:

I. De abertura do ano letivo;

II. De entrega do Espadim;

III. De conclusão de cursos;

IV. De encerramento do ano letivo;

V. De aniversário dos OBM de Ensino;

VI. Dia Nacional do Bombeiro - 02 de julho;

VII. Dia da Pátria - 7 de setembro;

VIII. Dia da República Rio-grandense - 20 de setembro;

IX. Dia da Bandeira - 19 de novembro;

X. Dia da Instauração do CBMRS.

Parágrafo único. Para comemorar as Festas Militares, os OBM de Ensino poderão


realizar:

I. Formatura Geral comemorativa à data;

II. Boletim Especial destacando a data;

III. Competições Desportivas comemorativas à data;

IV. Outros atos relativos à data julgados de importância pelo Diretor;

Art. 124. As Solenidades terão seu desdobramento previsto nas situações particulares
dos OBM de Ensino.

§ 1º As solenidades específicas de cada OBM de Ensino deverão ser aprovadas pelo


89

Diretor da ABM;

§ 2º As solenidades que tenham repercussão em nível de Corporação, deverão ter


aprovação do Comandante Geral.

§ 3º A entrega do Espadim Tiradentes aos novos Alunos-Oficiais será efetivada,


sempre que possível, no dia 21 de abril, em solenidade especial a ser regulada nas disposições
particulares da ABM.

§ 4º As solenidades dos OBM de Ensino das Escolas e da ABM serão reguladas por
Notas de Serviço, de forma que as mesmas não prejudiquem o desenvolvimento normal do
ensino.

Art. 125. A forma do compromisso dos Militares Estaduais ocorrerá conforme previsto
no Estatuto dos Servidores Militares Estaduais, obedecendo às peculiaridades do nível
hierárquico do formando.

Art. 126. Serão comemoradas as datas Nacionais e Militares do Brasil, do Estado, do


CBMRS e de outros Corpos de Bombeiro Militares, representadas nos cursos dos OBM de
Ensino através de solenidades especiais.

Parágrafo único. Quando não houver expediente administrativo, as solenidades


mencionadas no caput poderão ser realizadas em datas a serem definidas pelos comandantes
dos OBM de Ensino.

SEÇÃO XIV

PATRONOS E DOS PARANINFOS

Art. 127. As turmas que concluírem os Cursos de Formação e Graduação poderão


possuir patrono e paraninfo.

§ 1º Os patronos deverão ser Bombeiros Militares, Militares ou Civis já falecidos, que


tiveram destaque na sua Corporação ou na vida Nacional ou Rio-grandense e que pautaram
sua conduta, segundo os princípios orientadores do regime institucionalizado no país.

§ 2º Os paraninfos deverão ser pessoas que possam servir de paradigma aos formandos
90

e que, além de indubitável conduta moral, tenham pautado sua vida dentro dos princípios
orientadores do regime institucionalizado no país, tendo-se destacado em sua atividade
profissional, em âmbito Nacional ou Sul-Rio-grandense.

§ 3º A escolha, tanto do patrono quanto do paraninfo, deverá obrigatoriamente ser


aprovada pelo Comandante-Geral.

CAPÍTULO IX

DISPOSIÇÕES FINAIS

SEÇÃO I

Boletim

Art. 128. O Boletim Interno é o documento em que o Diretor de Ensino publica as


ordens e os atos administrativos e registra os fatos da Academia de Bombeiros e de todos os
OBM de Ensino, e:

I. Será confeccionado e distribuído pela Divisão Administrativa; II - Será


dividido em quatro partes;

a) Serviços Diários;

b) Instrução;

c) Assuntos Gerais de Administração;

d) Justiça e Disciplina.

Parágrafo único. As matérias resultantes de atividades administrativas, atribuídas a


órgãos específicos da estrutura da Academia de Bombeiros, que exijam divulgação a toda a
Corporação, serão publicados no Boletim Geral, constituindo o Anexo:

I. De Ensino, elaborado sob a responsabilidade da Academia de Bombeiros,


submetido à aprovação do Comandante-Geral, encaminhado a Ajudância-
Geral.
91

II. Os atos administrativos de natureza disciplinar serão publicados em Boletim


Disciplinar, que terá numeração sequencial própria e devidamente divulgado
em seus círculos hierárquicos.

Art. 129. Serão editados Boletins Especiais tão somente para publicação de matérias
relativas a comemorações de datas festivas, na forma estabelecida neste Regimento Interno,
ou em eventos especiais que o OBM organize ou coordene.

Art. 130. O Boletim Interno da Academia de Bombeiros, deve:

I. Seguir as divisões previstas para o Boletim Geral;

II. Ser confeccionado diariamente, salvo quando o volume de matérias permitir a


publicação de forma assistemática;

Art.131. O Boletim Interno dos OBM de Ensino deverá obedecer às disposições


previstas nos artigos anteriores desta seção, observando suas peculiaridades.

Parágrafo Único: Os BBM’s que sediarem cursos deverão publicar atos e alterações
em aditamento, remetendo essas publicações a ABM.

Art.132. Boletim Reservado é o documento em que o Diretor da Academia e os


Comandantes de OBM de Ensino publicam os assuntos de divulgação restrita a determinadas
esferas administrativas ou hierárquicas da Corporação e/ou do OBM.
92

SEÇÃO II

ATIVIDADES

SUBSEÇÃO I

Serviços de Escala

Art. 133. Serviço de escala interno será regulado por normas de procedimentos da
Academia de Bombeiros, conforme a real necessidade, e OBM de Ensino, tendo por base as
disposições contidas no Regimento Interno do CBMRS.

Parágrafo Único: Os BBM’s que sediarem cursos deverão regular sua escala conforme
a carga horária proposta pela Academia de Bombeiro Militar, tendo cada aluno em formação a
mesma quantidade de hora em serviço de escala do local de curso, independentemente do
local em que o curso realizado.

SUBSEÇÃO II

Serviços Internos

Art. 134. Os Alunos em curso concorrerão, mediante escala ou ordem de serviço, aos
seguintes serviços internos, obedecendo à regulamentação vigente, a ordem de antiguidade,
bem como o posto e graduação do aluno:

I. Plantão;

II. Permanência;

III. Sentinela;

IV. Guarda;

V. Reforço;

VI. Comandante da Guarda;


93

VII. Telefonista;

VIII. Recepcionista;

IX. Adjunto de Dia;

X. Sargento de Dia;

XI. Oficial de Dia;

XII. Auxiliar de Dia;

XIII. Oficial Supervisor.

Parágrafo único. Os alunos que estiverem com prescrição médica (DEFIM, DPG, DP,
Dispensa do uso de peças de fardamento e/ou equipamento por tempo determinado, DUC,
Dispensa de Combate ao fogo), concorrerão somente as escalas de serviços internos previstos
nos incisos I, II, VII e VIII, do deste artigo, ou as escalas de serviços administrativos,
indispensáveis e compatíveis com a condição de saúde do aluno.

SUBSEÇÃO III

Serviços Externos

Art. 135. Os Alunos em curso concorrerão, mediante Escala, Nota ou Ordem de


Serviço, aos seguintes Serviços Externos, obedecendo à regulamentação vigente:

I. Atividades curriculares desenvolvidas fora dos estabelecimentos de ensino;

II. Atividades de Bombeiro, exercidas em apoio a OBM, em eventos públicos,


considerando-se esse emprego como estágio operacional, conforme carga
horária prevista no plano do curso;

III. Atividades extracurriculares desenvolvidas fora dos estabelecimentos de


ensino.
94

SUBSEÇÃO IV

Parada Diária

Art. 136. A Parada Diária é a formatura destinada à revista e à distribuição do pessoal


para os serviços internos do dia, e será realizada no horário determinado pelo Diretor e/ou
Comandante do OBM de Ensino.

Parágrafo único. A parada diária será comandada pelo Oficial de Dia ou Auxiliar de
Dia que, em frente ao efetivo em forma, na posição de sentido, comandará: “Parada em
continência ao terreno, apresentar armas”. O efetivo fará a continência regulamentar.
Terminada a continência, o Oficial ou Auxiliar de Dia comandará: “Descansar Armas,
Descansar” e dará, então, destino ao efetivo.

SUBSEÇÃO V

Parada Bombeiro Militar

Art. 137. A parada bombeiro militar destina-se à revista do pessoal, transmissão de


orientações sobre os serviços externos do dia e será realizada no horário determinado pelo
Diretor, sempre antecedendo a cada turno de serviço.

Parágrafo único. A parada bombeiro militar será comandada pelo Bombeiro Militar
mais antigo escalado que estiver presente, seguindo o mesmo procedimento da parada diária.

SEÇÃO III

SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DA TROPA

Art. 138. As situações extraordinárias da tropa são as decorrentes de ordens de


95

sobreaviso ou prontidão, e seus procedimentos diversos, serão regulados por norma do


Comando-Geral da Corporação.

SUBSEÇÃO I

Sobreaviso

Art. 139. A ordem de sobreaviso determina a situação na qual todo efetivo disponível
ou parte dele fica prevenido da possibilidade de ser chamado para o desempenho de qualquer
missão extraordinária, observando os seguintes preceitos:

I. Todas as providências de ordem preventiva relativas ao pessoal e ao material


são impostas pelas circunstâncias decorrentes da situação da tropa e deverão
ser tomadas pelos diversos níveis de comando e de chefia;

II. Nesta situação, os Oficiais deverão permanecer no quartel ou em suas


residências; neste último caso, em ligação permanente com o OBM de Ensino
e em condições de recolher-se imediatamente ao quartel, em caso de
necessidade;

III. Nesta situação, os Praças deverão permanecer no quartel ou em suas


residências; neste último caso, em condições de ser acionados imediatamente
através do plano de chamada e apresentar-se no quartel;

IV. A ordem de suspensão do sobreaviso será determinada pelo Diretor ou


Comandante do OBM de Ensino, depois de cessado o motivo que determinou a
medida, voltando à tropa às suas atividades normais.
96

SUBSEÇÃO II

Prontidão

Art. 140. A ordem de prontidão importa em ficar todo o efetivo disponível do OBM de
Ensino preparado para deslocar do quartel logo que receba a ordem, em condições de cumprir
a missão determinada pelo escalão superior, observando os seguintes preceitos:

I. Os Oficiais e Praças ao receberem a ordem de prontidão, deverão comparecer


imediatamente e permanecer em quartel, uniformizados e aguardando as
instruções e procedimentos determinados por parte do comando do OBM de
Ensino, para o cumprimento da missão;

II. A ordem de suspensão do estado de prontidão será determinada pelo Diretor ou


Comandante do OBM de Ensino, depois de cessado o motivo que determinou a
medida, voltando à tropa às atividades normais.

SEÇÃO IV

FORMATURAS GERAIS

Art. 141. Formatura Geral é a reunião de todo o efetivo disponível da Academia de


Bombeiros e OBM de Ensino, em forma, excetuando os oficiais e praças que se encontram de
serviço e segue os procedimentos abaixo descritos:

I. Deverá ocorrer em dia e horário estipulado pelo Diretor;

II. Terá a seguinte sequência:

a) Leitura de assuntos do interesse do OBM;

b) Leitura de elogios por ação de Oficiais e Praças, em serviço;

c) Treinamento prático de assunto técnico, previsto nos currículos dos


cursos da Academia de Bombeiros;
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d) Palavras do Comandante, Diretor ou Chefe;

e) Desfile da Tropa (se couber);

III. O tempo de duração das formaturas gerais não deverá exceder há uma hora.

Parágrafo único. Os OBM de Ensino deverão realizar Formaturas Gerais, observando


o que prescreve este artigo, de acordo com suas peculiaridades.

SEÇÃO V

CERIMÔNIAS E FORMALIDADES

Art. 142. A Academia de Bombeiros e os OBM de Ensino terão sob sua guarda as
Bandeiras Nacional e Rio-Grandense, destinadas a estimular o sentimento de patriotismo e
culto às tradições do País e do Estado.

Parágrafo único. As Bandeiras deverão estar guardadas em armário apropriado e


envidraçado, no gabinete do Comandante ou no Salão Nobre do OBM.

SEÇÃO VI

GALERIA DE RETRATOS E DE VULTOS HISTÓRICOS

Art. 143. No Gabinete do Diretor, será organizada como homenagem e registro


histórico, galeria de retratos, em que figurarão os ex-comandantes titulares ou interinos na
função, que a exerceram pelo prazo não inferior a seis meses contínuos, a posse, e também:

I. No Gabinete do Diretor deverão figurar também os retratos do Patrono dos


Corpos de Bombeiros Militares – (Ver Patrono) - e do Patrono do Corpo de
Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul – (Ver Patrono).

II. Poderá também figurar no Gabinete do diretor, o retrato do Patrono do OBM.


98

III. A inauguração de retratos, nas diversas galerias, deverá constituir ato solene,
feito em datas nacionais ou festivas, devendo constar de Boletim Interno ou
Especial.

SEÇÃO VII

RECEPÇÃO E DESPEDIDA DE OFICIAIS E PRAÇAS

SUBSEÇÃO I

Recepção e Despedida de Oficiais

Art. 144. Na recepção dos oficiais incluídos na ABM e nos OBM de Ensino haverá as
formalidades abaixo especificadas:

I. O Comandante, ao assumir o Comando, avisará, com antecedência nunca


inferior a 07 dias, o dia e a hora que pretende assumir o comando. Ao chegar
ao OBM de Ensino, será recebido pelo Comandante, que deverá apresentar os
demais oficiais, em reunião específica para esse fim.

II. Demais Oficiais, apresentar-se-ão ao Diretor da Academia de Bombeiros, que


deverá recebê-lo em seu gabinete e reunir os demais Oficiais, para a sua
apresentação e designação da nova função.

Art. 145. Na despedida de Oficiais por motivo de transferência de OBM ou da


passagem para a reserva remunerada, haverá as formalidades abaixo especificadas:

I. O Comandante que entrega o comando, após a solenidade de passagem de


Comando e de inauguração da foto na galeria dos ex-comandantes, o
comandante substituído será acompanhado até a saída do OBM de Ensino
pelos Oficiais.

II. Demais Oficiais, a despedida do Oficial que foi transferido, ocorrerá no


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Gabinete do Diretor da Academia de Bombeiros, em reunião específica para


esse fim, constando também desse ato a leitura do boletim com elogio do
Oficial, se assim entender o Diretor.

SUBSEÇÃO II

Recepção e Despedida de Praças

Art. 146. Na recepção do Praça incluído no OBM de Ensino haverá as formalidades


abaixo especificadas:

Parágrafo único. O Praça apresenta-se na Academia de Bombeiros, e será


recepcionado pelo Chefe da Divisão Administrativa da ABM, sendo designado seu OBM de
Ensino.

Art. 147. Na despedida do Praça por motivo de transferência de OBM ou passagem


para a reserva remunerada, haverá as seguintes formalidades:

Parágrafo único. O Praça ao ser transferido de um OBM para outro ou para a reserva
remunerada, receberá, no dia do seu desligamento do OBM, as despedidas, em reunião
específica, coordenada pelo Comandante do OBM de Ensino em que servia, ou seu
representante, e por uma representação de Praças do OBM de Ensino.

SEÇÃO VIII

REGIMENTOS INTERNOS DOS OBM SUBORDINADOS

Art. 148. Os OBM de Ensino subordinados a Academia de Bombeiros, deverão


elaborar e remeter seus Regimentos Internos (RI), para aprovação deste Diretor.
100

§ 1º As atribuições das funções especificadas neste RI serão adequadas de acordo com


as alterações da Lei de Organização Básica do CBMRS, sendo incorporadas definitivamente,
ao corpo do presente Regimento Interno, quando houver a contemplação total das funções do
Quadro de Organização da ABM.

§ 2º Os Regimentos Internos dos OBM de Ensino, deverão ser elaborados observando


a seguinte estrutura mínima:

I. Capítulo I (Da Competência), onde será definida competência do órgão na


estrutura da Academia;

II. Capítulo II (Da Organização), onde constará a estruturação do órgão através da


articulação e ordenação dos seus níveis organizacionais subordinados;

III. Capítulo III (Das Competências), onde será definido o conjunto de


competências reservadas aos níveis organizacionais subordinados (seções,
setores, Subsetores) que integram a estrutura do órgão, para o atingimento de
sua destinação;

IV. Capítulo IV (Das Atribuições), onde serão definidas as atribuições previstas


para os agentes públicos no âmbito de exercício de seus cargos e funções, nos
níveis organizacionais subordinados integrantes da estrutura do órgão, as
praças deverão ter função específica;

V. Capítulo V (Disposições Gerais), onde serão reunidas as disposições que


complementam ou esclarecem as normas estabelecidas nos Capítulos
anteriores.

SEÇÃO IX

PRESCRIÇÕES FINAIS

Art. 149. O presente RI será avaliado e atualizado periodicamente, através de uma


comissão nomeada pelo Diretor da Academia de Bombeiros ou, por necessidade ou
conveniência da Administração, este Regimento pode ser modificado mediante proposta
encaminhada pela Direção e aprovada pelo Comandante-Geral.
101

Art. 150. A Academia de Bombeiros deverá apresentar em 60 (sessenta) dias a partir


da aprovação deste RI pelo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, proposta de
Regimento Interno do Conselho Superior de Ensino.

Art. 151. São consideradas atividades de ensino, além das previstas na legislação
específica, e, portanto, passíveis de gratificação de magistério a participação em bancas de
trabalhos de julgamento e nos trabalhos de conclusão de curso, orientação (metodológica),
produção de material didático, banca de aplicação de provas e co-orientação (de conteúdo), a
monitoria, as Reuniões Pedagógicas, e outras atividades pedagógicas propostas pelos Órgãos
de Corpos de Bombeiros Militares de Ensino.

Art. 152. Os cursos de Formação, Habilitação, Graduação, Especialização e Extensão


realizados em outros OBM da Corporação, serão coordenados pelas OBM subordinados a
Academia de Bombeiros o, constituindo-se, durante o período de curso, OBM transitório de
ensino, submetendo-se aos dispositivos do presente RIABM e RI da respectiva OBM de
Ensino Coordenadora.

Art. 153. Os OBM de Ensino terão até 30 (trinta) dias para adequarem seus
Regimentos Internos de acordo com o presente RI.

Art. 154. Este Regimento entra em vigor na data de sua aprovação pelo Comandante-
Geral do Corpo de Bombeiros Militar.

CARLOS ALBERTO DA SILVA SOLTO – Ten Cel QOEM


Respondendo pelo Diretor da Academia de Bombeiro Militar

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