Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
“Escrevi este livro com o meu próprio sangue. Passei 15 anos imerso nele. Se me
confiaram uma centena de histórias de abusos, começando por uma que
desencadeou tudo. Demorei um mês para escrevê-lo, em janeiro de 2021.
Escrever foi terapêutico, inclusive senti na minha pele. Sei que posso voltar a ser
atacado”.
Lefebvre não exagera quando diz que escreveu o livro com o próprio sangue: o
processo de escuta das vítimas o levou a “sofrer com elas” e acabou exausto.
Além disso, suas investigações sobre os abusos não foram bem recebidas em
certos setores da Igreja. “Por um ano, percebi que os bispos não reagiram,
embora soubessem que o que eu estava dizendo era verdade. E a partir daí,
alguns sites católicos conservadores praticamente pediram assassinato. Recebi
ameaças de morte anônimas pelo correio por alguns anos. A única vez que um
representante do bispo falou comigo foi para dizer: ‘cuidado com sua segurança
quando voltar para a França’”, contou ele em entrevista concedida
recentemente ao portal suíço Cath.ch.
“Como matar Jesus?” é um título provocador que tem sua origem em uma
passagem do Evangelho de Marcos (14, 1): “Dois dias antes da Páscoa”, detalha
Lefebvre, “os sacerdotes judeus se reuniram em torno do sumo sacerdote em
Jerusalém para descobrir como apreender Jesus com decepções e como matá-lo.
Que os sacerdotes se perguntavam como acabar com o Messias está escrito em
preto e branco nos Evangelhos”.
Leia mais
Clericalismo. "O abuso espiritual ou de consciência costuma ser mais
frequente do que você imagina”, diz D. José Rodríguez Carballo, secretário da
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida
Apostólica
“O caso Karadima não é só um caso de abusos, é uma tendência sectária
dentro da Igreja”. Entrevista com Eduardo Valenzuela
Os abusos, a responsabilidade coletiva e a entrevista de Parolin
Abusos sexuais: bispos e especialistas elogiam o reconhecimento de “falhas
institucionais”
“Estamos num ponto morto”. O “fracasso sistêmico” da Igreja diante da
“catástrofe dos abusos sexuais”. Íntegra da carta de renúncia do cardeal Marx
“A renúncia do cardeal Marx pode contribuir com a prevenção de abusos, a
transparência e a prestação de contas”. Entrevista com Hans Zollner
A crise de abusos e o horizonte elusivo de uma Igreja penitente. Artigo de
Massimo Faggioli
O jesuíta Hans Zollner sugere cárceres eclesiais para os abusadores
Novo livro examina o abuso sexual clerical – nas lentes da história
Clericalismo e abuso sexual - por que tamanha inércia? Artigo de Hervé
Legrand
Comunicar erro
NOTÍCIAS RELACIONADAS
www.ihu.unisinos.br/611943-em-cada-vitima-e-abuso-ha-um-assassinato-de-jesus-afirma-frei-dominicano 3/5
15/08/2021 “Em cada vítima de abuso há um assassinato de Jesus”, afirma frei dominicano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
LER MAIS
Papa se encontra com vítimas italianas de abusos e reforça compromisso da Igreja. Entrevista
com Hans Zollner
Consolida-se o compromisso da Igreja com a proteção dos menores contra todas as formas de abuso. A
Plenária da Pontifícia Comi[...]
LER MAIS
Papa se comove com a história da Irmã Giulia, vítima dos abusos de um padre
Giulia era pouco mais do que uma criança quando o "lobo", o "monstro" colocou as suas garras sobre ela. Ela
era uma adolescente e[...]
LER MAIS
LER MAIS
Enviar
send
www.ihu.unisinos.br/611943-em-cada-vitima-e-abuso-ha-um-assassinato-de-jesus-afirma-frei-dominicano 4/5
15/08/2021 “Em cada vítima de abuso há um assassinato de Jesus”, afirma frei dominicano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
www.ihu.unisinos.br/611943-em-cada-vitima-e-abuso-ha-um-assassinato-de-jesus-afirma-frei-dominicano 5/5