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UNIVERSIDADE DE SÂO PAULO

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

PARÂMETROS TEXTURAIS DE DEFORMAçÃO EM


"GRAN|TÓ|DES" E SUA RELAçÃO COM A REAçÃO
Alcnlr-AGREGADo: ApLrcAçÃo Ao coNcRETo
DA BARRAGEM DE PEDRO BEICHT, SP

Eleno de Paula Rodrigues

Orientador: Prof. Dr. Vicente A. V. Girardi


Co-orientador: Prof, Dr, Yushiro Kihara

TESE DE DOUTORAMENTO

Programa de Pós-Graduação em Mineralogia e Petrologia

SÃO PAULO
1994
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
TNSTITUTo DE cEoclÊr.¡clns

penÂrrnETROS TEXTURAIS DE DEFORMAçÃO EM


"GRANITÓIDES" E SUA RELAçÄO COM A REAÇÃO
AlCeut-AcREGADO: APLICAçÃO AO CONCRETO
DA BARRAGEM DE PEDRO BEICHT, SP

Eleno de Paula Rodrigues

Orientador: Prof. Dr. Vicente A. V, Girardi


Co-orientador: Prol Dr. Yushiro Kihara

TESE DE DOUTORAMENTO

COMISSÃO JULGADORA

nome ass.

Presidente:
Dr. Y.Kihara
Examinadores. Dr. C.Sbrighi Neto
Dr. P. R. do Lago Helene
Dr. L. Soares
Dr. J.V.ValarelIi

SAO PAULO
1993
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEDALUS-Acervo-lGG

I ilil tilil ilililllil ililr ililt iltil ilil ]il ]]t illl illl ilt

30900005471

PARÂMETROS TEXTURAIS DE DEFORMAçÃO EM


"GRAN|TÓIDES" E SUA RELAçÃO COM A REAÇÃO
Alcnul-AGREGADO: APLICAÇÃO AO CONCRETO
DA BARRAGEM DE PEDRO BEICHT, SP

Eleno de Paula Rodrigues

Orientador: Prof. Dr, Vicente A. V. Girardi


Co-orientador: Prof, Dr, Yushiro Kihara

TESE DE DOUTORAMENTO

Programa de Pós-Graduaçäo em Mineralogia e Petrologia

(r'

a:
IM)\ ; I

SÃO PAULO
1994
Aos meu6 fllhos Eduardo,
Llvla e Leonardo.
i

sttilÁRro
P.
RESUMO. xiii
ÀBSTRÀCT. xv
INTRODUçÃO 1

CåPfTULO 1
cEt{ER.Èr..r DADEs soBRE REAçõEs Á¡,ce¡,¡ -¡on¡cAlto . . 3

1 Mecanismos das Reações 4

1.1 Reação álcali-sflica ... 6

I.2 Reação álcal i-carbonato . I


1.3 Reação álcali-silicato . 9

2 Elementos Participantes da Reação Álcali-Agregado . 11


2.L Álcalis 1.1

2.2 Àgregados reativos r2


3 Fatores que Influenciam na Reação Álcali-lgregado. . 13
3.1 Teor de álcalis do cimento 13
3.2 Consumo de cimento no concreto 15
3.3 Quantidade de grãos reativos no agregado 16
3.4 Dimensão dos grãos reativos 18
3,5 Outros fatores 19
4 Métodos de ensaio para avaJ.iação da reatividade poten-
cial de agregados 20

CAPfTT'IO 2
EXPERIÊI¡CIAS USANDO ¡I{ATERIÀIS SEI,ECIOT{ÀDOS . . . . 24
1 oBJETTVOS .... 24
2 METODOTOGIA .. 25
2.L Pesquisa Bibliográfica ... 25
2.2 Trabalhos de campo 25
2.3 Ensaios e ÀnáL ises 26
2.3.1 AnáIises petrográficas por microscopia óptica 26
2.3,2 Análises por dffråtometria de raios X .... 27
2.3.3 Ànáltses por esPectroscopia de infravermelho ' 29
2.3.4 Ensaios de reatividade Potencial de agregados
( Método Qulmico) 31
ii
p.
2.3,5 Er¡saios de reatividade potencial de álcalis em cotn-'
binações cimento agregado (uétodo de Barra de À.rgamas
sa) .. 32
2.3.6 Ensaios de reatividade potencial de álcalis combina-
ções cimento agregado (Método ÀceLerado/NBRl ) . . 33
2,3.7 AnáIises por dispersão de energia e microscopia ele
trônica de varredura .... 34
2.4 Tratamento dos Dados 34
3 ÀPRESENTÀçÃO DOS RESULTADOS 35
4 ÀPRECTÀçÃO oOS RESULTÀDOS 40
4.1 Relaçõee entre resultados de ensaios de reatividade po-
tenc iaL 40
4,2 Relações entre resultados de ensaios de reatividade
potencial e parâmetros ópt ico-microscópicos 43
4.2,I Considerações adicionais . . . 48
4.3 Caracterfsticas petrográficas e reatividade potencial 49
4.3.1 Rochas "granítóides" ,,. 50
4.3.2 Rochas quartzfticas .... 66
4.3.3 Considerações adicionais . . . 74
4.4 Relações entre resultados de ensaios de reatividade po-
tenciaL e parâmetros espectroscópicos por infraverme-
Iho .. 75
4.4.f Rochas "granitóides" ... 75
4.4.2 Rochas quartzlticas .... 76
4.4.3 Considerações adicionais,,. 76
4.5 Relações entre resultados de ensaios de reatividade po-
tencl-aL e parâmetros difratométricos por raio X .... '. ' 77
4.5.1 Considerações adicionais ... 77
4.6 Produtos de reação em barras de argamassa .... 77

CAPfTUI¡ 3
REÀçÃo Á¡,cr¡¡-aoneGÀDo ¡ilo coNcRETo DA BÀ"RRÀcEr'f DE PEDRo
BEICHT, SP 81
I OBJETMS .... 81
2 METODOLOGIA .. 81
2.1 Pesquisa bibliográfica .. . 81
iii

2,3 Ensaios e análises 82


2,3.I Análises petrográficas por microscopia óptica 82
2.3.2 Ànálises por difratrometria de raios x .'.. 82
2.3.3 Ànálises termodi ferenc ia is e termogravi¡nétricas '."' 82
2.3.4 Análises por rnlcroscopia óptica de luz refletida "" 83
2.3,5 Análises qufmicae 83
2.3.6 Ensaios de reativÍdade potencial de álcalis em combi-
nações cimento agregado (Método acelerado/NBRl ) " " ' 83
2.3.7 Ànálises por dipersão de energia e microscopia ele-
trônica de varredura .... 83
3 CAR.ACTERÍSITCAS DÀ ÁREA ESTUDADA 84
3.1 Local i zação 84
3.2 Geomorfologia, clima e vegetação 86
3.3 contexto geológico 87
4 CONSTDERÀçõES rr,¡rCrnrs .... 89
4.1 Descrição e histórico da obra 89
4.2 Construção de barragens de concreto antigas 90
5 CARÀCTERÍSTTC¡S DOS MÀTERIAIS ... 93
5.1 Agregado 93
5.1. I Petrografia 93
5.1.2 Reatividade potencial r00
5.2 Concreto 100
5.2.1 Traço reconstituldo, teor em áLcalis, consumo de ci-
nento e propriedades f fs ico-¡necânicas 100
5.2.2 Cimento 105
5.2.2.1 Ànálises por difratrometria de raios x .... 106
5,2.2.2 Análises termo-diferenc iai s e termo-gravimétrica . ' 106
5.2.2.3 Análises por microscopia óptica de luz refletida " 106
5.2.2.4 ÀnáIises qulmicas f 08
5.2.2.5 Considerações adicionais . 108
5.2.9 Padrão de fissuramento . 109
6 PRODUÎOS DA REAçÃO Ár,C¡r,r-¡CnnGADO . 114
6.1 Em barras de argamassa . . . . 114
6.2 No concreto LI7
iv

cAPflUr.() ¿
COII¡SIDERAçõES FINAIS, CONCLUSöES E LITIHÀS DE PESgUISA FUTU-
RAS .. 124
Referências bibliográficas .. 131
Ànexo À - Ensaios de reatividade Potencial de agregados .... I42
Ânexo B - DíÊtribuição de freqüência das medidas de ângulos
de extinção ondulante e das granulometrias do
quartzo 163
Ànexo C - Diagramas de dispersão relacionando vaLores de
tE NBRI- 29 dias com os principais parâmetros ming
rafógico-Petrográ f icos 2O4

rLusrRAçõES
FIGURAS

FIGURA 1 Relação entre o conteúdo de áIcalis ativos no ci-


mento, teor de cimento do concreto e campos de
reatividade potencial (OBERHOLSTER, 1983) .,...... 16

FIGURÀ 2 Expansão das barras de argamassa em razão da pro-


porção de materiais reativos no agregado (PLUM,
POULSEN.e.TDORN, 1958) . 18

FIGURÀ 3 llustração do ¡nétodo para determinação do ânguJ-o


de extinção ondulante (UE) e intervalo de extin-
ção ( ER) em grão de quartzo (conf orme DOL,AR-I'{ÀNTg
ANr, 1981) 28

FIGURÀ 4 Exenpto de cáIculo do "coeficiente de desordem"


(Cd), segundo BACHIORRINI (1987) ..... 30

FIGURÀ 5 Diagrana relacionando Sd e Rd em ensaio de reati-


vidade potenciat de agregados (Método Qulmico-
Norma ASTM C-289 )
32
p.
FIGURÀ 6 Representação dos coeficienÈes de correlação en-
tre ensaios de reativídade potencial e parâmetros
45
mínera 1óg ic o -Petrográ f icos

FIGURA 7 Ajuste de potinômio de grau I relaiionando valo-


res médios de UE ( "undulatory extinction" ) e de
ER ("extinction range" ) na6 amostras de rocha anê
49
Lisadas

FIGURÀ 8 Valores de gE NBRI (28 dias) "versua": Gran' ¡nédia


matrizi g Quartzo < 0,15 nm; UE nédio('); t ouale
tzoÀmostrasle2 52

FIGURÀ 9 Valores de tE NBRI(28 dias) "versus" ¡ Gran' média


matrizi t Quartzo < 0,15 mm; UE nédio('); t ouar
tzo' Amostras 3r4 e 5. .. 56

FIGURÀ 10 valores dè tE NBRI(28 dias) "versus": Gran' média


matrizi t Quartzo < 0,15 n¡n i uE médio('); s Quar
tzo. Àmostras 6 e 7..... 59

FIGURÀ 11 valores de tE NBRI(28 dias) "versus" s Gran' média


matriz; t Quartzo < 0,15 nm; UE médio('); t Quar
tzo. Ãmostras 8, 9 , 10, 11 e 12 ' ' 63

FIGURÀ 12 valores de tE NBRI(28 dias) "versus": Gran' média


matriz; t Quartzo < 0,15 ¡nm; UE nédio('); t Quar
tzo. Àmostras 13,14 e 15 67

FIGURÀ 13 valores de EE NBRI (28 diâs) "versus" ¡ Gran' média


matriz; t ouartzo < 0,15 nm; UE médio(")t t Quar
tzo. Amostras 18,19 e 20 70

FIGURA 14 valores de tE NBRI (28 dias) "versus": Gran'média


rnatriz; t Ouartzo < 0,15 nmi UE médio('); t Quar
Ezo. .àmostras 16 e 17 73
vi

P.

FIGURÀ 15 ÀnáLise por dispersão de energia' EsPectro6 dos 79


eÌementos presentes no Ponto 1 da FoTo 28 " " " "

FIGuRÀ 16 AnáIise por disp,ersão de energia. Espectros dos


elementos presentes no Ponto I da FOTO 30 " " ' " '
80

FIGURÀ 17 MaPa de localização do Reservatório de Pedro


85
Beicht, SP

88
FIGURÀ 18 MaPa geológico. ' '

FIGURÀ t9 Resultado de ensaio de reatividade potencial-Méto


101
do Àcelerado/NBRl ' Amostra PB-l ' '

FIGURA 20 Resultado de ensaio de reatividade potencial-li1éto


101
do Acelerado/NBRl' Anostra PB-2 "

FIGURÀ 21 Resultado de ensaio de reatividade potencial-Méto


101
do Acelerado/NBRr' Arnostra PB-3 "

FIGURÀ 22 Resultado de ensaio de reatividade potencial-Méto


102
do Àcelerado/Nsnt ' Amostra PB-4 ' '

FIGURÀ 23 Resultado de ensaio de reatividade potencial-Méto


L02
do Àcelerado/NBRl ' À¡nostra PB-5 ' '

FIGURÀS Distribuição de fissuras expostas na superfície


de ju-
24a, 24b da Barragem de Pedro Beicht'SP (Paramento 1r0
24c sante )

FIGURÀ 25 ÂnáLise por dispersão de energia' Espectros dos

elementos Presentes no Ponto l da Foro 44


115

FIGURÀ 26 Anál'ise por dispersão de energia' Espectros dos


elementos Presentes no Ponto 1da FOTO 46
116
vii

p.
FIGURÀ 27 Distribuição de materiais neoformados e descontÌ-
nuidades em testemunhos de concreto da Barragem
de Pedro Beicht,SP 119

FIGURÀ 28 Ànálise por dispersão de energia. Espectros obti-


dos para produtos de reação álcali-agregado pre-
sentes em testemunhos de concreto I22

FIGURÀ 29 Análise por dispersão de energia. Espectros dos


elementos presentes no ponto 1 da foTo 52 ,..... '. I23

FOl0S

FOTO 1 Àmostras 1e 2 submetidas a ensaio de coloração


seletiva de feldspato potássico (anarelo); Plagio
clásio (branco); quartzo (cinza) 50

FOTO 2 Amostra 1. Leucogranito (3b). Àumento 38x. Nicóis


cruzados 51

FOTO 3 Àmostra 2. Leucogranito (3b). Aumento 38x. Nicóis


cruzados 51

FOÎO 4 Àmostras 3, 4 e 5 submetidas a ensaio de coloração


seletiva de feldspato potássico (amarelo) i plagio
clásio (branco) i quartzo (cinza) 53

FOTO 5 Amostra 3. Biotita granito (3b) gnáissico' Aumen-


to 38x. Nicóis cruzados 54

FOTO 6 A¡nostra 4. Biotita granito (3b). Aumento 38x. Ni-


cóis cruzados.,.. 54

FOTO 7 Àmostra 5. Biotita granito (3b). Àumento 38x. Ni-


cóis cruzados.... 55
vlli

p.
POTO I Àmostras6eTsubmetidas a ensaio rle coloração
seletiva de feldspato potássico (amarelo); plagio
clásico (branco) i quârtzo (cinza) 5?

FOTO 9 Àmostra 6. Gnaisse granltico (3b). Aumento 3Bx,


Nicóis cruzados 57

FOTO 10 Amostra 7.
ULtracatac las ito de granito. Aumento
38x. Nicóis cruzados 58

FOTO 11 Àmostras de I a 12 submetidas a ensaio de colorg


ção seletiva de feldspato potássico (amarelo);
plagioclásio (branco)i quartzo (cinza) 60

rOTO 12 8. Leucogranito (3b). Aumento 3Bx. Nicóis


.Amostra
cruzados 60

FOTO 13 Amostra 9. Leucogranito (3b). Àumento 38x. Nicóis


c ru zados 61

FOTO 14 Àmostra 10. Leucograníto ( 3b).Aumento 3gx. Nicóis


cruzados 61

FOTO 15 Àmostra 11. Leucogranito ( 3b).Aumento 3Bx. Nicóis


cruzados 62

FOTO 16 .Amostra 12. Leucogranito ( 3b) .Àumento 3gx. Nicóis


cruzados 62

FOTO 17 Ànostras 13114 e 15 submetidas a ensaio de coLo-


ração seletiva de feldspato potássico (amarelo) i
plagioclásio (branco); quartzo (cinza) 64

FOTO 18 Àmostra 13. Biotita granodiorito. Aumento 3gx.


Nicóis cruzados 65
ix

p.
FOTO 19 Àmostra 14. Biotita-hornble.nda.-quartzo monzodio-
rito. Àumento 38x, Nicóis cruzados 65

FO'f"O 20 Àmostra 15. Biotita-quartzo monzodiorito. Àurnento


38x. Nicóís cruzados 66

FOTO 21 Àmostras de 18,19, e 20. Quartzitos indefornados


ou fracamente deformados.... 68

FOTO 22 Àmostra 18. Quartzito. Aumento 38x. Nicóis cruza-


dos... 68

FOTO 23 Àmostra 19. Quartzito. Aumento 38x. Nicóis cruza-


dos... 69

FOTO 24 Amostra 20. Quartzito. Àumento 38x. Nicóis cruza-


dos .. . 69

FOTO 25 Anostras 16 e 17. Quartzitos milonfticos , . , . . . . . . 7I

FOTO 26 Àmostra 16. QuartzÍto nilonltico. Aumento 38x. Nj-


cóis cruzados,.,, 72

FOTO 27 Àmostra 17. Quartzito milonltico. Aurnento 38x. Ni


cóis cruzados.... 72

FOTOS28 Amostra 10. Leucogranito (3b). Lâmina delgada de


e 29 barra de argamassa submetida a ensaio de reativi-
dade potencial-Método Acelerado/NBRI . Àumento 38x.
Nicóis paralelos (à esquerda) e cruzados (à direi
ta. ) .. 79

FOTOS30 Amostra 12. Leucogranito (3b). Lânina delgada de


e 3l barra de arganassa submetida a ensaio de reativi-
dade potenc ial -Método Acelerado/NBRl .Aumento 38x.
Nicóis paral.elos (à esquerda) e cruzados (à direi
ta). .. 80
x

P.
FOTO 32 Vista Geral da Barragem e Reservatório de Pedro
Beicht 84

FOTO 33 Vista da Barragem de pedro Beicht durante a cons-


trução em 19 31 92

FOTO 34 Afloramento do gnaisse granltico (3b) utilizado


como agregado no concreto.Corte a Jusante da bar-
ragem. 93

FOTO 35 Amostras do gnaisse (coLetadas no afloramento


ilustrado na FOÎO 34) ... 94

FOTO 36 Testemunhos de sondagem mostrando o contato en-


tre o concreto e a rocha da fundação 94

FOTO 37 Àmostra PB-l. cnaisse granltico ( 3b).Aumento 38x.


Nicóis cruzados 98

FOTO 38 Amostra PB-3, Gnaisse granltÍco (3b).Aumento 38x.


Nicóis cruzados 99

FOTO 39 Concentrações de c j.mento endurecido com formas de


tonéis, encontradas nas imediações da barragem... f05
FOTO 40 Àmostra de cimento endurecido. Àumento 400x...... I07

FOTO 41 Amostra de cimento endurecido. Aumento 400x.. . ... I07

FOTO 42 Vista da parede da barragem, a Jusante 113

FOTO 43 Detalhe de fissura sub-horizontal con material


carbonático escorrido pela parede 113
xi

P.
FOTOS 44 Àmo!:tra PB-l' Lâ¡nina delgada de barra de argamas-
e 45 sa submetida a ensaio de reatividade potencial-M!
todo Àcelerado/NBRr. Aumento 38x. Nicóis parale-
los (FOTO 44) e cruzados (FOTO 45) ... 115

FOTOS 46 Àmostra PB-2. Lânina delgada de barra de argamas-


e47 sa sub¡netida a ensaio de reatividade Potencial-Mé
todo Acelerado/NBRl . Aumento 38x. Nicóie parale-
Los (Foto 46) e cruzados (FOTO 47 1... 116

FOTO 48 Bordas de reação álcali-agregado no contato entre


fragmentos de brita e argamassa I20

FOTO 49 Amostra SR 20032 (L4,87 m). Inagem obtida por ni-


croscopia efetrônica de varredura. Àumento 750x'
Detalhe do gel gretado em contato com ¡naterial de
baixa cristalinidade t20

FOTO 50 Àmostra sR 20033 (?,00In) . rmagem obtida pormicros


copia eletrônica de varredura. Àumento 750x' Mor-
fologia típica das fases cristalinas bem desenvof
vidas. l2L

FOTO 51 Detalhe da foto anterior. Aumento 2000x. I21-

FOTOS 52 Amostra SR 20032 ( 14,87 m) . Lâinina delgada de


e 53 fragmento de concreto. Aumento 38x. Nicóis Parale
Los (FOTo 52) e cruzados (FoTO 53) ... 123

TABELAS

TÀBELÀ 1 Principais parâmetros óptico-microscópicos, difra


tométricos Por raios X e esPectroscópicos por
infravermelho e resuLtados de ensaios de reativi-
dade potencial de agregados 36
xii
p.
TABELÀ 2 Composições modais e classificaçõee petrográficas
de "granitóLdes". 38

TÀBELÀ 3 Composições modais e classificações petrográficas


de quartzitos.... 39

TÀBELÀ 4 Matriz de correlação entre paremetros óptico-


microscópicos, difratométricos por raios x e es-
pectroscópicos por infravermelho e resultados de
reatividade potencial de agregados " " ' 44

TABELÀ 5 Composições modais do agregado rochoso da Barra-


gem de Pedro Beicht..... 96

TABELÀ 6 Principais parâmetros óptico-microscópicos e re-


sultados de ensaios de reatividade Potencial
(Método Àcelerado/NBRl ) .. 97

TABELA 7 Valores médios de traço reconstitufdo, teor em

átcalis, consumo de cimento e resultados de


ensaios f ís ico-mecânicos em testemunhos de
concreto 104

TABELA 8 Composição qufmica do cimento endurecido, possi-


velmente utilizado no concreto da Barragem de
Pedro Beicht..... 108
xiÍi

pÀRÂtETRos rExruRÀrs DE DEFoR¡.,tAçÃo a¡.t "cR¡r¡¡ró¡ops" E suA nrr,eçÃo


cor.t A REAçÃo Á¡cn¡r-ncnscADo: APLrcnçÃo no coNcRETo DA BARRAGE¡.Í DE
PEDRO BEICHI, SP.

RESU¡.{O

Na primeira etapa dos trabalhos ( "Experiências usando materiais


selecionados".), foram efetuados estudos laboratoriais em 20
amostras de rochas "granitóides" e gualtzlticas. Executaram-se
análises petrográficas por microscopia óptica; determinaram-se
fndÍces de cristalinidade do quartzo por difratometria de raios x
e "coeficiente de desordem" do quartzo por espectroscopia de
infravermelho; e realizaram-se ensaios de reatividade potencial de
agregados pelos nétodos: químico e de barra de argamassa (nétodos
normais a 38 e 60oC e acelerado, com determinações obtidas durante
24 meses e 28 dias, respectivamente ) .

A partir destes estudos, selecionaram-se dezenas de parâmetros


mineralógico-petrográ f Ícos cons iderados poss lveis condic ionadores
de reações á lcaJ. i-agregado, dos quais se revelou mais imPortante
a quantidade de quartzo microgranular (< 0,15 mm) . A granulo-
metria da matriz rochosa e dos cristais de quartzo (>= 0,15 nm),
e as medidas de ângulos de extinção ondulante do quartzo
associadas à quantidade deste mineral, podern, também, ser úteis na
previsão do comportamento álcaIi-reativo desses agregados ' Estes
três parâmetros são eminentemente texturais e podem constituir, ao
menos em parte, indicadores do grau de deformação atingido pela
rocha.

Dentre os métodos de ensaios de reatividade potencial os que se


mostraram mais adequados para avaliar o comportamento de rochas
"graniÈóides" deformadas tectonÍcamente foi o "Método Acelerado",
desenvol.vido pelo NationaÌ Building Research Institute - NBRI e
descrito por OBERHOLSTER e DÀVIES (1986).
xiv

Na segunda etapa, aplicaram-se as conclusões obtidas durante a


prineira no concreto da Barragem de Pedro Beicht. Conclufram-se
serem as concentrações de quartzo microgranular presentes no
agregado "granitóide" (deformado e, em parte, recristälizado) os
pri.ncipais responsáveis pela reação álcaLi-silicato ocorr.ida.
O cimento util-izado no concreto, há 60-65 anos, apresentava alto
teor em álcalis ( aproximadamente entre lr3 e 1r6t).
Veri f ícararn-se, na porção central da barragem, simultaneamente !
maior consumo de cimento; maiores teores em álcalis por metro
cúbico de concreto; maior incidência de bordas de reação álcali-
agregado e maíor quantidade de fissuras no concreto. Presume-se a
existência de algum fissuramento telacíonado à reação álcaIi-
agregado,

Os materiais neoformados presentes nas bordas de reação são


representados por gel alcalino, às vezes diferenciado en material
de baixa cristalinidade e, l-ocalmente, exibindo fases cristalinas
bem desenvolvidas de hábito foliar. Cornpõem-se predominantemente
de Si, Ca e K, podendo conter algum Al .
xv

TEXTURÀL PÀnÀ¡/TETERS QF DEFORIjIATION Ilf


'GRÀNITOIDS" ÀND THEIR
RELATIOIISHIP VÍITH THE åT!(ÃU. AGGREGATE REACTION: THE CASE OF THE
CONCRETE OF PEDRO BEICHT DA¡,I' SP.

ÀBSTRÀCT

This work was carried out in two parts. In the first one
( "Experiments using selected materials" ) 20 sarnpl-es of "granitoid"
and quartzitc rocks were submitted to laboratorial studies,
íncluding petrographic analysis determination of quartz
crystallinity index by x-ray diffraction, and attainment of quartz
"disorder coefficient" by infrared spectroscopy. Tests of
potential aLkali reactivity were performed by chemical and mortar
bar methods. The last one incLuded the traditional method at 38'C
and 60'c and also an accelerated methodi measurements were made
during 24 rnonths and 28 days, respectively.
Several mineralogical and petrographic parameters, selected from
the above studies , were related to potentiaf alka I i-aggregate
reactivity. The studies made it clear that the amount of
microcrys tal I ine quartz (<0,15 mn) is by far the most efficient
parameter. The grain size of the rock matrix' the quartz crystal
sizes (t= 0,L5 mm) and the undul^atory extintion angle in quartz'
if associated with the amount of this mineral, can be useful in
the prediction of the a Ikati -reac tivity of aggregates' The Last
three essentially textural parameters may constitute, at leâst in
part, rock deformation indicators.
Às judged from the resufts ' the accelerated method is to be
considered the most suitable for the evaluation of performances of
tectonicaLly deformâted "granitoid" rock. This method was
developed by the National Building Research rnstitute-NBRI and
discussed by OBERHOLSTER & DAVIES (1986).
The data obtained in the first phase of the present work were then
applied to the case of the Pedro Beicht Dam. rt was concl,uded that
microgranuJ.ar quartz concentrations present in the deformed and
partially rêcrystallized "granitoid" of âggregates are the main
agent answerabLe for the observed a lka I i -aggregate reactions'
xv ¡-

The cernent Þut to use in concrete, 60 to 65 years ago, was then


very rÍch in alkalis (about 1.3-1.6t).
Observations of features in the central part of the dam pointed
out: a higher cement consuption; higher content of alkali p"r
of concrete; higher incidence o.i aureoles of alkal i -aggregate ^3
reactÍon and aIso, larger abundance of concrete fissures. Sone
relationship between fissuration and alkal i -aggregate reaction is
presumed .

The neoformation material found in reaction aureoLes is an


alkal-ine gel which sometimes exhibit Low cystalLinity or, locally,
well developed foliar crystalline phases. In its composition, Si,
Ca and K are predominant, but some Àl may also appear.
rxrRoDUçAo

À quase ausência de registros de ocorrência de reação álcali-


agregado nos concretos brasileiros é decorrente do pouco estudo
que se tem realizado sol¡re a durabilidade de concreto e do pouco
cuidado que tem sido tomado na execução das principais obras
nacionais.
A partir do inlcio da década de 80, quando a reação áÌcali-
agregado detectada na Usina HidreÌétrica de Moxotó, no rio São
Francisco (BA,SErÀ1,), foi considerada a responsável pela
fissuração do concreto, houve uma crescente preocupação acerca do
potencial ál-caIi-reativo dos agregados rochosos utilizados nas
obras de concreto nacionais, especialmente aqueles considerados
petrograf icamente semelhantes ao de Moxotó.
O Instituto de Pesquisas Tecnol-ógicas do Estado de São Paulo-IPT
vem, desde 1986, subsidiando a execução de estudos míneralógico-
petrográf ico-tec nológicos voltados ao entendimento da reação
álcali-agregado em rochas "granitóides". Tais rochas encontram-se,
via-de-regra, afetadas por esforços deformacionais. de intensidade
variada, e perfazem grande parte dos materíais pétreos utilizados
como agregados para concreto no País. O presente trabalho dedica-
se fundamentalmente ao estudo das relações entre os parânetros
texturais de deformação observáveis em "granitóides" e o potencial
álcali-reativo destes em concreto.
Integram-se, neste estudo, duas áreas disÈintas de capacitação e
espec iaJ. ização, quais sejam: "Petrologia" e "Tecnologia do
Concreto". As atividades compreendem:
- verificação da adequabilidade dos métodos tradicionais de
ensaios de reatividade potencial, com vistas à sua utilização em
agregados "granitóides" deformados tectonicamente;
- identificação de parâmetros mineraJ-ógico-petrográ f icos condi-
cionadores de reações álcali-agregado em "granitóides" defor-
mados tectonicamente, considerando-se os métodos de ensaio
ava I iados ;
- investigações acerca dos fatores determinantes da reação átcali-
agregado ocorrida no concreto da Barragem de Pedro Beicht, o
2

qual utilizou agregado graúdo composto por "granitóide" afetado


por esforços tectônicos;
caracter:ização qufmica e morfológica dos produtos de reação
áIcal i -agr.egado presentes em barras de argamassa ensaiadas e no
concreto da barragem;
avaliação da influência da reação no desenvolvimento de fissuras
no corpo da barragem.
CAPÍTUüO I
GENERÂI,TDADES SOBRE REAçÕES Á¡Ce¡.r-lcRscADo

A deletéria reatividade á1cati-agregado tem sido mundialmente


investigada, provaveLmenÈe mais que qualquer outra manifestação
J.igada aos nateriais empregados como agregados para concreto. Esta
atenção pode ser justÍficada em virtude das solicitações de tração
advindas destas reaçôes expansivas, sendo que, em muitos casos'
medidas prevèntivas podem ser tomadas se a possibilidade de
expansão for predeterminada, antes destes agregados seren
empregados .

A crescente utilização de concreto em obras civis distantês dos


centros urbanos e a exaustão ou descontinuidade da exploração de
jazidas de agregados consagrados pelo uso têm aumentado o rÍsco de
reações deletérias, AIém disto, alguns materiais, a médio e longo
prazos, têm-se mostrado problemáticos devido à ocorrência de
reações expansivas de manifestação tardia' Esta situação tem
motivado e incentivado as pesquisas visando ao entendimento da
interação entre o cimento Portl"and e os agregados, de rnodo a
permitir a adoção de medidas preventivas à ocorrência dessas
reações. O aspecto diagnóstico torna-se fundamental para a
distinção entre as diferentes reações e paÈologias do côncreto
(BCÀ, 1988).

Muitos artigos importantes têm sido escritos desde 1940, quando


STANTON (1940) publicou descrições detalhadas sobre este fenômeno.
Artigos sobre petrografia dos agregados reativos escritos por
autores como DOLAR-MÀNTUANI (1983), DIAMOND (1975), GILLoT (1964),
GILLoT & SWENSoN (1969,L973\, GIIJLoT et al. (1973), MTELENZ
(1954), SVIENSON (1957), SI.¡ENSON & GILLOT (1960) e vIvIAN (1951)
são considerados clássicos no estudo dos agregados potenciafmente
reativos.
4

No Brasil, são poucos os trabalhos técnicos publicados


relacionados com o estudo da reação á]ca I i -agregado . Os trabalhos
existentes na literatura nacional referem-se, em geral, a estudos
detalhados das caracterlsticas e do comportamento de pozolanas e
cimentos pozolânicos brasileiros, agregados potencialmente
reativos, discussão de métodos de ensaio e controLe de concreto,
Coube a GITÀHY (f963) o mérÍto de ter publicado os prineiros
estudos detalhados referentes a agregados passíveis de reagir com
os álcalis, estudos estes desenvolvidos durante a construção da
Barragem de Jupiá, no Rio Paraná.

Recentemente, tem sido noticiado no meio técnico que a Usina


Hidrel-étrica de Moxotó, no rio São Frâncisco, concÌuída em 1977,
apresenta problemas de infiltração de água devido à fissuração na
estrutura do concreto, decorrente da reação álca1i-agregado
(SILVEIRÀ et ê1., 1985). MIELENZ (1984) estudou as amostras de
concreto e considerou o agregado granítico contendo quartzo
deformado como o responsável pela reação.

Valendo-se dos recursos proporcionados pela rnicroscopía eletrônica


de varredura, KTHARA & zAMprERr (1988) descreveram feições
caracterlsticas de reação á1ca I i -agregado, observadas em uma
pequena barragem, concluída em L97 L, construída sobre o rio
Joanes, próximo a Camaçari, BA. O autor considerou o quartzo
deformado presente nos agregados como o principal responsável pela
reâtividade.
Uma apresentação da situação aÈual do estudo da reação foi feita
por Z.AMPIERI et af. (1992) e KIHARA & SCANDIUzzI (1993), que
discutem também os casos conhecidos de concretos bras ileiros
afetados pela reação álcali-agregado.

I MECÀNr SMOS DAS REAçõES

A reação álcal- i -agregado é uma reãção lenta e complexa que ocorre


entre os álcalis ativos (solúveis) do cinento e algumas espécies
de minerais presentes em a]-guns tipos de agregados, que em
condições especiais provoca a deterioração do concrêto. À reação
5

se manifesta no concreto por um padrão de fissurações e


deslocamentos geralmente acompanhados de exsudação de gel ( DOLÀR-
MÀNTUÀNI , 1983), Por outro lado, não é sempre que a reação, mesmo
corn formação de gel, afeta as propriedades do concreto a nfveis
perigosos ( RÀPHAËL er aI., 1989).
À fissuração do concreÈo se deve, geralmente, à formação de um gel
interno expansivo que depende da interação entre as quantidades de
álcalis solúveis, natureza, dimensão e teor de agregados reativos,
condições de umidade e variações na temperatura do concreto' O gel
formado é constituído essencial-mente de Si com quantidades menores
de Ca, K, Na e presença de Al ou Fe ( REGOURD-MORÀNVILLE ' 1989),
além de quôntidades variáveis de água, uma vez que o gel é
higroscópico. As quantidades relativas de Câ, K e Na variam
conforme o agregado ( KÀTAYAWA & FUTAGAWA, 1989). Na superfície do
agregado, ou em poros próxinos, pode ser encontrada substância
cristalina com hábito lamelar, fibroso ou acicular (REGOURD-
MORÀNVILLE, op, cit.). São comuns arranjos de hábito "rosáceo"
formados por lamelas desse material; sua composição é próxima à do
gel e considerada semelhante à zeólitâ-À ou à okenita (COLE &
LÀNCUKI, apud CEUKELAIRE, 1991). Também se propôs que esse
material cristal-ino fosse uma espécie desconhecida do grupo da
rhodesita (CEUKELAIRE, op. cit' ), mas os dados ainda não são
conclusivos. Como produtos secundários da reação' são comuns
carbonatos e ettringita, que também podem ocorrer
independentemente da reação á1caIi-agregado (REGOURD-MORÀNVILLE,
op. cit. ).
Às condições de reação são ainda pouco conhecidas, por causa da
interação de vários fatores que podem acelerar ou inibir a reação'
Ocorre em prazos variados, de alguns meses até mais de 30 anos
( DIA¡{OND, f966), mas geralmente se observam evidências da
deterioração do concreto depois de quaÈro a sete anos (DÀvIS'
1981), Têm-se constatado casos (TUTHILL, 1982) em que um mesno
agregado utilizado em diferentes obras se comporta de maneira
distinta quanto à reação álcali-agregado: em algumas obras são
inócuosi e em outras, deletérios em toda a estrutura ou em partes
localizadas do concreto.
5

Atualmente, considera-se a existêncía de três tipos de reações


áIcali-agregado (GILLOTT, 1975¡ KIHÀRÀ & SCÀNDrUzzI, 1993), a
saber:
a) reação álcali-slJ-ica ¡
b) reação ál-cal i -carbonato;
c) reação álcal-i-silicato.

1.1 Reação álcall--sfllca


À reação álcali-sllica é o tipo de reação expansiva rnais rápido
conhecido (OBERHOLSTER et aL. 1983), Foi detectada pela primeira
vez em 1940 (STÀNTON, 1940), e compreende a reação entre os
álcalis disponfveis (ativos ) do cimento e alguns minerais do grupo
da sllica (opala, câlcedônia, cristobalita e tridimita) e certos
tipos de vidros naturais (vulcânicos ) e artificiais.
À deterioração do concreto pela reação álcali-sll^ica é decorrente
do ataque do agregado reativo pelas soluções alcalinas presentes
nos poros do concreto. Os álcalis atuam nas soluções dos poros,
aumentando s igni f icativamente a alcalinidade, cabendo aos íons OH-
o papel ativo nas reações com os agregados reativos. Na borda dos
agregados ocorre uma reação com formação de géis de silicatos
alcalinos, güê, em contato com a água, podem exercer pressões
hidráulicas itnportantes, superiores à resistência à tração do
concreto (POITEVIN & REGOURD, 1983). Este tipo de reação foi
responsáveI pela deterioração do concreto das barragens de Parker,
Califórnia (MEISSNER, 1940), Stewart Mountain, .Arizona' Matilija,
Califórnia (TUTHILL, 1982) e vaÌ de La Mare, Inglaterra (COOBES,
f976). Na Béì-gica, uma ponte rodoviária teve de ser demolida
devído à deterioração pela reação álcali-sílica (CEUKELAIRE,
1991).

Dos minerais reativos, a opala é o ¡nais comum, e ocorre com


freqüência associada à cal-cedônia em algumas areias e rochas
sedimentares (arenitos, cherts, calcários, diatomitos, etc.). En
certas rochas lgneas (dioritos, basaltos, etc. ) tem sido
constatada a sua presènça como produto secundário de alteração
decorrente da dissolução de silicatos e maLeriais vítreos
7

originalmente presentes nas rochas. O conteúdo de água de


cristalização e a natureza amorfa de sua estrut-ura são os fatores
responsáveis ¡:ela facilidade da reação á lcal i -agregado .

À calcedôni¿¡ é uma variedade de quartzo fibroso ou


criptocri sta I ino que pode ser potencialmente reativo. Ocorre em
depósitos sedimentares ou como produto de a.lteração de rochas
silicosas. Num estudo utilizando 50 amostras contendo calcedônia
com diversas morfologias, MINGSHU et al. (1989) concluíram que
existe estreita correlacão entre microestrutura e reatividade da
calcedônia. A cristobalita e a tridimita são formas cristalizadas
de sllica, metaestáveis, também consideradas potencialmente
reativas (MIELENZ, 1954), mas sem expressão nos agregados para
concleto usuaLmente empregados .
Os vidros naturais são encontrados em depósitos piroclásticos
(vul-cânicos ) ou em certos tipos de rochas vulcânÍcas como
riólitos, dacitos, andesÍtos e basaLtos. Os vidros vulcânicos mais
silicosos (SiO2 >= 52t) são considerados mais reativos que aqueles
menos silicosos (SiO2 < 52t) encontrados nos basaltos (DIA¡4OND'
f976). KÀTAYÀM.A et al . (1989) obtiveram um ]inite mínimo de 65t de
síLica para que vidros produzidos em Ìaboratório sejam reativos.
No BrasÍI, as ocorrências de depósitos piroclásticos ou de rochas
vulcânicas mais silicosas (ácidas e intermediárias) são pouco fre-
qüentes e restritas, e nelas o vidro vulcânico encontra-se
geralmente devitrificado (SCHOBBENHAUS, 1984).Os vidros
artificiais, principalmente aqueJ-es com conteúdos naiores de
áIcalis, como o "pyrex", são considerados altamente reativos
(DIAMOND, op. cit.). O uso da escória siderúrgica como agregado,
embora de caráter menos silicoso, deve ser cuidadosamente estudado
para a prevenção da reação á lca 1i-agregado .
O caráter reativo dos vidros naturais e artificiais deve-se
fundamentalmente à estrutura desordenada (anorfa).
1,2 Reaçåo álcal l. -carbonato
A reação á lcal i -carbonato compreende a reação entre os álcaIis
clisponfveis do cimento e alguns agregados rochosos carbonáticos,
colno calcários dolomlticos argilosos. Caracteriza-se por não
apresentar a formação de um get expansivo, e foi descrita pela
prirneira vez por SWENSON (1957) em Kingston (Canadá). O autor
verificou que o calcário dolomítico, utiLizado como agregado do
concreto, eÍibora com baixa porosidade e boas propriedades flsicas'
era o responsável pela acentuada deterioração do concreto após
seis meses de sua execução. Petrogra f icamente , o agregado
utilizado foi um calcário dol-omítico de granulação fina,
constituído de dolomita e calcita em proporções equivalentes,
caracterizado por uma textura de cristais ro¡nboédricos de dofonita
em uma matriz micrítica de calcita com argiJ-ominerais (illita e
cJ-orita) disseminados (SWENSON & GILLOTT' 1960).
À deterioração do concreto pela reação álca I i -carbonato é
atribufda à reação da dolomita com a solução alcalina, co¡n
conseqüente dedolonitização do calcário e enfraquecimento da
ligação pasta-agregado (HADLEY, 1964 ) .
O mecanismo de expansão é supostamente resultante de processos de
dedoLomit ização, que geralmente rnodif icam o arranjo textural do
calcário, combinados com a presença de argilominerais (corno
ilJ-ita), guê facilita a desagregação do agregado. Ensaios
laboratoriais têm mostrado que quanto maior a dimensão do agregado
calcário, em condições de umidade e alta te¡nperatura, maiores são
as expansões causadas por esse tipo de reação (vÙÀl,KER, 1966). Tem-
se constatado que os ensaios mineralógicos e petrográficos são de
grande valia, pois se considera que os calcários mais reativos são
aqueles que apresentam textura fina caracterfstica, com relação
ca Ic ita-dolomita próxima a 1e presença de argilomineral na sua
composição ( GILI,OT, f 975),

KÀTAYAMA (1992) destaca a existência de vários tipos de auréolas


de reação em agregados caLciticos e dolomíticos desvincul-adas
tanto do fenômeno expansivo do concreto, como do seu teor em
átcalis. Àfirma também que a reação deletéria está restrita às
9

rochas carbonáticas ímpuras (contendo, pelo menos, 5 a 10t de


resfduo insóluvel em ácido clorldrico¡, com totaL independência da
relação calc ita-dolomitâ . Sugere ainda que a reação expansiva nos
casos acima seja causada pe10 quartzo criptocris tar ino detectado
no resfduo insol.rlvel . pottanto, a reação á lcal i-carbonato seria
si.mplesmente uma forma de reação ál,cati-sllica ( KÀTÀyÀ .A, Igg2l .

1,3 Reação álcaL L-sLlLcato


À reação árcali-silicato é de natureza mais lenta e mais cornplexa
que a reação álcali-sflica (OBERHOLSTER et al., 1993). Compreende
a reação entre os álcalis disponlveis do cimento e alguns tipos de
silicatos eventualmente presentes em certas rochas sedimentares
(P.ex., argiLitos, siltitos e grauvacas), rochas metamórficas
(p,ex., ardósias, filitos, xistos, gnaisses, granulitos,
quartzitos e hornfels ) e ígneas (p.ex., granitos).
À lista de agregados susceptíveis de serem reativos é longa e
envoLve fundamentalmente a presença de quartzo deformado por
processos tectônicos ou de minerais expansÍvos da classe dos
filossilicatos (p,ex., vermiculitas e montmorilonitas).
o quartzo é um dos minerais termodinamicanente ¡nais estáveis nas
condições de intemperisrno. Entretanto, te¡n-se verificado que
algumas amostras de rochas que experimentam processos de
tensionamento são sensíveis à reação com os álcalis do cimento. O
quártzo, componente dessas rochas, apresenta-se com a estrutura
cristalina deformada, sendo-lhe atribuído o papet do componenÈe
responsável pela reação. O quartzo deforrnado, supostamente con
maior entropia, é caracterizado por microscopia de luz polarizada,
por meio de sua extinção ondulante. Ouanto mais intensa for a
deformação, maior será a Í¡anifestação dessa extinção. DOLAR-
MÀNTUAN r (r981) desenvol,veu urn método microscópico para determinar
a intensidade da deformação, através da medição do ângulo de
extinção ondulante (UE=',undulatory extinction angle,'), sugerindo
que valores médios inferiores a l50 caracterizam rochas não-
reativas (se a granulometria for maior que 0,15 m¡n e o quartzo o
10

único mineral reatÍvo), e os maiores que 25o, rochas


potencíalmente re¿ìtivas. Medidas efetuadas peì-a autora, em
agregados reativos quartzosos (arenito, grauvacas, quartzitos)
determinaram ângulos médios variando de 20r5' a 3lr4'. O valor
Ii¡nite de referência é discutíveI, e muitas pesquísas ainda
deverão ser desenvolvidas para determinação mais clara do limite
angular e do próprio método. No aspecto prático, a presença do
quartzo deformado, não se considerando o seu teor no agregado, não
é suficiente para caracterizar a potencialidade do agregado quanto
à reação com os átcalis do cimento. GOGTE (1973), estudando a
reatividade, pelo ensaio de expansão de barras, de diferentes
agregados ( granitos, granodioritos, gnaÍsses, charnoquitos,
quartzitos e xistos) contendo quartzo deforrnado, verificou que
rochas com mais de 40t de quartzo deformado eram altarnente
reativas, e aquelas com 30t a 35t, moderadamente reativas. Nas
amostras de quartzo não-deformado ou recristaLizado constatou
expansões negl igenc iávei s.

BUCK (1987) considera potencialmente reativos os agregados que


contenham mais de 20t de quartzo deformado, com ângulo de UE maior
que 15o.
MULTICK et aI. (1987) sugerem que quartzitos com um mínirno de 25t
de quartzo com ângulo de UE maior que 25o são potencia.Imente
reativos. Por outro lado, granitos com apenas 158 de quartzo
defornado, tanbém com UE maior que 25o, apresentan expansões
semel-hantes após três meses no ensaio de barra de argamassa a
6OoC. Neste caso, deve-se levar em conta o papel do feldspato
alcalino, que pode Iiberar áIcalis na presença de hidróxido de
cáLcio (LE ROUX & CADOR, t9B4). Além do feJ-dspato alcalino, RAO &
SINHA (1989) consideram que a presença de mirmequita e pertita
acelera a reação. complementarmente, ZÀ.MPIERI , et al . (rgg2)
também consideram o pJ.agioclásio tensionado como reativo.

Minerais da classe dos filossil-icatos, como il-Iita, montnorilonita


e vermiculita, podem experinèntar reações acompanhadas de
expansões ou esfoliações quando em contato com soluções alcalinas
ou por incorporação de água na sua êstrutura cristalina. As
11

evidências mais claras desse tipo de reação foram obtidas por


GILIOTT et al. (1973), no estudo de grauvacas, argilitos, filitos
e xistos da Nova Escócia. Nestas rochas verificou-se que o
filossilicato tesponsáv'eI era a vermiculita.
Este tipo de reação foi responsável peta deterioração do concreto
na região de Cape Town (^África do Sul), onde mais de 50t das
estruturas de concreto, construÍdas desde 1950, vêm exibÍndo
sinais de deterioração (OBERHOJ,STER et a.l ., f983). Concretos das
barragens de Steenbras (.á,frica do SuI) , Mal-ay FaLls (Canadá)
(POITEVIN & REGOURD, 1983) e Drum Afterbay (Estados Unidos)
(TUTHILL, f982) tanbém foram afetados pela reação áLcali-silicato.

ELEMENTOS pARTrCrpAr¡TES DA REAçÃO ÁLCALT -AGREGADO

2.1 Álcalts
Do ponto de vista químico,os àlcalissão os eLementos que ocupam a
primeira coluna da tabela periódica, Desses elementos, entre os
quais se encontram o sódio, o potássi-o, o rubídio, o lítio etc.,
apenas o sódio e o potássio estão presentes no cimento em
quantidade significativa, tendo sido demonstrado, até o momento,
que ambos estão relacionados em reaçöes com os agregados do
concreto. NISHIZAKI & KATÀWÀK I (1989) concluíram que o sódio tem
influência muito naior que o potássÍo na reação álcali-agregado.
Os álcalis se incorporam ao cru de fabricação do cimento Portland,
provenientes das matérias-primas utiLizadas na fabricação,
principalrnente argilas, feldspatos, nicas, entre outros minerais,
empregados no processo.

Estes áLcalis do cimento passam rnais ou menos rapidamente -


conforme sua velocidade de reação com a água - à solução, ao
ocorrer a mistura do cimento com a água e iniciar-se a hidratação.
Ao se produzir a hidratação do cimento, por um efeito de
intercâmbio iônico com o Ca(OH)2 liberado pela hidratação dos
L2

silicatos de cálcio, os álcalis passam à solução, no estado de


hidróxidos aLcalinos.
Os hidróxidos de sódio e potássio são responsáveis pela expansão
durante a reação álca I i -agregado, sendo, segundo DÀVIS (apud
SBRIGHI NETO, 1984), o hidróxido de sódio mais agressivo que o
hidróxido de potássio.
Conforme os resultados de VIVIAN (1951), DIÂì4OND (19?5) e HOBBS
(1978), em estudos com agregados reativos, a causa principal do
ataque ao agregado é a elevada concentração de íons de hidróxido
nas soluções contidas nos poros de concretos executados com
cimentos ricos em sódio e potássio. Entretanto, a reação álcali-
agregado não ocorre, fundamentalmente, entre os fons de hidróxido,
enìbora o teor destes mesmos esteja diretanente condicionado ao
teor de íons de álcalis.
À partir do conhecimento da reação álcali-agregado, tem-se
procurado diminuir o teor de átcalis do cimento, o que pode ser
feito ou com a troca das matérias-primas utilizadas ou com
alÈerações no processo de fabricação do clínquer, sendo ambas as
soluções dispendiosas para o fabricante.

2.2 Agregâdos reatLvos


Agregados reativos são aqueles que contêm, em diferentes
proporções, componentes minera.lógicos que reagem com os áIcalis do
cimento, provocando a deterioração do concreto por reação de
expansão. À lista de agregados potenciã]mente reatÍvos é extensa,
e ainda não existe consenso sobre muitos deles. Dentre os
principais minerais reativos, citam-se! opa1a, calcedônia,
cristobaLita, tridimita, quartzo deformado, vidro vu.lcâníco
essencialmente silicoso, ilJ-iÈa, verrniculita e montmoril"onita
( KIHARÀ & SCÀNDIUZZI, 1993).
13

3 FAToRES eun TNFLUEt¡crÀ¡{ NA REAçÃo Á¡,ce¡,r-ncnscADo


O estudo da reação á).cal i -agregado no concreto é complexo, sendo
r.lif lcil a sua previsão. Dif erentes são os f atores que .interagem no
mecanismo de atuação e expansão da reação. À rêaçåo ocorre quando
há interação entre o agregado reativo, os álcalis disponlveis no
concreto e o meio ambiente a que é submetido o concreto.
Àlén dos tipos de agregados reativos já citados devem-se
considerar ainda os seguintes fatores como influenciadores da
reação álcal i-agregado :
a) teor de álca1is do cÍmento;
b) consumo de cimento do concreto;
c) quantidade de grãos reativos do agregado;
d) dimensão dos grãos reativos;
e) outros fatores.

3.1 Teor de áIcalLs do c:lnento


Comumente, os cimentos possuèm teores em equivalente de óxido de
sódio (Na2O) que variam até 1,8*.
Cimentos com teores menores de 0r6t de álcalis, denominados de
baixo teor, eram considerados não-problemáticos quando utilizados
em concretos com materiais reativos; já os que possuem teores
superiores a 0,6t de ál-caIis, designados de alto teor, eram
considerados inadequados para taL finalidade (CHONGXI, 1986).
À experiência mostrou, entretanto, que tais considerações são
teóricas, e o limite deve ser encarado como critério Ínsuficiente
de segurança contra a reação áJ-ca I i-agregado ,
WOOLF lapud SBRIGHI NETO, 1984), en 1952, concluiu que essas
reações podem ser expansivas com cimentos de baixo ou alto teor de
álcalis, pois estas dependem tanbém de outros fatores, como' por
exemplo, do teor de minerais reativos no agregado.
VIVIÀN (apud SBRIGHI NETO, 1984) delinitou experj-menta lmente o
âñbito de piores condições que pode apresênÈar um concreto ou uma
l¡l

argamassa. Segundo esse èutoì:, nesse âmbito aparecem as condições


exigidas pata que exista a reação expansiva.
En seus estudos, VMAN ( op. cit. ) demoriìstrou que para cada
agregado reatívo deve haver obr igatoriamente um determinado teor
de álcalis para que se produza a máxima expansão ( "concentração
péssima"). Fora desse linite, as expansões serão progress ivamente
menores. O mesmo conceito pode ser aplicado aos agregados
reativos: aqueles que apresentam expansões máxirnas dentro de
certos intervalos de freqüência podem ser pouco expansivos fora
destes inter:va.los (HOBBS, 1978). TaI fato torna diffcil a
avaliação do comportamento do concreto à reação á J.cal i-agregado, a
partir dos ensaios de previsão da reatividade do agregado.
Os álcafis do cimento, representados por Na2O¡ podem estar
presentes sob a forma de sulfatos ou de soluções sólidas nas fases
(C3S, C2S¡ C3A e C4AF) do clínquer. Os álcalis em so.lução aumentam
cons ideravelmente a alcalinidade das soluções dos poros de
concreto, aumentando a concentração dos lons OH-, agentes
responsáveis pela reação álcali-agregado (DIÀÌ4OND, 1975).
A liberação e a conseqüente concentração de álcafis na solução dos
poros dependem da hidraulicidade das diferentes fases do cimento
que contêm os álcalis. As fases mais solúveis nas prineiras idades
são os sulfatos, o C3A e o C3S. O C2S e o C4AF são as fases de
hidraulicidade maÍs lenta, sendo parcialmente solúveis a idades
mais tardias. Usualmente, o teor de álcal-is total apresentado nas
análises químicas refere-se ao contêúdo de álcaIis expresso
em equivalente em sódio (0,658K2O + Na2O), não representando
o conteúdo de álcalis disponível nas soluções dos poros. Uma
primeira aproxirnação dos áLcalis disponíveis do cimento pode ser
obtida pela determinação dos álcalis so.l-úveis (DIÀMOND, I975¡
OBERHOLSTER, 1988). O conteúdo de álcalis dísponível na solução
dos poros pode aumentar s igni f icat ivamente em condições altas de
umidade e temperatura, influindo na intensidade de reação.
Em concretos com agregados potenc ia.l-mente reativos, a norma ASTM
C-L50 recomenda o uso de cimentos con baixo teor de á1calis,
limitado em 0r6E em equivalente de sódio. Este limite é criticado,
15

Pois foi definido a partir de correlações de estruturas de


co!ìcreto deterioradas pela reação álcali-sllica. À lirnitação do
teor de álcalis tìo cimento, sem considerar' o teor de álcalis
disponfveis (atil'os) nas soluções dos poros e a quantidade de
álcal,is que é J.ncorporada ao concreto, tem mostrado Pouco
significado, em virtude da observação de estruturas de concreto
deterioradas mesmo com o uso de cimentos com baixo teor de
álcaIis.

3.2 Consumo de cLmento no concreto


SPRUNG (apud DOLÀR-MÀNTUÀNI, 1983) pesquisou e concluiu que tem
maior Ímportância a quantidade efetiva de álcalis Presente em
certo volume de concreto que unicamente o teor de equivalente de
Na2O no cimento .

À tendência atual é lirnitar o conteúdo de ál-caLis totais ou


solúveis por ¡netro cúbico de concreto. Na Alemanha recomenda-se
que o conteúdo de címento no concreto não exceda a 500 kglm3 para
o cimento com limite superior de 0,6t em equivalente de sódio, o
que corresponde a um conteúdo limite de equj-valência em sódio de
3 Xg,/rn3 de concreto; linite também recomendado na rnglaterra
(DÀVIS, 1981). Na .6,frica do SuI, propõe-se o mesmo limite de teor
de álcalis no cimento para um concreto que não exceda um consumo
de 350 kg/m3 de cimento, o que corresponde å um conteúdo de
equivalente em sódio de 2,1 kg/m3 de concreto. OBERHOLSTER (1983),
fundamentado no estudo dos agregados sensíveis à reação á1ca1i-
silicato da África do Sul, estabeleceu os seguintes limitês para
aqueles agregados ( f'IGURÀ 1).
a) acima de 3,8 kg de equival-ente em sódio disponível po. .3 d"
concreto: ocorrem reações expansivas ( "deletério" ):
b) abaixo de 1,8 kg de equivalente em sódio disponlvel por *3 d"
concreto: não ocorrem reações expansivas ("inócuo"):
c) entre 1,8 e 3,8 kg de equivaÌente disponível por m3 de
concreto3 podem ocorrèr reações expansivas ( "Potencialmente
del,etério ") .
l6

Em \n trabalho maia recente, oBERHoLSTER (1988) apresenta limitee


mfninos de equivalentes totais de Na2O em kgl .3 d" .on"teto para
oÍto tipos de agregaclos sul-africanos, conforme 6uas unidadee
geológicas. Os li¡nites variarn de 2,0 a 4,5 kglm3, sendo esse
último, referente a um granito, considerado provisório.
É inportante salientar que, além do cimento, outras fontes de áI-
calis (pozolanas, aditivos, agregados ricos em álcalis, etc) podem
contribuir para o conteúdo de álcalis disponlveis no concreto.

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> 3,8 tg NoAO reuir. /n3


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< 1,810 NgO .quiv


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o,5 t,o ì,5 2p

Alco l¡r otivor no c¡nanlo ( o/o NoaO rquivol.nl. )

FIGURÀ1- Relação entre o conteúdo de áIcalis ativos no


cimento, teor de cimento do concreto e campos de
reatividade potencial (OBERHOLSTER, 1983 ) .

3.3 Quantidade de grãos reatlvos no agregado


Quando a quantidade de grãos reativos no agregado é pequena, o
consumo de áLcal,is na reação é nuito pequeno e, Portênto, a
T7

concentração de álcalÍs não é suficientemente reduzida na fase


j.nicial do processo para impedir a fornação de gel expansivo'

Quando a quantidade de grãos reativos é grande, a concentração de


áIcalis é rapidamente reduzida, obtendo-se assim reações seguras'
que cessam quarrdo os áIcaLís tenham sido consumidos ( DOLÀR-
MÀNTUANT, 1983).

HOBBS (19?8) executou ensaios de reatividade potenciaL em barras


de argarnassa 1a 20oc, durante 7, 14, 28 e 56 dias)' preparadas com
misturaE de proporções variadas de opala e areia' esta
supostamente inócua. Observou gue, quanto maior a quantidade
de

opala, mais rapidamente se iniciava a reação' apesar de os máximos


valores de expansão ocorrerem com teores aproximadamente entre 3 e
6t de opala, decrescendo paulatinamente até atingirem valores
desprezlveis de expansão para misturas com mais de 20t de opala '
Explica-se: proporções muito al"tas de opala esgotariam os álcalis
disponfveis no concreto antes de aparecerem expansões
consideráveis.

À importância desse efeito com relação ao desenvolvimento da


por
expansão é mostrada esquematicamente na FIGURÀ 2' elaborada
pLutf, PouLsEN & IDoRN (1958), com base em resultados de ensaios
realizados pelo método de barras (Norma ASTItl C-227)'
se a argamassa é pIástica, os grãos reativos podem-se expandir
comparativa¡nente muito mais, sem que as barras apresentem
as

expansões totais (curva OB) por causa da fluência da pasta'

o ponto B' é chamado de "proporçäo péssima" ' pois é o


que

corresponde à exPansão máxima .

Em condições convencionais do ensaio de barras de argamassa


(Norma

ASTI'I C-227)r denomina-se o intervalo E'F' intervalo


perigoso' É'
determinado pelas proporções de materiais reativos no agregado
correspondentes ao 1imíte máximo de expansão de 0'10t aos 6
meses

de idade.
18

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2
MATERIAIS RE ATIVOS NOS AGREGAD0S 7c

FICURÀ2 - Expansão das barras de argamassa em razão da


proporção de materiais reat ivos no agregado ( PLUM,
POULSEN & TDORN, 1958).

3.{ Dlnensão dos grãos reativos

Grãos reativos de dimensão muito reduzida provocam reação rápida e


intensa antes que o gel se tenha formado. Portanto, grandes
quantidades de materiais finamente pulverizados, devido à sua
grande superffcie especffica, fazem com que a concentração de
áIcaLis seJa rapidamente reduzida, de forma que os agregados
¡naiores não cheguem a sofrer as reações secundárias que provocam a
formação do gel expansivo.

oBERHOLSTER ( 1988) destacou a provável existência de outros


mecanismos inibidores da reação por introdução de aditivos.
Constatou que lnesmo em ensaios Onde ocOrre fornecimento abundante
de NaOH, a expansão é reduzida pela presença de aditivos '
l9

À adição de pozolanas ao cimento, por exenplo, deve ser de tal


ordem que reduza a concentração de álcalis até o que seria
considerado como teor seguro para evitar a expansão. Esta situação
de segurança varia com o tipo de material pozolânico, com sua
quantidade e com sua finura.

MCCONNELL et al . (apud DOLÀR-MÀNTUÀNI, 1983) conclulram que o


tamanho das partfculas do agregado reativo também âfeta a posição
da "proporção péssima". E, nesse caso, a porosidade do material
reativo tem sua contribuição .
Para materiais reativos porosos. a proporção péssima decresce com
o aumento da dimensão da partlcula com correspondente queda da
expansão. Para materiais reativos densos, a proporção péssirna
cresce com o aumento do tamanho da partícula com correspondente
aumento na expansão .

3.5 Outros fatores


Sendo o concreto um conjunto tão complexo, é evidente que a
magnitude da reação é influenciada por uma série de outras
c aracterí s ticas , alérn das que foram abordadas.

Às condições âmbientais a que é submetido o concreto'


representadas por variações de temperatura e umidade' têm
influência significativa no comportamento do concreto com relação
à reação álcal i -agregado . A exposição contlnua ou cfclica à
umídade favorece a solubílização e migração dos lons alcalinos na
soJ.ução dos poros, aumentando a agressividade das soluções nos
agregados. Pela experiência, aceita-se que concretos ern ambientes
com umidade relativa inferior a 759 não sofrem reação álcali-
agregado (BCA, 1988). Estruturas de concreto em contato com água
ou com sistemas deficientes de circulação de água (drenage¡n) são
mais vulneráveis à reação álcal i -agregado . A água do mar,
provavelmente devido ao seu conteúdo de sódio, acelera mais a
reação do que a água doce, conforme ensaios realizados por
NISHIBÀYASHI et a1. (1989). .4, exposição cíc1ica à umidade pode
condicionar a concentração de álcalis em regiões localizadas do
20

concreto, propÍciando teores próximos da "proporção péssÍrna",


permitindo a intensificação das reações de expansão (KIHÀRÀ, 1986;
KrHÀRÀ e SCÀNDIUZZr, 1993).
No que diz respeito à temperatura, sua elevação acelera as reações
alcalinas, havendo um incremento nas expansões, principalmente nos
estágios iniciais.
É inportante ressaltar que a deterioração do concreto pela reação
álcali-agregado pode ser amplamente facilitada quando o concreto
com agregado reativo não é produzÍdo dentro dos padrões exigidos.
Permeabilidade aLta, baixa compacidade e alto consumo de cimenÈos
são caracterlsticas que comprometem a durabilidade do concreto de
maneira geral., portanto, trazendo uma série de reflexos
comprometedores nas reações álcali-agregado (SOERS & I4EYSKENS,
1989).

4 ìdToDos DE ENsAro PARA AvAr,rAçÃo DÀ REATTVTDADE porErcrAr DE


AGREGADOS.

Os métodos de ensaio utilizados para avaliação da reatividade


potenciaì, de agregados podem ser agrupados em dois tipos básicos:
ensaios diretos no agregado e ensaios em combinação cinento-
agregado.

Os ensaios diretos no agregado, considerados tradicionais, são:


ensaio químico, ensaio em cil-indro de rocha e análise
petrográfica. Complementarnente, para quartzo e outros minerais do
grupo da sflica, tê¡n sido realizados estudos de seus graus de
cristalinidade utilizando difração de raios x e espectroscopia de
infravermeLho.

O ensaio qulmico mais difundido é o regido pela norma americana


ASTM C-289. Consiste na reação do agregado mofdo com solução de
NaOH por 24 horas e subseqüente rnedição da redução de alcalinidade
e silica disolvida na solução. A principat vantagem do método é a
rapidez, que, entretanto, é inúti1 na detecção da reação álcali-
carbonato e nem sempre confiável, tendo fornecido classificações
2L

errôneas para agregados de comportarnento em obra bem conhecido


(BÉRUBÉ & FOURNIER, 1993). Existem outros tipos de rìnsaios
qulrnícos, mas são de utilização menos generalizada e tiveram seu
uso reduzido com a introdução dos nétodos acelerados de barra de
argamassa ( GRÀTTÀN-BELLEI{, 1989 ) .

O ensaio do cílindro de rocha, descrito pela norma âmericana ASTI,{


C-586 (apud GRÀTTÀN-BELLEW, 1989) foi criado para a detecção de
expansão deletéria em agregados carbonáticos. Consiste na
monitoração do comportamento de cilindros de rocha imersos em
solução de NaOH. Com a introdução do ensaio acelerado de barra de
argamassa, esse ¡nétodo também caiu em desuso.

A análise petrográfica é descrita, de modo sucinto, pela norma


americana ÀSTM C-295. Suas principais vantagens são a
identificação e quantificação das fases potencialmente reativâs
presentes no agregado, Todavia, a análise petrográfica não tem
sido utilizada para fornecer informações sobre a expansibilidade
de uma combinação cimento-agregado particular ( GRÀTTAN-BEILEIV, op.
cit. ) Mesmo assim, num agregado qualquer de comportamento
desconhecido, o primeiro ensaio a ser realizado deve ser a análise
petrográfica (BÉRUBÉ & FORNIER, op. cit. ), que indicará a
necessidade ou não de novos ensaios ou até mesmo desaconsel-har o
uso do agregado ,

O lndice de cristal-inidade do quartzo é determinado por relações


geométricas entre os picos relativos a alguns planos reticulares,
obtidos em difratômetros de raios X. Em geral, a correlação com os
ensaios tradicionais de reatividade não é nuito boa (NISHIYÀUA et
a1 ., 1989).

À prineira técnica utilizada - espectroscopÍa de infravermelho -


para determinação da reatividade potencial foi proposta por HIRCHE
(1975). Atualmente, utiliza-se o "coeficiente de desordem" (Cd) do
quartzo, introduzido por BÀcHIoRRINI et a1. (1987). Tal método
consiste na análise do espectro de absorção do quartzo finamente
moldo.
22

Os ensaios de combinação cimento-agregado tnais utilizados são oa


de barra de argamassa e o do prisma de concreto. ExÍstem, também,
os métodos acelerados e os que utilizam autoclave.

O método da barra de argamassa mais anplamente difundido é o


descrito pela norma americana ÀSTM C-227. Consiste na monitoração
da expansão de barras de argamassa a L00t de umidade e temperatura
controlada.Tal método apresenta como principal incoveniente o
Iongo tempo até a obtenção dos resultados (pelo menos 3 meses).
Várias modificações e aperfeiçoamentos foram propostos (GOGTE,
1973), MULLICK et al .¡ 1987; GRÀTTAN-BELLEW, lggg). Não pode ser
aplicado em agregados suscetíveis à reação áLca I i -carbonato e não
é muito confiável na reação álcali-silÍcato ( GRATTAN-BELLEW, 1987;
BÉRUBÉ & FoURNIER, 1993). por esse método, o agregado reativo da
Barragem de Moxotó seria considerado inócuo ( PAULON & CAVÀLCÀNTI,
1986). NTSHIBAyÀSHr et al .(1989) propuseram que o método fosse
realizado com ciclos de umedec imento e secagem, o que reduziria os
prazos em pelo menos 3 vezes. KÀTÀWÀKI et aI. (1989) compararam
resultados de ensaíos reaLizados pelo rnétodo qulmico ( Norna ÀSIIM
C-289) e pelo de barra de argarnassa (Norma AS,Iï{. C-227, durante 6
meses). Propuseram que o campo especificado para agregados
" potenc ial,mente deletérios " no método qulmico fosse também
considerado "deletério',.
O ensaio do prisma de concreto, descrito pela norma canadense CSÀ-
423.2-144 (apud BÉRUBÉ & FOURNIER, op. cit.), é se¡nelhante ao
método anterior, utilizando maiores dimensões do corpo-de-prova e
do agregado. Em agregados carbonáticos, utiliza-se temperatura de
23"C¡ para os outros tipos de agregados, 38"C. Este ensaio
apresenta razoáveI confiabi idade, e tem como inconveniente o
J.

longo tempo de execução (1 ano) (BÉRUBÉ & FORNÌER, op. cir.).


O ensaio acelerado de barra de argamassa, conhecido como NBRI
(National Buiì.ding Research Institute), descrito por OBERHOLSTER e
DAVIES (f986), consiste em monitorar por pelo menos 12 dias a
expansão de barras de argamassa imersas ern solução lN de NaOH a
80oC, com relação água/cimento constante O método NBRI pode ser
aplicado em todo tipo de agregado, embora seja muito severo com
alguns agregados inócuos e, nem sempre indigue a reatividade de
23

outros con6iderados reativos (BÉRUBÉ & FORNÌER, op. cit.). Devido


à sua rapidez e relativa conf iabil-ùdade, o método tem sido
amplamente utilizado. Uma variação desse método foi pr:oposta por
YOSHIOKI et â1., apud GRÀTTÃN-BELLEW (1989) e CHATTERGI , apud
BERRå, et aJ". (1992) propôs um teste semelhante, utilizando solução
de NaCl a 50 "C.
O método do autoclave consiste basicamente na preparação de
pequenas barras de argarnassa e em submetê-las a al-ta pressão e
temperatura por aÌgumas horas, em autocLave. Este método é
relativamente novo e requer a realização intensiva de testes para
deterninação dos limites de expansão ( GRÀTTÀN-BELLE!{, f9g9).
Dada a complexidade das reações álcali-agregado e às limitações
dos diversos métodos, BÉRUBÉ & FoURNTER (1993) recomendam a
realização de mais de um tipo de ensaio para a avaliação do agre-
gado, além de análise petrográfica.
24

GAPÍTULO 2

EXPERIÊ¡¡CIAS USANDO MATERIAIS SELECIOIIADOS

Esta fase consistiu no estudo de 15 amostras de rochas


"granitóides" (fgneas ou metamórficas plutônicas, de composição
essencialmente quart zo- feLdspát ica ) e 5 de quartzitos. Tais
amostras, de procedências diversas, em parte coletadas no campo,
em parte provenientes de obras de usinas hidreLétricas nacionais
em projeto ou em execução, foram selecionâdas conforme suas
caracterlsticas texturais e composicionais, procurando-se
contemplar as principais variações observáveis em rochas co¡n
diferentes graus de deformação tectônica. Neste contexto, as
rochas quartzlticas foram incluídas por apresentaren
caracterfsticas semel.hantes às côncentrações quartzosas presentes
nos "granitóides',. pela mesma razã,o, incluíram-se rochas
essencial,mente feldspáticas, como as monzonfticas e
monzodioríticâs .

Foram efetuados ensaios de reatividade potencial de agregados


peLos métodos mais comumente utilizados. Seus resultados foram
relacionados com os vários parâmetros nineralógico-
petrográficos mencionados na literatura como possíveis
condicionadores de reações á lcal i -agregado, quais sejam: óptico-
microscópicos, difratométricos por raios X e espectroscópicos por
infravermelho. Selec ionaram-se, então, para a fase seguinte, os
princ ipais parâmetros minera J-ógico-petrográ ficos condic ionadores
dessas reações, bem como o método de ensaio de reatividade
potencial mais adequado, considerando-se: precisão, rapidez de
execução e sua correlação com os parâmetros.

OBi'ETIVOS

À partir de experimentos realizados em anostras de rocha


selecionadas, obJetivou-se delinear parâmetros texturais de
deformação tectônica comumente observados em ',granitóides,' e
avaliar sua influência na reação áIcaIi-agregado. Objetivou-se
também avaliar a adequabilidade dos métodos de ensaios de
25

reatividade potencial comumente utilizados, visando


utilização em "granitóides" deformados tectonicamente.

2 I{ETODOLOCIA

2,L PesquLsa blbltográftca


Compreendeu levantanentos acerca das reações álca I i-agregado, os
fatores interagentes e os aspectos mineral-ógicos, petrográficos e
tecnológicos envoLvidos nas reações.

2.2 Trabalhos de campo


Os trabaLhos de campo visaram especificamente à coleta de a¡nostras
de rocha "granitóide" ou quartzítica com diferentes graus de
deformação. Àssim, amostraram-se tanto maciços rochosos
indeforrnados como regiões fraca a fortemente afetadas por esforços
tectônicos ou falhamentos. Coletaram-se nessa campanha 11
amostras. Outras 9 amostras utilizadas neste trabalho foram
selecionadas com base no Relatório ne 2? 508 ( IPT, 1990 ) ,
procedendo de obras de usinas hidrefétricas em projeto ou
execução.

As amostras estudadas têm a seguinte procedência:


Amostra Procedênc ia
1 Usina Hidrelétrica de xingó , SE/ÀL
2 Usina Hidrelétrica de Xingó , SE/A,L
3 Usina Hidrelétrica de Ji-Paraná, RO
4 Usina Hidrelétrica de Edgard de Souza,SP
5 Usina HidreÌétrica de Rasgão, SP
6 Cabreúva, SP
7 Cabreúva , SP
I Pedreira lasso Pinhe iro-Jundia í , SP
9 Pedreira Tasso Pinheiro-Jundiaí r SP
10 Pedreira Tasso Pinheiro-Jundiaf ,SP
26

l1 Pedreira Tasso Pinheiro-Jundiål r SP


T2 Pedreira Tasso Pinheiro-Jundial r SP
r3 Usina Hidrelétrica de xinqó-SE, AL
l4 UsÍna Hidrelétrica de xingó-SE,.AL
15 Usina HidreLétrica de xingó-SE,ÀL
16 Cabreúva , sP
t7 Cabreúva , SP
18 Caconde , SP
19 Usina Hidrelétríca de Corumbá, GO
20 Pedreira Tasso Pinheiro-Jundial,SP

2.3 EnsaLos e AnálLses


I'oram executados os seguintes ensaios e análises:

2,3.1 AnálLses petrográficas por mLcroscopLa óptlca

Estas análises objetivaram determinar, para as rochas, estrutura'


textura, granulometria, estado de alteração, composição
mineralógica e classificação petrográfica. .As composições modais
e as porcentagens de microcristais (< 0r 15mm) de quartzo foram
obtidas em lâminas delgadas por contagem de 1000 a 2000 pontos
espaçados de 0,3 nm ao longo de linhas separadas por 1 mm,
cobrindo área de 320 mm2 (20 x 16 nm) (JUNG e BROUSSE, 1959). O
Iimite granulométrico de 0,15mm para as medidas de cristaÍs
deformados e microcristais de quartzo foi esÈabelecido com base em
DOLÀR-MÀNTUÀNI ( 1981) . Para a classificação petrográfica das
rochas fgneas adotaram-se, no presente trabalho, os critérios
estabelecidos pela SUBCOMMISSION ON THE SYSTEMÂTICS OF IGNEOUS
ROCKS - rucs (1973).
Complementarmente, efetuaram-se medidas do ânguIo de extinção
ondulante do mineral quartzo (ER = "extinction range"i e UE
"undulatory extinction" ) em cristais com diâmetros não inferiores
a 0,15mm, conforrne DOLAR-MÀNTUÀNI (1981), ern seções delgadas de
rochas cortadas em três planos perpendiculares entre si. Tanto o
ER quanto o UE devem ser medidos em cristais com eixo óptico
27

paralelo ao plano da platina do microscópio, condi.ção em que se


obtém a máxima birrefríngência e figura de interferência do tipo
"flash". Uma vez encontrado o grão, rotaciona-se a platina até que
aPareça a pri.meira .sonbra' ou indfcio inequfvoco de extinção
ondul"ante (uma parcela do grão com tonalidade cinza claro); anota-
ae o ângulo (Xf ) da platina. Rotaciona-se a platina até que
apareça a primeira porção do grão totalmente extintai anota-se o
ângulo (Vf) da platina. Continua-se a rotação até que a rilti¡na
porção totalmente extinta do grão ainda seja visfvel; ânota-6e o
ângulo (VZ\ da platina. Finalmente, gÍra-se a platina até que a
tiltima "sombra"de extinção seJa visíveli anota-se o ângulo (X2) da
platina (FIGURÀ 3). O ângulo UE é considerado a diferença entre X2
e Yl (UEl) e entre Y2 e X1 (UnZ). Como pode haver pequena
diferença entre os valores UE1 e UE2, utiliza-se o valor médio. O
ângulo ER (intervalo de extinção) é a diferença entre y2 e y1.
Àlém do exposto, foram medidos os diâmetros máximos dos cristais
de quartzo analisados. Calcularam-se os valores médios de ER e de
UE e os valores médios ponderados em função do diâmetro do grão
medido.

Em particular, no estudo de rochas ',granitóides,', onde a


granulação grosseira dificultava a determinação microscópica das
composições modais, foi aplicado o método de coloração seletiva de
feldspatos potássicos e cáLcicos (MORA,ES & RODRfGUES, 1978).

2.3.2 A¡álLseE por dLfrato¡retrLa de ral.os X

Estes ensaios foram efetuados para avaliar a influência do grau de


cristalinidade do quartzo Èensionado em relação à reatividade
potencial do agregado, bem como sua eventual vinculação com as
medidas de ângulo de extinção onduLante do mineral ,

O método utilizado foi o seguinte:


a) porções representativas de cada amostra foram moídas e¡n moinho
de pratos vibratórios até granulação menor que 44 m¡r;
,,SOMBRA"
CINZA DE INíCIO
DA EXTTNçAO (x I )

PRTMETRA POStçÃO DA
EXTINÇAO (Y] )

24so ÉliiüËu8',i''î" *

"sor¡BRa" crNza DE tNlcto


DA EXT|NçÃO (x2)

UEI UEz
(x2-Yr)+(Y2-Xl)
UE: ='16,5"
ER = (Y2-Yl) = lO"

FIGURA 3 - flustrâção do método para determinaÇão do âncrulo


de_extinção ondulante (UE) e intervalo de extiÀcão (ER) em
grao de quartzo (conforme DOLAR-MANTUANI, 198I).
29

b) os pós obtidos foram montados, de maneira desorientada, em


suportes de cavidade e submetidos à anáIise por difratometria
de raios X;
c) sobre os difratogramas, fo¡am medidas a altura (HtOg), a
largura à ¡neia altura (r,f OO) e área contida (AfOO) nas
reflexões relativas à distância interplanar 4,26 do quartzo
^ presente,
(planos 100). Esta raia evita a influência da míca
que acresce a reflexão 3,34 Å do quartzo (planos l0l), motivo
peJ.o qual foi escolhida para este estudo.

d) calcularam-se então o guociente entre a medida da altura da


raia e a medida de sua .Largura à meia altura, e o quociente entre
a área contida na raia e sua largura à meia altura. Os valores
obtidos: 1,100, H1g9/L1gg e A16g/L16¡ foram interpretados como
possíveis lndices de cristalinidade do quartzo.
Utilizou-se um difratômetro marca RIGAKU, modelo Geigerflex D/ItIax,
pertencente ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
São Paulo - rPT. As condições de operacão foram: radiação k/al-fa
do Cobre; voltagern: 40 vi amperagem: 20 mAt velocidade
do goniômetro: 2'lmin; velocidade do papel: 20 m¡n/min.

2'3.3 Análises por espectroscopLa de Lnfravermelho


Tendo como base os trabaLhos de HIRCHE (1.975), BACHIORRINI et al
( 1986) e BACHIORRINI ( 1987 ) , procurou-se avaliar os g.raus de
cristalinidade do quartzo deformado en diferentes intensidades'
através da determinação do "coeficiente de desordem" (Cd) obtido
de relações geométricas entre picos do espectro infravermelho de
freqüência de absorção em torno de 800 .r-1, to*urrdo como linha de
base o pico de freqüência 1100 cm-l.

Um exempJ"o de cálculo do "coeficiente de desordem" (cd) segundo


BACHIORRINI (op. cit.), é apresentado na FIGURA 4. O procedimento
laboratorial é descrj.to a seguir:
s
Þ
o
ç
r0
=E
.l
E
o

o.o
500.o
1./comp- ondo (c¡rir
(l+e) (-1S!I) = o, ."t
)
ab'. r", lrr. r"e

cd=
/^v\ 70 .3sl
c¿. o,2lt5
\-¡-/
FIGURA 4 ' Excmplo de crílculo do'cocficicntc dc dcsordcñi(Cd), scaundo BACHtoRRtNt ( l9S7).
31

a) porções representativas de cada amostra foram mofdas et¡t


moinho de pratos vibratórios por 2 minutos, resultando em
matéria com granulação inferior a 44mp;
b) após secagem em estufå,, foram preparadas pastilhas ( 1 mg
de amostra; 50 ¡ng de brometo de potá6sio) e submetidas à
análise em espectrofotômetro. Obteve-se o espectro de absorção
de infraver¡nelho para o intervaLo de cornprimentos de onda entre
1500 e 400 cm-l;
c) sobre 06 espectrogramas (3 a 4 por amostra), foram calculados
os "coeficientes de desordem" (Cd) e obtída a média aritrnética
dos valores para cada amostra.
Os espectrograrnas forarn obtidos em aparelho da marca SHIMÀZU,
modelo IR-435, pertencente ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo - fPT. Às condições de operação foram:
progranação de fenda automática; mudança de grade em 1250 cn-l;
anplificador x 1; veLocidade rápida; pastilha de KBr (1:50).

2.3.1 EnseLos de reatl.vl.dade potencl.a I de agregados


(Método gulmíco)

Estes ensaios foram realizados segundo a Norma ASTM C-289 (ASTM,


19 8lb )

Por este método, porções do agregado mofdo e peneirado entre as


graduações 01300 e 0,150 mrn são submetidas ao ataque de solução lN
de Na0H, durante 24 horas, a 80'C. A seguir, determinam-se a
quantidade de sílica dissoLvida (Sd) e a redução de alcalínidade
(Rd), em milimoles por litro.
Os resuLtados (Sd e Rd) são plotados en diagrama que deÌimita
campos para agregados considerados inócuos, deletérios e
potencialmente deletérios ( FIGURÀ 5).
32

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ouaNfrDAoE sd síLlca olsSoLvlDA (MlLluoLEg PoR LlrRo)

FIGURÀ 5 - Diâgrama relâcionando Sd e Rd em ensaio


de reatividadð Potencial de agregados (Método
Qulmico - Norma ÀSTl.{ C-289 ) '

2 .3 .5 Ensat os reatLvldade Poteoclel de álcalís


de em

conblnações clmento-agregedo (Método de Berre de


À¡gaûas sa )

Estes ensaios foram realizados segundo a Norma ÀsTM C-227(ÀSTll,


198la) com temperatura de 38"C. Foram efetuados também ensaios
modificados, com temperatura de 60oC, confor¡ne MULI-'ICK êt al '
(1987).

O ¡nétodo consiste na preParação de corpos-de-prova pris¡náticos (de


seção quadrada, com 25 ¡nrn de lado e 285 m¡n de comprimento) Ôbtidos
a Partir da moldagern de argamassa comPosta por conbinações
c imento-agregado ,

O agregado utilizado possui ã seguinte graduação: entre 4rB e 2r4


¡nm (lot em peso) i entre 2,4 e Ir2 ¡n¡n (25t em Peso) i entre 1,2 e
O,600 (25t em peso) i entre 0,600 e 0,300 m¡n (25t em peso) i entre
0,300 e 0,150 mm (l5t en peso).
33

Os corpos-de-prova são col-ocados em recipiente6 hermeticamente


fechadoe e mantidos em anibiente com umidade relatLva de I00t e
temperatura constante ( 38'C segundo a norma original; e 60'C
conforme MULLICK et al., op. cit).

Àpós 14 dias, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 12, l8 e 24 meses são efetuadas


medidas do comprirnento dos corpos-de-prova e determinadas as
variações (expressas em porcentagem) em relação ao conprimento
original.
Utilizaram-se cimentos comuns produzidos pela Cimento Santa Rita
S'À., apresentando teor de álcalis de 1r2t.À Norma especifica os
limites máximos de expansão admitida:
. À 38"C : 0,05t aos 3 meses;
0,10t aos 6 meses.
. À 60'C : 0r05t aos 3 meses;
0,06t aos 6 meses.

2.3,6 EnseLos de reatLvldade potenclal de álcalls


conbLaações cinento-agregado (Método Acelerado/[BRl)
O Método Àcelerado foi desenvo.lvido pe.l-o National Building
Research fnstitute-NBRl , da .África do SuI, e descrito por
OBERHOLSTER & DÀVIES (1986). Baseia-se na imersão de corpos-de-
prova de argamassa preparados conforme a Norma ASÍ14 C-227, ern água
à temperatura de 80"C, seguida de imersão ern solução 1N de Na0H, a
80'c .

Diariamente, são efetuadas medídas dos comprimentos dos corpos-de-


prova e determinadas as variações (expressas em porcentage¡n) em
relação ao cornprimento original, durante 28 dias.
Utilizaram-se cimentos comuns produzidos pela Cimento Santa Rita
S,À., apresentando teor de álcalis de 1,2t.
O fÍmite rnáximo de expansão admitido neste método é 0r 1lt,
após 12 dias.
34

2.3.7 Anállses por dlspersão de energl.a e nLcroecopla eletrônlca


de varredura
Estas anáIises foram realizadas em fragmentos de barras de
argamassa ensaiadas pelo Método Acelerado/NBRI , para definir as
variações quf.micas e identificar materiais neoformados,
eventualmente produzidos durante os ensaios. Utilizou-se um
microscópio eletrônico de varredura da marca JEOL, modelo JST
1.300, pertencente à Àssociação Brasileira de Cimento Portland -
ABCP. As condições analfticas foram: ampliação máxima de 200.000
vezes e resolução de 6 mm; acoplado a u¡n analisador de råios x Por
energia dispersiva. Às amostras foram metålizadas com ouro.

2.4 Tratamento dos dados


Os dados obtidos nos ensaios e análises executados compreenderam
parâmetros que foram combinados dois a dois, calculando-se os
coeficientes de correlação de Pearson ( YÀÌ,ÍÀMOTO et al ., f980).
Tais coeficientes variam numericamente de -l a +1 e refLetem o
grau de associação entre as duas variáveis. Coeficiente igual ou
próximo de +1 significa a existência de correlação linear positiva
(isto é, as variáveis são diretamente proporcionais) ' Coeficiente
igual ou próximo a -1 implica correlação linear negativa (isto é,
as variáveis são inversamente proporcionais). Valores negativos ou
positivos próximos de zero indicam grande dispersão dos dados e
ausência de relação Iinear entre eles.

Essas correlações são representadas numa forma de matriz quadrada


e simétrica, com os valores da diagonal prÍncipal iguais a l.
Diagramas de dispersão entre pares de variáveis foram construldos
lançando-se os dados num sistema de eixos, os quais representavan
as variáveis. Cada dado, correspondendo a uma amostra, foi lançado
com uma sinboJ.ogia representando o grupo petrográfico a que
pertence.
35

3 APRESETTTAçÃO DOS RESULTå"DOS

Os principais dados obtidos nos ensaios petrográficos,


dÍfratométricos por raios X, espectroscópicos por infravermelho, e
ensaios de reatividade potencial foram reunidos na TÀBELÀ 1.
As análises modais e classificações petrográficas encontram-se nas
TABELÀS 2 C 3,

As anál"ises por dispersão de energia acha¡n-se descritas no item


4.6 e ilustradas pelas FIGURÀS 15 e 16.
Os ensaíos de reatividade potencial de agregados (Seg. Norma ÀSTll
C-289) foram, geralmente, efetuados em triPlicatai calcularam-se
as médias para os valores de "redução da a lca.l inidade-Rd " e de
"sflica dissolvida-Sd" que foram pLotadas en diagramas. Quando os
valores da nédia situaram-se próximos da região delinitada pela
faixa pontilhada em torno da curva no diagrama, os ensaios foram
repetidos desde a amostragen, e ambos os valores de média foram
plotados no diagrama (ÀNEXO À).
Os dados obtidos a partir dos ensaios de reatividade potencial de
áIcalis em combinações cimento-agregado (Seg. Norma ASTIa C-227¡
MUL,LICK et al. (1987); e OBERHOLSTER & DÀVIES (r986) - NBRI)
foram apresentados em diagramas x-Y rePresentando a expansão dos
corpos-de-prova em função do tempo de exposição ao ataque qulmico'
(ÀNEXO À). Às medidas do ângulo de extinção ondulante do quartzo
forarn apresentadas em tabelas e diagramas no ANEXO B.

os coeficientes de correlação linear entre os pares de variáveis


representando o conjunto de dados constam da TABELÀ 4, na forma de
matriz quadrada e simétrica; e na FTGURA 6, que relaciona
coeficientes de correlação entre ensaios de reatividade potencial
e parâmetros minera L ógico -pet rográ f icos '
Os diagramas de dispersão elaborados encontram-se no ÀNEXO c.
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40

¿ A"PRECTAçÃO DOS RESULIA.DOS

¿.1 Relações entre resultados de ensâl.os de reatlvldade potenclal


8m vista dos diferentes procedimentos metodológicos adotados nas
várias nornas que orientam a execução dos ensaios de reatividade
Potencial , a escolha do método que melhor reflita o comportanento
álcali-reativo dos agregados é geralrnente tarefa árdua, de diffcil
soJ-ução. Por isso, selecionaram-se e cor¡elacionaram-se entre si
os principais parâmetros indicativos dos resultados obtidos nos
ensaios de reatividade potencÍal-. São eles:
a) quantidade em mil i¡noles / l itro de sllica dissolvida - Método
Qufmico/Norma ASTM C-289, (Sd);
b) redução de alcalinÍdade (milimoles de NaOH/l,itro) - Método
Qufmico/Norma ASTM C-289 (Rd);
c) porcentagem de expansão dos corpos-de-prova após 12 e 28 dias -
Método Acelerado/NBRr, ( ?E NBRr ) t
d) porcentagem de expansão dos corpos-de-prova após 3, 6,9, L2,
18 e 24 meses - Método de Barra de Argamassa/Norma ASTyr C-227,
(88 ASTM C-227/38oC),
e) porcentagem de expansão dos corpos-de-prova após 3, 6,9, 12,
18 e 24 meses - Método de Barra de Argamassa/Norma ASTM C-
227, modif icada para tenperatura de 60oc, conforme MULLICK et
a1. (1987), (tE c-227 / 6ooc).
^sxu
Discutem-se, a seguir, os coeficientes de correJ-ação linear entre
pares de variáveis representando os resul,tados de ensaios de
reatividade potencial (TABELA 4; FIGURÄ 6).
Irlétodo ôrr lrnl ¡:¡r fC-289) - Entre os dois Parâmetros
l[ô'.Íiâ Âs'tlM
obtidos neste ensaio (Sd e Rd), observa-se um coeficiente de
correlação muito baixo e negativo (-0r07), significando que
praticamente inexiste relação Iinear entre os dados.
Em relação aos ensaios realizados pelo Método de Barra de
Argamassa - Norma ÀSTM C-227 ( a 38 e 60'C, em diferentes tempos
de exposição dos corpos-de-prova ) , o parâmetro Rd também apresenta
baixa correJ.ação, com coeficientes negativos (-0,02 a -0,32).
41

Coeficientee positivos, indicando variáveis diretânente


proporcionais, e valores mais significativos foram observados
entre Rd e tE NBRI-l2 dias ( 0,57 ) ; e Rd e gE NBRI-28 dias ( 0, 37 ) '
Já o parânetro sd exibe coeficientes positivos em relação a todos
os demais. Valores mais significantes ocorrem en relação a *E ASTU
c-227 38"c (0,53 a 0,63) e tE NBRI-28 dias (0,57).
lláùa¿l¿r ,ta nâl.r.ã áa Àr..rânìâccâ I t[.ryîå ÀSîM C-227/38oCl - Entfe OS

seis parâmetros que representam medidas em diferenÈes tempos de


exposição dos corpos-de-prova (tE ASTM C-227/38"C a 3,6,9, 12,
18 e 24 meses), notam-se correlações positivas e moderadas (0153
a 0r67) se se considerarem medidas aos 3 meses ern relação às
demais. Coeficientes altos (0,81 a 0,89) são observados
rel-ac ionando- se os parâmetros obtidos aos 6 meses com os demais'
Coeficientes muito altos (0r93 a 0r98) ocorrem a partir do 9c mês.
Relacionando-se o parâmetro tE ASTM C-227 (38oC/24 meses )
(considerado ideal por corresponder ao maior tempo de exposição
dos corpos-de-prova ) com os demais, observa-se que, a partir do 9e
mês, os coeficientes de correlação são iguais ou superiores a
0,93.

A JuJ-gar pelos maiores coeficientes de correJ-ação observados nas


situações mencionadas acima, sugere-se que este ensaio tenha sua
maior eficiência a partir do 9e mês de exposição dos corpos-de-
prova.

ReLacionando-se os parâmetros tE ÀSfM C-227, obtidos a 38 e


6OoC, considerando-se os mesmos períodos de exposição dos corpos-
de-prova, constatam-se coeficientes baixos a moderados (0,37 a
0r74\, revelando que as modificações introduzidas por MULLTCK et
aL. (1987) ao método recomendado pel-a Norrna ASTM C-227, utilizando
temPeraturas de 60"C, podem alterar substanc ialmente os resultados
em relação ao método original .

Em reLação aos demais ensaios (ASTM C-289 e NBRI) r os parâmetros


relacionados ao ensaio ASTM C-227 /38"C apresentam coeficientes
42

mai6 significativos com os parâmetros Sd (0,41 a 0r63) e tE NBRI-


28 dias (0,32 a 0'51).

étodo de Barra de Argamassa (Norma ASTM C-227l60oC) - Entre os


s.êis parâmetros que representam medidas en diferentes tempos de
e;xposição dos corpos-de-prova (tE ASTM c-227/60"c a 3, 6 ' 9 L2'
LB e 24 rneses), notam-se coeficientes de correlação positivos' com
valores baixos a rnoderados (0,41 a 0r72) se se considerarem
medidas aos 3 meses em relação às demais ' Valores moderados e
altos (0r61 a Or?8) são observados relacionando-se os parâmetros
obtidos aos 6 meses com os demais ' Coeficientes altos e muito
altos (0,85 a 0,96) são obtidos a partir do 12c mês '
Relacionando-se o parâmeÈro tE ÀSTM c-227 (6\oc/24 meses) com os
relativos aos demais tempos de exposição, observam-se coeficientes
iguais ou superiores a 0,85 a partir do 12e tnês '
Sugere-se, considerando-se os maiores coeficientes de correlação
obtidos nas situações acima referidas que, a partir do 12e mês de
exposicão dos corpos-de-prova, o ensaio apresente sua maior
eficiência.
Em rel-ação aos demais (ASTM C-289 e NBRI), os parâmetros
ensaios
relacionados a este método (ÀSTM c-227 /60'c) aPresentam
coeficientes de correlação baixos ( inferiores a 0,52), praticamente
inexistindo relação Linear significativa entre eles'
uétôdô Àcêlêrâdo INBRII - As medidas correspondentes a exposições
dos corpos-de-prova aPós 12 e 28 dias apresentam alta correl"ação
(0r93), revelando relação Iinear e comportamento diretamente
proporcional entre elas.
Em relação aos demais ensaios, as medidas efetuadas a 28 dias
correlac ionam-se mais s igni f icativamente, embora sem atingir
valores elevados (coeficientes variam de 0r20 a 0,57 ). ÀPresentam
valores mais aLtos com: Sd (0,57) e tE ASTM C-227 /38oc (18 e 24
meses) (0,51 e 0r50, resPectivamente ) ' A fraca relação linear
observada entre as ¡nedidas correspondentes ao uétodo Acelerado
43

(NBRI ) e os demais revela diferentes capacidades de resolução na


avaliacão do comportamento áIcali-reativo de rochas 'granitóides" '

1.2 Relaçõee entre resultados de ensalos der reatlvldade potenclal


e pârâmetros óPt lco-mlcroscóp Lcos
Dentre os parâmetros obtidos a partir dos resultados dos ensaios
de reatividade potencial r os que revelaram coeficientes
numericamente mais significantes (TÀBELÀ 4i FIGURÀ 6) na
correlação com dados óptico-microscópicos são: tE NBRI-28 diast
tE ASTM C-227 38"C, a partir de 9 meses; e tE ÀSTM C-227 /60'C' a
partir de 5 meses. Dentre os três, a maior facilidade e rapidez na
realização do ensaio, bem como a maior coerência em relação aos
dados óptico-mic roscópicos (TÀBELÀ 1), levou à adoção' neste
trabalho, da tE NBRI- 28 dias como o parâmetro de referência para
o potencial álcali-reativo das amostras.
O parâmetro tE NBRI-l2 dias, utilizado por oBERHOLSTER e DAVIES
(f986) para esPecificar o limite máximo de expansão do corpo-de-
prova para o agregado ser considerado "não reativo" ' embora
apresente alta correlação com o parâmetro tE NBRI-28 dias'
mostrou-se menos coerente em relação aos dados óptico-
mic roscópicos .

Os parâmetros Sd e Rd obtidos no Método Químico (Norma ÀSTM-C 289)


são de obtenção ainda maís simples e rápida (algumas horas)' mas
apresentam a desvantagem de produzir coeficientes rnais baixos e
revel-ar menor coerência na correlação com os dados óptico-
microscópicos.
Às FrGURÀS C1 a c24 (ANExo c) correspondem a diagranas de
dispersão relacionando tE NBRI-28 dias com os parâmetros óptico-
rnicroscópicos. A partir daf, e com base nos coeficientes de
correlação (FIGURÀ 6) selecionaram-se as seguintes variáveis com
comportamento direta ou inversamente proporcional à reatividade
potenc ial :
48

- dLretamenta rronorclonalsr
t Quartzo;
t ouartzo < 0115 mm;
ER médio i
(ER médio) x (B Quartzo >= 0,15 mm) ;
ER pond. diam. quartzo;
UE médio;
(UE médio) x (t Quartzo >= 0r15 mrn);
UE pond. diam. quartzo;
t Quartzo UE > 5', 10", 15', 20', 25" e 30'

- lnvarc¡marlfê ñr.aìr'raìr.a.l ¿rrr¡ I q r


t K Fel-dspato i
t PJ.agioclásio;
t Micas + Clorita i
Granulonetria média da matriz i
Granulometria média do quartzo >= 0r15 nm.

Desse conjunto de parâmetros, o principal- r ou nais


s igni f icativamênte correlacionáveÌ a tE NBRI-28 dias, é a t
Quartzo < 0,15 mm. Secundariamente, cranulometria médÍa da matriz;
Granu-Iometria nédia do quartzo >= 0,15 mm; e valores de ER ou UE
médios associados a teores em quartzo corn granulometria >= 0r 15mm
podem, também, destacar-se por apresentarem razoáve1 correlação
com a gE NBRI-28 dias.

4.2.I ConsLderações adicLona¡.s

As medidas de ângulos de extinção ondulante (ER = "extinction


range" e UE="undulatory extinction"), quando comparadas entre si,
mostraram-se altamente correl-acionáveis. Considerando-se valores
médios de ER e UE para todas as amostras, obteve-se a seguinte
equação: UE=1r17ER + 7,42, com coeficiente de correlação 0,98
( FIGURÀ, 7).
valores de ER e UE ponderados pelos diâmetros dos cristais de
quartzo analisados (ER pond. diam. quartzo e UE pond. diam.
49

quartzo) mo6traråln comPortamento geralmente senelhante aoÊ valores


de ER e UE médios.
Os valores de t quartzo com UE (ou ER) >= 5o, >= 10o etc., que
representam a porcentagem em volume de cristais de guartzo com
ângulos de uE ou ER nr) intervalo angular determinado, bem como os
produtos (ER nédio) x (t Quartzo >= 0,15 mm) e (UE médio) x (t
Quartzo >= 0r15 rnm) 6ã0 parâmetros de trabalhosa obtenção, mas que
podem-se mostrar eficientes na avaliação de rochas ricas em
quartzo, por vincularern a quantidade desse mineral aos ângulos de
extinção ondulante.

UEE)
JE.O

* COEFICIENTES

1: 7.4 1 81 901
2: 1. f 677J30

COEFICIENTE
2Â0 0E CO RREL^CAO¡

* 0,9818J

21-O

,t /,

I S.3
*
*
I t-ô
¡,0 5,2 7,1 0.6 ¡ r.r.O rG,z r8,r 20,6 ¿J 250 ER(.)

FIGURÀ 7 - Ajuste de polinômio de grau 1 relac ionando


valores médios de UE ( "Undulatory Extinction" ) e de ER
( "Extinction Range" ) nas amostras de rochas analisadas.

¿.3 Caråcterlstlcâs petrográfLcas e reatLvldade potencial


Com base em semelhanças nas características petrográficas ( TÀBELAS
1a 3), as amostras estudadas foram reunidas em 5 gruPos de rochas
"granitóides" e 2 de quartzlticas. Cada grupo foi apreciado à luz
50

dos resultados dos ensaios de reatividade potencial, considerando-


sê, pelâ6 razcies expostas anteriormente, o parâmetro tE NBRI-28
dias como indicador do potencial áJ.cali-reativo dessas amostras.

¿, 3.1 Rochas "granltóLdes "


a) Às amostras I e 2 (FOTOS I a 3) são muito semelhantes
composicional e texturalmente, São leucogranitos (3b) ,
affricos, de estrutura rnaciç4, fracamente deformados (UE médios
entre 23 e 24' ) e praticamente isentos de minerais máficos.
Diferen entre si basicamente pela granulometria mais fina da
matriz (1,30 m¡n na amostra 1e 0,40 mm na 2) e do quârtzo
>=0, 15 rnm ( 1r 30 m¡n na amostra 1 e 0,60 ¡nm na 2 ) , bem como pela
presença de 2t de quartzo microgranular (<0,15 mm) na amostra
'
1. Estes devem ser os principais fatores responsáveis pelo
potencial álcali-reativo ligeiramente tnaior na amostra 2
(0,145t), 9ue na I (0,136t) (FIGURA 8)t

O 5cm
t¡¡æ
FoTO I - Àmostras I e2 submetidas a ensaio de coloração seletiva
de feldspato potássico (amarelo); ptagioclásio (branco); quartzo
(cinza) . Leucogranitos ( 3b) , affricos, com composições
mineralógicas semelhantes e granulometrias diferentes ' Potencial
álcali-reativo crescente da amostra I para a 2.
5l

,'i:

FOTO 2 - Àmostra l. Leucogranito (3b). Aumento 38x ' Nicóis


cruzados.
Obs. : Q=Quartzo com extinção ondulante ( UE médio=24' ) ; P=
PJ-agioc lás io moderadamente sericitizado; M= Þlicroc I fnio .

FOTO 3 - Amostra 2. Leucogranito (3b). Aumento 38x. Nicóis


cruzados,
Obs. : Rocha com granulometria bem mais fina que a anterior.
Q=Quartzo com extinção ondulante (UE nédio=23' ) i P=PlagiocIásio;
M=Mic roc L fnio .
g å
a!
E
g g
E E
2 2
H R

Cn¡'db ot¡iz (oo) Z Qú¡b < 0.l5nm

r
t
g
@

E
E
R

Z $¡¡tÐ

FIGURÀ I - valorcs de tE NBRI (28 dias) "versus " Gran' média ma-
triz; t Quartzo<or 15 mm; UE ¡nédiò ('), t Quartzo. Àmostras I e 2'
53
b) as amostras 3, 4 e 5 (FOTOS 4 a 7l sáo biotita granitos (3b),
compos ic ionalnente semelhantes e com textura porfiróide. A
amostra 5 (FOTO 7), apesar de ser a que possui granulometria
média mais grossa (da matriz, dos megacomponentes e do
quartzo), é a que revela maior potencial álcaIi-reativo. Esta
anostra, dentre as outras, apresenÈa evidências de deformação
mais intensa ( fraturas intra e intergranu l ares i UE médio mais
alto: 34', e cerca de 3t de quartzo microgranular em bordas e
microfraturas de cristais maiores ) .
Às feições deformacionais são menos pronunciadas na amostra 4
(FOTO 6) (UE médio = 18" e raras fraturas ) e' ainda menos, na 3
(roro 5) (UE médio = L2"1.
A reatividade potencial é suavemente crescente da amostra 3
(0r111t) para a 4 (0rt18t)r e dal fortemente crescente para a 5
( 0,253t ) mostrando proporc ional idade direta em relação à
intensidade de deformação das rochas (FIGURÀ 9).

o<-¡.¡. - ri.^.À¡üti¡,¿."***;.*Á"*- . .

FOTO ¿ - Àmostras 3, 4 e 5 sub¡netidas a ensaio de coloração


seletíva de feldspato potássico (amarelo); plagioclásio {branco);
quartzo (cinza). siotiia granitos (3b), com textura porfiróide e
composições nineratógicas semelhantes, mas com evidências
micioscépicas de deformação em graus diferentes. Potencial álcali-
reativo è grau de deforiração ciescentes da amostra 3 para a 4 e
desta para a 5
54

FOTO 5 - Ãmostra 3. Biotita granito (3b) gnáissico ' Àumento 38x'


Nicóis cruzados
microscópicas de deformação. Q=Quartzo em
obs.: Mlnimas evidências-tUe
.gr"guão granoblástiã" médio^=12').; P= Plagioclásio moderada-
nentõ serilitizado; l'l=Microclfnio; B=Biotita.

"' +/p

l;,cito8':,'-lq
!ui,,#Ê;':ti',
r
"],Ée i;

FOTO 6 - Ànostra 4. Biotita-granito (3b)' Aumento 38x' Nicóis


cruzados.
-ããrn de defornação mais
Obs.: Evidências microscópicas acentuadas^ que
(UE médÍo=18')- e
na amostra 3. O=Oua-itzo extinção ondülante
raras microfratùrás; P= Plagioclásio mediananente saussuritizado;
l{= Microclfnioi B=Biotita com bordas microgranulares '
55

FOTO ? - Àmostra 5. Biotita granito (3b). Aumento 38x' Nicóis


cruzados.
Obs.: Evidências microscópicas de deformação mais acentuadas que
na amostra 4. Q=Quartzo com extinção onåulante (UE médio=34'),
fraturado e com microgranulação nas bordas e microfraturas; P=
Plagioclásio fortemente sericltizado; B=Biotita deforrnada e, em
parte, microgranular.

c) as amostras 6 e ? (FOTOS 8 a 10) representam rochas de uma


mesma unidade I itoestrat igrá f ica ( "gnaisses graníticos ",
possivelmente do Proterozóico rnferior, atribufdos ao Complexo
Àmparo por SÂNTORO, 1984 ) , diferindo entre si por estarem
afetadas por deformação miÌonltica, causada pelo Falhamento
Jundiuvira, em diferentes intensidades: a amostra 6 (FOTO 9)
acha-se fraca a moderadamente deformada e a 7 (FOTO f0)
representa um u ltracatac I as ito resultante de defornação e
moagem extremas de granito semelhante à anterior. Apesar de
possufrem composições modais semelhantes e valores de UE nédio
relativamente próximos (26 e 32", respectivamente ) , diferem
s igni f icat ivamente nos parâmetros ! granulometria média da
matriz (0155 mm na amostra 6 e 0,03 mm na 7) e t Quartzo < 0115
mm (5$ na amostra 6 e 20t na 7). Tais parâmetros devem ser os
principais responsáveis pelo potencial álcali-reativo, muito
maior na amostra 7 (0,340t) que na 6 (0,105t) (FIGURÀ 10)'
56

cnnædb mt¡h (mm) Z $¡ùtD < o.tsEb

uE Edb

FICUR.È9-Valoresde tE NBRI (28 dias ) "versus " Gran. rnédia


matriz; t Quartzo<0, 15 mm; uE médio ('); t Quartzo. Àmostras 3, 4
e 5.
57

FoTO I - Amostras 6 e 7 submetidas a ensaio de coloração seletiva


de feldspato potássico (amarelo); pJ.agioclásio (branco) i quartzo
(cinza). Gnaisse granftico (3b) (amostra 6) e ultracataclasito de
granito (a¡nostra 7) com composições modais semel-hantes, afetadas
pelo Falhamento Juirdiuvíra em diferentes intensidades. Potencial'
álcali-reativo crescente da amostra 6 para a 7.

FOro 9 - Àmostra 6. Gnaisse granltico (3b). Àunento 38x. Nicóis


cru z ados
Obs. : Rocha fraca a noderadamente deformada. Q=Quartzo com
extinção ondulante (UE médio=26 " ) ; M=Microclfnio; P=PIagiocIásio
fracamente sericitizadoi C=Cloríta,
58

FOTO 10 - Àrnostra 7. Ultracatac las ito de granito. Aumento 38x'


Nicóis cruzados.
obs. : Rocha resultante de deformação e moagem extremas de granito
semelhante à anterior . QF=Quart
- zo e feldspatos microgranu a-res ;
J.

Q=Porfiroclasto de qu.rfro fortemente defoimado (UE médio=32') e


fraturado; M=Porfiroclasto de microcllnio.
d) as amostras 8 a 12 (FOTOS 11 a 16) rePresentam leucogranitos
(3b) procedentes da Pedreira Tasso Pinheiro (Jundiaf, SP)'
Foram selecionadas de acordo com as evidências de defornação
tectônica que apresentavam. Em amostras texturalmente
semelhantes (8r9 e 1O), observa-se proporc iona I idade direta
entre as ¡nedidas de UE médio (29¡ 3l e 35", respectivamente ) e
å tE NBRI-28 dias (0,122; 0r138 e 0rl55t, respectivamente ) '
Entretanto, quando as amostras apresentam a particularidade de
exibir porções microgranulares (geralmente quartzosas, com
algun feJ.dspato associado), a tE NBRI-28 dias é tanto maior
quanto maior a quantidade desses microgrãos. Assim, a amostra
11 (FOTO 15)', que exibe cerca de 7t de quartzo nicrogranular,
mostrou-se mais reativa (tE NBRI - 28 dias = 0r20t) que as
tres anteriores, mesmo apresentando valor de UE médio (33")
pouco inferior à amostra 10 (FOTO 14). Do mesmo modo, a amostra
12 (FOTO 16), que exibe cerca de 9t de quarÈzo microgranular e
mesmo vaLor de UE médio, mostrou-se ligeiramente mais reativa
(tE NBRI-28 dias = O'224\\ que a 11 (FIGURÀ 11);
59

1
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Cn" ¡¡edb ut¡iz (nn) Z $Drtø < 0.15DÉ

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FIGURA lO - valores de tE NBRI (28 dias) "versus " Gran. média


matrizi t Quartzo<o, 15 mrn; UE rnédio ('); t Quartzo. Àmostras 6 e 7'
60

6cm

FOTO 11 - Àmostras de I a 12 submetidas a ensaio de coJ-oração


seletiva de feldspato potássico (amarelo); plagioclási-o (branco);
quartzo (cinza)' , Leucogranitos (3b) , provenientes -cla _ Peclrêrra
Tasso PínÈeiro. Àpresentãm alqumas' feiçõés texturais de deformação
diferentes enÈre èi. Potenciaf áIcaIi-ieativo crescente da amostra
I até a 12..
Obs. : As amostras 11 e 12 são cortadas por microfraturas
preenchidas principalmente por quartzo microgranular.
R
t-l

.'r¡

"äiïÙ:
l.
FOTO 12 - Ànostra Leucogranito (3b) . Aumento 38x. Nicóis
8,
cruzados.
Obs.: Ql=Quartzo com extinção ondu.lante (UE nédio=29" ); o2=Quartzo
microgranular (4t na amostra); P=Plagioclásio com microfratura
preenchida por quartzo microgranular,
5l

FOTO 13 Leucogranito ( 3b) . Àumento 3gx. Nicóís


- Àmostra 9.
cruzados.
Obs. : Ql=Quartzo com extinção ondul-ante (UE médio=3r') i Q2=
Quartzo microgranular ( 3t na amostra ) ; P=Plagioclásio; Itl=
Mic roc I ln io .

N
u

FOTO 1{ - Àmostra 10. Leucogranito (3b). Àumento 38x. Nicóis


cruzados.
Obs. : Ql=Quartzo com extinção ondulante (UE nédio=35'); -Q2=Quartzo
microgranular (4t na amostrã¡ ; P=Plagioclàsio; M= Microclfnio.
6?-

FOÎO 15 - Àmostra 1l Leucogranito (3b). Aumento 38x. Nicóis cru-


zados.
Obs.: Q1=Quartzo com extinção ondulante (UE médio=33'); Q2=Quartzo
microgranular (7t na amoStra¡; P=Plagioclásio deformado e com
planos de geminação falhados; Ì,l=Mic roc I f nio .

FoTO 16 - Àmostra 12. Leucogranito (3b). Àumento 38x. Nicóis


cruzados.
Obs.: Ql=Quartzo com extinção ondulante (UE médio=33'); P=Plagio
clásio; M=Microclf nioi -----+ microf ratura corn quartzo microgranular
(9t na amostra).
3
a!
g
td
2
R

FIGuRÀ " Gran' média


11 - vaLores de tE NBRI (28 dias) "versus Àmostras
matrizi t Quartzo<o,15 mmi UE médio ('); t þuartzo ' 8, 9'
10, 11 e 12.
64

e) as amo6tras 13, l4 e 15 (FOTOS !7 a 20) compreendem


granodiorito (f3) e quartzo monzodioritos (14 e l5)' Àpresentam
teor em quart?o (25, 13 e 8t' resPectivamente), UE médio (23'
18 e 15') granulometria rnédia da matriz (1,60; 0,60 e 0,25 mm)
e granulometria média do quartzo >= 0,15 mm (1,1; 0,6 e 0r3 mm)
decrescentes, e tE NBRI-28 dias crescente da amostra f3
(0,103t) para a 14 (O,r20t) e desta para a 15 (0,196t) ' Esta
última destaca-se pela presença de aproximadamente 58 de
quartzo rnicrogranular. Os menores vaLores de granulometria
média e a maior Porcentagem de guartzo microgranular devem ser
os principais parâmetros condicionadores do potencial álcali-
reativo nestas amostras (FIGURÀ 12).

O 5cm
E+ff
,.-¿"*;il*ti,âi

FOTO 17 - Àmostras 13, 14 e 15 submetÍdas a ensaio de coloração


seletiva de fetdspato potássico (amarelo); plagioclásio- (branco) i
quartzo (cinza). -Granoãiorito (li) e quartzo monzodioritos (14- e
i5¡. noctras reÍativamente pobrei eîr quartro, fracamente deformadas
e com diferentes grariutometrias I Potencial álcali-reativo
crescente da amostra 13 para a 14 e desta para a 15.
65

FOIO 18 - Àmostra 13. Biotita granodiorito. Àunento 38x. Nicóis


cruzados.
Obs.: Q=Quartzo com extinção ondulante (25t na amostra; UE mé-
dio=23') i P= PlagiocLásio- moderadamente sericitizado; M=Micro-
clfnio; B=Biotita,

FOTO 19 - Àmostra 14. Biotita - hornblenda quartzo monzodiorito'


Aumento 38x. Hicóis cruzados.
Obs.: Rocha de granulometria mais fina e mais pobre em quartzo
que a anterior. Q=puartzo com extinção ondulante (13t na amosÈra;
ÙE nédio=18') p=flÀgioctásio fracarnðnte sericitizadoi H=HornbIen-
dai B=Biotitâ,
66

FOTO 20 - Amostra 15. Biotitâ - quartzo monzodiorito. Aumento 38x'


Nicóis cruzados.
Obs. s Rocha de granulometria mais fina e nais pobre em quartzo gue
a anterior. Q=Qúartzo con extinção ondulante (UE médio=15"¡;
P= nlagiocláéio con inciplente sericitização; B=Biotitai
E=Epfdoto; H=HornbLenda; M=Microc I ínio.

1.3,2 Rochas quartzltl.cae


a) as amostras 18, 19 e 20 (FOTOS 2L a 24) representam quartzitos
indeformados ou fracamente deformados, exibindo baixos valores
de UE médio (entre 12 e f4o). Os valores de tE NBRr-28 dias
aumentam da amostra 18 (0,120t) para a 19 (0r180t), e desta
para a 20 (0,247t). À amostra 18 (FOTO 221 apresenta
granulometria média be¡n mais grossa que as outras duas (6,0i
0r50 e 0r25 nun, respectivamente). A anostra 20 (FOTO 241
distingue-se da 19 (FOTO 23) basicamente por apresentar cerca
de ?t de quartzo microgranular. Nestas amostras, a maior
reatividade potencial Parece ser determinada pela presença de
quartzo microgranular e' na ausência deste, pela menor
granulometria média da matriz (fIGURÀ 13)t
1
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G¡¡¡oedi¡ o¡t¡¿ (mo) Z Q¡¡tø ( 0.l5mm

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FIGURA 12 - Valores de gE NBRI (28 dias ) "versus " Gran. média


matriz; t Quartzo<0 r 15 nm; UE médio ('); t ouartzo. À¡nostras 13,
14 e 15,
68

cm

FOTO 2t Anostras 18, 19 e 20. Quartzitos indeformados ou


fracamente defornados, com granulometrias e teor em quartzo
microgranular diferentes. Potenciat álcali-reativo crescente da
amostra 18 para a 19 e desta para a 20.

FOTO 22 - Ànostra 18. Quartzito. Àumento 38x. Nicóis cruzados.


Obs. ¡ Cristais de quartzo (em tons variados de cinza; UE
médio=12').
69

FOTO 23 - Àmostra 19. Quartzito. Àumento 38x. Nicóis cruzados '


Obs.: Rocha de granulometria mais fina -que a anterior. Quartzo
(tons branco, cinza e preto; UE médio=l4"); muscovita (tons verde
e azuL).

FOIO 2¿ - Àmostra 20. Quartzito. Àumento 38x. Nicóis cruzados.


obs.: Rocha de granulornetria pouco rnais grossa que a anterior,
porérn com ?t de- quartzo micrógranular. Q1=Ouartzo com extinção
pratÍcamente uniforme; Q2=Quartzo microgranular.
Cnnnedb mtriz (on) Z QD¡tø < 0.l5DE

FIGURA 13 - valores de tE NBRI (28 dias) "versus" Gran. média


matrizi t Quartzo<or 15 mm; UE médio ('); I QuarÈzo, Àmostras 18,
19 e 20.
7L

b) as amo6tra6 16 e 17 (FOTOS 25 a 27) são quartzitos rnilonfticos


com, respect ivamente , uE médio 3l e 24o, granulonetria média da
matriz 0rl0 e 0r04 mm, teor em quartzo rnicrogranular 15 e 40t.
À tE NBRI-28 dias é 0r201 e 0r307t, lespectivamente. A amostra
17 tem naior potencial álcali-reativo, äpesar de aPlesentar
menor valor de UE médio, possui granulometria média da matriz
mais fina, e é cons iderave lmente mais rica em quartzo
microgranular (FIGURÀ 14 ).

FOTO 25 - Amostras 16.e 17. Quartzitos nilonfticos com diferentes


granuÌometrias, valores de UE médio e teores em quartzo micro-
granular. Potencial áIcali-reativo crescente da amostra 16
para a 17.
72

FOTO 26 - Àmostra 16. Quartzito milonftico. Aumento 38x. Nicóis


cruzados.
Obs. : Ql=Quartzo com extinção ondulante (UE médio=31') ; Q2=
Quartzo rnicrogranular ( 15t na amostra) i M=Muscovita.

FOTO 27 - Àmostra 1?. Quartzito milonftico. Aumento 38x. Nicóis


cruzados.
obs.: Rocha de granulometria
-com mais fina, mais rica em quartzo
microgranuLar e menor valor de UE médio que a -anterior'
Ql=Quartzo con ãifinça" ondulante ( UË nédio=24 " ) ;
Q2=Quartzo microgranular (40t na amostra).
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FIGURÀ 14 - valores de gE NBRI (28 dias ) "versus " Gran. nédia


mâtrizi t Quartzo<0, 15 nm; UE médio ( " ); t Quartzo. Àmostras 16,
L7.
74

4.3.3 ConsLderações adícl-onaf s


Como se pode avaliar do exposto nos subiÈens anteriores, a
quantidade de quartzo microgranular (< 0,15Ír\r) e a granulometria
média da matriz rochosa e do quartzo (>= 0,15mrn) revelaram-se os
parâmetros ópt ico-microscópicos mais claramente relacionáveis ao
potencial álcali-reativo dos agregados "granitóides " e
quartzf ticos estudados .

Àlém disto, constatou-se que nem sempre os rnaiores valores de


ângulos de extinção ondulante do quartzo (ER ou UE), associados ou
não a quantidades deste mineral, correspondem aos maiores lndices
de reatividade potencial", evidenciando que esses parâmetros,
isoladamente, podem não ser sufícientes para determinar o
comportamento reativo de rochas deste tipo. Em rochas com teores e
granulometrias do quartzo >= 0r 15mm semelhantes, as medidas de ER
ou UE geraLmente mostram correspondência direta com os valores de
tE NBRI-28 dias.
Por outro lado, as observações microscópicas mostraram que
aumentos nos ângulos de extinção ondulante do quartzo (ER ou UE)
são, com freqüência, acompanhados pelo aumento na quantidade de
quartzo microgranuJ-ar e pela redução da granul-ometria média da
rocha e do quartzo, isoladamente. Estes parâmetros, atuando
s imul-taneamente, parecem conÈribuir, em várias amostras estudadas,
para um significativo aunento de seus potenciais álcali-reativos.
Os parâmetros óptico-microscópicos aqui destacados como possÍveis
condicionadores de reações álca1i-agregado devem ser, ao menos em
parte, decorrentes da ação de esforços deformacionais sobre
rochas, e podem constituir-se em elementos orientadores do
potencial álcali-reativo de agregados "granÍtóides ".
75

¿.¡¡ Rêlações entre resultados de ensaLos de reatl.vl.dade potenclal


e parâmetros espectroscópl,cos por Lnfrâvernêlho.
Os diagramas de dispersão relacionando tE NBRI-28 dias e UE médio
com o "coeficiente de desordem" (Cd) do quartzo obtido por
espectroscopia de infravermelho (FIGURÀS C-24 e C-25, ÀNEXO C),
apesar de apresentarem baixos coeficientes de correlação,
possibilitaram que se efetuassem considerações especlficas para
cada grupo de rochas "granitóides" e quartzlticas.

{. t¡. 1 Rochae "grenltófdes"


Pela observação das FIGURÀS C-24 e C-25 do ANEXO C, verifica-se
que:
a) nas arnostras L e 2 o Cd comporta-se concordantemente com a tE
NBRI-28 dias, aumentando da amostta 1 para a 2 (266 e 314,
respectivamente ) .
b) nas amostras 3, 4 e 5 o Cd, assim como o UE médio e a tE NBRI-
28 dias aumentam da amostra 3 para a 4 e daí para a 5 (valores
de Cd: 354, 404 e 428, respectivamente ) . O aumento da tE NBRI-
28 dias da amostra 4 para a 5 é bem mais pronunciado que o do
Cd, provaveJ-mente por ser a amostra 5 a única com quantidade
apreciável de quartzo microgranular (38), que pode provocar o
aumento da reatividade sem influenciar o Cd;
c) nas amostras 6 e 7, o Cd e a tE NBRI-28 dias mostram tendências
inversas;
d) os granitos representados pelas amostras 8,9 e 10 apresentam
val-o¡es de Cd entre 282 e 324, sendo bem correlacionados com o
aumento de tE NBRI-28 dias e de UE médio.
Às amostras 11 e 12 (Cd 302 e 300, respectivamente ) destacam-se
das demais pela maior quantidade de quartzo microgranul-ar, o
que pode provocar o aumento da reatividade sem, entretanto,
alterar s igni f icativamente o Cd;
e) as amostras 13, 14 e 15, nesta ordem, apresentam valores de Cd
crescentes (391, 542 e 552, respectivamente ) , concordantes com
o aumento na tE NBRI-28 dias.
76

À amostra 13 apresenta Cd nuíto menor que as outras, o que pode


ser èìtribuldo à maior relação quantidade de quartzo/quant idade
de feldspatos, naquel.a amostra.

0,1.2 Rochas quartz fticas


Ainda pelas FIGURÀS C-24 e C-25, observa-se que!
a) os quartzitos praticamente indefor¡nados (anostras 18, 19 e 20)
apresentam valores de Cd variando de 118 a 161, mostrando
tendências inversas em relação à tE NBRI-28 dias, sem relação
com os va.Lores de UE;
b) as rochas quartzltícas niloníticas (amostras 16 e 17)
apresentam valores próximos e baixos de Cd (111 e I27,
respectivamente ) , aparentemente sem relação com os valores de
tE NBRI-28 dias e de UE.

4. ¿,3 Conslderações adLcLonals

Nas amostras de rochas "granitóides", observou-se uma discreta


tendência de aumento do "coeficiente de desordem" (Cd) do quartzo
com o aumento da tE NBRI-28 dias. Nestas amostras, a determinação
do "coeficiente de desordem" do quartzo é cl.aramente afetada pela
quantidade de feldspato, cujos picos se sobrepõen parciaLmente aos
do quartzo (MOENKE, I974), Tal fato dificulta sua utilização como
indicativo da á Ical i-reatívidade em rochas feldspáticas: os
valores obtidos para a rocha total são maiores do que seriam se
apenas os grãos de quartzo fossem analisados, Outro fator que
dificulta sua correLação com a reatividade é a presença de quartzo
microgranular, influindo muito na tE NBRI-28 dias e possivelmente
nada no valor do Cd.

Pala as amostras quartzíticas (deformadas ou não) o método do Cd


não se mostrou satisfatório, pois amostras com reativídade e
deformação bem distintas apresentaram Cd bem próximo e sem
tendências claras.
77

¿.5 Relações entre resultados de ensaios de reatLvldade potenclal


e ¡rarâmetros dlfratométrÍcos por raloa x.
Dos três paremetros difratométricos por raios X obtidos e
interpretados como possfveis fndices de cristalinidade do quartzo:
L1g6, Hlgg/L1g6¡ À1gg/L166¡ o primeiro foi o que se mostrou mais
claramente correlacionável aos principais parâmetros óPtico-
microscópicos das rochas.
Relacionando-se os três parâmetros entre si ( TÀBELÀ 4), o Llgg foi
o que revelou menores coeficientes de correlação, sendo os outros
dois altamente correlacionáveis.
Às observações acerca dos valores de Llgg "versus" tE NBRI-28 dias
(FIGURA C-21t ÀNEXO C), à 1uz dos parâmetros óPtico-microscópicos
(TÀBELA 1), revelaram o seguinte:
a) dentre as rochas estudadas, o valor de L16g variou de 1,9 a 3,0
cmi
b) em "granitóides" ricos em quartzo e com baixo teor (< 5t) em
quartzo microgranular, diminuições nos valores de LtOO
correspondem a aumentos nos de tE NBRI-28 dias;
c) em quartzitos, praticamente não foram observadas corres-
pondências entre L1OO e tE NBRI-28 dias.

4.5.1 Consl.derações adLcLonal.s

Os valores obtidos para lndices de cristalinidade do quartzo


aparentemente não traduzem mudanças no comportamento álcali-
reativo dos "granitóides" e quartzitos. Podem ser úteis como
indicadores grosseiros da reatividade potencial, principalmente
quando se deseja comparar amostras petrograficanente sernelhantes e
com teores de guartzo próximos.

¿.6 Produtos de reação em barras de argamassa


Os materiais neoformados, produzidos durante os ensaios de
reatividade potencial pelo Método Àcelerado/NBRl , foram
inicialmente detectados por microscopia óptica de Luz transmitida
78

em lâminas delgadas (FOTOS 28 A 31) confeccionadas a partir de


barras de argamassa ensaiadas.
lais måteriais possuem coloração pardo-escura e ocoffe¡n
fDeqüentemente na forma de pellcula micrométrica, ao redor de
microcristais de quartzo ou preenchendo microfraturas em cristaia
maiores desse mineral , não se notando bordas de reação no contato
agregado/pasta de cimento, Outras posslveis formas de ocorrência
Para estes materiais não fora¡n detectadas ao microscópio óptico. O
exame destas pellculas, por microssonda el-etrônica acoplada a
microscópio eLetrônico de varredura, possibilitou a obtenção, por
dispersão de energia, de espectros mostrando os principais
elementos presentes nestes materiais (FIGURÀS 15 e 16). Estes
espectros revel,aram as presenças de Si, Ca e K como elementos
predominantes, e Na e À1 como subordinados e eventuais.
FOTOS 28 e 29 - Amostra 10. Leucogranito (3b). Lânina delgada de
barra de argamassa submetida a ensaio de reativÍdade potencial -
Método Acelerado/NBRl . Àumento 38x. Nicóis paralelos (à esquerda)
e cruzados (à direita) .
Obs. : Cristal de quartzo com extinção ondulante e fraturas
preenchidas por naterial neoformado (ponto L, selecionado para
análise por dispersão de energia).

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E ¡ ERGr^ oE :rrsslo, xrv
-LLÆ

FICURÀ f5 - Ànálise por dispersão de energia. Espectros dos


elernentos presentes no ponto I da FOTO 28.
FOÎOS 30 e 31 - Àmostra 12. Leucogranito (3b). Lânina delgada de
barra de argamassa submetida a ensaio de reatividade potencial -
Método Àcel"erado/NBRl . Àumento 38x. Nicóis paralelos (à esquerda)
e cruzados (à direita) .
Obs.: Cristal, de quartzo parcialmente transformado em agregados
microgranulares capeados por material neoformado (ponto l,
selecionado para análise por dispersão de energia).

co xÊ

o I 2 I a I a t a t to
EtEnct^ oE Errss¡o, x.v

FIGURÀ 16 - Ànál-ise por dispersão de energia. Espectros dos


elementos presentes no ponto I da FOTO 30.
81

CAPÍTUI,O 3

REÈçÃo Á¡,ca¡¡-lcn¡cÀDo No coNcRETo DA BARRÀGEI{ DE PEDRo BE I CTIT-SP

I OBJETMS
Esta fase da pesquisa teve como metas:
a) aprofundar as investigações sobre as conclusões obtidas na
etapa antêrior e aplicá-las ao material proveniente da Barragem
de Pedro Beicht i
b) estudar os produtos da reação álcali-agregado ocorrida no
concreto da barragem procurando-se definir sua origem, modo de
ocorrência, e caracterlsticas morfológicas e qulmicas;
c) avaJ-iar a influência da reação no desenvolvimento de fissuras
no corpo da barragem.

2 METODOIÍX¡IA

2,1 Pesqut sa blbllográflca


Compreendeu levantamentos acerca do contexto geológico onde se
insere o local da barragem, do histórico da obra e das
características do concreto uti L izado '

2.2 Îrabalbos de canpo


Os trabalhos de campo fora¡n conduzidos em duas etapas distintas. À
primeira compreendeu o levantamento geológico visando à
familiarização e ao reconheci¡nento dos tiPos Iitológicos
aflorantes, bem como à coLeta de anostras Para ensaios
.laboratoriais.
À etapa posterior constou do exame macroscópico e da coÌeta de
amostras para ensaios, a parÈir dos testemunhos de sondagem
provenientes de sete furos de sonda realizados a partir da crista
da barragem, atingindo a profundidade ¡náxima de 30 m . Procurou-se
mapear as fissuras e delimitar as zonas de ocorrência de auréolas
82

de reação no agregado, ao longo dos testemunhos. Nessa etapa,


executou-se tarnbé¡n o napeamento das f j.ssuras expostas na
superffcie das paredes da barragem, destacândo-se aquelas com
vazamentos de água associados.

2.3 E¡saLos e análLses


Foram executados os seguintes ensaios e análises:

2.3.1 A¡álises petrográficas por nicroscopLa óptLca


Foram adotados os mesmos procedimentos descritos no Capltulo 2

(item 2.3.1).

2.3.2 À¡álf.see por difratometrLa de raLoe X

Estas anáLises objetivaram identíficar as fases cristalinas


presentes em amostras de cimento endurecido encontradas nas
proximidades da barragem.

Utilizou-se um difratômetro marca RIGAKU, modelo GeÍgerflex D/NIax'


pertencente ao Instituto de Pesquisas TecnoIógicas do Estado de
São Paulo - IPT. As condições analíticas foram: radiação K/alfa do
Cobre; voltagem: 35 v; amperagem: 15 mA; velocidade do goniômetro3
2" /mi-,n.; veJ.ocidade do papel: 20 mm/min.

2.3,3 AnáIlses ternodLferencl.âl.s e termogravimétricas


Estes ensaios foram efetuados para identificar fases hidratadas e
carbonatadas do cimento endurecido, bem como quantificar os teores
de Ca(OH)2 e CaCO3 .
Foi utiLizado um aparelho de anáIises termodi ferenc iais e
terrnogravirnétricas marca RIGAKU, modelo Thermoflex, dotado de
forno de al,ta temperatura (até f500'c), pertencente à Àssociação
Brasileira de Cimento PortLand - ÀBCP. As condições de operação
foram: taxa de aquecimento: 10'C/min; sensibilidade do ATD! 50 mv;
sensibilidade do ATG: l0 mg; escala de temperatura! l-0 mV.
83

2.3,4 AnálLeee por mlcroscopl,â óptLca de lur refletLde


Foram estudadas seções pol idas obtidas a partir de fragmentos de
ciment.o endurecido com vistas ao reconhecinento do6 constituintes
e de suas relações texturais.

2.3.5 A¡áll-Êes gulmLcas

Foram analisadas quimicamente amostras de cimento endurecido


encontrado nas imedÍações da barragem, e amostras de cimento
extrafdo de testemunhos de concreto retirados do corpo da
barragem.

Os métodos utilizados foram os seguintes!


COMPONENTES MÉTODO

À1203r Fe2O3t CaO, MgO CJ-ássico ( complexometria )

SiO2r SO3 C1ássico ( gravinetria )

Na2O, K2O E spec tro fotometr i a de absorção


atômic a

2.3.6 Ensâl.oÊ de reativLdade potencLal de álcalLs em conbLnações


cLnento-agregado (Método Acelerado/llBRI)
Estes ensaios foram realizados segundo o mesno método descrito no
Capltulo 2 (iten 2.3.6).

2.3.7 A¡áItsee por dispersão de energla e mlcroscopLa eletrônlce


de varredura
Estas análises objetivaram definir as características morfológicas
e qufmicas dos produtos da reação áIcaIi-agregado ocorrida no
concreto da barragem. Estudaram-se os materiais neoformados
produzidos em barras de argamassa ensaiadas pelo Método
Àcelerado/NBRI, bem como os produtos de reação Presentes nos
testemunhos de concreto extraídos do corpo da barragem.
84

Utilizou-se ¡nicroscópio eletrônico de varredura da marca JEOL,


u¡n
rnodelo JST T.300, pertencente à Àssociação Brasileira de Cimento
Portland - ABCP. As condições de operação foram: ampliação máxima
de 200.000 vezes e resolução de 6 mm; acoplado a um analisador de
raios X por energia dispersiva. Às anostras foram metalizadas com
ouro .

3 CAR.ÈCIERÍSTTCNS DÀ ÁREA ESTUDADA

3.1 Locallzação
À barragem em estudo (roTo 32) localiza-se nas cabeceiras do Rio
Cotia, no nunicfpio de Cotia, SP, a aproximadarnente 10 km do
povoado denominado Morro Grande, no cruzamento das coordenadas 23
43'S e 46 58'wc (FIGURÀ 17).
Ao sul da barragem, os ribeirões e rios (Capivari e Cotia do
Peixe) alimentadores do reservatório são atravessados pela estrada
de ferro (Fepasa) ramal Mairinque-Santos.

FOÎO 32 - vista geral da Barragem e Reservatório de Pedro Beicht.


TANO

Coucoio do
Alto

LouÍonço
Sorro

a7000

LocÂLrzaçÃo DA dRE ilo Eslaoo 0E sÂo paur! LEGET¿DA

/^Tl
470W
O Sede odm¡n¡3trot¡vo

Eslrodos pr ¡nc¡pois
/
z>-_ l-t
lL,-.-?,,", --
Eslrodos secundório¡

\-.fr- V¡o nAo


+++++++++ FCr¿Ovio¡
povime nlodo

ESCÀLÂ GRA,fICÂ
IO3tOrCtolm

--
FIGURA 17 - Mopo d. locolizogoo do Re¡crvotório d¡ Prdro Bolchtr SP ( Fonlc:
Divisdo polílico odmini¡lrot ivo do Erlodo dc Sõo Poulo, l99O ).
86

3.2 Geomorfologla, cllma e vegetação


Conforme EMPLASÀ (1982), a Zona do PlanaLto de lbiúna da Provlncia
Planalto Atlântico, onde está localizado o Reservatório de Pedro
Beicht, é caracterízada por apresêntar relevo de morros com serras
restritas.
O Planalto de lbiúna mostra uma eJ.evação de cerca de 100 m em
relação ao Planalto Paulistano. Ào sul do reservatório este limite
pode ser observado por meio de encosta6 de transição com
declividades superiores a 30t ( EMPLASÀ, op. cit.).
Espêcificamente na região do reservatório, pode-se individualizar
um relevo de morrotes alongados e espigões que caracterizam a
Bacia do ÀIto Cotia. À altitude varia de 900 a 1000 m, con
declividades sempre em torno de 20t. Às vertentes são retillneas
com presença de anfiteatros e vales suspensos. A densidade de
drenagem é nédia a alta com padrão dentrltico a pinulado (EMPLASÀ'
op. cit . ).
O cli¡na da região é classificado como úmido da face oriental e
subtropical dos continentes, dominado por massas tropicais e
polares (MONTEIRO, 1973), cuJas temperaturas médias anuais estão
em torno de 17-18oC (EMPLASA, op. cit. ). .A estação seca, e também
mais fria (abril a setembro), apresenta média de chuvas de 320 a
420 mn/ano, e a estação chuvosa e mais quente (outubro a março),
média de chuvas de 1100 a 1300 mm/ano, sendo que o pluviômetro
instalado ao lado da barragem registrou nédía de chuvas de
1350 ¡nm/ano (SECRETARTÀ DOS SERVIçOS DE OBRÀS P(¡BLICÀS, I972).

A região do reservatório está coberta pela mata da Reserva


Florestal Estadual de Morro Grande, que é uma porção preservada da
floresta subcaducifólia tropical (ALONSO' L977 | com
aproximadarnente lOO km2 de área preservada, sendo que em alguma6
pequenas porções aparecem reflorestamentos. Ào redor da reserva, a
ocupação humana é grande, e a mata original foi quase
completamente retirada e substituída por campos, Pastos e áreas
agrlcolas, aparecendo somente como mata galeria ao l-ongo de alguns
rios. ÀIgumas manchas isoladas de capoeiras e ref lorestamentos
também são observadas.
87

3.3 Contexto geológico


Do ponto de vista estrutural e tectônico, a área ocupada pelo
reservatório situa-se em plena Zona de Transcorrência de São Paulo
que afeta a infra-estrutura brasiliana da Faixa Dobrada RÍbeira
(HÀSUI et al. 1975). Diversas falhas importantes estão af
representadas, indicando rejeito total estimado em um mfnimo de
300 krn ao longo de deslocamentos sub-horizontais de sentido
prevalecentemente dextral. Entre as linhas de mais forte
novÍmentação tectônica, próximas ao Reservatório, citam-se o
falhamento de Taxaquara separando o conjunto São Roque ao norte,
do conjunto Paranapiacaba, ao sul . O tiltimo conjunto se subdivide
em: Bloco Cotia e BLoco Juquitiba, separados entre si pelo
falhamento de Caucaia. À definição e geometria dos elementos
tectônicos nesta região do Estado de São Pau.Io se deve
parcialmente a HASUI e SADOWSKf (1976). Entretanto, é necessário
que se informe que COUTINHO (com. pessoal), não tendo verificado
evidências de deslocamentos de milonítos ou existência de granito
(l,taciço Itapevi) muito deformado ao l"ongo do traçado origína1 do
falhamento de Caucaia, preferiu, no mapa da EMPI-,ASÀ (COUTINHO,
1980), deslocá-lo para sul , de modo que coincidisse com o contato
entre o granito Caucaia e suas encaixantes, nas imediações do
Reservatório de Pedro Beicht. Um ramo do falhamento de Cãucaia,
inferido, segundo COUTINHO (com. pessoaL), por indfcios de campo e
fotografia aérea parece também tangenciar a Rodovia Régis
Bittencourt no rumo do Reservatório de Pedro Beicht.
O biotita granito de Caucaia, vizinho ao reservatório, confor¡ne
dados compilados por JANÀS I e ULBRICH (1992) compõe-se de termos
cinza-claro, porfiróides e inequigranulares , semel-hantes aos
encontrados em maciços vizinhos, por exemp]-o, o de ltapevi, a
norte.
Quanto à litologia .local, HASUI (1975) já houvera definido para a
região em apreço um conjunto migmatítico para o qual sugeriu o
nome de "Complexo Embu". À área do reservatório está mapeada
(COUTINHO, 1980; FIGURÀ 18) cono migmatitos e gnaisses graníticos
em atitude NE-SW e mergulhos verticalizados.
47ooo'
)o,/

LEGENDA
cENOZOtCO
OUATERNARIO

t- / I /rpelmg Á'r*^(J ( .z#'l(r,


E Aluvioe¡ fluviois: orgilo, oreio e coscolho

tencrÁRro - ouarcnrudnro
Argilos,oreios c coscolho¡ do Formoçôo Sðo Poulo e do Formoçõo
ü[
f--raî Co-Copóvo ( Grupo fouboló). lnclui dep<ísiior elúvio -coluviois correlotoó.

PRE - CAMBRIANO

íff,,);"'flp€Am¡
oo\
¡ rrlf{o,7'(,/
f;eAdl
Ftu.¡
Gronilos o gronodiorilo¡ normois ou em porle
nulores ou porfiróidrr.
gncíisricos,

Migmotitos c gnoissrt gronílicos, podrm ochor -st cizolhodor of ó


gnoisses milonítico¡ rm ¡onos de movimcntoçõo lectõnico intensif icodo.
eguigro

/ \ r\ o€Amx Micoxislo e/ou melo-orcnito de médio grou melomdrf ico, lnclui


p€Amy'\ i Ìombe'm
f-;€*,¡ xistos milonílicos em ¿onos de movirncnloçito lectônico.

'- -- { \. l/ *//1u I t -_-z--Jmr


vlt \
(, :l^
\,, ./ Contoto geologico dcfinido
l')' /'P€Ame --.---
"í[KÅ|,'â*i Contolo geológico oproximodo
-t-'

¿/ Folho indis crimin od o

I it-1lln\ / l.vgg¡.*f /".


! 1' .'t
¿''¿'
Eiro d. rono dc lolho
,,'r'{
z3o 4s'

æ¡@ Rr¡crvotdrio dr borrogrm

,/ - LPGAmg

o€Ams,i'lffid
-yiffiN," \,/
l.^\ry" \¡ ,ì l?w
í:,"\,,,i
,\,' i!lv{(
,/ ) oeam,
w Kil
\
løeìns
'ffi1
,¡ \
nêÂa,
oeamr I /
(FotrE:canla ceoloorc¡o¡neorio¡ffRopol-rTAr^DAoiANoEsÃop¡u¡-o-coutrr{Ho,tgEo)

t4 FIGURA l8- Mopo Geoldgico


89

O maciço apresenta-se são, muito pouco fraturado, 6endo observa-


das Juntas de atfvio horÍzontais e poucas fratr¡ras de rnergulho
vertÍcal a subvertícal, com direções aproximadamente paralelas ao
eixo da barragem (N40w). A foliação metamórfica definida
principalmente pela isorientação de plaquetas de biotita, cristaii¡
estirados dç¡ feldspato e cordões de quartzo granoblástico,
apresenta orientação N40-5O8, subvertical.

Depósitos luvionares correlac ionáveis à Formação


a1úv io -co São
Paulo se dispõen nas margens SE dos maiores ribeirões.

1¡ coNsrDERÀçõES TNTCTAIS

4.I DescrLção e bLetórLco da obra

A Barragem de Pedro Beicht é do tipo concreto-gravidade com


ligeiro arqueamento para montante, com altura máxima de 23,0 m e
comprimento de 347r40 ¡n (FOTO 32). Sua construção foi concluída e¡n
1932.

O reservatório formado pela barragem, cuja área de drenagem


totaliza 61,1 km2, apresenta voÌume útil de 15x106 m3 e regulariza
vazão da ordem de 0185 m3/s,que é liberada para jusante através do
descarregador de fundo. O vertedor da barragem é do tipo canal-
lateral , de soleira livre, com 25 m de cornprimento de crista. O
descarregador de fundo é constituído por dois tubos de 0190 m de
diâmetro, acoplados a três comportas de fundo situadas a montante
e a duas válvu]as tipo gaveta situadas a jusante.
Em razão do seu porte (altura de 23 m e volume útil de 15 milhões
de m3¡, a barragem pode ser classificada como de porte médio e de
alto potencial de risco (possibilidade de perdas de vidas e
preJufzos econômicos elevados ), conforme os critérios apresentados
no Congresso Brasileiro de Grandes Barragens - CBGB por PIERRE
( 1983) .Quanto ao histórico de construção e comportamentô da
barragem ao longo da sua vida, poucos dados puderam ser obtidos.
Como aspectos relevantes da barragem, conforme apresentado em IPT
(1979), cita-se!
90

"Às prineiras investigações geotécnicas no locaI foram efetuadas


por volta de !927, tendo sido èxecutados dezessete furos con
'sonda de percussão'. À barragem propriamente dita foi construfda
entre 1929 e L932 (FOTO 33), tendo esta construção f-icado a cârgo
dos Engenheiros Fonseca Rodrigues e Pl"lnio Moreira.
Por volta de 1960, cogitou-se em ampliar a barragem, para que o
nfvel d'agua pudesse ser elevado de um metro. O Engo José Carlos
de Figueiredo Ferraz sugeriu, na época, que fosse feita uma
programação para eventuais reforços estruturais e consolidação da
ombreira direita, pois ali normalmente havia um vazamento, embora
diminuto, em cota relativamente aLta.
Segundo o parecer da firma Cementation do Brasil S.À', designada
em março de 1961 para execução dos serviços de inJeção, a origem
destes vazamentos era a passagem de água através de zona de
contato entre a rocha de fundação e a base da barragem.
Os trabaLhos de injeção foram executados numa faixa de
aproximadamente 30 m a partir da ombreira direita. As perfurações
foram iniciadas em 10.03.61, tendo sido realizados 15 furos por
percussão, na crista e na face de Jusante, visando cortar a zona
de contato entre o concreto e a rocha da fundação. Penetrou-se uma
porção nesta úJ.tima, com o objetivo de tratar não so¡nente os
vazios exisÈentes entre o concreto e a rocha, mas também qualquer
fissura Local que pudesse existir na parte superior desta. Às
injeções foram efetuadas com calda de cirnento e areia. "
O IPT vem acompanhando e inspecionando a Barragem de Pedro Beicht
desde 1978. Realizou inúrneras observações para execução de obras,
drenagens, medições de vazões das infii.trações, investigações do
maciço, ensaios no concreto, análise de desenpenho, etc. (IPT,
199r).

4.2 Construção de barragens de concreto antLgas


Considerando-se a escassez de documentos técnicos e inforrnações a
respeito da construção da Barragem de Pedro Beicht' o fPT (1991)
realizou pesquisa bibliográfica, relativa a aspectos de materiais
9l
e processos construtivos utilizados normalmente em barragens de
concreto-gravidade, na mesma época de sua construção.
Segundo a publicação do CBGB (1989, apud IPT, 199f) sobre a
memória técnica do concreto massa no Brasil, os registros técnicos
sobre a construção das primeiras barragens brasileiras são
bastante esparsos e não divulgados, o que dificulta a recuperação
de informações sobre tais estruturas. À Barragem de Pedro Beicht
enquadra-se bem neste caso.

Com relação aos EUA, o CBGB (op. cit. ) cita que, do começo do
século até 1930, os seguintes aspectos reÌativos a materiais e
procedimentos construtivos eram observados:
- os agregados utilizados eram controlados quanto à graduação e
Previamente l-impos. Em algumas barragens, empregavam-se
concretos ciclópicos com matacões imersos na massa;
- o cinento produzido apresentava Iinitações quanto ao teor de
óxido de magnésio e perda ao fogo. À sua finura era controlada
por ensaios de peneiramentoi
- Já existiam métodos de dosagern do concreto¡ lllôs ¡ em geral, dava-
se pequena importância à quantidade de água de amassamento.
Utilizavam-se misturas muito ptásticas, apesar do conhecimento
dos trabalhos de Duff Àbrams no período de 1916 a L926, da
reÌação água/cimento e de sua influência na resistência do
concreto i
- o consumo do cimento para concreto massa no interior de
barragens era em média de 223 kg/m3, com valores extremos de 168
a 336 kglm3;
- o concreto era preparado com o auxílio de betoneira, e seu
lançamento era executado através de torres e tremonhas;
- não havia preocupação com as juntas frias de constÌução ou as de
dilatação, e a altura das carnadas de lançamento era irregular;
- as técnicas de vibração em concreto massa foram utilizadas peJ-a
primeira vez por vol-ta de 1928 (vibração de ÊuperffcÍe), sendo
que a vibração eficiente Por imersão só começou a ser utilizada
por volta de 1930.
Em vista dealgumas dessas caracterlsticas , constata-se,
freqüentemente, o surgimento de trincas e fissuras, horizontais e
FOIO 33 - Vista da Barragem de pedro Beicht durante a construção em 1931.
(Fonte: secretaria do Estado dos Negócios da viação e obras Ëú¡r-icas - são pauro).
|D
À)
93

verticais, em barragens de concreto-gravidade daquela época,


similarmente ao ca6o de Pedro Beicht.

5 CARå,CTERÍST¡CIS DOS I.TÀIERIAIS

5.1 Agregado

O concreto da Barragem de Pedro Beicht constitui-se de agregados


miudos subangulosos a subarredondados, essencialmente quartzosos,
com pouco feldspato e mica; e britas anguJ'osas de rocha
"granitóide" caracterizada a seguir.

5.1. 1 Petrografla
À rocha que compõe o agregâdo do concreto da barragem é un gnaisse
granltico (3b), de granulação nédia, petrogra f ic amente semelhante
à identificada nos cortes a jusante (FOTOS 34 e 35) e nos
testemunhos de sondagem obtídos do concreto e da rocha de fundação
(Foro 36).

FOIO 3¿ - Àfloramento do gnaisse granltico ( 3b) utilizado


agregado no concreto. Corte a Jusante da barragen.
94

O
-¡=f¡æ 5cm
T',,;;ç
".',..¡:;¡;.J!,ilt*çi,¡i*i¡:,n**;;c'.i,rü:'.. .' K*iiliÀ**.
FOÎO 35 - Àmostras do gnaisse ( col.etadas no afloramento ilustrado
na foto anterior) ,
À direita, amostra submet ida a ensaio de coloração seletíva de
feldspato potássico (amarelo ) ; plagioclásio (branco); quartzo
(cinza).

FOTO 36 - Testenunhos de sondagem mostrando o contato êntre o


concreto e a rocha da f undaçã-o. Àmostra SR 20028 (12,38 m)
(superior) e SR 20029 122,77 m) (inferior).
95

Sua composição modal ( TÀBELÀ 5) re-vela a Presença de mícrocLfnio


micropertftico, plagioclásio (oligoclásio), quartzo e b:iotita como
rninerais essenciais. Subordinadamente, ocorrem! opclcos (magne-
t.ita), muscovita, apatita, zircáo, títanita, fluorita' turmalina,
epldoto, allanita, sericita e carbonato.
Estas rochas exibem arranjo textural porf iroc lástico/
granoblástico a granolepidoblást íco .
Microcllnio e, mais raramente, plagioclásio ocorrem na forma de
cristais geralmente nilimétricos (porfiroclastos, às vezes
atingindo até 1, I cm) , subarredondados e suborientados,
distribuldos em matriz de granulação fina, composta princiPaLmente
de plagioclásio, quartzo e bÍotita. Esta ocorre em plaquetas
isorientadas, parcialmente cloritizadas. Microclfnio acha-se são e
plagioclásio apresenta fraca a moderada sericitização, com bordas
albfticas llmpidas. Localmente, ocorrem lamelas de geminação
encurvadas em plagioclásio, e intercresc imentos mirmequlticos no
contato entre este e o plagioclásio.

Quartzo ocorre freqüentemente em concentrações de cristâis, com


diâmetro entre 0,3 e 0,8 mm e arranjo textural granoblástico.
Medidas do ângulo de extinção ondulante efetuadas conforme método
de DOLÀR-I,ÍANTUANI (L98L) revelaram valores de UE médio entre 13 e
15" (TABELÀ 6).
É notável, nessas rochas, a presença de aglomerados de
rnicrocristais, com diânetro inferior a 0r15 mm, de quartzo (às
vezes associado a feldspatos ) preenchendo microfraturas e
envolvendo cristais maiores de microcl-fnio e plagioclásio (FOTOS
37 e 38). É certo que os aglomerados de microcristais se geraram
por microgranuJ.ação deformacional e recristalização metarnórfica a
partir de cristais maiores de quartzo com possível- nobilização
parcial de síÌica.
96

TABEL.È 5 - Composições modais do agregado rochoso da Barragem de


Pedro Beicht.

N.B. - Amostras PB-L e PB-5: coletadas em afloramentos a Jusante


da barragem.
- Amostras SR 20028 a 20043: provêm de testemunhos de
sondagern na profundidade assinalada.
TABELA 6 - Principais parâmetros óptico-microscópicos e resultados de ensaios de reatividade polencial (método acelerado/NBRI).

MICRoBCOP,A O PTICA REAT. POTEñ¡CIAL

AVALIACOES VISUAIS }IEDIDA S SOBRE OUAFTZO EM TBES E€COE6 DELGADAo OBTOGONAIS N8n

| ruE
gtar mjdb | gran. mjuir 1' 9Én. midia 2* gran ER (Eft midp) 3'ER UE (uEmddþ) %g¿o %q:o %gzo %gzo Væ % Exp. % Exp
l*0.'
m¡triz I mrgæomp pond. nrtrh ozo
"ti¿¡,
nidb x (% QZO pond. m,í¿o x (% QZo I p"r¿. I c/UE cÂJE c/ UE c/ UE c/ UE c/ UE 12 n
(mm) m.gæomP <. O,15 mm )0, 15mm ,f) > 0,15 mm) dhm. OZO þ) > o,t3 mm) I o.- * I 'r" >10. 15' m' > 23" s db¡ dh¡

Bbtla gnabac
g-nfrto 1eu¡ 6.7 13 æ7 r5.322?20300 0.t00 0.f80

2t t7 0.110 0.210

6.8 t4 280 138 20 tó 6 I O 0 0. I l0 0.200

5.6 13 2æ 't2.7 20 t{ 3 0 0 0 0.110 0.200

PB3 Bbtita gnabac


granlbo 1eu¡ 0.120 0.220

1* - gran. média pond. malr¡z megacomp.(mm) = granulometria média ponderando-se o diâmetro m€hio dos gräos c a6 por(:enlagens.lr rrtriz e de megacomponentes
2* - gran. média > O,1Smm= granulomelria nxidia dos cristais de quartzo com di6metro superior € O,1srnm,
3" - ER (ou UE) pond. diam. eZo. = rnddia dos valores de ER (ouUE) ponderados pelos diâmelros dos cristais de quartzo analisâdos.
ER = "extinction range angle", conlorrne Dolar-Manluani (1981).
UE = "Undulalory Extinction angle", conforffìe Dolar-Mar,lt¡ani (1981)
% Exp. - porcentagem de expansâo do corpo.de.prova,
96 ùp Cl UE > 5,10... = porcenlagern de crisùais de quartzo corn ângulos rea¡s de UE no lnlervalo determinado (> 5,1O..).
98

I

¡"{i-
FOÎO 37 - Àmostra PB-1. Gnaisse granítico (3b). Àumento 38x.
NÍcóis cruzados.
Obs.: Nftida textura "mortar" caracterizada pelo desenvolvimento
de moldura de quartzo ( e algum feÌdspato) microgranul,ar (Ql) ao
redor de grãos maiores' dos mêsmos minerais. Cristais maiores de
quartzo (Q2 ) , em arrânjo granoblástico, exibem fraca extinção
ondulante (UE médio=15'), Q1=Quartzo microgranular; Q2= Quartzo
com fraca extinção onduÌantei M=Microcl-lnio; B=Biotita.
FoTO 38 - Àmostra PB-3. Gnaisse granltico (3b). Àumento 38x.
Nicóis cruzados.
Obs.: Notam-se, cono na foto anterior, concentrações de quartzo
microgranular (Q1) t e de cristais maiores (A2, em arranjo
granoblástico, èxibindo fraca extinção ondulante (UE médio=14'¡.
Ql=Quartzo microgranular; Q2= Quartzo com fraca extinção
ondulante; M=Microclfnio; P=PlagiocJ,ásio; B=Biotita.
100

5.1.2 Reatlvl.dade potenclal


Àa cinco amostras de rocha ensaiadas para avaliação da reatividade
potencial apresentarn caracterlsticas muito parecidas, conforme
demonstram os parâmetros minera Iógico-petrográf icos constantes na
TABELA 6. Seu potencial álcali-reativo foi avaliado à luz dos
resultados de ensaios de reatividade realizados pelo Método
Àcelerado, conforme OBERHOLSTER & DAVIES ( 1986 ) - National
Building Research Institute-NBRl (FIGURAS 19 a 23).
OBERHOLSTER & DAVIES (1986) estabeleceram o valor de 0rl1t, após
12 dias de ensaio, como o limite rnáximo de expansão do corpo-de-
prova, para o agregado ser considerado "não reativo", conforme o
Método Àcelerado/NBRl Os resultados obtidos nos ensaios
revefaram valores muito próximos desse limite! variam de 0r100 a
0,120t, após 12 dias (FIGURAS 19 a 23).
O parâmetro tE NBRI-28 dias, adotado no Capftul-o 2 deste trabalho
como referência para o potencial álcali-reativo dos agregados,
apresenta aqui valores entre 0r190 e 01220\, que se correlacionam
.\
(.) satis fatoriamente com a EE NBRI-12 dias nas 5 amostras estudadas'
q*
.LI

5.2 Concreto

5.2.1 Traço reconstLtuldo, teor em álcalls, consumo de clmento e


proprLedades f í s Lco-mecânlcas

IPT (1991) apresenta a caracterização do concreto utilizado na


Barragem de Pedro Beicht, quanto ao traço reconstitufdo (expressão
numérica indicativa da proporção, em peso, de cimento e agregado)
e às propriedades físico-mecânicas. Complementarmente, realizaram-
se, para este trabalho, análises químicas (teores en K2O e Na2O)
do cimento a partir de amostras de argamassa extraldas de
testemunhos de concreto. Ressalte-se que os teores em álcalis
assi¡n obtidos ref .letem principaLmente a composição do cimento
original. EntretanÈo, é posslvel admitir-se um eventual e l-eve
enriquecimento em ál,caLis provenientes de dissolução de feldspatos

Ïnsti[ul'; {ì rrr i' l;li t5 Ülbliotcca


";
o.l!0 101

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FICURA 19 -
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Àmostra PB- I z o,tìQ
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Àmostra PB-2 yr o.lco
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FIOURA 2I - o
Àmostra PB- 3 ¡,¡ o.tto
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0t^s

FIGURÀS 19 a 2! - Resul-tados de ensaios de reatividade Potencial-


Método Àcelerado/NBRI .
FICURÀ 22 - c.zt0
À¡nostra PB-4
o.2@
o
cl o.rto
2
c 0.r20
x
l,
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0.240
FIGURÀ 23 -
I\mostra PB-5 0.200
o
sr o.1¡o
z
À 0.120
x
L,
0,ooo
t
o.(xo

o,000

DtAS

FICURAS 22 e 23 - Resultados de ensaios de reatividade potencial -


Método Àcelerado/NBRI .
103

do agregado. Calculou-se, a seguir, o conteúdo en álcalis


(expresso em equivalente de sódio) por metro cúLrico de concreto.
Os resultados constantes da TABELÀ 7 referem-se a ensaios
rea.lizados em testemunhos de concreto extrafdos do corpo da
barragem atravérs de cinco furos de sonda rotativa. Àpresentam-se
valores médios obtidos a partir de I amostras coletadas em
diferentes profundidades ao longo de cada testemunho.
O princfpio do método de reconstituição de traço de concreto
baseia-se na determinação do teor de agregado ou de cimento
presente na amostra. Os ensaios de resistência à compressão axial
caracterizam-se por revelar menores valores em concretos maÍs
pobres ou rnal-compactados. Os índices de absorção d,água e volume
de vazios permeáveis aumentam de acordo com o baixo consumo de
cimento e do estado inadequado de compactação do concreto. A massa
especlfica é apropriada para avaliar o consumo de cimento a parti!
do traço reconstitufdo.
O teor ál-calis no cimento, o consumo de cimento no concreto e o
e¡n
conteúdo de álcalis por metro cúbico de concreto são fatores que
influenciam na reação álca I i -agregado, se não obedecerem a certos
limites (conforme discutido no CapÍtulo 1).
ConsÈata-se que o concreto extraído dos testemunhos de sondagem
SR-2003f e SR-20032, apresenta consumo de cimento, teor em áIcalis
por metro cúbico de concreto, resistência à compressão axial e
nassa específica cons ideravelmente maiores do que os testemunhos,
de concreto sR-20028, sR-20029 e SR-20030. os val_ores de absorção
d'agua e fndice de vazios são bem menores nos testemunhos SR-20031
e SR-20032 do que nos demais.
Assim, verifica-se que o concreto da barragem apresenta razoável,
heterogeneidade no compo.rtamento flsico-mecânÍco e na distribuição
e concentração de cimento, enfatizando o caráter aleatório do
processo construtivo,
104

TABELA7 - Valores médios de traço Ìeconstitufdo, teor en álcalis,


consumo de cimento e resultados de ensaios fl s ico-¡necânicos em
testemunhoa de concreto .

Sondagem Rotativa
Carac ter fs t Íca
20028 20029 20030

I rraço em massa I r,oo/ r,00/ t,00/ l,o0 / 1,00 /


| (cimento/agregado ) | 6,63 6,97 5 r57 5 ,37 3,83

I reor de cimento I l3,l 12 rs 15, 3 23 12 20,9


I (t) I

I consumo de cimen | 286


I to 1t<s/m3 ¡ i

Resistência à com I

pressão axial | 33,8 34,9 34,9 50,6 45,7


(MPa) I

Absorção d'agua 712 ?,6 712


(r) I

fndice de vazios | 15,8 L6 ,4 15, 6 12,8 13,9


(r) I

I uassa específica | 2183 2r47 2r85 2240 2207


I (kslm3) |

I Na2O
Nuz no cimento | 0,68 0 ,57 0,80
I (t)
I x2O no cinento 1,00 T,2I 0,96 1,20 1,20
I (t)
I eq. Ha2O no ci- | r,34 L,49 r,26 1,36 |,59
I mento 1t¡ |

I Eg. Na2o (ks)/ I


4rO 7r0
I nJ de concreto I
r05

5,2.2 Clnento
Na6 proximidades da Barrågem de Pedro Beicht, encontram-se
materiais pétreos, de cor cinza médio e granulação rnuito fina,
formando corpos con aparência de tonéis (FOTO 39). Presume-se que
representem restos do cirnento (hoje endurecido) transportado en
tonéis e utilizado na época de construção da barragem, há cerca de
60-65 anos .

Daqueles corpos, coletaram-se algumas amostras para estudos de


caracterização. Para tal, realizaran-se análises difratométricas
por raios X, termodiferenciais, ternogravimétricas , microscópicas
sob luz refletida e qulnicas.

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,irã,

'+,,J

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+i
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|' óiY,:¡i
lf,0

ê\,-s
FOÎO 39 - Concentrações de cimento endurecido formas de
tonéis, encontradas nas imediações da barragern.
106

5.2.2,1 å,nállÈiês por dLf ratometr¡.a de rafoa !


À difratometria de raios X revel,cu raias caracterfsticas de
Produtos de hidratação de cimento, em baixo nfvel de carbonatação.
fdentificaram-se, predominantemente, portlandita, calcita e
carboaluminato de cá1cio. Subordinadamente ocorrem ettringita,
silicatos cáIcicos hidratados, silicatos cálcicos anidros e
vaterita.

5,2.2.2 AnálLses termodl ferenciat s e termogråyLmétrLcas


Os diagramas obtidos mosÈraram picos de natureza endotérmica
caracterlsticos de Ca(OH)2 (à temperatura de 463'C) e de CaCO3 (à
723"C1 . O conjunto de picos situados a temperaturas inferiores a
200'C configura um vale endotérmico representando desidratação de
silicatos cáIcicos hidratados, ettringita e carboalu¡ninato de
cálcio, bern como a perda d'agua adsorvida na amostra.
Os teores de Ca(OH)2 e CaCO3, calcuÌados por anáIises termo-
gravimétricas foram, respectivamente, 7,7 e 19,5E.

5.2.2.3 AnáILses por mf.croscopla óptLca de luz refletida


O exame microscópico de Luz refletida em seções pol-idas revelou a
presença de grãos anidros de cIínquer (FOTOS 40 e 41), em estágio
avançado de hidratação.

O cIínquer observado revela condições adequadas de clinquerizaçáo,


constituindo-se, predominantemente, de cristais idiomórficos,
pseudo-hexagonais, de 3CaO.Si02 (C3S), com cristais arredondados
de 2CaO.SiOZ (CZS) subordinados. À fase intersticial encontra-se
cristaJ.izada, com predominância de 4CaO.Àl203.Fe2O3 (C¿m) sobre
3.Cao.ÀJ.203 (c¡a) .
107

FOÎO ¿0 - Àmostra de cimento endurecido. Seção polida. Àumento


400x. Grãos anidros de cllnquer preservados na amostra. Notar
abundantes cristais de CrS (A), pseudo-hexagonais e fase
l-ntersticial subordinada compósta por C4AF (F) e CaÀ (C).

FoTO {l - Àmostra de cimento endurecido. Seção polida Àumento


400x. Aspecto geral de um grão de clfnquer anidro com cristais de
CrS (À) bem formados e fase intersticiâI predominantemente
férrftica: C4À¡ (F),
108

5,2,2.1 ÀnÁIl.ses gufnlcas

Os resultados cla análise qulmica efetuada encontram-se na TÀBEI¡À


8.

TABELA 8 - Composição qufmica do cimento endurecido possivelrnente


utilizado no concreto da Barragem de Pedro Beicht .

COMPONENTES TEORES (t)


si02 15,99

ÀI203 3, 88

Fe2O3 1, 88

Cao 46,60

Mgo l, 06

so¡ 0,93

Na2O 0,09

K2o 0r04

P.F. 29 ,4L

5.2,2.5 ConsLderaçóes adLcLonaLs

As análises di frato¡nétricas por raios x, termodi ferenc iais ,


termogravirnétricas e microscópicas revelaram caracterlsticas
tlpicas de cimento endurecido, confirmando as suspeitas de que
representam "moldes" de antigos tonéis que armazenavam o cimento.
109

Os dados qufmicos tambérn correspondem ao6 esperados para cimento,


exceto quanto aos teores en K2O e Na2O. Comparando-os com os
valores obtidos a partir de amostras de argamassa prorzenientes de
teÊtemunhos de concreto da barragem ( TÀBELA 71, os teores de
cimertto endurecido mostraram-se exageradamente baixos. O fato
poderia ser tentati.vamente explicado pela lixiviação de ál-calis
ocorrida ao longo de 60-65 anos em que o cimento esteve exposto
aos agentes atmosféricos. Já o Na2O e o K2O do concreto fÍcaram
protegidos daqueles agentes e permaneceram praticamente
preservados na argamassa.

5.2.3 Padrão de físsuramento

O padrão de fissuramento observado no corpo da barragem é


extremamente adensado, exibindo linhas de descontinuidade
horizontais, sub-horízontais , verticais e inclinadas. Os
resultados dos trabalhos de mapeamento das fissuras expostas na
superflcie das paredes da barragem (IpT, l99l) acham-se ilustrados
nas FIGURÀS 24a, 24b e 24c. Apresentam-se desenhos com a
distribuição das trincas expostas no paramento de jusante,
destacando-se aquelas com vazamentos de água associados.

À maioria das fissuras é horizontal e sub-horizontal . Estendem-se


por quase toda a parede e, em grande parte, coincidem con as
Juntas frias de concretagem. Grande número de vazanentos
observados a jusante se manifesta através dessas juntas e
fissuras. Freqüentemente, acham-se preenchidas por naterial
esbranquiçado (FOTO 421 identificado como calcita, por difra-
tometria de raios x.
Às fissuras verticais e inclinadas geralmente são aleatórias e não
se desenvolvem por toda a altura do pa.ramento de jusante (FoTo
43). São comuns vazamentos importantes associados à intersecção
dessas fissuras com as horizontais e sub-horizontais.

Quanto à distribuíção e freqüêncía das fissuras, é notável sua


maior incidência, especialmente as verticais e inclinadas, na
parte central da barragem (trecho B-C; FIGURÀ 24b).
113

FOÎO 42 - Vista da parede da barragem, a Jusante. Notem-se


fissuras preenchidas por material carbonático (branco) escorrido
pela parede .

tYt:-

FOTO {3 - Detal-he de fissura sub-horizontal (parte inferior da


foto) com material- carbonático (branco) escorrido Pela Parede. No
centro, fissura subvertical
l_ 14

6 pRoDuros DA REAçÃo Á¡,c¡¡r-noR¡Gnoo

6.f En barras de argamassa

À exemplo do realizado no Capltulo 2 deste trabalho, os rnateriais


neoformados produzidos durante os ensaios de reatividade potencial
pelo Método Àcelerado/NBRI foram inicialmente detectados por
microscopia óptica de luz transmitida em lâminas delgadas,
confeccionadas a partir de barras de argamassa ensaiadas.
Apresentam coloração pardo-escura e concent.ram-ae na forma de
pontoações ou pelfculas micrométricas, principalmente ao redor dos
microcristais (geralmente < 0r 15 mm) de quartzo que formam
aglomerados envolvendo ou preenchendo fraturas em cristais maiores
de quartzo, microclfnio ou plagioclásio ( FOTOS 44 a 47).
O exame desses materiais, por microssonda eletrônica acoplada a
microscópio eletrônico de varredura, revelou aa presenças
predominantes de Si e Ca e, subordinadas de K, Na, e A1 (FIGURAS
25 e 26), composição semelhante aos materiais identificados nas
barras de argamassa estudadas no Capítulo 2 ( item 4.6).
lt5

FOTos {¡{ € {¡5 - Ànostra PB-I. Lâmina delgada de barra de argamassa


submetida a ensaio de reatividade potencíal - Método
Acelerado/NBRl . Àumento 38x. Nicóis paralelos (à esquerda) e
cruzados (à direita) .
Obs. : Àglomerados de microcristais de quartzo envolvidos Por
pelfculas de nateriais neoformados (ponto I, selecionado para
análise por dispersão de energia). O=Quartzoi P=Plagioclásio;
M-Microclfnioi B=BÍotita

r0¡t0 I
atltlo
rtEtcrl oE c I ttslo, lrv

FICUR.I 25 - Ànálise por dispersão de energia. Espectros dos


elementos presentes no ponto I da FOTO 44.
116

.rf'
¡r.

FOTOS {6 e {7 - Ànostra PB-2. Lâmina delgada de barra de arganassa


submetida a ensaio de reatividade potencial - Método
Acelerado/NBRl . Aumento 38x. Nicóis paralelos (à esquerda) e
cruzados (à direita) .
Obs.: Àglòmerados de microcristais de quartzo associados a grande
quântidade de "pontoåções" de materiais neoformados (ponto 1,
selecionado para análise por dispersão de energia). Q=Quartzo;
P=Pfagl ioc lás io; M=Microclfnio.

PO¡TO I

,,¡,.'.¡!,' ----ã-----¡---------- ? . t
o'- ---î r . - Í.v lo
ENER6IA DE trlss^o,

FIOURÀ 26 - Ànálise por dispersão de energia. Espectros dos


elementos presentes no ponto 1 da FOTO 46.
I17

6 ,2 ¡{o concreto

Os materiais neoformados presentes no concreto foram identíficados


em ¡5ete testemunhos de sondagem extraldos do corpo da barragem e
PernLten constatar a ocorrência de reação álcali-agregado do tipo
álcal i-s iI icato. Ocotrem preenchendo cavidades ou formando bordas
de reação ao redor de fragmentos de brita e distribuem-se nos
testemunhos de sondagem, conforme ilustrado na FIGURA 2?.
Apresentam-se também disse¡ninados na pasta de cimenÈo e na
superflcie do agregado .
Oa materiais que preenchem cavidades ocorrem em praticamente todos
os testemunhos de sondagem. Àpresentam coloração esbranquiçada,
freqüentemente exibindo aspecto "microgretado". Examinados ao
microscópio óptico de luz transmitida, revelararn tratar-se de
ettringita: Ca6Al2(S04)3(OH) 12,26H2O¡ e apresentaram as seguintes
propriedades ópticas:

Cor: incolor
Hábito: acicular (dimensões dos cristaj-s: espessura=0,01 a 0,03
mm; comprimento=Ors a 0,7 rnm).

Siste¡na cristalográfico: hexagonal

Orientação: uniaxial negativo


fndices de refração: E=1r4600
w=1,4665

Birrefringência máxima: 0, 0065

Extinção: reta
Elongação! negativa
Os materíais neoformados que formam bordas de reação ao redor das
britas foram identificados nos testemunhos de sondagem SR-20031,
sR-20032, SR-20033 e sR-20034 (FTGURÀ 27 1. caracterizam-se,
118

¡nâcroscopicanente, por auréolas de coloração cinza escura


rnargeadas por pelLculas esbranquiçadas (ambas de espessura máxima
0r5 rûn), no contato entre a superflcie dos fragmentos de brita e a
argamâssa (FOTO 48), Com o obJetivo de caracterizá-los morfológica
e quimicamente, realizaram-se ensaios compl€-'mentares utilizando
microscópio eletrônico de varredura e espectrômetro por energia
dispersiva. O principal produto visualisado constitui-se de um gel
alcalíno o qual, em decorrência do processo de secagem e
netalização, apresenta-se freqüentemente gretado, Pode
diferenciar-se e apresentar-se em contato com materlal de baixa
cristalinidade (FOTO 49). Ànbos compõem-se quimicamente de Si, Ca
e K ( podendo conter pequena proporção de Al), sendo o gel gretado
mais rico em Ca e mais pobre em K do que o material diferenciado
(FIGURÀ 28). Local.mente, distingüem-se fases cristalinas bem
desenvolvidas, de hábito fol-iar fino formando aglornerados
lancetados (FoTos 50 e 51)i apresentam cornposição qulmica similar
à dos materiais diferenciados de baixa cristalinidade sendo,
entretanto, mais ricos em K do que em Ca (FIGUR.A 28). Observa-se
peLo exposto, um aumento na relação K/ca do gel gretado para as
fases de baixa cristaÌinidade e destas para as fases cristalinas
bem desenvolvidas ,

Os exames por microscopia óptica de luz transmitida em fâmÍnas


delgadas revefaram a existência de pelícuJ.as micrométricas de
material neoformado, principalmente, ao redor dos microcristais de
quartzo (FOTOS 52 e 53), confirmando seu caráter altamente
reativo. Tais pelfculas, exa¡ninadas ao microscópio eletrônico de
varredura equipado com espectrômetro por energia dispersiva,
revelaram constituir-se predominantemente de Si, Ca e K. (FIGURA
2e) .

O exame da FIGURA 27 que ilustra a distribuição de materiais


neoformados e descont inuidades em testemunhos de sondagem revela,
no concreto dos furos SR-20031, SR-20032, SR-20033 e SR-20034, uma
razoáveI coincidência nas maiores incidências de fissuras e de
auréolas de reação no agregado, Ievando a supoL a provável
existência de fis6uramentos (não quantificados e indístingulveis
de outros) relacionados com a reação álcal i -agregado.
sR - 20.028 sR -20.o29 sR - 20.030 sR - 20.0:.J1 sR - 20.032 2o.05ð sR - 20.0 34

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7 tO4 +fr

7,88
ø
8,3 8

a,93 I,AO
9.30
9,38
9.50 9,63
LEGENDA
9,62
9,81 9,ÐE
10, ì4
to,6¡ SR ld€nt licoçõo do sondogem
ìo,52
ìt,00 ì 0,98 Trinc'
Flsss o
t2, ts
t 2,38 J unlo de concreiogem

l l,l3 1?,97
[_*_l con", ,to
ì 3.30
f-;l Rochi (gnoisse gronílico 3b)

l-w Prest nço de ourdolos de reoçóo no ogregodo


(@ . ¡rcqier,les \@= totos)
15,58 [f-l Presdlço d€ covìdodes com motoriol esbronquiçodo
qret( do (ÊEl " freqüentesim= roros)
t6 3()
r6b9
1,57-16,83
I6,9 0
17,12
t7,21
17,6O

18,o3

t9,ìo

FIGURA 27 - Disl 'ru¡çõo de moleriois neoformados e des


conlrnuidodes em ler iÈmunhos de concrelo do Bo rrogom do-
Pôdro Beichl - SP.
120

FOTO ¿8 - Bordas de reação álcaIi-agregado no contato entre


fragmentos de brita e argamassa,Testemunho de sondagem SR 20032
( 14,87 m) .

FO10 rt9 Àmostra SR 20032 (14,87 m) . Imagem obtida por


microscopia eletrônica de varredura. Aumento 750x.
Obs. sDetãlhe de gel gretado (à direita) em contato com material de
baixa cristalinidade (à esquerda) .
t2t

FOÎO 50 - ÀInostra SR 20033 (?r0O m). Imagem obtida Por microscoPia


eletrônica de varredura. Àumento 750x.
O¡s.i llorfoiogia tffica das fases cristalinas bem desenvolvidas'
Notår cristaii com ¡'a¡ito foLiar fino em aglomerados lancetados'

l-#
Þ^
r"

FOTO 5l - Detalhe da foto anterior. Àumento 2000x'


Gcl grclodo (vcr FOrO 5t )

f,4otcr¡ol dc bo¡xo crirtol¡n¡dod!


(vcr FOÍO 5l )

Cr¡stoi3 bcm dcsrnvolvido¡, com


Ììdb¡to tol¡or ( Yer FoTo ó2 I

0.ooo to.l¡lo
Et'¡ERct oE ErltssÃo, x.v

FIGURA28 - AnáLise por dispersão de energia,


Espectros obtidos para produtos de reação álcali-agregado
presentes ern testemunhos de concreto.
123

' ir':ii
- t¡ '.;-
if"'.S

FOÎOS 52 e 53 - Àmostra SR 20032 114,87 n). Lâmina delgada .de


Ñià'oi" páralelos ( à esquerda )
fragmento de concreto. Àumento 38x'
e cruzados (à direita) . de quartzo envolvidos Por
obs. : Aqlomerados de tnicrocristais loontó I, selecionado Para
oãircura- ae materiais neoformados ,'-q=guartzo; P=PIagiocIásio;
ãnãii"" por disPersão de energia)
M=l{icrocllnio; B=Biotita.

POTÌO I
t a
€rEnGtl oE E y t6slO, x.v

FIGURÀ 29 - AnáIise Por dispersão de enerqia.


Espectros dos el.ementos pre sentes no pontó I da Foro 52.
L24

CAPITULO (¡

COI¡SIDERAçÓES FINAIS, CONCLUSÓES E I,II{HAS DE PESQUISA FUTURÀS

À reação entre os álcalis disponíveis no concreto e os agregados


vem-se tornando um dos maiores desafios para os técn icos
envolvidos com os problemas de execução e duração das estruturas
de concreto .

O aprofundamento das pesquisas, aliado à constatação cada vez mais


frequënte de estruturas apresentando aqueles problemas ' tem
revelado um universo cada vez maior de tipos de rocha
potencialmente reativos.

No BrasiI, os "granitóides" amplamente utilizados em obras de


concreto, empregados como agregados, compreendem rochas quartzo-
fel"dspáticas, como granitos, gnaisses ' migmatitos, etc ' ' com
ocorrências distribuldas por vasta faixa territorial'
Esforços tectônicos de intensidades wariadas e atuantes em
diferentes períodos geológicos afetaram grande parte desses
"granitóides" e foram responsáveis pelo desenvolvimento de algumas
feições texturais capazes de tornar o agregado potenciafmente
reativo com os álcalis do cimento.
o trabalho aqui executado teve como proposta a identificação e
seleção de parâmetros texturais de defornação considerados
possfveis condicionadores da reação álcali-agregado en
"granitóides " . Baseou-se em dados geológicos, petrográficos '
mineralógicos e tecnológicos, e foi apJ-icado ao concreto da
Barragem de Pedro Beicht, como apoio e referência para trâbalhos
futuros. Aval-iou-se também a adequabiLidade dos métodos
tradicionais de ensaíos de reatividade potencial, com vistas à sua
utilização em agregados "granitóides" deformados tectonicamente '
A etaPa dos trabalhos dedicada à realização de experiências usando
materiais selecionados revelou que o método de ensaío de
reatividade potencial desenvolvido pelo National Building Research
125

Institute-NBRl e descrito por oBERHOLSTER e DAVIES (1986) é, com


certeza, um dos mais eficientes na correLacão com os parânetros
nineralógico-petrográf icos dos "granltóides" estudados' Tal fato
aliado à acuidade dos resultados obtenfveie e à rapidez de
execução (28 clias), qualificaram o nìétodo como o mais adequado
para a avaliação do Potencial álcali-reativo dessas rochas' os
valores obtidos neste mesmo ensaio, após 12 dias de exposição dos
corpos-de-prova (tempo adotado por oBERÍ ILSTER & DAVIES-op'cit.,
para especificar o limite máximo de expansião para o agregado ser
considerado "não reativo" ) mostraran-se menos coerentes na
coffelacão com os dados óptico-microscópicos ' O Método Qufnico
( recornendado pela Norma ASTM c-289), embora
seJa de execução ainda
mais rápida (algumas horas), apresenta a desvantagem de produzir
coeficientes mais baixos e menor coerência na correlação co¡n os
dados óptico-nicroscópicos. Os Métodos de Barra de Àrgamassa
realizados a 38'C (conforme a Norma ÀSTM C-227) e a 60"C ( segundo
as sugestões de MULLICK et aI ., 1987) mostraram maior eficiência'
respectivamente, a partir do 9e e 12e mês de exposição dos corpos-
de-prova. Àpresentam coeficientes de correLação relativamente
próximos aos obtidos para o Método Acelerado/NBRl (28 dias) ' mas
reveÌaram menor coerência na correlação com os dados óptico-
microscópicos.
Dentre os vários parâmetros ópt ico-microscópicos ' espectroscópicos
por inf raver¡nelho e difratométricos por raios X avaliados' os
primeiros revelaram-se os mais eficientes na previsão do
comportamento áIcali-reativo de agregados "granitóides" afetados
por esforços deformacionais' Deles, selecionou-se como principal a
t Quartzo < Or 15 mm. Podem també¡n ser úteis os parâmetros
representando granulometria média da matriz rochosa e do quartzo
>=0r15 mrn, bem como valores do ângulo de extinção ondulante do
quartzo: ER ( "extinction range" ) ou UE ( "undulatory extinction" ) '
principalmente se associados ao teor em quartzo da rocha'
Os dados obtidos neste trabaLho não foram suficientes para se
esÈabe.Iecerem com precisão valores de limites angulares para ER
ou

UE, acima dos quais o quartzo deformado deva ser considerado


potencialmente reativo. Entretanto, considerando-se as
especificações de OBERHOLSTER e DAVIES (1985) para o ensaio pelo
L26

Método Acel-erado/NBRl , constata-se nas amostras estudadas que os


dacloe concordam perfeitamente com as 6ugestões apresentadas por
DOLAR-I'IÀNTUANI (1981). Segundo esta autora, os valores ¡nédios de
UE l-nferiores a 15' caracterizam materiaie não reativos e os
superiores a 25", potencialmente reativos. Àlém do lirnite angular
para medidas de ângulos de extinção ondulante, as quantÍdades de
quartzo deformado e de microscristais de quartzo ¡nenores que 0r15
nì¡n, bem como o limite granulométrico para a matriz rochosa são
valores ainda imprecisos e que deverão ser avaliados em pesquisas
complementares .

Observações ao microscópio petrográfico revelaram que aumentos na


quantidade de quartzo microgranular (<0r 15 mm) r reduções nas
granulometrias médias da matriz rochosa e dos cristais de quartzo,
bem como aumentos nos ângulos de extinção ondulante do quartzo
constituem fenômenos guêr em geral, ocorren simultaneamente
durante o incremento da deforrnação tectônica etn "granitóides"
provocando o desenvoLvimento de parâmetros texturaís
característicos. AIérn disso, se considerados isoladamente, nem
todos esses parâmetros serão capazes de refletir o potencial
álcati-reativo dos agregados. visto que os condicionantes
geológicos que regem os processos de deformação das rochas são
inúmeros, e que os parâmetros texturais resultantes nem sempre
aPresentam qorrespondência Linear entre si, recomenda-se, sempre
que possfvel, sua utilização conjunta.

A etapa seguinte dos trabalhos dedicou-se à apJ.icação dos


resultados obtidos ao caso do concreto da Barragem de Pedro
Beicht. Neste concreto, o agregado rochoso utilizado é um
"granitóide" classificado como gnaisse granftico ( 3b)
'
apresentando potenciaf álcali-reativo (avaliado com base nos
resultados de ensaios pelo Método Acelerado/NBRl) muito próximo ao
valor limite estabelecido por OBERHOLSTER & DAVIES (1986). Nesta
rocha, o mais notável parâmetro textural de deformação é a
presença de concentrações de microcristais de quartzo, per f azend,o
cerca de 15t do vol-ume total da rocha' A exemplo do ocorrido na
etapa anterior, dedicada às experiências com materiais
selecionados, este parâmetro ( B Quartzo <0, 15 nn) foi o que
L27

mostrou maior influência no aumento do potencial ál-cali-reativo


dos agregados.
À text-ura "mortar" caracteriza-se pela presença de grãos maiores
deformados em meio a uma matriz fina, poligonizada, rica em
microcristais de quartzo, e ê tlpica para o agregado "granitóide"
utilizado na Barragem de Pedro Beicht ' seu desenvolvirnento pode
ser explicado pela ação de esforços tectônicos ( presumivelmente
atribuldos ao falhamento de caucaia, mapeado Por CoUTINHO-1980) e
metamorfis¡no. Àssim, os aglomerados microcristal inos quartzosos'
principal fase reativa no agregado, ter-se-iam gerado por
microgranulação deformacional e recristalização metamórfica a
partir de cristais maiores, com possível mobilização de sllica'
o processo de fabricação do concreto da barragem utÍlizou cimento
de alto teor em álcalis, conforme evidencia¡n as anáIises efetuadas
em amostras de argarnassa extrafdas de testemunhos de concreto
(teores de equivalente em sódio entre L,26 e 1'59)' O concreto
aPresenta certa heterogeneidade no comportamento ffsico-mecânÍco e
na distribuição e concentração de cimento, enfatizando o caráter
aleatório do processo construtÍvo. o estudo dos testemunhos de
sondagem extraldos da porção central da barragem (região de maior
densidade de fissuras) retrata consumo de cinento' teor de álcalis
por metro cúbico de concreto, resistência à compressão axial- e
massa específica cons ideravelmente maiores do que os atribuíveis
aos testemunhos extraídos das extremidades nenos fissuradas da
barragem.

À tendência atuaf entre os tecnologistas de concreto é limitar o


conteúdo de álcalis disponfveis por metro cúbico de concreto'
OBERHOL,STER et al. (1983), fundamentados no estudo
de agregados
sensfveis à reação álcali-silicato da África do Sul' estabeleceram
as seguintes regras límites:
a) acima de 3,8 kg de equivalentè em sódio disponíveJ' por *3 d"
concreto3 ocorrem reações expansivas ( "deletério" );
b) abaixo de 1,8 kg de equivalente ern sódío disponivel pot *3 d"
concreto: não ocorrem reações expansivas ('inócuo")t
128

c) entre lrg e 3r8 kg de equ-i-va.l-ente em sódio disponlvel pot rn3 d"


concreto: podem ocorrer reações expansivas ( "potencialmente
deletério " ) .
Os valores obtidos neste trabalho revelaram teores de 7'0 - 7'3N
de equivalente em sódio disponível por metro cúbico de concreto
nos testemunhos extrafdos da porção central (mais densamente
fraturada) da barragen, e de 3,8-4,2* nas extremidades menos
fraturadas. Tais valores encontran-se dentro do intervalo
estabelecido por oBERHOLSTER et al . (1983) como "deletério"' isto
ê, onde ocorrerem reações expansivas ' la1 fato al"iado às
caracterfsticas petrográficas do agregado rochoso' às condições
cLimáticas da região (clima tropical úmido) e à presença constante
de umidade no local (reservatório de água) constiÈuem um roL de
fatores altamente favoráveis à ocorrência de reações ál-caIi-
agregados .

os estudos visando à identificação de materiais neoformados'nas


barras de argamassa, produzidos nos ensaios pelo l'{étodo
AceÌerado/NBRI foram efetuados em lâminas delgadas por microscopia
óptica de luz transmitida, microscopia eletrônica de varredura e
espectrometria por energia dispersiva' Observou-se a formação de
materiais pardo-escuros concentrados em pontoações ou pelfculas
micrométricas, principalmente ao redor de mícrocristais de
quartzo. O fato sugere ser a fase microcristalina de quartzo mais
reativa que as demais ' Quimicamente, os materiais neoformados
compõem-se de Si e Ca, com quantidades subordinadas de K' Na e Al'

OS materiais neoformados presentes no concreto da barragem ocorrem


ora preenchendo cavidades, ora formando bordas de reação ao redor
de fragmentos de brita, ora dispersos na Pasta de cimento e na
superflcie dos agregados.
No material que preenche cavidades foi detectado' em todos os
testemunhos de sondagem distribuídos ao longo da batragem'
material mac roscopicamente esbranquiçado, consÈituldo Por
aglomerados de cristais aciculares de ett ring ita
( Ca6À112 ( s0a ) 3 ( 0H) 12. 26H2o)
L29

Às bordas de reação ao redor dos fragmentos de brita caracterizam-


Bêr macroscopicamelrte, por auréoIas de coloração cinza escura
margeadas Por pelfculas esbranquiçadas (ambas com esPessura
máxima

de 0r5 mm). Foram observadas nos testemunhos de sondagem que


cortam a porção central da barragem' Ào microscópio eletrônico
de

varredura, equipado com espectrômetro Por energÍa dispersiva'


detectou-se um gel alcalino, às vezes diferenciado em material de
baixa cristalinidade e, IocaJ.mente, exibindo fases cristalinas bem
deeenvolvidas, de hábito foliar fino, formando aglomerados
lancetados. APresentam composições qulmicas similares entre si
(predonfnio de Si, Ca e K; podendo conter algum AI) ' Revelam um
aumento na relação K/Ca do gel Para o materiaL de baixa
cristalinidade e deste para as fases cristalinas lancetadas'
Os exames por microscopia óptica de luz transmitida em lâminas
delgadas de fragmentos do concreto revelaran a presença de
pelfculas micrométricas de material neoformado' especialmente ao
redor dos microcristais de quartzo, o que conf irrna constitulrem
esses microcristais a principal fase reativa do agregado da
barragem. Äs anáIises por dispersão de energia sobre as
pellculas
mostraram composição qulmica similar aos materiais identificados
nas bordas de reação (predomlnio de Si' Ca e K) '

Às características qufnicas e morfológicas dos produtos de reação


presenÈes no concreto da Barragem de Pedro Beicht são
perfeitamente correlac ionáve is às apresentadas na literatura
para
géis produzidos em diversos concretos a partir de reacão álcali-
agregado do tiPo álcali-silicato (OBERHOI'STER' 1983; BÉRUBÉ &
FOURNIER, apud REGOURD-MOR.ANVILLE ' 1989' KATAYÀMA e
FUTAGAWA'

1989, CEUKELAIRE, 1991; ZÀMPIERI et al ' 1992¡ GILLOT & SOLES'

1993).

Assim, o estudo demonstrou c.laramente que a reação álcali-agregado


do concreto da Barragem de Pedro Beicht inclui, como princÍpal
fase reativa, o quartzo de aglomerados microgranulares presentes
no agregado 'granitóide". O fenômeno manifestou-se muito mais
intensamente na região central da barragem, justamente onde
ocorrem o maior consumo de cimento e o maior teor de álcalis
por
metro cúbico de concreto (quase o dobro do teor observado nas
130

extremidades). Na região central ocorre também uma densidade de


fissuras (especialmente verticais e inclínadas) consideravelmente
maior. Ao longo dos testemunhos de sondagem nessa região' observa-
se uma razoávef coincidência entre densidade de ocorrência de
fissuras e bordas de reação. Embora indietingulveis t Presume-se
assim a prováveI existência de fissuramentos produzidos pela
reação áIca1i-agregado.
pode
Apesar de apreaentar evolução lenta, a reação áIcali-silicato
levar à deterioração totâl do concreto, com geração de fissuras'
desloca¡nentos e perdas acentuadas nos valores de resÍstência
mecânica. No caso da Barrage¡n de Pedro Beicht' dada a idade do
concreto (60-65 anos), suPõe-se que os efeitos nocivos decorrentes
da reação sejam os instalados e hoje neutralizados no concreto'
Contudo, os estudos realizados até o momento não são peremptórios '

Este trabaLho constitui apenas o primeiro passo de uma série de


pesquisas 9uêr subseqüentemente, deverão ser desenvolvidas no
acornpanhamento da evolução da reação álcaLi-agregado no
concreto
da Barragem de Pedro Beicht' assim como na definição de medidas
preventivas para utilização do mesmo agregado rochoso em novas
obras de concreto. AIén disto, deverão ser aprofundadas as
investigações acerca dos Parâmetros mineralógico-petroqráf icos
arrolados neste trabalho, na previsão do comPortamento álcaIi-
reativo de agregados "granitóides" presentes em outras barragens
de concreto do Estado de são Paulo.
131

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L42

ANEXO A

EI{SAIOS DE REÀTIVIDADE POTENCIAJ. DE AGREGÀDOS


r43

RGURA A1 -
Amostro 1
ensoio ASTM
c-227.

RGURA 42. û120


ô
Amostro 1
< 0.100
ensoio NBRI

1o*
o-
x 0.060
l¡,

r o.o¡o

FIGURA A3- o
I¿
Arnostro 1 f
ens8þ AIiTM 3ã
<F
C-28r9
.HP

.o

G-
OI
È

ouafitr0a0E td srLrc orssolv¡D lMrL|MoLES PoR L|TRo)


FIGURA A4_
lt.oàat
Arnostro 2 o
ensoio ÀSTM < 0,050
c-227.
z
< o,(xo
¡.
x o.oJo

r o.ozo

0.1 6{)

RGURA A5- o. t,t{)

Arnostro 2
o o.t2o
ensoìo NBRI
z o,too

o- O.OEO
x
r., O.O80
I
o.(x{,

o,o20

o.(x)o

RGURA A6_ o I
9
ensaþ ASTM = I
36
0-280 .t l-'
tNócuos
I
oE ¡.('/
öô
8q /.
*-lea


J
/i e"ç
ôt
I ¡eLerÉ ros
T
t
r 2r5 q0 ¿5to ¿6 50 75100 25c 5oo

oua flDÁ0Ê sd srLrca otsgoLvroa (MILTMoLEB PoR Ltlfio)


FIGURA A7-
0,070
Arnostro 3 ô
ensoio ASTM o.oßo
c-227. vl
E o,ot{t

¿ 0.O4O
X
U O.OJÕ
I
0.020

o,oto

o.000

flGURA AE- o,100


o
Amostro 3
ensdiö NBRI ø¡ 0.080
z
¡ O.O6O

r¡¡
o,oao
I

ô
RGURA A9- ô
t
Ænostro 3 úã
enssio AgT[ir
<l
Cl
c-289 g9
tsc

ÞT
ôt
9
a
ã

ouÂNlrDaoE ad stLrca 0¡830LvrDA (MrLtM0L€8 PoR LrlRo)


0.t35
I46
RGURA A1O- o.120

Amostro 4 6 0.105
ensoio ASTM
c-227. ur O.0OO

< 0.075
E
x O.oôO
l¡¡
0.o45
I
o.oJo

0.015

o.000

Í E SES

o.120

FIGURA A1 1- o,t00
o
Arnostro +
ensoio NBRI. ør 0,08{l
z
o- O.06O
x
o,(xo
t
0.020

RGUM 412- o
_o
¿
Amostro 4 f
36
ensa'to ASTM <F
c-289
3c
8o
r¿
Þf


ô
Ë
-('
r.--ffi2,0 ro 2:6 lo 7å ìoo 25o 5oo

PoR L¡lRo'
ouÂNT¡oaoE sd Sll-lcA olssoLvloa l)]lLlMoLÊ8
RGURA A13-
0.060
Ænostro 5 ô
ensoio ASTM < 0.050
c-227, ut

1o*
o-
x 0.030
I¡'t

r o.o2o

o.260

RGURA A14- o.210


o
Amo¡tro 5 < 0.200
ensoio NBRI.

] o,rao
t
x o.t20

r 0,06'0

o,(Xo

0tAs

FIGURA 415-
9
Arnostro 5 J=<=
cnca¡o ASTM <t.
c-2Ë'


e:¡
ôt
e
f,
o

oùaNttoaoÊ sd 8lLtca 0lssoLvlDA (lrlLlMoLÊ8 PoR LITRO)


FIGURA A16-
0.200
Arnostro 6 o
ensoio ASTM
c-227. ø O.I ûO
z
u O.l2O
x
0.080
I

O.O,l{}

FIGURA A1 7- 0.,l00

Amostru 6 o
ensoio NBRI. f/r o,ogo
z
o- 0.060
x
O.0.lo
I

RGURA 418_
9
Arnostro 6 f
ensaio A$TM <F
c-Êft)
åä
8''
el
J
Ôl
ô
F
-
-

ouÂNr|DAoE sd srLrca 0¡ssoLvrDA (HrLrMoLES poR LrTRol


r49
RGURA 419-
0.t00
Arnostro 7 o
ensoio ASTM
c-227. ø O.(}60

c O.O6O
x
O.O.lO
I

0.020

RGURA A2O- o,3{þ

Arnostro 7 o
ensoio
< 0,250
NBRI

I¡t o.zoo

x o.t 5t)
¡¡¡

r o.too

l¿l
FIGURA 421_
9
¿
Arnostrn 7 f,
cnsäþ ASTM
c-289 <l
'18
t-
Ë r¡,r

Td
Þt

ôl
I
-
a

ouaNlt0a0E sd SrLrca 0t9s0LvrDÂ (M¡LtMoLEs poR LtlROt


150
FIGURA 422-
0.100
Arnostro E o
ensoio ASTM
c-227. ¡¡4 O,OEO
z
o. O,O6O

l¡J
0.Oilo
I

o,o20

FIGURA A23- o,t zo


o
Arnôstm B < o,loo
ensoio NBRI.

1o*
û.
x o.o80
t¡l

r o.olo

FIGURA 424- e
Amostro E :2
ó6
cnsaio ABTM <F
c-28S

Ë8
à.,

J
ôt
ô

d'
r ar 6,0 15 ìo
OUANIIDAOE !d EILICA OISSOLVIDA (¡IILIMOLÊE POR LIÎRO'
RGURA 425-
0.1m
Arnostrq I o
ensaio ASTM
c-227. ¡/4 (},06'o
z
E 0.060
x
0.o40
I

FIGURA A26-
0.120
o
Arnostro I
ensolo NBRI.
z O,0ôO

II
x
0.060
',
I
o.o3{}

RGURA 427-
Amostro I i
l
en$flþ ASTM oO
<t-
c-289
üe
2a
ü
çd

'¡¿

tJ
å:
o
Ë
z
-o
r 4t 5,O ?¡ð lo 2õ 50 75 1æ 2æ

ouaNttoaoÊ 3d stLtca o¡ssoLvlDA lMlLlMoLES PoR LlÌnot


FIGURA AzE-
0,1m
Arnostrq 10
ensoio ASTM
c-227. y¡ O,OEO
z
o, O.O6O

0.(xo
t

o.o20

FIGURA A29- o.1so


o
Amostro 1O
ensoio NBRI. ør 0.12O
a
È 0.0â0

l¡¡
o.o00
I

FIGURA A3O- _o
¿
Ænostro 0 1
f

ENSAb ASTM <t-
c-28S
ðÀ
-aø
.o
û¡
ê¡
It-
¿

AUANTIOADE !d SILICA OI9SOLVIOA (MILIMOLE8 POR LITNO'


O.1,t0
RGURA A31_
o,120
Arnostro 11 o
ensoio ASTM < o,t00
c-227.
i o'*
IL
x o,o80

r o,o{o

0.o20

o.000

o.2to

FIGURA 432- o.16{)


o
Arnostro 11 < o.t50
ensoio NBRI. rn
2
< 0.120
o.
x o.o{o

r o.oõo

o.olþ

o.flto

ô
FIGURA A33- 9
a
i

Arnostro 11
<F
ensalo ASTM
c-289
EF
åc!
Èl
Þ!¡

?:
e
t-
ã

0rJÀN1t0a0E Ed SrLlca olsgoLvlDA (MlLlMoLEg PoR LITRo)


I54

RGURA 434-
o.1s
Amostro 12 o
ensoio ASTM < o,t25
c-227.
I o,roo
o-
x o.o75
l¡¡

r o.oso

YESES

0,210
RGURÀ 435_
Arnostro 12
o o.tôo
ensoio NBRI. ln
z o,15O

G 0.120
x
r,¡ o.ogo
I
o.o00

RGURA A36- I
z
J
Amostro 12 Íô
en$ah A$TM <F
c-2trt

l
ü '¡¡
1¿

cf
ó:l
Ë
Þ

t 2,õ 5,0 ?,5 lO 26 þ 75100 25O 600

ouat{TtoÂoÉ 3d stLtcA olSgoLvlDA (MILIMOLEa POR LITROt


RGURA A37_
Arnostro 13 o
o.oåo
eneoio ASTM
c-227.
z 0.060

G
X
¡¡¡ O.O¡1{}

TESES

RGURA AJE_ o,t (x)


o
Amostro 1 3
ensoio NBRI. t'¡ O.080
z
o. O,O€O
x
t¡¡
o.fio
I

o.o20

FIGURA 439- I¿
Arnostrq 13 f

encaio ASTM <t-
C.2&
3d
8qt
Td
ôI
Þ
¿
5
o

ouaftltDÁ08 sd StLlcA DlssclvlD^ (MILIMOLES POR LIÍRO'


RGURA A4O-
Amostro 14 o
0.060
ensoio ASTM
c-227.
z O,O8O

f!

u¡ o,oao
I

FIGURA A41- 0,t00


Õ
Amostro 14
ønsoio NBRI. ø¡ O,O8O
z
È 0.060

o.(xo
I

o.o20

RGURA A42-
:
Amostro 14 f,
ensa¡o ASTM
c-2Ël <f


ü r¡r

.o
e:t
ô¡
e
ts-
a
3

ouar'¡ftDADE sd SrLtca olssoLvloa (MlLlMoLÊ8 poR LllRo)


RGURA A43-
Arnostro l5 o 0.r20
eneoio ASTM
c-227.
z 0.000

u 0.060

o.2ro

FIGURA A44- o,1ao


o
Arnostro 15 < 0,t50
ensoio NBRI.

] o.rzo
o-
x o.ogo

i 0.060

o.o3{)

RGURA 445-
t
Amostro 5 1 5
ensÊb ASTM <¡-
c-2G)

t-
Fd
.nt
J
î:
F
2

orJÀNfroaoE !d stLrca otssoLvtDA (MtLrMoLE6 poR Ltrno,


r58
o,too
FIGURA A46-
0,r ¿5
Arnostro 16 o
ensoio ASTM
c-227. ør O.10O
z
o- O.O75

0.050
¡
0.o25

o.000

o.2¡+o

RGURA A47- 0,200


o
Arnostro 16
ensoio NBRI. ør O,16O
z
È o,12O
x
o.oao
i

O.O,+O

o.000

o
RGURA 448- 2
3
I
Amostro Éã
6
en$ab ASTM
1
<t-
rN ócuos
I
('!
c-2fi) 3d
Bq, ¿u"
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oI
af ,"4
ot
7 rrt rrl to!t
a
5
- I 23 3.o 7.5 tO 26 !O 75 læ 2æ 500

ôul¡¡rrDaoe !d slllca olssoLvloa lMrLlMoL€8 PoR LlrRot


0.176
BGURA A49-
o,1 50
Amostro 17 o
enso io A-STM < o,'t 25
c-227. v1

; 0.r0o
¡L
x 0.075

r o,oso

o.025

FIGURA A5O_ o,3{x}


o
Amostro 17 < 0.250
ensoio NBRI. vt

IE o.zoo
x 0.150

r o.too

451-
FIGURA o
ô
Amostro 17 =
ensaio ASTM 3ã
< t--

c-zfl'

åor
Td

Gj
ôt
ô
F
2

OI.IANTIDÂOE gd SILICA OISSOLVIDA (MILIMOLE6 POR LITRO'


FIGURA A52_
0.o75
Amostro 18 o
ensoio ASTM < 0,050
c-227.
2
< 0.025
À
x o,mo

r -{.025

FIGURA A53- 0.100


o
Arnostro 18
ensoio NBRI. ø O.OEO
z
a 0.060

l¡¡
o.o40
t

FIGURA A54- I
-
Arnostro 1E f,
3A
ensaio A.$TM
c-2tr .rl
uo
B,'

t3
o
Ê
z

o¡JANTToaDE sd slLlcÁ 0lssoLvlDA l¡llLlMoLES PoR LlTRo,


16L
FIGURA A55-
Amostro 19 o
0.080
ensoio ASTM
c-227.
z 0,060

¡.r o,oao
t
o.ó20

H ESES

RGURA A56-
o.t 80
o
Amostro 1 I
ensoio NBRI.
¿ O.12o

IL
x
t¡r o.o8o
I

O.O¡t{¡

RGURA 457_
_o
¿
Amostro 9 1 i
ensab A$TM <l-
c-28S
'3R
B.'

Þl
ot
ô
Ê
ã3

0u Tr0a0E ld srLrca 0rssolvloa (MrL¡MoLEg PoR LITRot


FIGUM A5E-
Arnostro 20 o
o,t00
ensoio ASTM
c-227.
z 0,075

t¡, 0.050
I

FIGURA 459- 0.250


o
Amostro 20
ensoio NBRI. ø O,2OD

o- 0.150
l¡¡
o.t 00
I

FIGURA A60- e
t
Amostro f,
20 36
ensa¡o ASTM <F
c-28Ét
,9e
ùl
t-
Td

Èj
ôt
F

oual{Îl0a0E ld $Ltca D¡SsoLvtDA (ulLtMoLES poR LtTRol


Àt{Exo I

DISTRIBUIçÃO DE FREQüÊNCIAS DAS MEDIDAS DE ÂXGULOS DE

EXTINçÃO ONDULANTE E DAS GRÀNUI,OMETRIAS DO QUARTZO


CORTE C I

20i1.0 18 31 r0.Í I 2ø
27 i t,3 t8 3f | 1,1 t? 24
1,8 11 t2 I 1.4 t5 27 i ø,7 14 ?4
ø,9 tó rBi1,3 I 20 iø,6 21 34
l,t 7 17tr,2 t4 zaiø,7 7 t7
1,8 tr 23 i t,ó 1ó ?8 i 0.9 1ó ?ó
20i1.3 2ø 33ì0.ó ó 15
20 i 1.4 t7 ?9 i 2,3 I 1/
0,9 rø tf i 0.ó ró ?8 i 1.1 15 ?a
0,8 I 2ø i 0.7 ó 1ói1.1 L0 2ø
f,l ff 22 ì ¡,0 13 25 i 1,5 1ó 3r
f.l 14 26 1t,8 7 17 i!,J 15 27
if.3 t5 27 tr,5 10 t1
tt,z 5 titf,f !3 ?7
i 1,1 tó ¡8 i 1,6 14 tó
i 0.5 l9 32 i 1.ó 13 26
I 0,¿ 14 ?¿ i 2.6 17 3ø
i ø,6 13 25 I 0.4 18 31
i ¡ 1.2 lf 21
i i 1,3 tø ?l
I i1,4 t? 24
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I 0.3 l2 ?4 0,8 19 32 !.2 12 26
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i 0.5 f3 15 0,4 1. 34 0.8 t6 ?6
i 0,ó I 19 0,4 15 27 1,1 r! ?2
, á .) ¡¡ t5 0,t t5 27 0.5 t2 2ø
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i0.4 16 t8 1.8 it 2?
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0.4 I L7
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3¡0.4 3 4 0,4 44
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0UA0R0 82 - l{edrdas de a¡sulo de extincro ondulante (uE e ER) do quartzo.


â}IOSTRA 2; cortes A, I
e C ortogonais.
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168

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0UAûR0 84 - l1Èdidas de ängulos de extincao ondrlante (lJ[ e Eñ) do quart¡o


AII0SIRA 4; cortes A, B e C ortogonais.
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0UAtiR0 tt3 - l{edidÂ$ de angulos de extincao ondulante (uE e ER) do cuartzo.


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rortes A, e C ortogonaÍs.
173

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oUADR0 ll5 - l'ledidaç de ansul0s de extincao ondulantÊ (Ut È tft) dÞ quart?0,


A|'{{]STRÉ t5; cortes A, I e C 0ì't0q0nãis.
193

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OUAttO Bló - lledidas de anguì0e dE extinceo ondulante (uE P ER) d0 quartzo.


AHOSTRA tó; cortes A, E e C ortosonaÍs.
195

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+-------------+-------------'--+-----------"----+----------*-----+----------------+

0UADñ0 Bt8 - l{edidas de angulos de extin{ao ondulante (Ut Ê tft) d0 quartzÐ.


Al'lûslRA t8; cortes A, B E C ortogonais.
199

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200

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i t.0 13 | i,7 14 r 0.5 1t
¡ 0.5 13 r 0.4 6 l
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t0 1,3 t4
i 0.4 14 I 0.4 a Ii 0,4 t4
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iìlEDIA 0.4 13i0.ô 7 t5r0.7 5 re 0.ó ó 14

iDESU]Í] PABRA(}i O.¿ I i 0.e 2 3i0.4 e 3 0.3e3


+-------------+--------'-------+----------------+----------------+----------------+

QUâDRo 819 - l{edidàs de ângulo de ertincao ondulante (lJE e ER) do quartzo.


All(}SlfiA t9; cortes A, B e C ortogonais.
20r

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+-------------+----------------+----------------+------'---------+----------------+

OUADRI) 8e0 -
Hedidas de angulos de extincao ondu'l¡nte (UE e ER) do guertzo.
A|{0SÌRA 20; cortes A, B e t
ortogonais.
203

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204

ANEXO C

DIAGRA¡IAS DE DISPERSÃO RELACÍONA¡¡DO VÀI,oRES DE IE I{BRI - 28 DIAS


COM OS PRINCIPÀIS PARÂ}IEIROS MINERA¡,óGICO - PETROGRÁFICOS

I.EGENDA:

t NBRI (28 dias) = Porcentagern de expansão do corpo-de-prova após


28 dias (Método Àcelerado/NBRr ) .
uE = ,,undulatory extinction angle", conf. DoLÀR-I4ÀNTUÀNI (1981)'
ER="extinctionrangeangle",conf'DOLAR-MÀNTUANI(1981)'
Cd = "coeficiente de desordem", conf' BACHIORRINI (1987)'
\ Qzo cl uE > 5', l0' ... = porcentagem de cristais de quartzo con
ãnõ"io"' r"ãi" d"'ur io'i.t".*,-u1ã dete-rminado (> 5" 10"... ).
Gran. média pond' matriz negacomp. -(rÙn) média'
= granulome-tr^ia de
pã"ã"tu"a"-se^o aiamåtiï*eãié dos'grãòs ê as porcentagens ma-
triz e de megacomPonentes '
Gran. média >= 0r l5mm= granulometria nédia dos cristais de quartzo
com diâmetro superior ou igual a 0,15run'
ER (ou UE) pond. '¿ia*ãiiò" de ER {ou UE)
diam. qzo = média dos valores analisados.
õ""aläaäã',pår-å" äo" crisrais de quarrzo
L166= Iargura (cm) medida à meia altura da raia correspondente
ãs
reilexões dos planos 100 do quartzo.
HIOO= altora (crn) da raia correspondente às reflexões dos
planos
100 do quartzo .

À166= área (cm2) da raia correspondente às reflexões dos


â planos
100 do quartzo '
+ = Rochas granitóides '
o = Rochas quartzfticas.
À = Coeficiente de correlação.

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205

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I K Feldspoto
À = -0,07

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20 25 30 J5
Í Plogloclos¡o
À= -0,38
ao
ôt
&
(!
z
t

ñ Micos + Clor¡to

FIGURA C3 ), = -0,35

0,0J 0.65 t.g2 2.42 ¡.oi r.oi ¿.zl +.oi s.¿o o.oo
oron, med¡o motr¡z (mm)

FIGURA C4 I = -0,30
0,

o
5 0,
a
(.,¡

tr 0,
(!
z 12

&
tl to

19
0.

10
0.
I
0.
¡0

6,60 8_80 1r.00 13,20 15.40 17,60 10.80 22.00


Oron, m€dio mego comp, (mm)

FIGURA C5 I = 0,06

to
@
C\{

d.
@
z
R

6.68 7.76 8.84 9.92 11.00


Gron. pond. motriz-mego comp. (mm)

FIGURA C6 À = -0.03
o

@
c{

E
co
z
R

13

16 20 24 28 32 J6 40
t ouortzo < 0.15 mm
= 0,77
^

E
((t

æ.
ID

0.3 0,7 1,2 1.6 2,'t 2.5 2.9 J.4 5.8 4.3
Gron, medlo quortzo > 0,15 mm

FIGURA C8 À = -0,28
t
(o
c'¡

e.
@
z
t

FIGURA C9

o
E
co
C.l

e.
.l)
z
a

t6 t59 299 440 581 721 862 looJ t1+4 1fa4 142i
(ER medio) x (Quortzo >
= O.l5 mm)
FIGURA ClO )t = 0,23
210

o
5
@
.:
a
(!
z
a
0.

0.

o.

0.
14 16 r9 21 24
ER Þond.diom, quoltzo (")

FiGURA Cl1 À = 0,36

o
E
@
c\¡

e.
@
z
0.
a

0.

0.

0.
.12t4 21 23 26 2E JO ðJ 55
UE medlo (')

FIGURA Cl2 À = 0,33


0
E
@
(!
e
tD
z
d

729 957 t 185 r4lJ 164t t869 2097 232b


(UE medío) x (È ouortzo >= O. tS mm)

FIGURA CI3 ). = 0,20

23 26 29 32 55 t8
UE pond. diom. quortzo (')

À = 0,37
Jt221 J1 40 49 5€ 67 17 66 E5
i ouortzo UE > 5'
FIGURA C15 À = 0,08

Þ
5
@
a.,t

Ê.

z
n
0.

0.

0,

t2 21 30 JÐ .€ 58 67 76
r ouortzo UE > l0'
FIGURA C16 À = 0,01
o
5
@
ôt

&
d)
z 12
o
a
t1

t9
o

t0
20
9t
++
8t8
o

f Quortzo UE > 15'

I = 0,13

o
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@
g
e.
o
z
I

r Quortzo UE > 20'

FIGURA Cl8 )t = 0,22


2I4

o
E
'@

æ
(o

o.22
R

0.

0.1

0.

0.

J0 t7 14 52 50 67
t ouo^zo UE > 25'

FTGURA Cl9 À = 0,28

o
E
@
c.¡

e
ID
z
t

5r0 14 21 29 J4 J8 d' 1{¡

f ouortzo UE> 50'

FTGURA C2O À = 0,35


-9
'@
N
&
(D
z
a

L 100 (cm)

FIGURA C21 À = 0,08

t6

19

H100/1100

FI'GURA C22 ). = 0,24


216

Al00/1100 (cm)

FIGURA C23 X = 0,22

r
@
N
æ
lD
z
a

1 155 199 243 2A7 JJl J76 420 461 100 552
ø
FlGURA C24 I = -0,33
FIGURA C25 À = 0,01

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