ANÁLISE DE
ALIMENTOS
MÉTODOS CONVENCIONAIS
MÉTODOS INSTRUMENTAIS
MÉTODO DE ANÁLISE
MÉTODOS CONVENCIONAIS – não necessitam de nenhum equipamento
sofisticado, isto é, utilizam apenas vidraria e reagentes.
MÉTODOS INSTRUMENTAIS – são realizados em equipamentos eletrônicos
mais sofisticados.
Alimento Umidade
Produtos lácteos fluidos 87% - 91%
Queijos 40% - 75%
Sorvetes 65%
Ovos 74%
Leite em pó 4%
Carnes e peixes 50% - 70%
Macarrão 9%
Margarina e Maionese 15%
Pães e produtos de 35% - 45%
padaria
INTRODUÇÃO
Sólidos totais – obtidos pela diferença entre o peso total da amostra e o
conteúdo de umidade.
P/Po = nA =
= nº de mols do solvente
nº de mols do solvente + nº de mols do soluto
ATIVIDADE DE ÁGUA (aH2O)
Para as soluções não-ideais, as interações entre as moléculas e íons
presentes causam um desvio considerável no valor da atividade de água
calculada pela lei de Raoult.
ATIVIDADE DE ÁGUA E
CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS
Água pura – valor da atividade de água é 1.
Alimentos ricos em água – valor de aH2O acima de 0,90 poderão se
formar soluções diluídas com componentes do alimento que servirão de
substrato para os microorganismos poderem crescer. Alimentos nessas
condições sofrem facilmente contaminação microbiológica.
ATIVIDADE DE ÁGUA E
CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS
Alimentos pobres em água – quando a atividade de água baixar para
0,40 – 0,80 haverá pequeno teor de água livre ocorrendo baixo
crescimento microbiano.
aH2O ≤ 0,60 ocorre pequeno ou nenhum crescimento microbiano.
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
Método mais utilizado em alimentos;
Está baseado na remoção da água por aquecimento;
O calor é absorvido por uma camada muito fina do alimento e
conduzido ao interior por condução.
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
Condutividade dos alimentos é baixa – costuma-se levar muito tempo
para o calor atingir as porções mais internas do alimento;
Método demorado – 6 a 18 horas entre 100ºC e 102ºC, ou até peso
constante;
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
Evaporação por tempo determinado – remoção incompleta da água;
Água presa por forças de hidratação ou movimento da água dificultado
por baixa difusividade ou formação de crosta na superfície – remoção
incompleta da água;
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
SECAGEM EM ESTUFA – método simples – utiliza apenas estufa e
cadinhos. Mas a exatidão do método é influenciada por:
Temperatura da secagem;
Umidade relativa e movimentação do ar dentro da estufa;
Vácuo na estufa;
Tamanho das partículas e espessura da amostra;
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
Número e posição das amostras na estufa;
Formação de crosta seca na superfície da amostra;
Material e tipo de cadinho;
Pesagem da amostra quente;
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
Temperatura de secagem :
Estufa simples – deve ser acima de 100ºC – evaporar água à pressão
atmosférica.
Estufa à vácuo – temperatura reduzida (~70ºC) – preservação da
amostra e não formação de crostas na superfície – dificuldade na
evaporação da água.
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
A velocidade de evaporação é maior em cadinhos de alumínio do que de
vidro ou porcelana;
Maior em cadinhos rasos do que fundos;
Maior em estufas com ventilação forçada do que em estufas simples.
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
A pesagem da amostra deve ser feita somente após esfriá-la
completamente no dessecador, pois a secagem a quente levaria a um
resultado falso.
MÉTODOS POR SECAGEM – Secagem
em Estufa
Tipos de estufas:
1 – Simples
2 – Simples com ventilador
3 – à vácuo (para amostras que se decompõem à temperatura da estufa
simples)
TIPOS DE ESTUFA
DESSECADOR À VÁCUO
MÉTODOS POR DESTILAÇÃO
Existe a mais de 70 anos.
Pouco utilizado – demora.
Utilizada para grãos e condimentos – matéria volátil – recolhida
separadamente da água pelo solvente orgânico.
VANTAGENS:
Proteger a amostra contra oxidação pelo ar.
Diminuir chances de decomposição por altas temperaturas.
MÉTODOS QUÍMICOS
Mais usado – reagente de Karl Fischer.
Reagente – descoberto em 1936 – composto de iodo, dióxido de
enxofre, piridina e solvente (metanol).
O procedimento envolve titulação visual ou eletrométrica.
MÉTODOS FÍSICOS
Cromatografia gasosa:
Pouco conhecida e pouco usada.
Muito rápida (5 minutos).
Pode ser aplicada em alimentos com larga faixa de umidade (8% a 65%).
MÉTODOS FÍSICOS
Ressonância Magnética Nuclear:
Pouco conhecida e pouco utilizada.
Equipamento caro e sofisticado.
Medidas muito rápidas (1 min) e precisas.
Não destrói a amostra.
Pode ser utilizada simultaneamente para determinação de umidade e
gordura.
MÉTODOS FÍSICOS
Índice de Refração:
Método simples e rápido.
Utiliza refratômetro – medida do ângulo de refração da amostra.
Menos precisos que os outros.
MÉTODOS FÍSICOS
Refratômetro de Bancada
BROMATOLOGIA
AULA 3
INTRODUÇÃO
Cinza do alimento – é o resíduo inorgânico que permanece após a queima da
matéria orgânica, que é transformada em CO2, H2O e NO2.
A cinza é constituída principalmente de:
Grandes quantidades: K, Na, Ca e Mg;
Pequenas quantidades: Al, Fe, Cu, Mn e Zn;
Traços: Ar, I, F e outros elementos.
INTRODUÇÃO
A cinza não tem necessariamente a mesma composição da matéria
mineral presente originalmente no alimento.
Composto T de volatilização
Carbonato de potássio 900ºC
Carbonato de sódio 900ºC
Hg 100ºC-550ºC
Cd ≥ 450ºC
Zn 300ºC-1000ºC
INTRODUÇÃO
A composição da cinza depende:
Natureza do alimento
Método de determinação utilizado
INTRODUÇÃO
Ca, alta concentração: produtos lácteos, cereais, nozes, alguns peixes e
certos vegetais.
A digestão pode ser feita com um único ácido, mas às vezes não é
suficiente para a completa decomposição da matéria orgânica.
CINZA TOTAL
Ácido sulfúrico: não é um agente oxidante muito forte e a completa
decomposição pode demorar, mas para acelerar o processo pode-se
adicionar um sal, como o sulfato de potássio, que vai aumentar o ponto
de ebulição do ácido, acelerando o processo.
CINZA TOTAL
Ácido nítrico: é um bom oxidante, mas pode ser evaporado antes da
oxidação terminar e também pode causar a formação de óxidos
insolúveis.
Mistura de ácidos: mais utilizado
H2SO4-HNO3
Mistura de 3 ácidos: H2SO4-HNO3-HClO4
Reagente universal – requer controle exato de
temperatura
CINZA TOTAL
Mistura de 3 ácidos: H2SO4-HNO3-HClO4
Reagente universal – requer controle exato de
temperatura e alguns minerais (como arsênio, chumbo, ouro, ferro)
podem ser volatilizados.
CINZA SECA VERSUS CINZA ÚMIDA
Cinza Seca:
É mais comumente utilizada para determinação de cinza total.
É também utilizada na determinação de cinza solúvel em água, insolúvel
em água e insolúvel em ácido.
É útil na determinação dos metais mais comuns que aparecem em
maior quantidade.
CINZA SECA VERSUS CINZA ÚMIDA
É a técnica mais simples e mais útil para a análise de rotina.
É demorada.
Limitação de uso: altas temperaturas – reações entre os metais e os
componentes da amostra, ou entre estes e o material do cadinho.
Necessita menor supervisão.
Pode-se usar amostras grandes.
CINZA SECA VERSUS CINZA ÚMIDA
Cinza úmida:
É mais comumente utilizada para determinação da composição
individual da cinza.
Pode-se usar baixas temperaturas, que evitam perdas por volatilização.
É mais rápida.
Não é prática como método de rotina.
CINZA SECA VERSUS CINZA ÚMIDA
Exige maior supervisão.
Não serve para amostras grandes.
ANÁLISE DOS ELEMENTOS
INDIVIDUAIS
A partir das cinzas obtidas por via úmida.
Métodos empregados:
Absorção atômica
Emissão de chamas
Colorimetria
Titulometria
CINZA SOLÚVEL E INSOLÚVEL EM
ÁGUA
A partir da cinza.
PROCEDIMENTO:
Juntar 25 mL de água ao cadinho.
Cobrir com vidro de relógio para evitar respingos para fora e aquecer até
começar a ferver.
Filtrar num papel sem cinzas e lavar com água quente.
CINZA SOLÚVEL E INSOLÚVEL EM
ÁGUA
Carbonizar o papel de filtro com o resíduo.
Deixar esfriar e pesar.