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me parece uma recusa de tratar o problema que é realmente político.

Outra coisa se o problema é forma de organização. Psol se organiza por corrente, pcb por
centralismo democrático. Qual a solução então? Tudo é ruim nada vale. No fim é muita gente
que fica no achismo com fontes tirada do além pra sustentar política rebaixada

3/ Agora, algo que é inconcebível é o pessoal agir como se o partido devesse ser simplesmente
legenda para candidaturas populares, aceitando toda e qualquer situação contraditória que
possa surgir nesse processo, principalmente quando tem instituto capitalista no meio.

4/ O partido não deve abrir mão dos princípios e ideologia não gente, o PSOL é um partido
anticapitalista e socialista. Bora fazer o debate sobre estrutura e capacitação garantido pelo
partido sem achar que está ok candidaturas afiliadas com Renova BR, Raps, Acredito e afins.

Portanto, é preciso problematizar financiamento e apoio de fundações neoliberais sim e com


urgência e para além de barrar candidaturas vinculadas a essas instituições, o partido tem que
dar suporte aos filiados, ainda mais a galera independente.

Achar que fazer esse debate com profundidade no partido é pura e simplesmente racismo é
ignorar a complexidade desse debate e instrumentalizar a luta antirracista e anticapitalista.

"Ressalta-se que as dobradas são sempre vias de mão dupla.


Pudemos perceber na campanha de Thais Ferreira que havia boa
vontade de diversas pessoas que estavam se candidatando, porém,
a falta de organização de um lado ou de outro pode emperrar ou até
inviabilizar um acordo que poderia resultar em votos significativos.

As dobradas podem ajudar, mas também atrapalhar. Seguindo no


caso de Thais, dois movimentos podem ser destacados. A dobrada
com Jean Wyllys, candidato que foi severamente perseguido por
uma militância ideológica contrária, acabava prejudicando a Thais
quando faziam uma live no Facebook juntos, ao atrair esse haters
para sua página. Já quando ela aparecia ao lado de Talíria Petrone,
candidata eleita a deputada federal, a associação era extremamente
positiva. Uma explicação possível é que ambas são mulheres negras
e jovens e carregam pautas bastante próximas. Talíria não era alvo
imediato da oposição e havia um forte sentimento no Rio de Janeiro
a favor da eleição de mulheres negras, o que resultou em um ótimo
aproveitamento dessa parceria nas ruas e nas mídias sociais."

[...] nossas obrigações imperiosas e primordiais são as de contribuir


com a formação de trabalhadores revolucionários que, do ponto de
vista de sua atividade no partido, estejam no mesmo nível que os revolucionários
intelectuais [...] por isso, nossa atenção deve estar direcionada,
principalmente, a elevar os trabalhadores ao nível dos revolucionários
e que não nos rebaixemos indefectivelmente no nível da ‘massa
trabalhadora’. LENIN

Ora, querem arrastar-nos de novo, para trás, afastando-nos da solução prática, em


direção, a essa grande verdade, justa em princípio, incontestável, mas
absolutamente insuficiente e incompreensível para a grande massa dos
trabalhadores: "a formação de organizações políticas fortes". Não se trata mais
disso, respeitável autor, mas da forma conveniente para se proceder precisamente à
formação e de fato realizá-la. É falso que "tenhamos trabalhado sobretudo entre os
operários instruídos, enquanto as massas conduziam quase que exclusivamente a
luta econômica". Sob esta forma, esta afirmação desvia-se para a tendência
radicalmente falsa, que a Svoboda sempre apresentou, de opor os operários
instruídos à "massa". Durante esses últimos anos, os próprios operários, instruídos
também conduziram, entre nós, "de forma quase exclusiva a luta econômica". Este é
o primeiro ponto. Por outro lado, as massas jamais aprenderão a conduzir a luta
política, enquanto não ajudarmos a formar dirigentes para essa luta, tanto entre os
operários instruídos, como entre os intelectuais. Ora, tais dirigentes apenas podem
ser educados iniciando-se na apreciação cotidiana e metódica de todos os aspectos
de nossa vida política, de todas as tentativas de protesto e de luta das diferentes
classes e por diferentes motivos.

Atesta que nossa primeira e imperiosa, obrigação é contribuir para


formar revolucionários operários, que estejam no mesmo nível dos revolucionários
intelectuais em relação à sua atividade no Partido. (Grifamos "em relação à
atividade no Partido, pois, em relação aos outros aspectos, atingir esse mesmo nível
constitui, para os operários, algo muito menos fácil e muito menos urgente, embora
necessário). Por isso, é preciso que nos dediquemos principalmente a elevar os
operários ao nível dos revolucionários, e nunca devemos descer, nós próprios, ao
nível da "massa operária" como desejam os "economistas", ao nível do "operário
médio" como quer a Svoboda (que, sob esse aspecto, eleva ao quadrado a
"pedagogia" economista). Longe de mim
negar a necessidade de uma literatura popular para os operários, e de uma
outra especificamente popular (mas não uma literatura de carregação) para os
operários mais atrasados. Mas o que me revolta é essa tendência de se unir a
pedagogia às questões de política, às questões de organização. Porque, afinal, os
Senhores que se arvoram em defensores do "operário médio", insultam antes de
tudo esse operário, sempre que manifestam o desejo de se inclinarem em sua
direção, ao invés de lhe falarem de política operária ou de organização operária.
Corrijam-se, portanto, e falem de coisas sérias, deixando a pedagogia aos pedagogos,
e não aos políticos e aos organizadores!

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