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2 Apostila Dir. Financeiro
2 Apostila Dir. Financeiro
SEMESTRE/ANO: 2º semestre/2020
PROFESSOR: Mestre Oswaldo Othon de Pontes Saraiva Filho
Relação entre o Direito Financeiro e Ciência das Finanças. Enquanto a Ciência das
Finanças investiga os fatos financeiros do ponto de vista especulativo (cuidando
apenas de fatos), o Direito Financeiro disciplina normativamente toda a atividade
financeira do Estado. O Direito Financeiro, da mesma forma que é influenciado, fornece,
em contrapartida, subsídios à Ciência das Finanças.
Direito Financeiro e Direito Econômico. Outro ramo do Direito, que se entrelaça com
o Direito Financeiro, é o Direito Econômico, que tem por objeto o estudo das normas
que disciplinam o comportamento do Estado relativamente à economia - é a disciplina
jurídico da macroeconomia.
Como frisa Paulo de Barros Carvalho (in Curso de Direito Tributário): O Direito tributário
“não se ocupa de momentos ulteriores à extinção do liame fiscal”. Isto, salvo as
hipóteses de tributos finalísticos, com destinação legal ou normativa (empréstimos
compulsórios e contribuições especiais). Já no que tange à destinação efetiva ou
financeira, uma vez efetuado o pagamento do tributo, ou ocorrida de outra forma a
extinção do crédito tributário, a relação jurídico-tributária se extingue. O que acontece
depois faz parte de outra relação jurídica. Como explicita Alfredo Augusto Becker: “A
regra jurídica que disciplinar a utilização da receita arrecadada por meio da tributação é
regra de Direito Financeiro”. (Teoria geral do direito tributário).
§2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar (complementar) dos Estados (e do DF, CF, art. 32,
§1º).
Lei Complementar - Estatui o art. 163 da CF que lei complementar, aprovada por
maioria absoluta de votos (CF, art. 69), disporá sobre:
Leis ordinárias, aprovadas por maioria simples (art. 47, CF/1988), cabem nos casos
em que a CF não exige lei complementar, e que não sejam da competência exclusiva
do Congresso Nacional (CF, art. 49) ou privativa da Câmara dos Deputados e Senado
Federal (arts. 51 e 52 – Resoluções do SF e Decreto legislativo do Congresso Nacional).
A CF prevê diversas situações em que é cabível a sua edição. Por exemplo para:
O art. 62, § 1º, I, “d”, da CF (EC 32/2001) proíbe a edição de medidas provisórias sobre
matéria relativa a PPA, LDO, LOA e créditos adicionais, ressalvado o previsto no art.
167, § 3º, que autoriza, apenas, a utilização de medidas provisórias para a abertura de
créditos extraordinários, para o custeio de despesas urgentes e imprevisíveis, como nos
casos de guerra externa, comoção interna ou calamidade pública (art. 41, III, da Lei nº
4;320/1964).
CF, art. 165, § 8º, in fine; e arts. 7º e 40, e 3º, “caput”, e 11, § § 1º e 4º, da Lei 4.320/1964;
art. 12, § 2º da LC 101/2000. O final do § 8º do art. 165 exclui de tal proibição “a
autorização para abertura de créditos suplementares (dotações adicionais) e
contratação de operações de crédito (empréstimo - receita pública), ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei”.
Bibliografia recomendada:
ARAÚJO, Eugênio Rosa. “Resumo de direito financeiro”, 2a. Edição, Niterói: Ed.
Impetus, 2009.
BECKER, Alfredo Augusto. “Teoria geral do direito tributário”, São Paulo: Lejus, 1998.
CARVALHO, Paulo de Barros. “Curso de direito tributário”, 18a edição, São Paulo:
Saraiva, 2007.
BORGES, José Souto Maior. “Introdução ao Direito Financeiro”, São Paulo: ed. Max
Limonad, 1998.
HARADA, KIYOSHI. “Direito financeiro e tributário”, 24a edição, São Paulo: Atlas, 2015.
IBRAHAM, Marcus. “Curso de direito financeiro brasileiro”, Rio de Janeiro: Ed. Elsevier,
2010.
OLIVEIRA, Regis Fernandes de. “Curso de direito financeiro”, 7a edição, Ed. Revista dos
Tribunais, 2015.
ROSA JR. Luiz Emygdio F. “Manual de direito financeiro e direito tributário”, 18a ediçãoo,
Rio de Janeiro: Renovar, 2005.
TORRES, Heleno Taveira. “Direito constitucional financeiro”, São Paulo: Ed. Revista dos
Tribunais, 2014.