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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO –


CAMPUS SÃO VICENTE – CENTRO DE REFERÊNCIA DE CAMPO VERDE CURSO DE
BACHARELADO EM AGRONOMIA NOTURNO

Brachiaria brizantha cv. Marandu

Discentes: Leandro Ross e Michael Viana.


Docente: Msc. Janderson A. Rodrigues

Campo Verde – MT
2020
Introdução
• As pastagens representam a forma mais prática e econômica de
alimentação de bovinos, constituindo a base de sustentação da
pecuária do Brasil, ocupam cerca de 172 milhões de hectares (IBGE,
2009).

• Em torno de 95% dos animais abatidos no Brasil utilizam o pasto como


a base da alimentação do rebanho, implicando em redução no custo de
produção ao longo da atividade pecuária em comparação a sistemas
baseados na utilização de grãos.
Introdução
• Estima-se que as plantas do gênero Brachiaria ocupam cerca de 85%
da área de pastagens do território brasileiro. O gênero Brachiaria tem
sido considerado como um instrumento de inclusão do cerrado no
processo produtivo. Esta gramínea é uma das forrageiras mais
cultivadas no cerrado, indicada para solos de baixa fertilidade e com
elevada acidez com serias restrições químicas naturais, acidez e
topografia.
Gênero Brachiaria
• O gênero Brachiaria foi descrito primeiramente por Trinius (1834) como
uma subdivisão Panicum e depois elevado a gênero por Grisebbach
(1853). Este gênero abrange cerca de 100 espécies distribuídas em
regiões tropicais e subtropicais, sendo o centro de origem das
principais espécies a África oriental.
• As espécies mais utilizadas como plantas forrageiras na América
tropical são: Brachiaria arrecta, B. brizantha, B decumbens, B.
dictyoneura, B. humidicola, B. mutica e B. ruziziensis (KELLER-GREIN
et al., 1996).
Brachiaria brizantha
• A espécie foi introduzida no Brasil por volta de 1965 (LAPOINTE E
MILES, 1992). É uma espécie cosmopolita e apresenta grande
diversidade de tipos.
• É descrita como planta perene, cespitosa, muito robusta, laminas
foliares linear-lanceoladas, com colmos iniciais prostrados, mas
produzindo perfilhos predominantemente eretos (SOARES FILHO,
1994).
Brachiaria brizantha cv. Marandu
• Esta cultivar foi lançada pela Embrapa em 1984, e substitui
gradativamente as áreas com B. decumbens (DA SILVA E
NASCIMENTO JÚNIOR, 2006; NUNES et al., 1984).
• A cultivar é originaria de uma região vulcânica da Africa, e procedente
da Estação Experimental de Forrageiras de Marandellas, no
Zimbábue.
Características B. brizantha
• Possui habito de crescimento cespitoso,
colmos iniciais prostrados, mas produzindo
perfilhos cada vez mais eretos ao longo do
crescimento da touceira, apresentando
intenso perfilhamento nos nós superiores dos
colmos floríferos, presença de pelos na porção
apical dos entrenos, bainhas pilosas e laminas
largas e longas, com pubescência apenas na
face inferior (VALLE et al., 2001).
• Tem sido muito utilizada em função das suas
características, como adaptabilidade a solos
de media fertilidade, resistência cigarrinha das
pastagens, elevada produtividade quando
devidamente adubada e manejada
(ANDRADE, 2003).
• Boa adaptação e produção de forragem em solos de média fertilidade
natural;
• Excelente comportamento em solos arenosos;
• Sistema radicular profundo o que permite a obtenção de água durante
os períodos de seca;
• Requer solos bem drenados e não tolera o encharcamento prolongado;
• Resistente ao ataque das cigarrinhas-das-pastagens;
• Apresenta maior palatabilidade que as outras espécies de Brachiaria;
• Por apresentar hábito de crescimento semi-ereto, forma consorciações
bastante equilibradas com leguminosas forrageiras como pueraria,
desmódio, stylosanthes, arachis e centrosema.
• Responde satisfatoriamente à aplicação de doses moderadas de
calcário dolomítico (1,5 a 2,0 t/ha) e de fósforo (50 a 100 kg de
P2O5/ha).
Manejo da Brachiaria brizantha
• A semeadura deve ser realizada no início do período chuvoso
(outubro/novembro). O plantio pode ser em sulcos espaçados de 0,6 a
1,0 m entre si, à lanço ou em covas (0,5 x 0,5 m) quando se utiliza
mudas. A profundidade de semeadura deve ser de 2,0 a 3,0 cm, já que
as sementes são pequenas, o que pode ser obtido pela passagem de
um rolo compactador.
• A densidade de semeadura varia de 10 a 15 kg/ha, dependendo da
qualidade das sementes e do método de plantio. Quando em
consorciação com leguminosas, o plantio pode ser feito à lanço ou em
linhas espaçadas de 1,0 m.
• Pastagens bem formadas e manejadas apresentam uma
capacidade de suporte de 1,5 a 2,5 UA/ha no período chuvoso e
1,0 a 1,5 UA/ha no período seco, dependendo do sistema de
pastejo adotado e da disponibilidade de forragem. Sempre que
possível utilizar pastejo rotativo, de modo a otimizar o
desempenho animal.
• A Embrapa recomenda retirar os animais da pastagem quando as
plantas forem rebaixadas entre 20 e 30 cm de altura. Os ganhos
de peso podem variar de 450 a 600 g/animal/dia e entre 400 e
500 kg/ha/ano. Visando conciliar produtividade e qualidade de
forragem, as pastagens podem ser diferidas em março para
utilização em junho e julho e, em abril para utilização em agosto e
setembro.
• Com este sistema são obtidos rendimentos de MS entre 5 e 7
t/ha; teores de PB entre 6 e 8% e coeficientes de DIVMS entre 50
e 59%.
Aspectos Produtivos
• Sua produtividade de forragem, em geral, é bastante elevada, no
entanto, pode ser afetada por diversos fatores (solo, espaçamento,
densidade de plantio, manejo e condições climáticas).
• Na Amazônia Ocidental, as produções de matéria seca estão em torno
de 10 a 12 e, 2 a 4 t/ha, respectivamente para os períodos chuvoso e
seco.
• Segundo resultados experimentais da Embrapa, o valor nutritivo é
considerado entre moderado e bom, considerando-se consumo,
digestibilidade e composição química. Com duas a seis semanas de
rebrote apresenta, em média, digestibilidade da matéria seca entre 65
e 72%; teores de proteína bruta entre 15 e 7%; teores de fósforo de
0,17 a 0,15% e de cálcio entre 0,22 e 0,14%.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• LUCENA, M. A, C. Características agronômicas e estruturais de Brachiaria spp.
Submetidas a doses e fontes de nitrogênio em solo de cerrado. Instituto de
Zootecnia – Programa de Pós-Graduação em Produção animal Sustentavel. Janeiro –
2011. Disponível em: <http://www.iz.sp.gov.br/pdfs/1301596269.pdf>. Acesso em: 27 de
Julho de 2020.

• COSTA, N, L. Manejo de Pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu na


Amazônia Ocidental. AGROLINK. Disponível em:
<https://www.agrolink.com.br/colunistas/manejo-de-pastagens-de-brachiaria-brizantha-cv-
-marandu-na-amazonia-ocidental_384022.html>. Acesso em: 27 de Julho de 2020.
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