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Resumo: A distribuição da cultura da soja (Glycine max) iniciou-se em 1739 na Europa, chegando no
Brasil em 1882 no estado da Bahia. Na safra atual (2017/2018), a área plantada de soja, chegou a
35,2 milhões de hectares com produtividade de 3.385 Kg/ha. Alguns fatores limitam e interferem na
exploração do potencial de cada variedade. Dentre esses fatores, pode-se citar as doenças que afetam
a soja, destacando a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) que, se não controlada, pode reduzir
a produtividade em até 100%. Desta forma, o presente trabalho, objetivou avaliar a severidade da
ferrugem asiática e eficiência de fungicidas no controle da doença na safra 2017/18. A condução do
ensaio foi em condições de campo, em delineamento em blocos casualizados, na Estação
Experimental da Assist Consultoria e Experimentação Agronômica, na Zona Rural do município de
Campo Verde – MT. Foram feitas 4 aplicações e 4 avaliações, sendo somente o tratamento 20 S-2399
T 260 SC que apresentou melhor resultado diante a pressão da doença.
1. INTRODUÇÃO
A distribuição da cultura da soja (Glycine max) iniciou-se em 1739 na Europa, nos
Estados Unidos da América em 1765 e chegando no Brasil em 1882 no Estado da Bahia
(MUNDSTOCK e THOMAS, 2005). A partir de então, programas de melhoramento de soja
no Brasil, visando desenvolvimento de cultivares adaptadas a regiões de baixas latitudes,
começarem a ganhar espaço por meio da incorporação de genes que atrasam o florescimento.
Com isso possibilitou o estabelecimento da cultura na região do cerrado brasileiro que hoje
compreende uma das principais regiões produtoras de soja do país (KIIHL e GARCIA, 1989).
Na safra atual (2017/2018), a área plantada de soja, chegou a 35,2 milhões de ha
(hectares) com produtividade de 3.385 Kg/ha (CONAB, 2018). Alguns fatores limitam e
interferem na exploração do potencial de cada variedade. Dentre esses fatores, as doenças
ocupam lugar de destaque e entre elas a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) que, se
não controlada, pode causar grandes perdas na produção (YORINORI, 2015). As perdas de
produtividade da soja devido a ocorrência da ferrugem podem chegar a 100% como
observado em cultivo safrinha, em Chapadão do Sul – MS (ANDRADE e ANDRADE, 2002).
De acordo com Henning e Godoy (2006), na safra 2002/2003 as perdas chegaram a $
737.453.718,15.
A partir do estabelecimento do vazio sanitário da soja, os danos ficaram menos
expressivos. Entretanto, o controle químico ainda é uma prática essencial no manejo da
ferrugem. Os fungicidas podem variar quanto a forma de aplicação, sendo preventivo ou
curativo (FIALLOS, 2011). Dentre os grupos químicos de preventivos os ditiocarbamatos e
cloronitrilas (orgânicos) e cobre (inorgânico) são os mais utilizados. Já os grupos químicos
pertencentes aos curativos estão triazóis, estrobilurinas e carboxamidas (YORINORI, 2015).
Desta forma, o presente trabalho, objetivou avaliar a severidade da ferrugem asiática e
eficiência de fungicidas no controle da doença na safra 2017/18.
1
Discente do Instituto Federal de Mato Grosso – Centro de Referência de Campo Verde. michaelpf2013@gmail.com
2
Coordenadora do Assist Laboratório de Fitopatologia e Nematologia
3
Assistente do Assist Laboratório de Fitopatologia e Nematologia
4
Docente do Instituto Federal de Mato Grosso – Centro de Referência de Campo Verde.
5
Sócio Diretor da Assist Consultoria e Experimentação Agronômica.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O ensaio foi instalado em 15/01/2018 e finalizado em 26/03/2018. A condução do ensaio
foi em condições de campo, na Estação Experimental da Assist Consultoria e Experimentação
Agronômica, na Zona Rural do município de Campo Verde – MT segundo as coordenadas
geodésicas Latitude: 15°31’54,8094’’ S e Longitude: 55°18’04,2126’’ W e Elevação (m)
759,43. A variedade de soja utilizada foi TMG 2185 IPRO.
O ensaio foi conduzido em delineamento em blocos casualizados com 25 tratamentos e
quatro repetições. Cada parcela experimental foi constituída de 6 linhas de soja com 6 m.
Foram feitas quatro aplicações dos fungicidas (Tabela 1). Os fungicidas foram aplicados nos
estádios R1, R4, R5.1 e R5.3 com auxílio de um pulverizador costal de pressão constante,
dotado de cilindro de CO2.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na primeira avaliação, foi possível observar que os tratamentos à base de mistura dupla de
Triazol + Estrobilurina ou mistura tripla com Carboxamida, além de Triazol + Estrobilurina +
Mancozeb (6 a 25) foram semelhantes entre si e diminuíram estatisticamente a severidade da
ferrugem em comparação aos tratamentos 2, 3, 4 e 5 (Triazol isolado, Estrobilurina isolado e
mistura dupla de Triazol + Estrobilurina) que tiveram o mesmo comportamento que a
testemunha. (Tabela 2).
4. CONSIDERÇÕES FINAIS
Em condições de baixa pressão da doença, a maioria dos tratamentos obtiveram boa
eficiência em relação a ferrugem asiática. Conforme a pressão aumenta há um declínio da
eficiência.
Em condições de alta pressão de severidade da doença, apenas o tratamento 20 S-2399 T
260 SC, se manteve acima da porcentagem de eficiência considerada, mantendo apenas 13,7%
da área contaminada pelo fungo.
Agradecimentos
Agradecemos a Assist Consultoria e Experimentação Agronômica por fornecer o espaço
para condução do ensaio e ao apoio prestado para que o ensaio fosse concluído com sucesso.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS