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TEORIA E CULTURA

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Verbetes
A seção verbete tem como conceito a idéia de que algumas palavras são conceitos complexos, cheios de pos-
sibilidades de leitura e, sobretudo, de expressão pessoal por autores que tenham expertise para redefini-los.
Mesmo que a noção de verbete seja ancorada ao sonho da enciclopédia a orientação aqui é muito mais ligada
um projeto aberto que vai acrescentando visões atualizadas aos estados da arte de conceitos e personagens.
Valem entendimentos particulares de trilhas já muito cursadas e também vale exercitar a invenção na forma
do texto. Em um certo sentido, Jorge Luis Borges é mais próximo dessa seção do que Diderot e D´Alembert . A
prerrogativa da liberdade se estende inclusive à forma de apresentação das fontes e referências bibliográficas,
que podem tanto acompanhar o formato acadêmico, quanto podem ser citadas informalmente no corpo do
texto, ou ainda omitidas por completo, caso o autor considere que seu verbete deva ser lido assim. Os verbetes
da Teoria e Cultura são o lugar de retomar antigas novas disputas sobre o que devemos, ou podemos, entender
por certas palavras.

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Intelectual
vinculados ou não à universidade –, que escrevem

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ou se pronunciam – a partir da publicação de livros,

público1
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artigos em revistas e jornais, palestras e leituras


Desde o momento inicial públicas, no rádio ou na televisão – sobre assuntos
de sua formulação no final do século XIX, no de interesse público, direcionando seus respectivos
contexto do affaire Dreyfuss, que marcou, na França, discursos para uma audiência mais ampla,composta
o surgimento do conceito moderno de “intelectual”, não somente por acadêmicos ou especialistas na
passando por todo o século XX, diversos autores temática abordada, mas para um “público geral”.
têm se dedicado à reflexão sobre o significado do Ainda que a definição seja abrangente, ela ajuda a
termo “intelectual” e sobre quais seriam as suas refletir sobre aspectos importantes relacionadosà
funções em uma determinadasociedade. A partir de figura do “intelectual público”, categoria que, registre-
perspectivas teóricas distintas e ancoragens políticas se, ganhou maior relevância ao longo do século
diversificadas,Antonio Gramsci, Julien Benda, Karl XX,não à toa chamado por alguns especialistas de
Mannheim, Raymond Aron, Norberto Bobbio, Pierre “século dos intelectuais” (WINOCK, 2000).
Bourdieu, Edward Shills, Noam Chomsky, Randall
Collins, Edward Said, entre outros, procuraram Não obstante seja possível mobilizar os ensaios de
não apenas refletir sobre o significado do conceito, Edmund Wilson, em seu Rumo à Estação Finlândia, e
mas compreender de que maneira os intelectuais se retomar a contextos como a França pré-revolucionária,
relacionam com o Estado, com a política, com as a Alemanha do XIX ou a Rússia do início do XX,
classes sociais e com outros grupos da sociedade.2 quando intelectuais como Michelet, Rousseau, Marx,
Da leitura dos escritos desses autores sobre o tema, Lênin e Trotsky assumiram protagonismo decisivo
é possível depreenderque se trata de um equívoco a na vida pública de seus respectivos países, o termo
construção teórica de uma concepção homogênea “intelectual público” passou a ganhar mais destaque
de intelectual, como se todos aqueles que são no imaginário social especialmente no período pós-
identificados ou se identificam com este rótulo Segunda Guerra Mundial para se referira personagens
pudessem ser situados em uma categoria única e como Jean Paul Sartre, Albert Camus, Simone de
indistinta. Beauvoir e Raymond Aron, que se tornaram exemplos
paradigmáticos da inscrição da inteligênciana vida
Em artigo sobre o tema, o historiadorJean-François pública, como analisado no notável livro de Tony
Sirinelli (1996) sugere que o conceito de intelectual Judt, Passado Imperfeito. Um Olhar Crítico sobre a
deva ser compreendido a partir de seu caráter Intelectualidade Francesa. Resguardadas as devidas
polissêmico e polimorfo, evitando-se generalizações particularidades, este modelo de participação no
acercadeste agrupamento heterogêneo.Contudo, à debate públicofoi seguido nas décadas posterioresno
guisa da construção de uma análise sobre o tema, contexto francês por nomes como Michael Foucault
uma definição mais precisa do que se compreende e Pierre Bourdieu, que consolidaram a imagem do
como “intelectual” se faz sempre necessária.Em seu intelectual público por excelência, como aquele que
livro sobre a evolução política de György Lukács, participa diretamente dos debates públicos sobre
no qual constrói uma“sociologia dos intelectuais temas que afetam, direta ou indiretamente, toda a
revolucionários”, Michael Löwy estabelece uma coletividade.
definição abrangente, porém apropriada, para pensar
a noção de “intelectual”, encarando-o como uma Se os anos que se estendem de 1950 a 1980 podem
“categoria social definida por seu papel ideológico”, ou ser tomados como períodos áureos dos “intelectuais
seja, como “produtores diretos da esfera ideológica, públicos”, as últimas décadas foram marcadas por
os criadores de produtos ideológico-culturais”, o que transformações significativas que levaram diversos
engloba “escritores, artistas, poetas, filósofos, sábios, autores a mobilizarem em seus escritos sobre o tema
pesquisadores, publicistas, teólogos, certos tipos de termos como “declínio” (POSNER, 2001) e “silêncio”
jornalistas, certos tipos de professores e estudantes, (NOVAES, 2006). As causas para a chamada “crise” do
etc.”(LÖWY, 1976, p.1-2). intelectual público têm sido buscadas em diferentes
direções. Muitos dos estudos sobre o tema associam
Se não existe umaconcordânciaestabelecidaem esse declínio a transformações que ocorreram
tornoda definição de “intelectual”, é menos consensual na própria esfera pública cultural, relacionadas
ainda a demarcação do conceito de “intelectual principalmente à centralidade ocupada pelos meios
público”.Richard Posner (2001), em livro importante tecnológicos de produção e difusão de informações
sobre o tema, intitulado Public Intellectuals, os audiovisuais, que priorizam as imagens frente às
define como aqueles homens das letras – sejam eles palavras. Conforme destacado por Habermas (2006),

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na sociedade midiática contemporânea ocorre (2011), da vida pública, cada vez mais autocentrado pelo aumento da produção teórica e empírica, no exclusivo – no sentido de possibilitar uma conversa

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uma nova mudança estrutural da esfera pública, que em preocupações internas ao campo acadêmico, âmbito das universidades, em torno, por exemplo, púbica mais qualificada em torno de temas que dizem
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tem consequências diretas para os intelectuais, na perdendo suas conexões com a esfera púbica e com de agendas de pesquisa relacionadasà “sociologia respeito a toda coletividade. No caso mais específico
medida em que a mídia tanto opera no sentido de públicos externos aos muros das universidades. pública” e a “história pública”, evidenciando a dos intelectuais vinculados às universidades, o
uniformizar o tempo da produção do conhecimento, preocupação de sociólogos e historiadores em grande desafio colocado, para os próximos anos, diz
quanto tem o poder de agendamento dos temas Se de uma parte não restam dúvidas quanto refletirem sobre a necessidade, de um lado, de uma respeito à necessidade de se conjugar o indispensável
públicos de maior relevância. Esses fatores contribuem à validade das interpretações pessimistas em maior publicização do conhecimento acadêmico processo de institucionalização e especialização
para restringir ou, ao menos limitar,um espaço para relação ao declínio do “intelectual público”, de produzido no âmbito das universidades e, de outro, acadêmica sem que isso implique no abandono da
uma reflexão mais problematizada, ponderada e de outra, é apropriado pensar em abordagens que de um maior envolvimento e engajamento com fundamental participação dos mesmos nos debates
mais largo alcance sobre temas importantes da agenda problematizam essa ideia, chamando a atenção para audiências extra-acadêmicas.3 na esfera pública. A partir da constituição de redes
pública, reduzindo, nesse sentido, a importância dos o fato de que menos do que sua crise propriamente com outros grupos da sociedade, os intelectuais ainda
intelectuais (OLIVEIRA, 2001). dita, o que estaríamos testemunhando atualmente Outra vertente de reflexão que vem recebendo têm um papel público fundamental a desempenhar
seria a conformação de uma nova forma de inscrição atenção cada vez mais significativa por parte dos para o entendimento de problemas relevantes e para
No contexto dos anos 1990, que e de intervenção dos intelectuais na vida pública, estudiosos do temase refere ao engajamento público a construção de alternativas que contribuam para
coincidetambémcom a crise das chamadas “grandes com a substituição daquilo que Foucault (2006) dos intelectuais no enfrentamento reflexivo de acelerar o processo de democratização política e
narrativas” e “grandes paradigmas”, a exemplo do chamou de “intelectual universal” pelo “intelectual temáticas públicas que transcendem as fronteiras social nos diferentes países.
marxismo, que conferiam sentido e davam lastro específico”, ou nos termos de Zygmunt Bauman nacionais (KENNEDY, 2014).A crítica levantada
para a intervenção pública da maior parte dos (2010), do intelectual “legislador”, característicos da por estes especialistas se direciona ao fato de que
homens das letras, os “especialistas competentes” modernidade, para o intelectual “intérprete”, que, durante muitos anos a reflexão sobre os intelectuais
passam a ser a nova fração dominante dos intelectuais segundo este autor,no contexto da pós-modernidade, públicos ficou demasiadamente presa aos paradigmas Fernando Perlatto
públicos, tendendo, mediante suas intervenções teria um papel fundamental na afirmação das nacionais, perdendo-se de vista a importância Doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos
supostamente “neutras” e “técnicas”, a direcionar seus diferenças e diversidades. internacional do ofício intelectual.Contudo, com o Sociais e Políticos (IESP-UERJ) e Professor do
discursosna esfera pública a partir de uma linguagem impulso da globalização, as últimas décadas têm sido Departamento e do Programa de Pós-Graduação
incompreensível para a maioria dos cidadãos Conforme destacado por Maria Alice Rezende de caracterizadas pela exacerbação e complexificação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora
(CHAUÍ, 1983). Neste mundo dos “especialistas Carvalho, a participaçãode intelectuais portadores de de determinados problemas públicos globais – (UFJF).
competentes”, os economistas, como intelectuais conhecimentos específicos associados, por exemplo, relacionados, entre outras temáticas, à mercantilização
do mercado, inscritos direta ou indiretamente no ao meio-ambiente e à questão urbana,atuando das cidades, à destruição do meio ambiente, ao
mundo sistêmico e detendo a autoridade legítima diretamente ou em parceria com movimentos aumento da violência, das guerras e do terrorismo, à
para falar na esfera pública sobre todos os assuntos, sociais, organizações não-governamentais (ONGs) ofensiva contra os direitos trabalhistas, à contestação
ganham, cada vez mais, a proeminência no debate e outras agências da sociedade civil abriria, segundo dos regimes democráticos, ao enfrentamento dos
público, procurando traduzir suas análises e posições a autora, novas possibilidades de se superar hábitos direitos humanos, à criminalização dos movimentos ALMEIDA, Juniele R. & ROVAI, Marta G. (Orgs.),
em matéria especificamente econômica sobre todas e identidades intelectuais estabelecidos, forçando, sociais, ao aumento das tensões entre setores laicos Introdução à história pública. São Paulo: Letra e
as dimensões da vida política e social. ainda que com resistências, “a redefinição do e religiosos, à ofensiva contra a ampliação dos Voz, 2011.
conhecimento acadêmico em direção a problemas direitos vinculados às minorias e à manutenção da BAUMAN, Zygmunt. Legisladores e intérpretes:
Além dessas transformações no mundo da fragmentários, setoriais, que, não obstante sua brutal desigualdade social –, que vêm demandando sobre modernidade, pós-modernidade e intelectuais.
esfera pública e da cultura que conduziram ao aparente particularidade, são comuns a grupos sociais cada vez mais sistematicamente a reflexão acerca da Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
predomínio da figura do “especialista competente”, em diferentes regiões do mundo” (CARVALHO, 2007, constituição de redes de intelectuais que contribuam
convém destacar que o processo de especializaçãoe p.29). Não à toa, essa preocupação vem estimulando para o debate público em torno desses temas e que BOURDIEU, Pierre. Homo academicus.
rotinização das universidades, intensificado ao longo a produção de uma nova bibliografia preocupada participem – em diálogo com diferentes grupos sociais Florianópolis: Editora da UFSC, 2011.BRAGA, R.;
dos últimos anos, tem sido outro fator apontado pelos menos com os intelectuais em si e mais dedicada à nacionais e internacionais, vinculados a movimentos BURAWOY, Michael & BRAGA, Ruy. 2009. Por uma
especialistas como responsável pelo enfraquecimento sociologia das intervenções intelectuais, procurando sociais, ONGs e agentes governamentais – de um sociologia pública. São Paulo: Alameda.
da dimensão pública da atividade intelectual. Nos refletir justamente sobre a constituição de redes que amplo movimento voltado para o fortalecimento da
últimos anos, as universidades passaram por novas agregam estes intelectuais portadores de saberes democracia e para a ampliação dos direitos civis, CARVALHO, Maria Alice Rezende. “Temas sobre
mudanças estruturais ese viram em uma encruzilhada específicoscom ativistas sociais e, eventualmente sociais, políticos e culturais. a organização dos intelectuais no Brasil”. Revista
no que se refere à sua destinação enquanto agência de gestores públicos, em torno da reflexão e do Brasileira de Ciências Sociais, v. 22, 2007, p. 17-31.
inscrição dos intelectuais na vida pública, sobretudo enfrentamento deproblemas públicos diversos da A despeito de reconhecer que a forma de
em decorrência da colonização da dinâmica e da lógica agenda política e social (SAPIRO, 2009; EYAL & inscrição dos intelectuais na vida pública se alterou CHALHOUB, Sidney & FONTES, Paulo. “História
de mercado à produção acadêmica (PERLATTO, BUCHHOLZ, 2009). significativamente ao longo das últimas décadas, é social do trabalho, história pública”. Perseu: História,
2013).O ácido diagnóstico sobre a burocratização importante ressaltar a permanência da relevância do Memória e Política, v.4, 2009, p.217-228
dos intelectuais da academia norte-americana Aspecto interessante a ser destacadono que intelectual público nas sociedades contemporâneas,
realizado por Russel Jacoby, em seu clássico livro concerne à questão dos intelectuais públicos é que de modo geral, e no Brasil, em particular. Em tempos CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o
Os últimos intelectuais, foi sendo posteriormente reflexão sobre a inscrição dos intelectuais na vida marcados pelo radicalismo sectário de todas as partes discurso competente e outras falas.São Paulo: Editora
confirmado por análises diversas, que enfatizam, a pública tem crescido sistematicamente em tempos do espectro político e pela indigência do debate público Brasiliense, 1983.
partir de diferentes perspectivas, o deslocamento do mais recentes. O interesse renovado sobre essa em uma perspectiva mais ampla, a figura do intelectual
homo academicus, nos termos de Pierre Bourdieu temática pode ser comprovado, em grande medida, emerge como um ator fundamental – ainda que não EYAL, G. & BUCHHOLZ, L. “From sociology

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of intellectuals to the sociology of interventions”, notas

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Annual Review of Sociology, n.36, pp.117-137, 2010.
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1 Agradeço ao generoso convite de Raul Francisco


FOUCAULT, M. “Os intelectuais e poder”. In: Magalhães para a escrita deste verbete.
Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 2006,
p.69-78. 2 Para a apresentação de algumas vertentes da
“sociologia dos intelectuais”, ver: KURZMAN&
HABERMAS, Jürgen. “O caos da esfera pública”. OWENS (2002).
Folha de São Paulo, Caderno “Mais”, 13/08/2006,
p.4-5. 3 Sobre sociologia pública, ver (BURAWOY &
BRAGA, 2009; PERLATTO &MAIA, 2012) e sobre
KENNEDY, Michael. Globalizing knowledge. história pública, ver (CALHOUB & FONTES, 2009;
Intellectuals, universities, and publics in ALMEIDA & ROVAI, 2011).
transformation. California: Stanford University
Press, 2014

KURZMAN, Charles & OWENS, Lynn “The


sociology of intellectuals”, Annual Review of
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LÖWI, Michel. Para uma sociologia dos


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Edmund Wilson Edward Said Edward Shills Foucault


Antonio Gramsci

Jean Paul Sartre Karl Mannheim

Jean-François
György Lukács Habermas Sirinelli Julien Benda

Randall
Luiz Wernneck Noam Chomsky Collins
Michael Löwyo Noberto Bobbio Pierre Bourdieu
Vianna

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