Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Testes teóricos
Ciência
Primeira tentativa :
“A objetividade do conhecimento nas ciências
e política social ”(1904)
Esta edição eletrônica foi produzida por Gemma Paquet, voluntária, professora da
aposentadoria do Cégep de Chicoutimi de:
WEBER máximo
Primeira tentativa :
“A objetividade do conhecimento nas ciências
e política social ”(1904)
Fontes usadas:
Layout em formato de papel: CARTA (carta dos EUA), 8,5 '' x 11 '')
Página 3
Nota do tradutor
Índice de nomes
Índice de conteúdo
Eu .
II.
Página 4
MAX WEBER
Paris, Librairie Plon, 1965, 539 pp. Coleção: Pesquisa em ciências humanas
maines, nº 19.
Voltar ao índice
Página 5
TRABALHO DO AUTOR
Voltar ao índice
O trabalho
mencione aqui publicado
os volumesdeemMaxqueWeber é considerável.
seus principais Estamos
estudos contentes com
foram coletados, em de-
no entanto, cortando seu resumo. O leitor poderá encontrar uma lista completa de
escritos de Max Weber, estabelecido por Johannes Winckelmann, em Max WEBER,
Soziologie - Weltgeschichtliche Analyzen - Politik 2 (Stuttgart, Kröner, 1960).
490-505, onde as referências a seus muitos relatos são reunidas
relatórios, conferências e artigos de imprensa.
Hans H. Gerth e Hedwig Ide Gerth publicaram uma "Bibliografia sobre Max
Weber ”em Social Research, XVI (1949), 70-89, ao qual adicionaremos alguns
ques títulos citados na página 505 da coleção acima mencionada - É. D.
*
**
Página 6
Stuttgart, 1891.
Tübingen, Mohr.
RESUMO :
Página 7
1ª ed. München, Drei Masken Verlag, 1921. 2ª ed. Tübingen, Mohr, 1958.
RESUMO :
Página 8
Trad. Francês ap. O cientista e o político (Paris, Plon, 1959) por Ju-
Link Freund.
Bemerkungen zum Bericht der Kommission der allierten und assoziierten Re-
gierungen über die Verantwortlichkeit der Urheber des Krieges, 1919.
Politische Briefe, 1906-1919. [Excluído na edição de 1958. ]
Wirtschaft und Gesellschaft [Grundriß der Sozialökonomik, III.
Abteilung].
Tübingen, Mohr, 1ª ed. Marianne Weber 1922; 2ª ed. aumentar. 1925; 3ª ed.
1947; 4ª ed. aumentar. J. Winckelmann 1956.
Página 9
ÍNDICE
Trad. Versão em inglês da primeira parte, sob o título The Theory of Social and
Organização Econômica (Londres, Hodge, 1947; Nova York, Oxford UP,
947, repr. 1950) por AM Henderson e Talcott Parsons.
1. Soziologische Grundbegriffe.
Página 10
Fragmentos deste capítulo foram traduzidos para o inglês por Ferdinand Ro-
legar sob o título "The Household Community" em Talcott PARSONS
et al., Theories of Society (New York, The Free Press, 1961), 1, pp. 296-
305.
4. Ethnische Gemeinschaftsbeziehungen.
Fragmentos deste capítulo foram traduzidos para o inglês por Ferdinand Ko-
legar sob o título “Grupos étnicos” em Parsons, eu lance . I, pp. 305-309.
VII. Wirtschaft und Recht. [Este capítulo foi o assunto de uma edição alemã
ordem separada, mas desta vez com base no manuscrito do autor por
J. WINCKELMANN: Rechtssoziologie (Neuwied, Luchterhand, 1960).]
Trad. Inglês com o título Max Weber on Law in Economy and Socie-
ty (Cambridge [Mass.], Harvard University Press, 1954) por EA
Shils e M. Rheinstein. Este volume também contém a tradução de
indivíduo. I e VI, bem como fragmentos dos capítulos VI I (primeira metade)
e IX (seções 1 e 3 parcialmente) e fragmentos do cap. 1 do primeiro
primeira parte.
RESUMO :
Roscher und Knies und die logischen Probleme der historischen Nationalöko-
nomie, 1903-1906.
Página 12
Berlim, Duncker e Humblot. 1ª ed. 1923; 2ª ed. 1924; 3ª ed. aumentar. Winc-
Kelmann 1958.
Página 13
Página 14
RESUMO :
Trad. Língua inglesa de uma dessas intervenções ("Não importa o quão assustador seja o pensamento
certeza de que o mundo pode um dia ser povoado por professores - nós
se retiraria em uma ilha deserta - a ideia de que não poderia ser
que engrenagens pequenas são ainda mais assustadoras em ...) ap. JP
MAYER. Max Weber and German Politics (Londres, Faber, 1954).
125-131.
Página 15
ÍNDICE DE NOMES
Voltar ao índice
ADRIAN (H.) VS
ANTONI (C.) F
ARISTOTLE CALVIN
ARON (Raymond) CÉSAR FECHNER (G.)
CHAMBERLAIN (H. FOLHA
B St.) FICK (L.)
COHEN (H.) FISCHER (K.)
BABEUF (FE), CONTAGEM (A.) FLUG (O.)
BACON (F.) CONRADIN FRÉDÉRIC A
BARTH (P.) CONSTANTE (B.) GRANDE
BASHKIRTSEFF (M.) COPERNIC FRÉDÉRIC-
BAUMGARTEN (E.) CROCE (B.) WILLIAM IV
BECKER (H.), CUPROV (A.) FREUD (S.)
ABAIXO (G. VON)
BERNOULLI (J.) D G
BENEFÍCIO (W.)
OBRIGATÓRIO DARWIN GENGIS-KHAN
BISMARCK DEFOE (D.) GNEIST (VON)
BOECK (A.) DEUTSCH GOETHE
BOESE (F.) DILTHEY (W.) GOLDSCHMITT
BORTKIEWITSCH DIOCLETIAN GOMPERZ (H.)
(A.) DROYSSEM GOSSEN (H.)
BRAUN (H.) DÜNTZER (H.) GOTHEIN
BRENTANO (L.) DURKHEIM (E.) GOTTL-
BREYSIG (K.) OTTLILIENFELD
BRINKMANN E GRAB (H.)
BROCKHAUS AGARRAR
BUNSEN (R.) EISNER (K.) WILLIAM II,
BUSCH (W.) ESCHYLE GUMPLOWICZ
EULENBURG (F.) GUSTAVE-ADOLPHE
Página 16
LEDERER PAUL 1o
H Lenin PFISTER (B.)
LEVY-BRUHL PLATO
HAMPE (H.) LIEFMANN (R-) PLENGE (J.)
CANIBAL LIEPMANN (M.) PLOETZ (A.)
HARTMANN (LM) LIPPS (Th.) PRANTL (K.)
HAUSHOFER LITERADO PTOLOMEU
HEGEL LOEWITH (K.)
HELFERICH (K.) LUTHER Q
HELMHOLT (H.)
HONIGSHEIM (P.) M QUÉTELET
HUSSERL (E.)
MASTIGADO.) R
1 MALTHUS
MARROU (I) RABELAIS
IVAN, O TERRÍVEL MARX (K.) RADBRUCH (G.)
MENGER (K.) RANKE
J MERKEL (A.) RAPHAIL
METTLER (A.) RICKERT (H.)
JAFFÉ (F.) MEYER (E.) RICŒUR (P.)
JAMES (W.) MICHALIOWSKI (N.) ROBESPIERRE
JASPERS MICHELS (R.) ROLLAND (Sra.)
JELLINEK (G.), MILL (Stuart) ROMULUS
JUNG (C.) APOSTAS (L.) ROENTGEN
JUSTINIAN MOLIERE ROSCHER
MOMMSEN (Th.) ROUSSEAU (J.-J.)
K MOMMSEN (W.) RÜMELIN (MV)
MULLER (VON)
KANT MUNSTERBERG S
KARJEJEW
KAULLA NÃO SAVIGNY
KAUTSKY SCHAAF (J.-J.)
KISTIAKOWSKI (B.) NAPOLEÃO 1o SCHELTING (A. von)
KJELLEN (R.) NAPOLEÃO III SCHLEIERMACHER
KNAPP NAUMANN (F.) SCHLOSSER (FC)
KNIES (K.) NIETZSCHE SCHMEIDLER (B.)
KRIES (VON) SCHMITT (C.)
KROYER (Th.) O SCHMOLLER (G.)
SCHOPENHAUFR
A ONKEN SCHULZE-
OPPENHEIMER (F.) GÄVERNITZ
FONTE OSTWALD (W.) SCHUMPETER
LAMPRECHT (K.) SIMMEL (G.)
LANGE (FA) p SMITH (A.)
LASK (E.) SOLVAY (E.)
Página 17
ÍNDICE DE CONTEÚDOS
Voltar ao índice
Abandono Notícia
Absolutista Adaptação
Abstração; - generalizando; - isolante. Adaptabilidade
Acidente, acidental Administração, administrativa
OK Afeição
agir Afinidade; - eletivo.
Açao; - racional; homem de-; - Idade
recíproca. Altruísmo
Atividade; - humano; - racional por Alma
propósito; - racional por precisão; Amizade
- orientado criteriosamente; - Amorfo
comunidade; - comunidade Amor
silêncio condicionado pela massa; - Analogia.
comunidade condicionada por Analisar; - causal; - axiológico; -
o acordo; - membro; - membro interpretativo; - reflexivo; - meios
está em conformidade com os regulamentos; - assim-
fictício.
moeda contrária aos regulamentos; Anarquia de escolhas
- membro anormal; - membro Anarquista
que se relaciona com a empresa; assim- Anatomia
cializado; - semelhante; - semelhante Antepassado
de uma massa; - condicionado por Anciãos
socialização; - regulada por Animal
a sociedade; - socialização; - de cancelar
similaridade; massa; condicionado Anomismo
pela massa; imitativo; - em - Não natural
tentada; condicionado pelo acordo; Antagonismo; veja valor.
- de acordo com o acordo; - em - Antropocentrismo
tenda condicionada pelo social Antropologia
estação; - agrupamento; assentou Antropomorfismo
pelo grupo;
porta quem é uma reminiscência
para agrupamento; - instituição- de Apogeu
Antiguidade; estudos antigos
internacional. Apreço, apreciável
Página 19
Aproximação, aproximada
A priori VS
Arbitrário
Arquitetura, Cálculo, calcular
Prata Cameralista
Argumentação Campanha eleitoral; campanha militar
Aristocracia para abafar.
Arte; - conveniente; - técnico. Capital
Artes e Ofícios Capitalismo
Ascetismo, ascetismo Personagem; - inteligível.
Sucção Caracterizar
Astronomia Característica
Átomo. Característica
Atratividade; estético,. Cartel
Autêntico Caso; - limite; - típica.
Autocefalia Casta; - militar.
Autonomia; - Ciências. Casuística
Outras Categoria
Outras; Comportamento de -. Catonismo
Para chegar Causalidade; - adequado; - história; - e
Advogado legalidade; - acidental.
Axioma; - final. Causa; - história; - suficiente; - e
efeito; dedicação a a.
B Certeza
Elo causal real
Banco Sorte
Batalha de Maratona Química
Beleza Escolha
Precisar Coisa
Nós vamos cristandade
Biografia Crônica
Biologia Circunstâncias
Felicidade Civilização; - moderno e contemporâneo
Senso comum raine; -morto.
Bondade Civilizado
Bagunça Claro, claro
budismo Clã
Burguesia Aula; - social; - proletário.
Bolsa de Valores Classificação; - Ciências.
Brigand Classicismo, Clássico.
Burocrata, burocratismo Clínico
Meta; - economia; - Ciência; - Fechadas
pedagogia; - conheço ela- Consistência
sessão; - Ciência Comunidade
cultura; - da Associação. Comércio, comerciante
Página 20
Página 21
Página 22
Epifenômeno Extensão
Epistemologia Exterior, exterior
Era Extremo
Equilíbrio
Capital próprio F
Falta
Erotismo, erótico
Escravo Facticidade
Fazer; - primário e secundário.
Espaço; - pseudo-esférico. Familiar
Espécies; - humano. Família
Espírito Fanatismo
Gasolina Fatalidade
Essencial; - e secundário. Falha; -de reflexão; - de cálculo.
Estético Falso, falsidade
Sendo Para favorecer
Estágio Parabéns
Estado; - original; - final; - psíquico. Feudalismo, feudal
Teoria do estado (política) de -. Fiat
Eternidade Ficção
Ética; - Kantian; -econômico; - Fim; - último ou último; - e médio.
de convicção e responsabilidade Finalizado
vocês. Feto
Etnografia Fé
Ser; - viveu e - raciocinou. Oficial
Sem imaginação Fundação
Aluna Força; - de alma.
Eudemonista Formans
Avaliação Forma; - jurídico; - e plano de fundo.
Evento; - Política. Formal
Provas Fórmula, formular
Evolução, evolucionismo. Louco
Excitação. Frequência
cópia de
Exemplo G
Exortação fraterna
Existência Gênio
Expectativa Em geral; - e particular.
Experiência; - em geral; - cientista; - Generalização
vivia ,. Geração
Experimentação Genérico; veja o conceito.
Explicação; - causal; - Compreendo Gentil
sive. Tapa
Explicar Gosto
Expor Grupo; - de Manchester.
Êxtase Grupo
Página 23
Página 24
Página 25
Página 26
Parceiro Possível
Deixou Poder
Particularidade, particular Pragmatismo, pragmatismo
Passar Conveniente
Paixão Precisão
Patologia Predestinação
Pathos Preconceito
Patrimônio Aqui
Patrimonial Apresentação
Patriota Pressa
Pedagogia Pressuposto; sem -.
Pedante Pretensão
Pensado Provas
Percepção Previsão
Perfeição Prospectiva
Pintura Primitivo
Permanência Principe
Permitir Princípio; - diretor; - econômico.
Persistir Privilégio
Personalismo Preço
Personalidade Probabilidade, provável; cálculo de.
Perspectiva Probidade intelectual
Perturbação Problema
Pessoas; - civilizado. Problema
Medo Experimental
Fenomenologia Produção; - literário.
Filologia produtos
Filosofia; - social; - valores; Para professar, profissão de fé
veja a História. Professor
Fotografia Progresso; - em arte; - técnico; -
Fisiologia econômico.
Físico Progressão
Reclamação Projeto
Prazer Promiscuidade sexual
Apontar; - iniciando; - aplicativo; - Propaganda
preliminares; - Arquimediano. Profeta, profecia
Controvérsia Propriedade
Polícia Prostituição
Política; - social; - econômico; Psicanálise
organização; - e moral. Psiquiatra
Politeísmo Psíquico; - e físico.
Escopo Psicologia psicológica; - social;
Posição; fazer. - massas; - entendimento.
Positivismo Psicologismo
Possibilidade; - objetivo. Psicopata
Página 27
Psicofísica Regulamentos
Público Regimento
Publicidade Regressão causal
Poderoso Regularidade
Pureza; - conceitual. Relação; - causal; - singular; - a-
sarna; - jurídico; - Eterno; -
Q significativo; -; - social.
Relativismo
Qualificação Religião
Qualidade, qualitativa Religiosidade
Quantificação Colheita
Quantidade, quantitativa Lucratividade,
Pergunta; - Fábrica Garota; - social. Aluguel de terreno
Dia a dia Responder
Representação
R Reprodução
Resíduo
Corrida Renúncia
Raison; - ser; - Estado; - suficiente; - Resistência
ser e - saber (razão es- Resolução
razão sendi e cognoscendi). Responsabilidade; ética de -.
Razoável Ressentimento
Raciocínio Resultados
Relatório; - significativo; - para valores De volta a natureza
Racionalização Revolucionário
Racionalismo Rigor, rigoroso; - conceitual.
Racionalidade; - teleológico ou por propósito Rivalidade
ity; - por muito pouco. Rei
Racional Novela histórica
Raio; - X. Romantismo
Reação, reacionária
Realismo ingênuo S
Realista; - Ciência; - Política.
Realidade,; - único ou vivido; - empi- Sabedoria; - nações.
risco; - história; - cultural; - Santidade
social. salvação
Receita Satisfação
Pesquisar; - lucro. selvagem
Reciprocidade, recíproca Saber; - nomológico; - empírico; -
História, ontológico; - experimental; -
Reflexão especializado.
Refratário Plano
Refutar
Regra; - por direito; - experiência. Ciência; - social;- da
natureza; - realidade; - do
cultura; empiri-
Regras. que; - ética; - subjetivando; -
Página 28
Página 30
Voltar ao índice
Página 31
Página 32
INTRODUÇÃO
por Julien Freund
Voltar ao índice
1 Ver Marianne WEBER , Max Weber, Ein Lebensbild (Tübingen 1926), pp. 427-430.
Página 33
seu trabalho sociológico era apenas parte de um tratado coletivo, Grundriß der
Sozialökonomik que dirigiu para a editora Mohr / Siebeck em Tübingen.
Página 34
Weber era advogado por formação. No entanto, já como estudante, ele se interessava por
conhece filosofia, história e economia política sob a autoridade do grande
mestres que foram Kuno Fischer, Knies, von Gneist, Treitschke e Mommsen. Sua
tese de doutorado, com foco na história do direito comercial (Zur Ges-
chichte der Handelsgesellschaften im Mittelalter, 1889) 3 e sua tese com vistas a
realizar a habilitação com foco na relação entre a lei e a problemática agrária (Die
römische Agrargeschichte in ihrer Bedeutung für das Staats- und Privatrecht,
18qi). Como Privatdozent na Universidade de Berlim (1892-1894), ele lecionou durante
tudo direito comercial e por alguns meses lá. substituiu o titular deste
presidente, Professor Goldschmitt, que, como resultado de uma doença, foi forçado a
momentaneamente desista de tomar aulas.
2 Gutachten zur Werturteilsdiskussion, publicado por B. Baumgarten em Max Weber; Werk und
Person (Tübingen 1964), P. 139.
3 O atual especialista de Max Weber na Alemanha, J. Winckelmann, acaba de descobrir que
realidade, este livro é um desenvolvimento da dissertação real cujo título era: Entwic-
klung des Solidarhaftprinzips und des Sondervermögens der offenen Handelsgesellschaft aus
den Haushalts- und Gewerbegemeinschaften in den Italienischen Städten (Kröner, Stuttgart
1889). Ver a esse respeito J. WINCKELMANN, Dissertação de Max Webers, em Max Weber
zum Gedächtnis, Sonderheft n • 7 do Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsy cholo-
gie, XV (1963), pp. 10-12.
Página 35
Página 36
ber quase não tinha ilusões sobre suas capacidades políticas. Ativo
tomar, Weber não negou a possibilidade de se envolver na política de um
“Ponto de vista miserável”, desde que, no entanto, se traduza em termos de
poder e não nos de uma religiosidade ética e humanista que é apenas
compromisso entre as visões vagas e inconsistentes de pastores e padres, de
professores e alguns trabalhadores. Estes não são pontos de vista políticos.
ques. “Naumann”, disse Weber, “busca a colaboração de intelectuais. Apesar de
tudo o que ele oferece do ponto de vista nacional, seu partido será a organização de
reux e oprimido [...] Este partido dos fracos nunca vai conseguir nada. Apontar
de uma visão miserável vai transformar os nacional-socialistas em fantoches políticos,
homens que, dependendo se a visão de dificuldades econômicas os atinge
nervos, vai reagir com movimentos inarticulados para ir às vezes para a direita, às vezes para
saiu, a fim de lutar aqui os agrários e ali a bolsa e o grande
indústria ” 7 . A política não é sobre pena. "Quem quer que pegue o res-
responsabilidade de inserir os dedos nos raios da roda de desenvolvimento
político de sua terra natal deve ter nervos fortes e não ser muito sentimental
para fazer política de tempo. E quem quer que desça o caminho de
a política temporal deve, acima de tudo, permanecer sem ilusões e reconhecer [...] o fato
fundamental para a existência da luta inelutável e eterna dos homens contra
homens nesta terra ” 8 .
7 M. WENCK, Die Geschichte der National-sozialen, 1905, citado por Marianne Weber, op. cit.
pp. 234-235.
8 Protokoll über die Vertreter-Versammlung Aller National-sozialen (Erfurt 1896), citado por W.
MOMMSEN, Max Weber und die deutsche Politik (Tübingen 1959), p. 46
Página 37
dimensão política deve ser encontrada dentro dela e não fora dela. Claro que podemos pensar
que a política deveria ser uma atividade diferente do que é, mas é
Seria cientificamente aberrante explicar o ser empírico ou a realidade com base na
deve ser puramente avaliativo. É para desmascarar essa confusão comum que é
amplamente dedicado ao trabalho metodológico de Weber.
portos entre economia e política não é de forma alguma inferior ao do estudo sobre
Neutralidade axiológica ou das duas conferências sobre a profissão e a vocação de
estudioso e político 10 , em que examina a relação entre ciência e
política, entre política e moralidade, etc.
10 Veja nossa tradução dessas duas últimas conferências sob o título Le savant et le politique
(Paris 1959).
11 Der Natiolsstaat und die Volkswirtschaftspolitik, em Gesammelte politische Schriften, 2e
Editar% s. Tübingen 1959), p. 13
12 Ibid. p.12.
Página 39
Página 40
para construir uma vasta comunidade econômica de nações além das fronteiras nacionais
nacional? Devemos jogar fora o padrão "nacionalista" de julgamentos
bem como “egoísmo nacional”? Ou ainda, a luta pela autodefesa econômica.
que, para a mulher e para a criança, estaria desatualizado já que a família perdeu
sua função anterior de comunidade de produção e foi incluída em um
comunidade econômica maior? Sabemos que não é assim: a luta tem
adotou apenas outras formas - das quais é questionável se deveriam ser consideradas.
rer como uma atenuação ou, pelo contrário, como um reforço ou agravamento
vação. No mesmo sentido, a comunidade econômica é outra forma de
rivalidade entre as nações, do tipo que não suavizou a luta pela
defesa da própria civilização, mas que a agravaram ” 17 .
Página 41
Se assim for, é fútil querer dar à economia os objetivos que lhe são próprios.
estrangeiros, por exemplo, políticos (estabelecendo uma paz final), éticos (tornando o
felicidade da humanidade) ou outros. A fortiori nos iludimos se
acredita que ela poderia traçar ideais e fins finais de sua própria formação. " Em
verdade, não gera, por si só, ideais que lhe seriam próprios, no
pelo contrário, são os velhos tipos gerais de ideais humanos que introduzimos
sons na matéria da nossa ciência ” 19 . Em outras palavras, os fins e valores finais
o que estamos tentando alcançar por meio da atividade econômica é o mesmo que
aqueles que buscamos durante nossas outras atividades, de natureza política,
legais, religiosos, artísticos ou científicos. Em qualquer caso, no entanto, o estrito
a ciência econômica não está em posição de justificar - a menos que negue a si mesma - o
elementos de valor a favor do domínio de uma classe social específica. Tudo
No entanto, não se deve concluir disso que um economista estaria proibido de propor
soluções ou fazer avaliações. É até bastante comum que quem
alegam abster-se de qualquer julgamento de valor são os primeiros a serem infiéis
à sua resolução, ou tornam-se vítimas de instintos, simpatias e
de antipatias descontroladas, ou consideram como verdade econômica a doutrina
quem triunfa ou quem está a caminho da vitória, como se a objetividade se permitisse
decidir pela proporção do mais forte para o mais fraco. A grande dificuldade é, portanto,
saber quando uma proposição se enquadra na economia e na política
carrapato econômico.
Esse constrangimento se torna ainda maior, pois agora estamos testemunhando uma espécie de
imperialismo do economismo. Na maioria das disciplinas (história, direito,
política, arte e filosofia) a economia deve fornecer um princípio explicativo
ção universal. Seria errado pensar que este método seria cientificamente
mais válido do que os outros. Embora seja verdade que os conceitos e instituições jurídicas
dicies foram estabelecidas por razões econômicas e, portanto, envolvem
dos aspectos econômicos, não podemos, entretanto, privilegiá-los, pois
reduzindo todo o direito a uma manifestação das forças de produção, caímos
em um sistema que está diretamente em contradição com os postulados do
cátion científico. Esta posição é tão falsa quanto aquela que conclui do fato de que
físicos, fisiologistas ou psicólogos estão interessados em filosofia
o problema do conhecimento e às vezes ocupam cadeiras de filosofia
Sophie, o velho questionamento metafísico do ser teria deixado de ser o
problema fundamental da filosofia. A explicação dos fenômenos culturais por
a economia é muitas vezes um ponto de vista extremamente útil e frutífero, no entanto
não deixa de ser um ponto de vista, por mais vasto que seja o seu campo
investigação.
Página 42
cada uma dessas duas atividades tem seu propósito e meios específicos: eles
são, portanto, autônomos. No entanto, a independência da economia é apenas real
nível de empreendimentos econômicos; no que diz respeito ao todo, sua orientação
ção depende da vontade política. Weber, portanto, se opõe a todos aqueles que
ver na economia, de uma forma ou de outra, o elemento que seria
análise decisiva da política, no sentido de que esta seria apenas
a expressão ou superestrutura dos fenômenos de produção. embora
as considerações econômicas desempenham um papel na determinação da política
geralmente eles não têm exclusividade, uma vez que outros fatores inter-
também vêm no estabelecimento de segurança interna e externa. sim
economia política como uma ciência pode reivindicar universalidade, política
que o econômico, ao contrário, permanece particular pelo fato de estar vinculado, como nós
já dissemos, aos recursos disponíveis de um determinado país e que depende
das instituições e do regime de cada nação. Quer seja uma cidade, um lugar
pior, de um estado ou de outra estrutura por vir, é a política que muitas vezes decide
como último recurso, porque tem a autoridade suprema em
finanças, que conclui tratados comerciais e que pode proibir ou
promover intercâmbios com outros países. “Os processos de desenvolvimento
econômicas são, em última análise, lutas pelo poder; os interesses de Can-
ciência da nação são, sempre que questionadas, de interesse
final e decisivo a serviço do qual a política econômica deve ser colocada; a
ciência da política econômica é ciência política . Ela é uma serva
orgulha-se (Dienerin) da política, não da política da época de tal e tal potentado e
tal classe que detém o poder, mas interesses políticos permanentes
que poder da nação. O estado nacional não é algo incerto-
minado que acreditamos para melhorar quanto mais, mais velamos a nossa natureza em
uma escuridão mística; se é a organização temporal do poder. Para nós
a razão de estado é o padrão final de valor, mesmo na esfera de consideráveis
rações econômicas. Isso não significa, como diz um estranho mal-entendido,
que o "auxílio estatal" deve substituir o "esforço pessoal" ou então a regulamentação
declaração da vida econômica no livre jogo das forças econômicas,
mas gostaríamos de insistir com esta fórmula no fato de que, no que diz respeito a
questões da política econômica alemã - entre outras coisas, para decidir se e
em que medida o estado deve intervir ou se e em que medida deve
deixar livres as forças econômicas da nação ou, pelo contrário, desmantelar suas
fortaleza - a voz decisiva e última deve permanecer no caso particular com os interesses
poder econômico e político da nação e seus representantes, em suma
o estado nacional alemão ” 20 .
Página 43
vezes, "não podemos esquecer que o poder econômico e a vocação para dirigir
a política nem sempre coincide ” 21 . Em outras palavras, não há rap-
porto logicamente necessário entre o poder econômico e a competência política
tick, não só porque, como mostra a história, muitas vezes acontece
que a classe economicamente mais fraca chega ao poder e às vezes até mesmo o
classe em declínio - que no longo prazo corre o risco de pôr em perigo os interesses de
nação - mas também pronta para que a classe economicamente mais poderosa não possa
nem sempre tem maturidade suficiente para assumir a liderança política - este
que pode constituir um perigo ainda maior do que o anterior. É esse o
competência política requer qualidades específicas "que nenhuma condição ambiental
nomic não pode substituir ” 22 . Max Weber julga aqui sem preconceito. A capacidade
cidade política pode residir em um homem excepcional, sendo a desvantagem neste
caso, como mostra o exemplo de Bismarck, que a dominação de um grande
o homem nem sempre é um meio de educar politicamente a nação) ou em
uma "aristocracia operária" dotada de senso político e instinto. " Não é
não - como aqueles que olham, hipnotizados, com um olho abatido no
profundezas da sociedade - na massa que é o perigo. O verdadeiro fundo do
questão de política social não é uma questão de situação
dos governados, mas a qualificação política das classes dominantes
e aumentando ” 23 .
21 Ibid. p. 18
22 Ibid p. 22
23 Ibid. p. 23
24 Na observação preliminar, Weber considera que pode tomar a liberdade de usar aqui
julgamentos de valor porque é um curso inaugural cujo objetivo não é despertar
aprovação, mas contradição.
25 Verhandlungen des evangelisch-sozialen Kongresses 1894, p..92 , citado por W. Mommsen, op.
cit- p. 36 .
Página 44
*
**
26 Talvez seja apropriado comparar essas idéias com aquelas expressas por Lenin mais ou menos no
mesmo período em O que fazer? Weber só leu Lenin mais tarde, mas pode-se perguntar
então Lenin, que era um grande consumidor de literatura alemã, não leu Weber. Para
Para descobrir, temos de esperar pela abertura dos arquivos relativos a Lenin.
27 Marianne Weber, op. cit. p . 319 .
Página 45
Em Roscher und Knies und die logischen Probleme der historischen Natio-
nalökonomie Weber estuda a questão da validade tanto geral quanto
intuitivismo nas ciências humanas, mas já anuncia, de uma forma
às vezes insuficientemente desenvolvida, a maioria dos problemas que serão objeto de
escritos traduzidos abaixo. Ele aborda o problema do direito nas ciências humanas.
nes através da classificação das ciências que, na época, era objeto de
numerosas obras e discussões na Alemanha. Roscher distinguiu dois ma-
28 Marianne WEBER, op.cit .- p. 321.
29 A teoria do conhecimento de Weber foi objeto de um importante estudo de A. von Schel-
ting, Max Webers Wissenschaftslehre (Tübingen 1934).
Página 46
nega tratar a realidade cientificamente; o primeiro "que ele chamou de" philoso-
phique ”consiste em apreender o real por meio da abstração generalizante que elimina
mina a contingência, o segundo que ele chamou de "histórico" tenta reproduzir
lido por meio de descrição. Esta distinção é uma reminiscência de que
estabelecido pela lógica moderna (diferença entre as ciências naturais e
Ciências espirituais de Dilthey, entre as ciências nomotéticas e as
idiografias de Windelband, entre as ciências naturais e o
Cultura Rickert). Em linhas gerais, tudo se resume a:
Weber concorda com esta classificação e sua justificativa ("A diferença entre
essas duas formas de construir conceitos são fundamentais em si ”) 30 , mas
ele adiciona duas observações muito importantes:
1) Devido ao fato de que o mundo sensível é infinito extensivamente e acima de tudo intensivo-
mento, é impossível reproduzir totalmente até mesmo a parte mais limitada.
da realidade por nenhuma dessas duas séries de ciências. Porque cada um deles
cada vez que retém outros aspectos dos fenômenos como essenciais, o geral
tanto quanto a singularidade operam uma seleção no infinito e negligenciam
Certos aspectos. Conseqüentemente, não se pode dizer que os resultados das ciências
da natureza são mais válidos, mais verdadeiros e mais próximos da realidade do que aqueles de
ciências culturais.
A propósito, Weber encontra aqui a verdade mais profunda, geralmente mal compreendida.
conhecido por viés polêmico, por rotina progressiva ou simplesmente por irreconciliável
inflexão, da proposição escolar sobre o avanço do conhecimento:
g enus proximum et differentia specifica, contra os quais ele mesmo nunca deixou de lutar.
mesmo, como a grande maioria dos epistemólogos e lógicos
moderno. Se alguém examina as coisas mais de perto, não pode escapar que o
duplo movimento de generalização e singularização equivale a dizer que
todo conhecimento e toda ciência procedem estabelecendo diferenças,
alteridades ou oposições de um lado e semelhanças, analogias e correlações
por outro lado. Isso significa que as relações são distintas
identificação ou identificação e que não é possível estabelecer o primeiro
por segundos e vice-versa. Em suma, o método geral da ciência
não é unilateral nem definitivamente generalizante ou individualizante.
Página 48
Página 49
Página 50
Página 51
32 Seria errado classificar Weber entre os modernos zombadores da ciência. Pelo contrário,
ele tinha um profundo respeito por tudo o que a humanidade realizou nesta área, mas ele
também preservado de toda exaltação. Em sua opinião, o julgamento cientificamente educado deve ser aplicado
também à interpretação objetiva de sua importância para a cultura, avaliando como
o escopo e os limites do conhecimento sem cair nos exageros de
cientificismo ou as armadilhas do irracionalismo. Muitas vezes os cientistas, mesmo os eminentes,
vêm de suas propostas de autoridade que de forma alguma são científicas e, consequentemente, despertam
conseqüência das confusões que correm o risco de desacreditar o verdadeiro trabalho científico.
Página 52
Página 53
Página 54
confunde realidade e conceito. Não há razão para recusar falar sobre síntese
criativo sobre o valor econômico de um diamante e um grão e
aplique-o, por outro lado, ao valor epistemológico ou à exatidão da proposição.
ção 2 X 2 = 4- Em nenhum caso o significado deriva de causalidade, não importa o que
a natureza dos fenômenos. O significado de que o diamante e o grão
possuir relativamente a certos sentimentos axiológicos humanos seriam encontrados
prefigurar em um grau superior ou em outro sentido nas condições físicas
de sua formação do que seria - em caso de aplicação estrita -
o princípio da causalidade na esfera psíquica - as representações e
os julgamentos nos elementos dos quais eles derivam? Ou, para levar
exemplos históricos, o significado da Peste Negra para a história social ou
da irrupção de Dollart à colonização seria prefigurado
no primeiro caso em bactérias e outras causas de infecção, no segundo
em causas geológicas ou meteorológicas? É exatamente a mesma coisa
da invasão da Alemanha pelas tropas de Gustavus Adolf e de
Europa ao longo dos anos de Genghis Khan. Todos esses eventos tiveram consequências
importante historicamente, isto é, em relação aos nossos valores culturais.
real. Todos também foram determinados causalmente, se levarmos a sério,
como quer Wundt, o domínio universal do princípio de causalidade. Tudo
também estão na origem de um desenvolvimento "psíquico" e "físico". No entanto, nós não
pode derivar de sua condicionalidade causal, o "significado" histórico que
nós atribuímos a eles. Em particular, isso não significa que eles contêm
nent de "devir psíquico". Pelo contrário, o significado que atribuímos a
todos esses eventos, ou seja, a relação com os valores que operamos, é
o momento absolutamente heterogêneo e díspar que quebra a possibilidade de
fazer uma dedução de suas partes componentes 35 .
Página 55
36 Ibid . p. 60 .
Página 56
Página 57
Suponha que uma avalanche rasgue um bloco de rocha de uma parede e que-
ele se fragmenta em vários pedaços de entulho. Com base nas leis da mecânica, nós
poderia dar uma explicação causal para a queda e aproximadamente seu
direção, do estouro dos detritos e o grau desse estouro e, nos casos
favorável, na direção de ambas as quebras. Ainda sobre o nome-
de detritos, sua forma e uma infinidade de outros aspectos deste tipo, nosso
a curiosidade causal é reduzida a reconhecer que tudo isso não é incompreensível
em princípio, isto é, não está em contradição com o nosso nomo-
lógica. Por outro lado, não só seria impossível com o desaparecimento
o traço de determinações concretas para operar uma regressão causal real,
caso alguém queira explicar esses aspectos, mas tal tarefa seria desnecessária.
Apenas no caso de um ou outro processo singular estar à primeira vista em
contradição com as leis da natureza que conhecemos, que nossa curiosidade
causal seria despertado. Este exemplo é típico de como usamos
vamos ler a categoria de causalidade em todos os tipos de coisas como clima
rologia, geografia ou biologia. Pense na maneira como usamos
em biologia do conceito de adaptação: raramente é objeto de uma imputação causal.
sujo preciso e quase nunca é baseado em julgamentos reais necessários de
causalidade. Em geral, estamos satisfeitos em admitir que se trata de processo
que poderíamos entender, ou seja, eles não formam exceções
de nosso conhecimento nomológico. Daí uma primeira conclusão a ser tirada: “Quando
a explicação de eventos concretos, a possibilidade de fazer julgamentos estritos
causalidade necessária está longe de constituir a regra geral, mas a exceção,
e esses julgamentos nunca se relacionam com nada além de elementos isolados que nós
levar em consideração deixando de lado os outros que podem e devem ser
considerado insignificante ” 38 . Não fazemos o contrário no
esfera da ação humana, seja o comportamento de um indivíduo ou
o de uma comunidade. A diferença entre ciências naturais e ciências
direitos humanos é de uma ordem diferente: diz respeito essencialmente à noção de
tação (Deutung) a que Weber dedica páginas. Ele ouve isso
conceito não no sentido da hermenêutica de Schleiermacher e Boeckh, mas no
significado puramente epistemológico que ele tirou de Dilthey e, posteriormente, de
Münsterberg, Simmel e outros.
Página 58
39 Ibid . pp . 67-68.
40 Sobre essas categorias de causalidade adequada e racionalidade por finalidade, veja as explicações de
Weber nos dois panfletos traduzidos abaixo: Estudos Críticos e Ensaio sobre alguns
tegorias da sociologia abrangente.
41 Max Weber, op.cit. ,, P. 70 nota 1.
Página 59
Página 60
Obviamente, Weber primeiro rejeita esta tese porque ela está em contradição.
ção com filosofia própria; por um lado, ele ignora a pressuposição negativa
de toda ciência empírica, ou seja, o infinito intensivo de toda realidade sensível,
por outro lado, admite a possibilidade de subsumir um fenômeno único e objetivo.
vé sob uma lei e até mesmo para estabelecer uma lei para um caso singular. Muito rapidamente
no entanto, a crítica é mais geral. Suponha que queremos fazer um ana-
análise histórica da relação entre princípios religiosos e convulsões
dos tempos da Reforma. A pesquisa primeiro se depara com uma dificuldade
por assim dizer interno sobre a complexidade dos estados de consciência e fé
homens daquela época. Seria perder o verdadeiro problema para
reduza esses estados internos a sensações puras ou outros fatores psicofísicos.
questões elementares. Além disso, este não é o objetivo do conhecimento histórico que
n / D. o que fazer com esses artifícios. Mas, acima de tudo, não vemos como fazer
submeter todas essas questões à observação exata em um laboratório de
psicologia. Por outro lado, a história também está interessada no mundo exterior, seja
que os eventos que acontecem ali se tornem pretextos para agir, ou que a ação
ção muda o curso dos acontecimentos e tem repercussões sobre
crenças e sentimentos. Não há razão suficiente para recusar a história
o valor de uma ciência objetiva porque não pode reduzir as ações humanas.
principais a fatores elementares. Como tal, também deve ser recusado ao
biologia, uma vez que ainda não conseguiu reduzir a célula para comp
poses mais simples.
Münsterberg, no entanto, abre uma exceção para a pedagogia. Ele percebe que ele
não seria razoável transformar o pedagogo responsável por instruir e
para educar crianças ou alunos em um psicólogo experiente
mental, porque:
Página 61
Agora, observa Weber, o mesmo pode ser dito das disciplinas históricas e
econômico. A história pode e deve levar em consideração as informações que lhe são fornecidas.
não apenas psicofísica e psicopatologia, mas também física, bio-
logia ou meteorologia. No entanto, o conhecimento mais amplo nessas áreas
nes ainda não fazem um historiador. Isso leva em consideração as informações acima.
dentes de acordo com as necessidades e a conveniência da pesquisa, mas não tem que ser
transformar-se em um especialista em psicologia ou biologia.
Quando ele faz o estudo histórico da escala e das consequências de uma epidemia
na Idade Média, é claro que a literatura médica sobre a doença em questão
ção pode ser útil para ele, mas é igualmente claro que seu papel é o de um historiador
nada e não de um biólogo visando estabelecer novas leis bacteriológicas. Isto
O mesmo se aplica às relações entre história e psicologia. "Contanto que o
conceitos, regras, cálculos estatísticos resistem à interpretação, eles não
constituem apenas verdades que a história aceita como dados simples, mas
eles não podem satisfazer por si mesmos a curiosidade específica do historiador ” 43 .
É, portanto, insustentável a concepção que torna a psicologia em geral ou uma
de seus ramos, por exemplo, psicologia coletiva, ciência fundamental
da história e da economia, sob o pretexto de que eventos históricos e
econômicos têm aspectos psíquicos. Nesta conta, física e
a meteorologia poderia alegar desempenhar o mesmo papel e, enquanto a atividade
estadistas modernos são cada vez mais expressos por meio de discursos e
escrito, pode-se facilmente atribuir esse papel à acústica ou química de
tinturas. De forma mais geral ainda, a opinião atual que acredita que é suficiente para
separar os vários fatores que entram na cadeia cultural para elevar
cada um deles tem a dignidade de uma nova ciência, de uma nova ... lógica, esqueça
que uma ciência só faz sentido se realmente houver problemas específicos para o
pesquisar. Não vemos, além disso, por que a psicologia deveria manter
vínculos mais estreitos com a história do que com outras ciências e vice-versa.
Finalmente, essas observações têm um escopo mais geral e dizem respeito a todos os
metodologia. O papel do método não é reduzir artificialmente um
ciência para outra, mas para aprofundar e ampliar a pesquisa em todas as direções
possível, se necessário, por uma comparação dos resultados dos vários
Página 62
44 lbid. p. 79 nota 1.
Página 63
Simmel, por sua vez, também tentou desenvolver uma teoria da interpretação.
e compreensão 45 . Além da diferença que ele estabelece entre apreensão por
caminho conceitual (Begreifen, que deve ser comparado a Begriff) da realidade externa
e a compreensão (Verstehen) de uma experiência psíquica, ele distingue o
a chamada compreensão objetiva e a chamada interpretação subjetiva. Os primeiros objetivos
compreender o significado de uma expressão, por exemplo, o que é dito ou escrito, o segundo
conta os motivos do locutor (oposição entre das Gesprochene e der
Sprechende). Segundo Simmel, a interpretação dos motivos ainda é incerta e
equívoco porque é difícil distinguir entre espontaneidade e
construção e que, por outro lado, qualquer motivo é ambivalente e também pode levar a
tanto ao amor quanto ao ódio, por exemplo. -Só a compreensão objetiva do
significado teria um lugar, é verdade limitado, na investigação científica, no
já que o significado é definido como uma unidade logicamente coerente.
45 Weber se refere aqui à segunda edição (Leipzig 1905) de Probleme der Geschichits
Filosofia de Simmel.
chen Verstehen (BerlinO1918),
estudoé,que este último
portanto, publicou posteriormente, Vom Wesen des historis-
irrelevante.
46 Iena 1901.
Página 64
Em segundo lugar, Gottl afirma que a história retém no devir que descreve.
apenas aqueles elementos passíveis de serem capturados pelas leis lógicas do pensamento
sée, enquanto o resto, por exemplo, fenômenos historicamente importantes
a natureza, como a irrupção do Zuydersee ou do Dollart, é apenas um simples deslocamento.
construção das "condições" da ação humana. Além da distinção
equívoco que ele estabelece a esse respeito entre a noção de "causa" e a de "condição
ção ”, ele também confunde ratio essendi e ratio cognoscendi, tomando o
assinala a racionalidade do devir e a interpretação abrangente da ação. UMA
ação não é necessariamente racional porque a entendemos, ou seja,
nada nos autoriza a estabelecer uma equivalência entre o que se entende por inter-
interpretação e o que inferimos logicamente. O pressuposto da racionalidade, quando
não é simplesmente um a priori de julgamentos de valor, nunca é apenas um
possível hipótese que precisa ser verificada empiricamente e controlada como sem importância
que outra hipótese das ciências naturais. Além disso, os sentimentos
elementos irracionais podem ser entendidos da mesma forma que ra-
tional e excepcional, bem como o normal, desde que a interpretação
é adequado. Como Simmel observou com razão, não há necessidade
ser César para entender César.
Em certo sentido, é verdade que entendemos melhor o que temos a nós mesmos -
mesmas experiências que a psique de outros ou os fenômenos da natureza, desde que
ção, no entanto, permanecer no nível de pura experiência imediata, sem reivindicar que o
o conhecimento de nós mesmos seria mais fácil do que o dos outros. Na verdade, de
ponto de vista lógico, não há diferença de princípio entre os métodos de
ciências históricas ou psicológicas e as das ciências naturais, porque
em ambos os casos, é essencial transformar conceitualmente os dados
nascido para tornar a realidade inteligível. Portanto, é errado afirmar que nós
estão melhor equipados para compreender o interior do que o exterior, a experiência do que o fato de
natureza. Não existem dois tipos absolutamente opostos de objetividade, pois não há
pode haver duas essências contraditórias de ciência. Além disso, tanto faz
o objeto estudado e qualquer que seja a ciência, a estrutura lógica de pré-
cuidar da verdade continua o mesmo para quem quer a verdade. Contrário a
Página 65
47 Hamburgo / Leipzig 1903. Ver também do mesmo autor, Einheiten und Relationen (Leipzig
1902 ).
Página 66
48 Weber provavelmente está se referindo ao trabalho de Croce: E stetica comme scienza dell 'espressione
e linguistica generale (Milano 1902), traduzido para o alemão sob o título A Esthelik als Wis-
senschaft des Ausdrucks und allgemeine Linguistik (Leipzig 1905).
Página 67
o que por isso é artificial, visto que a unidade só tem sentido através da seleção
ção do que parece essencial em relação ao objetivo da pesquisa. Finalmente o theo-
rias de pura intuição dão ao preconceito vulgar a possibilidade de compreender
o todo, como se a história fosse uma reprodução de intuições empíricas ou a
reflexão de experiências passadas (próprias ou de terceiros). No entanto, assim que estivermos
digamos que apreender nossa própria experiência através de nossos pensamentos, é impossível reproduzi-la
totalmente ou imitá-lo; tal projeto dá origem a outro e novo
experiênciaou
reviva-nos vivida com originalidade
reproduza própria.
as experiências A fortiori não pode
dos outros.
Página 68
tif. Há todas as razões para acreditar que a validade da interpretação histórica é geralmente
neral tanto mais que renuncia às fórmulas quantitativas específicas para
Ciências Naturais. De que adianta impor o postulado do paralelismo à história?
psicofísico, por exemplo, desde que resulte na história e até mesmo na
a psicologia social não depende dessa premissa? A quantificação é
um aspecto da objetividade científica, ao lado de outros, como crítica, interpretação
racionalização, etc. A história é uma ciência da realidade, não porque é
iria se reproduzir na íntegra - algo absolutamente impossível - nem porque
que usa fórmulas matemáticas, mas porque opera com
conceitos tão precisos quanto necessários no que diz respeito à determinação de eventos
mentos e relações entre os eventos que estuda.
Página 69
Página 70
Podemos nos perguntar se este tipo de interpretação não é, em última análise, tão sub-
mais do que o renascimento da experiência vivida. Não, responde Weber. Certamente a seleção
que a relação com os valores opera depende da decisão do historiador, não é
portanto, não coloca a necessidade de uma lei e, neste sentido, é subjetiva. no entanto
No entanto, ao contrário da interpretação por reviviscência, pode ser verificado então
que é expresso em julgamentos articulados e qualquer leitor pode controlar o
bem fundamentado. "Na verdade", diz Weber, "ao contrário de um simples sentimento experimentado, nós
por valor queremos dizer isso e apenas o que pode se tornar o conteúdo de uma tomada
de posição, tornando-se, portanto, objeto de um juízo articulado e consciente, de
positivo ou negativo ” 49 . A subjetividade inicial da escolha ou curiosidade cessa
ser arbitrário na medida em que submete seus pontos de vista aos recursos comuns.
da crítica científica e, portanto, os significados que o relatório
aos valores dá ao objeto da esfera da pura experiência vivida. "Não tem jeito
para estabelecer inequivocamente se outra pessoa vê o vermelho de uma tapeçaria do
da mesma forma que o vejo ou se ele tem os mesmos sentimentos; neste nível
a comunicabilidade da intuição permanece inevitavelmente indeterminada. A reivindicação de
compartilhar um julgamento ético ou estético sobre um fato não faria sentido
se - devido à intervenção de todos os fatores incomunicáveis da sensibilidade
- não foi possível compreender da mesma forma o conteúdo presumido deste
julgamento, pelo menos no que diz respeito aos pontos importantes. A proporção singular
vincular a valores, portanto, sempre indica que se descarta - em uma extensão óbvia -
relativamente - o que só é sentido intuitivamente ” 50 .
Página 71
51 Ibid. p. 125
52 Ibid. p. 126
Página 72
Página 73
ponto de vista lógico, eles são dois opostos. - Esses diagramas são construções
tipos ideais. É só porque e só porque as categorias
fim e meio condicionam, tão logo sejam utilizados, a racionalização do
acamados empíricos, que é preciso construí-los ” 53 . O supremo mal-entendido seria
ver nessas construções da teoria abstrata - por exemplo, no caso do
marginalismo - o produto de interpretações psicológicas ou mesmo o fundamento -
aspecto psicológico do valor econômico. Sua particularidade, bem como sua
utilidade heurística e o limite de sua validade empírica não fazem sentido precisamente
apenas porque eles não contêm um grão de psicologia.
Página 75
É que aos olhos de Weber "a pesquisa interpretativa dos motivos da parte
do historiador nada mais é do que uma imputação causal no mesmo sentido lógico.
que a interpretação causal de qualquer fenômeno singular do na
tura; na verdade, seu objetivo é estabelecer uma razão suficiente (pelo menos como
hipótese), como a investigação naturalística quando propõe
estabelecer as características singulares de um complexo de fenômenos naturais. A não ser que
tornar-se vítima do emanantismo hegeliano ou de qualquer outro va-
do ocultismo antropológico moderno, ele não pode estabelecer para si o objetivo de
conhecimento do que fazer (no sentido das leis da natureza), porque o
humano concreto, bem como o extra-humano concreto (vivo ou inerte), quando nós
considera-o como um fragmento da totalidade do devir cósmico, não permite
nunca se integram totalmente ao conhecimento nomológico, pela boa razão
que em todos os lugares e sempre (e não apenas na esfera do pessoal) é
um aspecto de diversidade intensiva infinita. Agora, de um ponto de vista lógico, todos
elementos pensáveis singulares, desde que sejam dados ao científico
específico, pode ser considerado como causalmente im-
carregando uma cadeia histórica causal ” 55 . Além disso, por causa da diversidade
infinidade de realidade, todos os fatos, sejam de natureza física ou psíquica, podem
vento para se tornar histórico e nenhum é definitivamente desprezível; seguindo a orientação
por curiosidade, eles podem encontrar um lugar na pesquisa.
Cada disciplina usa a sua maneira a categoria de causalidade e de uma certa maneira
algum sentido, o conteúdo da categoria pode variar. De acordo com seu significado original e completo,
causalidade envolve duas idéias fundamentais; por um lado, de uma ação
(Wirken) concebido, por assim dizer, como um elo dinâmico entre fenômenos
qualitativamente diferente e, por outro lado, de uma subordinação às regras.
Dependendo das disciplinas, ou da noção de ação entendida como conteúdo do
55 Ibid. p. 134
Página 76
Página 77
Página 78
embora ele admita que os organismos que são povos singulares são
minado por um todo orgânico superior: a humanidade. não obstante
aspectos místicos camuflados na antropologia, a doutrina de Knies também é
herdeiro do panlogismo de Hegel. Como Roscher, podemos qualificá-lo
emanatismo. Podemos seguir o rastro dela em sua metodologia, pois evitou
ché sabe compreender a relação entre conceito e realidade. Então acabou
resultados negativos e até destrutivos. A consideração desta questão deve
ser o assunto de uma quarta seção que infelizmente não foi escrita.
57 O trabalho de Rudolf Stammlers a que Weber se refere aqui é a segunda edição (Leipzig 1906, o
1ª edição é de 1896) de Wirtschaft und Recht nach der materialistischen Geschichtsauf-
fassung- Eine socialphilosophische Untersuchung. O artigo de Weber tem 68 páginas e
mesmo se adicionarmos o apêndice encontrado nos jornais após sua morte e os editores
des Gesammelte Aufzätze zur Wissenschaftslehre coletados neste volume.
Página 79
Página 80
Existem, no entanto, outros sentidos que não podem ser reduzidos sem mais para um
das duas anteriores, por exemplo, as regras que chamamos de máximas do
atividade. Veja o exemplo de Robinson, cujo Stammler e outros economistas
servem para ilustrar suas análises, embora seja um personagem fictício que
não existiu historicamente. O herói do romance de Defoe liderou apesar de tudo
em sua solidão uma vida econômica racional, levando em conta as condições de
sua existência, uma vez que subjugou o consumo de bens e o lucro que
esperava sair de seu trabalho (ele não estocou sementes e andou
e as árvores a serem derrubadas durante o inverno seguinte?) às regras, e
às regras econômicas. Sem abrir uma discussão sobre a possibilidade
de uma economia fora de qualquer sociedade, parece que, como mostrado na
padrão ético ao contrário do padrão legal, pode haver regras não éticas
dependendo da vida social. Admitamos, no entanto, com Stammler que o re-
conceitualmente constitutiva da vida social e que a economia supõe
conceitualmente
da seriaseu
sociedade e ainda a regulação social. Agora,
comportamento Robinson
econômico vivia
procedeu defora
acordo com
as regras. Stammler sai da encrenca dizendo que a vida de Robinson é deixar ir
apesar de tudo, explique causalmente porque ele já havia vivido em sociedade.
tee e foi puxado para fora por acidente. Por outro lado, ele reconhece que a origem
causal não é essencial para a essência conceitual da regra. Por que
Ele, então, sente a necessidade de explicar, mesmo assim, por causalidade as regras de
A vida de Robinson, para acrescentar, não sendo capaz de se tornar objeto de um
ciências sociais eles podem ser explicados por meio das ciências naturais.
Página 81
tura? É que aos seus olhos essa solidão absoluta, à parte de qualquer contato com
o outro é um comportamento puramente técnico.
Esta correlação que Stammler encontra entre natureza e técnica é uma boa
oportunidade de refletir sobre a noção de regra, pois a técnica é justamente
um processo que se desenvolve de acordo com as regras de utilidade. Qual é o valor da oposição
que Stammler estabelece entre as regras da técnica e as da vida social?
Para Weber, “ocorre a ação coordenada das partes de uma máquina,
sentido lógico, de acordo com as regras estabelecidas pelo homem, assim como o trabalho coordenado
dado, mas forçado, de cavalos de tração e escravos ou de trabalhadores "livres"
em uma fábrica ” 58 . O fato de que, no primeiro caso, a regra é baseada em um ne-
cessidade decorrente das leis da natureza e, na segunda, uma restrição física
ou psíquico permanece sem importância para o conceito de regra. Um industrial detém
leva em conta no mesmo sentido técnico as necessidades dos trabalhadores obrigados a trabalhar
ler para alimentar sua família apenas com suas capacidades fisiológicas e musculares
ou as possibilidades oferecidas pelas máquinas. Embora essas três ordens de magnitude
são de natureza diferente, são também condições causais do objetivo pretendido. Em
mais, o fabricante leva em consideração representações e reações
do trabalhador no mesmo sentido que o caçador calcula com as reações de seu
cachorro, quando ele mata uma perdiz. Do ponto de vista do uso da regra, há
nenhuma diferença lógica entre todos esses exemplos e o fato de que, no caso de
o trabalhador intervém a consciência, não modifica de forma alguma o estado fundamental de coisas.
Consequentemente, quando Stammler estabelece uma oposição entre técnica e
vida social não fornece nenhum elemento decisivo para o conhecimento da essência da
Regra. Deste ponto de vista, o comportamento econômico de Robinson no
a solidão na ilha não é diferente de lidar com a moeda dentro
de um grupo social. O indivíduo moderno não precisa mais saber por que
o dinheiro tem todas as virtudes que sabemos quando o usa do que saber
seja a anatomia para dar um passo. O hábito ou experiência é suficiente para ele, assim como
ele sabe que um fogão aceso está esquentando ou que o mês de julho é mais quente do que
o mês de março. A complexidade das condições de existência do titular de um
grande fortuna pode ser tão grande quanto possível em comparação com a de Robinson,
logicamente não há diferença.
Página 82
Se voltarmos ao exemplo da troca, seu significado aparece para nós em duas formas
logicamente diferente. No primeiro caso, o significado é tomado como uma ideia,
ou seja, fazemos a pergunta: quais são as consequências ideais do significado
que o cientista dá a um evento concreto ou como esse significado pode ser
Página 84
É certo que as máximas normativas que atribuem a este sentido ideal de troca um
a obrigatoriedade pode, se necessário, tornar-se um dos fatores determinantes
o ato empírico, mas apenas um determinante entre outros. No final de tudo
essas explicações que encontramos no que diz respeito à noção de significado, o duplo significado de
noção de regularidade que encontramos em relação ao exemplo de diges-
ção Assim como não se pode usar, sob pena de confusão, o conceito de
regra entendida como o padrão ideal de racionalidade para designar a máxima de
60 Ibid . p. 334
Página 85
Para ilustrar as diferentes maneiras pelas quais podemos considerar a regra, Weber
veja o exemplo de um jogo de cartas: o skat 61 . Jogar significa submeter-se a certos
certas regras ou normas que definem por um lado o jogo correto e por outro lado o
vencedora. Essas regras podem se tornar o objeto de todos os tipos de considerações:
1) De natureza puramente ideal. Neste caso, eles podem ser o objeto
Página 86
Página 87
Esses dois tipos de perguntas são absolutamente diferentes do ponto de vista local.
gic. O significado ideal da regra da primeira questão é um problema de verdade
legal, ou seja, cabe à consciência legal do pesquisador estabelecer
as relações reais entre os conceitos pelos quais a regra é expressa. Esta validade
ideal que todos aqueles que procuram estabelecer a verdade jurídica se propõem a estabelecer.
que não é, no entanto, isento de consequências empíricas, como o
prova a existência de jurisprudência. Além disso, juízes e outros funcionários
que têm a capacidade de exercer contenção física e psicológica têm, em princípio
eles também se preocupam com esta verdade. A segunda questão afirma que a vida social
é governado, que existe empiricamente uma ordem legal da qual os homens defendem
efetivamente contabilizam ou são obrigados a levar em consideração no curso de suas atividades.
Não há dúvida de que esta existência empírica de regras e mais simplesmente
de um direito não tem nada em comum com a verdade jurídica entendida como o que
deve, idealmente, valer a pena. Uma regra legal ruim ou falsa vale a pena empírica
e obriga da mesma forma que a regra boa ou verdadeira. Então podemos dizer
que no primeiro caso o estado de direito é uma norma ideal que pode ser
encontrado pelo pensamento, no segundo uma máxima empiricamente verificável da
comportamento de seres concretos que se conformam com ele com mais ou menos rigor
e frequência. O que é chamado de ordem jurídica consiste no primeiro caso
em um sistema de pensamentos e conceitos elaborados, por assim dizer cientificamente
por dogmas legais e servindo como um padrão ideal de referência para o juiz,
o advogado ou o cidadão, no segundo em um complexo de máximas que determinam
nentem ou guiem os homens pela representação que deles fazem durante suas
comportamento concreto.
É tudo relativamente simples. O problema se torna mais complicado assim que nós
propõe relacionar um conceito jurídico, o dos Estados Unidos por
Página 88
exemplo, e uma estrutura empírica e histórica com o mesmo nome. Então vamos pegar o
caso do conceito dos Estados Unidos. Estamos na presença do mesmo termo que
designa uma realidade jurídica e histórica, econômica, política
tick, etc. Essa identidade terminológica é uma fonte de confusão e riscos
distorcer o julgamento do jurista, enquanto ele não distinguir os vários significados de
termo, ou que ele chama de legal o que não é, ou que ele apenas atribui
importância jurídica para o que é essencialmente político, econômico ou
social. Tomemos as seguintes seis frases: "Só os Estados Unidos são competentes
celebrar tratados comerciais, ao contrário dos vários Estados da União
- "De acordo com esta disposição, os Estados Unidos concluem com o México
um tratado de comércio de conteúdo a ” -“ O interesse da política comercial
dos Estados Unidos preferem exigir um tratado de conteúdo b "-" Na verdade, os Estados Unidos
exportar para o México o produto c na quantidade d ”-“ O saldo da folha de pagamento-
Estados dos Estados Unidos estão, portanto, na situação x "-" Isso terá o
conseqüência y sobre a taxa de câmbio dos Estados Unidos ”. Nessas seis sentenças, o
conceito dos Estados Unidos é tomado a cada vez em diferentes sentidos, que todos podem
vento de interesse para a lei, mas que nem todos são puramente legais, mas também
político, econômico, etc. Aqui nos deparamos com um problema que não encontramos
Não temos analogia com o que dissemos anteriormente sobre as regras de
skat. Na verdade, o conceito de um jogo concreto e determinado é idêntico ao que nós
conhecer o jogo em geral graças às regras que o delimitam. Devido ao escopo
cultura do skat, é difícil usar este termo para
outros usos. Falar de skat é, portanto, falar de um jogo muito preciso. Isso é tudo
caso contrário, do termo "os Estados Unidos", que designa uma realidade jurídica, mas também
outras realidades de natureza econômica, social ou política. Para entender completamente o
novo problema que nos é apresentado, é importante especificar um certo número de
pontos, em particular o que se entende por forma.
Depois de todas essas explicações, a tese de Stamrnler, que faz do direito uma forma
e concebe
estaria a relação
lá. forma entredas
ou uma o estado
formasdededireito e a realidade
vida social, social
torna-se no sentido
absurdo a menosdeque
quenós
a lei
significa forma no sentido da oposição clássica ao conteúdo. Na verdade, se tomarmos
o estado de direito no sentido de uma ideia, nunca designa uma realidade empírica,
social ou outro, porque sendo uma norma ideal determinante de um dever de ser, não
poderia ser uma forma de ser; ela é apenas um padrão de valor para o qual o
o jurista que deseja a verdade jurídica mede a realidade empírica. Se, pelo contrário, nós
entende isso como um fato empírico, nem pode ser uma forma, que
seja qual for o significado que dermos a este termo, porque é então um dos componentes
valores positivos da realidade empírica e da ordem social, ou seja, mais
ou menos puro, o que contribui para determinar causalmente o comportamento de
homens de uma forma mais ou menos consciente, assim como pode ser mais ou
menos seguido. Que os juízes se conformam com essa máxima para decidir um
conflito de interesses, que outras pessoas chamadas oficiais de justiça ou policiais têm
como uma máxima para cumprir sua decisão e que, no final, a maioria
parte dos homens pensam legalmente, todos esses fatos são extremamente
Página 89
Além da dogmática pura, o jurista está no caminho errado se ele reduz uma situação
apenas aos seus aspectos legais ou se considerar exclusivamente estes
apenas aspectos, vendo no ser humano apenas sujeito de direito ou denunciante
potencial. A necessidade de explicar a realidade ou o comportamento de um ser em relação
outros e com relação à natureza podem justamente encontrar o maior interesse em
elementos que passam por secundários e insignificantes do ponto de vista da regra
Página 90
por direito. Por outro lado, como foi dito anteriormente, ciência política e
econômica pode usar terminologia jurídica. Muito mais, seu direito
frequentemente oferece material que é, por assim dizer, pré-formado. Vem do desenvolvimento
crescimento do pensamento jurídico na direção de uma racionalização da ordem social.
No entanto, não se pode culpar o especialista em política ou economia.
usar este material pré-formado em sua própria maneira e em uma direção diferente daquela do
advogado, se assim conseguir obter resultados satisfatórios em
a ordem de sua pesquisa. A pureza jurídica deve ser exigida do ponto de vista da dogmática
legal, não para as de outras disciplinas cujo assunto é muito complexo para
ser reduzido a uma definição puramente legal. Ninguém vai contestar a influência
vento decisivo da ordem jurídica no desenvolvimento de um comportamento
situação individual ou social; no entanto, aos olhos de especialistas em
ciências humanas, ele não goza de nenhum privilégio, e como um fato empírico ele pode
não têm nenhum significado em relação a todas as condições causais além dessa
que damos, por exemplo, à influência do calor solar. O fato de que a regra é
um determinante causal da vida social de forma alguma impede o homem, em
como um ser razoável, também pensa sua atividade de acordo com os padrões ideais. Tudo
a questão é não esquecer durante a análise para distinguir os dois ou-
dres. Contanto que o advogado tenha uma consciência clara dessa oposição lógica
que, pode chamar sem inconvenientes e sem risco de confusão o dogmático
um estudo formal da lei e contrastá-lo com o estudo causal e naturalista que
considera o estado de direito como um determinante empírico entre outros de
a vida social.
*
**
Página 91
Embora esta lei tenha sido interpretada de forma muito diferente, podemos
resumir com Brentano da seguinte forma: onde quer que sensa-
ção, é possível verificar a validade da proposição afirmando a
dança da sensação em relação à excitação, no sentido que Bernoulli havia estabelecido
uma relação de dependência entre o sentimento de felicidade que decorre do aumento de
de uma quantia em dinheiro e o valor total da fortuna. Nós podemos primeiro
pergunte se é possível transpor os problemas e soluções como eles são
específico para uma ciência em outra que é heterogênea. Certamente Darwin tem
inspirado pela doutrina de Malthus, mas não pudemos, no entanto, identificar sim-
complemente as duas teorias ou torne-as mais dois casos especiais da mesma lei
em geral. Além disso, a felicidade não é um conceito qualitativo unívoco como o caso.
afirma o utilitarismo moral; nem mesmo é um conceito puramente psicológico
e qualquer psicólogo sério terá o cuidado de não confundir isso com alegria. Abstrac-
feito de todas essas observações, continua sendo verdade que dificilmente
possível usar o paralelo entre felicidade e sensação mesmo como uma onda
analogia, exceto talvez no que diz respeito às aparências externas. Vamos colocar-
nós, portanto, do último ponto de vista. Neste caso, podemos encontrar um correspondente
dança entre a excitação que está na estimulação puramente externa de Fechner e
corporalmente, pelo menos quantificável em princípio, senão na realidade, e o aumento
da quantidade de dinheiro no Bernoulli, que também é um fenômeno externo.
Resta determinar o que na lei de Weber-Fechner corresponde ao conceito de
fortuna em Bernoulli. Suponha para este propósito que podemos estabelecer uma analogia
entre fortuna e diferenciação na sensibilidade como resultado do aumento
ment de peso. Sabemos que segundo Weber-Fechner a intensidade da sensação aumenta
na razão aritmética quando a da excitação aumenta na razão geométrica. sim
admitimos a equação de Brentano entre o aumento da riqueza e
o aumento da excitação, deve-se admitir que, se um indivíduo possuindo
1000 marcos experimentaram uma certa intensidade de felicidade quando sua fortuna aumentou
de 100 marcos, ele terá que experimentar a mesma intensidade se, possuindo uma fortuna de um
milhões de marcos, ele aumenta em 100.000, com a condição, é claro, de que
pode aplicar as experiências do toque a outras formas de sentimento.
sibilidade. Suponha que isso não apresente qualquer dificuldade e que seja até possível
63 Não foi possível obter a segunda edição, mas apenas a terceira, datada
Winterthur 1875. Lange é mais conhecido como um historiador do materialismo.
Página 92
Página 93
3) a maioria dos homens, não importa quantos, são capazes de agir rapidamente.
contagem sob o. relatórios de experiência e previsão. Devemos ouvir
portanto, eles são capazes de distribuir os bens de acordo com sua importância.
e as forças disponíveis ou susceptíveis de serem adquiridas, dependendo das necessidades
presente e imediatamente futuro. Como essas questões importam
em comum com uma sensação causada por um estimulante físico? Mesmo em
admitindo que a saturação das necessidades pode ser realizada de acordo com uma progressão
análogo ao da lei de Weber e Fechner, não há dúvida de que se nós
concebe esta progressão ao nível do papel higiénico, cervelas, edições
autores clássicos, prostitutas ou consolos de uma mis-
decin ou um padre, a analogia com a curva logarítmica da psicofia
sique permanece problemático para dizer o mínimo. E se alguma vez um indivíduo acalmar seu
necessidade intelectual às custas de sua comida, comprando livros, sem ana-
a lógica psicofísica não é capaz de nos dar essa atitude. mais esperto
milho.
Página 94
aqui está a economia usando, além disso, a noção vulgar de "necessidade", ao passo que
é um verdadeiro ninho de dificuldades e problemas fisiológicos e psicológicos.
ques! Além disso, pedimos ao economista que não se preocupe com esses empregos.
barras e em nome da boa consciência científica! Para
Por fim, o ponto de vulgaridade é dado como base para a economia de conceitos
como aqueles da atividade racional por finalidade, utilidade, experiência e
que passam por extremamente complexas aos olhos do psicólogo, mesmo
incompreensível, em todo caso entre os mais difíceis de analisar! O que se torna
nessas condições, a sublimação que é a experimentação com todos os seus dispositivos
laboratório? Bem, a economia não se preocupa com o materialismo, vitalismo,
paralelismo psicofísico e todas as teorias de interação.
Ela não se importa se Lipps está inconsciente, Freud ou qualquer outra
é uma base útil para disciplinas psicológicas. Estes existem para tudo
digamos, perguntas que são indiferentes a ele. E ainda assim ela afirma encontrar
fórmulas matemáticas para mostrar o curso teórico da ecoatividade
nomic. O mais forte é que ela consegue. Não importa nem mesmo que disputemos nosso
resulta em nome de motivos retirados de metodologia própria, não impede
sua precisão permanece independente das maiores convulsões no nível de
pressupostos fundamentais da biologia ou psicologia. Ela não quer
se Ptolomeu ou Copérnico está certo, não mais do que ele está interessado em hipóteses.
sua teologia ou as perspectivas oferecidas à física pelo segundo princípio
cipe da termodinâmica. Nenhuma das convulsões ocorrendo em
outras ciências não estão em posição de resolver a questão da correção de uma proposição.
posição econômica em relação à teoria do aluguel ou dos preços. Nenhum outro
a ciência não pode substituí-lo, pois é seu próprio mestre. Ela é uma
disciplina autônoma, uma vez que seus resultados afirmam ser economicamente corretos
e não psicológico, biológico ou físico. Por que então fazer o
validade de suas proposições daquelas de outras ciências?
65 Isso é o que ele fez em um longo estudo de 1908-1909 intitulado Zur Psychophysik der indus-
triellen Arbeit e publicado em Gesammelte Aufsätze zur Soziologie und Sozialpolitik, pp.
61-255.
Página 95
qualquer tentativa de decidir a priori quais são as teorias de outras ciências que
deve ser fundamental para que sua pesquisa seja tão ociosa quanto a hierarquia
das ciências segundo Auguste Comte ” 66 . Claro, a experiência atual da qual
a economia também é o ponto de partida para todas as outras ciências empíricas.
ques, e cada um deles tenta superá-lo e até mesmo deve, uma vez que é
fundamento do seu direito de existir como ciência. Porém cada um o supera
e o sublima à sua maneira, de acordo com sua própria perspectiva e direção. Neste ponto o
a psicologia nada tem a prescrever à economia, ou seja, esta não deve receber
veja as diretivas nem da lei de Fechner, nem da psicologia em geral.
ral. Como resultado, o marginalismo não tem base psicológica como
Brentano acredita; sua base é pragmática, uma vez que não pode prescindir
relacionamento de meio a fim.
*
**
Página 96
R= E 1 = E - (E + E
vs f r
)
E vs Evs
E vs
decisivo para o rendimento, varia com a idade, uma vez que E tem aumentado desde
1
E vs
Se alguém objetasse que toda esta construção não vale nada porque esta força
mula não leva suficientemente em conta a complexidade dos fenômenos, Solvay
pode responder com razão introduzindo novas variáveis, a serem determinadas
minar durante a pesquisa, poderíamos, em princípio, integrar as constelações
o mais complicado. Da mesma forma, o fato de que muitos desses coeficientes não são
não exata ou mesmo mensurável também não constitui uma objeção, uma vez que
a economia política também usa corretamente a ficção das necessidades medidas.
bles. Portanto, Weber não é hostil à quantificação em sociologia,
mas protesta contra procedimentos que, a pretexto de esclarecer os problemas,
introduzir novas confusões. Na verdade, a futilidade da construção do Sol-
muito vem do que envolve uma fórmula aparentemente rigorosa
e julgamentos de valor exatos absolutamente, subjetivos. A noção de "ponto de
Página 97
visão social ”ou“ socio-usabilidade ”só pode ser determinada com base em
ção de ideais puramente subjetivos, em nome dos quais cada indivíduo julga o que
empresa deve ser. Incontáveis nuances entre todos os padrões valiosos
possível e uma série ainda maior de compromissos entre esses garanhões opostos
portanto, entram em jogo, cada um dos quais também pode ser justificado
por boas razões, desde que uma das crenças teológicas
que ou a metafísica que o positivismo acreditava poder banir, não
visivelmente pela porta dos fundos. Na verdade, em nome de quais critérios é possível
para responder às seguintes perguntas: Por que os indivíduos com ex-energética
cessivo, como Ivan, o Terrível, Robespierre, Napoleão, Goethe ou Oscar Wilde,
foram "lucrativos" do ponto de vista socioenergético? Mais geralmente,
núcleo: em que medida podemos dizer que eles eram lucrativos ou não?
"É um jogo infantil incorporar esses julgamentos de valor em
símbolos matemáticos que, se alguma vez esses artifícios tiveram algum significado, deveriam
ser atribuído a cada sujeito com um julgamento de valor dos coeficientes totais
bem diferente, incluindo a própria Solvay e eu também. É simplesmente
tolice acreditar que, quando debulhamos uma palha tão vazia de todo grão, nós
realiza um trabalho científico ” 68 .
Página 98
1) para absoluto do ponto de vista lógico das formas de abstrações específicas para
método naturalista para torná-lo o critério do pensamento científico em geral
ral,
Página 99
Vamos nos contentar aqui em resumir de maneira muito aproximada a tese de Ostwald.
que Weber analisa em detalhes, pegando um a um os diferentes capítulos do
vrage. Tudo se resume a isso: tudo o que sabemos sobre o mundo pode ser expresso
em termos de energia, até mudanças na civilização e fenômenos
cultura que só seriam consequências da descoberta de novos
relatórios de energia ou a nova exploração de relatórios conhecidos. Resumidamente,
o desenvolvimento do mundo e da vida humana também estaria sujeito aproximadamente
ao segundo princípio da energética. Um após o outro, os vários capítulos de
a obra de Ostwald expõe a ação da energia nos diversos campos,
da zoologia à política, incluindo economia, direito, peda-
gogia e arte. Weber segue passo a passo todos esses desenvolvimentos, seja para negá-los
qualquer valor para a sociologia, por exemplo, aquilo que Ostwald dedica aos diferentes
presença entre o instrumento e a máquina, seja para sublinhar exageros ou para
contrário às simplificações, seja para descobrir a falta de informação e a in-
competência do autor que casualmente resolve questões relativas a
disciplinas que lhe são estranhas. Basta aqui identificarmos as linhas principais
das críticas feitas por Weber, quando nos dá algumas indicações sobre a sua
própria doutrina metodológica.
Página 100
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 100
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 101
*
**
Esta introdução não tem outro objetivo senão ser útil, ou seja, fazer melhor
conhecer os textos não traduzidos de Weber para que o leitor possa obter uma
a ideia mais completa possível de sua metodologia, abstivemo-nos de
reconhecer a força e a fraqueza desses vários estudos. Uma obra de
este tipo exigiria de antemão que estabeleçamos as correspondências entre as principais
Temas cipal weberianos: o tipo ideal, causalidade adequada, a relação com
deles, possibilidade objetiva, compreensão, neutralidade axiológica, etc. PARA
por sua vez, os comentaristas consideram um desses pré-
referência aos outros, porque ele controlaria todo o sistema. Talvez
nenhum deles realmente exerce uma primazia, porque enquanto colocarmos o
A metodologia de Weber em correspondência com sua filosofia de antagonismo
valores e possíveis pontos de vista, veríamos que metodologicamente nós
não pode favorecer nenhuma direção. Em segundo lugar, seria necessário enfrentar o
teoria e prática com vista a testar a eficácia desta concepção de
método à luz dos resultados obtidos por Weber e possivelmente descobrir
as infidelidades do estudioso ao filósofo e vice-versa. Por fim, seria necessário
situar esta metodologia no contexto intelectual da época, trazer à luz
Página 102
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 102
É claro que, desse ponto de vista, Weber também ocupa um lugar especial
no desenvolvimento da sociologia do que na teoria da ciência
em geral. Em sociologia, ele era o oponente da concepção sistemática de
Contagem cuja influência foi decisiva em sociólogos de todos os países,
mesmo sobre aqueles que não o reivindicaram expressamente, na medida em que
todos tentam ou tentam desenvolver um sistema, coordenar e subordinar
ner conceitos sociais e fenômenos dentro de dualidades, como a de
comunidade e sociedade ou uma visão solidária do mundo, ou
uma explicação dos fenômenos a partir de um princípio religioso; econômico,
Página 103
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 103
“Isso quer dizer que sua epistemologia é inseparável de sua teoria da ação. De um
por outro lado, a dualidade de vontade e conhecimento é intransponível; estes são dois
esferas da vida humana, nenhuma das quais é superior à outra; da mesma forma que não
poderia fixar a regra de conduta para o outro. Por outro lado, eles oferecem apesar de
sua distinção radical é a mesma representação do mundo caracterizado pela di-
infinita versidade. Nenhum foi concluído e provavelmente nunca o será.
milho. Cada um também contribui para o nosso destino. Então nada seria mais
falso acreditar que o progresso da ciência poderia transformar a natureza
de ação. Certamente, a técnica científica é o fermento da racionalização
crescendo que estamos testemunhando, desencantou nosso mundo, mas
de forma alguma em detrimento do irracional. Não é verdade que a multiplicação de
as leis científicas, jurídicas, políticas e outras diminuíram de alguma forma
a irracionalidade das posições e decisões avaliativas, previamente anexadas ao
à tradição. Ele retém seu império em um sistema jurídico. Os problemas têm
apenas foi movido, não resolvido. Ciência e ação podem colaborar em
muitos pontos, mas a qualquer momento podem surgir conflitos. Tudo que nós
pode perguntar ao homem, é poder dar lucidez e coragem,
e mesmo este acordo permanece puramente individual e pessoal, apesar do
percussões mais formidáveis da política e da ciência, por exemplo, sob
a forma da aliança do progresso e das massas, na coletividade.
Página 104
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 104
72 Este aspecto de seu pensamento foi trazido à luz de uma forma muito sugestiva por C. Schmitt, Die
Tyrannei der Werte, May hors commerce, 1960. Deve-se notar que Weber teve sua vida
ter muito mais amigos do que alunos. Na verdade, embora muitos acadêmicos alemães sejam
é uma honra ter assistido às aulas de Weber, não havia escola propriamente dita
Weberiana porque existe uma escola positivista, marxista, fenomenológica, etc. Igual a
hoje em dia, diga-se o que quer que seja, não existem weberianos "reais". Isso certamente vale
a natureza assistemática de seu pensamento que é muito mais um pretexto para questionar
e na reflexão que uma doutrina pode dar origem a uma luta entre ortodoxos e heterodoxos.
A influência que ele continua a exercer mais do que nunca não é a de um mestre, mas a de um herói.
da lenda do pensamento.
Página 105
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 105
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 106
Primeira tentativa 73
A objetividade do conhecimento
em ciência
e política social
Voltar ao índice
73 As notas com letras minúsculas (a, b, c ...) são de Max Weber, o
outros, em algarismos arábicos, entre parênteses, com hiperlinks (1, 2, 3), são os da tradução.
tor. Agrupamos as notas do tradutor no final de cada um dos ensaios do JMT.
Página 107
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 107
Página 108
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 108
como pode este objetivo ser conciliado em princípio com esta limitação de
meios puramente científicos? Quando o arquivo permite que seus colaboradores
julgar em suas colunas medidas ou propostas legislativas e administrativas
posições práticas a favor de tais medidas, o que isso significa? O que são as
normas desses julgamentos? Qual é a validade dos julgamentos de valor que
formula aquele que assim se apresenta como um juiz ou que o escritor alega quem o torna o
demência das propostas práticas que recomenda? Em que sentido é mantido
ainda estão no campo da discussão científica, uma vez que é necessário buscar
a característica do conhecimento científico na validade "objetiva" de
seus resultados são considerados verdades? Na primeira parte, explicamos-
vamos dar nosso ponto de vista sobre esta questão, a fim de podermos responder no segundo
para outro, mais amplo - em que sentido existem "verdades objetivamente válidas"
no campo da vida cultural em geral - uma questão que não pode ser
der, tendo em vista a mudança constante e a luta ardente [148] pelos problemas
aparentemente o mais elementar de nossa disciplina, seu método de trabalho, seu
forma de formar seus conceitos e a validade destes (4 ). Nós não oferecemos
não está aqui para fornecer soluções, mas para apresentar os problemas - notavelmente
aqueles aos quais nossa revista deve prestar atenção a fim de atender aos
demandas de seu trabalho passado e futuro.
eu
Voltar ao índice
Página 109
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 109
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 110
na grande maioria dos casos qualquer objetivo que se persiga "custos" ou pelo menos
pode custar algo neste sentido, ninguém pode evitar colocar em bas-
lança a meta e as consequências de sua atividade, desde que atue com o
consciência de suas responsabilidades. Uma das funções essenciais da crítica
técnica que consideramos até agora, portanto, consiste em fazer pos-
sível esse confronto. Porém, incline esse confronto até a decisão
Sião, esta não é mais uma tarefa possível da ciência, mas do homem dotado de
vontade: é ele só quem. delibera e quem escolhe entre os valores em questão, em
consciência e de acordo com sua própria concepção de mundo. A ciência pode ajudá-lo a
perceber que qualquer atividade e, claro, também, dependendo das circunstâncias,
inação, significam por suas conseqüências uma posição a favor de
certos valores e, portanto, como regra geral - embora seja prontamente esquecido
hoje em dia - contra outros valores. Fazer a escolha é, portanto, seu negócio ( 6)
Página 111
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 111
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, este não é o fato que pode ser observado por
experiência de variabilidade histórica e contencioso de fins últimos que
é decisivo para a separação entre ciência e fé. Na verdade, o conhecimento de
a maioria das proposições certas de nosso conhecimento teórico - por exemplo, aquelas de
ciências exatas, matemática ou física - bem como acuidade e sutileza
de nossa consciência são, antes de mais nada, produtos da cultura. E, se pensarmos
especialmente para os problemas práticos de política econômica e social (no
Página 112
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 112
Por mais necessárias que sejam as discussões de princípio nas ciências sociais
em problemas práticos, isto é, se é necessário trazer de volta ao seu
conteúdo ideal os julgamentos de valor que nos são impostos sem reflexão, e bem
que nossa revisão [1541 se propõe a se dedicar especialmente a este tipo de
questões, continua a ser verdade que a descoberta de um denominador comum
mun [ Generalnenner ] prática para nossos problemas como um conjunto
ideais supremos universalmente válidos não podem ser uma tarefa ou uma
para esta revisão, nem para a ciência empírica em geral: tal tarefa seria
Página 113
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 113
Sempre houve e sempre haverá - isso é o que importa para nós - uma diferença importante.
superável entre a argumentação que dirige nosso sentimento e nossa capacidade
cidade de entusiasmo por objetivos práticos e concretos ou por formas e
conteúdo cultural e aquele que se dirige à nossa consciência, quando a validade de
Página 114
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 114
padrões éticos estão em questão e, finalmente, aquele que atrai nosso corpo docente e nosso
necessidade de ordenar racionalmente a realidade empírica, com a pretensão de estabelecer
a validade de uma verdade da experiência. E esta afirmação permanece verdadeira mesmo se,
como veremos novamente, os valores supremos do interesse prático são e
será sempre de importância decisiva para a orientação que a atividade
três vezes de pensamento adotado cada vez no campo das ciências culturais.
Porque é e continua sendo verdade que, na esfera das ciências sociais, um demônio
tratamento científico, metodicamente correto, que afirma ter alcançado seu objetivo,
deve ser capaz de ser reconhecido como correto também por um chinês ou mais preciso
camente deve ter isso, embora talvez não seja possível realidades
ser totalmente, devido a uma insuficiência material. Da mesma forma, permanece verdadeiro
que a análise lógica de um ideal pretendia revelar seu conteúdo e axiomas
final, bem como a explicação das consequências que logicamente e
praticamente no caso de a acusação ser considerada coroada com
sucesso, também deve ser válido para um chinês - embora possa não haver nada
entender nossos imperativos éticos e até mesmo rejeitar (o que, com certeza, ele vai
vento) o próprio ideal e as avaliações concretas que dele decorrem, sem contestar
de qualquer forma o valor científico da análise teórica [156]. Certamente não-
ser revisado nunca irá ignorar as tentativas inevitáveis e constantemente renovadas
a fim de determinar claramente o significado da vida cultural. Pelo contrário,
estão entre os produtos mais importantes da vida cultural e, possivelmente,
uma das forças motrizes mais poderosas. É por isso que nós
acompanhará sempre de perto o desenvolvimento das discussões sobre o
“Filosofia social” entendida neste sentido. Muito mais estamos muito longe
o preconceito segundo o qual as reflexões sobre a vida cultural são inadequadas para
servir ao conhecimento, sob o pretexto de que iriam além da ordem razoável
soou por dados empíricos e tentaria interpretar o mundo do ponto de vista
metafísico. É, no entanto, à teoria do conhecimento que pertence
determinar a esfera desses temas; também, em vista do nosso objetivo, podemos e
mesmo nós devemos abster-nos de dar uma solução para essas questões. Não há
que um ponto que defendemos firmemente é que um jornal de ciências sociais
como entendemos, deve ser, no que se refere à ciência, um
lugar onde buscamos a verdade que - para permanecer no exemplo que temos
escolhido - reivindica a validade de um ordenamento racional da realidade empírica
mesmo aos olhos de um chinês.
Certamente, os editores desta revisão não poderiam proibir de uma vez por todas
todos nem para si próprios nem para seus colaboradores para expressar na forma de um juiz-
valoriza os ideais que os impulsionam. Apenas duas obrigações
questões importantes. A primeira: usar escrupulosamente, a cada momento, em seu
consciência e dos leitores quais são os padrões de valor que servem
vento para medir a realidade e aqueles dos quais eles derivam o julgamento de valor, em vez disso
cultivar, como acontece com muita frequência, ilusões em torno
conflitos de ideais por meio de uma combinação imprecisa de valores de natureza muito diversa
e querer "agradar a todos". Se respeitarmos escrupulosamente isso
Página 115
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 115
Página 116
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 116
Página 117
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 117
ligar. Geralmente eram homens que, por um lado, apesar de suas diferenças
sob outros pontos de vista, tinha o mesmo objetivo, a saber: proteger a saúde de
massas de trabalhadores e dar-lhes a possibilidade de uma maior participação na
bens materiais e espirituais de nossa civilização, - que por outro lado considerou
que os meios para atingir este objetivo consistiam em uma combinação de intervenção
estado na esfera dos interesses materiais e uma evolução liberal da ordem
sistema político e jurídico existente, - e quem, finalmente, qualquer que seja a sua opinião sobre o
estrutura da futura ordem social, aceita por enquanto a forma capitalista,
não que parecesse a eles o melhor em comparação com as formas antigas, mas
porque parecia-lhes praticamente inevitável e que as tentativas de lutar
sistematicamente contra ele não parecia para eles como um progresso
mas como um obstáculo ao acesso da classe trabalhadora à luz da cultura.
Na situação da Alemanha moderna - não precisa ser especificado aqui
mais - essa atitude era [160] inevitável e ainda poderia ser de nossa
dias. O sucesso indiscutível que coroou esta participação geral na discussão
missão científica foi de real benefício para a revista e, ao contrário, constituiu um dos
elementos de sua influência, talvez até, nas condições dadas, um
títulos que justificam sua existência.
Página 118
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 118
II
Voltar ao índice
Desde o seu início, este jornal tratou os objetos com os quais lida como
fenômenos de natureza econômica e social. Embora a determinação de
conceitos e a delimitação das ciências fazem pouco sentido aqui, mas é importante
menos para elucidar sumariamente o que isso significa.
vista de sua importância para a cultura, por exemplo, eventos específicos para o
vida do mercado de ações ou bancos, que nos interessa principalmente em
este aspecto. Isso geralmente (talvez não exclusivamente) com as instituições.
ções que foram criadas conscientemente ou que são usadas para fins puramente
econômico. Diremos que esses objetos de nosso conhecimento são eventos.
mentos ou mesmo instituições "econômicas" no sentido estrito [ im engeren Sinn
wirtschaftliche ] . Existe uma segunda categoria de fenômenos - por exemplo
as de vida religiosa - que não nos interessam do ponto de vista da sua importância
econômico ou por causa dele, ou que certamente não nos interessa no
chefe neste aspecto, mas que, sob certas condições, adquirem sob
este ângulo tem significado econômico, pois produzem efeitos que
interessante do ponto de vista econômico. Vamos chamá-los de fenômenos
“Economicamente importante” [ ökonomisch relevante E rscheinungen]. Existem
finalmente uma terceira categoria de fenômenos cujos efeitos econômicos não
não têm interesse ou pelo menos nenhum interesse considerável e que, portanto, não são
econômico no sentido que queremos dizer aqui - por exemplo, orientação para o sabor
período - mas dos quais alguns aspectos importantes de seu
particularidades são, neste caso, mais ou menos fortemente influenciadas por
tifs econômicos: em nosso exemplo por natureza, do ambiente social do público
quem se interessa por arte. Vamos chamá-los de fenômenos condicionados por
a economia [ ökonomisch bedingte Erscheinungen ] . O complexo das relações humanas
normas, normas e proporções determinadas normativamente que designamos
pelo termo "Estado" constitui, por exemplo, um fenômeno "econômico" em
no que diz respeito à gestão das finanças públicas; uma vez que intervém no
vida econômica por medidas legislativas ou de qualquer outra forma (mesmo lá
onde pontos de vista absolutamente diferentes daqueles da economia determinam
explicitamente: seu comportamento), é “economicamente importante”; finalmente,
como, no contexto de outras relações além das relações "econômicas",
seu comportamento e status particular são em parte determinados por
fatores econômicos, é "condicionado pelo econômico". " Tudo que nós
acabamos de dizer que nos permite entender facilmente, por um lado, que a esfera de
eventos econômicos são flutuantes e difíceis de delinear com precisão,
por outro lado, os aspectos "econômicos" [163] de um fenômeno não são uniformes.
não condicionado por fatores econômicos nem uma fonte de eficiência
puramente econômico, finalmente que um fenômeno geralmente não mantém um caráter
econômica, desde que nosso interesse seja exclusivamente
sobre a importância que pode ter na luta material pela existência.
Página 120
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 120
que, por suas peculiaridades importantes para nós, estão ligadas ao estado de
damental
ção de uma que acabamos de
necessidade, especificar
embora - exercer
intangível, sua ação
depende onde
do uso dequer que aexternos
recursos satisfação
limites. Como resultado, eles têm um poder que contribui para determinar e transformar
mar em todos os lugares, não apenas a forma de satisfação, mas também o conteúdo de
necessidades culturais, mesmo das espécies mais íntimas. A influência indireta da relação
relações sociais, instituições e grupos humanos, sujeitos à pressão de interesses
"Material", se estende (muitas vezes inconscientemente) a todas as áreas da civilização.
sação, sem exceção, até as mais finas nuances de sentimento estético e
religioso. Eles afetam as circunstâncias da vida diária tanto quanto eles
eventos "históricos" da alta política, fenômenos coletivos ou
massa tanto quanto as ações "singulares" de estadistas ou
obras literárias e artísticas individuais: estas são, portanto, "condicionadas por
a economia ". Por outro lado, a totalidade dos fenômenos e condições de um
uma dada civilização histórica exerce uma ação na configuração de necessidades
materiais, sobre como satisfazê-los, sobre a formação de grupos de interesse
materiais e a natureza de seus meios de poder e, portanto, sobre a natureza do curso
de "desenvolvimento econômico": torna-se assim "economicamente importante
tia ". Na medida em que, graças à regressão causal, nossa ciência imputa [zu-
rechnet] certos fenômenos econômicos da civilização com causas singulares
liers - econômicos ou não - se esforça para ser conhecimento
"Histórico". Contanto que siga a trilha de um elemento específico do [164]
fenômenos culturais - neste caso, o elemento econômico - no contexto do
mais diversificada nas relações culturais, a fim de compreender sua importância cultural, concentra-se em
força a ser uma interpretação histórica de um ponto de vista específico e
apresenta uma imagem parcial, trabalho preliminar, do conhecimento histórico
de toda a civilização.
Embora não estejamos lidando com um problema econômico e social em todos os lugares
onde vemos a intervenção de elementos econômicos na forma de causas
ou consequências - isso não aparece, de fato, exceto onde o significado de
esses fatores são problemáticos e só podem ser estabelecidos com assistência de emergência
dos métodos das ciências econômicas e sociais - resta, no entanto, que o círculo
problemas de natureza econômica e social é quase ilimitada.
Página 121
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 121
Página 122
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 122
Página 123
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 123
Página 124
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 124
Página 125
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 125
Página 126
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 126
note que ele se manifesta "em" nós e "fora" de nós por uma diversidade
absolutamente infinito de coexistências e sucessões de eventos que aparecem
cheirar e desaparecer. Mesmo quando consideramos isoladamente um pecado
gular - por exemplo, um ato de troca concreta - a infinidade absoluta desta diversidade
não diminua de intensidade, assim que tentarmos seriamente
descrever de forma exaustiva sua singularidade em todos os seus elementos individuais
e ainda mais assim que queremos apreender sua condicionalidade causal.
sujo. Todo o conhecimento reflexivo [ denkende Erkenntnis ] da realidade infinita por
uma mente humana finita é, portanto, baseada na pressuposição implícita de que
orgulha-se: apenas um fragmento limitado da realidade pode cada vez constituir o objeto de
apreensão [Erfassung] científica e por si só é "essencial", no sentido de que
merece ser conhecido. De acordo com quais princípios a seleção deste fragmento é operada.
Continuamos continuamente a acreditar que, na análise final, poderíamos encontrar o
critério decisivo, mesmo nas ciências culturais, na repetição legal [ ge-
setzgemässige ] de certas conexões causais. De acordo com esta concepção, o conto
nu das "leis" que podemos discernir no curso da diversidade infinita
fenômenos devem ser considerados apenas como "essenciais" do ponto de vista
cientista. Além disso, assim que tivermos comprovado por meio de indução amplificada
crença histórica de que a "legalidade" de uma conexão causal é válida sem exceção
ou novamente, logo que se tenha estabelecido por experiência íntima sua evidência imediata-
intuitivamente, admitimos que todos os casos semelhantes, seja qual for o seu número,
estão subordinados à fórmula assim encontrada. A porção da realidade individual
que cada vez resiste à seleção do legal torna-se então um resíduo que
ainda não foi desenvolvido cientificamente, mas precisará ser integrado ao sistema
leis à medida que é aperfeiçoado, ou então o "acidental"
que, por este motivo, é desprezível, pois não tem importância do ponto
do ponto de vista científico, precisamente porque permanece "legalmente ininteligível" e
não entra, portanto, no "tipo" do processo, de modo que não pode ser
que objeto de uma "curiosidade ociosa".
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 127
são essas constelações singulares que são importantes para nós? Cada
dessas constelações singulares que ela nos "explica" ou que prevê não
obviamente permite uma explicação causal que, como consequência de um adicional
também uma constelação antecedente singular. E, na medida em que estamos
possível voltar para a névoa cinzenta do passado mais distante, a realidade em
que essas leis se aplicam permanece também singular e tão refratário a
uma dedução das leis. Um "estado original" cósmico [Urzustand] que não
não de caráter singular ou que o seria em menor grau do que a realidade
forma cósmica do mundo presente seria obviamente um pensamento sem sentido
[ sinnloser Gedanke ] . No entanto, em nossa disciplina, um resto de representações análogas
Ele não assombra as suposições relativas aos "estados originais" da ordem?
econômico e social, despojado de qualquer "acidente" histórico, que se infere
às vezes lei natural, às vezes observações verificadas sobre "povos primitivos
tiva '- por exemplo, as suposições sobre' comunismo agrário primitivo
tif ”,“ promiscuidade sexual ”, etc., a partir da qual o desenvolvimento
história singular por uma espécie de queda no concreto [ Sündenfall ins Kon-
Krete ]?
regras de ação racional. Mas acima de tudo nós. conhecer uma opinião ainda não
desapareceu completamente hoje em dia, o que dá à psicologia a tarefa de jogar
na esfera das várias "ciências da mente" um papel comparável ao de
matemática nas ciências naturais ( 15) Ela teria que quebrar o
fenômenos complexos da vida social em suas condições e efeitos psíquicos
questões, para então reduzi-los tanto quanto possível a fatores psíquicos
simples, finalmente classificá-los por sua vez por gênero e examinar suas relações
funcional. Assim poderíamos elaborar, senão uma "mecânica", do
menos uma "química" dos fundamentos psíquicos da vida social. Ele não nos chama
a questão do possível valor deste tipo de
pesquisa e - o que é diferente - a da utilidade de seus resultados parciais para
ciências culturais. Tudo isso não importa para a questão
da possibilidade de atingir o objetivo das ciências socioeconômicas, como nós
quero dizer aqui, a saber: conhecimento do significado cultural e das relações
portos causais da realidade concreta, por meio de pesquisas sobre o que
é repetido de acordo com as leis.
Suponha que pelo canal da psicologia ou por qualquer outro meio alguém possa
tenha um dia para analisar todos os fatores simples e finais sempre
são as conexões causais da coexistência humana, bem como aquelas que temos
já observados do que aqueles que será possível estabelecer novamente no futuro.
nir, e que conseguimos apreendê-los de forma abrangente de uma forma formidável
casuística de conceitos e regras tendo a validade rigorosa das leis, - que se-
geraria tal resultado para o conhecimento do mundo da cultura dado histórico
ricamente ou mesmo para aquele de qualquer fenômeno particular, para
exemplo do desenvolvimento e da importância cultural do capitalismo?
Como meio de conhecimento, significa nem mais nem menos do que o que
enciclopédia de combinações de química orgânica significa conhecê-la
sessão biogenética do mundo da flora e da fauna. Em um caso como em
o outro terá realizado um trabalho preparatório certamente importante e útil.
Mas não mais em um caso do que no outro, ninguém jamais poderia deduzir a partir desses
"Leis" e "fatores" a realidade da vida. Não porque iria subsistir no
fenômenos vitais de possíveis "forças" superiores e misteriosas (como
"Dominante", a "enteléquia" e outras forças desse tipo) - além disso, ele
é uma questão por si só - mas simplesmente porque, no
conhecimento da realidade, tudo o que importa para nós é a constelação em que estes
"Fatores" (hipotéticos) são encontrados agrupados em um fenômeno cultural histórico.
materialmente significativo para nós; então porque, se quisermos "explicar
causalmente ”este agrupamento singular, seríamos obrigados a voltar sem
cessa a outros agrupamentos igualmente singulares dos quais nós
rir para "explicá-los", obviamente usando esses conceitos (hipotéticos)
chamadas de "leis".
Página 129
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 129
conhecimento que estamos nos esforçando para alcançar. A análise metódica e apresentação
o do agrupamento singular desses "fatores" dado cada vez historicamente -
, bem como sua combinação concreta, significativa a seu modo, que
[175] e, acima de tudo, o esforço para tornar a Verständlichmachung inteligível ]
a base e a natureza deste significado constituiriam a segunda operação
ção, que, no entanto, não pode ser alcançada sem a ajuda do
trabalho preparatório anterior, embora em relação a ele constitua uma tarefa
completamente novo e independente. A terceira operação consistiria em re-
vá o mais longe possível no passado para ver como
as várias características singulares dos grupos que são significativas
tifs para o mundo presente e para dar uma explicação histórica de
essas constelações anteriores também são singulares. Finalmente é possível
projetar uma quarta operação que se concentraria na avaliação das constelações
possível no futuro.
Página 130
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 130
Página 131
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 131
Página 132
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 132
Página 133
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 133
Página 134
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 134
Página 135
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 135
uma série de falácias engenhosas. É explicado que, desde que a vida ecológica
nomic deve ocorrer em formas legalmente regulamentadas e acordadas .
cionalmente, qualquer "desenvolvimento" econômico deve assumir a forma de
aspirações tendentes a criar novas formas jurídicas, que como consequência
só pode ser entendido com base em máximas morais e, portanto, seria
uma razão diferente em essência de qualquer 'desenvolvimento natural' (19 ). Conheça ela-
o desenvolvimento econômico teria, portanto, um caráter "teleológico".
Sem querer discutir aqui o significado do conceito equívoco de
pement ”nas ciências sociais, nem o igualmente equívoco
ponto de vista lógico de "teleológico", pode-se, no entanto, mostrar aqui [183] que
a economia não é necessariamente "teleológica" no sentido pressuposto por este
maneira de ver. Mesmo no caso de identidade formal total das normas legais
questões em uso, o significado cultural das relações jurídicas normativizadas
assim como os próprios padrões podem mudar fundamentalmente.
Digamos que queremos mergulhar utópicamente nos sonhos do futuro; nós para-
poderia conceber, por exemplo, como teoricamente concluída a "socialização de
meios de produção ”sem nenhuma das“ aspirações ”dirigidas conscientemente a
este resultado nunca se manifestou e sem remover qualquer parágrafo do
nossa legislação ou adicionar uma nova. Por outro lado, a frequência estatística de
várias relações legalmente normativizadas iriam, sem dúvida, sofrer
radicalidades e em muitos casos seria até reduzido a zero a
grande parte das normas jurídicas perdendo praticamente todo o sentido e
seu significado para que a mudança de cultura se torne irreconhecível. O
a concepção "materialista" da história poderia, portanto, corretamente eliminar o dis-
cussions de lege ferenda, já que seu ponto de vista central afirmava acertadamente o
transformação inevitável do significado das instituições jurídicas. Aquele para quem
o modesto trabalho de compreensão causal da realidade histórica aparece
como subordinado, só tem que prescindir dele, mas é impossível substituí-lo
nenhum tipo de "teleologia". Quanto a nós, chamamos o representante
tação de um resultado que se torna a causa de uma ação [ Handlung ] . E nós pegamos
considerada como qualquer causa que contribua ou possa
contribuir para um resultado significativo. Seu significado específico é baseado em
mentiras sobre o fato de que podemos e não apenas queremos ver a atividade
[ Handeln ] humano, mas também entendê-lo.
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 136
interesse que têm por um e não pelo outro. Em outras palavras: o que se torna
objeto de pesquisa, bem como os limites desta pesquisa dentro da infinidade de
conexões causais, essas são as ideias de valor que dominam o cientista e uma época
que os determinam. Quanto ao como [im Wie], ou seja, quanto ao método
de pesquisa, é o "ponto de vista" dominante que - como veremos
novamente - constitui o elemento determinante para a construção de conceitos auxiliares.
mentirosos que usamos; sobre como usar os conceitos que o estudioso
está obviamente aqui, como em qualquer outro lugar, ligada às normas do nosso pensamento. Em
efeito, é verdade científica apenas o que afirma ser válido para todos aqueles que
quer a verdade.
Página 138
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 138
É impossível para nós acompanhar aqui as consideráveis repercussões que este estado
de espírito, cheio de confiança, o monismo naturalista teve nas disciplinas ecológicas
nomic. Quando a crítica socialista e o trabalho dos historiadores começaram
transformando os pontos de vista axiológicos originais em problemas [187], o
prodigioso desenvolvimento da pesquisa biológica, por um lado, a influência de
O panlogismo de Hegel, por outro lado, impediu a economia política de reconhecer
com precisão em toda a sua extensão a relação entre conceito e realidade. Para
por mais que nos interesse aqui, o resultado é que, apesar da poderosa barragem
aquela filosofia idealista alemã desde Fichte, o trabalho da escola histórica
Direito Alemão e Trabalho da Escola Alemã Histórica de Economia Política
carrapatos se opuseram à intrusão de dogmas naturalistas, o fato permanece
em parte por causa desses esforços, que as visões do naturalismo não são
ainda superado em uma série de pontos decisivos. Entre eles é necessário
citar em particular a da relação entre o trabalho "teórico" e o trabalho "histórico".
torique ”que ainda é problemático em nossa especialidade.
Página 139
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 139
não menos para as proposições da teoria abstrata [188] uma validade empírica
que no sentido de uma possibilidade de deduzir a realidade dessas "leis" ( 22) Cer-
tes, ele não o entendeu no sentido da validade empírica das únicas proposições
resumos da economia para si, mas para aquele onde, uma vez que tenhamos
constrói as teorias "exatas" correspondentes a cada um dos outros elementos que
entrar em jogo, a soma de todas essas teorias deve conter o
a verdadeira realidade das coisas - o que significa tudo o que vale a pena saber
na realidade. A teoria exata da economia estabeleceria a influência de um padrão
psicológico, enquanto outras teorias teriam a tarefa de desenvolver
de forma semelhante, todos os outros padrões em um conjunto de
posições de validade hipotéticas. Quanto ao resultado do trabalho teórico, é
isto é, sobre as teorias abstratas de preços, juros, rendas, etc. ,
concepção fingida aqui e ali de uma forma fantasiosa que seria possível,
seguindo uma suposta analogia com as proposições da física, para usá-las
dobrar para deduzir a partir de premissas reais dadas o quanti-
contagem - portanto, leis no sentido mais estrito do termo - que teria uma validade
pela realidade concreta da vida, dado que, se os fins são dados, o eco
o nome humano seria determinado inequivocamente em relação aos meios.
Nenhuma atenção foi dada ao fato de que, para alcançar este resultado, mesmo no caso de
o mais simples, primeiro seria necessário postular como "dado" e pressupor
como conhecida a totalidade da realidade histórica, incluindo todas as conexões
causal, e que, se alguma vez a mente humana finita foi capaz de acessar este tipo
do conhecimento, não veríamos mais qual seria o valor epistemológico
de uma teoria abstrata.
Página 140
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 140
É por isso que a polêmica que tem agitado muitos círculos sobre o
questão da legitimidade psicológica das construções teóricas e abstratas,
bem como o alcance do "instinto de aquisição" e do "princípio econômico",
etc., dificilmente foi frutífero.
Página 141
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 141
determinado a partir da realidade ( 23) Sua relação com fatos dados empiricamente
consiste simplesmente nisto: onde se observa ou se suspeita que as relações,
do tipo que são apresentados abstratamente na construção mencionada,
neste caso, aqueles eventos que dependem do "mercado", tiveram até certo ponto
qualquer ação na realidade, podemos representar para nós mesmos pragmáticos
de forma intuitiva e compreensível, a natureza particular destes
ções de acordo com um tipo ideal [ Idealtypus ] . Essa possibilidade pode ser inestimável, mesmo
indispensável, tanto para a pesquisa quanto para a apresentação dos fatos. Em quê
diz respeito à pesquisa, o conceito idealtípico se propõe a formar o julgamento
imputação: não é em si uma "hipótese", mas visa orientar
desenvolvimento de hipóteses. Por outro lado, não é uma exposição da realidade, mas
se propõe a fornecer à apresentação meios de expressão inequívocos. Então é a "ideia"
da organização moderna [191], historicamente dada, da sociedade em uma eco-
nome da bolsa, podendo essa ideia desenvolver-se para nós exatamente de acordo com
os mesmos princípios lógicos que foram usados, por exemplo, para construir
a da “economia urbana” na Idade Média sob a forma de um conceito genético.
que [ genetischen Begriff ] . Neste último caso, o conceito de "economia
urbano ”, não pela média dos princípios econômicos que têm
realmente existia em todas as cidades examinadas, mas precisamente de acordo com
destruindo um tipo ideal. Obtemos um tipo ideal enfatizando unilateralmente um
ou vários pontos de vista e ligando uma infinidade de fenômenos dados
isoladas, difusas e discretas, que encontramos ora em grande número, ora em pequena
número tit e em lugares nem um pouco, ordenados de acordo com os pontos anteriores
pontos deEm
heitlich]. vistanenhum
escolhidos
lugarunilateralmente, para formar umatalimagem
encontraremos empiricamente homogênea
mesa em sua formado pensamento
mais pura. [ein-
T conceitual: é uma utopia. A tarefa do trabalho histórico será determinar
minar em cada caso particular o quanto a realidade se aproxima ou se desvia deste
mesa ideal, em que medida é necessário atribuir, por exemplo, no sentido conceitual,
a qualidade de uma “economia urbana” nas condições econômicas de uma determinada cidade
minado. Aplicado com cautela, este conceito torna o serviço específico que nós
espera a favor da pesquisa e da clareza.
Página 142
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 142
Página 143
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 143
tipos abstratos não são levados em consideração como um objetivo, mas apenas
como meio de conhecimento. Qualquer exame cuidadoso dos elementos
conceitos de uma exposição histórica mostra que o historiador, assim que procura
elevar-se acima da mera observação de relações concretas para determinar
o significado cultural de um evento singular, por mais simples que seja, portanto, para o
“Caracterizar”, funciona e deve trabalhar com conceitos que, em geral, não são
que seja especificado de maneira rigorosa e inequívoca apenas na forma de idealipos.
Página 144
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 144
Nesta função, o tipo ideal é, em particular, uma tentativa de apreensão dos indicadores.
vidualidades históricas ou seus diferentes elementos nos conceitos genéticos.
Tomemos, por exemplo, as noções de "Igreja" e "seita". Eles se deixaram ser ana-
lisar por meio de classificação pura em um complexo de características, por
qual não é apenas a fronteira entre os dois conceitos, mas também seu conteúdo,
sempre permanecerá indistinto. Por outro lado, se eu proponho capturar geneticamente
o conceito de "seita". isto é, se eu concebo relativamente a um certo significado
ficções culturais importantes que o "espírito de culto" se manifestou em
civilização moderna, então certas características precisas de ambos
desses dois conceitos se tornarão essenciais porque eles têm uma relação
causal adequada em relação à sua ação significativa. Neste caso, o
conceitos, ao mesmo tempo, tomam a forma de idealipos, o que significa que eles não
não se manifestam [195] ou apenas esporadicamente em sua pureza conceitual .
tuelle. Aqui como em qualquer outro lugar, qualquer conceito que não seja puramente classificador, nós
se afasta da realidade. A natureza discursiva do nosso conhecimento, ou seja, a
fato de que apenas apreendemos a realidade por uma cadeia de transformações
na ordem de representação, postula este tipo de abreviatura de conceitos
[ Begriffsstenographie ] . Claro, nossa imaginação muitas vezes pode passar sem seus
formulação conceitual explícita em termos de meios de investigação, mas
no que diz respeito à exposição [ Darstellung ] , na medida em que pretende ser univo-
que seu uso é, em muitos casos, inevitável no campo de análise
cultural. Quem os rejeita por princípio é obrigado a se limitar ao aspecto
fenômenos culturais formais, por exemplo em seu aspecto histórico-jurídico.
Obviamente, o universo das freiras legais pode ser claramente especificado a partir do ponto
conceitualmente e é válido para a realidade histórica (em sentido estrito
jurídico). Por outro lado, é com seu significado prático que se preocupa com a pesquisa.
che nas ciências sociais, como as entendemos. No entanto, é muito frequente
No entanto, só podemos nos tornar claramente conscientes desse significado
relacionar os dados empíricos a um caso limite ideal. Se o historiador (na maioria
amplo do termo) rejeita a tentativa de formular tais tipos ideais sob o pretexto
que são "construções teóricas", isto é, inúteis ou supérfluas para
os fins concretos do conhecimento, segue-se como regra geral ou que
consciente ou inconscientemente aplica outras construções análogas sem
formulá-los explicitamente e sem elaboração lógica, ou então permanecerá pressionado
na esfera do que é "vagamente sentido".
Nada é, sem dúvida, mais perigoso do que a confusão entre teoria e história,
cuja fonte é encontrada em preconceitos naturalistas. Vem em vários
suas formas: às vezes pensamos que fixamos nessas tabelas teóricas e conceituais o
Conteúdo "verdadeiro" ou a "essência" da realidade histórica, às vezes são usados
como uma espécie de leito de Procusto em que forçaremos a introdução da história,
às vezes, até mesmo as "idéias" são hipostasiadas para torná-las a realidade "real".
Página 145
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 145
Página 147
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 147
imposto, desde o início, apenas de forma imperfeita ou nem um pouco sobre a clara consciência de
homens ou pelo menos não assumiu a forma de um conjunto claro e coerente de
pensamentos. Se agora nos envolvermos neste procedimento, assim
acontece infinitamente com frequência e deve acontecer, não é sobre a "ideia"
que nos formamos - por exemplo, o do "liberalismo" de um período de de-
terminado, o do "Metodismo" ou de qualquer variedade não elaborada.
intelectualmente de "socialismo" - nada além de um tipo ideal puro,
tendo exatamente o mesmo caráter que os resumos dos "princípios" de um
era econômica da qual falamos acima. Quanto mais relacionamentos é
para exibir são vastas e quanto mais variada sua importância cultural, mais
sua apresentação global e sistemática em um conjunto de pensamentos e
os conceitos ficarão mais próximos do tipo ideal e menos será possível sair da floresta
com apenas um desses conceitos. Do qual emerge com mais evidência e necessidade
sidade de fazer repetidas tentativas de construir novos conceitos idealtypi-
perguntas, a fim de se tornar ciente de sempre novos aspectos do significado
de relações, Todas as apresentações que têm por tema a "essência" do Cristianismo
são tipos ideais que necessariamente e constantemente têm apenas uma validade relativa.
e problemáticas, se reivindicam a qualidade de um relato histórico do,
nasce empírico; por outro lado, eles têm um grande valor heurístico [199] para o
pesquisa e valor sistemático muito alto para a apresentação, se usado
simplesmente, como meio conceitual de comparar e medir a realidade
vocês. Nessa função, eles são até essenciais. Mas ainda tem outro
elemento geralmente ligado a este tipo de apresentações típicas ideais, que
complica ainda mais seu significado. Eles geralmente são oferecidos
ser (eles também podem ser inconscientemente) não apenas tipos ideais
no sentido lógico, mas também no sentido prático, ou seja, tipos
cópias [vor bildliche Typen ] que - em nosso exemplo - contêm o que
do ponto de vista do estudioso, o cristianismo deve ser [ sein soll ] , isto é, aquilo que,
em sua opinião, é "essencial" nesta religião porque representa um valor
permanente . Se este for o caso, de forma consciente ou, mais frequentemente, inconscientemente,
essas descrições, então, contêm os ideais aos quais o cientista relaciona o cristão
tianismo, avaliando-o [ wertend ]; isto é, as tarefas e propósitos de acordo com o
em que o cientista orienta sua própria "ideia" do cristianismo. Claro que estes
ideais podem ser, e provavelmente sempre serão, totalmente diferentes de
valores aos quais os contemporâneos do período estudado, por exemplo o primeiro
primeiros cristãos, trouxeram de volta o cristianismo por sua parte. Neste caso, as "ideias"
obviamente não são mais auxiliares puramente lógicos, nem são
conceitos aos quais a realidade é medida por comparação, mas ideais baseados em
a partir do qual julgamos a realidade avaliando-a. Não é mais uma questão de processo puro.
aspecto teórico da relação do empírico com os valores [ Beziehung auf Werte ] ,
mas estritamente julgamentos de valor [Werturteile] que um está localizado no
conceito de cristianismo (27 ). Porque, neste caso, o tipo ideal reivindica um va-
empiricalidade, ele afunda na região da interpretação valorativa do
Cristianismo: deixamos o domínio da ciência empírica e nos encontramos em
presença de uma profissão pessoal de fé e não mais de uma construção
Página 148
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 148
Página 149
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 149
capta as sínteses dos contemporâneos de uma época não se deixa compreender com clareza.
somente se nos orientarmos de acordo com conceitos típicos ideais. Além disso, existe
sem a menor dúvida de que a maneira como os contemporâneos de uma época
destruir essas sínteses, de uma forma lógica sempre imperfeita, ou seja
sua ideia de estado - por exemplo, a ideia "orgânica" do estado de
A tafísica alemã oposta à concepção comercial dos americanos - é
de eminente significado prático. Em outras palavras, encontramos aqui também
se a ideia prática que deveria ser válida ou que se acredita ser válida e o ideal
tipo teórico construído para as necessidades de pesquisa andam lado a lado e
constantemente tendem a se fundir.
Página 150
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 150
Página 151
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 151
fazer em nosso exemplo - colocará a pesquisa na pista para pegar mais nítida-
ment a natureza especial e o significado histórico dos elementos da sociedade
medievais que não atendem a estrutura artesanal. Se levar a esse resultado,
ele terá cumprido seu papel lógico, precisamente por mostrar seu próprio ir-
real [ Un-Wirklichkeit ] . Terá sido - neste caso - apenas o teste de uma hipótese.
Este processo não levanta nenhuma objeção metodológica [204] por tanto tempo
que tenhamos sempre em mente que a construção idealtípica do empreendimento
desenvolvimento e história são duas coisas rigorosamente distintas e que a construção
ção era o meio de fazer metodicamente a atribuição válida de um desenvolvimento.
importância histórica para suas causas reais entre todos aqueles que são possíveis para nós
para estabelecer no estado de nosso conhecimento.
Página 152
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 152
comparar a realidade, mas também o seu perigo, logo que são apresentados como
construções com validade empírica ou como "forças motrizes"
real (o que significa na verdade: metafísica) ou mesmo como tendências
estes, etc.
Depois de todas essas discussões, o historiador, sem dúvida, persistirá na opinião pública.
que a preponderância da forma típica-ideal na construção e
ção de conceitos é apenas um sintoma específico da juventude de uma disciplina.
Em certo sentido, devemos provar que ele está certo, é verdade tirando outras conclusões disso.
quences do que ele. Vamos dar alguns exemplos de outras disciplinas. Com certeza,
o aluno constrangido de uma classe da Quarta , bem como o filólogo primitivo
representam uma linguagem sobretudo de forma "orgânica", ou seja, como
[206] um todo supra-empírico ordenado por normas, e atribuído ao
ciência o papel de determinar o que deve ser autorizado sob as regras de
juramento. A primeira tarefa que uma "filologia" se propõe consiste normalmente
na elaboração lógica da "linguagem escrita", como fez, por exemplo, a
Crusca (31 ), a fim de reduzir seu conteúdo a regras. Por outro lado, quando de nosso
dias um dos mestres da filologia ( 32) proclama, pelo contrário, que o "para falar de
cada indivíduo » singular constitui o objeto da filologia, não parece possível
para configurar tal programa apenas na condição de ter um tipo ideal
linguagem escrita relativamente forte, com a qual a exploração pode operar em
dentro da infinita diversidade do discurso (pelo menos tacitamente), caso contrário, não teria
não há mais direção ou fronteira. Este é o mesmo papel que as construções desempenham
teorias do Estado com base no direito natural ou na concepção organicista ou
novamente - para mencionar um tipo ideal que responde bem ao significado que lhe damos -
não - a teoria do antigo estado de Benjamin Constant: eles são, portanto,
diga paradas enquanto espera que encontremos nosso caminho ao redor do imenso mar de
fatos empíricos ( 33) Para a ciência, chegar à maturidade, portanto, sempre significa
Página 153
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 153
fato: ir além do tipo ideal na medida em que lhe seja atribuída validade empírica ou
o valor de um conceito genérico. No geral, não apenas o uso do
brilhante construção de Constant, por exemplo, ainda permanece bastante legítima para
hoje em dia para demonstrar certos aspectos históricos e particularidades da
antiga vida política, com a condição, é claro, de que se tome o cuidado de manter
ao seu caráter idealtípico, mas acima de tudo existem ciências para as quais tem sido
dado para permanecer eternamente jovem. Esse é o caso de todas as disciplinas históricas .
ques, de todos aqueles para quem o fluxo eternamente em movimento da civilização
cure incessantemente novos problemas. Em essência, sua tarefa esbarra na fra-
gilidade de todas as construções típicas ideais , mas são inevitavelmente
forçado a desenvolver continuamente novos.
Constantemente, novas tentativas estão sendo feitas para determinar o significado "autêntico".
assinale "e" verdadeiro "dos conceitos históricos, sem qualquer sucesso em
seu fim. Portanto, é bastante normal que as sínteses que a história usa
constantemente lê conceitos relativamente precisos, ou, de
que a pesquisa requer univocidade no conteúdo do conceito, de abs-
funcionalidades. Neste último caso, o conceito revela um ponto de vista teórico e, portanto,
"Unilateral" que ilumina [207] a realidade e com a qual pode estar relacionada, mas que
é obviamente inadequado para se tornar um esquema no qual poderíamos
deslize completamente. Na verdade, nenhum desses sistemas de pensamento que não fazemos
sabemos como fazer sem se quisermos capturar os elementos significativos a cada vez
da realidade não pode exaurir sua infinita riqueza. Eles não são nada além de
tenta trazer ordem ao caos dos fatos que introduzimos
dentro do círculo de nosso interesse, com base em cada vez do estado de nosso conhecimento
estrutura e estruturas conceituais que estão sempre disponíveis para nós.
O aparato intelectual que o passado desenvolveu por meio da elaboração reflexiva, este
o que significa, na verdade, por uma transformação reflexiva da realidade imediata -
dado, e por sua integração nos conceitos que correspondiam ao estado
do conhecimento e do direcionamento da curiosidade, está em perpétuo processo com este
que podemos e queremos adquirir novos conhecimentos da realidade. a
O progresso do trabalho nas ciências culturais é feito por meio desse debate. O resultado
é um processo contínuo de transformação de conceitos por meio dos quais
estamos tentando capturar a realidade. A história das ciências da vida social é e
permanece, portanto, uma alternância contínua entre a tentativa de ordenar a
apenas os fatos por uma construção dos conceitos - quebrando o ta-
de pensamento assim obtido graças a um alargamento e um deslocamento de
o horizonte da ciência - e a construção de novos conceitos a partir dele
modificado. O que é expresso não há, portanto, de forma alguma que seria errado
construir sistemas de conceitos em geral - para todas as ciências, mesmo as simples
a história descritiva, opera com o fornecimento de conceitos de sua época. No
pelo contrário, expressa o fato de que nas ciências da cultura humana o
construção de conceitos depende da forma de colocar os problemas, que varia
girar com o próprio conteúdo da civilização. A relação entre conceito e
concebida leva à fragilidade de todas essas sínteses nas ciências culturais.
Página 154
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 154
Página 155
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 155
Página 156
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 156
Vamos deixar de lado o fato de que esse tipo de interesse puramente "egoísta"
pode misturar e ligar valores puramente ideais, de natureza muito diversa, ou
se necessário, derrote-os e descarte-os. Vamos apenas lembrar
acima de tudo, quando falamos em "interesses do campesinato", estamos falando de
como regra, não apenas para esses valores materiais e ideais
que os próprios camponeses relatam seus "interesses", mas além de
ideias de valor, em parte totalmente diferentes, às quais nós, nós
pode trazer de volta o campesinato: por exemplo, os interesses da produção que
também derivam muito interesse em adquirir a população de produtos
mais barato que o que nem sempre se harmoniza com o anterior, para ele
fornecer produtos de boa qualidade; neste ponto os interesses da cidade e aqueles
campanha pode colidir em todos os tipos de conflitos e até mesmo os interesses de
a geração atual pode não ser igual às gerações prováveis.
Futuras ções. Ele então há interesses demográficos, principalmente interesse
de um país ter uma grande população rural, da qual se origina ou
bem do "interesse do Estado", motivado por razões de política externa e.
interior, ou outros interesses ideais muito diferentes, por exemplo
o que se espera da influência de uma grande população rural na forma
peculiar à civilização de um país; este interesse demográfico pode entrar em
conflito com os mais diversos interesses da economia privada de todas as partes
da população rural de um país e, não é impossível, com todas as
interesses atuais da massa da população rural. Ou mesmo o interesse que nós
encontrado em uma forma específica da estrutura social da população rural de
país devido à natureza das influências políticas e culturais resultantes.
Dependendo de sua orientação, este interesse pode conflitar com todos os interesses
Página 157
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 157
Chegamos ao fim de nossas discussões, que não tinham outro objetivo senão
para trazer à tona a linha quase imperceptível que separa ciência e crença e
facilitar a descoberta do significado do esforço de conhecimento na ordem ecológica
Página 158
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 158
Não devemos interpretar mal o que acabou de ser dito e acreditar que a tarefa
verdade das ciências sociais seria. perpetuamente à procura de novos
vistas e novas construções conceituais. Pelo contrário! Isto
deve ser enfatizado mais do que nunca na seguinte ideia: servir ao conhecimento do
significado cultural das relações concretas e históricas constitui a ul-
tempo, exclusivo e único como o trabalho de construção e crítica de
os conceitos ajudam a promover junto com outros meios. Para usar os termos
por F. Th. Vischer ( 35), Eu diria que também existem em nossa disciplina
cientistas que "cultivam a matéria" [ Stoffhube r] e outros que "cultivam
que significa ”[Sinnhuber]. A garganta ávida pelos fatos do primeiro só se deixa empanturrar
Página 159
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 159
Página 160
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 160
Voltar ao índice
( 1 ) Não é necessário citar aqui, como são conhecidos, os laços de amizade que
existia entre Weber, Windelband, Rickert e Simmel. Weber cita com muita frequência
esses vários autores e às vezes toma emprestado deles ambos os temas de seu design
epistemológico, para retrabalhá-los à sua maneira, como veremos no decorrer do
páginas que traduzimos. Por causa dessa amizade que queríamos ver em We-
ber, um dos representantes da escola neokantiana de Baden, liderada por Windel-
banda e Rickert (diferente da escola neokantiana de Marburg, liderada por H.
Cohen e Natorp). Rickert foi o primeiro a fazer justiça a tal assimilação,
sugerido por outro amigo de Weber, E. Troeltsch. Na verdade, ele também nota
bem no prefácio de suas 3ª e 4ª edições do Grenzen der naturwissenschaftli-
chen Begriffsbildung (1921) do que na 5ª edição (1929) que Weber foi
uma mente muito independente e universal para ser classificada em um
qualquer
nelle, escola.
cheia O mesmo
de finesse, comécertas
verdade para G. Simmel,
tendências estéticas,cujo pensamento muito pessoal
constitui
uma filosofia por si mesma, apesar de todas as correspondências que os críticos têm
poderia encontrar com outros escritores.
( 2 ) Este estudo foi publicado em 1904 na primeira edição do Archiv far So-
zialwissenschaft und Soszalpolitik. Sob este título, esta revisão era a nova
série de um órgão mais antigo, o Archiv für soziale Gesetzgebung und Statistik,
fundada em 1888 por Henrich Braun. Este último praticamente passou a vida (1854-
1927) para criar periódicos. Na verdade, ele estava em 1883 com Kautzky e outros co-
fundador do corpo socialista e marxista mais importante desta época, Die
Neue Zeit . Ao mesmo tempo que o Archiv für soziale Gesetzgebung und Statistik
citado acima, ele foi chefe do Sozialpolitisches Zentralblatt de 1892 a 1895. Em 1905 ele
criou Die neue Gesellschaft, que dirigiu até 1907 e de 1911 a 1913 o An-
nalen für Sozialpolitik und Gesetzgebung.
Página 161
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 161
( 3 ) Esta apresentação de 7 páginas que Marianne Weber parece atribuir ao seu ma-
ri, visto que o inclui na bibliografia cronológica deste último ( op.cit. p.
716), não parece ser obra apenas de Weber, pelo menos se considerarmos o
estilo, embora expresse uma série de idéias norteadoras de
o estudo sobre a objetividade do conhecimento em ciência e política social
o (em particular no que diz respeito ao lugar que deve ocupar a "questão ou-
vrière ”, como entender o conceito de“ social ”e a necessidade de
ciência crítica baseada em conceitos claros. e rigoroso).
Página 162
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 162
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 163
( 12 ) Weber provavelmente está pensando aqui no movimento de idéias despertado por H. St. Cham-
berlain e as obras de L. WOLTMANN, Politische Anthropologie (1903), de
P. BARTH, Philosophie der Geschichte als Soziologie , t. 1 (1897), e possivelmente
também no trabalho de GUMPLOWICZ, Der Rassenkampf (1883). Ele esclareceu o seu
própria posição sobre a questão da raça durante a discussão entre ele
no congresso de sociólogos alemães de 1910 para A. Ploetz. Podemos ler seu inter-
vention in the Gesammelte Aufsätze on Soziologie und sozialpolitik pp. 456-
462.
Página 164
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 164
( 19 ) Weber visa aqui a tese apresentada por STAMMLER em Wirtschaft und Recht
nach der materialistischen Geschichtsauffassung (1ª ed. 1896, 5ª 1924). Ver
As severas críticas de Weber a este trabalho no artigo R. Stammlers
Überwindung der materialistischen Geschichtsauffassung in Gesammelte Auf-
sätze zur Wissenschaftslehre , pp. 291-383.
( 22 ) Este é o jurista H. Gossen (1810-1858) que escreveu no final de sua vida um ou-
livro de economia política, Entwicklung der Gesetze des menschlichen Verkehrs
und der daraus fliessenden Regelm für menschliches Verhalten (1854) e novo
publicado em 1927. O trabalho passou despercebido por muito tempo até que ele encontrou
crédito, graças ao marginalismo, sob a liderança de K. Menger.
Página 165
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 165
para um tipo real ( Reallypus ) do que para um tipo ideal ( Idealtypus) . Parece mais provável
que Weber tirou este termo de um de seus colegas da Heidel Law School-
Berg,
327). NaGeorg Jellinek,
verdade, como dedica
o último sugerido
umpor Marianne
parágrafo Weber
inteiro ( op.conceito
a este cit. p. no capítulo
tre onde ele discute o método da ciência política. Embora suas explicações
são mais confusos do que os de Weber, ele o usa em um sentido análogo, ou seja,
dizem que ele o vê como um meio heurístico para o esclarecimento do Seiende e não do
Seinsollende . Ver G. JELLINEX, Allgemeine Staatswissewchaft, 3ª ed. 1914,
liv. 1, cap. 11, pp. 30-37.
a) que a reflexão sobre o conceito de tipo era naquela época comum a muitos
muitos filósofos, sociólogos e psicólogos alemães. Assim, W. DILTHEY,
Weltanschauungslehre (19II); G. SIMMEL, Hauptprobleme der Philosophie
(1911); W. SOMBART, Der Bourgeois (1913); O. SPENGLER, Der Untergang
des Abendlandes (1917); W. STERN, Die dfferentielle Psychologie (1920);
VIERKANDT, Die Gesellschaftslehre (1923), que tenta encontrar um meio-termo
colocado entre a fenomenologia e o tipo ideal; E. SPRANGER, Die Lebensformen
(1924) e, finalmente, os estudos do psicanalista C. Jung, em particular seu Psycholo-
Gischen Typen (1921). Não seria sem juros, mesmo por um melhor
conhecimento do tipo ideal de Weber, de saber em que medida esses vários
as concepções foram influenciadas por sua teoria ou dela se desviam ou discutem.
Página 166
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 166
Person (Tübingen 1954), pp. 596 e seguintes. Em outras línguas C. ANTONI, “La
logica del tipo ideal de Max Weber ”em Studi germanici (1930); H. BECKER,
“Estudo de caso de cultura e método idealtípico, com referência especial a Max We-
ber ”, em Social Forces (1934); R. ARON, A filosofia crítica da história
(2ª ed., Paris 1950), pp. 232-236 e Sociologia Alemã Contemporânea (Pa-
ris 1936); H. MARROU, Sobre o conhecimento histórico (Paris 1954), pp. 159-
168
Página 167
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 167
que. De acordo com o primeiro, o verdadeiro, o bom e o belo são um, enquanto para o
segundo, há um antagonismo irredutível entre os valores (cf. Max WEBER, Le
acadêmico e o político , p. 93).
( 36 ) Estas linhas são retiradas do Fausto de Goethe (ato 1, cena II). O editor do
segunda edição do Gesammelte Aufsätze zur Wissenschaftslehre forte observação
Deve-se notar que esta conclusão também é inspirada no Materialen zur
Geschichte der Farbenlehre (seita. III) de Goethe: “Não há mais dúvidas sobre o nosso
dias em que é necessário reescrever a história do mundo de tempos em tempos. este
a necessidade não é, entretanto, imposta porque novas visões foram descobertas.
vels no passado, mas porque novas visões são dadas, a partir do fato de que o
contemporâneo de uma era em progresso se encontra colocado diante de
a partir do qual é possível abraçar e julgar o passado de uma nova maneira.
velle. É o mesmo nas ciências. Não só a descoberta de rap-
abriga na natureza e objetos até então desconhecidos, mas também as convicções e
Página 168
Max Weber, Ensaios sobre a Teoria da Ciência. Primeira tentativa (1904) 168