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Uma palavra-
palavra-chave comum a essas
variações é “irresponsável”, pois elas são
todas extrema e persistentemente
irresponsáveis nas áreas do trabalho,
finanças, família, propriedade ou
comunidade ou quanto ao impacto de suas
ações sobre os outros.
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VISÃO DE SI
Veem--se como solitárias,
Veem VISÃO DOS OUTROS
autônomas e fortes. Algumas delas Veem os outros de duas maneiras
consideram-
consideram-se agredidas e distintas: como exploradores que,
maltratadas pela sociedade e, portanto, merecem ser explorados,
assim, justificam vitimar os outros ou como fracos e vulneráveis e,
por acreditar que tenham sido assim, merecem o papel de presas.
vitimadas. Outros pacientes podem Concentram-
Concentram-se especialmente em
simplesmente se entregar a um qualquer pessoa percebida como
papel predatório em um “mundo exploradora e fraca ao mesmo
cão”, no qual quebrar as regras da tempo.
sociedade é normal e até desejável.
Crenças
Visão de si mesmo Visão dos outros
condicionais/preditivas
(crenças centrais) (crenças centrais)
e imperativas
Forte, inteligente, Fracos, tolos, vulneráveis, “É tolice trabalhar se você
autônomo, invulnerável. regrados. pode usar o sistema”, “Se
“Faço minhas próprias “Só os tolos seguem as eu não (vender drogas),
regras”, “Sou esperto”, regras”, “A fraqueza de outra pessoa o fará”, “Se
“Tenho direito”, “Preciso de outra pessoa é minha acontecer de eu ferir
excitação”. oportunidade”. alguém, não há razão para
se preocupar com isso”,
“Aproveite a chance”,
“Consiga o que você quer”,
“Divirta-
“Divirta-se um pouco”.
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Estratégias superdesenvolvidas Estratégias subdesenvolvidas
(comportamentos) (comportamentos)
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Estratégia: Afeto:
As estratégias principais se dividem em duas Quando determinado afeto está presente,
classes: este é essencialmente a raiva – pela injustiça
- A personalidade antissocial explícita irá atacar, de que outras pessoas têm posses que as
roubar e enganar os outros. personalidades antissociais merecem ou por
- O tipo mais sutil – o “vigarista” – procura seduzir os terem sido pegas ou, de alguma outra
outros e, por meio de manipulações sutis e astutas, forma, frustradas em seus objetivos.
explorá-
explorá-los ou enganá-
enganá-los.
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
Veracidade ou confiabilidade do autorrelato.
autorrelato.
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CONCEITUALIZAÇÃO
Pacientes antissociais são um pouco desconcertantes.
Sua vida cognitiva poderia ser equiparada a uma imagem espelhada de
pessoas com problemas de depressão e ansiedade.
É improvável que indivíduos antissociais culpem-
culpem-se ou julguem-
julguem-se cruéis
diante de críticas, como é comum naquelas pessoas que estão deprimidas.
Na verdade, pacientes que são antissociais muitas vezes expressam pouco
interesse pelas opiniões dos outros ou por como suas ações afetam os outros.
Tampouco são propensos a superestimar e exagerar possíveis perigos, como
é comum em pessoas que sofrem de ansiedade. Pacientes antissociais têm a
tendência de subestimar o perigo, indo em busca de situações arriscadas
justamente por causa da excitação que elas proporcionam.
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SI MESMO E OS OUTROS:
Identificar--se e buscar aprovação de associados criminosos
Identificar criminosos::
“Não tenho nada em comum com pessoas que vivem uma vida certinha”
empatia,, ausência de remorso e insensibilidade
Desconsiderar os outros, falta de empatia insensibilidade::
“Não há motivo para se preocupar com as pessoas que você machuca”
vulnerabilidade::
Evitar intimidade e vulnerabilidade
“Se eu me abrir para alguém, vão se aproveitar de mim”
criminal::
Apresentar hostilidade e desconfiança em relação aos agentes de justiça criminal
“Os policiais são os verdadeiros criminosos”
Evidenciar grandiosidade e merecimento:
merecimento:
“Todas as mulheres me desejam”
outros::
Buscar dominância e controle sobre os outros
“Ninguém pode me dizer o que fazer”
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TRATAMENTOS
Para TPAS:
- TCC
- Um modelo de tratamento para TPAS e TP Borderline baseado no modelo
cognitivo original de Beck, desenvolvido por Davidson.
- A Terapia do Esquema tem se mostrado efetiva para o tratamento dos TP
em geral.
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MODELO COGNITIVO
TRADICIONAL DO
TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE
ANTISSOCIAL
TRATAMENTO
Percepção da necessidade de mudança e das consequências de não mudar.
percebem--se
As pessoas com sintomas depressivos e ansiosos muitas vezes percebem
como em sofrimento e buscam alívio dos sintomas.
pacientes que são antissociais podem achar que seus padrões criminosos e
perniciosos são compensadores e egossintônicos. Seu interesse em alterar
tais padrões pode ser mínimo, ou mesmo algo a se evitar.
Da perspectiva deles, o problema e a necessidade de mudança residem em
outras pessoas e instituições, e não no próprio comportamento.
Desmotivação do terapeuta.
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AVALIAÇÃO
INTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
DO PENSAMENTO CRIMINOSO
Psychological Inventory of Criminal Thinking Styles (PICTS; Walters,
1995), a Escala de Sentimentos Criminais - Modificada (CSS-
(CSS-M; Simourd,
Simourd,
1997), a Measure of Criminal Attitudes and Associates (MCAA; Mills,
Kroner, Forth, 2002), as Texas Christian University Criminal Thinking
Kroner, & Forth,
Scales (TCU CTS; Knight, Garner, Simpson, Morey,
Morey, & Flynn, 2006), a
Measure of Offender Thinking Styles (MOTS; Mandracchia,
Mandracchia, Morgan,
Garos, & Garland, 2007), o Criminogenic Thinking Profile (CTP; Mitchell
Garos,
Tafrate, 2012) e a Criminal Cognitions Scale (Tangney et al., 2012).
& Tafrate,
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ESTRATÉGIA COLABORATIVA
A confrontação leva à desvinculação e perda do impulso para seguir em
frente.
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REVISÃO DE SINAIS E SINTOMAS
Outra estratégia de engajamento é revisar as listas de sintomas com os pacientes,
pedindo aos clientes que revisem os sinais e observem aqueles que se encaixam e
não se encaixam na própria história e em seus padrões.
- “Quais desses padrões você observou em sua vida?”
- “Quando o padrão apareceu?”
- “Como esse padrão afetou negativamente sua vida?”
- “O que está em jogo se você não o modificar?”
- “Que passos você pode dar para mudar esse padrão?”
FOCO EM QUALIDADES
E VALORES
Reconhecer as qualidades do paciente.
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TCC
APLICAÇÃO CLÍNICA DA INTERVENÇÃO:
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AUTOMONITORAMENTO E
REESTRUTURAÇÃO DE
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
Outra estratégia é identificar um padrão de pensamento criminoso que
influencia a tomada de decisões do paciente e tornar tal padrão o foco
de constante automonitoramento e reestruturação cognitiva.
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PROGRESSO E TÉRMINO
Tanto os ganhos comportamentais como os cognitivos têm maior
probabilidade de serem mantidos se o paciente antissocial for capaz
de identificar razões emocionalmente convincentes para implementar
as estratégias aprendidas no tratamento.
Revisar regularmente os pequenos sucessos.
Relacionamentos e redes pró-
pró-sociais devem ser introduzidas e
encorajadas sempre que possível.
Pacientes sob supervisão judicial ou correcional: potencial falta de
informação e planejamento em relação ao término do tratamento.
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TERAPIA DO ESQUEMA
(TE) PARA O
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ANTISSOCIAL
O estudo indicou:
- Quantidade limitada de estudos sobre a eficácia da TE versus
tamanhos de efeito relativamente grandes.
- TE parecia exibir efeitos maiores do que os geralmente
encontrados em psicoterapias para transtornos de personalidade.
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Também sugeriu melhorar as seguintes áreas-
áreas-chave nos estudos de eficácia da TE:
Indivíduos com
comportamento
antissocial
Geralmente costumam ter
Programas de
incluem o histórias de vida
TCC ENTRETANTO....
trabalho com
demonstraram caracterizadas
distorções por falta de a maioria das
redução de 10 a
cognitivas, mas vítimas não se
53% nas taxas proteção e
não com experiências de torna agressiva.
de reincidência
crenças e
criminal maus-
maus-tratos,
esquemas exclusão,
negligência e
abuso.
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- Associações positivas entre o
comportamento antissocial e os esquemas:
Abandono;
Privação emocional;
Desconfiança/abuso;
Isolamento/Alienação Social;
Arrogo/Grandiosidade;
Autocontrole/Autodisciplina
Insuficientes.
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O PROCESSO TERAPÊUTICO
Resistência elevada.
Psicoterapia “forçada”.
Aliança terapêutica mais difícil, embora necessária (ataques ao
terapeuta, empatia).
Proximidade relacional e contato com as lembranças de experiências
traumáticas são muito ameaçadoras para o indivíduo.
Atitude franca e direta do terapeuta.
Abertura e disponibilidade do terapeuta para ouvir e compreender os
pontos de vista do indivíduo sobre seus problemas, seu
comportamento e as consequências deles.
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HIPERCOMPENSAÇÃO E
EVITAÇÃO
HIPERCOMPENSAÇÃO EVITAÇÃO
HIPERCOMPENSAÇÃO Compatível
com história
Decorrente de de vida
Crenças de
estratégias de
Esquema de defeito/vergonha,
coping
Arrogo/Grandiosidade fracasso e
disfuncionais -
indesejabilidade
Hipercompensação
Sentem-
Sentem-se
superiores e
evitam
autodepreciação
Resistência à mudança
Coagindo os
de um estilo de
outros sentem-
sentem-
comportamento
se respeitados
agressivo e dominante
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“É o comportamento agressivo que assegura uma
posição de dominância sobre os demais. Desistir de
estratégias agressivas equivale a correr o risco de
depreciação, de ser dominado por outros mais fortes
ou mais capazes e a resignar-
resignar-se a uma posição
inferior no ranking da comparação social”.
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VISÃO DO COMPORTAMENTO
AGRESSIVO
Da sociedade: É condenado social, moral e legalmente;
Do terapeuta: Forma do indivíduo se proteger de sentimentos de
humilhação, rebaixamento e inferioridade; estratégia de sobrevivência.
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EVITAÇÃO
Evitação cognitiva, comportamental e emocional (especialmente tristeza
e raiva autodirigida).
Esta etapa pode consumir mais tempo do que com outros pacientes.
Cautela quanto ao uso de técnicas de imagem para se conectar com
experiências precoces e traumáticas:
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Diminuição das
Focar a terapia no
estratégias de Só depois combate direto aos
hipercompensação
EMPs
e evitação
RELAÇÃO TERAPÊUTICA
Histórias de vida: modelação
- Necessidades não atendidas de calor, afeto, vínculo e aceitação;
famílias pouco saudáveis; cuidadores frios, ausentes ou inconstantes;
bairros problemáticos e inseguros.
Visão dos outros: distantes, desligados, indisponíveis, desinteressados
em fornecer suporte e afeto.
Crenças condicionais:
- É melhor não se aproximar emocionalmente de ninguém, pois sofrerei
ainda mais quando essa pessoa me abandonar.
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Posição de participante-
participante-observador.
Utilizar reparentalização.
reparentalização.
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ERROS COMUNS
Insistir para que o paciente reconheça rapidamente as consequências
negativas de seu comportamento agressivo para os outros: aumenta a
resistência, pois precisaria fazer uma autocrítica; prejudica a relação
terapêutica e aumenta a “atribuição da responsabilidade pelos atos
agressivos a fatores externos”.
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CASO CLÍNICO:
DIAGNÓSTICO DE TPAS
Irresponsabilidade
Ausência de medo,
despreocupação
com o perigo
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Culpa os
outros Justificar,
minimizar e
dar desculpas
para
Intimidação, comportamen-
comportamen-
subestima tos perniciosos
conseq.
negat.
negat.
Desistir
Mundo diante
injusto adversidades
grandiosidade Grandiosidade
arrogância
Desconsidera-
Desconsidera-
ção pelos
outros, Dominância
racionaliza-
racionaliza-
ção
Insight
Falsidade,
trapaça,
manipulação
Falsidade,
trapaça,
manipula-
manipula-
ção
Agressão
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Sr. Crocker preenche os seguintes critérios do modelo categórico (em destaque):
1. Fracasso em ajustar-
ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais,
legais, conforme
indicado pela repetição de atos que constituem motivos de detenção. – pensão dos
filhos.
filhos.
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos
ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal.
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais ou
agressões físicas.
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma
conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação
a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.
Manipulação;
Insensibilidade;
Desonestidade;
Hostilidade;
Exposição a risco;
Irresponsabilidade.
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- Em relação às crenças:
Visão de si:
- Considera-
Considera-se agredido pelos outros, uma vítima.
- “Sou esperto”, “Tenho direito”.
Visão dos outros:
- Exploradores, inferiores, fracos, mentirosos.
Crenças:
- Esposas foram exploradoras, portanto, merecem ser exploradas.
- “É tolice trabalhar se você pode usar o sistema”, “Aproveite a
chance”.
CATEGORIAS DE
PENSAMENTOS CRIMINOSOS
Desconsiderar os outros, falta de empatia, ausência de remorso e insensibilidade: não há
motivo para se preocupar com os filhos sem pensão.
Evidenciar grandiosidade e merecimento: “Todas as mulheres me desejam”, “Dou de
dez em todos os marceneiros”.
Buscar dominância e controle sobre os outros: exige atestado, vai processor a empresa.
Explorar e manipular situações/relacionamentos para ganho pessoal: mentir sobre
diagnósticos, falsificar documentos para emprego.
Apresentar hostilidade a regras: não paga pensão para se vingar.
Justificar, minimizar e das desculpas para comportamentos perniciosos: roubou coisas
sem importância, não vê os filhos porque são mentirosos.
Desistir diante de adversidades: “Quando não compreendo as coisas, desisto”.
Subestimar consequências negativas.
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- Esquemas:
- Precisamos de mais dados do Sr. Crocker:
Crocker:
Abandono;
Privação emocional;
Desconfiança/Abuso;
Isolamento/Alienação Social;
Arrogo/Grandiosidade;
Autocontrole/Autodisciplina Insuficientes.
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