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CAICÓ/RN
2017
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CAICÓ-RN
2017
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BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________
Prof ª. Esp. Patrícia Luciana Pereira da Silva
Faculdade Católica Santa Teresinha
Orientadora de Monografia
___________________________________________________________________
Prof. Esp. Clara Monise da Silva
Faculdade Católica Santa Teresinha
Examinador(a)
___________________________________________________________________
Prof. Esp. Suzana Lago Nobre
Faculdade Católica Santa Teresinha
Presidente da Banca
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida, tornando-me forte para superar as batalhas que
travei até chegar aqui.
Ao meu avô, Raimundo Celestino Filho (in memoriam), que até o fim de sua
vida me incentivou e deu forças para seguir em frente, além de acreditar que seria
capaz de realizar a conquista do primeiro neto formado. Obrigado por toda ajuda e
conselhos dados para tornar-me homem do bem.
Aos meus pais, Joanete Dacia Medeiros Celestino e Manoel do Nascimento
Celestino, por abdicarem de coisas na vida para proporcionar uma melhoria para a
família. Sou imensamente grato por acreditar em meu potencial e tudo que são e
fazem para tornar-me uma pessoa melhor. Meus pais, sei que essa conquista é tão
minha quanto de vocês, pois quando criança sempre estiveram ao meu lado
orientando sobre o melhor caminho a ser seguido.
Ao meu irmão Vinícius Jonathan Medeiros Celestino, mesmo sem ele
entender o quão difícil é deixar de ajudar ao meu pai na agricultura para estudar e
ser alguém na vida.
A minha noiva Fabyeli da Silva Macedo que, com sua paciência e sabedoria,
ajudou-me quando já estava para desistir e, sem desanimar, mostrava o caminho.
Sem sua ajuda não teria conseguido, obrigada pela companhia e por lutar comigo
rumo a mais uma vitória.
Aos meus colegas de trabalho: Assis, Carlos, Daniel, Maria Dalva e Manoel,
pois quando estava repleto de afazeres eles vinham e faziam graça, conseguindo
tirar um sorriso de meus lábios, sumindo assim os problemas, além de incentivar a
chegar ao fim da graduação.
À presidente do Instituto, Maria Isabel, e a diretora Fernanda, por todo o apoio
e companheirismo durante o desenvolvimento da pesquisa, pois foi de suma
importância para realizar este trabalho, visto que nunca se negaram a fornecer
quaisquer informações ou até mesmo extinguir dúvidas para a obtenção dos
resultados.
Por fim, ao corpo docente de todas as escolas por onde passei até chegar à
Faculdade Católica Santa Teresinha. Obrigado, professores, por sempre
compartilharem conhecimentos. Saibam que levarei todos em meu coração. Para
finalizar, agradeço a Patrícia Luana Pereira da Silva, que tão bem me orientou,
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RESUMO
ABSTRACT
This study will address the issue of the importance of financial compensation for the
economic balance of the Special Social Welfare Policy in the municipality of São
José do Seridó / RN. This theme was chosen because it is being discussed,
however, it is still little known in its effectiveness. It is known that such compensation
is usually made after the homologation of the process by the TCE, but usually takes
a certain time for the process to be approved. For this reason, the importance of
financial compensation for the institute's economic balance must be analyzed until
compensation is passed on. This research has as general objective to analyze the
importance of financial compensation for the economic balance of the Special Social
Welfare Policy (SSWP) in the municipality of São José do Seridó / RN, and its
specific objectives are: to explain the origin of the GSWP; demonstrate some points
about GSWP, SSWP and Complementary Regime; to consider Decree 3,112 of July
6, 1999 for the purpose of compensating the NISW for the SSWP and to analyze the
budgets, and peculiarities of the accounting and actuarial science of the SSWP. Such
a study is justified by the relevance of the subject addressed here, including for
society in general, since considering that a Special Social Welfare Policy refers to a
value is significant for its taxpayers who wish to enjoy their retirement. The research
has its scientific relevance, since it will contribute to the academic environment and
to the Institute itself, since it will be able to be used as a source for future studies. As
for the methodology, a qualitative interview was carried out at the company of the
Special Social Welfare Policy of São José do Seridó, aiming to study the importance
of financial compensation for the economic balance of SSWP.
It can be concluded that the IPRESJS can, yes, remain economically balanced taking
into account that there is not only compensation as a source of appeal. For that,
research was carried out based on renowned authors, such as Lima and Guimarães
(2009), Godoy (2011), Kertezman (2015), among others, having as main study the
financial compensation and its contribution to SSWP.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO 14
2.1 REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: SEU PROCESSO HISTÓRICO 14
2.2 PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL 17
2.2.1 RGPS x RPPS x Regime Complementar 17
2.3 COMPENSAÇÃO FINANCEIRA – REPASSE DO RGPS (INSS) PARA O
RPPS 21
2.3.1 Sistema de Compensação Financeira – COMPREV 24
2.4 FONTE DE RECURSOS DOS RPPS 25
2.4.1 Contabilidade e equilíbrio atuarial para RPPS 28
3 METODOLOGIA 32
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS 35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 38
REFERÊNCIAS 39
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO 43
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1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: SEU PROCESSO HISTÓRICO
greves gerais no país: uma em 1917 e a outra em 1919 que resultou na conquista de
alguns direitos sociais. A criação dessas CAPs foi uma resposta do empresariado e
do Estado que viram a importância das questões sociais. (EDUARDO e ARAGÃO
2013).
Em relação aos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) foi uma
espécie de melhoramento do CAPs, já que beneficiavam poucos profissionais. Após
a Revolução de 1930, foi instaurado um novo Ministério do Trabalho que passou a
tomar providências sobre as garantias trabalhistas, para que fossem estendidas a
várias outras classes trabalhadoras, como por exemplo, o Instituto de Aposentados e
Pensões Marítimos (IAPM), criado em 1933, além de vários outros criados nos anos
seguintes.
Em fevereiro de 1938 foi criado o Instituto de Previdência e Assistência aos
Servidores do Estado (IPASE), sendo a sua presidência exercida por pessoas
nomeadas pelo presidente em exercício. Após 1945, os IAPs expandiram suas áreas
de atuação e passaram a incluir serviços como o de alimentação, habitação e saúde.
Como eles abriram para esses outros serviços e não ocorreu a reformulação de sua
gestão financeira, não foram registrados elogios por parte de seus clientes, da
mesma forma que a falta de planejamento central também ocasionou diferenças na
qualidade do atendimento oferecido.
No ano de 1966 todos os IAPs direcionados aos trabalhadores do setor
privado foram unificados em um só: o Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS), conforme citado no Decreto Lei nº 72, de 21 de novembro de 1966.
regime geral deve ser público e não deve ser de nenhum interesse privado, ou seja,
devem ser administrados pelo poder publico; deve ser Nacional, servirá apenas para
trabalhadores brasileiros ou que trabalham no Brasil, exceto em casos específicos; e
Solidário, a sua contribuição poderá ser usada para pagar os proventos de outra
pessoa. Segundo Portaria MF N° 8, de 13 de janeiro de 2017 o valor concedido não
deverá ser inferior a R$ 937,00, Como também não deverá ultrapassar o teto de R$
5.531,31.
Já os beneficiados do RPPS, de acordo com o Art. 40 da Constituição Federal
de 1988, são servidores efetivos dos Municípios da União e dos Estados, do Distrito
Federal, incluídas suas autarquias e fundações; conforme o Art. 42 são membros
das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares e Art. 142 são membros das
Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
possuem regras semelhantes ao RGPS. Assim como o RGPS, o RPPS também é
obrigatório, porém dessa vez, para Servidores Públicos Estatutários e Militares
Federais e Estaduais; também será contributivo; deverá ser de poder público e de
interesse Federal/Estadual/Municipal e deverá também ser Solidário.
Segundo o Art. 29 da Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991, o valor mínimo a
ser concedido não poderá ser inferior ao salário mínimo nacional definido por lei e o
seu teto não deverá ser superior ao do salário de contribuição na data de início do
benefício. Por fim, os beneficiados do Regime Complementar pode ser qualquer
cidadão. Conforme o Art. 202 da Constituição Federal de 1988 tem-se que:
Cada tipo de regime tem seu órgão custeador. O RGPS é custeado pelo
Ministério da Fazenda, através da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) e
os seus benefícios são pagos pelo Ministério da Previdência Social, através do
INSS. Já o RPPS é mantido pelos respectivos governos nas esferas Federal,
Estadual e Municipal. E o regime complementar é mantido pelas entidades fechadas
de previdência complementar (Fundos de Pensão) ou pelas instituições financeiras
no caso da previdência aberta.
Com relação ao acompanhamento desses regimes previdenciário, eles são
fiscalizados, monitorados e supervisionados por determinadas entidades. No RGPS
se dá principalmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria
Geral da União (CGU). No RPPS, é dever do Ministério da Previdência Social, com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no regime complementar, sendo
ele de Fundos Abertos é da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e no
caso de Fundos Fechados é da Superintendência de Previdência Complementar
(PREVIC).
É preciso salientar que há situações onde os servidores da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, mesmo que o órgão em que o
mesmo exerça sua função tenha um regime próprio, estes podem contribuir para o
regime geral.
O Art. 12, da Lei N° 8.213 de 24 de julho de 1991, diz que apenas o servidor
civil que ocupa um cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, como também os de autarquias ou fundações são
dispensados do regime geral.
Dessa forma, nota-se que os servidores chamados “cargos de confiança” que
não são efetivos da União, Estados ou Municípios, como por exemplo,
comissionados, não estão dispensados do regime geral, e, portanto não podem
contribuir para os RPPSs.
Na grande maioria das vezes os funcionários do município estão filiados ao
RPPS, um regime específico que, como dito antes, foi elaborado para suprir as
demandas desse tipo de trabalho.
Por outro lado, alguns municípios contratam pessoas para cargos específicos.
Alguns desses trabalhadores recebem comissão ou então trabalham no regime
transitório. Nesses casos especiais, a sugestão é que o trabalhador contribua ao
INSS, que rege o RGPS.
21
o
Art. 1 A compensação financeira entre o Regime Geral de Previdência
Social e os regimes próprios de previdência social dos servidores da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na hipótese de contagem
recíproca de tempos de contribuição, obedecerá às disposições desta Lei.
o
Art. 2 Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - regime de origem: o regime previdenciário ao qual o segurado ou servidor
público esteve vinculado sem que dele receba aposentadoria ou tenha
gerado pensão para seus dependentes;
II - regime instituidor: o regime previdenciário responsável pela concessão e
pagamento de benefício de aposentadoria ou pensão dela decorrente a
segurado ou servidor público ou a seus dependentes com cômputo de
tempo de contribuição no âmbito do regime de origem. (BRASIL, 1999)
1
O Benefício de Prestação Continuada- BPC da Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS (BPC) é a garantia de
um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade com
impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (aquele que produza efeitos
pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos), que o impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em
igualdade de condições com as demais pessoas.
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Lembrando que esta não pode exceder, a qualquer título, ao dobro da sua
contribuição.
De acordo com a Lei Complementar n° 38 de 30 de abril de 2014 do
Município de São José do Seridó, a alíquota patronal é de 19,89%, porém essa
alíquota é formada por alíquota de custo normal que no caso é de 15,90% e a
complementar que no caso é de 3,99%, responsável pela possível cobertura de um
eventual déficit previdenciário, ficando esta definida em lei específica. As referidas
alíquotas devem ser avaliadas anualmente, para assim ocorrer uma análise se os
recolhimentos são suficientes ou não, trazendo riscos para os RPPS´s.
Outro tipo de fonte são os retornos dos recursos aplicados provenientes de
aplicações nos fundos previdenciários, onde se deve levar em consideração que há
legislações específicas para normatizar esses tipos de aplicações financeiras.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN) em Resolução Nº 3.922, de 25 de
novembro de 2010:
Desse modo, vê-se que tais recursos seguem normas para serem aplicados. Por
exemplo, para uma melhor alocação dos recursos precisam estar alocados em três
segmentos, segundo o CMN em Resolução Nº 3.922, de 25 de novembro de 2010: I
- renda fixa; II - renda variável; e III - imóveis.
Também se deve considerar que, para melhor alocar os recursos se torna
necessário saber o que realmente pode ser considerado como recursos para um
RPPS, baseando-se na Resolução Nº 3.922 do Conselho Monetário Nacional, 2010:
Enfim, o referido artigo vem demostrar regras de como deverão ser seguidos
os cálculos atuariais e a contabilidade nos RPPSs. Essas são algumas normas
definidas para, assim como as de contabilidade, auxiliar ao máximo o gestor na
tomada de decisão, visto que tais cálculos definem informações que auxiliarão o
gestor do RPPS na sua tomada de decisão.
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3 METODOLOGIA
objeto estudado o seu caráter unitário. Considera a unidade como um todo, incluindo
o seu desenvolvimento (pessoa, família, conjunto de relações ou processos etc.)
Neste sentido, foi realizada uma entrevista com a presidente do IPREVSJS na
busca de resultados sobre a questão problema do estudo em questão. Silva e
Menezes (2005, p. 20) explicam que:
advém do RGPS (INSS) para o RPPS. Ainda em relação a isso é preciso também
considerar a crise financeira que se perpetua no Brasil, dificultando ainda mais a
compensação.
A sétima questão indagou sobre a existência de alguma previsão para o
recebimento da compensação, e a resposta foi:
E1 “Não existe, tendo em vista que não há previsão exata de quando a
homologação dos processos será realizada pelo TCE/RN”.
Com isso, é possível perceber que não há nenhum tipo de previsão para que
a compensação seja repassada, e isso causa certo desconforto para a presidente do
RPPS, já que a mesma não tem segurança de quando essa compensação será
repassada.
Na ultima questão procurou-se examinar com quais recursos é realizado o
pagamento dos aposentados, beneficiários e pensionistas, bem como das despesas
correntes referentes à própria manutenção das atividades do Instituto, e a resposta
foi a seguinte:
E1 “O pagamento dos aposentados, beneficiários e pensionistas são
realizados através do Fundo Previdenciário, já que as despesas correntes são
pagas pela Prefeitura Municipal que foram instituídas por dois anos e
prorrogada por mais dois, segundo a Lei nº 062/2016 de 24 de maio de 2016”.
As despesas com os aposentados e pensionistas são pagas através do
Fundo Previdenciário, já as despesas administrativas não podem ser pagas por esse
mesmo recurso, com isso é necessário o repasse pela Prefeitura Municipal,
instituída pela Lei 038/2014 e prorrogada pela Lei 062/2016, de 24 de maio de 2016.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
LIMA, Diana Vaz de; GUIMARÃES, Otoni Gonçalves. Contabilidade Aplicada aos
Regimes Próprios de Previdência Social. 1 ed. Brasília–DF: Ministério da
Previdência Social, 2009.
41
SERIDÓ, São José Do. Lei Complementar n. 38, de 30 de abr. de 2014. Disponível
em: http://saojosedoserido.rn.gov.br/lei-complementar-no-38-de-30-de-abril-de-
2014/. Acesso em: 25 ago. 2017.
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FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA
Autorizada pela Portaria nº 3.892 - MEC – DOU 26.11
Rua Visitador Fernandes, 78 – Centro – Caicó/RN – CEP. 59.300-000
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6 Quais as dificuldades encontradas para que a compensação financeira realmente
seja repassada?
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