Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Biologia
Guarantã do Norte/MT
07/2021
Aparecida Frazão Silva
Romário Filho dos Santos
Sananda Fernandes Tessmann
Wanderson Sousa Silva
Trabalho apresentado na
disciplina de Metodologia
Científica, para obtenção de
nota parcial, no curso de
Licenciatura em Ciências da
Natureza com Habilitação em
Biologia do IFMT – Campus
Avançado de Guarantã do
Norte.
Guarantã do Norte/MT
07/2021
2
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO........................................................................................................4
2- PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................6
3- JUSTIFICATIVA......................................................................................................6
4- OBJETIVOS............................................................................................................7
4.1 GERAL...............................................................................................................7
4.2 ESPECÍFICO.....................................................................................................7
5- REVISÃO TEÓRICA...............................................................................................8
6- METODOLOGIA....................................................................................................13
7- CRONOGRAMA....................................................................................................14
8- REFERÊNCIAS.....................................................................................................15
9- ANEXOS................................................................................................................18
3
1- INTRODUÇÃO
O fogo foi umas das primeiras fontes de saber de vivência do ser humano, sendo
utilizado para fogueira, iluminação e, é um fenômeno natural que foi descoberto por
alguns curiosos dos nossos antepassados. O fogo é também um dos responsáveis pela
predominância de vários ecossistemas terrestres (SOARES,1995). Embora possamos
caracterizar a evolução da civilização humana. Sendo comum seu uso em muitas
regiões tropicais e subtropicais, seu uso indevido também pode ser extremamente
danoso a determinados ecossistemas (CARDOSO et al,2003). O Fogo é utilizado para
limpeza/eliminar, o material de vegetais morto (capim, resto de arvores mortas, etc.). a
utilização da queimada é utilizado para aumentar disponibilidades de nutrientes no solo
e a necessidade de eliminar o pasto seco com o fogo, quando é exercido determinado
controle da vegetação existente, pois esse material seco funciona como proteção da
gamas responsável pela brotação e da superfície do solo, e proporciona maior retenção
de água Heringer & Jacques (2002b) postulam que, comparada a outras práticas de
manejo, a queimada da pastagem não melhora a qualidade de forragem e em geral, o
mantilho e o material senescente apresentam menores teores de nutrientes do que na
pastagem não queimada. Consequentemente, a queimada reduz a quantidade de
nutrientes que retornam ao solo via material morto. São observados imediatamente
após a queimada, em consequência do acúmulo de cinzas na superfície do solo.
Entretanto, esse efeito tende a desparecer, em médio prazo, na lixiviação dos
nutrientes pela ação de chuvas, o que resulta em concentrações que podem ser até
inferiores as observadas em solos que não sofreram ação do fogo (Kincker, 2007). O
impacto do fogo na quantidade e qualidade da matéria orgânica do solo (MOS)
depende, principalmente da intensidade do fogo, tipo de vegetação e textura do solo
(KNICKER, 2007). No brasil, especialmente em solos subtropicais, resultados sobre o
impacto da queima da vegetação, na qualidade e quantidade da MOS, são ainda
incipientes.
A importância dos estudos não está apenas em sua dimensão natural, mas
principalmente por suas consequências num contexto social específico, uma vez que,
quando um mesmo fenômeno ocorre em contextos sociais diferenciados acaba por
4
ocasionar também diferentes resultados, catastróficos ou não (FAVERO, 2008). O
objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os impactos
ambientais diante das queimadas.
5
2- PROBLEMATIZAÇÃO
3- JUSTIFICATIVA
6
4 - OBJETIVOS
7
5- REVISÃO TEÓRICA
Há décadas a situação das queimadas vem sendo discutidas. O Brasil atraí muitos
olhares quando o assunto são as queimadas nas regiões secas do nosso país. Muito se
discute a respeito disso. Além da preservação do meio ambiente outro fator importante
a se discutir é sobre os impactos causados no solo quando submetido as queimadas.
Existem muitas crenças em torno desse assunto, como se há prejuízo ao solo com
perca de nutrientes e também a queimada usada como estratégia de limpeza do solo
na agropecuária. Com o aumento anual dessas queimadas, percebe-se que ela ainda é
utilizada como ferramenta de preparo das áreas agrícolas voltada para o cultivo de
lavouras, como também na pecuária para renovação de pastagens, controle pragas e
doenças de plantas, ainda na limpeza e redução de fontes de material combustível
presente na superfície do solo, na silvicultura. É evidente que a queimada altera direta
ou indiretamente as características físicas, químicas, morfológicas e biológicas dos
solos, como o pH, teor de nutrientes e carbono, biodiversidade da micro, meso e
macrofauna, temperatura, porosidade e densidade. Sem falar do efeito estufa, na
redução da qualidade do ar e da água na saúde. (CAPECHE, C.L.,2012).
E sendo a agricultura uma das principais bases econômicas do nosso país é importante
buscar meios para substituir a prática de queimadas como por exemplo utilizando
tecnologias como práticas de conservação de solo e sistemas de produção sustentável.
Os impactos do fogo sobre a sustentabilidade dos ecossistemas, e em especial,
ao solo, pode ser dado em decorrência de alterações na sua estrutura e funcionalidade
(NEARY, 1999). Aliado a isso, Batmanian (1983) salienta que os efeitos do fogo são
diretamente relacionados com as condições ambientais e com o tipo de material
combustível e que sua intensidade e duração são dependentes de tais características.
Segundo Rodrigues (1999), a frequência dos eventos também é um fator que deve ser
considerado quando são avaliados os impactos nos atributos do solo. Apesar de ser um
método de manejo condenado, pela sua ação esterilizante e degradante (SPERA et al.,
2000), o fogo controlado também pode ser considerado um aliado. Segundo
Rheinheimer et al. (2003), a queimada é uma ferramenta usual e muito comum no
manejo tradicional das pastagens, fundamentando-se na queima do pasto acumulado
8
no período da seca, proporcionando assim um rebrote vigoroso e supostamente
aumento na qualidade da pastagem. Ainda, de acordo com Behling e Pillar (2007), a
queima das pastagens para estimular o seu rebrote após o inverno pode ser usada para
controle da invasão de plantas arbustivas indesejadas.
Lombardi Neto; Bertoni (1974), as queimas não são prejudiciais em todos os
casos e, em muitas circunstâncias, produzem efeitos benéficos, como o controle de
pragas e ervas daninhas. O método tradicional de derrubada manual e queima da
vegetação é, segundo Seubert et alo (1977), mais eficiente que a abertura mecânica
com tratores de esteira, porque produz um aumento na fertilidade do solo, devido aos
nutrientes contidos nas cinzas, e evita a compactação e remoção do solo causadas
pelas máquinas. Entretanto, quando realizada com frequência, a queima da vegetação
pode conduzir, a médio e longo prazo, por exemplo, à deterioração das propriedades
químicas do solo (DICK et al., 2008), reduzindo seu potencial produtivo (HERINGER et
al., 2002). Assim, seguindo esse contexto, e considerando os relatos de Spera et al.
(2000) e demais autores quando salientam que a ação do fogo, provoca de forma direta
e indireta, uma série de modificações de natureza física, química (sobretudo) e
biológica no solo. A ação do fogo pode ocasionar uma série de modificações na
natureza física, química e biológica dos solos. Segundo Meirelles (1990), o fogo
provoca mudanças pontuais ou definitivas na temperatura superficial do solo, no teor de
umidade e na disponibilidade de água e nutrientes para as plantas. Ainda, Rheinheimer
et al. (2003) salientam que em solos sob pastagem, a queima é usualmente utilizada
para eliminar o material vegetal morto, para aumentar a disponibilidade de nutrientes no
solo imediatamente após a queima e, assim, favorecer o rebrote e supostamente
aumentar a qualidade da pastagem. Algumas espécies florestais precisam de calor do
fogo para o aumento do seu poder germinativo como é o caso da bracatinga (Mimosa
scabrella), para que suas sementes sofram a quebra da dormência. De acordo com
Carter e Foster (2004), estudos prévios relatam que a queima, em particular, tem
mostrado efeitos benéficos para os ecossistemas em razão da forma de combustão do
material orgânico, resultando na mineralização de nutrientes para o solo que serão
rapidamente absorvidos pelas plantas. No entanto, como consequências da queima
podem ocorrer modificações na taxa de infiltração e evapotranspiração da água do solo,
9
na porosidade e no aumento do grau de suscetibilidade dos solos à erosão hídrica e
eólica (CASSOL et al., 2004). Além das alterações descritas acima, Santos et al.
(1992), comentam que ocorrem alterações biológicas nos solos submetidos à queima.
Tais alterações, segundo o autor, são decorrentes do aumento na disponibilidade dos
nutrientes, da alteração do pH, do aumento da fonte de carbono (C) e da oxidação da
matéria orgânica do solo (MOS). Vale ressaltar que ocorrem alterações momentâneas
ou temporárias (BARRETA et al., 2005; PANDOLFO et al., 2004) nos atributos
biológicos do solo, mas que em pouco tempo se recompõem ao estado original, anterior
à queima.
A queimada apesar da legislação ainda acontece de forma indiscriminada, todos
anos há um aumento expansivo nas queimadas. A legislação brasileira com a Lei n. º
12.651, de 25 de maio de 2012, dispões sobre a proteção da vegetação nativa e Lei n. º
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, sobre as penalidades. Segundo a Legislação, o uso
de fogo é proibido, exceto em três situações:
- Em locais ou regiões que justifiquem o uso do fogo em práticas agropastoris ou
florestais, desde que com autorização do órgão ambiental;
- Em unidades de conservação para conservar a vegetação nativa (quando as
características dela se associarem evolutivamente à ocorrência de fogo);
- Atividade de pesquisa científica.
E para se conseguir uma autorização para a realização da queimada, é
necessário apresentar um estudo detalhado da atividade rural, que deve conter o
planejamento específico sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios.
Além disso, algumas regras devem ser seguidas como: respeitar as metragens
em relação às linhas de transmissão elétrica, distância dos aceiros e unidades de
conservação.
Os procedimentos, regras de execução e medidas de precaução a serem
obedecidas quanto ao uso do fogo em práticas agrícolas, pastoris e florestais, também
sofrem alterações conforme a legislação de cada Estado.
Um dos maiores problemas de controle da queimada é que ela se expande muito
rápido, podendo danificar quilômetros e quilômetros chegando muitas vezes até as
cidades. E com isso a fumaça que é causada pela queimada pode afetar a atmosfera e
10
sua composição. Pois ela é uma fonte de gases como dióxido de carbono, metano e
óxido nitroso, e emissões de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio que contribui
para o aumento do efeito estufa. E essa fumaça traz problemas respiratórios graves
para o homem.
Para o solo as queimadas trazem consequências que não são benéficas a longo prazo,
pois ela interfere na parte, química, física e biológica do solo. Apesar de alguns
agricultores acreditarem que as queimadas trazem melhoria para a fertilidade do solo.
Segundo o pesquisador da Embrapa Edmilson Evangelista, a queimada é a
última alternativa para a limpeza da área, pois, além de eliminar os restos vegetais,
precursores na formação da matéria orgânica do solo, ainda prejudicam a atmosfera
pela liberação de gases que contribuem para o aquecimento global.
Segundo ele, em curto prazo, a queima pode até favorecer a renovação da
vegetação, apresentando-se como uma ferramenta acessível e de baixo custo, mas, em
longo prazo, as consequências não são tão positivas, gerando a degradação do solo
pela exposição direta a chuva, eliminação da biodiversidade animal e vegetal, fatores
importantes para o controle de pragas e doenças, e perda de nutrientes essenciais ao
crescimento das plantas.
Sempre houve controvérsia sobre os efeitos da queima. Em geral, os agricultores
são partidários de tal prática, por vários motivos, dentre os quais Bertoni et al (1986)
citam:
- É um dos únicos meios, dentro de suas possibilidades, de se conseguir, após a
derrubada, a limpeza do terreno e prepará-lo para o cultivo;
- É um sistema barato de eliminar os materiais de um ou vários anos.
- Diminui as pragas e moléstias;
- Remove o capim passado (macega): o qual não é palatável e nem aceito pelo
gado (Mattos, 1970).
Alguns autores preconizam o uso da queimada, porém, com ressalvas. Primavesi
(1'986) recomenda o uso do fogo controlado somente para limpeza de pastagens,
quando o solo ainda estiver úmido e o capim, seco.
Segundo Costa (1980), caso seja necessário o uso de fogo em pastagens,
alguns cuidados essenciais devem ser observados:
11
- Construir aceiros de aproximadamente 2 a 5 m de largura, para proteger cercas
e áreas vizinhas;
- Evitar a queima em terrenos muito declivosos, a fim de prevenir a erosão;
- Queimar com umidade no solo. Isto pode ser feito dois dias após uma chuva de
razoável intensidade.
Os técnicos, em geral, são inimigos da queima e seus argumentos mais
frequentes, segundo Bertoni et al(1986), são:
- Deixa o solo desnudo, o que aumenta as perdas por erosão, principalmente em
terrenos íngremes;
- Volatiliza substâncias necessárias à nutrição das plantas;
- Destrói grande parte da matéria orgânica do solo;
- Elimina os microrganismos do solo;
- Diminui a produção, de razoável intensidade;
- Queimar a favor do vento, porque assim a queima será rápida e menos
profunda. Contra o vento, ela é lenta e profunda, havendo maior possibilidade de
reduzir a matéria orgânica do solo;
- Dar um descanso às pastagens após a queima, a fim de que a cobertura
vegetal se restabeleça mais rapidamente;
- Dar um manejo racional à pastagem, para que haja melhor utilização da
forragem disponível, evitando-se as queimas frequentes.
Uma alternativa segundo a Embrapa e é muito utilizada na agricultura é o plantio
direto. Somente em casos muito extremos, que a queimada poderá ocorrer, mas é
necessário seguir a legislação vigente.
12
6- METODOLOGIA
13
7- CRONOGRAMA
14
8- REFERÊNCIAS
15
BAYER, C. Dinâmica da matéria orgânica do solo. In: SANTOS, G. A.; CAMARGO, F.
A. O. Fundamentos da matéria orgânica do solo - ecossistemas tropicais e subtropicais.
Porto Alegre: Gênesis, 1999. p. 9-26.
BERTOL, I.; COGO, N. P.; LEVIEN, R. Erosão hídrica em diferentes preparos do solo
após as colheitas de milho e trigo, na presença e ausência dos resíduos culturais.
Revista Brasileira Ciência do Solo, Viçosa, v. 21, n. 3, p. 409-418, jul./set. 1997.
CASSOL, E. A. et al. Erosividade das chuvas em Taquari, RS, determinada pelo índice
EI30, no período de 1963 a 1999. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E
CONSERVAÇÃO DE SOLO E ÁGUA, 15., 2004, Santa Maria. Anais... Santa Maria:
SBCS, 2004.
16
HERINGER, I. et al. Características de um Latossolo Vermelho sob pastagem natural
sujeita à ação prolongada do fogo e de práticas alternativas de manejo. Ciência Rural,
Santa Maria, v. 32, n. 2, p. 309-314, mar /abr. 2002.
https://nordesterural.com.br/queimadas-podem-provocar-reducao-na-fertilidade-do-
solo/acesso em 09/06/2021
http://www5.sefaz.mt.gov.br/-/queimadas-com-autorizacao-da-sema-sao-
liberadasacesso em 09/06/2021
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=397642acesso em 01/07/2021
http://www.mt.gov.br/-/4397151-queimadasacesso em 01/07/2021
17
9. ANEXOS
18