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Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Rio Grande

Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios


Desenho Técnico e Arquitetônico
Prof. Christiano Piccioni Toralles

DESENHO ARQUITETÔNICO
roteiro sequencial de desenhos de plantas baixas

1. Introdução
Como método de trabalho, é possível se guiar por uma sequência de etapas a ser seguida na
elaboração dos desenhos que compõem um projeto de arquitetura. A sequência a seguir,
indicada pelo professor Paulo Renato Pinto Lincho (UFPel), objetiva, além da racionalização
do uso de instrumental de desenho a mão, propiciar um andamento lógico e viabilizar a au-
toconferência do desenho na sua concepção, minimizando a probabilidade de erros.

2. Desenho de plantas baixas


Para o desenho de plantas baixas técnicas, para as etapas de anteprojeto, projeto legal
(também para projeto executivo e as-built), parte-se do estudo em croquis, oriundos dos
estudos preliminares, acompanhados de dados complementares. Estes croquis podem ser
fornecidos a mão livre ou com auxílio de instrumental, com ou sem escala. Os dados com-
plementares se referem às dimensões necessárias da edificação e seus compartimentos,
entre outras informações.
Plantas baixas, em geral, são desenhadas na escala 1:50. São usualmente aceitas as escalas
1:75 e 1:100 em casos de projetos de edificações muito grandes. Também em casos de edifi-
cações de grandes proporções, é possível elaborar uma planta simplificada em escalas maio-
res e subdividi-la em partes, para desenho destas partes na escala 1:50.
De modo a auxiliar na elaboração de desenhos de plantas baixas, é indicado seguir o seguin-
te roteiro:
1. Determinação das medidas externas da edificação (em casos de lotes pequenos, faz-
se anteriormente o desenho das medidas externas do lote).
2. Desenho do contorno externo, definido pelo alinhamento exterior das paredes ou
elementos estruturais.
3. Desenho dos alinhamentos de paredes e elementos estruturais (externos e internos),
consideradas suas espessuras, por grupamento (horizontais, verticais, inclinadas, cur-
vas) (fig. A).
4. Marcação dos vãos de aberturas (janelas, portas, portões), por grupamentos.
5. Desenho definitivo das paredes, com interrupção e fechamento em aberturas, por
grupamentos.
6. Desenho das aberturas (com esquadrias, se existirem), por tipo e grupamentos.
7. Desenho dos equipamentos de construção (aparelhos sanitários, lareiras, churras-
queiras, balcões e armários fixos), seccionados ou em vista.

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Desenho Arquitetônico: roteiro sequencial de desenhos de plantas baixas

8. Desenho dos equipamentos elétricos de grande porte (chuveiros, geladeiras, free-


zers, fogões, máquinas de lavar), com posição praticamente fixa e exigentes de proje-
tos complementares (em função da necessidade de tomadas de energia dedicadas).
9. Desenho dos pisos e elementos correlatos (pisos “frios”, degraus, rampas).
10. Representação de elementos não visíveis de importância (beirais, reservatórios, de-
graus elevados, janelas elevadas, iluminação zenital, paredes abaixo de tampos fi-
xos).
11. Marcação das cotas de aberturas (ou simbologia para legenda), por grupamentos.
12. Colocação das cotas gerais (dos compartimentos, espessuras de paredes, totais, de
locação de aberturas (não em cantos ou centralizadas)).
13. Colocação dos nomes e áreas úteis dos compartimentos.
14. Marcação dos níveis (cotas de nível).
15. Inserção da simbologia do Norte (fig. B).
16. Desenho da posição dos planos de corte.
17. Desenho indicativo de detalhes e simbologia, se necessário.
18. Colocação de outras informações textuais necessárias (elementos não visíveis, indica-
ção de detalhes).
19. Colocação da informações de nome da planta e a escala de desenho (opcional indicar
a área total do pavimento).
20. Desenho do quadro de legendas, se necessário.

A B
Não se deve esquecer que o desenho deve ser feito em pranchas segundo formatos ABNT
(ou estendidos), com margens e selo.

3. Referências
Apostilas da disciplina de Desenho Arquitetônico, do curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Pelotas, ministrada pelo professor Matheus Coswig, entre 2002 e
2003.

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