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Aula 07

PM-PI (Oficial) - Legislação da Polícia


Militar do Estado do Piauí - 2021
(Pós-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
Aula 07
03 de Agosto de 2021
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 07

1 - Considerações Iniciais ................................................................................................... 2


2 - Decreto nº 88.777/1983 (Aprova O Regulamento Para As Policias Militares E Corpos De
Bombeiros Militares - R-200). ............................................................................................ 5
2.1 - Da Conceituação e Competência .............................................................................................. 5
2.2 - Da Estrutura e Organização .................................................................................................... 10
2.3 - Do Exercício de Cargo ou Função ............................................................................................ 10
2.4 - Do Emprego Operacional ........................................................................................................ 12
3 - Questões..................................................................................................................... 13
3.1 - Questões Comentadas ............................................................................................................ 13
3.2 - Lista de Questões .................................................................................................................... 16
3.3 - Gabarito .................................................................................................................................. 17
4 - Considerações Finais ................................................................................................... 17

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, amigo concurseiro!
Hoje daremos continuidade ao nosso curso estudando o Decreto Federal nº 88.777/1983.
Força! Bons estudos!

1- DECRETO-LEI 667 DE 1969 (ATUALIZADO PELA LEI 13.954 DE 2019).

1- SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL DOS MILITARES

Observado o disposto nos arts. 24-F e 24-G deste Decreto-Lei, aplicam-se aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios as seguintes normas gerais relativas à inatividade:

A transferência para a reserva remunerada, de ofício, por inclusão em quota compulsória, se


prevista, deve ser disciplinada por lei do ente federativo.

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Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios as seguintes normas gerais
relativas à pensão militar:
I - o benefício da pensão militar é igual ao valor da remuneração do militar da ativa ou em
inatividade;
II - o benefício da pensão militar é irredutível e deve ser revisto automaticamente, na mesma data
da revisão das remunerações dos militares da ativa, para preservar o valor equivalente à
remuneração do militar da ativa do posto ou graduação que lhe deu origem;
III - a relação de beneficiários dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, para
fins de recebimento da pensão militar, é a mesma estabelecida para os militares das Forças
Armadas.

Incide contribuição sobre a totalidade da remuneração dos militares dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios, ativos ou inativos, e de seus pensionistas, com alíquota igual à aplicável às Forças
Armadas, cuja receita é destinada ao custeio das pensões militares e da inatividade dos militares.
Compete ao ente federativo a cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do
pagamento das pensões militares e da remuneração da inatividade, que não tem natureza
contributiva.
Somente a partir de 1º de janeiro de 2025 os entes federativos poderão alterar, por lei ordinária, as
alíquotas da contribuição nos termos e limites definidos em lei federal.
Lei específica do ente federativo deve dispor sobre outros aspectos relacionados à inatividade e à
pensão militar dos militares e respectivos pensionistas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios que não conflitem com as normas gerais estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C, vedada
a ampliação dos direitos e garantias nelas previstos e observado o disposto no art. 24-F deste
Decreto-Lei.
Compete à União, na forma de regulamento, verificar o cumprimento das normas gerais.
O Sistema de Proteção Social dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios deve
ser regulado por lei específica do ente federativo, que estabelecerá seu modelo de gestão e poderá
prever outros direitos, como saúde e assistência, e sua forma de custeio.
Não se aplica ao Sistema de Proteção Social dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios a legislação dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos.
É assegurado o direito adquirido na concessão de inatividade remunerada aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios, e de pensão militar aos seus beneficiários, a qualquer tempo,
desde que tenham sido cumpridos, até 31 de dezembro de 2019, os requisitos exigidos pela lei
vigente do ente federativo para obtenção desses benefícios, observados os critérios de concessão e
de cálculo em vigor na data de atendimento dos requisitos.
Os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios que não houverem completado, até
31 de dezembro de 2019, o tempo mínimo exigido pela legislação do ente federativo para fins de
inatividade com remuneração integral do correspondente posto ou graduação devem:

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Além do disposto nos itens I e II acima, o militar deve contar no mínimo 25 (vinte e cinco) anos de
exercício de atividade de natureza militar, acrescidos de 4 (quatro) meses a cada ano faltante para
atingir o tempo mínimo exigido pela legislação do ente federativo, a partir de 1º de janeiro de 2022,
limitado a 5 (cinco) anos de acréscimo.
Sempre que houver alteração nas regras dos militares das Forças Armadas, as normas gerais de
inatividade e pensão militar dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C deste Decreto-Lei, devem ser ajustadas para manutenção
da simetria, vedada a instituição de disposições divergentes que tenham repercussão na inatividade
ou na pensão militar.
Lei específica do ente federativo pode estabelecer:
I - regras para permitir que o militar transferido para a reserva exerça atividades civis em qualquer
órgão do ente federativo mediante o pagamento de adicional, o qual não será incorporado ou
contabilizado para revisão do benefício na inatividade, não servirá de base de cálculo para outros
benefícios ou vantagens e não integrará a base de contribuição do militar; e
II - requisitos para o ingresso de militares temporários, mediante processo seletivo, cujo prazo
máximo de permanência no serviço ativo será de 8 (oito) anos, observado percentual máximo de
50% (cinquenta por cento) do efetivo do respectivo posto ou graduação.
O militar temporário contribuirá de acordo com o disposto no art. 24-C deste Decreto-Lei e fará jus
aos benefícios de inatividade por invalidez e pensão militar durante a permanência no serviço ativo.
Cessada a vinculação do militar temporário à respectiva corporação, o tempo de serviço militar será
objeto de contagem recíproca para fins de aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social ou
em regime próprio de previdência social, sendo devida a compensação financeira entre os regimes.
O tempo de serviço militar e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a
regime próprio de previdência social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou
aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes
aos militares e as receitas de contribuição referentes aos demais regimes.
Aplicam-se ao pessoal das Polícias Militares:
a) as disposições constitucionais relativas ao alistamento eleitoral e condições de elegibilidade
dos militares;
b) as disposições constitucionais relativas às garantias, vantagens prerrogativas e deveres, bem
como todas as restrições ali expressas, ressalvado o exercício de cargos de interesse policial assim
definidos em legislação própria.

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2 - DECRETO Nº 88.777/1983 (APROVA O REGULAMENTO PARA AS


POLICIAS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES - R-200).
Agora estamos falando de um Decreto federal, que regulamenta as polícias militares e corpos de
bombeiros militares, trazendo regras gerais aplicáveis a todas as Corporações.
Veremos os dispositivos mais importantes do Decreto, e deixaremos alguns de lado, principalmente
quando se referirem às relações entre o Exército e as Polícias Militares, pois quase todos esses
dispositivos não tem mais aplicabilidade hoje.

2.1 - DA CONCEITUAÇÃO E COMPETÊNCIA

Neste início, o Decreto traz vários conceitos que devem ser levados em consideração para a
compreensão das demais normas por ele trazidas. Pois bem, se houver uma questão sobre este
Decreto na sua prova, há grandes possibilidades de ela ser elaborada com base nesses conceitos.

CONCEITOS DIVERSOS

É a situação em que se encontra o policial-militar a serviço de órgão


À disposição
ou autoridade a que não esteja diretamente subordinado.

Atividade destinada a exercitar o policial-militar, individualmente e


Adestramento em equipe, desenvolvendo-lhe a habilidade para o desempenho das
tarefas para as quais já recebeu a adequada instrução.

Situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na


Agregação
escala hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem número.

Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparo


Aprestamento logístico, para tornar uma organização policial-militar pronta para
emprego imediato.

Ato ou efeito de estudar os assuntos pertinentes, propor soluções a


Assessoramento
cada um deles, elaborar diretrizes, normas e outros documentos.

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Grau de autoridade que compreende atribuições para compor forças


Comando
subordinadas, designar missões e objetivos e exercer a direção
Operacional
necessária para a condução das operações militares.

Ato ou efeito de acompanhar a execução das atividades das Polícias


Controle Militares, por forma a não permitir desvios dos propósitos que lhe
forem estabelecidos pela União, na legislação pertinente.

Grau de autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela


Segurança Pública para acompanhar a execução das ações de
Controle manutenção da ordem pública pelas Polícias Militares, por forma a
Operacional não permitir desvios do planejamento e da orientação pré-
estabelecidos, possibilitando o máximo de integração dos serviços
policiais das Unidades Federativas.

Ato ou efeito de harmonizar as atividades e conjugar os esforços das


Polícias Militares para a consecução de suas finalidades comuns
Coordenação estabelecidas pela legislação, bem como de conciliar as atividades das
mesmas com as do Exército, com vistas ao desempenho de suas
missões.

Quantidade de determinado material, cuja posse pelas Polícias


Dotação Militares é autorizada pelo Ministério do Exército, visando ao perfeito
cumprimento de suas missões.

Fixação ordenada dos postos e graduações existentes nas Policias


Escala Hierárquica
Militares (PM).

Ato ou efeito de observar, examinar e inspecionar as Polícias


Fiscalização Militares, com vistas ao perfeito cumprimento das disposições legais
estabelecidas pela União.

Graduação Grau hierárquico da praça.


Corresponde a todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de
calamidade pública, que por sua, natureza, origem, amplitude,
potencial e vulto:
Grave Perturbação a) superem a capacidade de condução das medidas preventivas e
ou Subversão da repressivas tomadas pelos Governos Estaduais;
Ordem b) sejam de natureza tal que, a critério do Governo Federal, possam
vir a comprometer a integridade nacional, o livre funcionamento de
poderes constituídos, a lei, a ordem e a prática das instituições;
c) impliquem na realização de operações militares.

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Ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura


Hierarquia Militar
das Forças Armadas e Forças Auxiliares.

Ato da autoridade competente, com objetivo de verificar, para fins de


Inspeção controle e coordenação, as atividades e os meios das Policias
Militares.

Legislação
Legislação promulgada pela União, relativa às Policias Militares.
Específica

Legislação Peculiar
Legislação da Unidade da Federação, pertinente à Polícia Militar.
ou Própria

É o exercício dinâmico do poder de polícia, no campo da segurança


Manutenção da pública, manifestado por atuações predominantemente ostensivas,
Ordem Pública visando a prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir eventos que violem a
ordem pública.
Todo o material necessário às Policias Militares para o desempenho
de suas atribuições especificas nas ações de Defesa Interna e de
Defesa Territorial. Compreendem-se como tal:
a) armamento;
Material Bélico de b) munição;
Polícia Militar c) material de Motomecanização;
d) material de Comunicações;
e) material de Guerra Química;
f) material de Engenharia de Campanha.

Conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento jurídico da


Nação, tendo por escopo regular as relações sociais de todos os níveis,
Ordem Pública do interesse público, estabelecendo um clima de convivência
harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder de polícia, e
constituindo uma situação ou condição que conduza ao bem comum.

Capacidade de uma organização policial-militar para cumprir as


Operacionalidade
missões a que se destina.

Ato de estabelecer para as Polícias Militares diretrizes, normas,


Orientação
manuais e outros documentos, com vistas à sua destinação legal.

Orientação Conjunto de diretrizes baixadas pela Chefia do órgão responsável pela


Operacional Segurança Pública nas Unidades Federativas, visando a assegurar a

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coordenação do planejamento da manutenção da ordem pública a


cargo dos órgãos integrantes do Sistema de Segurança Pública.

Abrange todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de


calamidade pública que, por sua natureza, origem, amplitude e
Perturbação da potencial possam vir a comprometer, na esfera estadual, o exercício
Ordem dos poderes constituídos, o cumprimento das leis e a manutenção da
ordem pública, ameaçando a população e propriedades públicas e
privadas.

Conjunto de atividades, metodicamente desenvolvidas, para


esquematizar a solução de um problema, comportando a seleção da
Planejamento melhor alternativa e o ordenamento contentemente avaliado e
reajustado, do emprego dos meios disponíveis para atingir os
objetivos estabelecidos.

Ação policial, exclusiva das Policias Militares em cujo emprego o


homem ou a fração de tropa engajados sejam identificados de
relance, quer pela farda quer pelo equipamento, ou viatura,
objetivando a manutenção da ordem pública.
São tipos desse policiamento, a cargo das Polícias Militares
ressalvadas as missões peculiares das Forças Armadas, os seguintes:
- ostensivo geral, urbano e rural;
- de trânsito;
Policiamento
- florestal e de mananciais;
Ostensivo
- rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;
- portuário;
- fluvial e lacustre;
- de radiopatrulha terrestre e aérea;
- de segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;
- outros, fixados em legislação da Unidade Federativa, ouvido o
Estado-Maior do Exército através da Inspetoria-Geral das Polícias
Militares.

Posto Grau hierárquico do oficial.

Denominação atribuída aos policiais-mílitares não enquadrados na


Praças Especiais
escala hierárquica como oficiais ou praças.

Precedência Primazia para efeito de continência e sinais de respeito.

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Ato ou efeito de uma corporação policial-militar ficar, na totalidade


ou em parte, diretamente sob o comando operacional dos
Subordinação Comandantes dos Exércitos ou Comandantes Militares de Área com
jurisdição na área dos Estados, Territórios e Distrito Federal e com
responsabilidade de Defesa Interna ou de Defesa Territorial.

Uniforme e Farda Tem a mesma significação.

Ato ou efeito de uma Corporação Policial-Militar por intermédio do


comandante Geral atender orientarão e ao planejamento global de
Vinculação manutenção da ordem pública, emanados da Chefia do órgão
responsável pela Segurança Pública nas Unidades da Federação, com
vistas a obtenção de soluções integradas.

Ato por meio do qual a autoridade competente estabelece contatos


pessoais com os Comandos de Polícias Militares, visando a obter, por
Visita troca de ideias e informações, uniformidade de conceitos e de ações
que facilitem o perfeito cumprimento, pelas Polícias Militares, da
legislação e das normas baixadas pela União.

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2.2 - DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO

Art. 8º - Os atos de nomeação e exoneração do Comandante-Geral de Polícia Militar deverão ser


simultâneos, obedecidas as prescrições do artigo 6º, do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969,
na redação modificada pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983. Proceder-se à da
mesma for quanto ao Comandante-Geral de Corpo de Bombeiro Militar.

Esta é uma regra muito simples, que determina que a Polícia Militar não deve ficar sem Comandante-
Geral. Basicamente, quando um Comandante-Geral for exonerado, outro deve ser nomeado num
ato concatenado.

Art. 10 - Os Comandantes-Gerais das Polícias Militares são os responsáveis, em nível de


Administração Direta, perante os Governadores das respectivas Unidades Federativas, pela
administração e emprego da Corporação.

Você já sabe, mas não custa repetir: normalmente as Polícias Militares são vinculadas
administrativamente à Secretaria de Segurança Pública ou a outa secretaria equivalente no Estado,
mas o Comandante-Geral responde diretamente perante o Governador pela administração e
emprego da Corporação.
O Decreto diz ainda que a vinculação das Polícias Militares ao órgão responsável pela Segurança
Pública confere, perante a Chefia desse órgão, responsabilidade aos Comandantes-Gerais quanto à
orientação e ao planejamento operacionais da manutenção da ordem pública, emanados daquela
Chefia.

2.3 - DO EXERCÍCIO DE CARGO OU FUNÇÃO

Art. 21. São considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse


policial-militar ou de bombeiro-militar, os militares dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Territórios, da ativa, colocados à disposição do Governo Federal para exercerem cargo ou função
nos seguintes órgãos:
I - da Presidência e da Vice-Presidência da República;
II - Ministério ou órgão equivalente;
III - Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria Nacional
de Políticas sobre Drogas, Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos e Conselho
Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça;
IV - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional;
V - Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Conselho Nacional de Justiça;

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VI - Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público;

Este dispositivo traz uma série de órgãos aos quais o Policial Militar pode ser posto à disposição, e
nos quais ele será considerado no exercício de atividade policial militar. Recomendo uma atenção
especial à lista, pois ela foi modificada em 2014, 2015 e 2016, e por isso a banca pode ter uma
atenção especial a esse dispositivo.
Perceba que todos eles são órgãos nos quais a expertise policial poderá ser bem empregada para o
desenvolvimento do serviço público.

São considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse policial-


militar os policiais militares colocados à disposição do Governo Federal para exercerem cargo ou
função nos seguintes órgãos:
I - da Presidência e da Vice-Presidência da República;
II - Ministério ou órgão equivalente;
III - Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria Nacional
de Políticas sobre Drogas, Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos e Conselho
Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça;
IV - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional;
V - Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Conselho Nacional de Justiça;
VI - Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público;

Há ainda uma lista de órgãos estaduais e distritais aos quais o policial militar pode ser cedido, e nos
quais será considerado como no exercício de função de natureza policial-militar ou bombeiro-militar
ou de interesse policial-militar:
a) Gabinete Militar, a Casa Militar ou o Gabinete de Segurança Institucional, ou órgão
equivalente, dos Governos dos Estados e do Distrito Federal;
b) Gabinete do Vice-Governador;
c) Secretaria de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão
equivalente;
d) Órgãos da Justiça Militar Estadual e do Distrito Federal;
e) Secretaria de Defesa Civil dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão equivalente;
f) Órgãos policiais de segurança parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
g) Administrador Regional e Secretário de Estado do Governo do Distrito Federal, ou
equivalente, e cargos de Natureza Especial níveis DF-14 ou CNE-7 e superiores nas
Secretarias e Administrações Regionais de interesse da segurança pública,
definidos em ato do Governador do Distrito Federal;

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h) Diretor de unidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em áreas de risco ou


de interesse da segurança pública definidas em ato do Governador do Distrito
Federal; e
i) Secretaria de Estado de Ordem Pública e Social do Distrito Federal.

Art. 23. Os Policiais Militares nomeados juízes dos diferentes Órgãos da Justiça Militar Estadual
serão regidos por legislação especial.

Uma característica interessante da Justiça Militar é que lá temos militares que atuam como juízes,
em conjunto com as autoridades judiciárias de carreira, normalmente chamados de “juízes togados”.
Pois bem, estes militares estão sujeitos a legislação especial, que trata das suas prerrogativas e
atribuições na condição de autoridades julgadoras.

2.4 - DO EMPREGO OPERACIONAL

Art. 33 - A atividade operacional policial-militar obedecerá a planejamento que vise,


principalmente, à manutenção da ordem pública nas respectivas Unidades Federativas.
Parágrafo único - As Polícias Militares, com vistas à integração dos serviços policiais das Unidades
Federativas, nas ações de manutenção da ordem pública, atenderão às diretrizes de planejamento
e controle operacional do titular do respectivo órgão responsável pela Segurança Pública.

A atividade operacional é desempenhada mediante planejamento, que deverá seguir as diretrizes e


submeter-se ao controle operacional da respectiva Secretaria de Segurança Pública.
Cabe ao Estado-Maior de cada PM prestar assessoramento à chefia da Secretaria de Segurança
Pública, com vistas ao planejamento e ao controle operacional das ações de manutenção da ordem
pública.

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3 - QUESTÕES

3.1 - QUESTÕES COMENTADAS

1. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).


De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o Ministério do Exército poderá convocar a Polícia
Militar em caso de Guerra.
Comentários
Sim, a ocorrência de guerra é uma das situações que autoriza o Exército a convocar os policiais
militares. Lembre-se de que as PMs são força reserva auxiliar do Exército!
GABARITO: CERTO

2. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).


De acordo com o Decreto no 88.777/1983, os policiais-militares na reserva não poderão ser
designados para o serviço ativo, mesmo que mediante aceitação voluntária.
Comentários
Opa! A esta altura você já aprendeu que os policiais militares da reserva remunerada poderão ser
designados para o serviço ativo, mediante aceitação voluntária, por ato do Governador, não é
mesmo!? ☺
GABARITO: ERRADO

3. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).


Conforme o Decreto no 88.777/1983, orientação é a capacidade de uma organização policial-
militar para cumprir as missões a que se destina e operacionalidade é o ato de estabelecer para
as Polícias Militares diretrizes, normas, manuais e outros documentos, com vistas à sua
destinação legal.
Comentários
De acordo com o Decreto, orientação é o ato de estabelecer para as Polícias Militares diretrizes,
normas, manuais e outros documentos, com vistas à sua destinação legal. A capacidade para cumprir
missões é chamada de operacionalidade.
GABARITO: ERRADO

4. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).


O ensino nas Polícias Militares orientar-se-á no sentido da destinação funcional de seus
integrantes, por meio da formação, especialização e aperfeiçoamento técnico-profissional,
com vistas, prioritariamente, à Segurança Pública. O ensino e a instrução serão orientados,

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coordenados e controlados pelo Ministério da Educação, por intermédio das Forças Armadas,
mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos normativos.
Comentários
O Decreto fala um pouco a respeito do ensino nas polícias militares, determinando que essa
atividade deve estar relacionada à destinação funcional do Policial Militar. O erro da questão está
em afirmar que o ensino e a instrução serão coordenados e controlados pelo Ministério da Educação,
quando na realidade o Decreto nos diz que esta atividade compete ao Ministro do Exército, por
intermédio do Estado-Maior do Exército, mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos
normativos.
GABARITO: ERRADO

5. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, controle operacional é o ato ou efeito de harmonizar
as atividades e conjugar os esforços das Polícias Militares para a consecução de suas finalidades
comuns estabelecidas pela legislação, bem como de conciliar as atividades das mesmas com as
do Exército, com vistas ao desempenho de suas missões.
Comentários
O ato de harmonizar as atividades e conjugar os esforços não corresponde ao conceito de controle
operacional, mas sim ao de coordenação. O controle operacional, na realidade, é o grau de
autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública para acompanhar a
execução das ações de manutenção da ordem pública pelas Polícias Militares, por forma a não
permitir desvios do planejamento e da orientação pré-estabelecidos, possibilitando o máximo de
integração dos serviços policiais das Unidades Federativas.
GABARITO: ERRADO

6. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, a exoneração de um Comandante-Geral de PM deve
ser feita simultaneamente com a nomeação de um novo Oficial para ocupar o cargo.
Comentários
Exato! O art. 8o do Decreto deixa bem claro que a exoneração e a nomeação do novo Comandante-
Geral devem ser feitas simultaneamente.
GABARITO: CERTO

7. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o acesso na escala hierárquica, tanto de oficiais
como de praças, será gradual e sucessivo, por promoção, de acordo com a legislação peculiar
de cada Unidade da Federação.

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Comentários
Lembre-se dessas palavras: gradual e sucessivo! A banca pode muito bem tentar enganar você
trocando-a por outras! ☺
GABARITO: CERTO

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3.2 - LISTA DE QUESTÕES

1. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).


De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o Ministério do Exército poderá convocar a Polícia
Militar em caso de Guerra.
2. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, os policiais-militares na reserva não poderão ser
designados para o serviço ativo, mesmo que mediante aceitação voluntária.
3. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).
Conforme o Decreto no 88.777/1983, orientação é a capacidade de uma organização policial-
militar para cumprir as missões a que se destina e operacionalidade é o ato de estabelecer para
as Polícias Militares diretrizes, normas, manuais e outros documentos, com vistas à sua
destinação legal.
4. PM-SC – Oficial – 2015 – IOBV (adaptada).
O ensino nas Polícias Militares orientar-se-á no sentido da destinação funcional de seus
integrantes, por meio da formação, especialização e aperfeiçoamento técnico-profissional,
com vistas, prioritariamente, à Segurança Pública. O ensino e a instrução serão orientados,
coordenados e controlados pelo Ministério da Educação, por intermédio das Forças Armadas,
mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos normativos.
5. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, controle operacional é o ato ou efeito de harmonizar
as atividades e conjugar os esforços das Polícias Militares para a consecução de suas finalidades
comuns estabelecidas pela legislação, bem como de conciliar as atividades das mesmas com as
do Exército, com vistas ao desempenho de suas missões.
6. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, a exoneração de um Comandante-Geral de PM deve
ser feita simultaneamente com a nomeação de um novo Oficial para ocupar o cargo.
7. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o acesso na escala hierárquica, tanto de oficiais
como de praças, será gradual e sucessivo, por promoção, de acordo com a legislação peculiar
de cada Unidade da Federação.

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Aula 07

3.3 - GABARITO

1. CERTO 4. ERRADO 7. CERTO


2. ERRADO 5. ERRADO
3. ERRADO 6. CERTO

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos aqui esta aula! Se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também
no e-mail e nas redes sociais.

Grande abraço!

Paulo Guimarães

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