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Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
Aula 07
03 de Agosto de 2021
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 07
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, amigo concurseiro!
Hoje daremos continuidade ao nosso curso estudando o Decreto Federal nº 88.777/1983.
Força! Bons estudos!
Observado o disposto nos arts. 24-F e 24-G deste Decreto-Lei, aplicam-se aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios as seguintes normas gerais relativas à inatividade:
Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios as seguintes normas gerais
relativas à pensão militar:
I - o benefício da pensão militar é igual ao valor da remuneração do militar da ativa ou em
inatividade;
II - o benefício da pensão militar é irredutível e deve ser revisto automaticamente, na mesma data
da revisão das remunerações dos militares da ativa, para preservar o valor equivalente à
remuneração do militar da ativa do posto ou graduação que lhe deu origem;
III - a relação de beneficiários dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, para
fins de recebimento da pensão militar, é a mesma estabelecida para os militares das Forças
Armadas.
Incide contribuição sobre a totalidade da remuneração dos militares dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios, ativos ou inativos, e de seus pensionistas, com alíquota igual à aplicável às Forças
Armadas, cuja receita é destinada ao custeio das pensões militares e da inatividade dos militares.
Compete ao ente federativo a cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do
pagamento das pensões militares e da remuneração da inatividade, que não tem natureza
contributiva.
Somente a partir de 1º de janeiro de 2025 os entes federativos poderão alterar, por lei ordinária, as
alíquotas da contribuição nos termos e limites definidos em lei federal.
Lei específica do ente federativo deve dispor sobre outros aspectos relacionados à inatividade e à
pensão militar dos militares e respectivos pensionistas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios que não conflitem com as normas gerais estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C, vedada
a ampliação dos direitos e garantias nelas previstos e observado o disposto no art. 24-F deste
Decreto-Lei.
Compete à União, na forma de regulamento, verificar o cumprimento das normas gerais.
O Sistema de Proteção Social dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios deve
ser regulado por lei específica do ente federativo, que estabelecerá seu modelo de gestão e poderá
prever outros direitos, como saúde e assistência, e sua forma de custeio.
Não se aplica ao Sistema de Proteção Social dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios a legislação dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos.
É assegurado o direito adquirido na concessão de inatividade remunerada aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios, e de pensão militar aos seus beneficiários, a qualquer tempo,
desde que tenham sido cumpridos, até 31 de dezembro de 2019, os requisitos exigidos pela lei
vigente do ente federativo para obtenção desses benefícios, observados os critérios de concessão e
de cálculo em vigor na data de atendimento dos requisitos.
Os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios que não houverem completado, até
31 de dezembro de 2019, o tempo mínimo exigido pela legislação do ente federativo para fins de
inatividade com remuneração integral do correspondente posto ou graduação devem:
Além do disposto nos itens I e II acima, o militar deve contar no mínimo 25 (vinte e cinco) anos de
exercício de atividade de natureza militar, acrescidos de 4 (quatro) meses a cada ano faltante para
atingir o tempo mínimo exigido pela legislação do ente federativo, a partir de 1º de janeiro de 2022,
limitado a 5 (cinco) anos de acréscimo.
Sempre que houver alteração nas regras dos militares das Forças Armadas, as normas gerais de
inatividade e pensão militar dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
estabelecidas nos arts. 24-A, 24-B e 24-C deste Decreto-Lei, devem ser ajustadas para manutenção
da simetria, vedada a instituição de disposições divergentes que tenham repercussão na inatividade
ou na pensão militar.
Lei específica do ente federativo pode estabelecer:
I - regras para permitir que o militar transferido para a reserva exerça atividades civis em qualquer
órgão do ente federativo mediante o pagamento de adicional, o qual não será incorporado ou
contabilizado para revisão do benefício na inatividade, não servirá de base de cálculo para outros
benefícios ou vantagens e não integrará a base de contribuição do militar; e
II - requisitos para o ingresso de militares temporários, mediante processo seletivo, cujo prazo
máximo de permanência no serviço ativo será de 8 (oito) anos, observado percentual máximo de
50% (cinquenta por cento) do efetivo do respectivo posto ou graduação.
O militar temporário contribuirá de acordo com o disposto no art. 24-C deste Decreto-Lei e fará jus
aos benefícios de inatividade por invalidez e pensão militar durante a permanência no serviço ativo.
Cessada a vinculação do militar temporário à respectiva corporação, o tempo de serviço militar será
objeto de contagem recíproca para fins de aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social ou
em regime próprio de previdência social, sendo devida a compensação financeira entre os regimes.
O tempo de serviço militar e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a
regime próprio de previdência social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou
aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes
aos militares e as receitas de contribuição referentes aos demais regimes.
Aplicam-se ao pessoal das Polícias Militares:
a) as disposições constitucionais relativas ao alistamento eleitoral e condições de elegibilidade
dos militares;
b) as disposições constitucionais relativas às garantias, vantagens prerrogativas e deveres, bem
como todas as restrições ali expressas, ressalvado o exercício de cargos de interesse policial assim
definidos em legislação própria.
Neste início, o Decreto traz vários conceitos que devem ser levados em consideração para a
compreensão das demais normas por ele trazidas. Pois bem, se houver uma questão sobre este
Decreto na sua prova, há grandes possibilidades de ela ser elaborada com base nesses conceitos.
CONCEITOS DIVERSOS
Legislação
Legislação promulgada pela União, relativa às Policias Militares.
Específica
Legislação Peculiar
Legislação da Unidade da Federação, pertinente à Polícia Militar.
ou Própria
Esta é uma regra muito simples, que determina que a Polícia Militar não deve ficar sem Comandante-
Geral. Basicamente, quando um Comandante-Geral for exonerado, outro deve ser nomeado num
ato concatenado.
Você já sabe, mas não custa repetir: normalmente as Polícias Militares são vinculadas
administrativamente à Secretaria de Segurança Pública ou a outa secretaria equivalente no Estado,
mas o Comandante-Geral responde diretamente perante o Governador pela administração e
emprego da Corporação.
O Decreto diz ainda que a vinculação das Polícias Militares ao órgão responsável pela Segurança
Pública confere, perante a Chefia desse órgão, responsabilidade aos Comandantes-Gerais quanto à
orientação e ao planejamento operacionais da manutenção da ordem pública, emanados daquela
Chefia.
Este dispositivo traz uma série de órgãos aos quais o Policial Militar pode ser posto à disposição, e
nos quais ele será considerado no exercício de atividade policial militar. Recomendo uma atenção
especial à lista, pois ela foi modificada em 2014, 2015 e 2016, e por isso a banca pode ter uma
atenção especial a esse dispositivo.
Perceba que todos eles são órgãos nos quais a expertise policial poderá ser bem empregada para o
desenvolvimento do serviço público.
Há ainda uma lista de órgãos estaduais e distritais aos quais o policial militar pode ser cedido, e nos
quais será considerado como no exercício de função de natureza policial-militar ou bombeiro-militar
ou de interesse policial-militar:
a) Gabinete Militar, a Casa Militar ou o Gabinete de Segurança Institucional, ou órgão
equivalente, dos Governos dos Estados e do Distrito Federal;
b) Gabinete do Vice-Governador;
c) Secretaria de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão
equivalente;
d) Órgãos da Justiça Militar Estadual e do Distrito Federal;
e) Secretaria de Defesa Civil dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão equivalente;
f) Órgãos policiais de segurança parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
g) Administrador Regional e Secretário de Estado do Governo do Distrito Federal, ou
equivalente, e cargos de Natureza Especial níveis DF-14 ou CNE-7 e superiores nas
Secretarias e Administrações Regionais de interesse da segurança pública,
definidos em ato do Governador do Distrito Federal;
Art. 23. Os Policiais Militares nomeados juízes dos diferentes Órgãos da Justiça Militar Estadual
serão regidos por legislação especial.
Uma característica interessante da Justiça Militar é que lá temos militares que atuam como juízes,
em conjunto com as autoridades judiciárias de carreira, normalmente chamados de “juízes togados”.
Pois bem, estes militares estão sujeitos a legislação especial, que trata das suas prerrogativas e
atribuições na condição de autoridades julgadoras.
3 - QUESTÕES
coordenados e controlados pelo Ministério da Educação, por intermédio das Forças Armadas,
mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos normativos.
Comentários
O Decreto fala um pouco a respeito do ensino nas polícias militares, determinando que essa
atividade deve estar relacionada à destinação funcional do Policial Militar. O erro da questão está
em afirmar que o ensino e a instrução serão coordenados e controlados pelo Ministério da Educação,
quando na realidade o Decreto nos diz que esta atividade compete ao Ministro do Exército, por
intermédio do Estado-Maior do Exército, mediante a elaboração de diretrizes e outros documentos
normativos.
GABARITO: ERRADO
5. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, controle operacional é o ato ou efeito de harmonizar
as atividades e conjugar os esforços das Polícias Militares para a consecução de suas finalidades
comuns estabelecidas pela legislação, bem como de conciliar as atividades das mesmas com as
do Exército, com vistas ao desempenho de suas missões.
Comentários
O ato de harmonizar as atividades e conjugar os esforços não corresponde ao conceito de controle
operacional, mas sim ao de coordenação. O controle operacional, na realidade, é o grau de
autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública para acompanhar a
execução das ações de manutenção da ordem pública pelas Polícias Militares, por forma a não
permitir desvios do planejamento e da orientação pré-estabelecidos, possibilitando o máximo de
integração dos serviços policiais das Unidades Federativas.
GABARITO: ERRADO
6. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, a exoneração de um Comandante-Geral de PM deve
ser feita simultaneamente com a nomeação de um novo Oficial para ocupar o cargo.
Comentários
Exato! O art. 8o do Decreto deixa bem claro que a exoneração e a nomeação do novo Comandante-
Geral devem ser feitas simultaneamente.
GABARITO: CERTO
7. (inédita).
De acordo com o Decreto no 88.777/1983, o acesso na escala hierárquica, tanto de oficiais
como de praças, será gradual e sucessivo, por promoção, de acordo com a legislação peculiar
de cada Unidade da Federação.
Comentários
Lembre-se dessas palavras: gradual e sucessivo! A banca pode muito bem tentar enganar você
trocando-a por outras! ☺
GABARITO: CERTO
3.3 - GABARITO
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos aqui esta aula! Se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também
no e-mail e nas redes sociais.
Grande abraço!
Paulo Guimarães
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