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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica

Curso: Engenharia Mecânica

Cadeira: Estágio Profissional

Desenvolvimento de Novos Produtos para à Indústria


de Plásticos- TOPACK

Nome do Autor: Supervisor:

Silas Gonçalves Nequice Prof. Doutor. Eng. Alexandre Charifo Ali

Maputo aos 03 de Novembro 2015

SILAS GONÇALVES NEQUICE 1


Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica

Curso: Engenharia Mecânica

Cadeira: Estágio Profissional

Desenvolvimento de Novos Produtos para á


Indústria de Plásticos- TOPACK

Maputo aos 03 de Novembro 2015

SILAS GONÇALVES NEQUICE 2


TERMO DE ENTREGA DO RELATÓRIO

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA______________________

TERMO DE ENTREGA DE RELATÓRIO DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

Declaro que o estudante ______________________________________________

Entregou no dia ___/___/20__ as --- cópias do relatório do seu Trabalho de


Licenciatura com a referência:___________
intitulado:___________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________

Maputo, ____ de _________ de 20__

O Chefe de Secretaria

___________________________

SILAS GONÇALVES NEQUICE I


Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica

CURSO/RAMO: Engenharia Mecânica/Construção Mecânica

DISCIPLINA: ESTAGIO PROFISSIONAL

Termo de Compromisso

Eu Silas Gonçalves Nequice, estudante do 5º nível do curso de licenciatura em


Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, venho por meio desta
afirmar que comprometo-me a frequentar, até ao fim, a disciplina de ESTÁGIO
PROFISSIONAL e entregar no prazo estipulado para efeito o respectivo relatório que
tem como tema: Desenvolvimento de Novos Produtos para a Indústria de
Transformação de Plásticos- TOPACK, que será supervisionado pelo Prof. Doutor.
Eng.º Charifo Ali.

Comprometo-me a comparecer às consultas nos dias estabelecidos pelo supervisor,


e estou ciente de que as ausências a estas sessões poderão implicar a reprovação à
disciplina.

Por ter sido acordado entre mim e o supervisor a elaboração deste relatório nós
subscrevemos abaixo:

Data de início 27 de Outubro de 2015

Data de entrega do relatório 20 de Dezembro

Maputo, 04 de Novembro de 2015

O Discente O Supervisor

_________________________ _____________________________

(Silas Gonçalves Nequice) (Prof.Doutor Eng.º Alexandre Charifo Ali)

SILAS GONÇALVES NEQUICE II


Descrição do Relatório

O presente relatório vem no âmbito de implementação de uma nova linha de produtos


produzidos na TOPACK, com o propósito de massificar as vendas e dominar
mercados ainda não explorados pelas empresas nacionais. Pretende-se desenvolver
novos produtos orientados à área de construção civil, numa fase inicial na concepção
de produtos especificamente direcionados á canalização de fluidos, em edifícios,
casas, fábricas, etc.

As características básicas do material (plástico) a ser usado na concepção dos


produtos, são definidas principalmente pela química orgânica dos polímeros. Tais
como dureza, densidade e resistência ao calor, resistência a corrosão, solventes
orgânicos, oxidação e radiação ionizante1.

1- A radiação ionizante consiste em ondas eletromagnéticas com energia suficiente


para fazer com que os eléctrons se desprendam de átomos e moléculas, alterando
sua estrutura – num processo conhecido como ionização. Como resultado, eles
tornam-se eletricamente carregados.

SILAS GONÇALVES NEQUICE III


Dedicatória
Ao meu Deus, à minha família, em especial aos meus Pais, Vicente Gonçalves
Nequice e Fernanda de Jesus António, pelo apoio material e moral prestado durante
toda a fase dos meus estudos que culmina com a conclusão do curso de Engenharia
Mecânica.

SILAS GONÇALVES NEQUICE IV


Agradecimento
À Deus, pela dádiva da vida.

Agradeço a minha família, meus amigos, meus colegas, pelo apoio moral, técnico e
financeiro durante o período de estudos.

Agradeço ao meu supervisor Prof. Doutor Eng.o Alexandre Charifo Ali, pelo empenho
na orientação do presente trabalho e a todo corpo docente do Departamento de
Engenharia Mecânica.

A todos colegas e amigos que directa e indirectamente contribuíram para a realização


deste trabalho, o meu muito obrigado.

SILAS GONÇALVES NEQUICE V


Resumo
O presente relatório tem como tema o Desenvolvimento de Novos Produtos na
Indústria de Transformação de Plásticos- TOPACK, um estudo comparativo da prática
de produção dos produtos propostos com análise da literatura.

O produto é o principal meio que a empresa pode utilizar na orientação dos seus
recursos para as exigências do mercado, no sentido de proporcionar valor aos
clientes e alcançar, deste modo, os objectivos da organização. No entanto, a
estratégia de produto contem decisões complexas que afectam e condicionam a
organização, quer interna quer externamente. O desenvolvimento de novos produtos,
ou a alteração da linha de produtos actuais, exige o compromisso de todas as áreas
funcionais para configurar, de forma integrada e sólida, a oferta proporcionada ao
mercado. Deste modo, a geração de ideias, selecção de ideias, posicionamento
estratégico do produto, análise comercial, desenvolvimento de produtos, teste de
mercado e comercialização formam um conjunto de acções que fundamentam um
processo capaz de orientar melhor as decisões de implementação e desenvolvimento
de um novo produto.

A proposta final do produto constitui-se de: Bucha de Redução Roscável; Cruzeta


Roscável; Curva 90° Roscável; Joelho 45° Roscável; Joelho 90° Roscável; Juncão
45° Roscável; Plug Roscável (Bujão); Tê de redução Roscável; Tê Roscável e União
Roscável. A vantagem destes produtos é o baixo peso, baixo preço de
compra/produção, a facilidade de manuseamento e transporte, e a manutenção. É
utilizado o processo de injecção para a fabricação das peças, tendo como matéria-
prima o plástico.

A revisão bibliográfica realizada permitiu desenvolver um questionário com o objectivo


de caracterizar o sector industrial e o meio envolvente das empresas, analisar a
estratégia de inovação de produtos e as actividades de concepção e desenvolvimento
de novos produtos da empresa no mercado e determinar o nível de utilização de
algumas técnicas e metodologias que permitem reduzir o “time-to-market”1 dos novos
produtos, esta redução permite melhorar a eficiência do processo de concepção e
desenvolvimento de novos produtos.
Palavras-Chaves: Estratégia de Novos Produtos; Desenvolvimento de Novos Produtos; “Time-to-
Market”.
1 -Tempo entre a análise de um produto e sua disponibilização para a venda.

SILAS GONÇALVES NEQUICE VI


Lista de Figuras
Figura 1-Êxito dos novos produtos .......................................................................... 14
Figura 2-Estrutura molecular do PVC ...................................................................... 23
Figura 3-Símbolo de reciclagem do PVC ................................................................ 25
Figura 4-Bucha de Redução Roscável .................................................................... 26
Figura 5-Cruzeta Roscável ...................................................................................... 27
Figura 6-Curva 90° Roscável .................................................................................. 27
Figura 7-Joelho 45° Roscável ................................................................................. 28
Figura 8-Joelho 90° Roscável ................................................................................. 29
Figura 9-Juncão 45° Roscável ................................................................................ 29
Figura 10-Luva de Redução Roscável .................................................................... 30
Figura 11-Plug Roscável (Bujão) ............................................................................. 30
Figura 12-Tê de redução Roscável ......................................................................... 31
Figura 13- Tê Roscável ........................................................................................... 32

SILAS GONÇALVES NEQUICE VII


Lista de Tabelas
Tabela 1-Densidade de Plásticos ............................................................................ 22
Tabela 2-Propriedades do PVC ............................................................................... 24
Tabela 3- Características técnicas da bucha de redução Roscável ........................ 26
Tabela 4- Características técnicas da Cruzeta Roscável......................................... 27
Tabela 5-Características técnicas Curva 90° Roscável ........................................... 28
Tabela 6-Características Técnicas da Curva 45° Roscável ..................................... 28
Tabela 7-Características Técnicas do Joelho 90° Roscável .................................... 29
Tabela 8-Características Técnicas da Juncão 45° Roscável ................................... 29
Tabela 9-Características técnicas da Luva de Redução Roscável .......................... 30
Tabela 10-Caracteristicas técnicas do Plug Roscável (Bujão) ................................. 31
Tabela 11-Características Técnicas de Tê de Redução Roscável .......................... 31
Tabela 12-Características Técnicas de Tê Roscável ............................................... 32

SILAS GONÇALVES NEQUICE VIII


Lista de Quadros
Quadro 1- Avaliação do Desenvolvimento de Novos Produtos ............................... 17
Quadro 2-Linhas de Investigação na Literatura de Novos Produtos ....................... 19
Quadro 3 - Medidas de resultado mais adequadas segundo a estratégia empresarial
................................................................................................................................. 21
Quadro 4-Procedimentos de concepção de novos produtos ................................... 33

SILAS GONÇALVES NEQUICE IX


Lista de Símbolos

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

ABS - Terpolimero de acrinonitrila-butadieno-estireno;

C - Carbono
CL - Cloro;
HDPE- Polietileno de Alta Densidade
n - Número de monómeros
NBR - Normas Brasileiras
PC - Policarbonato;

PEAD - Polietileno de alta densidade;

PEBD - Polietileno de baixa densidade;

PET - Politereftalato de etileno;

PP - Pipropileno;

PS - Poliestireno;

PU - Poliuretano;

PVC - Policloreto de Vinila;

U.V - Ultra Violeta

SILAS GONÇALVES NEQUICE X


Lista de Anexos

Anexo 1: Desenho do Produto- Bucha de Redução Roscável;


Anexo 2: Desenho do Produto- Cruzeta Roscável;
Anexo 3: Desenho do Produto- Curva 90° Roscável;
Anexo 4: Desenho do Produto- Joelho 45° Roscável;
Anexo 5: Desenho do Produto- Joelho 90° Roscável;
Anexo 6: Desenho do Produto- Juncão 45° Roscável;
Anexo 7: Desenho do Produto- Luva de Redução Roscável;
Anexo 8: Desenho do Produto- Plug Roscável (Bujão);
Anexo 9: Desenho do Produto- Tê de Redução Roscável;
Anexo 10: Desenho do Produto- Tê Roscável;

SILAS GONÇALVES NEQUICE XI


Índice
TERMO DE ENTREGA DO RELATÓRIO ................................................................... i
Dedicatória .................................................................................................................iv
Agradecimento ........................................................................................................... v
Resumo ......................................................................................................................vi
Lista de Figuras ......................................................................................................... vii
Lista de Tabelas ....................................................................................................... viii
Lista de Quadros ........................................................................................................ix
Lista de Símbolos ....................................................................................................... x
Lista de Anexos ..........................................................................................................xi
1. Introdução ............................................................................................................ 3
1.1 Objectivos ..................................................................................................... 4
1.1.1 Gerais ..................................................................................................... 4
1.1.2 Específicos ............................................................................................. 4
1.2 Formulação do Problema .............................................................................. 4
1.3 Metodologia................................................................................................... 5
1.4 Descrição sumária e Localização da Topack Moçambique .......................... 5
2. Resumo Bibliográfico ........................................................................................... 5
2.1 O Plástico ...................................................................................................... 5
2.1.1 Surgimento dos polímeros ...................................................................... 6
2.1.2 Matéria-prima para produção do plástico ............................................... 7
2.1.3 PROPRIEDADES DOS PLÁSTICOS ..................................................... 7
2.1.4 Vantagens dos Plásticos ........................................................................ 8
2.1.5 Desvantagens dos Plásticos................................................................... 8
2.1.6 Classificação dos polímeros ................................................................... 8
3. CONCEITO DE NOVO PRODUTO INDUSTRIAL ............................................... 9
3.1.1 Causas do fracasso das inovações de produto nos mercados industriais
11
3.1.2 Medidas do resultado de um novo produto industrial ........................... 20
Prospectiva ........................................................................................................... 21
4. Novos Produtos ................................................................................................. 21
4.1 Características Técnicas dos Produtos ....................................................... 22
4.1.1 Características do material ................................................................... 23
4.1.2 Vantagens, Desvantagens e Reciclagem ............................................. 24
4.1.3 Bucha de Redução Roscável ............................................................... 25

-
SILAS GONÇALVES NEQUICE 1
4.1.4 Cruzeta Roscável ................................................................................. 26
4.1.5 Curva 90° Roscável .............................................................................. 27
4.1.6 Joelho 45° Roscável ............................................................................. 28
4.1.7 Joelho 90° Roscável ............................................................................. 28
4.1.8 Juncão 45° Roscável ............................................................................ 29
4.1.9 Luva de Redução Roscável .................................................................. 30
4.1.10 Plug Roscável (Bujão) ....................................................................... 30
4.1.11 Tê de redução Roscável ................................................................... 31
4.1.12 Tê Roscável ...................................................................................... 31
5. Procedimentos de concepção de novos produtos ............................................. 32
6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 35
7. RECOMENDAÇÕES ......................................................................................... 36
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 37
9. Anexos ............................................................................................................... 39

SILAS GONÇALVES NEQUICE 2


1. Introdução
A TOPACK INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS é um grupo de empresas que se dedica à
transformação de materiais plásticos e que intervém exclusivamente em mercados de
Países de Língua Oficial Portuguesa. O grupo opera em cinco áreas distintas
Injecção; Extrusão de Filmes, Insuflação Extrusão de Tubo e PET.
O desenvolvimento de novos produtos e a capacidade de inovação são instrumentos
competitivos fundamentais para o êxito a longo prazo e sobrevivência da empresa
industrial, vem sendo considerado como um meio importante para a criação e
sustentação da competitividade. Para muitas indústrias, a realização de esforços
nessa área é um factor estratégico e necessário para continuar actuando no mercado.
A implementação de novos produtos aumenta a sua participação no mercado e
melhora sua rentabilidade, através do desenvolvimento de novos produtos a
organização adapta-se, diversifica-se e, inclusivamente, rejuvenesce-se ou reinventa-
se para se adequar às condições variantes da tecnologia e do mercado.
O trabalho desenvolvido no âmbito desta dissertação, intitulada “Desenvolvimento de
Novos Produtos para á Indústria de Plásticos- TOPACK”. Tendo como base o estudo
e análise da inovação de produtos no mercado Moçambicano, irá abordar todos
aspectos necessários para a concepção de novos produtos.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 3


1.1 Objectivos
O presente trabalho visa desenvolver novos produtos produzidos a base de materiais
plásticos, destinados à comercialização para indústrias de construção civil em
Moçambique. Os novos materiais estão na base do novo paradigma tecnológico,
constituindo o elemento organizador que influencia a estrutura de custos relativos e
age como veículo de propagação da mudança tecnológica. Estes materiais têm
penetração em diversos segmentos da indústria, sendo responsáveis pelo
desenvolvimento de novos setores, actividades e processos de produção. Os novos
materiais (economizadoras de energia, matérias-primas e mão-de-obra), estão na
base de um novo paradigma tecnológico.
A penetração dos materiais plásticos na indústria de Construção Civil é um fato
evidente e irreversível, observa-se o desenvolvimento de novas de peças e novos
componentes ou mesmo a sua substituição completa. Assim, essa indústria vem
enfrentando desafios na reestruturação do modelo de construção anterior (aço,
material cerâmico, etc), incorporando as inovações tecnológicas em geral e os
avanços dos materiais plásticos em especial
1.1.1 Gerais
 Desenvolvimento de novos produtos;
1.1.2 Específicos
 Concepção, preparação de modelos (protótipos);
1.2 Formulação do Problema
Os materiais plásticos estão cada vez mais substituindo o uso de metais na
composição de vários tipos de materiais, mais especificamente materiais usados na
construção civil. Deste modo, várias empresas vendedoras e revendedoras de
materiais plásticos usados nas construções, tem importado dos países vizinhos de
Moçambique, como a África do Sul, Swazilândia, etc., ou seja, nenhuma fábrica em
Moçambique, tem produzido este tipo de material.
O presente relatório, considera este défice de produção como um problema e
dificuldade, o qual a sociedade enfrenta, e propõe soluções por forma a transformar
o mesmo problema em oportunidade de negócio para a empresa. O mercado para a
compra destes produtos que se propõe, está repleto de muitos clientes que tem muita
necessidade de comprar os produtos em grandes quantidades, reduzindo deste
modo, os custos de importação e garantindo produtos de excelente qualidade.
A TOPACK INDUSTRIA DE PLÁSTICO, possui em suas instalações o equipamento
necessário, para desenvolver os produtos e comercializa-los, aumentando assim o
lucro da empresa.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 4


1.3 Metodologia
O desenvolvimento deste projecto, orientou-se em pesquisas feitas com literaturas
que abordam o tema, teses de doutoramento, levantamento de dados junto aos
fornecedores, clientes e os funcionários da empresa TOPACK. Também teve-se em
conta, às experiências das empresas fora do País, as quais desenvolveram novos
produtos e quais foram as razões de êxito e fracasso.
1.4 Descrição sumária e Localização da Topack Moçambique
A TOPACK INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS é um grupo de empresas que se dedica à
transformação de materiais plásticos e que intervém exclusivamente em mercados de
Países de Língua Oficial Portuguesa. O grupo opera em cinco áreas distintas:
 Injecção – Produção de Grades para a indústria de bebidas, baldes para
indústria de tintas e construção, etc;
 Extrusão de Filmes - Filmes industriais, retrácteis empacotamento de fardos e
embalagem de meios alimentícios; Filmes Agrícolas, etc;
 Insuflação - Garrafas e Jerricans em HDPE (Polietileno de Alta Densidade),
etc;
 Extrusão de Tubo - Tubos de irrigação em HDPE e copolene, etc;
 PET - Preformas para garrafas de água mineral, óleos e bebidas espirituosas.
A fábrica destina-se a transformação de materiais plásticos para diversos fins, para o
presente trabalho irá se acrescentar mais uma vertente de produção, isto é, produção
de materiais plásticos destinados à indústria de construção civil. Actualmente, a
fábrica possui todas instalações necessárias para produção, como: armazém de
matéria-prima e de produto acabado, vários sectores de produção distribuído nas
diversas áreas de operação, possui também gabinete técnico para a área
administrativa, refeitório, etc.
A TOPACK Moçambique, encontra-se situada na Av. do Trabalho, 826, Maputo-
Moçambique.

2. Resumo Bibliográfico
2.1 O Plástico
É um material orgânico sintético que se encontram no estado sólido na sua forma final
mas que em estado liquido em certos estágios de processamento, e que são
conformados através de calor e pressão. O termo polímero é usado para qualquer
substancia resultante de juncão de milhares de moléculas. O monómero é o bloco
básico na construção do polímero.
A molécula básica do plástico é o carbono. As resinas necessária para o plástico são
pela reacção química de monómero para formar uma longa cadeia molécula chamada
polímeros, a este processo é chamado de polimerização.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 5


Existem 2 métodos usados para a polimerização, que são:
 Polimerização Por Adição - Quando dois ou mais monómeros similares
reagem directamente para formarem uma longa cadeia molecular.
 Polimerização Por Condensação - Quando dois ou mais monómeros de
naturezas diferentes reagem para formarem uma longa cadeia molecular e
água como subproduto/derivado.
2.1.1 Surgimento dos polímeros
Até a primeira metade do século XIX acreditava-se na chamada Teoria da Força Vital
enunciada por Berzelius. Até o século XIX somente era possível utilizar polímeros
produzidos naturalmente, pois não havia tecnologia disponível para promover
reações entre os compostos de carbono.
Posteriormente, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, derruba a teoria da Força
Vital. Deste modo, as pesquisas sobre química orgânica se multiplicam. Em 1883
Charles Goodyear descobre a vulcanização da borracha natural. Por volta de 1860 já
havia a moldagem industrial de plásticos naturais reforçados com fibras, como a
Goma-Laca e a Gutta-Percha. Em 1910 começa a funcionar a primeira fábrica de
Rayon nos EUA e em 1924 surgem as fibras de acetato de celulose.
Henri Victor Regnault polimeriza o cloreto de vinila com auxílio da luz do sol,
EINHORN & BISCHOFF descobrem o policarbonato. Esse material só voltou a ser
desenvolvido em 1950 e finalmente em 1970, Bakeland sintetiza resinas de fenol-
formaldeído, sendo o primeiro plástico totalmente sintético que surge em escala
comercial.
O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o surgimento dos polímeros modernos.
Durante a década de 1960 surgem os plásticos de Engenharia. Na década de 1980
observa-se um certo amadurecimento da Tecnologia dos Polímeros, o ritmo dos
desenvolvimentos diminui, enquanto se procura aumentar a escala comercial dos
avanços conseguidos.
Finalmente na década de 1990 os catalisadores de metaloceno, reciclagem em
grande escala de garrafas de PE e PET, biopolímeros, usam em larga escala os
elastômeros termoplásticos e plásticos de Engenharia. A preocupação com a
reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois dela depende a viabilização comercial
dos polímeros.
A partir do final da década de 1990, novas técnicas de polimerização começam a ser
investigadas, onde se consegue ter um grande controlo da massa molecular e do
índice de polidispersividade do polímero.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 6


2.1.2 Matéria-prima para produção do plástico
As matérias-primas são vários produtos agrícolas e números minerais e materiais
orgânicos incluindo o petróleo, carvão mineral, gás, limistone, sílica e enxofre. Os
aditivos na fabricação de plásticos são materiais com pigmentos de coloração
solventes, lubrificantes, plastificantes e matéria de enchimento.
Existem materiais de enchimento os quais são constituídos por pó de madeira,
algodão moído, farrapos, asbestos, pós metálicos, grafite, argila, algas terrenas e
material reciclado, este materiais tem a função de reduzir o custo de produção,
minimizar as contrações, melhorar a resistência ao calor e providenciar a resistência
ao impacto ou mesmo imprimem outras propriedades desejadas ao produto.
Os Plastificantes ou solventes são usados como outros componentes para melhorar
a fluidez do plástico no molde.
Os lubrificantes melhoram as características da mistura, todos estes materiais são
misturados com resinas em grãos antes da moldação.
2.1.3 PROPRIEDADES DOS PLÁSTICOS
Os plásticos possuem propriedades que diferem muito de outros materiais
utilizados em construções civis. Possuem densidade variando entre 0,92 e 2,70. A
dureza apresentada é inferior à dos metais, enquanto a absorção de água varia entre
0 e 14%, sendo que seu valor, em média, é inferior à 1%. Apresentam condutibilidade
térmica inferior à dos metais. Seu poder de dilatação térmica é bastante variável,
ficando entre 0,5𝑥10−5 𝑒 18𝑥10−5 . O módulo de elasticidade é baixo em relação aos
metais, porém aproxima-se ao da madeira.
Os materiais plásticos apresentam características de resistência mecânica
muito diversas. Além disso, o mesmo material pode também dar origem a valores de
resistência diferentes, quer seja no seu comportamento sob tração, sob compressão,
ou sob flexão. Esta diversidade representa, naturalmente, uma dificuldade no estudo
das características mecânicas destes materiais considerados na sua generalidade,
ao contrário do que sucede com os materiais tradicionais, para os quais essas
características são praticamente constantes.
A resistência ao impacto é bastante divergente. Os esponjosos apresentam
grande resistência, porém, em média, os metais apresentam índices superiores. A
resistência à tracção apresenta variação entre 60 e 3500 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚². A grande maioria
fica entre 500 e 600 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚². A resistência à compressão é de 560 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚² a um
valor pouco superior ao da madeira comum, enquanto a resistência à flexão apresenta
variação entre 120 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚² e 1410 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚².

SILAS GONÇALVES NEQUICE 7


2.1.4 Vantagens dos Plásticos
Os materiais plásticos apresentam muitas vantagens em relação aos materiais
metálicos, distinguem-se as principais:
 Podem ser fabricados rapidamente e com tolerância apertadas, a qualidade
das superfícies é excelente;
 Podem substituir os metais quando se pretende menor peso, resistência á
corrosão e resistência dielétrica3;
 Podem ser transparentes ou coloridos;
 Possuem a Capacidade de absorver sons ou vibrações;
 São fáceis de fabricar em relação aos metálicos e o custo final é muito baixo.
2.1.5 Desvantagens dos Plásticos
Em comparação com os metais os plásticos:
 São leves, menos dúcteis e mais suscetíveis a deformação sob cargas;
 Sob acção de cargas são viscoelásticos;
 A maior parte são inflamáveis;
 Baixa densidade e resistência ao calor;
 Baixa estabilidade dimensional;
 Possuem uma limitada resistência mecânica;
 Os Custos dos materiais podem ser bastante caros que outras matérias-
primas;
2.1.6 Classificação dos polímeros
Os polímeros são classificados segundo dois grupos:
i. Segundo as suas características a elevadas temperaturas, as quais ditam o
método de fabricação;
ii. Segundo o grupo de famílias químicas às quais tem o mesmo monómero;

Segundo o grupo de famílias químicas as quais tem o mesmo monómero, podem ser
classificados em:
 Termoplásticos - São os que não sofrem transformações químicas no molde e
não se tornam permanentemente endurecidos com aplicação de calor e
pressão;
 Termoendurecíveis - São obtidos através de calor (em fornos apropriados) com
ou sem aplicação de pressão, resultando num produto que é permanentemente
duro.

3– Resistência dieléctrica - de um certo material é um valor limite de campo elétrico aplicado sobre
a espessura do material (kV/mm), sendo que, a partir deste valor, os átomos que compõem o
material se ionizam e o material dielétrico deixa de funcionar como um isolante.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 8


Os plásticos em geral são caracterizados por apresentarem:
 Baixa densidade, baixa rigidez, boa resistência química;
 Elevado coeficiente de expansão térmica;
 Baixa condutibilidade térmica e eléctrica;
 Baixa resistência mecânica;
Os plásticos possuem as seguintes propriedades:
 É um material higiénico e asséptico;
 É um isolador térmico;
 Possui elevada durabilidade e fiabilidade Não corroer, não oxida e requer
pouca manutenção do que um outro material tradicional, pode ser concebido
para ter uma durabilidade limitada (plásticos biodegradáveis).

3. CONCEITO DE NOVO PRODUTO INDUSTRIAL


Um novo produto pode definir-se desde a perspectiva do cliente ou da empresa,
originando assim, conceitos diferentes. Segundo, Crawford (1984a) um produto do
ponto de vista da empresa, constitui qualquer artigo que não era anteriormente
produzido pela empresa, e que passou a ser, quer através do seu desenvolvimento e
industrialização próprios quer através da sua aquisição no exterior.
Do ponto de vista do mercado, a novidade de um produto determina-se pela
percepção que os potenciais utilizadores têm do novo produto, quando analisam a
sua adopção. Na perspectiva do cliente, as características da inovação, a capacidade
de assumir riscos e os níveis de mudança em padrões de comportamento definidos
constituem formas de novos produtos.
Um utilizador pode classificar como novos produtos, além dos que não conhece por
serem originais, os que adquire pela primeira vez, independentemente de já existirem
no mercado, ou aqueles que identifica de forma diferente, em consequência de
estratégias de reposicionamento desses produtos no mercado.
Segundo, Booz, Allen e Hamilton (1982), o grau de novidade com que os produtos
são identificados pelas empresas e pelo mercado, distinguem-se seis categorias de
novos produtos:
 Produtos novos para o mercado;
 Novas linhas de produtos;
 Introdução de produtos nas linhas actuais da empresa;
 Melhorias ou revisões de produtos existentes;
 Reposicionamento;
 Reduções de custos.
Normalmente, as empresas esforçam-se em fazer uma combinação ideal das seis
categorias de novos produtos, que os permita aproveitar todo o potencial das
tecnologias que utilizam para a satisfação das diferentes preferências dos clientes e,

SILAS GONÇALVES NEQUICE 9


por outro lado, antecipar a obsolescência dos produtos iniciando a exploração de
novas possibilidades tecnológicas.
O grau de novidade de um produto também pode ser definida em função da tecnologia
incorporada e dos objectivos propostos para o mercado, onde o produto é
comercializado.
Segundo, Yoon e Lilien (1985), definem o que é um novo produto em comparação
com o que constitui um produto reformulado. Um novo produto implica uma mudança
tecnológica que lhe permita ser competitivo em novos mercados, ou a aplicação, pela
primeira vez, de tecnologia nunca antes incorporada no produto. Os produtos
reformulados incluem modificações que afectam a sua utilização, reduzem o seu
custo e possibilitam uma maior duração.
Johne e Snelson (1989), propuseram de forma semelhante a Smith (1981), uma
classificação dos desenvolvimentos de novos produtos industriais. Esta classificação
diferencia vários níveis de novidade na tecnologia utilizada, no mercado alvo e na
estratégia de marketing utilizada na comercialização do produto. O resultado da sua
análise proporcionou duas categorias básicas de desenvolvimentos de novos
produtos:
i. O desenvolvimento de produtos existentes, em que se incluem todas as
melhorias, extensões e actualizações realizadas nos produtos das linhas
existentes;
ii. O desenvolvimento de produtos novos, em que se inclui apenas as novas
linhas de produtos da empresa.
A principal novidade da sua abordagem consiste em identificar diferentes níveis de
risco associados a cada tipo de desenvolvimento de novos produtos.
O risco no lançamento de novos produtos aumenta com a utilização de novas
tecnologias, que podem não proporcionar os resultados de funcionamento esperados,
a satisfação de novos mercados em que a empresa não tem qualquer experiência, e
o desenvolvimento de novas políticas de marketing para a comercialização dos
produtos. A intersecção de cada um destes elementos acrescenta níveis de risco a
qualquer projecto de desenvolvimento de um novo produto industrial. E qualquer
caso, as empresas devem manter um equilíbrio adequado entre os diferentes
elementos, para que o nível de risco resultante se mantenha dentro de valores
aceitáveis, sustentando assim o crescimento do grupo ou da organização.
No presente trabalho importa considerar, que o desenvolvimento de um novo produto
envolve uma afectação de recursos humanos e financeiros e um nível de crescimento
potencial diferente. O desenvolvimento de novos produtos, pressupõe maiores níveis
de envolvimento da empresa, maior perda de recurso em caso de fracasso e maiores
expectativas de lucros em caso de êxito.
Deste modo, entende-se como novos produtos: Os produtos incluídos em novas
linhas de produto tecnologicamente avançadas ou os produtos incluídos nas linhas
de produto existentes, mas que apresentam uma ruptura tecnológica e inovadora com
os restantes produtos dessas linhas.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 10


O mercado aonde se destinam os novos produtos é um dos factores de risco que irá
influenciar o êxito do produto ou não. Porém, o grau de novidade de um produto pode
ser elevado, independentemente do tipo de mercado de destino selecionado para
comercializar o produto em questão.
Em defesa do conceito proposto, pode referir-se que em alguns dos trabalhos mais
recentes, por mais que não exista uma definição explícita, foi selecionado como
objecto de estudo: Novos produtos em que foi considerada a hipótese de enfrentar
novos competidores, mercados ou necessidades insatisfeitas, o que indica,
principalmente, o desenvolvimento de novas linhas de produtos [Yap e Souder, 1994;
Johne e Rowntree,1991].
3.1.1 Causas do fracasso das inovações de produto nos mercados
industriais
O desenvolvimento de novos produtos tornou-se num dos factores determinantes do
êxito empresarial.
Os novos produtos têm um impacto fundamental sobre os lucros das empresas.
Segundo [Griffin, 1997c], em 1982 os estudos realizados pela associação de
desenvolvimento e gestão de produto mostram que os novos produtos representam
23% dos lucros das empresas. Em 1990, essa percentagem passou para 33,2% e em
1995 para 30%, os números mostram claramente que há um impacto significativo nos
lucros da empresa.
Associadas ao processo de desenvolvimento de novos produtos, apresentam-se
dificuldades crescentes. Os estudos realizados, permitem estimar uma taxa de êxito
na introdução de novos produtos no mercado inferior a 60%.
 No Reino Unido, a taxa de êxito situa-se nos 54,3 % [Scot, Shipley e Forbes,
1992]
 Nos EUA, as taxas de êxito oscilam entre 47%, no valor obtido pela sociedade
ACNielsen para o sector de produtos cosméticos, de artigos de manutenção e
de alimentação, os 55% referido por Maidique e Zirger (1984). As observações
mais recentes provêm do estudo realizado pela “Produt Development and
Managment Association”, com uma taxa de êxito de 59% [Griffin, 1997c], e do
trabalho de Karakaya e Kobu (1994), em que a taxa de êxito estava em 68%
para as empresas de alta tecnologia e de 60% para as restantes.
 No japão, a taxa de êxito foi estimada em 59.8% [Scott, Shipley e Forbes,
1992].
Existem muitos exemplos que mostram claramente a dificuldade de alcançar êxito
no lançamento de um novo produto. Quando Henry Ford liderava o
desenvolvimento de novos veículos fracassou com o lançamento do seu modelo
Edsel 1950, perdendo mais de 100 milhões de dólares.
A SONY sofreu perdas avultadas quando apostou no sistema de vídeo BETAMAX,
e não no sistema VHS, e que pouco tempo depois se converteu no padrão do
mercado.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 11


Alguns exemplos confirmam que uma elevada percentagem dos recursos, que as
empresas investem no desenvolvimento de novos produtos, são incorretamente
utilizados em projectos que fracassam após a sua introdução no mercado ou,
abandonados antes da introdução no mercado. Estima-se que 46% dos recursos
investidos pelas empresas Norte-Americanas são atribuídos a projectos que
fracassam ou são anulados [Nobelius e Trygg, 2002].
O problema enfrentado pelas empresas consiste em definir os factores que
determinam o êxito dos novos produtos, para poder estabelecer, antecipadamente
a que projectos devem atribuir os seus escassos recursos. Em virtude da
importância que o problema adquiriu, desenvolveram-se numerosas investigações
que procuram identificar esses factores.
Um dos trabalhos iniciais foi realizado por Myers e Marquis (1969). Este estudo
utiliza dados de 567 produtos e processos desenvolvidos com êxito em mais de
100 empresas e 5 sectores. Os resultados deste estudo evidenciam a importância
dos aspectos comerciais, acima dos tecnológicos, como determinantes do êxito
do processo de desenvolvimento, e a importância da integração funcional para
êxito dos novos produtos, após a este trabalho, seguiram-se outros que, através
da mesma metodologia (análise de projecto desenvolvidos com êxito,
exclusivamente), observou-se a importância de uma orientação para o mercado
como elemento determinante do êxito.
O projecto SAPPHO ( Scietific activity predictor from patterns with heuristic origins)
foi o primeiro trabalho de investigação a incluir dados relativos a êxitos e fracassos
[ Rothwell, Freeman, Horseley, Jervis e Robertson, 1974]. Foram feitos 43 pares
de êxito/fracasso de empresas químicas e fabricantes de instrumentos científicos
do reino unido, a partir deste projecto foram identificados 41 factores relacionados
significativamente com o êxito dos novos produtos, de todos os factores destacam-
se as necessidades, orientação para o mercado, desenvolvimento eficiente e
liderança da gestão de topo.
Os factores que determinam o êxito e o fracasso dos novos produtos, segundo
[Tothwell, 1992], são:
 Adequado conhecimento das necessidades dos utilizadores;
 Atenção à política de marketing e à publicidade;
 Eficiência na forma de realizar o processo de desenvolvimento de novos
produtos
 Utilização eficiente de tecnologias externa à empresa e da comunicação
com os centros de “Know-how” associados a essa tecnologia;
 Antiguidade na empresa e autoridade dos executivos responsáveis pelo
processo de desenvolvimento de novos produtos
Os estudos foram posteriormente actualizados [Cooper e kleinnschimidt, 1990;
Cooper, 1990; Cooper e Kleinsmidt, 1987a; Cooper, 1985], tendo sido confirmados os
resultados do primeiro estudo. Estes estudos identificaram 11 factores relacionados
com êxito na introdução de novos produtos no mercado. Segundo o mesmo estudo o
factor mais determinante do êxito do produto é a vantagem do produto, isto é, a

SILAS GONÇALVES NEQUICE 12


superioridade e singularidade do novo produto em relacção aos produtos
concorrentes, destaca-se em segundo o conhecimento do mercado e a orientação
tecnológica do novo produto. Existem factores identificados que influencia no fracasso
do produto: preço relativo mais elevado, dinâmica e competitividade do mercado.
Os resultados dos estudos segundo [Cooper e Kleinsmidt (1993ª, 1993b)], resumem-
se em quinze regras de êxito de um novo produto no mercado:
i. Um produto superior;
ii. Uma forte orientação para o mercado;
iii. Um conceito de produto global;
iv. Análise inicial intensiva;
v. Definição exacta de conceito;
vi. Um plano de lançamento estruturado;
vii. Coordenação inter funcional;
viii. Apoio da gestão de topo;
ix. Utilização de sinergias
x. Nível de atraccão/ propensão dos mercados;
xi. Pré-selecção dos projectos
xii. Nível de qualidade do acompanhamento do novo produto após a sua
introdução no mercado;
xiii. Disponibilidade dos recursos;
xiv. Importância do factor tempo e;
xv. Necessidade de um processo por etapas.
Segundo [Cooper 1998], assinala a existência de 3 factores chave para o êxito das
inovações no que concerne ao desenvolvimento de novos produtos:
i. Um processo de desenvolvimento de elevada qualidade, em que se requere:
 Ênfase nas áreas anteriores ao processo de Design;
 Correcta e antecipada definição do produto;
 Forte orientação para o mercado;
 Existência de pontos de revisão onde se decida sobre a continuidade ou o
abandono do projecto;
 Ênfase na qualidade de execução das actividades;
 Realização de todas e cada uma das etapas do projecto;
 Flexibilidade do processo.

ii. Estratégia de desenvolvimento clara e explícita:


 Objectivo para as diferentes unidades de negócio;
 Comunicar a empresa o papel do desenvolvimento de novos produtos nos
objectivos da empresa;
 Fixar objectivos a longo prazo que permitam o desenvolvimento de
inovações radicais

iii. Recursos adequados para o desenvolvimento de novos produtos:

SILAS GONÇALVES NEQUICE 13


 Gestão de topo terá de atribuir os recursos necessários para o processo de
desenvolvimento;
 O orçamento de I&D terá de ser adequado;
 Os recursos humanos necessários estão no lugar adequado e podem
dedicar o tempo necessário ao processo de desenvolvimento.
Os trabalhos do estudo “Stanford Innovation Project”, da Universidade de Stanford,
sobre a indústria Electrónica dos EUA, pode-se extrair cinco conclusões importantes:
a) Uma organização e gestão interna excelentes são críticas para o êxito do
produto;
b) Os novos produtos devem proporcionar ao cliente um valor acrescentado
significativo;
c) As empresas devem escolher projectos compactíveis com as suas
capacidades tecnológicas, comerciais e organizacionais;
d) O compromisso da gestão de topo e o seu apoio no processo de
desenvolvimento é um elemento essencial para o êxito;
e) O meio envolvente do mercado também define a probabilidade de êxito dos
produtos, consequentemente, os produtos terão maiores possibilidades de
êxito em mercados de reduzida rivalidade competitiva.

Figura 1-Êxito dos novos produtos


Fonte: Cooper, 1998

Após um processo de avaliação das literaturas, foram identificadas algumas variáveis


predominantes, assim como as acções preventivas.
Avaliação do desenvolvimento de novos produtos, Segundo Manuel j. Lopes Nunes
[2004], são:
1. Necessidades do cliente:
 Fontes de Conflito - Falta de compreensão adequada das necessidades dos
clientes, dos benefícios de que realmente esperam obter através dos produtos.
 Medidas preventivas - Análise permanente das preferências e gostos dos
clientes, compreensão e acompanhamento durante o desenvolvimento.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 14


2. Análise da concorrência:
 Fontes de Conflito - Conhecimento insuficiente das forcas e fraquezas dos
concorrentes, ignorância das suas estratégias competitivas e o tipo de oferta.
 Medidas Preventivas - Evitar o sentido de superioridade da organização,
estudo sistemático das acções da concorrência e suas vantagens
competitivas.

3. Conhecimento do mercado:
 Fontes de conflito - Desconhecimento das características dos mercados, em
relacção ao potencial de vendas, ritmo de crescimento, incerteza.
 Acções preventivas - Definição adequada do mercado a que se destina a
inovação, análise da previsão da procura durante o desenvolvimento,
avaliação das contingências futuras.

4. Conceito do produto:
 Fontes de conflito - Excessiva orientação para o produto, ausência de
benefícios superiores, reais ou diferenciados para os clientes, falta de exatidão
na definição dos desempenhos que deve apresentar.
 Medidas Preventivas - Orientação para o cliente no desenvolvimento,
identificação de benefícios chave, teste de conceito e de produto anteriores à
introdução no mercado.

5. Comunicação Organizacional:
 Fontes de Conflito – Ausência da adequada comunicação entre departamentos
e elementos da empresa ou entre estes e os interlocutores externos.
 Medidas Preventivas- preocupação com o desenvolvimento de comunicações
fluidas a todos os níveis, envolvimento da gestão de topo, incentivos ao
diálogo.

6. “Time-to-Market”
 Fontes de conflito – Períodos de desenvolvimento mais longos do que o
previsto, custos elevados, atraso na data de introdução no mercado,
desaproveitamento de oportunidades.
 Medidas Preventivas - Projectos de processos flexíveis, incorporação de
técnicas de aceleração, conceito de produto explícito e que não necessitem de
modificações posteriores, atribuição de recursos suficiente.

7. Atitude da Direcção:
 Fontes de conflitos – Diminuta preponderância para a actividade de inovação,
atitude desfavorável perante a necessidade de assumir riscos, ausência de
diálogo estratégico.
 Medidas preventivas – Gestão participativa e flexível, criação do clima
adequado para a inovação, envolvimento da gestão de topo, compromisso de
recursos humanos e financeiros.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 15


8. Tecnologia:
 Fontes de conflitos – ausência de conhecimentos necessários na empresa
para realizar convenientemente a exploração da tecnologia que se pretende
utilizar ou para que o produto incorpore os desempenhos requeridos.
 Medidas preventivas – Desenvolvimento da estratégia tecnológica que permite
à organização estar consciente dos recursos disponíveis e dos que necessita
criar para manter a sua competitividade.

9. Capacidade de Marketing:
 Fontes de Conflitos – Ausência das capacidades de marketing necessárias
para a comercialização do produto, desenvolvimento insuficiente de
estratégias.
 Medidas Preventivas – Incorporação da orientação para o mercado como
forma de potenciar o desenvolvimento de estratégias de marketing e o controlo
dos recursos disponíveis.

10. Canais de distribuição:


 Fontes de Conflitos – O produto não recebe o apoio esperado dos canais de
distribuição, de forma que não chega ao cliente final nas condições previstas.
 Medidas Preventivas - Possíveis conflitos com o canal de distribuição serão
avaliados na escolha das oportunidades de mercado selecionáveis.

11. Meio Envolvente:


 Fontes de Conflitos – Mudanças no meio envolvente empresarial que
suponham novas restrições económicas, tecnológicas, laborais ou de
produção.
 Medidas Preventivas – Projectos flexíveis e análise estratégica permanente do
meio envolvente.

12. Serviço de Apoio Pós-venda:


 Fontes de Conflitos – Ausência de serviços adequados após o processo de
venda ou durante a instalação.
 Medidas Preventivas – Consideração de serviço de apoio pós-venda como um
elemento básico do benefício proporcionado, análise da repercussão anterior
à introdução do novo produto no mercado.
A avaliação do desenvolvimento de novos produtos, pode-se dividir em quatro
factores, nomeadamente:
 Factores estratégicos;
 Factores de processo;
 Factores do meio envolvente;
 Factores organizacionais.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 16


Quadro 1- Avaliação do Desenvolvimento de Novos Produtos

Factores estratégicos Factores de processo


1. Vantagem do produto: 1. Protocolo:
Pretende-se que o produto seja Faz referência ao conhecimento e
percebido como superior aos da compreensão na empresa de diversos
concorrência, em termos de qualidade, aspectos de mercado e tecnológicos
funcionamento, relação custo/benefício. relativos ao novo produto e que é
necessário especificar antes de iniciar
qualquer processo de desenvolvimento.
Por exemplo, o mercado-alvo do novo
produto, as especificações que deve
satisfazer...
2. Sinergia de marketing: 2. Excelência nas actividades
Representa o grau de adequação preliminares:
existente entre as necessidades do Refere-se à capacidade demonstrada
projecto e os recursos e capacidades da em executar actividades anteriores ao
empresa, em relação às variáveis de início do processo de desenvolvimento e
marketing. imprescindíveis para justificar a sua
viabilidade.
3. Sinergia tecnológica: 4. Excelência nas actividades de
Representa o grau de adequação marketing:
existente entre as necessidades do Reflecte o grau de acerto com que se
projecto e os recursos e capacidades da desenvolvem as actividades de
empresa, em relação à I&D, produção e investigação de mercados, teste de
engenharia. produtos, experiências comerciais em
mercados de ensaio, publicidade,
distribuição, lançamento de novos
produtos e serviço.
5. Estratégia: 3. Excelência nas actividades
Indica o tipo de estratégia de produto, técnicas:
que determina o desenrolar do projecto Refere-se à eficiência no
e inclui as medidas do posicionamento desenvolvimento físico do produto, nos
seleccionado, assim como da testes de laboratório, na produção
adequação do produto à estratégia experimental, no início da produção e na
global da empresa. obtenção da tecnologia necessária.
4. Recursos da empresa: 5. Apoio, controlo e capacidades
Correspondentes a níveis mais gerais da gestão de topo:
que o tecnológico ou o de marketing, Refere-se ao nível de apoio que a gestão
como, por exemplo, capital financeiro, de topo atribui ao projecto, assim como
humano, meios de produção... e o acompanhamento que realiza, o
representa a compatibilidade dos compromisso diário que assume e o
mesmos com as exigências do mercado. controlo que exerce sobre esse mesmo
projecto. Também se incluem as acções
da direcção no âmbito estratégico.

Fonte: Manuel J. Nunes, 2004

SILAS GONÇALVES NEQUICE 17


Quadro 1 - Avaliação do Desenvolvimento de Novos Produtos (Continuação)

Factores estratégicos Factores de processo


6. Potencial do mercado: 7. Comunicações
Mede o tamanho do mercado, suas externas/internas:
expectativas de crescimento, o nível de Refere-se à coordenação e cooperação
necessidade do produto para o dentro da empresa, entre
utilizador e a importância da compra. departamentos e com as outras
empresas.
8. Competitividade do mercado: 9. Factores organizacionais:
Reflecte a intensidade da concorrência, Analisa-se a estrutura organizacional da
em relação ao preço, qualidade, serviço, empresa, especialmente no que se
ou nível de distribuição. refere ao processo de desenvolvimento
de novos produtos, embora também se
incluam avaliações do comportamento,
tamanho, centralização, sistema de
pagamentos e projecto de postos de
trabalho.
10. Meio envolvente:
Procura-se recolher as características
do meio envolvente operacional da
empresa, em relação ao nível de
incerteza e regulamentação.
Fonte: Manuel J. Nunes, 2004

O quadro [2] resume as principais características de cada linha de investigação, as


suas limitações e as investigações mais proeminentes dentro de cada grupo. Em
relacção as limitações assinaladas, é necessário realçar que não questionam a
relevância dos trabalhos referidos no campo de inovação de produto, nem a
importância e a validade das conclusões obtidas a partir desses estudos. Qualquer
estudo representa restrições ao seu próprio desenvolvimento, de forma que apenas
se sintetizam as mais comuns em cada grupo. No entanto, é necessário ter presente
que existe uma evolução temporal evidente de umas linhas de investigação para
outras, deste modo, a eliminação de umas limitações em favor de outras.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 18


Quadro 2-Linhas de Investigação na Literatura de Novos Produtos

Plano Racional
Características: Limitações:

O desenvolvimento com êxito de novos A utilização de um número excessivo de


produtos é consequência de processos variáveis em muitas investigações
planeados e desenvolvidos de modo origina uma grande diversidade de
racional; isto é, as probabilidades de recomendações práticas – até 40 ou 50
ocorrerem resultados positivos em alguns casos –, o que limita a
aumentam quando o produto oferece operacionalidade dos resultados.
vantagens claras ao mercado, tem como Predominam as análises exploratórias e
destino mercados atractivos e existe variadas, sendo frequente a definição
uma boa organização interna. Em inexacta das variáveis contempladas. As
concreto, uma boa organização interna fontes de informação baseiam-se na
implica a atenção às fases anteriores ao valorização de apenas um indivíduo,
desenvolvimento, a concorrência de com a subjectividade que este comporta.
equipas de novos produtos competentes Não se integram as conclusões obtidas
e devidamente coordenadas, que com as abordagens de outras disciplinas
saibam aproveitar as sinergias da que possam ser relevantes.
empresa, e o apoio incondicional da
gestão de topo.
Estudos representativos: Rothwell et al. (1974); Cooper (1979b);Cooper e Kleinschmidt
(1987a);
Rede de Comunicação
Características: Limitações:

A premissa básica desta linha de O principal erro desta abordagem é que


investigação consiste em que a ignora os efeitos na inovação de outro
comunicação entre os membros das tipo de variáveis associadas à
equipas de desenvolvimento, e entre comunicação. Ainda que
estes e os agentes externos, estimula a metodologicamente se superem erros
eficácia das equipas – ao melhorar-se a anteriores – utilização da análise
informação disponível – e aumenta as multivariável, vários informadores,
probabilidades de êxito. Deste modo, a empreendedores mais capazes –, as
comunicação externa contribui para o medidas de resultado utilizadas são
resultado favorável ao criar um diálogo mais subjectivas. Também não se
político que permite ao grupo garantir os considera a possibilidade de que a
recursos necessários para o seu necessidade dos fluxos de informação
correcto funcionamento. possa estar modulada pelo tipo de
inovação.
Estudos representativos: Ancona e Caldwell (1990); Dougherty (1990); Dougherty e
Bowman (1995).
Fonte: Elaborado a partir de Brown e Eisenhardt (1995)

SILAS GONÇALVES NEQUICE 19


Quadro 2 - Linhas de Investigação na Literatura de Novos Produtos (Continuação)

Solução de problemas disciplinada


Características: Limitações:
O êxito depende da existência de As propostas desta linha de investigação
equipas multidisciplinares responsáveis carecem, em algumas ocasiões, de
pelo desenvolvimento de novos realismo prático. Assim, ignoram-se as
produtos que disponham de dificuldades que podem resultar da
determinada autonomia para evidenciar motivação e formação adequada de
a solução do problema. É necessário, no equipas e o trabalho dissimulado; do
entanto, a existência da figura do líder do mesmo modo, encomendam-se ao líder
projecto que evite que os esforços se do projecto a execução de uma série de
dissipem na abordagem estratégica do tarefas muito especializadas e
conceito de produto. A chave está no complexas. Além disso, o significado de
equilíbrio entre a liberdade para procurar algumas variáveis como o controlo, a
soluções eficazes a nível do projecto e a visão do produto ou a orientação
autoridade a nível executivo. sistemática não é suficientemente claro
e a maior parte das conclusões referem-
se a empresas japonesas.
Estudos representativos: Clark e Wheelwright (1993); Iasinti (1993).
Fonte: Elaborado a partir de Brown e Eisenhardt (1995)

3.1.2 Medidas do resultado de um novo produto industrial


Antes de analisar os factores que condicionam os resultados da inovação, é
necessário definir o que se entende por êxito ou fracasso de um novo produto. Em
geral distingue-se dois grandes grupos de medidas:
 Às pesadas (hard) ou de carácter financeiro que são as que predomina;
 Às leves (soft), que são as subjectivas, ou não se refere a contribuições dos
novos produtos directamente quantificáveis em termos económicos.
No entanto, Griffin e Page (1996), mencionam esta classificação identificando cinco
grandes conjuntos em que agrupam os diferentes critérios aplicados:
1. Medidas de adoção do cliente;
2. Medidas de rendimento financeiro;
3. Medidas de resultado no âmbito corporativo;
4. Medidas de resultado ao nível de programa de desenvolvimento de novos
produtos;
5. Medidas de resultado ao nível de projecto.
O crescimento através do desenvolvimento de novos produtos é mais importante para
as empresas prospectivas e analisadoras do que para as reactivas ou defensivas.
Deste modo, as medidas mais adequadas para avaliar o grau de êxito dos programas
de novos produtos são as indicadas, por ordem de importância, no quadro 10.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 20


Quadro 3 - Medidas de resultado mais adequadas segundo a estratégia empresarial

Prospectiva Analisadora Defensiva Reactiva

- Percentagem de - Nível em que os - Rentabilidade do - Rentabilidade do


benefícios obtidos produtos se investimento do investimento do
de produtos com ajustam à programa de programa de
menos de «n» estratégia do desenvolvimento desenvolvimento
anos. negócio. de novos de novos
- Nível em que o - Rentabilidade do produtos. produtos.
desenvolvimento investimento do
dos produtos programa de - Nível em que os - Relação
existentes coloca desenvolvimento produtos se êxitos/fracassos.
a empresa em de novos ajustam à
condições de produtos. estratégia do - Nível em que os
aproveitar as negócio. produtos se
oportunidades - Percentagem de ajustam à
futuras. benefícios obtidos estratégia do
- Percentagem de de produtos com negócio.
vendas derivadas menos de «n» - Êxito global do
de produtos com anos. programa desde
menos de «n» - Relação uma perspectiva
anos. êxitos/fracassos. subjectiva.

Fonte: Elaborado a partir de Griffin e Page (1996)

4. Novos Produtos
Os materiais á produzir destinados a indústria de construção civil, são listados a
baixo:
 Bucha de Redução Roscável;
 Cruzeta Roscável;
 Curva 90° Roscável;
 Joelho 45° Roscável;
 Joelho 90° Roscável;
 Juncão 45° Roscável;
 Luva de redução Roscável;
 Plug Roscável (Bujão);
 Tê de redução Roscável;
 Tê Roscável;
Os produtos listados acima terão o diâmetro normalizado em ½’’ e ¾’’. Adiante
apresentam-se as características técnicas dos novos produtos.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 21


4.1 Características Técnicas dos Produtos
As peças apresentadas para o dimensionamento, são Conexões utilizadas para
executar união entre tubos e/ou conexões roscáveis, estas conexões servem para
conduzir e armazenar água potável nos sistemas prediais de água fria, em condições
adequadas de temperatura e pressão e para instalações onde haja necessidade de
desmontagem da linha para mudança de projecto ou manutenções, apresentam
benefícios bastante importantes para indústria de construção civil, respectivamente:
 Possibilidade de atender a todos os projetos desta área;
 Facilidades de transporte, armazenamento e manuseamento;
 Baixo peso;
 Fácil montagem/desmontagem;
 Suporta uma pressão de serviço até 75.m.c.a (734,8 kPa até ∅50𝑚𝑚);
A norma utilizada para o dimensionamento das peças é pela TIGRE para a fabricação
dos tubos e conexões de PVC roscáveis é a PeCp 34 (para tubos) e NBR 5648 (para
conexões). As roscas são fabricadas conforme NBR ISO 7/1. Para a instalação, deve
ser seguida a norma NBR 5626 - Instalação Predial de Água Fria.

Tabela 1-Densidade de Plásticos

Tipo de Plástico Densidade


(0,9-1,5 g/cm3)
PEBD Polietileno de baixa densidade 0,91-0,93
PEAD Polietileno de alta densidade 0,95-0,96
PP Polipropileno 0,9-0,91
PS Poliestireno 1,04 – 1,07
ABS Termopolímero de acrinonitrila-butadieno- 1,05 – 1,07
estireno
PU Poliuretano 1,11 – 1,25
PC Policarbonato 1,2
PVC Policloreto de Vinila 1,30-1,35
PET Politereftalato de etileno 1,35
Fonte: Ferrara, 1999

Os produtos a serem produzidos apresentam as seguintes características Técnicas


dos produtos:
 Fabricados de PVC - Cloreto de Polivinila, cor branca;
 Temperatura máxima de trabalho: 20 ºC;
 Diâmetros disponíveis: ½” , ¾” ;
 Pressão de serviço (a 20ºC): 7,5 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚² (75 m.c.a.);
 Tipo de Rosca: BSP;
 Roscáveis.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 22


4.1.1 Características do material
O PVC é um polímero termoplástico pertencente à família do etileno, na qual
predomina uma cadeia de átomos de carbono (C) que pode ter vários ligados a
cadeia.
Este material plástico possui grande importância devido à sua grande
versatilidade, ou seja, com a adição de aditivos como plastificantes, lubrificantes,
estabilizantes, pigmentos e corantes, cargas entre outros aditivos, é possível obter
uma infinidade de “grades” com propriedades muito diferentes para diversas
aplicações.
No caso do PVC, os átomos de cloro (CL) substituem alguns átomos de
hidrogénio (H), representa-se pela seguinte fórmula molecular:
(𝐶2 𝐻3 𝐶𝐿)𝑛
Onde:
𝑛 – É o Número de monômeros.
A presença do cloro na cadeia do polímero torna o PVC um dos termoplásticos
conhecidos mais versáteis. Devido à instabilidade da ligação carbono-cloro na cadeia,
o polímero é sensível à temperaturas acima de 700º C e à luz ultravioleta. Ele é
compatível com diversos aditivos que, dependendo das quantidades empregadas,
podem modificar completamente as características dos produtos finais, obtendo-se
produtos transparentes ou opacos, rígidos ou flexíveis, etc. É possível também
diversas formas de processamento como extrusão, injeção, entre outras. É
quimicamente inerte: não é afetado por ácidos, bases, soluções aquosas e mesmo
fortes agentes oxidantes têm fraca ação sobre o material.+
A estrutura molecular do PVC é mostrada na figura 2.

Figura 2-Estrutura molecular do PVC

SILAS GONÇALVES NEQUICE 23


As características gerais do PVC são:
 São leves (1,4g/cm3), facilita o manuseio e aplicação;
 Resistente à ação de fungos, bactérias, insetos etc;
 Resistente à maioria dos reagentes químicos;
 Excelente isolante térmico, elétrico e acústico;
 Sólido e resistente a choques;
 Impermeável a gases e líquidos;
 Resistente às intempéries;
 Não propaga chamas, é auto-extinguível;
 Reciclável;
 Fabricado com baixo consumo de energia.
Tabela 2-Propriedades do PVC

Propriedades Valor
Índice de refração, [h] 1,53 - 1,56
Resistência à tensão, 1000psi 7-9
Resistência à compressão, 1000psi 9 -11
Elongação (em 5cm) % 4-6
Dureza Rockell [R] 115 - 125
Temperatura de amolecimento [oC] 60 - 90
Temperatura de carbonização [oC] ~400
Temperatura de soldagem [oC] ~200
Densidade Relativa [g/cm3] 1,4
Absorção de água (24h) [%] 0,10
Coeficiente de expansão térmica 3,7
Fonte:
O Policloreto de vinilo (PVC), apresenta-se como umas das melhores opções para a
busca de soluções inovadoras tecnológicas que facilitem o desenvolvimento dos
empreendimentos. Apresenta uma densidade de 0,9-1,5 g/cm3, esta baixa densidade
constitui uma das características importantes do material a ser usado para a
produção.
4.1.2 Vantagens, Desvantagens e Reciclagem
O Policloreto de vinilo (PVC), apresenta-se como umas das melhores opções para a
busca de soluções inovadoras tecnológicas que facilitem o desenvolvimento dos
empreendimentos, possui algumas vantagens como:
 A alta concentração de cloro permite a mistura do PVC com vários tipos e
quantidades de aditivos, possibilitando uma grande versatilidade nas
formulações;
 O cloro contido no PVC confere a ele uma propriedade de retardância de
chama quando exposto ao fogo;
 Alta resistência mecânica, rigidez e dureza;
 Baixa resistência ao impacto;
 Translúcido ou transparente;

SILAS GONÇALVES NEQUICE 24


 Alta resistência química.
Destacam-se algumas desvantagens deste material como:
 A fumaça toxica exalada e a formação do acido clorídrico quando ele é
queimado.
Estudos demonstraram que o PVC é um material amigo do ambiente, devido a
capacidade de ser reciclado e reciclável, obtido através de processos mecânicos,
químicos ou energéticos. O Símbolo da reciclagem para o PVC é apresentado na
figura

Figura 3-Símbolo de reciclagem do PVC

A indústria de construção civil é responsável pelo maior consumo do PVC, devido a


sua versatilidade, durabilidade e baixa manutenção. O PVC quando comparado com
materiais como a madeira, metais e cerâmicas, apresenta excelente relação Custo x
Beneficio, é mais eficiente em outras características como resistência química a
intempéries, isolamento térmico e acústico, fácil instalação.
Quanto maior o comprimento da molécula, maior será a resistência mecânica e
maior a resistência ao calor.

4.1.3 Bucha de Redução Roscável


A Bucha de Redução roscável é de fácil instalação, possui função de conduzir
água fria. É utilizada em Instalações prediais e indústria.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 25


Especificações:
Por possuir uma espessura considerável, mantém a integridade da rosca
interna e instalações aparentes, contra eventuais choques ou impactos. O sistema de
rosca, facilita a desmontagem e o manejamento das peças e excelente resistência
química.

Figura 4-Bucha de Redução Roscável


A Tabela 3 apresenta as características técnicas da bucha de redução
Roscável.
Tabela 3- Características técnicas da bucha de redução Roscável

Cotas 3/4” x 1/2”


A 26,5
B 8
C 3/4”
D 1/2”
Peso (kg) 0,010
Material PVC

Anexo 1: Desenho do Produto- Bucha de Redução Roscável


4.1.4 Cruzeta Roscável
A linha Roscável atende a norma [PeCP 34, da Cediplac]. Para proteção da
tubulação contra a acção dos Raios U.V, recomenda-se uma pintura com tinta a base
de água, não sendo indicadas tintas com base em solventes ou óleo, pois estes
podem acarretar na perda da resistência da tubulação.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 26


Figura 5-Cruzeta Roscável
A Tabela 4 apresenta as características técnicas da Cruzeta Roscável.
Tabela 4- Características técnicas da Cruzeta Roscável

Cotas 3/4” 1/2”


A 65,5 56
B 32,75 28
D 3/4 1/2

Anexo 2: Desenho do Produto- Cruzeta Roscável

4.1.5 Curva 90° Roscável


A curva 90º Roscável é de fácil instalação, para conexões em que o ângulo é
de 90º, o produto possui a função de conduzir água fria, utilizada nas instalações
prediais e industriais, possui duas roscas exteriores nas extremidades superior e
inferior Respectivamente. O Sistema de rosca facilita a montagem e desmontagem
de outos elementos de conexão. A linha Roscável atende a norma PeCP 34, da
Cediplac.

Figura 6-Curva 90° Roscável


A Tabela 5 apresenta as características técnicas da Curva 90° Roscável.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 27


Tabela 5-Características técnicas Curva 90° Roscável

Cotas 3/4” 1/2”


A 62,3 50,5
D 3/4 1/2
R 42 53

Anexo 3: Desenho do Produto- Curva 90° Roscável

4.1.6 Joelho 45° Roscável


O joelho 45º roscável tem a função de conectar elementos que formam um ângulo de
45º, o produto possui a função de conduzir água fria, utilizada nas instalações prediais
e industriais, possui duas roscas na superfície interna da peça nas extremidades
superior e inferior Respectivamente. O Sistema de rosca facilita a montagem e
desmontagem de outos elementos de conexão.

Figura 7-Joelho 45° Roscável


A Tabela 6 apresenta as características técnicas da Curva 45° Roscável.
Tabela 6-Características Técnicas da Curva 45° Roscável

Cotas 1/2” 3/4”


A 22 25
D 1/2 3/4

Anexo 4: Desenho do Produto- Joelho 45° Roscável

4.1.7 Joelho 90° Roscável


O joelho 90º Roscável, apresenta características iguais a peça representada na
Figura 7, porém possui a particularidade de conectar elementos que formam um
ângulo de 90º entre si. É projectada para conduzir água fria em edifícios, apresenta
duas roscas internas nas duas extremidades da peça, as roscas são produzidas
segundo a Norma PeCP 34.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 28


Figura 8-Joelho 90° Roscável
A Tabela 7 apresenta as características técnicas do Joelho 90° Roscável.
Tabela 7-Características Técnicas do Joelho 90° Roscável

Cotas 1/2” 3/4”


A 28 32,5
D 1/2 3/4

Anexo 5: Desenho do Produto- Joelho 90° Roscável

4.1.8 Juncão 45° Roscável


A junção 45º Roscável, é projectado para conectar dois elementos, com o destino de
dar continuidade ao fluido conduzido em dois ângulos simultaneamente, ou seja, em
um ângulo de 45º e um ângulo paralelo ao fluxo conectar elementos. É projectado
para conduzir água fria em edifícios, apresenta três roscas nas todas extremidades
da peça, as roscas são produzidas segundo a Norma PeCP 34.

Figura 9-Juncão 45° Roscável


A Tabela 8 apresenta as características técnicas do Juncão 45° Roscável.
Tabela 8-Características Técnicas da Juncão 45° Roscável

Cotas 1/2” 3/4”


A 67 78
B 45 53,5
D 1/2 3/4

Anexo 6: Desenho do Produto- Juncão 45° Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 29


4.1.9 Luva de Redução Roscável
A Luva de Redução Roscável, é projectado para conectar dois elementos de
diâmetros diferentes, de ½’’ e ¾’’ respectivamente, tem a função de reduzir a
velocidade do fluxo, o ângulo dos dois elementos é paralelo ao fluxo. É projectado
para conduzir água fria em edifícios, apresenta três roscas nas todas extremidades
da peça, as roscas são produzidas segundo a Norma PeCP 34.

Figura 10-Luva de Redução Roscável


A Tabela 9 apresenta as características técnicas da Luva de Redução
Roscável.
Tabela 9-Características técnicas da Luva de Redução Roscável

Cotas 3/4" x 1/2” 1” x 3/4”


A 40,2 45,7
D 3/4" 1”
d 1/2” 3/4”
Anexo 7: Desenho do Produto- Luva de Redução Roscável
4.1.10 Plug Roscável (Bujão)
O Plug roscável (Bujão), é projectado para conectar dois elementos de diâmetros
diferentes, de ½’’ e ¾’’ respectivamente, tem a função de reduzir a velocidade do
fluxo, o ângulo dos dois elementos é paralelo ao fluxo. É projectado para conduzir
água fria em edifícios, apresenta três roscas nas todas extremidades da peça, as
roscas são produzidas segundo a Norma PeCP 34.

Figura 11-Plug Roscável (Bujão)


A Tabela 10 apresenta as características técnicas do Plug Roscável (Bujão).

SILAS GONÇALVES NEQUICE 30


Tabela 10-Caracteristicas técnicas do Plug Roscável (Bujão)

Cotas 1/2” 3/4”


A 25,5 28,5
D ½ 3/4

Anexo 8: Desenho do Produto- Plug Roscável (Bujão)


4.1.11 Tê de redução Roscável
O Tê de redução roscável, é projectado para conectar três elementos de diâmetros
diferentes, de ½’’ e ¾’ respectivamente, onde duas extremidades paralelas ao fluxo
possuem o mesmo diâmetro e a extremidade superior de um diâmetro diferente
respectivamente. Esta peça tem a função de reduzir a velocidade do fluxo, o ângulo
de saída do fluido é de 90º em relação ao fluxo da conduta. É projectado para conduzir
água fria em edifícios, apresenta três roscas nas todas extremidades da peça, as
roscas são produzidas segundo a Norma PeCP 34.

Figura 12-Tê de redução Roscável


A Tabela 11 apresenta as características técnicas do “T” de Redução Roscável.
Tabela 11-Características Técnicas de Tê de Redução Roscável

Cotas 3/4” x 1/2” 1” x 3/4”


A 59 72
B 31 36
D 3/4 1
d 1/2 3/4

Anexo 9: Desenho do Produto- Tê de Redução Roscável


4.1.12 Tê Roscável
O Tê roscável, possui características semelhante a peça referente Fig. 11, porém
possui uma diferença em relação aos diâmetros, pois para esta peca os diâmetros
são iguais para as três superfícies de conexão, onde duas extremidades são
perpendiculares ao fluxo, e a terceira superfície é paralela ao fluxo possuem e a
extremidade superior de um diâmetro diferente respectivamente. Esta peça tem a
SILAS GONÇALVES NEQUICE 31
função de conduzir o fluido, o ângulo de saída do fluido é de 90º em relação ao fluxo
da conduta. É projectado para conduzir água fria em edifícios, apresenta três roscas
nas todas extremidades da peça, as roscas são produzidas segundo a Norma PeCP
34.

Figura 13- Tê Roscável


A Tabela 12 apresenta as características técnicas do “T” Roscável.
Tabela 12-Características Técnicas de Tê Roscável

Cotas 1/2" 3/4”


A 56 65
B 28 32,5
D 1/2" 3/4”
Peso (kg) Peso: 0,036 Kg Peso: 0,036 Kg

Anexo 10: Desenho do Produto- Tê Roscável

5. Procedimentos de concepção de novos produtos


Procedimentos usados na empresa Topack Moçambique para concepção de novos,
são apresentados através do fluxograma a seguir:

SILAS GONÇALVES NEQUICE 32


Quadro 4-Procedimentos de concepção de novos produtos

Fluxograma Responsá Documentação e anotação


vel

Imput para Mercado/ Prospecção do mercado ou requisitos do


Cliente cliente.
a
concepçã
DF/DTEC/GQ Analise dos requisitos e o planeamento devem
o SA ocorrer antes do inicio do projecto, excepto
quando conduzido directamente pelo cliente.
Análise de requisitos e No desenvolvimento de produtos em que a
planeamento da segurança alimentar seja um requisito, devera
DF/DTEC ser efectuada a análise de perigos,
concepção estabelecidos os pré-requisitos operacionais e
planos HACCP.

Selecção do Pedidos de cotações/ avaliação do histórico e


capacidade técnica.
Fornecedor DF/DTEC/GQ
SA

Elaboração do projecto Revisão face aos requisitos, para identificação


pelo fornecedor de problemas e tomada das acções
convenientes. Devem ser mantidos os
respectivos registos: F17- Ficha de
acompanhamento do projecto.

Revisão do Projecto Para os produtos em que a segurança alimentar


seja um requisito, dever ser planeada a
verificação e efectuada a actualização do
SGSA.

Satisfa Desenhos e emails.


z?
Para os produtos em que a segurança alimentar
FORNECEDO seja um requisito, deve ser ecfetuado a
Execução do Protótipo R validação das combinações das medidas de
controlo.
pelo Fornecedor DF/DTEC/GQ
SA

Verificação
A validação por testes de performance,
disponibilidade, fiabilidade, etc, em condições
semelhantes às de armazenagem e utilização.
N DG/DF/DTEC/ Se o output satisfaz ao fim em vista, devem ser
Satisfa GQSA/DC mantidos os respectivos registos: F17- ficha de
acompanhamento do projecto.
z?
S
DF/DTEC/GQ Para os produtos em que a segurança alimentar
SA seja um requisito, deve ser efectuada a
validação das combinações das medidas de
controlo.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 33


Fluxograma Responsável Documentação e anotação

Validaçã
o

N DF/DTEC/GQ Testes de verificação da adequalidade da


Satisfaz SA máquina e condições de utilização.
?
S
Teste final de verificação
nas nossas instalações

Se os outputs satisfazem, são mantidos os


N DF/DTEC registos no F17
Satisfaz
?
S
Comunicação
ao fornecedor
Comunicação do fornecedor via correio
DF/DP electrónico ou outro meio conveniente.
Início da
Produção

SILAS GONÇALVES NEQUICE 34


6. CONCLUSÃO
Após a elaboração do presente trabalho, o autor conclui o seguinte:

 O presente trabalho alcançou os objectivos previstos inicialmente, o


desenvolvimento de novos produtos para a Topack Indústria de Plásticos foi
cumprido com sucesso.
 A proteção dos produtos contra a acção dos Raios U.V, recomenda-se uma
pintura com tinta a base de água, não sendo indicadas tintas com base em
solventes ou óleo, pois estes podem acarretar na perda da resistência da
tubulação
 A utilização das técnicas analisadas no presente trabalho permitirá melhorar a
eficiência do processo de concepção e desenvolvimento de novos produtos,
aumentando as possibilidades de êxito dos novos produtos lançados no
mercado.
 O impacto da produção destes produtos será muito lucrativo, pois será a única
empresa nacional produzindo estes produtos.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 35


7. RECOMENDAÇÕES
Após a elaboração da presente proposta de desenvolvimento de novos produtos
empresa Topack Indústria de Plásticos, cabe ao autor recomendar o seguinte:
1. A empresa Topack Industria de Plásticos, abra um novo departamento para
desenvolvimento e concepção e implementação comercial de novos para
fabricar;

2. Para que o ritmo das vendas aumente consideravelmente, o autor propõe que
sejam abertas lojas sucursais ao longo do território Moçambicano;

3. Após o lançamento de um novo produto no mercado, implica a necessidade de


repetir o processo de concepção e desenvolvimento de novos produtos com
rapidez e eficiência, depois de conhecer a reacção do cliente/consumidor. Este
processo de “feedback” do mercado irá permitir à equipa de desenvolvimento
a possibilidade de adaptar o produto às necessidades do mercado, no menor
período de tempo possível.

4. A empresa Topack e outras organizações devem fomentar o estudo para o


melhoramento de processo de fabricação dos produtos fabricados.

5. Apetrechamento do laboratório de testagem de produtos, com equipamentos


específicos para testes de resistência mecânica, química e térmica dos
produtos.

6. A metodologia de estudo apresentada no presente trabalho e os resultados


podem ser usados como fonte bibliográfica para instituições de ensino e
organizações de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos,
especialmente para a fabricação de conexões apresentadas neste trabalho.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 36


8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] KOURBATOV, Alexandre, Guia de Oficinas Gerais, Universidade Eduardo
Mondlane, 5ª edição, Maputo 2007;
[2] Solvay Indupa, "O PVC", 2001, http://www.solvayindupa.com.br/pvc/pvc.htm.

[3] Rose de Moraes, “Novos desenvolvimentos para construção civil consolidam o


uso do PVC”, 2001, http://www.plastico.com.br/revista/pm316/pvc2.htm.

[4] NBR 5648:1977 - Tubo de PVC rígido para instalações prediais de água fria -
Especificação

[5] Clark, K. e S. Wheelwright (1993), Managing New Product and Process


Development, New York: The Free Press.

[6] Cohen, M. A., J. Eliashberg e T. Ho (1997), «New Product Development: The


Performance and Time-to-Market Tradeoff», Journal of Product Innovation
Management, Vol. 14, nº 1, pp. 65-66.

[7] Cooper, R. G., S. J. Edgett e E. J. Kleinschmidt (2004), «Benchmarking Best


NPD Practices - I», Research-Technology Management, Vol. 47, nº 1, pp. 31-43

[8] Cooper, R. G. e E. J. Kleinschmidt (1987b), «What Makes a New Product a


Winner: Success Factors at the Project Level», R&D Management, Vol. 17, nº 3, pp.
175-190.

[9] Cooper, R. G. e E. J. Kleinschmidt (1986), «An Investigation into the New Product
Process: Steps, Deficiences and Impact», Journal of Product Innovation Management,
Vol. 3, nº 2, pp. 71-85.

[10] Griffin, A. (1997c), «Drivers of NPD Success: The PDMA report», Product
Development and Management Association, Outubro.

[11] Griffin, A. e A. L. Page (1996), «PDMA Success Measurement Project:


Recommended Measures for Product Success and Failure», Journal of Product
Innovation Management, Vol. 13, nº 6, pp. 478-496.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 37


[12] Kleinschmidt, E. J. e R. G. Cooper (1991), «The Impact of Product
Innovativeness on Performance», Journal of Product Innovation Management, Vol. 8,
nº 4, pp. 240-251.

[13] Kleinschmidt, E. J. e R. G. Cooper (1988), «The Performance Impact of an


International Orientation on Product Innovation», European Journal of Marketing, Vol.
22, nº 10, pp. 56-71.

[14] Rothwell, R. (1992), «Successful Industrial Innovation: Critical Factors for the
1990’s», R&D Management, Vol. 22, nº 3, pp. 221-239.

[15] Rothwell, R., C. Feeman, A. Horseley, V. T. P. Jervis e A. P. Robertson (1974),


«SAPPHO Updated: Project SAPPHO Phase II», Research Policy, Vol. 3, nº 3, pp.
258-291.

[16] Scott, E., D. Shipley e G. Forbes (1992), «Japanese and British Companies
Compared: Contributing Factors to Success and Failure in NPD», Journal of Product
Innovation Management, Vol. 9, nº 1, pp. 3-10.

[17] Schmidt, J. B., M. M. Montoya-Weiss e A. P. Massey (2001), «New Product


Development Decision-Making Effectiveness: Comparing Individuals, Face-to-Face
Teams, and Virtual Teams», Decision Sciences, Vol. 32, nº4, pp. 575-600.

SILAS GONÇALVES NEQUICE 38


9. Anexos
Anexo 1: Desenho do Produto- Bucha de Redução Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 39


Anexo 2: Desenho do Produto- Cruzeta Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 40


Anexo 3: Desenho do Produto- Curva 90° Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 41


Anexo 4: Desenho do Produto- Joelho 45° Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 42


Anexo 5: Desenho do Produto- Joelho 90° Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 43


Anexo 6: Desenho do Produto- Juncão 45° Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 44


Anexo 7: Desenho do Produto- Luva de Redução Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 45


Anexo 8: Desenho do Produto- Plug Roscável (Bujão)

SILAS GONÇALVES NEQUICE 46


Anexo 9: Desenho do Produto- Tê de Redução Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 47


Anexo 10: Desenho do Produto- Tê Roscável

SILAS GONÇALVES NEQUICE 48

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