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Caderno Novas Aliancas Orcamento Web
Caderno Novas Aliancas Orcamento Web
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Orçamento
Público
1
Comitê Gestor
Adriano Guerra (Secretário Executivo)
Alcione Rezende
Bruno Vilela
Carla Freitas
Eliziane Lara
Karla Nunes
Paula Kimo
Coordenação executiva
Oficina de Imagens – Comunicação e Educação
Aliança Estratégica
Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI)
Frente de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Minas Gerais
Fundação AVINA
Fundação Vale
Instituto Ágora
Instituto Caliandra
Instituto C&A
Oficina de Imagens
Apoio
Assembleia Legislativa de Minas Gerais / Comissão de Participação
Popular e Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente
Ministério Público de Minas Gerais / Centro de Apoio Operacional às
Promotorias de Infância e Juventude
Editora O Lutador
22 Passo111>>>Entender
Passo
Passo EntenderoooLegislativo
Entender Legislativo
Legislativo
Cadernos Novas Alianças_
Orientações para incidir em políticas públicas
Livro1_Orçamento Público
Realização Programa Novas Alianças
Coordenação do projeto Karla Nunes
Supervisão editorial Adriano Guerra
Edição Rachel Costa
Texto * Instituto Caliandra
Revisão Ana Virgínia Lima da Silva
Projeto gráfico e diagramação Henrique Carvalho
Tiragem 1.000 exemplares
Impressão O Lutador
CDU: 336.14(81)
l Publicidade: Como o próprio nome diz, o orçamento é público e por isso preci-
sa ser amplamente divulgado para permitir que qualquer cidadão ou cidadã
saiba como são empregados os recursos. O governo federal deve fazê-lo por
meio do diário Oficial da União (dOU). Os orçamentos do distrito Federal, dos
estados e das grandes cidades também devem ser publicados nos respectivos
diários oficiais. Já em cidades pequenas, que não possuam jornal próprio ou
internet para assegurar a publicidade da lei, ele pode ser afixado até na porta da
prefeitura.
três etapas
Conheça as três leis que formam o ciclo orçamentário:
6 Os órgãos e entidades da
administração pública exe-
cutam seus orçamentos, estando
7 Até 30 dias após a publica-
ção da LOA, o Executivo
estabelece o cronograma men-
sujeitos à fiscalização e ao con- sal de desembolso e a progra-
trole interno do respectivo mação financeira, de acordo
poder. Assim como ao controle com as determinações da Lei
externo (Poder Legislativo, Tri- de Responsabilidade Fiscal.
bunal de Contas e sociedade).
ciclo orçamentário
Agora que você já conhece o trâmite geral dos ciclos orçamentários,
veja os prazos adotados na União:
PPA
Prazo Responsável
31/ago do
Elaboração primeiro ano de executivo
mandato
Últimos
três anos de um Ministérios, secretarias
Execução governo e primeiro e outros órgãos do
ano do governo executivo
seguinte
13 O Tribunal de Contas
emite parecer prévio sobre
15 As etapas de três a 16
repetem-se por outros
três anos consecutivos.
as contas do Executivo e dos
demais Poderes. Normalmente,
isso ocorre em até 60 dias após
receber a documentação.
16 No quarto ano, o proces-
so recomeça com a ela-
boração de um novo PPA.
LDo LoA
ciclo orçamentário
elaboração
discussão/
votação
execução
Avaliação
e controle
12345678
PASSO
Restrições
Como vimos, as propostas orçamentárias enviadas pelo executivo podem ser
alteradas pelo Legislativo. No entanto, as mudanças precisam obedecer a
algumas regras:
1
IDENTIFICAR as potencia-
lidades e demandas em
relação aos programas e
serviços que compõem as
políticas básicas, assisten-
ciais, de proteção especial e
de garantia. Isso pode ser
feito junto aos Conselhos
Tutelares, instituições, esco-
las, centros de saúde, asso-
ciações comunitárias, uni-
versidades, nas conferên-
cias etc.
2
ELABORAR um plano de
ação coerente com esse
diagnóstico.
3
APRESENTAR formal-
mente esse plano ao
órgão de planejamen-
to do Poder Executivo para
sua assimilação no PPA e
nas Leis Orçamentárias.
4
ACOMPANHAR E INTERVIR E o oRçAmEnto PúbLico_
nas discussões e No artigo 136 do estatuto da Criança
votações do PPA e da e do Adolescente está previsto que o
LDO e da LOA junto ao conselho tutelar deve assessorar o
Poder Legislativo. Poder executivo local na elaboração
de propostas orçamentárias para pla-
nos e programas de atendimento na
área da infância. essa atribuição é
5
ANALISAR as informa- extremamente importante. O Conselho
ções da execução Tutelar é o representante da comuni-
orçamentária junto dade e sabe das necessidades de
crianças e adolescentes. Por isso, ele
aos Conselhos Tutelares,
pode propor a alocação de recursos
propondo correções e necessários e a definição de progra-
suplementações, de acordo mas que precisam ser priorizados.
com o plano de ação. Mas não é preciso conhecer o orça-
mento para que o Conselho Tutelar
exerça essa função. ele pode influen-
6
CONFERIR se as metas ciar a alocação de recursos ao perce-
ber que a violência sexual é mais cor-
previstas no PPA e na
riqueira em um determinado bairro
LOA foram atingidas e que em outros ou que o trabalho
se foram suficientes para infantil incide mais em determinada
resolver os problemas. área do município, por exemplo. O
que importa é que o Conselho Tutelar
exerça um papel ativo na elaboração e
na execução do orçamento municipal.
7
DIVULGAR as informa- Cabe aos conselheiros e conselheiras
ções decorrentes desse tutelares pautar o Poder executivo de
processo para os inte- suas determinações legais e chamá-
grantes do movimento de lo para conversar sobre o orçamento.
defesa dos direitos da crian- É importante frisar que o papel de
assessorar o executivo é do Conselho
ça e do adolescente e para a
Tutelar, e não é obrigação do execu-
sociedade, por meio dos tivo chamar o Conselho Tutelar para
veículos de comunicação; assessorá-lo.
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AVALIAR os resultados
e reformular o plano
de ação.
Com base nesses indicadores, algumas das metas do Brasil escolarizado são:
l elevar de 65,6% (situação antes da execução do PPA) para 100% (ao térmi-
no do PPA) a taxa de frequência à escola de crianças entre 4 e 6 anos;
l elevar de 6,7 para 10,7 o número médio de séries concluídas por jovens
entre 15 e 17 anos.
REGRAs ExPLícitAs
Além de definir metas e prioridades, a LdO determina, ponto a ponto, como
deve ser a elaboração e a execução do orçamento do ano seguinte. entre as
regras nela descritas, estão:
Fonte: Emenda apresentada pela Frente de Defesa dos Direitos da Criança e do Adoles-
cente de Minas Gerais ao projeto de LDO-2007 (votado em 2006).
6.1 PRAzos
6.2 EstRUtURA
(A) Lei após vetos (dotação inicial): Consiste no montante de recursos orçamen-
tários alocados na LOA publicada para uma determinada rubrica orçamentária,
ou seja, a lei sancionada após os vetos do executivo. Os dados relativos à dota-
ção inicial permanecem constantes ao longo do ano. É possível, no entanto,
haver uma dotação inicial igual a zero, o que se dá quando se faz necessária
uma ação de governo após a publicação da Lei Orçamentária Anual. O valor dos
recursos vai constar no orçamento a partir da coluna de créditos adicionais.
Apenas em casos
de guerra ou de
calamidade pública, o
governo pode realizar
gastos não-autorizados,
depois justificar como
será feito o
remanejamento para
compensar essa
mudança nos planos
tipo de cré-
Descrição Exemplo
dito
>Prioridade absoluta
8.1.2 fUnção
8.1.4 PLAnEjAmEnto
REcEitAs
Nosso primeiro passo será entender de onde vem os recursos. Os
programas e ações previstos no Plano Plurianual e nas Leis Orça-
mentárias são financiados tanto por recursos orçamentários quanto
extraorçamentários. Você sabe qual a diferença entre um e outro?
Receitas orçamentárias
tipo de receita subdivisão
Receitas correntes Receitas tributárias: Resultam de impostos, taxas,
multas tributárias (por atraso no imposto de renda) etc.;
São aquelas que não Receitas de contribuições: Provêm de contribuições
alteram o patrimônio previdenciárias sobre movimentação financeira, como
duradouro do municí- a Contribuição Provisória sobre Movimentação Finan-
pio, estado ou País, ceira (CPMF);
pois se esgotam no Receitas patrimoniais: Vêm de aluguéis, aplicações
decorrer da execução financeiras e concessões para a exploração de serviços
orçamentária (são públicos por particulares (como o transporte coletivo);
arrecadadas e aplica- Receitas agropecuárias: Resultam de explorações
das no período de um agropecuárias envolvendo produção própria e ativida-
ano) des de transformação agropecuária;
Receitas industriais: Provêm de atividades de explora-
ção direta, como extração e transformação mineral;
Receitas de serviços: Obtidas com a prestação de
serviços, como transporte, iluminação e comunicação;
transferências correntes: Oriundas de repasses da
União para os estados e destes para os municípios.
A carga tributária
bruta brasileira atinge
cerca de 34% do PiB,
o que faz dela uma
da mais altas do mundo
tipo subdivisão
transferências voluntárias
incondicionais condicionais
modalidades de transferência
18 25
Assim, a maior parte dos recur-
%e %, sos já está comprometida com
essas despesas obrigatórias. As
respectivamente, é políticas atendidas por vincula-
quanto do orçamento ções, também chamadas de des-
a União e estados e pesas obrigatórias, não podem
ser alvo de contingenciamento e
municípios devem seus recursos não podem ser des-
investir em educação tinados a outra finalidade.