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1 Revendo a Nomenclatura
- Educação Artística – 1971 – Lei 5692/1971. Ênfase no processo criativo do aluno. Paradoxalmente apresenta uma
visão mais humanista dentro de uma lei tecnicista. Preocupava-se com a expressividade individual do aluno, com
técnicas, sem aprofundamento do conhecimento da Arte, de sua história e das linguagens artísticas.
- Arte-Educação – 1980- Final da década de 1970. Parte das premissas metodológicas fundamentadas nas idéias da
Escola Nova. Desempenha papel integrador plural e interdisciplinar no processo formal e não-formal da educação. O
arte-educador é agente transformador na escola e na sociedade. Foca no processo de inclusão da ARTE na escola na
LDB de 1996. Buscava novas metodologias, valorizava o professor da área, sua atuação política e ação profissional.
- LDB DE 1996 - Arte (enquanto área de conhecimento) faz parte da educação básica (currículo diversificado, mas a
partir de 2006 faz parte do currículo comum)
Aprendizagem artística e estética que aponta para articulação do fazer, do representar e do exprimir (fazer,
fruir e contextualizar) (Luigi Pareyson. Os problemas da estética. SP, Martins Fontes, 1984.)
O conhecimento em arte é aprofundado a partir das ações de: ver, ouvir, mover-se, sentir, pensar, descobrir,
exprimir, fazer, analisar, refletir, formar e transformar elementos da natureza e da cultura.
Rompe com cópias e valoriza a “psicologia cognitiva”, psicanálise e Gestáltica, as emoções, insights,
centrado no Aluno-Produtor de trabalhos artísticos.
Influencia de John Dewey (1859-1952): Abordagem naturalista, integra imaginação e observação da
natureza, posteriormente interativa : criação material com prazer de apreciar a coisa criada – “arte
como experiência”.
Considerava: o desenvolvimento natural do aluno, físico, social, emocional, perceptivo, psicológico;
buscava desenvolver de forma livre todos os sentidos; Buscava formas construtivas de auto-expressão
de sentimentos, emoções, pensamentos e a L I B E R D A D E C R I A D O R A.
Esta corrente foi posteriormente mal interpretada, como na prática do “deixar o aluno fazer” sem
interferência do professor = “leisefer”
1.3 Tecnicista (1960-1970)
Desenho, Música, Trabalho manuais, canto coral e artes aplicadas.
A educação no geral buscava atender as solicitações do mercado de trabalho. O professor era
considerado um técnico: Objetivos, conteúdos, estratégias, técnicas e avaliação eram interligados
mas, de forma racional e mecânica. Tudo submetido ao comportamento previsto pela ditadura
militar.
Arte era considerada apenas “uma atividade” (pois o foco era em conhecimentos mais úteis). O
parecer No. 540/77 afirma: “não é uma matéria, mas uma área bastante generosa e sem contornos
fixos, flutuando ao sabor das tendências e do interesses”.
Os professores, sem formação teórica e metodológica, ficam inseguros e passam adotar livros
didáticos de “educação artística” produzidos pela “industria cultural”.
Em 1981 a educação artística se torna obrigatória mas permanece dicotomizada e superficial.
Crítica Social dos Conteúdos (início dos anos 1980) - SAVIANI e LIBÂNEO.
Buscavam ultrapassar o quadro otimista idealista e o pessimista. Procura ser mais “Realista-Crítica”.
O agir da escola pode contribuir para a transformação da sociedade. À escola cabe difundir conteúdos
vivos, concretos e ligados às realidades sociais.
O professor é o mediador da relação pedagógica.
A escola toma para si a responsabilidade da conscientização política (no sentido amplo) para que o
aluno exerça sua cidadania de forma consciente, crítica e participante.
Métodos devem estimular a iniciativa e a atividade dos alunos sem deixar de valorizar a cultura
acumulada historicamente.
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PCN ARTE 5ª à 8ª
A Arte (com A maiúscula designa disciplina) no ensino fundamental é área de conhecimento com várias linguagens:
Música, dança, teatro e artes visuais.
Trata de conteúdos imprescindíveis para a cultura do cidadão contemporâneo. Mobiliza a comunicação e expressão
pessoal e intensifica as relações dos indivíduos com seu mundo interior e exterior.
O aluno se desenvolve fazendo, conhecendo e apreciando produções artísticas em ações que integram o perceber,
pensar, aprender, recordar, imaginar, sentir, expressar e comunicar. Ainda realizando trabalhos pessoais e
apreciando os trabalhos dos colegas e de artistas consagrados elaborando IDÉIAS, SENSAÇÕES, HIPÓTESES e
ESQUEMAS PESSOAIS; conhecendo a produção de outras culturas e os valores que orientam seus modos de pensar e
agir.
Procura-se perceber a realidade cotidiana e desenvolver a percepção crítica da natureza e da cultura. Isto, de forma
a estabelecer uma relação de comprometimento com a manutenção de uma qualidade de vida melhor.
Compreendendo que as produções dos artistas revelam modos de pensar, sentir e articular significados e valores
relativos ao seu contexto social e temporal.
A ARTE E A EDUCAÇÃO
No século XX há uma abertura para o processo criador e para a pesquisa sobre a arte de outras culturas. Sob
influencia da antropologia, da filosofia, da psicologia, da psicanálise, da crítica da arte, da psicopedagogia e das
tendências estéticas da modernidade surgiram autores que formularam os princípios inovadores para o ensino das
linguagens artísticas (“MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO POR MEIO DA ARTE” – Herbart Head e Viktor Lowendeld – 1940).
Isso leva á deformações e simplificações por parte da escola que simplesmente passa a “deixar fazer” sem
interferência. Entre os objetivos destacava o se desenvolver a criatividade, a sensibilidade e o autocontrole.
Por outro lado, na entrada da década de 1960 houve uma reorientação do pensamento sobre o ensino das artes que
procurava a investigação da natureza da arte como forma de conhecimento. No início da década de 1970
educadores influenciados por JOHN DEWEY passam a afirmar que:
Cada situação por que passou e ensino da arte pode ter influenciado o momento atual. Em 1854, foi constituído, por
decreto federal, o ensino de Música, abrangendo noções de música (teoria) e exercícios de canto.
Nas primeiras décadas do séc. XX, o ensino da Arte é identificado pela visão humanista e cientificista que demarcou
as tendências pedagógicas da escola tradicional e escola nova.
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Na primeira metade do século XX, as disciplinas de Desenho, Trabalhos manuais, Música e Canto Orfeônico faziam
parte dos programas das escolas primárias e secundárias, concentrando o conhecimento na transmissão de padrões
e modelos das classes sociais dominantes. Arte era voltada essencialmente para o domínio técnico, mais
concentrado na figura do professor que transmitia aos alunos os códigos, conceitos e categorias ligados aos padrões
estéticos de ordem imitativa.
Depois de cerca de 30 anos de atividade no Brasil (de 1930 a 1961) o canto orfeônico foi substituído pela educação
musical, criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) em 1961, vigorando efetivamente a partir
de meados da década de 1960.
De 1920 a 1970 outras experiências de ensino da Arte eram sustentadas pelas tendências pedagógicas e psicológicas
influenciadas pela psicologia cognitiva, psicanálise, gestalt e princípios da ESCOLA NOVA.
A educação musical foi influenciada pelos chamados métodos ativos (Dalcroze, Orff, Kodàly) onde a música podia ser
sentida, tocada, dançada e além de cantada, utilizando-se de jogos, instrumentos de percussão, rodas e brincadeiras.
Buscando o desenvolvimento da percepção auditiva, rítmica, a expressão corporal e a socialização das crianças e
jovens, estimulados a experimentar improvisar e criar.
Ainda destaca-se neste período a semana de 22; os movimentos do teatro Arena e Oficina e, em 1960, o Movimento
Popular de Cultura (MPC). Na música erudita há o fortalecimento do Nacionalismo em oposição ao Universalismo
(dodecafônico, por exemplo). Na música popular surgem grandes nomes como Noel Rosa e Pixinguinha o que leva à
afirmação da música popular brasileira com vários movimentos, dentre eles os festivais da canção.
Até final da década de 1960 existiam pouquíssimos cursos de formação de professores de Arte. Qualquer pessoa
com formação em Arte poderia assumir as disciplinas de Desenho, Desenho Geométrico, Artes Plásticas, Música e
Artes Dramáticas.
Em 1971, com a nova LDB, a arte é incluída no currículo escolar com o título de educação artística que é considerada
apenas uma “atividade educativa”. Houve um avanço na sustentação legal da obrigatoriedade mas estabeleceu-se
a partir desde momento o papel do professor POLIVALENTE em todas as linguagens artísticas (anos 70 e 80).
Os professores seguiam documentos oficiais e livros didáticos em geral, que não explicitavam fundamentos,
orientações teórico-metodológicas. Gerando, desta forma, uma aprendizagem reprodutiva de modelos e técnicas
com execução de tarefas pré-fixadas e distribuídas em planejamentos desvinculados da realidade da escola e do
aluno.
A partir de 80 surgem vários movimentos organizados de professores de Arte (CONFAEB, ABEM), despontam figuras
como a de “Ana Mae Barbosa”. Os encontros e congressos promovidos por universidades, associações de arte-
educadores levam ao surgimento do movimento chamado “Arte-Educação”!
Estes Arte-Educadores pressionam o governo na época da promulgação da constituição (1988) quando se inicia
discussões sobre a promulgação da nova LDB (1996) – houve manifestações e protestos contra versões da lei que
retirava a obrigatoriedade da área.
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Com a LDB 9.394/1996 fica estabelecido no Artigo 26, parágrafo 2º que: “o ensino da arte constituirá componente
curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos”.
Nas décadas de 80 e 90 surgem várias pesquisas em vários países sobre a arte-educação o que torna difundido no
país o ensino da arte que postula a necessidade da apreciação da obra de arte, da história e do fazer artístico
associados (proposta triangular – Ana Mae Barbosa – Elliot W. Eisner – Howard Gardner).
A área passa a ser designada por ARTE e não mais por “educação artística”.
Com o descompasso entre teoria e prática da arte na escola, com modelos repetitivos e estereotipados ligados à
“auto-expressão” e à polivalência levou a prática a níveis de qualidade muito diversificados em todo o Brasil. Um dos
maiores problemas é a formação continuada dos professores formados pela antiga educação artística e a integração
do trabalho dos professores especialistas na escola.
O sentido do conhecimento em arte possui caráter de criação e inovação pois o homem está em constante processo
de transformação de si e da realidade circundante.
A proximidade entre conhecimento científico e artístico faz parte da concepção global da manifestação da vida. O
dinamismo em apreender a REALIDADE DE FORMA POÉTICA desencadeia o fenômeno da criatividade e o próprio
processo criador como objeto de estudos de cientistas, filósofos, artistas, antropólogos, educadores e psicólogos.
Assim, é papel da escola estabelecer os vínculos entre os conhecimentos escolares sobre a arte e os modos de
produção e aplicações desses conhecimentos na sociedade.
- A OBRA e o ARTISTA
As formas artísticas apresentam uma síntese subjetiva de significações construídas em obras poéticas (visuais,
sonoras, corporais, cênicas, etc.). A obra de arte é uma combinação de objetos, fatos, questões, idéias e
sentimentos, ordenados pela objetividade da matéria articulada à lógica do imaginário.
O sentido e significado da arte podem ser revelados pelo seu contexto histórico e social. A arte por vezes descreve a
experiência de vida pessoal e social do artista como um modo particular de criar um tipo de comunicação entre as
pessoas.
Deve-se interpretar a obra de arte pelo viés objetivo e subjetivo. Assim, além da objetividade da obra ou das
intenções diretas do artista, cada pessoa irá interpretar esta ou aquela obra pelo seu olhar subjetivo.
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Cada linguagem artística (música, dança, teatro e artes plásticas) possui em sua estrutura ELEMENTOS BÁSICOS que
devem ser percebidos enquanto conceitos constituintes da linguagem, por exemplo: na música = altura, duração,
intensidade, timbre; na pintura ou desenho = ponto, linha, forma, cor, luz, etc.
A obra de arte favorece o conhecimento de si, do mundo, do outro em função de sua síntese criadora conter o
tempo, espaço e contexto cultural do artista criador.
- A IMAGINAÇÃO CRIADORA
A imaginação criadora permite ao ser humano conceber situações, fatos, idéias e sentimentos que se realizam como
elementos internos, a partir da articulação da linguagem. Imaginar é conceber situações para além da experiência
imediata. O domínio do imaginário é lugar privilegiado para a atuação comunicativa da arte.
A arte na escola situa o fazer artístico dos alunos como fato humanizador, cultural e histórico onde se pode
relacionar o fazer artístico dos alunos com a produção dos grandes artistas, no sentido de que ambos geram e
constroem sentidos. Cada obra é: 1) produto cultural de uma determinada época, e 2) criação singular da
imaginação humana a partir da experiência do indivíduo. Assim a obra de arte é latente de grande número de
significados.
- construção poética;
Assim destaca se a relação com a arte formada por: 1) possibilidades de sentir subjetivo: percepção, intuição,
reflexão, investigação, sensibilidade, imaginação, curiosidade; 2) estruturação formal contendo elementos da
linguagem: materiais, instrumentos, conceitos; e 3) significado, idéias, ideologias, mensagens transmitidas de acordo
com os contextos sociais, históricos e culturais de cada obra.
A área de Arte apresenta-se como um campo privilegiado para o tratamento dos temas transversais como:
diversidade cultural, problemas sociais e políticos, de relações humanas, de sonhos, medos, perguntas e
inquietações de artistas.
Arte pode problematizar situações em que os alunos tenham oportunidade de perceber a multiplicidade de
pensamentos, ações, atitudes, valores e princípios relacionados, à ética, meio ambiente, orientação sexual, saúde,
trabalho, consumo e cidadania, comunicação e tecnologia informacional.
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A partir de obras originais, de textos, vídeos, gravações os alunos vão aprendem arte pelo fazer artístico, o que os
leva a compreender o sentido do fazer artístico. Que a prática seja significativa no sentido de propiciar relação com o
mundo. Desenvolver os potenciais de percepção, observação, imaginação e sensibilidade contribui para a
consciência do seu lugar no mundo. Assim o aluno deve desenvolver um percurso de criação pessoal mobilizado por
interações : 1) vontades pessoais; 2) com obras; 3) influencia da mídia; 4) relação com professores e colegas.
Uma aprendizagem contextualizada depende do pensar sobre o que se produz, relacionando sua obra com a história
da arte em sua relação com valores e modos de produção artística.
Os trabalhos devem:
Os três eixos podem levar ao conhecimento da própria cultura e impulsionar a descoberta da cultura do outro e
relativizar os valores da várias culturas e dos vários grupos culturais ou mesmo das várias manifestações culturais.
Ainda observam-se os critérios: 1) conteúdos que favoreçam a compreensão da arte como cultura e do artista como
ser social e dos alunos como produtores e apreciadores; 2) conteúdos que englobem diferentes culturas e a
contemporaneidade e a arte brasileira; 3) conteúdos que apresentem um grau crescente de elaboração e
aprofundamento.
CONTEÚDOS DE ARTE
AVALIAÇÃO