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Romantismo e Música Popular
Romantismo e Música Popular
ou
Que acorde eu ponho aqui? Elementos para um estudo da harmonia popular urbana de poética dissonante 3
Sérgio Paulo Ribeiro de Freitas | Unicamp 2oo7
a partir de
LEONARD B. MEYER
Terceira parte
_ Música e ideologia: esboço histórico da música do século XIX
_ O Romantismo: a ideologia dos igualitários elitistas
_ A persistência do Romantismo
Friedrich Schlegel
(apud Rosen, 2000, p. 13)
Friedrich Schlegel
(1772-1829)
Friedrich Schlegel (1772-1829). Lingüista, crítico literário e filósofo alemão que desenvolveu a
concepção de que a poesia deve ser ao mesmo tempo filosófica e mitológica, irônica e
religiosa, iniciando o primeiro movimento romântico alemão. Irmão do poeta, tradutor e
crítico August Wilhelm Schlegel (1767-1845).
ROSEN, Charles. A Geração Romântica. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
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Roberto Carlos
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Caetano Veloso
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T S D T
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comunidade epistêmica
_ o efeito Beethoven
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DIEGO FISCHERMAN
Efecto Beethoven
Complexidade e valor na música de tradição popular
Buenos Aires: Paidós, 2004
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DIEGO FISCHERMAN
Efecto Beethoven
Complexidade e
valor na música de
tradição popular
Buenos Aires:
Paidós, 2004
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Voltando ao Meyer:
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São numerosos os estudos em torno das tensões entre o “classicismo apolíneo” e o “romantismo
dionisíaco”. “A arte clássica foi concebida pelos críticos alemães como “beleza”; a arte romântica,
como “energia”. O clássico era universal e ideal [...] plástico, finito, fechado e de gênero puro; o
romântico era individual e “característico” [...] pitoresco, infinito, aberto e mesclado.” (WIMSATT e
BROOKS apud MEYER, p. 253).
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acontextualismo:
irrelevância de toda origem,
linhagem e conexão contextual;
desprezo da referência:
as tradições são obstáculos
para a experiência estética direta
que é a única genuína;
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depreciação da educação:
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Depreciação da análise
que destrói a unidade e despoja a arte
de seu mistério ao traficar
com generalizações;
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Edu Lobo, Tom Jobim, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Zé Keti, Francis Hime, Luiz Eça, Dori Caymmi, Chico Buarque, Luiz Bonfá, Tuca,
Vinicius de Morais, Dircinha Batista, Nelson Mota e Braguinha, entre outros.
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gradualismo:
as mudanças se concebem
como coisa gradual e contínua,
por incremento, sem rupturas radicais,
“são um tipo de bom senso
que está acessível a toda a gente” (Burke).
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o organicismo
(metáfora central da estética romântica)
sustenta o desenvolvimento
dentro de um processo2,
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Filósofos da história resgatam-na do arbitrário convertendo-a em um estudo da mudança necessária e
natural: O crescimento orgânico (Herder); o desenvolvimento dialético (Marx e Hegel); os processos
cíclicos (Wölflin). (MEYER, p. 260).
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o ‘Devenir’ contínuo
e não o ‘Ser’ estabelecido.3
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O “orgânico” é natural e se associa com: o gênio e a inspiração, espontaneidade e liberdade,
inocência e candura, conhecimento inato e sentimento, beleza e bondade naturais, relações de
significado acontextuais (não é preciso cultura’ para gozar o que é organicamente natural).
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Unidade orgânica:
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O que se propõe em nosso estudo, em certa medida, ainda é “uma teoria orgânica da harmonia”, onde
tudo saia de uma mesma semente, tudo faça parte de um organismo só.
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Flo Menezes fala em “Memória Motívica” (2002, p.170).
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O complicador teórico: a música instrumental geralmente se chama ‘pura’ porque parece ser
independente das referências externas e as convenções da linguagem. Isso alimentou a confusão
porque nos fez acreditar que a música poderá ser explicada em seus próprios termos, como um
mundo aparte. Cf. DAHLHAUS, Carl. La idea de la música absoluta. Barcelona: Idea Books, 1999.
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ser original
isto é contribuir na atualização da mudança natural e
necessária – é um tipo de obrigação estética ou moral,
é praticamente um imperativo histórico.
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valorização do Devenir:
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debilitação do fechamento.
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a valorização do sublime:
para Burke, "tudo aquilo que serve para, de
algum modo, excitar as idéias de dor e
perigo, ou versa sobre objetos terríveis, ou
opera de maneira análoga ao terror, é
origem do sublime;
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Considera-se que a emoção básica a ser excitada é o espanto – a paixão que enche a mente e
impede o raciocínio – mas que existirão outras de caráter secundário (talvez porque contenham já
em si algo racional) a admiração, a reverência e o respeito.
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] fim... [