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PALÁCIO DO PLANALTO

A inauguração do Palácio do Planalto marca a História brasileira, por


simbolizar a transferência da Capital Federal para o interior do País,
promovida no Governo do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
No mesmo dia, 21 de abril de 1960, os Três Poderes da República se
instalaram simultaneamente em Brasília, na Região Centro-Oeste. O
Palácio passou a sediar o Poder Executivo Federal. A solenidade reuniu
vários chefes de Estado e um grande público que lotou a Praça dos Três
Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. As festividades da
inauguração haviam se iniciado no dia anterior.  A construção do prédio
começou em 10 de julho de 1958 e, até a conclusão, a sede da chefia do
Governo Federal funcionou no Palácio do Catetinho; um sobrado em
madeira, inaugurado em 31 de outubro de 1956, nos arredores de Brasília.
 
Arquitetura

O projeto do Palácio do Planalto, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer,


impressiona pela pureza de suas linhas, com grande poder dinâmico, em
que dominam os traços horizontais, jogando-se curvas e retas num efeito
plástico de grande requinte.  O prédio encanta pela beleza das colunas,
assim definidas nas palavras do seu arquiteto: “Leves como penas
pousando no chão”. E sob o olhar de JK que acrescenta: “O Palácio do
Planalto assemelha-se a uma caixa de vidro, à espera das orquídeas que
no seu interior deverão ser depositadas.”
Os jardins são de autoria do paisagista Roberto Burle Marx. Em 1991, foi
construído um espelho d’água, em frente e na lateral direita do prédio
com uma área aproximada de 1.635 metros quadrados, comportando
1.900 metros cúbicos de água, com profundidade de 1m10cm e uma
largura que varia entre 5 a 20 metros. Enfeitam o espelho d’água várias
carpas coloridas de origem japonesa. O Palácio consta de quatro
pavimentos, com uma área de 36 mil metros quadrados e quatro anexos.
Em seu bloco principal estão instaladas as seguintes dependências:

No primeiro pavimento, serviços de Recepção e Portaria e Comitê de


Imprensa. No segundo pavimento estão os salões Leste, Nobre, Oeste, Sala de
Reuniões e Secretaria de Imprensa e Divulgação. No terceiro pavimento se
encontram: o Gabinete do Presidente e dos seus assessores mais diretos. No
quarto e último pavimento funcionam, a Casa Civil e o Gabinete de Segurança
Institucional. Na fachada posterior do Palácio está o heliponto, construído em
1990, com a finalidade de atender os deslocamentos aéreos de curta distância
do Presidente da República .
 
A construção do espelho d'água foi feita em regime de urgência, no final do governo de José
Sarney, depois que um motorista desempregado pretendeu invadir o palácio com o ônibus que
dirigia, acabando por chocar-se com uma das colunas. Na ocasião, como a popularidade de
Sarney estava em baixa, comentava-se satíricamente que o palácio desgovernado havia se
chocado com um ônibus.

O Palácio consta de quatro pavimentos, com uma área de 36 mil metros quadrados e quatro
anexos. No primeiro pavimento, serviços de Recepção e Portaria e Comitê de Imprensa. No
segundo pavimento estão os salões Leste, Nobre, Oeste, Sala de Reuniões e Secretaria de
Imprensa e Divulgação. No terceiro pavimento se encontram: o Gabinete Presidencial e dos
seus assessores mais diretos.

No quarto e último pavimento funcionam, a Casa Civil e o Gabinete de Segurança Institucional.

Na fachada posterior do Palácio está o heliponto, construído em 1990, com a finalidade de


atender os deslocamentos aéreos de curta distância do Presidente da República .

O parlatório, situado à esquerda da entrada principal, é o local de onde o Presidente e


convidados podem se dirigir ao povo concentrado na praça. Foi usado no dia da inauguração
de Brasília e em outras raras ocasiões, como no momento em que Fernando Henrique
Cardoso passou a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de posse do
segundo.

O acesso à entrada principal é feito por uma rampa, que não é usada no dia-a-dia pelo
Presidente, mas apenas em ocasiões especiais, como a visita de dignitários estrangeiros.

CATEDRAL METROPOLITANA NOSSA SENHORA APARECIDA

Projetada por Oscar Niemeyer, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida é


uma das criações arquitetônicas mais bonitas de Brasília. A ideia inicial era ser um templo
ecumênico, mas, em 1970, foi consagrada como igreja católica. A catedral é formada por
16 colunas e tem 40m de altura, com capacidade para 4 mil pessoas.

No seu interior, vale ver o espetáculo dos raios de sol atravessando os vitrais coloridos,
iluminando o ambiente circular interno. Três imensos anjos, esculpidos por Alfredo
Ceschiatti, pendem do teto, dando a impressão de estarem soltos no ar.

A Via Sacra, de Di Cavalcanti, é outra atração, assim como uma réplica da Pietà, de
Michelangelo, que pesa 600kg e tem 1,74m de altura. Na torre estão quatro sinos, doados
pelo governo espanhol, chamadosSanta Maria, Nina, Pinta e Pilarica. A cruz metálica, de
12m de altura, foi benzida pelo Papa Paulo VI, doador do altar. Na entrada, os quatro
evangelistas, também esculpidos por Ceschiatti: João, Mateus, Marcos e Lucas, em
bronze, medem 3m cada.

PONTE JUSCELINO KUBITSCHEK

HISTÓRICO
 
    Projeto inaugurado em 15/12/2002, em Brasília, a Ponte Juscelino Kubitschek. O projeto
audacioso impressiona pela funcionalidade e pela arquitetura monumental que transformam o
empreendimento em uma execução ímpar da engenharia brasileira. Iniciando pela arquitetura,
com três arcos inspirados pelo movimento de uma pedra quicando sobre o espelho d'água, a
obra se integra ao conceito de Brasília, aliando beleza e inovação. A forma estrutural adotada
conta com três arcos que sustentam, por meio de estais de aço, três tabuleiros com vão de 240
metros cada um, sendo um desafio imposto pela arquitetura e vencido pelo engenharia,
responsável pela obra, Via Dragados, José Celso Contigo.
     O Turismo brasileiro ganha mais força com novo monumento, que reforça a Capital Federal
Brasileira como ícone mundial da arquitetura moderna. A ponte JK se assenta em um ponto
muito privilegiado do Lago Paranoá. Recursos de monitoramento eletrônico serão usados para
avaliar a segurança da estrutura da ponte nos próximos dois anos, por meio de 51 sensores
acoplados aos 48 cabos de sustentação e três no topo dos arcos da ponte.

Conquista da Engenharia

 O fato dos arcos de sustentação da Ponte JK se encaixarem diagonalmente nos pilares de


sustentação produziu esforços tridimensionais na fundação, para isto a fundação teve que
alcançar solo estável, o qual só foi encontrado em grande profundidade. As diferenças de
propriedades nas várias camadas de solo que caracterizam a região de Brasília, forçou o
aumento da fundação a fim de vencer a não - homogeneidade vertical e horizontal das
camadas.

Iluminação da Ponte

  São três tipos de iluminação. Na pista foram colocados 41 postes com luminárias de vapor de
mercúrio e 400 watts.   Para manter a segurança de pedestre e ciclistas, 162 postes com
lâmpadas de 150 watts foram colocados na ponte e para realçar os arcos há 164 refletores em
400, 1.500 e 150 watts.
 

Curiosidades de Concreto

 - A quantidade de aço aplicada na Terceira Ponte é duas vezes maior que a utilizada na
construção da Torre Eiffel, em paris (França).
 - O volume  de concreto submerso (debaixo d'água ) é suficiente para construir três
superquadras inteiras, com 2 mil apartamentos.
 - As máquinas de perfuração são do mesmo tipo que as utilizadas na construção da Ponte Rio
- Niterói (Rio de Janeiro).
 - A ponte JK está localizada sobre uma falha geológica - retirados por onde corria o Rio
Gama. O local conta com 13 diferentes tipos de solo e rochas.
 - Estacas de 60 metros de comprimentos foram colocadas debaixo d'água com ajuda de 12
mergulhadores profissionais, que desceram 48 metros de profundidade.
 

RESUMO INFORMATIVO DA PONTE JK


Localização Liga o Plano Piloto à QL 24/26 do Lago Sul
Comprimento Total 1.200m
3 vãos de 240 metros cada, com altura de 62,70 metros acima do nível do lago, apoiados
Arcos
em 4 bases submersas
Acessos 10 vãos de 45 a 48 metros
Largura da Ponte 24 m (6 pistas)
Profundidade do Lago 23 m (no local da obra)
Rampa da Ponte 2,25 % (ascendente para o vão central)
Área do Tabuleiro 28.800.00m2
Projetistas Arquiteto: Alexandre Chan, Engenheiros: Mário Vila Verde e Filemon Botto de Barros
Execução Consórcio Via Engenharia e Usiminas Mecânicas S.A
Fonte Secretária de Infra -Estrutura e Obras - GDF / Telefone: 325-3517

TORRE DE TV DIGITAL EM BRASÍLIA


Concretagem da estrutura de 182 m de altura foi monitorada com
sensores de fibra óptica. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a
construção tem duas hastes que surgem da estrutura cilíndrica da torre

Luciana Tamaki

No aniversário de Brasília, em 21 de abril, será inaugurada a Torre de TV Digital da cidade,


projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Somente a parte física da torre será entregue na
ocasião, com acesso às lojas, cafés, museu e mirante. A partir de então, as empresas de
comunicação darão início ao processo de instalação de equipamentos de retransmissão de
sinal.

Apelidada de flor do cerrado, a construção tem dois "braços" que surgem da estrutura
cilíndrica da torre, como se fossem hastes de uma flor. A torre tem 182 m de altura, sendo
120 m de estrutura de concreto armado mais 50 m de estrutura metálica e uma antena de
12 m. Um braço da torre ficará a 60 m de altura, com um centro de exposições; e o outro a
80 m, com um bar e café. Aos 110 m de altura, há um mirante com vista de 360°.

As estruturas da torre dividem-se em fuste, cálice, braços e cúpula. No fuste, o diâmetro da


torre é 12 m e não se altera até a cota 85 m. Na parte do cálice o diâmetro é variado,
aumentando de 12 m na cota 85 m para 20 m na cota 120 m.

Um dos destaques da construção da torre foi a instalação de fibras ópticas para o


monitoramento em tempo real da estrutura em concreto. As fibras foram responsáveis por
monitorar vibrações estruturais, deslocamentos, deformação específica, temperatura,
acelerações e velocidade do vento e poro-pressão. A empresa responsável pelo
monitoramento foi a Falcão Bauer. De acordo com a empresa, o material foi escolhido pois,
diferentemente de sensores elétricos, a fibra não sofre interferência de campos elétricos e
magnéticos.

A fundação da torre foi feita com 246 estacas do tipo raiz com 12 m de comprimento, devido
ao solo no local, com arenito intercalado com argila. Além disso, há um grande bloco de
concreto sob o subsolo, que auxilia na sustentação da torre. A rampa de acesso à torre
compõe-se de duas curvas helicoidais de 65 m de extensão. Sua estrutura é um caixão
perdido de 3,10 m a 6,25 m de largura, protendido pelo eixo central de três vãos.

Na execução do fuste, até a altura de 85 m, foi adotado o processo de fôrma metálica


deslizante. Já na parte do cálice foi utilizada fôrma autoelevatória e, para a parte dos braços,
o processo de fôrma metálica autotrepante.

Estrutura de concreto tem 120 m de altura

MUSEU NACIONAL HONESTINO GUIMARÃES

Nave branca
Niemeyer mantém sua marca em nova obra em Brasília e desafia
calculistas e construtores: uma cúpula de Ø 80 m em anéis de concreto
e três rampas

por Simone Sayegh

Quase 15 mil m³ de concreto e mil toneladas de aço estruturam o novo Museu


Nacional de Brasília, junto à Esplanada dos Ministérios. Projeto de Oscar Niemeyer,
o museu formado por uma cúpula pintada de branco com casca dupla, com 15 mil
m² de área construída, ergue-se a uma altura de cerca de 26 m acima do nível da
praça de entorno, em um terreno de 39 mil m². A construção ficou a cargo da Via
Engenharia e o projeto estrutural foi desenvolvido pela Casuarina Consultoria, sob
comando do engenheiro Carlos Henrique da Cruz Lima, acostumado a estruturar as
famosas linhas do arquiteto de Brasília.

RESUMO DA OBRA O Museu Nacional Honestino


Guimarães faz parte do Conjunto
Obra: Museu Honestino Guimarães Cultural da República, importante pólo
Local: Brasília, Eixo Monumental
cultural que complementa o Eixo
Início da obra: abril de 2004
Conclusão: dezembro de 2006 Monumental desenhado pelo arquiteto
Área construída: 14.917 m² no projeto original da capital. O
Área do terreno: 39.000 m² projeto de todo o conjunto foi
Volume do concreto da estrutura: retomado em 2002, pelo então
9.951,92 m³
governador do Distrito Federal,
Volume de aço da estrutura: 946,40 t
Altura da cúpula: 26,25 m Joaquim Roriz, e prevê a construção do
Fundação: tubulões a céu aberto museu e biblioteca no lado leste, e de
escavados manualmente uma casa de espetáculos, cinemas,
Estrutura: concreto armado e concreto locais de encontro, e planetário no lado
protendido nas lajes  oeste, além de uma passarela
Fechamento externo: concreto com
subterrânea com lojas e cafés ligando
fck>35 Mpa
as alas sul e norte da Esplanada.
Assim como a Biblioteca Nacional, o
prédio do museu já saiu do papel e foi
inaugurado em dezembro de 2006. O
projeto original foi completamente
alterado, pois, segundo o próprio
arquiteto, exigia soluções muito
dispendiosas: "O primeiro projeto que
propus para o Museu de Brasília previa
um grande bloco com 180 m de
extensão, suspenso em dois apoios
centrais e, conseqüentemente,
balanços laterais de 80 m, uma
solução audaciosa e cara", explica
Niemeyer em um texto publicado no site oficial da Secretaria de Cultura.

Para tornar factível a construção dentro do orçamento previsto, Niemeyer teve que
mudar o projeto, que passou a definir uma grande cúpula de cerca de Ø 80 m com
um auditório para 700 pessoas e área de
O conjunto de fôrmas de madeira e
exposições em balanço. O programa está
cimbramento foi concebido em
dividido em três pavimentos e mezanino. O
segmentos de 30º e 60º
subsolo abriga área para manutenção de
instalações e sistema de ar-condicionado, o
piso no nível térreo recebeu o auditório e
salas destinadas a museologia, restauro, marcenaria, administração e reserva
técnica, com entrada principal embaixo da rampa linear, e finalmente o primeiro
pavimento abre-se inteiramente para exposições, complementado por um mezanino
e servido por quatro rampas que interligam os três níveis.

Superestrutura

O projeto estrutural concebido pelo


engenheiro Carlos Henrique da Cruz
Lima definiu uma estrutura
composta basicamente por uma
cobertura em casca dupla com
nervuras radiais e circunferenciais,
que apresenta externamente duas
formas geométricas distintas: entre
o piso térreo e o pavimento de
exposições a casca tem a forma de
um tronco de cone, com Ø 76,0 m
na base, complementado por um
A superestrutura concebida por Carlos
setor esférico que atinge uma altura
Henrique da Cruz Lima tem casca dupla com
nervuras radiais e circunferenciais. Foto: total de 26,40 m. Já a casca interna
Rodrigo Viana mantém a forma de um setor
esférico desde o pavimento térreo
até o topo. De acordo com o engenheiro Carlos Henrique, a principal razão para a
utilização de uma casca dupla foi a necessidade de uma rigidez que resistisse aos
esforços de flexão impostos pelos tirantes da estrutura do mezanino, pelas vigas do
piso de exposições, e em maior grau, pela grande rampa externa engastada. A
solução estrutural permitiu que se formasse um colchão de ar entre as cascas de
concreto, que contribui significativamente na redução da carga térmica no interior
da estrutura, de maneira a melhorar a eficiência do sistema de ventilação instalado.

O pavimento térreo é formado por um nível horizontal em forma de coroa circular


que recebe todas as salas destinadas a trabalhos específicos de museologia, além
de um auditório de 80 lugares, e uma área central, com piso inclinado, destinado
ao grande auditório acarpetado de 700 lugares. As paredes dos dois auditórios,
revestidas por lambris, recebem um recheio
Vigas radiais protendidas do
de lã de vidro e compensado de madeira
pavimento de exposições, dispostas
como forma de proteção acústica. Logo a cada 15º
acima, o grande pavimento de exposições,
elevado 5,15 m em relação ao térreo, tem
sua laje apoiada sobre a parede cilíndrica do auditório com Ø 35 m, por meio de
aparelhos de apoio em neoprene. "A estrutura é encimada por vigas radiais
dispostas a cada 15o, que convergem para um maciço central onde se cruzam os
cabos de protensão", explica Carlos Henrique. Além do apoio central, a laje também
é ligada estruturalmente à casca periférica.

Já o mezanino, livre de pilares, só pôde ser executado com a cúpula totalmente


pronta. É formado por uma estrutura em laje dupla com forma sinuosa, totalmente
suspensa pela cobertura por meio de tirantes metálicos protendidos com
ancoragem presa à cúpula e à laje do mezanino. Seu sistema de laje também se
liga à laje do mezanino e à rampa interna, em curva, que nasce no pavimento de
exposições. De acordo com a engenheira Roberta Augusto Gomes Pereira, da
equipe de coordenação da Via Engenharia, responsável pela execução do museu, na
superestrutura foi utilizado concreto com fck = 35 MPa com adição de, no mínimo,
7% de sílica ativa. Na casca e nas rampas externas foi prevista a adição de fibra de
polipropileno, na proporção de 0,6 kg/m3. "A fibra permite maior controle da
retração nos estágios iniciais de endurecimento do concreto e aumenta sua
durabilidade", garante Roberta.

De rampa em rampa
Característica comum nos projetos de Niemeyer, as rampas constituem espaços à
parte no museu. Na área externa, o prédio dispõe de três rampas com estruturas
diversas. A rampa de acesso direto à área de exposições é reta, com extensão de
50 m, executada em concreto protendido e com sustentação feita por meio de
aparelhos de apoio. A rampa menor de serviços, que vai do térreo até o pavimento
de exposições, é curva e em balanço, engastada lateralmente na casca da
cobertura. E a terceira rampa, monumental,
Vigas radiais e circunferenciais
com a forma de uma alça com 14 m de unindo as duas paredes da cúpula
balanço, interliga o pavimento de exposições
ao mezanino. De acordo com a engenheira
Roberta, a execução dessa rampa foi um desafio à parte, por ser uma grande curva
em balanço e necessitar de protensão. O balanço exigiu que as ancoragens dos
cabos fossem localizadas na cúpula. Quando o concreto atingiu a resistência de 35
MPa, os cabos foram protendidos simultaneamente pelas duas extremidades, com
50% da força inicial de protensão. Na segunda etapa, os cabos foram protendidos
até atingir 100% da força inicial. Somado a isso, o posicionamento das bainhas dos
cabos de protensão era diferente a cada uma das 11 seções definidas ao longo de
seu comprimento.

Com exceção da rampa linear, desligada da


estrutura do prédio, todas as outras rampas
externas foram executadas com fôrmas
curvas e escoramento metálico. A única
rampa interna também curva exigiu uma
fôrma de guarda-corpo em fórmica, de
maneira a se obter uma superfície bem lisa,
pronta para a pintura direta. "Depois de
utilizada, todas as fôrmas da rampa foram
descartadas, pois cada seção tinha uma
Interior do restaurante, prédio curvatura diferente", explica Roberta.
executado ao lado do Museu. Possui
forma circular com raio de 11 m e Base sólida
dois pavimentos com lajes duplas
protendidas
Em termos de movimentação de terra, o
projeto exigiu escavações do subsolo, uma
circunferência de Ø 35 m e 7 m de profundidade, do prédio de instalações e da
galeria subterrânea, que liga as instalações do museu às Na área externa o edifício dispõe de
instalações da biblioteca, passando ainda pelo restaurante. O três rampas com estruturas diversas
volume total escavado foi de aproximadamente 16.000 m³ e
toda a área externa foi recoberta por pavimentação em concreto armado, com
espessura de 12 cm. O piso foi executado em placas de 12 m x 12 m, com juntas
de mástique elástico de poliuretano na cor cinza.
Instalações 
A entrada da energia elétrica em alta tensão
é feita na subestação geral do Complexo
Cultural da República, composta de quatro
transformadores de 1.000 kVA cada,
localizada no prédio de instalações da
biblioteca. Assim como a subestação, os
painéis de medição do museu e do
restaurante também são localizados no
prédio, de onde a energia é conduzida para
os quadros do museu por meio de Com uma grande curva em balanço,
a rampa principal externa foi um
barramento blindado, dentro da galeria
desafio aos engenheiros, que exigiu
subterrânea. O sistema elétrico é composto ancoragens de protensão na cúpula
de dois geradores de 280 kVA cada e um
conjunto no break paralelo redundante 2 x 80 kVA. O sistema de ar-condicionado é
composto por duas unidades resfriadoras de líquido, duas torres de resfriamento e
seis condicionadores de ar do tipo fancoil.

O prédio também dispõe de funções essenciais de automação com operação e


controle automático e coordenado dos sistemas elétricos, hidráulicos, de ar-
condicionado, iluminação, alimentação, emergência, força motriz, incêndio,
segurança, circuito fechado de TV, controle de acesso, comunicação de dados e
sonorização.

Cimbramento da cúpula

De acordo com a construtora Via, foram desenvolvidos projetos rigorosos das


fôrmas e do tipo de cimbramento empregados na execução da cúpula, tendo em
vista prazo, orçamento e qualidade técnica. Optou-se pela execução da cúpula em
anéis, com fôrmas de madeira em segmentos de 30° a 60°, em conjunto com um
cimbramento metálico que se deslocava por meio de rodas. Esse conjunto fôrma-
cimbramento foi reaproveitado para cada segmento do mesmo anel.

Como a cúpula tem duas paredes, primeiramente foi concretada a parede interna e
em seguida a externa, com fôrma inferior e superior. O uso de duas fôrmas só foi
possível enquanto as distâncias entre as paredes permitiam sua retirada. Quando o
vão entre as cascas diminuiu, de maneira a impossibilitar a retirada da fôrma
inferior da parede externa, optou-se pelo uso de fôrma em caixão perdido de
poliestireno expandido.

Com relação ao acabamento de fachada da cúpula, foram usadas fôrmas superiores


nos trechos mais verticais e visíveis, e adicionado aditivo superplastificante ao
concreto, de maneira a torná-lo mais fluido e aderente aos espaços do molde. As
fôrmas inferiores e superiores tinham que ser reformuladas de um segmento para o
outro, pois a paginação do compensado era constantemente alterada. Já a
estruturação das vigas, longarinas e cunhas foi mantida, pois a partir do pavimento
de exposições a curvatura da cúpula torna-se constante.
MUSEU DA CIDADE DE BRASÍLIA

MUSEU DA CIDADE

Edificado em concreto armado, o monumento apresenta linhas retas e sóbrias.


Formado por um bloco longitudinal, que se apóia fora do eixo sobre um cubo, sua característica principal
é o fato de exibir frases históricas em suas paredes externas e internas que são revestidas de mármore
branco. Na fachada Leste, pode-se apreciar uma escultura da cabeça de JK, que se destaca das linhas
retas do conjunto. Juscelino Kubitschek quando esteve pela primeira vez no local onde seria construída a
Capital federal, proferiu estas palavras manifestando sua confiança no futuro da nova Capital: “Deste
Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais,
lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com fé
inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.
Data: Segunda a Domingo, inclusive feriados.
Hora: Das 9h às 18h.
Local: Praça dos Três Poderes.

Exposição
Sua característica principal é o fato de exibir frases históricas em suas paredes externas e internas que
são revestidas de mármore branco.

Na fachada Oeste, o prédio exibe, em sua base, uma cronologia do processo de interiorização da Capital
Federal, de 1789 a 1960, destacando algumas datas desta história.

No seu interior temos um painel com fotos alusivas à época da construção da cidade.

Histórico
Projetado por Oscar Niemeyer, tinha por finalidade preservar para a posteridade os trabalhos que se
referissem à história da construção de Brasília. foi inaugurado às doze horas e trinta minutos do dia 21 de
abril de 1960, mesmo dia da inauguração da cidade.

Este monumento é um marco histórico da cidade, pois a solenidade de sua inauguração representou a
transferência oficial da Capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília.
Atenção
Para sua segurança, antes de adquirir o ingresso verifique junto à empresa promotora do evento quais
são as características e as suas garantias. Verifique também no telefone de informações a data, hora
e local de realização do evento. O DeBoa.com limita-se tão somente à divulgação das informações
distribuídas pelas empresas promotoras de eventos.

História do Museu da Cidade

Projetado por Oscar Niemeyer, tinha por finalidade preservar para a posteridade os trabalhos
que se referissem à história da construção de Brasília. É o museu mais antigo de Brasília e foi
inaugurado às doze horas e trinta minutos do dia 21 de abril de 1960, mesmo dia da
inauguração da cidade. Este monumento é um marco histórico da cidade, pois a solenidade de
sua inauguração representou a transferência oficial da Capital Federal do Rio de Janeiro para
Brasília. Presentes a este ato solene estavam o presidente Juscelino Kubitschek e comitiva
que ouviram a "Prece Natalícia de Brasília", lida por seu autor, o poeta Guilherme de Almeida.
O Prédio
Edificado em concreto armado, o monumento apresenta linhas retas e sóbrias. Formado por
um bloco longitudinal, que se apóia fora do eixo sobre um cubo, sua característica principal é
o fato de exibir frases históricas em suas paredes externas e internas que são revestidas de
mármore branco.
No contexto da Praça dos Três Poderes, o museu destaca-se por sua forma plástica e compõe
com o Palácio do Planalto, o Panteão da Pátria e o Supremo Tribunal Federal um harmonioso
conjunto arquitetônico.
O Museu foi tombado pelo governo do Distrito Federal em 28 de abril de 1982.

Na fachada Leste, pode-se apreciar uma escultura da cabeça de JK, que se destaca das linhas
retas do conjunto. Ao lado, temos uma frase dedicatória dos pioneiros e dos candangos ao
presidente Juscelino. Acima, à direita, a frase escrita pelo Presidente Juscelino Kubitschek
em 02 de outubro de 1956, quando aqui esteve pela primeira vez para conhecer o local exato
onde seria construída a Nova Capital do Brasil, sintetizando o seu sentimento por Brasília, sua
Meta Síntese, e sua confiança no amanhã: “Deste Planalto Central, desta solidão que em
breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez
sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma
confiança sem limites no seu grande destino”.

Na fachada Oeste, o prédio exibe, em sua base, uma cronologia do processo de interiorização
da Capital Federal, de 1789 a 1960, destacando algumas datas desta história.
No seu interior temos um painel com fotos alusivas à época da construção da cidade, uma
vitrine onde fatos marcantes deste período são relembrados em exposições temporárias, no
decorrer do ano, e nas paredes 16 textos gravados com informações sobre alguns fatos que
fazem parte da história do processo de interiorização da Capital do Brasil, desde meados do
séc. XVIII até sua construção e inauguração, além de frases históricas proferidas pelo Papa Pio
XII, por Niemeyer e pelo presidente Juscelino alusivas a eventos do período de construção e
inauguração. Estes textos se encontram transcritos também em Braille, nos pedestais
existentes abaixo das inscrições.

Dados Técnicos
Prédio
Hall de escada
1,50 x 1,00 m
Salão
35,00 x 5,00 m
Cabeça de JK
Autor
José Alves Pedroza
Material 
pedra-sabão
Altura
1,30 m 
Peso 
1,5 tonelada

A PRAÇA DOS TRES PODERES


Praça dos Três Poderes - Brasília (DF), Brasil
A Praça dos Três Poderes é um amplo espaço aberto (120 x 220 metros), situado no extremo
leste do Plano Piloto. Idealizado pelo urbanista Lúcio Costa, ele pretendia que a praça
parecesse como “Versalhes do povo, tratado com muito apuro”, mas segundo o autor a praça
após sua construção ficou parecendo “Praça da Concórdia, em Paris”. A Praça representa o
ponto de ligação entre os três poderes da República Federativa do Brasil: Executivo (Palácio do
Planalto); Judiciário (Supremo Tribunal Federal) e Legislativo (Congresso Nacional). As
construções que compôem a praça foram projetadas por Oscar Niemeyer. Na praça, situado
sob o piso da praça, está O Espaço Lúcio Costa que mostra uma maquete de Brasília, com 179
m2.

Na Praça dos Três Poderes, além dos palácios, estão as esculturas “Os Guerreiros”, de Bruno
Giorgi, considerado um símbolo de Brasília, e “A Justiça”  (de Alfredo Ceschiatti) em frente ao
STF. Pode-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco
que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. O Museu Histórico de Brasília,
em cuja Também na Praça está o Mastro da Bandeira, de autoria de Sérgio Bernardes com cem
metros de altura (a maior bandeira hasteada do mundo, Guiness Book).

Na face oeste, está o Panteão da Pátria, construído em homenagem ao ex-presidente


Tancredo Neves, também obra de Niemeyer que sugere a imagem de uma pomba.

 
Vista superior da Praça dos Três Poderes (polígono vermelho), Fonte: Google Earth.
 
Congresso Nacional visto da Praça.

Palmeiras imperiais que compõe o paisagismo do Congresso Nacional.

Câmara dos Deputados, cúpula côncova.


Palácio do Planalto, visto da Praça.

Supremo Tribunal Federal.

Panteâo da Pátria.
Mastro da Bandeira e a Pira da Pátria.

Museu Histórico de Brasília.

Fachada Leste do Congresso Nacional, visto da Praça.


 

Palácio do Planalto.

Supremo Tribunal Federal.

Pombal.
 

Pira da Pátria.

Escultura "A Justiça" de Alfredo Ceschiatti, Supremo Tribunal Federal.


Escultura "Os Guerreiros", popularmente chamados de "Os Candangos", de Bruno Giorgi.
Rampa do Palácio do Planalto.

Parlatório do Palácio do Planalto.

 
 Projeto do Plano Pilto de Brasília, Espaço Lúcio Costa.

 Maquete do Plano Piloto de Brasília, Espaço Lúcio Costa.

Maquete do Plano Piloto de Brasília, Espaço Lúcio Costa.

 Maquete do Plano Piloto de Brasília, Espaço Lúcio Costa.


 Maquete do Plano Piloto de Brasília, Espaço Lúcio Costa.

 Maquete do Plano Piloto de Brasília, detalhe da Asa Norte.

 Maquete do Plano Piloto de Brasília, Detalhe de uma Superquadra Residencial.

PRAÇA DOS 3 PODERES


Praça dos Três Poderes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A praça com o Supremo Tribunal Federal em primeiro plano e o Palácio do Planalto ao fundo.

Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Brasil, é um amplo espaço aberto entre os três edifícios
monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo),
o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo). Como em quase
todos os logradouros da cidade, a parte urbanística foi idealizada por Lúcio Costa e as construções
foram projetadas por Oscar Niemeyer.
Índice

  [esconder] 

1 Características

2 Congresso Nacional

3 Supremo Tribunal

Federal

4 Palácio do Planalto

5 Palavras de Lúcio

Costa

6 Ver também

7 Referências

8 Ligações externas

Características[editar]

A Praça dos Três Poderes. Em primeiro plano a escultura "Os Candangos" com oPalácio do Planalto ao fundo.

A Praça dos Três Poderes, localizada no extremo leste do Plano Piloto, é um espaço aberto que
mede aproximadamente 120 x 220 metros, de modo que os prédios representativos dos poderes
não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são
harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso.

Não é uma praça tradicional, pois não possui árvores nem qualquer outro elemento que proporcione
sombra às pessoas que nela permanecem. De vegetação, somente as palmeiras imperiais que
circundam a grande superfície de água à altura do Congresso Nacional.

Como os edifícios em volta da praça, nas orientações norte e sul, ocupam área reduzida em relação
à área total do logradouro, obteve-se um efeito escultórico impressionante. Durante a noite, causa
expressivo efeito o jogo de luzes dirigidos às colunas dos brancos palácios, sugerindo estarem
suspensos no ar.
A Bandeira do Brasil na Praça dos Três Poderes, com oCongresso Nacional ao fundo.

Além dos palácios, a Praça dos Três Poderes, inclui as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi,
considerado um símbolo de Brasília, e A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti, em frente ao STF.
Pode-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco que
considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.

Na face leste da praça está o Museu Histórico de Brasília, em cuja fachada se pode admirar uma
escultura da cabeça de Juscelino Kubitschek. Na Praça encontra-se ainda o Pombal, uma escultura
de Niemeyer, em concreto, encomenda da primeira dama Eloá, mulher do presidente Jânio
Quadros.

A praça também abriga o Mastro da Bandeira, um monumento de autoria de Sérgio Bernardes de


cem metros de altura. A Lei 5.700/71 determina a presença perene de uma bandeira nacional.
Segundo o Livro Guinness dos Recordes, esta é a maior bandeira hasteada do mundo medindo,
286 m2. Ela é substituída todo primeiro domingo de cada mês em cerimônia solene. 1 2

Na face oeste, está o Panteão da Pátria, construído em homenagem ao presidente Tancredo


Neves e que poderá vir a abrigar os restos mortais de ilustres figuras brasileiras. Sua forma sugere a
imagem de uma pomba. No salão principal podem ser admirados o vitral de Marianne Peretti e o
painel sobreInconfidência Mineira, de João Câmara. No Salão Vermelho, pode-se apreciar o painel
de Athos Bulcão. Já tiveram seus nomes inscritos no livro de aço lá exposto, os nomes de várias
personalidades históricas.

O Espaço Lúcio Costa, situado sob o piso da praça, mostra uma maquete de Brasília, com 179
metros quadrados.

O Espaço Oscar Niemeyer, está localizado na parte posterior da Praça dos Três Poderes. É uma
edificação cilíndrica, com área de 433m2, onde se podem admirar os trabalhos (painéis, desenhos e
fotos) que representam as obras deste arquiteto. Apesar de um pouco retirado, com relação aos
demais monumentos, é considerado parte da praça.

A Praça dos Três Poderes é ponto de visitação turística e de concentrações populares, não só as
cívicas, como a troca da guarda do palácio presidencial e o hasteamento da bandeira, mas também
das grandes manifestações de reivindicação e protesto.

Vista panorâmica da Praça dos Três Poderes: a esquerda (sul) o poder judiciário (Supremo Tribunal Federal - nº3), no centro

o poder legislativo (Congresso Nacional - nº12) e a direita a sede do poder executivo (Palácio do Planalto - nº16).

Congresso Nacional[editar]

Congresso Nacional do Brasil.

Em seus depoimentos, Oscar Niemeyer declara que o Edifício do Congresso Nacional é sua
realização predileta. Cartão-postal de Brasília, com sua concepção plástica arrojada, a sede do
Poder Legislativo brasileiro é um conjunto de construções onde se destacam as
duas cúpulas representando os plenários: a cúpula maior (côncava) do plenário da Câmara dos
Deputados e a cúpula pequena (convexa), que abriga o plenário do Senado Federal.

Na face voltada para a Praça dos Três Poderes, possui um espelho d’água. No anexo I, formado por
dois prédios verticais de 28 pavimentos, com cem metros de altura, funciona a administração das
duas casas legislativas. Ao longo dos anos, outros anexos foram sendo construídos, fora da área da
praça, para novos gabinetes parlamentares e instalação de escritórios para as atividades de apoio.

Compõem o prédio o Salão Negro, o Salão Verde, o Salão Nobre, os Plenários da Câmara e do
Senado, bem como as galerias (que unem o prédio principal aos anexos tanto na Câmara como no
Senado) e a chapelaria no Senado. Na chapelaria existe um pequeno museu com o mobiliário do
antigo Senado, que funcionou no Palácio Monroe no Rio de Janeiro. O Congresso possui um acervo
artístico expressivo, com obras de Di Cavalcanti, Alfredo Ceschiatti, Marianne Peretti, Fayga
Ostrower, Carybé e Maria Bonomi.

Supremo Tribunal Federal[editar]

O edíficio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

O prédio de colunas externas segue o mesmo modelo criado para o Palácio do Planalto e o Palácio
da Alvorada. Prédio moderno, o Supremo possui obras de arte distribuídas por seus espaços e um
museu com um plenário da antiga sede do Rio de Janeiro, além de móveis, togas e objetos pessoais
de ex-ministros. Em exposição permanente, a história das leis e de todas as Constituições do país.

O prédio situado na praça é usado para solenidades e para as sessões plenárias. Os serviços
administrativos funcionam em anexos construídos ao longo do tempo.

Palácio do Planalto[editar]

O Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.


Conhecido oficialmente como Palácio do Planalto, é a sede do Poder Executivo do Brasil. É
revestido de mármore branco e da fachada principal, voltada para a Praça dos Três Poderes, são
visíveis apenas quatro andares, embora a edificação possua subsolos e anexos administrativos.

As reuniões ministeriais são realizadas no amplo salão onde está instalada a imponente mesa oval,
no segundo andar. O Gabinete Presidencial está localizado no terceiro andar, ao lado dos Gabinetes
Civil e de Segurança Institucional. Uma ampla rampa, em espiral, une esses dois pisos. Ainda no
segundo andar, estão localizados os salões Leste e Oeste, onde são realizadas as cerimônias de
entrega de credenciais de diplomatas estrangeiros, assinaturas de leis e tratados ou de posse de
ministros de Estado.

Palavras de Lúcio Costa[editar]

Panteão da Pátria.

 Eu queria que a Praça dos Três Poderes fosse um  Versalhes, não um Versalhes do rei,
mas um Versalhes do povo, tratado com muito apuro.

 Meu objetivo era acentuar o contraste da parte civilizada, de comando do país, com a
natureza agreste do cerrado.

 Só depois [que ficou pronta] é que verifiquei o quanto [a Praça dos Três Poderes] se
assemelha à Praça da Concórdia, em  Paris.

 A Praça dos Três Poderes é um exemplo contemporâneo, com o valor, a presença das
tradicionais praças antigas.

TEATRO NACIONAL

Teatro Nacional Cláudio Santoro, Brasília (DF), Brasil


Esse Projeto de Oscar Niemeyer é o maior conjunto arquitetônico desenvolvido em Brasília
exclusivamente para arte e cultura, pois está situado no Setor Cultural Norte no Plano Piloto
de Brasília. Sua construção foi iniciada em 30 de julho de 1960, sendo inaugurada a primeira
sala “Sala Martins Pena”, em 21 de abril de 1966 (capacidade de 437 lugares). Mas somente
em 6 de março de 1979 o teatro foi definitivamente inaugurado, mas somente terminado com
a inauguração da sua maior sala “Sala Villa-Lobos” (capacidade de 1307 lugares), em 1981. Ao
todo, o Teatro tem três salas de espetáculo, sendo a terceira sala “Sala Alberto Nepomuceno”
a menor delas, com apenas 95 lugares. A construção tem formato de uma pirâmide sem
ápice, característica da arquitetura asteca e mede 46 metros de altura. A pirâmide é toda em
concreto armado, sendo o projeto estrutural do Engenheiro Joaquim Cardozo. Nas fachadas
Leste e Oeste tem 3.608 vidros que compõem as fachadas voltadas para a Esplanada dos
Ministérios e para o Setor de Diversões Norte, respectivamente. Os cubos brancos nas paredes
norte e sul, de dimensões diversas, são de autoria de Athos Bulcão. Na elaboração do projeto,
Oscar Niemeyer teve a colaboração do pintor, cenógrafo e técnico de teatro, o italiano Aldo
Calvo. Os jardins foram projetados por Burle Marx, dentro da obra de finalização completa do
prédio. Desde 1º de setembro de 1989, por decreto Lei nº 378, o teatro passou a se
chamar Teatro Nacional Claudio Santoro.

Foto aérea (Fonte: http://www.sc.df.gov.br).


Teatrao Nacional, visão da Fachada Principal e da passarela de acesso.

Fachada Principal do Teatro Nacional, visão do acesso inferior à Sala Villa-Lobos.

Facha Lateral Esquerda do Teatro Nacional.


Esplanada dos Ministérios ao fundo.

Fachada Lateral Direita do Teatro Nacional.

Detalhe dos blocos do painel da Fachada Lateral, autoria de Athos Bulcão.

 
Rampa lateral que pode ser utilizada como saída das salas de espetáculo.

Detalhe do paisagismo idealizado por Burle Marx.


 

Fachada Posterior do Teatro Nacional que dá acesso a Sala Martins Penna.

Fachada Posterior do Teatro Nacional.

 
Fachada Lateral Esquerda do Teatro Nacional.

Foyer da Sala Villas-Lobo e escultura em bronze polido "O pássaro" de Mariane Peretti.

Detalhe do paisagismo do Foyer.


 

Escada que interliga o Foyer e o Mezanino da Sala Villas-Lobo.


 

Balcão de informações e aquisição de ingressos da Sala Villas-Lobo.

Estátua "O contorcionista", em bronze polidio, de Alfredo Ceschiatti. 


 

Painel de Athos Bulcão, placas de mármore brando com detalhes em alto-relevo.

Detalhe do Painel de Athos Bulcão, Foyer da Sala Villas-Lobo.


 

O pássaro, autoria de Mariane Peretti.

Detalhe da estrutura metálica dos vidros da fachada principal.


 

Detalhe do paisagismo do mezanino da Sala Villas-Lobo.


 

Acesso Principal ao Foyer da Sala Villas-Lobo.

Sala Villas-Lobo (Fonte: http://www.sc.df.gov.br).

Sala Villas-Lobo (Fonte: http://www.sc.df.gov.br).


 

Foyer da Sala Martins Pena.

Foyer da Sala Martins Pena.

Foyer da Sala Martins Pena.


 

Foyer da Sala Martins Pena.

Painel do Foyer da Sala Martins Pena, autoria de Athos Bulcão.

Detalhe do painel da Sala Martins Pena.

 
Rampa que interliga as Salas do Teatro Nacional.

Sala Martins Pena.

Sala Martins Pena.

Sala Alberto Nepomuceno (Fonte: http://www.sc.df.gov.br).

http://jcspedreira.blogspot.com.br/2011/09/teatro-nacional-de-brasilia-brasilia-df.html

MEMORIAL JK
Com uma área de 25.000m², o Memorial JK localiza-se na Praça do Cruzeiro, um dos pontos mais altos
da cidade. Inaugurado no dia 12 de setembro de 1981, data do aniversário de nascimento de Juscelino, é o
único dos monumentos de Brasília onde se paga quantia simbólica como ingresso. O prédio é
administrado pela família do ex-presidente e conta com um acervo de roupas, comendas, medalhas, fotos,
correspondência e objetos pessoais de Juscelino.

Alguns pontos do Memorial devem ser observados, como o enorme tapete arraiolo (ponto da mais
tradicional tapeçaria de Minas Gerais, terra natal do ex-presidente), o belíssimo vitral de Marianne Peretti
e outros tantos espalhados no ambiente. A cripta do túmulo do ex-presidente inspira refletir sobre uma
frase dele, registrada num dos painéis que adornam o escritório, no térreo: “Tudo se transforma em
alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã”. Do lado de fora observamos um pedestal de concreto
armado, medindo 28m de altura, sustentando a estátua do Presidente Juscelino que acena para a cidade
que construiu. Obra de Honório Peçanha, esta estátua, feita em bronze, mede 4,50m e pesa 1.500kg.

Brasília: Memorial JK

Foi inaugurado em 1982 (projeto do Oscar), em homenagem ao Presidente Juscelino


Kubitschek. 
Paga-se uma taxa para entrada, e o passeio pelo Memorial é uma viagem à vida de Juscelino
e família:fotos, objetos, as roupas que eles usaram, honrarias que recebem, e textos contam
sua história, e seus feitos como presidente do Brasil.

No andar superior se encontra o túmulo (sim, ele está enterrado lá) de Juscelino. Um lugar
circular, no centro do edifício, adornado por painéis de Athos Bulcão, e com a inscrição "O
FUNDADOR" na lápide de granito monolitico. O vitral de Marianne Peretti colocado acima,
ajuda na atmosfera etérea que o espaço possui.

Juscelino e Sarah

É um lugar que celebra o clima de adoração e admiração que ele possuía e possui até hoje:
a forma piramidal e os simbolismos, seu túmulo e seus pertences criam uma atmosfera
faraônica, eu pessoalmente gostei de ter ido. Ao fim da visita, há uma lojinha com presentes
legais e de preço razoável. Comprei algumas coisinhas lá!

Túmulo
catetinho ou PAlácio das tábuas

Reza a lenda que os rascunhos da primeira morada de Juscelino Kubitschek, o


Catetinho, foram rabiscados por Oscar Niemeyer, num guardanapo do extinto
Juca’s Bar, numa noite de 1956, no Rio de janeiro. Ali mesmo, sensibilizados com a
distância que separava JK de seu sonho, quase utopia, uma “vaquinha” foi realizada
entre os amigos do presidente e, do montante, deu-se início à construção,
imortalizada entre suas matas, regatos e fontes de água cristalina de: o Palácio de
Tábuas. O resto é história.

Bom, há quem conteste o episódio acima, inclusive com documentos, mas, entre a
história oficial e a folclórica, fico com a segunda até pelo caráter, lírico, caricato e,
porque não dizer, boêmio. Afinal, eram tempos de bossa nova, alegria e progresso.
O nome, uma brincadeira do músico Dilermando Reis, amigo pessoal de JK – que
foi o primeiro artista de prestígio nacional a tocar na solidão do cerrado -, fazia
referência a até então sede do governo federal, localizado no Rio de Janeiro, o
Palácio do Catete, onde anos antes, Getúlio Vargas cometeria suicídio.

O prédio de madeira, erguido sobre pilotis, foi construído em 10 dias, a partir do


esforço de 20 operários que, trabalharam duro, numa jornada diária de 18h para
erguer a primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek. Para o próprio
presidente mineiro o lugar era um símbolo.
Inaugurado em 10 de novembro de 1956, o Catetinho era também porto seguro de
muitos homens de confiança de JK, como o engenheiro Juca Chaves e o arquiteto
Oscar Niemeyer, além do xerife do cerrado, enfim, o chefe de obras da construção
de Brasília, Israel Pinheiro, que tinha um quarto exclusivo, cativo, no palácio.

E, foi no Catetinho que a dupla sensação da música brasileira no momento, Tom


Jobim e Vinicius de Moraes, se hospedariam em 1958 para escreverem a
míticaSinfonia da Alvorada , buscando inspiração na paisagem deslumbrante
formada pelas matas de galeria, o som das águas da fonte, festas dos pássaros e
bichos do lugar. Tom Jobim, amante dos bichos e da natureza descreveu assim,
certa vez, um passeio que fez pela selva do Catetinho. “De repente, de perto, como
um grito, veio o piado do macho chamando a fêmea. Silêncio. E de longe chega a
resposta. É uma conversa que parece vir do fundo dos tempos”.
Construção concebida a partir dos princípios modernistas, em 1959, a pedido do
próprio JK, o Catetinho foi tombando como, Patrimônio Histórico e Cultural de
Brasília pelo IPHAN.

Homenagem mais do que justa.

* Este texto foi escrito ao som de: Sinfonia da Alvorada (Tom Jobim e


Vinícius Moraes – 1960)
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"Tudo começou numa conversa de bar."1 

"(...) A idéia de construir uma casa (o Catetinho) para dar de presente ao Presidente
Juscelino, no Planalto Goiano, nasceu a 12 de outubro de 1956 no apartamento de número
512, do Hotel Ambassador, no Rio, onde se hospedava César Prates, seresteiro mineiro e de
bela voz. Ali João Milton Prates, ex-comandante e piloto da FAB, tendo servido a Juscelino no
Governo de Minas, em conversa com seu irmão César Prates e os engenheiros José Ferreira
(Juca) Chaves e Roberto Penna, sugere aos demais fazer uma surpresa ao presidente
Juscelino, de quem eram amigos.

Esta idéia surge em face de estar o engenheiro Israel Pinheiro no propósito de aceitar a
oferta de trinta barracas de lona, feita pelo Ministro da Guerra, general Henrique Teixeira
Lott. O grupo acha, então, que não ficaria bem o Presidente ‘pousar em barraca’. Daí a
sugestão de ser construída uma casa de madeira.

A surpresa consistia em que um grupo de amigos se cotizasse e construísse uma casa,


mesmo de madeira, para dar de presente ao Presidente no local aonde iria ser a nova
Capital.

A proposta é logo aprovada, especialmente porque no grupo se encontram dois engenheiros.

Do apartamento, o grupo de quatro amigos vai ao 'Jucas Bar', tradicional ponto de encontro
situado no 'hall' do Hotel Ambassador, onde Niemeyer e outros amigos os aguardam. Além
de Niemeyer, ali se encontram o compositor Dilermando Reis, o jornalista e compositor
Emydio Rocha, de Belo Horizonte, e Vivaldo Lyrio, técnico em aeronaves.

Apresentada a proposição, é por todos aprovada. Oscar Niemeyer pede ao garçom Osório
Reis uma folha de papel e, ali mesmo, esboça um croquis do que seria 'a casa presidencial'.
Logo, Juca Chaves e Roberto Penna calculam o custo da obra, que é orçado em quinhentos
mil cruzeiros.

Para executores da idéia, o primeiro problema a ser resolvido seria os quinhentos mil
cruzeiros. César Prates, que servira no Banco do Brasil, em Minas, dá os caminhos de como
'levantar' aquela importância, ou seja, através de um empréstimo bancário. Propõe manter
entendimentos com seu irmão Carlos Prates que exerce as funções de gerente do Banco do
Brasil em Belo Horizonte.

Logo surge, da papelaria mais próxima, uma promissória. João Milton Prates assume a
responsabilidade do empréstimo, com o apoio de Juca Chaves e Oscar Niemeyer, duas
figuras também bastante relacionadas e de crédito na praça de Belo Horizonte.

Durante ainda aquele encontro (que Osório Reis assiste na qualidade de garçom da
preferência do grupo) são igualmente aceitas outras idéias;

- que o arquiteto Oscar Niemeyer, no menor prazo possível, daria um projeto definitivo com
base naquele croquis que apresentara;
- que o jornalista Emydio Rocha (o Rochinha) viajaria, no dia seguinte, a Belo Horizonte para
resolver o assunto do dinheiro, dentro da sugestão apresentada por César Prates, ou seja,
empréstimo bancário;

- que o engenheiro Roberto Penna se encarregaria da execução do projeto de Niemeyer,


devendo, de imediato, viajar para Minas a fim de tomar todas as providências de aquisição
de material e contratação de pessoal;

- que todos se encontrariam no local da 'casa presidencial' na região da futura Capital, nove
dias depois, no dia 21 de outubro, para o início das obras;

- que a inauguração ocorreria no dia 1º de novembro, devendo estar concluída um dia antes,
isto é, a 31 de outubro;

- que todos devem guardar absoluto segredo sobre o assunto, pois a intenção de todos é a
de fazer uma surpresa ao presidente Juscelino, ao ser habilmente convidado para ir ao local
no dia 1º de novembro. 

UM PALÁCIO DE TÁBUAS 

Em menos de vinte e quatro horas, o arquiteto Oscar Niemeyer conclui, no dia 13 de outubro
de 1956, o projeto definitivo do 'Palácio de Tábuas' para servir ao Presidente Juscelino
durante a construção da futura Capital no Planalto Goiano. Fundamenta-se no croquis que
ideara, um dia antes, para um grupo de amigos, no 'Jucas Bar', no Rio de Janeiro. Um
projeto simples, de fácil e rápida execução.

Niemeyer tem em mente encontrar uma solução que, mesmo com a característica de
'provisória', não coloque o Presidente ao rés-do-chão, imaginando, assim, os aposentos
presidenciais e a sala de despachos numa posição pouco elevada de um primeiro andar, o
que ofereceria também uma visão panorâmica da região. No térreo, ficaria a parte de
serviço.

Igualmente, preocupa-se o arquiteto em projetar uma construção que pudesse ser


executada no exíguo prazo proposto de dez dias. Daí, a utilização bastante acentuada de
tábuas e toras de madeira em todo o conjunto a ser edificado. Com o emprego de madeira,
ao invés de tijolos ou concreto, grande parte da construção poderia ser executada com
recursos materiais existentes na própria região, que Niemeyer conhecera cerca de uma
semana antes.

Assim, a casa seria, na sua quase totalidade, construída de tábuas, o que leva o grupo a dar,
na intimidade, uma denominação orgulhosa ao empreendimento: 

- Um Palácio de Tábuas.

Tudo está planejado e projetado com muito idealismo e decisão de fazer. Cumpria, agora, ao
jornalista Emydio Rocha viajar para Belo Horizonte a fim de transformar em dinheiro uma
promissória de quinhentos mil cruzeiros. E ao engenheiro Roberto Penna, já de posse do
projeto Niemeyer, tomar as providências para levantar o Palácio de Tábuas, podendo, para
isso, adquirir o material necessário e contratar o pessoal competente, contando com o
dinheiro que Emydio iria conseguir em Belo Horizonte, o que é, por todos, no entusiasmo
natural, tido como líquido e certo.

Ambos – o jornalista Emydio Rocha e o engenheiro Roberto Penna – seguem para Belo
Horizonte domingo cedo, dia 14.

Em Belo Horizonte, Emydio Rocha amanhece, na segunda feira, obedecendo as instruções de


César Prates de como transformar em dinheiro uma promissória de quinhentos mil cruzeiros
e cuja arte do 'papagaio' já é de seu conhecimento.
O ponto de partida é Carlos Prates, irmão de João Milton e César Prates e figura muito bem
relacionada no meio bancário mineiro. Não podendo resolver o assunto pelo Banco do Brasil,
no qual é gerente, encontra solução através do Banco de Minas Gerais.

E, no dia seguinte, terça feira 16, o dinheiro já está à disposição do grupo, em nome de João
Milton Prates.

O primeiro obstáculo está vencido.

Por sua parte, o engenheiro Roberto Penna, chegando a Belo Horizonte, cuida logo de tomar
uma série de providências para aquisição de material e contratação de pessoal para a obra,
pois até sábado, em menos de uma semana, já deveria estar no local da nova Capital. E a
construção do 'Palácio de Tábuas' deveria ser iniciada no dia 22, segunda-feira, com a
participação dos demais amigos que, do Rio de Janeiro, seguiriam para a região e aonde
chegariam naquela data.

Num contato com o engenheiro Bretas Bhering, diretor da FERTISA – uma fábrica de adubos
que o então governador Juscelino Kubitschek havia criado em Araxá – Roberto Penna
consegue, por empréstimo, uma patrol, um jipe e um grupo gerador. Em Araxá, mais um
amigo adere à iniciativa – o comerciante e aviador Agostinho Montandon. (...)" 2 

MEMORIAL DOS POVOS INDIGENAS

O Memorial dos Povos Indígenas tem como objetivo primordial mostrar a grande diversidade e riqueza da
cultura indígena de forma dinâmica e viva. Com esse propósito, promove diversos eventos com a
presença e a participação de representantes indígenas de diferentes regiões do país.
Data: Aberto de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Entrada franca.
Local: Eixo Monumental, Brasília

Sobre
Projetado por Oscar Niemeyer em forma de maloca redonda dos índios Yanomami, o Memorial dos Povos
Indígenas foi construído em 1987, com financiamento da Fundação Banco do Brasil, em terreno doado
pela TERRACAP no Eixo Monumental Oeste, localidade privilegiada de Brasília.

Pela sua localização e importância arquitetônica, antes de abrir como Memorial dos Povos Indígenas, o
prédio foi transformado em museu de arte moderna e inaugurado com uma exposição do artista
venezuelano Armando Reverón.

Inconformados com a perda do prédio, os lideres indígenas, apoiados por diversos representantes da
comunidade brasiliense, incluindo intelectuais, artistas e outros simpatizantes da causa, iniciaram longa
campanha para retomar o espaço. Os pajés fizeram suas “rezas” para proteger o local e impedir o seu
funcionamento até que o prédio fosse designado novamente como museu indígena.

Apesar de vários projetos terem sido elaborados para o seu funcionamento, o prédio permaneceu
desativado e em 1989 foi transferido para o Poder Federal. Ainda assim, permaneceu fechado durante
muitos anos.

Em março de 1995, o espaço retornou à administração do Distrito Federal e iniciaram-se as obras de


recuperação. Em 19 de abril daquele ano, o “Dia do Índio”, representantes das tribos Karajá, Kuikuro,
Terena e Xavante realizaram cerimônia especial para comemorar o restabelecimento do espaço como
Museu do Índio.

Estava presente o antropólogo Darcy Ribeiro, um dos seus maiores idealizadores e defensor da causa
indígena. Mesmo assim, o prédio continuou fechado pela maior parte do tempo e com aparência de
abandono. No dia 20 de abril de 1997, o corpo do índio Gaudino Pataxó, assassinado por jovens de
Brasília, foi velado no local.

O Memorial dos Povos Indígenas somente começou a funcionar de forma definitiva a partir do dia 16 de
abril de 1999. Desde então, o Memorial permanece aberto ao público, recebendo visitantes de todos os
estados do Brasil e do exterior.

Aberto ao público diariamente, o Memorial empenha-se hoje em organizar regularmente exposições,


eventos e apresentações indígenas. O ápice da programação é sempre o Dia do Índio (19 de abril), que,
todos os anos, é comemorado com uma semana de atividades variadas, com exposições especiais,
palestras, debates, apresentações e muitas visitas.

Construído em 1987, o Memorial dos Povos Indígenas foi projetado por Oscar Niemeyer em
forma de espiral que remete a uma maloca redonda dos índios Yanomami. O espaço tem área
construída de 2.984,08m2, com acesso principal através de uma rampa. Tem por objetivo
mostrar a grande diversidade e riqueza da cultura indígena de forma dinâmica e viva. Com
esse propósito, promove diversos eventos com a presença e a participação de representantes
indígenas de diferentes regiões do país. No acervo, há , peças representativas de várias tribos,
incluindo exemplares da coleção Darcy-Berta-Galvão com destaque para a arte plumária dos
Urubu-Kaapor; bancos de madeira dos Yawalapiti, Kuikuro e Juruna, máscaras e instrumentos
musicais do Alto Xingu e Amazonas. - See more at:
http://www.soubrasilia.com/brasilia/memorial-dos-povos-indigenas/#sthash.ZhCcK1qv.dpuf

HOSPITAL JK DE OLIVEIRA ou museu vivo da memoria candanga

Primeiro hospital de brasília, feito em madeira, atualmente abriga o museu


vivo da memoria candanga. Tombado pelo patrimônio histórico e artístico
do GDF em 1985.

PALÁCIO DA ALVORADA
Portuguese
O Palácio da Alvorada é um edifício localizado em Brasília, no Distrito Federal, no Brasil. O
palácio é designado como a residência oficial do presidente da República Federativa do Brasil.
Situa-se às margens do lago Paranoá, tendo sido o primeiro edifício inaugurado na Capital
Federal, em 30 de junho de 1958.
Embora o presidente da República Federativa do Brasil tenha no Palácio da Alvorada suas
dependências para estudos e leituras, além de lá pernoitar, o Gabinete Presidencial está
situado no Palácio do Planalto , onde o mandatário da Nação realmente recebe autoridades,
despacha e cumpre seus deveres de Chefe de Estado e de Governo.
História e arquitetura
Projetado por Oscar Niemeyer, o Alvorada tornou-se um dos ícones da arquitetura moderna
brasileira e de sua peculiaridade em relação ao movimento moderno europeu. Também foi
símbolo do progresso cultural e técnico do Brasil durante a década de 1950, momento em que
o país vivia uma profusão cultural singular, caracterizado entre outras coisas pela bossa nova,
pela arquitetura moderna e pela arte concreta.
O formato diferenciado dos pilares externos da edificação deu origem ao símbolo e emblema
da cidade, presente no brasão do Distrito Federal. Tal formato foi, inclusive, largamente
copiado em construções populares em todo o país, o que o tornou eventualmente sinônimo de
uma estética kitsch quando aplicado em outros contextos.
A construção de Niemeyer foi batizada por Juscelino Kubitschek e, quando questionado sobre
o porquê do nome "alvorada", o então presidente da República respondeu com outra questão:
"Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?". É dito que Juscelino recusou
o primeiro projeto feito por Niemeyer, por "falta de monumentalidade", e pediu que o arquiteto
refizesse os traços para construir um palácio "que daqui a cem anos ainda seja admirado".
O Alvorada é uma construção revestida de mármore e vedada por cortinas de vidro, cuja
estrutura é constituída externamente dos já citados pilares brancos. Desta forma, o vidro
proporciona uma certa integração entre espaço interior e exterior. Já as famosas colunas
apoiam-se no chão por um de seus vértices fazendo, aparentemente, desaparecer a ideia de
peso - como que pousando o edifício no solo de Brasília. O trabalho com a curva neste e em
outros edifícios de Brasília fez com que a obra de Niemeyer fosse apelidada eventualmente de
barroca.
O espelho d'água, que reflete a imagem do edifício, criando um espaço virtual infinito, é
complementado por um grupo escultórico, As banhistas de Alfredo Ceschiatti, que parece
flutuar à superfície da água, em uma materialidade que, segundo apontam críticos da
arquitetura, parece fazer desaparecer a gravidade.
Ambientes
O Palácio da Alvorada é uma construção em três pavimentos. A laje do piso térreo localiza-se
brevemente elevada em relação ao solo exterior, em nível coincidente com os setores de maior
dimensão horizontal dos pilares externos, e é neste piso que se encontram os setores sociais
do palácio e os salões utilizados pela Presidência em eventos e solenidades.
Pela elevação do piso térreo, o subsolo recebe ainda ventilação natural e insolação. Nele
localizam-se os ambientes de serviços (como cozinha e almoxarifados) e os cômodos e
dormitórios dos funcionários. Já no primeiro andar se encontra o setor efetivamente residencial
do palácio, no qual se localizam os ambientes privados usados pela família do presidente.

SUPERQUADRAS 107 E 108 SUL

Oscar Niemeyer
Superquadras, Brasília


08 de Fevereiro de 2008.

Fichas técnicas

Plantas, cortes e fachadas


As áreas livres das superquadras são marcadas por densa vegetação

Utopia da unidade de vizinhança cedeu espaço à realidade


“Pois não?” A interpelação gentilmente seca da senhora, desconfiada diante da
máquina fotográfica, deu lugar a um sorriso quando soube que se tratava de uma
reportagem sobre a Superquadra Sul 107, em Brasília. Com 47 anos de Brasília, 44
deles vividos na 107, Nancy Barreto há 15 anos é a prefeita da SQS 107. “Somente
aqui os itens previstos foram construídos. Nas outras superquadras esse conceito
não vingou”, ela lamenta.

Para dar referência aos projetos das superquadras,Oscar Niemeyer - que dirigia o
Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital
(Novacap) - desenvolveu em 1959 a proposta dos edifícios residenciais das SQS 107 e
108. Com as vizinhas 307 e 308, elas compõem a unidade de vizinhança que mais se
aproxima do conceito original. Alguns dos equipamentos previstos para esse núcleo
também foram criados por Niemeyer, tais como a igreja, o cinema e a escola.

Mas nestas, como em outras superquadras, as diferenças entre o idealizado e a vida real vão
além da ausência dos itens de uso comum. Não se vêem crianças brincando nas SQS 107 e
108, que passam os dias quase desertas, exceto nos fins de tarde, quando alguns
moradores, geralmente idosos, detêm-se em conversas enquanto babás e bebês passeiam.
Algum movimento vem dos prédios em reforma - num deles, os operários trabalham no
fechamento dos pilotis de um dos blocos, empenhados em transformar o espaço público em
privado. Estreito, o calçamento pede reforma e a grama teve o viço queimado pela longa
estiagem. Os jardins, de uso comum, são conservados pela prefeitura das superquadras.
Cada bloco contribui com uma parcela. O orçamento? “É muito pouco”, desconversa a
prefeita. Ao contrário da festejada arquitetura monumental das obras públicas da nova
capital, os edifícios residenciais que Niemeyer criou nas SQS 107 e 108, para receber os
funcionários públicos transferidos do Rio de Janeiro, estão um tanto esquecidos. O traçado
das vias internas foi elaborado por Nauro Esteves, funcionário da Novacap entre 1956 e
1969. “Dentro dessas ‘superquadras’ os blocos residenciais podem dispor-se da maneira
mais variada, obedecendo, porém, a dois princípios gerais: gabarito máximo uniforme, talvez
seis pavimentos e pilotis, e separação do tráfego de veículos do trânsito de pedestres”, dizia
um trecho do relatório do Plano Piloto de Lucio Costa.

Niemeyer criou duas tipologias de fachadas, uma delas totalmente envidraçada e outra com brises

A boa relação entre área construída e espaços livres contribui para a qualidade de vida em Brasília

As SQS 107 e 108 foram construídas para abrigar


funcionários transferidos do Rio de Janeiro
A dificuldade de estacionamento em Brasília, um problema que já chegou às SQS 107 e 108

As superquadras, em acordo com o urbanismo corbusieriano, que separa as edificações


pelo tipo de uso, medem aproximadamente 250 x 250 metros cada uma, alinhadas ao longo
dos quase 15 quilômetros do eixo norte-sul. Acima deste (a oeste), foram dispostas as
superquadras 100 e 300, e abaixo, as 200 e 400. Os esboços de Costa sugeriam ainda baixa
taxa de ocupação das glebas e edificações em lâmina com pilotis, modelo que ele já havia
testado no Parque Guinle (1948/54), no Rio de Janeiro.
Na 107 e na 108, Niemeyer definiu 11 prédios de seis pavimentos sobre pilotis (com duas
linhas de pilares, que depois influenciariam os edifícios brutalistas de São Paulo), equipados
com elevadores e áreas para estacionamento. Os pilotis permitiriam democratizar a
circulação. A disposição dos blocosevita a sucessão repetitiva dos volumes e os
generosos espaços livres entre eles tornam-se território da convivência, do lazer e das
crianças. São duas tipologias para as fachadas: uma envidraçada e outra com brises, ambas
com empenas laterais cegas e faces posteriores com vedos em elementos vazados. Na SQS
108, os apartamentos possuem dois ou três dormitórios e na SQS 107 há também a opção
de quatro quartos. As metragens das unidades variam entre 82,30 e 224 metros
quadrados. O modelo implantado por Niemeyer foi repetido, com variações pouco
significativas, por outros arquitetos. Seguem padrão diferente apenas as edificações das
superquadras 400, com conjuntos de menor custo.
Juntas, as SQS 107, 108, 307 e 308 são a única unidade de vizinhança de Brasília a conter
pelo menos a maioria dos equipamentos previstos - escola, igreja, comércio, piscina e
cinema. A idéia era criar um estilo de vida próprio da capital, de modo que os moradores
encontrassem nesse perímetro tudo de que precisassem no dia-a-dia. Para estabelecer o
modelo - que virou exceção -, Niemeyer desenhou também alguns desses equipamentos
comuns.
Na Entrequadra Sul 307/308, por exemplo, a capela Nossa Senhora de Fátima chama a
atenção pela volumetria, que lembra o desenho do chapéu das irmãs vicentinas.
Externamente, o revestimento de azulejos forma figuras estilizadas da pomba do Divino e da
estrela da Natividade, assinadas porAthos Bulcão. Com assentos de madeira para apenas
60 pessoas, o pequeno templo mantido pela ordem dos franciscanos capuchinhos é obrigado
a recorrer a cadeiras de plástico para acomodar parte dos fiéis durante as celebrações
diárias. “Solicitamos a Niemeyer um projeto de ampliação e ele já concordou. A idéia
é abrir um subsolo com cerca de 300 metros quadrados”, entusiasma-se o pároco, frei Odolir
Eugênio Dal Mago. A igrejinha completará meio século em 2008 sem ter conseguido evitar
descaracterizações. Na década de 1960, uma reforma escondeu, com camadas de tinta fria e
impessoal, os coloridos afrescos com bandeirolas e anjos do pintor ítalo-brasileiro Alfredo
Volpi. Nos anos 1980, por exigência da fé, abriu-se um lugar para o santuário de velas.
É também de Niemeyer o projeto do Cine Brasília, na Entrequadra 106/107. O volume
curvilíneo com acessos laterais cobertos e revestimento externo em cerâmica vermelha foi
restaurado em 1974 e hoje funciona com três sessões diárias. O espaço é festejado por
sua qualidade de projeção e por abrigar, desde a década de 1960, o Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, única ocasião do ano em que seus 607 amplos e confortáveis assentos
são totalmente ocupados. A decoração interna tem painéis de Bulcão.
As escolas-classe (correspondentes às atuais turmas da 1ª à 4ª série do ensino fundamental,
para crianças de sete a dez anos) eram essenciais para o funcionamento das superquadras.
Niemeyer desenhou a unidade da SQS 308, modelo repetido com pequenas
diferenças na SQS 108. São dois volumes interligados por marquise: um abriga instalações
administrativas e outro é composto por cozinha, depósito, sanitários e oito salas de aulas.
Uma visita aos estabelecimentos comprova que eles também não resistiram às demandas
do tempo. Os problemas são apontados por funcionários, que preferem não se identificar. A
marquise é estreita e protege pouco nos dias chuvosos. A cobertura do pátio entre as salas
de aulas é recortada e tem caimento para o interior - quando chove, o pátio fica molhado e
as crianças ficam na classe durante o recreio. Além disso, o pé-direito baixo e a incidência
solar vespertina tornam o ambiente abafado e desconfortável, em especial nos meses de
seca.

Relação entre a face posterior de um edifício, fechada por cobogós, e a fachada principal com tipologia de brises

Moradores instalaram grades nas fachadas, sem se preocupar com padronização


Projetada por Niemeyer, a escola-classe 308 Sul atendia originalmente famílias de funcionários do Banco do Brasil,
moradores da quadra. Hoje, os alunos são filhos de pessoas
que trabalham nas imediações

Ao mesmo tempo delicada e arrojada, a igrejinha na Entrequadra Sul 307/308 conserva externamente suas
características originais

O Cine Brasília, na Entrequadra Sul 106/107: três sessões por dia, mas lotado só durante o festival de cinema
Os pilotis têm a função de liberar o térreo para circulação pública, tirando seu caráter privado

Com cerca de 350 alunos em dois turnos, os banheiros não dão conta da demanda na hora
do recreio. Como o projeto não previa biblioteca, as duas escolas abriram mão de uma das
salas de aulas para dar lugar aos livros. Sem um local adequado para as refeições, as
classes têm que fazer as vezes de refeitório. Os funcionários ainda apontam a pequena
dimensão dos pátios, agravada pela ausência de quadras esportivas: não há lugar para o
jogo de futebol e isso acaba criando brigas pelo espaço entre meninos e meninas, relatam.
A “coexistência social, evitando-se assim uma indevida e indesejável
estratificação”, sonhada por Lucio Costa, na verdade é um estorvo na relação entre
moradores e escolas. “O pessoal aqui tem maior poder aquisitivo e dá preferência às escolas
particulares. Nossos alunos são filhos de funcionários que trabalham nestas superquadras”,
disse um funcionário.

Nauro Esteves tomou por referência os esboços de Lucio


Costa para criar o traçado curvilíneo das vias internas da
SQS 107
Croqui

Por outro lado, o carro, que era a solução para a “cidade rodoviária”, tornou-se um
problema, já que faltam estacionamentos. “Tínhamos a proposta de fazer garagens
subterrâneas, o que não interferiria no tombamento. Porém, Ricardo Pires [administrador de
Brasília, do PPS] está propondo limitar o volume de tráfego para cada
estabelecimento”, afirma o arquiteto Carlos Magalhães, que chegou a Brasília em 1959
para fiscalizar a construção da escola-classe 308 Sul, do Cine Brasília e do Hospital Distrital.
O alto poder aquisitivo faz com que Brasília tenha a maior relação
automóveis/habitantes do Brasil: um veículo para cada dois moradores. “Lucio Costa
jamais poderia prever que carros seriam vendidos a prestações de 200 reais”,
observa Magalhães, que também é ex-genro e uma espécie de representante oficial de
Niemeyer na capital.
Para Nancy, o pior problema da SQS 107 é que, “embora a legislação não permita, alguns
comerciantes fizeram puxadinhos e hoje temos bares e restaurantes ocupando o espaço
público do comércio local. Os moradores perdem suas vagas para pessoas que não moram
aqui, mas freqüentam esses estabelecimentos”, explica. Na lista da prefeita está também
o desinteresse da comunidade pelos espaços comuns. Além disso, “desde que fizeram
uma escola de segundo grau, com alunos adolescentes que nem moram por aqui, passamos
a ter problemas como barulho e vandalismo”, revela. A cidade ideal, igual para todos - e que
teria seu núcleo na superquadra -, teve que ceder espaço para a realidade.

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

A utopia de uma Unidade de Vizinhança  que conseguisse reatar as relações entre os vizinhos

nas grandes cidades e que desse conta de unir as atividades comuns de um cidadão em

modelos funcionais e organizados, foi a idéia principal de Lúcio Costa  ao relatar como seria

as “Super Quadras” de Brasília na década de 50. Mas a única Unidade de

Vizinhança integralmente construída na cidade, exatamente como no relatório de Brasília,

está situada no complexo de quadras 107, 108, 307 e 308 da Asa Sul.

Ao passar por essas quadras podemos ver algumas características comuns daUnités

d’Habitation, traduzindo elementos fundamentais da arquitetura moderna fortemente

influenciada pela Carta de Atenas, documento redigido pelo arquiteto Le Cobusier – fonte

inspiradora de Lucio Costa.


Em toda quadra, isolando as quatrocentos – região da quadra onde temos apartamentos de

apenas 3 andares – vemos que a edificação sobre pilotis  é presente por onde quer que se

passe. Esse tipo de construção torna todos os edifícios suspensos criando uma perspectiva

nova, tornando possível uma relação do interno com o externo que proporciona um conforto

visual, além de democratizar as áreas de circulação. Quem já morou ou estudou por ali, sabe

muito bem como é brincar e passar boa parte da tarde debaixo dos blocos – inclusive é daí

que sai o nome do blog.


O cobogó é outra característica comum, não só nas quadras da oito sul, mas em todo o

Plano Piloto. A utilização do mesmo foi empregada para evitar o superaquecimento do

ambiente iluminado e permitir a passagem de brisa e ventilação. Além de resolver outros

dois problemas.

Como o cobogó proporcionou a abertura em cada uma das fachadas permitindo a existência

do efeito-chaminé e de ventilação ele ocasiona a renovação do ar e adéqua a temperatura

sem a necessidade de condicionamento – o que é  mais que necessário em Brasília, onde

sofremos com a seca em vários dias do ano – ao mesmo tempo, por estar sempre instalado

no lado da área de serviço ou corredores, o cobogó é aplicado para resolver um problema

estético da exposição de roupas, varais e desordens comuns.


Nas quadras vemos a forte influência de Le Cobusier, porém muito mais do Cité Jirdin –

movimento que aconteceu na éra industrial – através da arborização que se faz presente.

Árvores de porte, prevalecendo em cada quadra determinada espécie vegetal, com chão

gramado, arbustos e folhagens estão por toda parte. Na intenção de reconectar os

habitantes com a natureza, característica perdida nas grandes metrópoles. É como se todos

tivessem um grande jardim na porta da sua casa. Levando também esse conforto a qualquer

pessoa que passe ali. Um verdadeiro jardim coletivo.

As praças estão espalhadas por essas quadras. Os generosos espaços entre os blocos

proporcionam um lugar para convivência e lazer, seja para as crianças ou para os adultos.
Ter um pequeno parque, espelho d’água, mesinhas e afins à  metros da sua residência

proporciono diversão e prazer imediato, sem precisar sair de carro para outros pontos da

cidade, algo contráditório quando falamos da Brasília atual.

Esse jardim de Burle Marx na 308 sul é a entrada de um dos blocos residenciais.

Na “08” também foi aplicado os espaços de convivência tão citados no relatório de Lúcio

Costa:
“na fluência das quatro quadras localizou-se a igreja do bairro, e aos fundos dela as escolas

secundarias”

A Capela Nossa Senhora de Fátima – conhecida como “igrejinha” na cidade – foi desenhada

por Oscar Niemeyer, e  lembra o chapéu das irmãs vicentinas.  Ela é revestida de azulejos

que têm desenhos em forma e figuras estilizadas da pomba do divino e da estrela da

Natividade, o painel é assinada por Athos Bucão.

Logo atrás da “igrejinha”, está situado a Escola Parque 308 Sul. Também Projetada

por Niemeyer. A escola atendia originalmente famílias de funcionários do Banco do Brasil,


moradores da quadra. Hoje, os alunos são encaminhados para lá uma vez por semana –

vindos de outras diversas Escolas Classes Classes (públicas de Brasília) – para participarem

de exercícios culturais e esportivos, como tapeçaria, coral, flauta, violão, desenho, esportes

em geral, teatro e outras muitas atividades que são necessárias para o crescimento

intelectual de qualquer cidadão.

Outro projeto empregado ali na quadra 106/107 sul é o do Cine Brasília. Ele faz parte do

complexo de convivência de Lúcio Costa detalhado em seu relatório do Plano  Piloto. A

edificação foi idealizada por Niemeyer.

Basicamente construído com um volume curvilíneo e revestimento externo em cerâmica

vermelha, hoje funciona com três sessões diárias e recepciona o Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, única ocasião do ano em que fica lotado. Na decoração interna tem

painéis de Athos Bulcão.

Só no complexo de quadras 08 sul que  podemos ver a “Super Quadra”, imaginada por Lúcio

Costa, por inteiro.

Lógico que tudo não saiu perfeito. Nas missas da igrejinha são disponibilizadas assentos de

madeira para 60 pessoas, mas quem já foi em alguma missa por lá percebe que a entidade é

obrigada a disponibilizar cadeiras de plástico para acomodar a maioria dos fieis. A

disponibilização de vagas para carro entre as quadras também é outro problema, com o

crescimento do comércio as quadras ficaram movimentadas e os moradores que tem mais de

um carro muitas vezes ficam sem vagas na sua própria residência. Outro fato é o Clube

Vizinhança (clube projetado para a comunidade que vive nas quadras), sempre tem

problema de administração e nesses últimos anos foi praticamente privatizado. O cine


Brasília foi engolindo pelas grandes redes de Shopping e hoje pouquíssimas pessoas

freqüentam o local. Mas muitos desses problemas aconteceram pelo curso natural da cidade,

afinal imaginar que um clube público não precisaria de manutenção e de certa forma ser

privatizado é realmente projetar o abstrato para uma cidade brasileira.

Porem é indiscutível o a qualidade de vida que se tem na Super Quadra, em pouquíssimas

regiões do Brasil é possível viver tão bem. Ali se tem a comunhão com seus vizinhos,

praticidade do seu filho estudar próxima a escola, local para praticar sua religião, seus

momentos de lazer, tudo isso a apenas a alguns metros da sua casa, além de ter conforto

visual, auditivo e climático, ou seja, viver em total harmonia com a cidade e enfim chegar

próximo da utopia queLúcio  Costa idealizou para a Nova Capital.

BRASÍLIA PALACE HOTEL

Fruto do plano de metas "50 anos em 5", de Juscelino Kubitschek, Brasília foi projetada para
ser a capital federal do país. Em 21 de abril de 2010, a cidade torna-se cinquentenária,
abrigando não só os poderes federais brasileiros, mas também esplêndidas obras
arquitetônicas.

Dentre as grandes construções da época do nascimento da capital, o Portal Metálica destaca


o Brasília Palace Hotel - a única obra construída com ligas metálicas nacionais. Servindo de
vitrine para o aço, o Palace é o primeiro hotel da cidade, construído para abrigar as
autoridades e os ilustres profissionais que iniciavam a construção da capital federal.

Confira os detalhes do surgimento de Brasília, e o papel do aço como catalisador da


construção da cidade.

Pisando no acelerador: a introdução do aço na construção


Com obras tanto em concreto armado como em estrutura metálica, o aço foi fundamental
para que a construção da cidade ficasse pronta a tempo, em menos de um mandato
presidencial. E apesar de sua fama concretista, Niemeyer se rendeu ao aço para o início da
construção da capital justamente pelo fator tempo. "A construção de concreto não deixa de
ser um artesanato, o qual você usa formas, você molda", comenta o engenheiro Paulo
Andrade, que na época trabalhava na FEM (Fábrica de Estruturas Metálicas), a única
fornecedora de estrutura aço brasileira que participou do início da construção de Brasília. Por
ser um sistema de construção industrializada, as estruturas metálicas permitem maior
rapidez com melhor distribuição dos períodos de tempo durante a obra.

A opção foi, então, construir a partir de estruturas metálicas, que depois seriam revestidas
de concreto. Grande parte do aço utilizado nas obras vinha dos Estados Unidos, como o que
foi utilizado nos ministérios e nos anexos do Congresso. Calcula-se que o total importado
chegue a 15 mil toneladas do material. Para chegar a Brasília, tanto o aço quanto o cimento
eram transportados por caminhões que enfrentavam estradas em estado absolutamente
precário de conservação.

O grande obstáculo do uso de estruturas metálicas no Brasil, naqueles tempos, era a falta de
mão de obra especializada. Logo, o manejo das construções com aço foi delegado a uma
empresa americana, a Reymond Pill, estabelecida no Brasil como Construtora Planalto.

O aço combinado ao concreto permitiu a construção de grandes vãos com vigamento e


pilares extremamente esbeltos. A combinação foi utilizada nos prédios do Ministério, mas o
destaque do Portal Metálica vai para uma construção em específico: o Brasília Palace Hotel.
Confira abaixo algumas imagens do final da década de 50, ocasião em que o hotel foi
construído.

Vitrine metálica: Brasília Palace Hotel


Predominantemente composto por estrutura metálica, o Brasília Palace Hotel é a única
exemplificação do uso do aço nacional em Brasília. Segundo muitos especialistas, foi a partir
daí que a aplicação do aço disseminou-se pelo resto do país, ainda inexperiente na estrutura.
O Brasil possuía algumas obras em estrutura metálica em São Paulo e Minas Gerais,
construídas cerca de dez anos antes de Brasília.

As obras do Palace começaram em setembro de 1957.


Para a construção do edifício foram usadas 905 toneladas do aço de origem brasileira: fora
produzido pela FEM, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta
Redonda, atual capital do aço. O transporte era feito de trem até Anápolis (GO), e de lá
seguia via caminhão pelas precárias estradas até Brasília.

Paulo Andrade, conta uma história curiosa, fruto justamente do difícil transporte de cargas
para a região. "Um dia a obra parou porque faltavam peças, e a FEM foi avisada. Mas a
fábrica dizia que tinha enviado as peças, porém, elas não haviam chegado. Alguma coisa
tinha acontecido no caminho, e foi aí que descobriram: o caminhão que estava carregando
as peças encalhou e caiu no barranco. A estrada era "tão boa" que ninguém percebeu".
E então surge a pergunta: por que apenas o essa obra
recebeu estruturas metálicas nacionais em sua construção? Por causa da urgência da obra,
"Brasília estava começando e precisava de um abrigo, um hotel. A estrutura metálica vinha
para atender a urgência da necessidade; não dava tempo para construir o concreto, nem
aguardar as importações, como aconteceu com a estrutura dos Ministérios. Precisava abrigar
os técnicos e toda aquela gente que ia trabalhar em Brasília", explica o engenheiro.

Fizeram parte da equipe de montagem do Brasília Palace Hotel cerca de 20 trabalhadores,


todos funcionários da FEM. O prédio foi construído em cinco andares, incluindo um
subterrâneo. A estrutura metálica foi montada em menos de quatro meses, e o diferencial é
que elas eram rebitadas, e não parafusadas ou soldadas, como acontece atualmente.

O Brasília Palace Hotel foi o primeiro edifício da capital


federal, inaugurado em 30 de junho de 1958, mesma data de inauguração do Palácio do
Planalto e da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima. Como principal abrigo para as autoridades
que passavam pelo canteiro de obras de Brasília, o Palace foi o quartel-general da capital em
construção.

Em 5 de agosto de 1978 o prédio foi vítima de um incêndio, culminando no fechamento do


hotel. Depois de quase 20 anos abandonado, o Brasília Palace Hotel foi reformado e
restaurado sob a supervisão de Oscar Niemeyer, e hoje o estabelecimento opera
normalmente, com 114 apartamentos distribuídos em três andares.

Confira imagens da construção do primeiro edifício em estruturas metálicas de


Brasília:
Histórico
A construção da capital demorou a sair do papel. Presente nas Constituições de 1891, 1934 e
1946, a ideia só foi retomada pelo então candidato à presidência da República, Juscelino
Kubitschek, em 1955. Ao ser eleito, JK incluiu Brasília em seu plano de metas "50 anos em
5" e, em 19 de setembro de 1956, o Congresso aprovou a lei que permitia a construção da
cidade.

Local
A região do planalto Central foi a eleita para abrigar o ilustre município. A escolha teve como
objetivos:

 afastar a capital federal da área litorânea do país, considerada mais vulnerável;


 impulsionar o crescimento do interior do país;
 descentralizar o desenvolvimento financeiro e urbano, concentrado nas cidades de
São Paulo e Rio de Janeiro;
 aproveitar a mão de obra nordestina.

Brasília foi então construída próxima à cidade de Anápolis, em um trecho de terra entre
braços de água.

Confira abaixo imagens da construção de Brasília:


(Clique nas imagens para ampliá-las.)

Construção dos ministérios e da superquadra


Ministérios e superquadra hoje

Projeto
Em 1957, o arquiteto Oscar Niemeyer, eleito por JK o responsável pelos projetos dos
edifícios da cidade, abriu um edital para eleger o autor do plano urbanístico de Brasília. O
arquiteto Lúcio Costa saiu vencedor e implantou conceitos modernistas na construção da
cidade. Dessa forma, em seu chamado "Projeto Piloto", Costa privilegiou o automóvel como
meio de transporte: foram eliminados os cruzamentos através de retornos em desnível.
Outra característica foi organizar blocos de edifícios afastados construídos em pilotis sobre
grandes áreas verdes, e a opção por superquadras nas áreas residenciais, com 250 metros
de comprimento, por exemplo. O cuidado era separar o tráfego de veículos do trânsito de
pedestres.

Com tanta modernidade, as ideias de Lúcio remetem a projetos e conceitos internacionais,


como os do arquiteto francês Le Corbusier e do alemão Hilberseimer. A cidade foi projetada
sob forte influência de ideais socialistas: as moradias pertencentes ao governo também
seriam utilizadas e ou habitadas pelos funcionários públicos.

Em formato de avião, Lúcio Costa desenhou Brasília, partindo do traçado de dois eixos
cruzando-se em ângulo reto como o sinal da cruz. Nas palavras do próprio: "nasceu do gesto
primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo
reto, ou seja, o próprio sinal da cruz" Um destes eixos leva às áreas residenciais, e é
levemente arqueado, o que caracteriza o formato de avião à cidade. O outro eixo,
denominado Monumental, possui 16 km de extensão e abriga os prédios públicos e os
palácios do Governo Federal, no lado leste. No centro, a extensão é sede da rodoviária e da
torre de TV. Já no lado oeste, ficam os prédios do Governo do Distrito Federal.

Sendo assim, Brasília é constituída por: Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de
Garagens Oficiais, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monumental,
Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Norte e Sul, Vila Planalto, Setor de Áreas
Isoladas Norte – SAIN, e sedia os três poderes da República: Executivo, Legislativo, e
Judiciário.

Similiaridade entre o projeto de construção e o mapa da cidade de Brasília:


(Clique nas imagens para ampliá-las.)
Mãos à obra
Iniciada em outubro de 1956, Brasília foi construída em menos de um mandato: 3 anos e 5
meses. A obra foi coordenada pela Novacap (Companhia Urbanizadora Nova Capital), criada
pelo governo especialmente para a ocasião. A empresa era dirigida pelo futuro primeiro
prefeito da cidade, Israel Pinheiro da Silva, considerado um dos engenheiro brasileiro de
renome da indústria siderúrgica no país.

Vale ressaltar que o início da construção de Brasília ocorreu antes da eleição do autor do
projeto da cidade, que só se deu em 1957. Quando o projeto começou a ser desenvolvido, o
Catetinho, residência provisória do presidente, estava pronto e outras obras, como o
primeiro aeroporto e o Palácio da Alvorada, já estavam sendo construídos .

No primeiro mês de construção, havia apenas 232 operários trabalhando por Brasília. Já no
início de 1957, o número subiu para 3.000, aproximadamente. A esses trabalhadores foi
dado o apelido de candangos, que, dois anos depois, já eram contabilizados em 30 mil.

Com o número de trabalhadores crescendo, a população da cidade também acompanhou o


ritmo. Tanto é fato, que em 1957 nasceu o atual Núcleo Bandeirantes, na época chamado de
Cidade Livre, que abrigava 12 700 pessoas. No ano seguinte, foi a vez de Taguatinga surgir,
a primeira cidade-satélite da capital. Um ano antes de sua inauguração, Brasília já tinha mais
de 60 mil habitantes.

Por fim, a capital foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Na data, segundo a Novacarp,
Brasília tinha 360 mil m2 construídos, com mais de 100 mil m2 em fase de finalização e 37
mil m2 em construção, totalizando mais de 500 mil m2 de área construída ou
semiconstruídas.

CINE DE BRASÍLIA

História do Cine Brasília


Antes mesmo de ser inaugurado, foi arrendado à Companhia Cinematográfica Luiz Severiano
Ribeiro. Projetado por Oscar Niemeyer para ser o cinema da Unidade de Vizinhança, junto ao
complexo que teria ainda urna quadra de esportes situado na entrequadra 106/107 Sul, o Cine
Brasília foi erguido sob o aval da Novacap pela Companhia Construtora Pederneiras SA,
pertencendo originalmente àquela empresa.
Na programação inaugural foram projetados grandes sucessos de bilheteria tais como Anáguas
a Bordo, com Gary Grant, A Canoa Furou, com Jerry Lewis e O Discípulo do Diabo, com Kirk
Douglas e Burt Lancaster, entre outros.
No ano de 1965, tempo em que o nosso cinema tinha uma produção constante e de qualidade,
mas convivia com a repressão, ditadura e falta de dinheiro, os produtores e diretores
solicitavam apoio do governo, assim como hoje.
Nesse clima aconteceu em Brasília, de 15 a 22 de novembro daquele ano, a primeira Semana
do Cinema Brasileiro, que depois passou a se chamar Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
A idéia era trazer o cinema nacional até a capital da República e ao mesmo tempo
proporcionar o encontro entre cineastas, produtores e técnicos da área, além de ser um
espaço para pressionar o Congresso Nacional para a criação de um Instituto Nacional de
Cinema.
Em sessões de gala feitas só para convidados onde era exigido traje a rigor, eram exibidos
filmes que no dia seguinte seriam reprisados em sessões abertas ao público em geral. O Cine
Brasília era novamente disputado pelos políticos e intelectuais de Brasília saudosos do
glamour do Rio de Janeiro.
Em 1975, o cinema passou por urna reforma total: instalações elétricas, revestimentos das
paredes, pisos, poltronas, projetores, sistema de som, ar-condicionado, etc. Com os filmes A
Pedra da Riqueza, de Vladimir Carvalho e Lição de Amor, de Eduardo Escorel, em 7 de julho
de 1976, a população candanga teve seu cinema de arte reinaugurado.
Hoje
O Cine Brasília, além de ser a sala de exibição sede do Festival de Brasília do Cinema
Brasileiro, mantém em sua programação lançamentos de filmes nacionais, mostras
estrangeiras, semanas temáticas, debates, lançamentos de livros, exposições de pinturas,
fotografias, cartazes e outros; intercâmbio e cooperação com as embaixadas, escolas públicas
e universidades, contribuindo com projetos de formação de platéia e enriquecimento de
nossa cultura.
Um dos projetos de maior sucesso na história cultural do DF é, sem dúvida, o Escola vai ao
Cinema, que tem levado ao cinema, e muitos pela primeira vez, milhares de alunos da rede
pública de ensino, nas sessões matinais.
Dados Técnicos
Capacidade
607 lugares
Som 
Dolby Stereo Digital
Tela 
14.00 x 6.30 metros

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