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O Palácio consta de quatro pavimentos, com uma área de 36 mil metros quadrados e quatro
anexos. No primeiro pavimento, serviços de Recepção e Portaria e Comitê de Imprensa. No
segundo pavimento estão os salões Leste, Nobre, Oeste, Sala de Reuniões e Secretaria de
Imprensa e Divulgação. No terceiro pavimento se encontram: o Gabinete Presidencial e dos
seus assessores mais diretos.
O acesso à entrada principal é feito por uma rampa, que não é usada no dia-a-dia pelo
Presidente, mas apenas em ocasiões especiais, como a visita de dignitários estrangeiros.
No seu interior, vale ver o espetáculo dos raios de sol atravessando os vitrais coloridos,
iluminando o ambiente circular interno. Três imensos anjos, esculpidos por Alfredo
Ceschiatti, pendem do teto, dando a impressão de estarem soltos no ar.
A Via Sacra, de Di Cavalcanti, é outra atração, assim como uma réplica da Pietà, de
Michelangelo, que pesa 600kg e tem 1,74m de altura. Na torre estão quatro sinos, doados
pelo governo espanhol, chamadosSanta Maria, Nina, Pinta e Pilarica. A cruz metálica, de
12m de altura, foi benzida pelo Papa Paulo VI, doador do altar. Na entrada, os quatro
evangelistas, também esculpidos por Ceschiatti: João, Mateus, Marcos e Lucas, em
bronze, medem 3m cada.
HISTÓRICO
Projeto inaugurado em 15/12/2002, em Brasília, a Ponte Juscelino Kubitschek. O projeto
audacioso impressiona pela funcionalidade e pela arquitetura monumental que transformam o
empreendimento em uma execução ímpar da engenharia brasileira. Iniciando pela arquitetura,
com três arcos inspirados pelo movimento de uma pedra quicando sobre o espelho d'água, a
obra se integra ao conceito de Brasília, aliando beleza e inovação. A forma estrutural adotada
conta com três arcos que sustentam, por meio de estais de aço, três tabuleiros com vão de 240
metros cada um, sendo um desafio imposto pela arquitetura e vencido pelo engenharia,
responsável pela obra, Via Dragados, José Celso Contigo.
O Turismo brasileiro ganha mais força com novo monumento, que reforça a Capital Federal
Brasileira como ícone mundial da arquitetura moderna. A ponte JK se assenta em um ponto
muito privilegiado do Lago Paranoá. Recursos de monitoramento eletrônico serão usados para
avaliar a segurança da estrutura da ponte nos próximos dois anos, por meio de 51 sensores
acoplados aos 48 cabos de sustentação e três no topo dos arcos da ponte.
Conquista da Engenharia
Iluminação da Ponte
São três tipos de iluminação. Na pista foram colocados 41 postes com luminárias de vapor de
mercúrio e 400 watts. Para manter a segurança de pedestre e ciclistas, 162 postes com
lâmpadas de 150 watts foram colocados na ponte e para realçar os arcos há 164 refletores em
400, 1.500 e 150 watts.
Curiosidades de Concreto
- A quantidade de aço aplicada na Terceira Ponte é duas vezes maior que a utilizada na
construção da Torre Eiffel, em paris (França).
- O volume de concreto submerso (debaixo d'água ) é suficiente para construir três
superquadras inteiras, com 2 mil apartamentos.
- As máquinas de perfuração são do mesmo tipo que as utilizadas na construção da Ponte Rio
- Niterói (Rio de Janeiro).
- A ponte JK está localizada sobre uma falha geológica - retirados por onde corria o Rio
Gama. O local conta com 13 diferentes tipos de solo e rochas.
- Estacas de 60 metros de comprimentos foram colocadas debaixo d'água com ajuda de 12
mergulhadores profissionais, que desceram 48 metros de profundidade.
Luciana Tamaki
Apelidada de flor do cerrado, a construção tem dois "braços" que surgem da estrutura
cilíndrica da torre, como se fossem hastes de uma flor. A torre tem 182 m de altura, sendo
120 m de estrutura de concreto armado mais 50 m de estrutura metálica e uma antena de
12 m. Um braço da torre ficará a 60 m de altura, com um centro de exposições; e o outro a
80 m, com um bar e café. Aos 110 m de altura, há um mirante com vista de 360°.
A fundação da torre foi feita com 246 estacas do tipo raiz com 12 m de comprimento, devido
ao solo no local, com arenito intercalado com argila. Além disso, há um grande bloco de
concreto sob o subsolo, que auxilia na sustentação da torre. A rampa de acesso à torre
compõe-se de duas curvas helicoidais de 65 m de extensão. Sua estrutura é um caixão
perdido de 3,10 m a 6,25 m de largura, protendido pelo eixo central de três vãos.
Nave branca
Niemeyer mantém sua marca em nova obra em Brasília e desafia
calculistas e construtores: uma cúpula de Ø 80 m em anéis de concreto
e três rampas
Para tornar factível a construção dentro do orçamento previsto, Niemeyer teve que
mudar o projeto, que passou a definir uma grande cúpula de cerca de Ø 80 m com
um auditório para 700 pessoas e área de
O conjunto de fôrmas de madeira e
exposições em balanço. O programa está
cimbramento foi concebido em
dividido em três pavimentos e mezanino. O
segmentos de 30º e 60º
subsolo abriga área para manutenção de
instalações e sistema de ar-condicionado, o
piso no nível térreo recebeu o auditório e
salas destinadas a museologia, restauro, marcenaria, administração e reserva
técnica, com entrada principal embaixo da rampa linear, e finalmente o primeiro
pavimento abre-se inteiramente para exposições, complementado por um mezanino
e servido por quatro rampas que interligam os três níveis.
Superestrutura
De rampa em rampa
Característica comum nos projetos de Niemeyer, as rampas constituem espaços à
parte no museu. Na área externa, o prédio dispõe de três rampas com estruturas
diversas. A rampa de acesso direto à área de exposições é reta, com extensão de
50 m, executada em concreto protendido e com sustentação feita por meio de
aparelhos de apoio. A rampa menor de serviços, que vai do térreo até o pavimento
de exposições, é curva e em balanço, engastada lateralmente na casca da
cobertura. E a terceira rampa, monumental,
Vigas radiais e circunferenciais
com a forma de uma alça com 14 m de unindo as duas paredes da cúpula
balanço, interliga o pavimento de exposições
ao mezanino. De acordo com a engenheira
Roberta, a execução dessa rampa foi um desafio à parte, por ser uma grande curva
em balanço e necessitar de protensão. O balanço exigiu que as ancoragens dos
cabos fossem localizadas na cúpula. Quando o concreto atingiu a resistência de 35
MPa, os cabos foram protendidos simultaneamente pelas duas extremidades, com
50% da força inicial de protensão. Na segunda etapa, os cabos foram protendidos
até atingir 100% da força inicial. Somado a isso, o posicionamento das bainhas dos
cabos de protensão era diferente a cada uma das 11 seções definidas ao longo de
seu comprimento.
Cimbramento da cúpula
Como a cúpula tem duas paredes, primeiramente foi concretada a parede interna e
em seguida a externa, com fôrma inferior e superior. O uso de duas fôrmas só foi
possível enquanto as distâncias entre as paredes permitiam sua retirada. Quando o
vão entre as cascas diminuiu, de maneira a impossibilitar a retirada da fôrma
inferior da parede externa, optou-se pelo uso de fôrma em caixão perdido de
poliestireno expandido.
MUSEU DA CIDADE
Exposição
Sua característica principal é o fato de exibir frases históricas em suas paredes externas e internas que
são revestidas de mármore branco.
Na fachada Oeste, o prédio exibe, em sua base, uma cronologia do processo de interiorização da Capital
Federal, de 1789 a 1960, destacando algumas datas desta história.
No seu interior temos um painel com fotos alusivas à época da construção da cidade.
Histórico
Projetado por Oscar Niemeyer, tinha por finalidade preservar para a posteridade os trabalhos que se
referissem à história da construção de Brasília. foi inaugurado às doze horas e trinta minutos do dia 21 de
abril de 1960, mesmo dia da inauguração da cidade.
Este monumento é um marco histórico da cidade, pois a solenidade de sua inauguração representou a
transferência oficial da Capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília.
Atenção
Para sua segurança, antes de adquirir o ingresso verifique junto à empresa promotora do evento quais
são as características e as suas garantias. Verifique também no telefone de informações a data, hora
e local de realização do evento. O DeBoa.com limita-se tão somente à divulgação das informações
distribuídas pelas empresas promotoras de eventos.
Projetado por Oscar Niemeyer, tinha por finalidade preservar para a posteridade os trabalhos
que se referissem à história da construção de Brasília. É o museu mais antigo de Brasília e foi
inaugurado às doze horas e trinta minutos do dia 21 de abril de 1960, mesmo dia da
inauguração da cidade. Este monumento é um marco histórico da cidade, pois a solenidade de
sua inauguração representou a transferência oficial da Capital Federal do Rio de Janeiro para
Brasília. Presentes a este ato solene estavam o presidente Juscelino Kubitschek e comitiva
que ouviram a "Prece Natalícia de Brasília", lida por seu autor, o poeta Guilherme de Almeida.
O Prédio
Edificado em concreto armado, o monumento apresenta linhas retas e sóbrias. Formado por
um bloco longitudinal, que se apóia fora do eixo sobre um cubo, sua característica principal é
o fato de exibir frases históricas em suas paredes externas e internas que são revestidas de
mármore branco.
No contexto da Praça dos Três Poderes, o museu destaca-se por sua forma plástica e compõe
com o Palácio do Planalto, o Panteão da Pátria e o Supremo Tribunal Federal um harmonioso
conjunto arquitetônico.
O Museu foi tombado pelo governo do Distrito Federal em 28 de abril de 1982.
Na fachada Leste, pode-se apreciar uma escultura da cabeça de JK, que se destaca das linhas
retas do conjunto. Ao lado, temos uma frase dedicatória dos pioneiros e dos candangos ao
presidente Juscelino. Acima, à direita, a frase escrita pelo Presidente Juscelino Kubitschek
em 02 de outubro de 1956, quando aqui esteve pela primeira vez para conhecer o local exato
onde seria construída a Nova Capital do Brasil, sintetizando o seu sentimento por Brasília, sua
Meta Síntese, e sua confiança no amanhã: “Deste Planalto Central, desta solidão que em
breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez
sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma
confiança sem limites no seu grande destino”.
Na fachada Oeste, o prédio exibe, em sua base, uma cronologia do processo de interiorização
da Capital Federal, de 1789 a 1960, destacando algumas datas desta história.
No seu interior temos um painel com fotos alusivas à época da construção da cidade, uma
vitrine onde fatos marcantes deste período são relembrados em exposições temporárias, no
decorrer do ano, e nas paredes 16 textos gravados com informações sobre alguns fatos que
fazem parte da história do processo de interiorização da Capital do Brasil, desde meados do
séc. XVIII até sua construção e inauguração, além de frases históricas proferidas pelo Papa Pio
XII, por Niemeyer e pelo presidente Juscelino alusivas a eventos do período de construção e
inauguração. Estes textos se encontram transcritos também em Braille, nos pedestais
existentes abaixo das inscrições.
Dados Técnicos
Prédio
Hall de escada
1,50 x 1,00 m
Salão
35,00 x 5,00 m
Cabeça de JK
Autor
José Alves Pedroza
Material
pedra-sabão
Altura
1,30 m
Peso
1,5 tonelada
Na Praça dos Três Poderes, além dos palácios, estão as esculturas “Os Guerreiros”, de Bruno
Giorgi, considerado um símbolo de Brasília, e “A Justiça” (de Alfredo Ceschiatti) em frente ao
STF. Pode-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco
que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. O Museu Histórico de Brasília,
em cuja Também na Praça está o Mastro da Bandeira, de autoria de Sérgio Bernardes com cem
metros de altura (a maior bandeira hasteada do mundo, Guiness Book).
Vista superior da Praça dos Três Poderes (polígono vermelho), Fonte: Google Earth.
Congresso Nacional visto da Praça.
Panteâo da Pátria.
Mastro da Bandeira e a Pira da Pátria.
Palácio do Planalto.
Pombal.
Pira da Pátria.
Projeto do Plano Pilto de Brasília, Espaço Lúcio Costa.
A praça com o Supremo Tribunal Federal em primeiro plano e o Palácio do Planalto ao fundo.
Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Brasil, é um amplo espaço aberto entre os três edifícios
monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo),
o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo). Como em quase
todos os logradouros da cidade, a parte urbanística foi idealizada por Lúcio Costa e as construções
foram projetadas por Oscar Niemeyer.
Índice
[esconder]
1 Características
2 Congresso Nacional
3 Supremo Tribunal
Federal
4 Palácio do Planalto
5 Palavras de Lúcio
Costa
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas
Características[editar]
A Praça dos Três Poderes. Em primeiro plano a escultura "Os Candangos" com oPalácio do Planalto ao fundo.
A Praça dos Três Poderes, localizada no extremo leste do Plano Piloto, é um espaço aberto que
mede aproximadamente 120 x 220 metros, de modo que os prédios representativos dos poderes
não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são
harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso.
Não é uma praça tradicional, pois não possui árvores nem qualquer outro elemento que proporcione
sombra às pessoas que nela permanecem. De vegetação, somente as palmeiras imperiais que
circundam a grande superfície de água à altura do Congresso Nacional.
Como os edifícios em volta da praça, nas orientações norte e sul, ocupam área reduzida em relação
à área total do logradouro, obteve-se um efeito escultórico impressionante. Durante a noite, causa
expressivo efeito o jogo de luzes dirigidos às colunas dos brancos palácios, sugerindo estarem
suspensos no ar.
A Bandeira do Brasil na Praça dos Três Poderes, com oCongresso Nacional ao fundo.
Além dos palácios, a Praça dos Três Poderes, inclui as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi,
considerado um símbolo de Brasília, e A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti, em frente ao STF.
Pode-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco que
considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.
Na face leste da praça está o Museu Histórico de Brasília, em cuja fachada se pode admirar uma
escultura da cabeça de Juscelino Kubitschek. Na Praça encontra-se ainda o Pombal, uma escultura
de Niemeyer, em concreto, encomenda da primeira dama Eloá, mulher do presidente Jânio
Quadros.
O Espaço Lúcio Costa, situado sob o piso da praça, mostra uma maquete de Brasília, com 179
metros quadrados.
O Espaço Oscar Niemeyer, está localizado na parte posterior da Praça dos Três Poderes. É uma
edificação cilíndrica, com área de 433m2, onde se podem admirar os trabalhos (painéis, desenhos e
fotos) que representam as obras deste arquiteto. Apesar de um pouco retirado, com relação aos
demais monumentos, é considerado parte da praça.
A Praça dos Três Poderes é ponto de visitação turística e de concentrações populares, não só as
cívicas, como a troca da guarda do palácio presidencial e o hasteamento da bandeira, mas também
das grandes manifestações de reivindicação e protesto.
Vista panorâmica da Praça dos Três Poderes: a esquerda (sul) o poder judiciário (Supremo Tribunal Federal - nº3), no centro
o poder legislativo (Congresso Nacional - nº12) e a direita a sede do poder executivo (Palácio do Planalto - nº16).
Congresso Nacional[editar]
Em seus depoimentos, Oscar Niemeyer declara que o Edifício do Congresso Nacional é sua
realização predileta. Cartão-postal de Brasília, com sua concepção plástica arrojada, a sede do
Poder Legislativo brasileiro é um conjunto de construções onde se destacam as
duas cúpulas representando os plenários: a cúpula maior (côncava) do plenário da Câmara dos
Deputados e a cúpula pequena (convexa), que abriga o plenário do Senado Federal.
Na face voltada para a Praça dos Três Poderes, possui um espelho d’água. No anexo I, formado por
dois prédios verticais de 28 pavimentos, com cem metros de altura, funciona a administração das
duas casas legislativas. Ao longo dos anos, outros anexos foram sendo construídos, fora da área da
praça, para novos gabinetes parlamentares e instalação de escritórios para as atividades de apoio.
Compõem o prédio o Salão Negro, o Salão Verde, o Salão Nobre, os Plenários da Câmara e do
Senado, bem como as galerias (que unem o prédio principal aos anexos tanto na Câmara como no
Senado) e a chapelaria no Senado. Na chapelaria existe um pequeno museu com o mobiliário do
antigo Senado, que funcionou no Palácio Monroe no Rio de Janeiro. O Congresso possui um acervo
artístico expressivo, com obras de Di Cavalcanti, Alfredo Ceschiatti, Marianne Peretti, Fayga
Ostrower, Carybé e Maria Bonomi.
O prédio de colunas externas segue o mesmo modelo criado para o Palácio do Planalto e o Palácio
da Alvorada. Prédio moderno, o Supremo possui obras de arte distribuídas por seus espaços e um
museu com um plenário da antiga sede do Rio de Janeiro, além de móveis, togas e objetos pessoais
de ex-ministros. Em exposição permanente, a história das leis e de todas as Constituições do país.
O prédio situado na praça é usado para solenidades e para as sessões plenárias. Os serviços
administrativos funcionam em anexos construídos ao longo do tempo.
Palácio do Planalto[editar]
As reuniões ministeriais são realizadas no amplo salão onde está instalada a imponente mesa oval,
no segundo andar. O Gabinete Presidencial está localizado no terceiro andar, ao lado dos Gabinetes
Civil e de Segurança Institucional. Uma ampla rampa, em espiral, une esses dois pisos. Ainda no
segundo andar, estão localizados os salões Leste e Oeste, onde são realizadas as cerimônias de
entrega de credenciais de diplomatas estrangeiros, assinaturas de leis e tratados ou de posse de
ministros de Estado.
Panteão da Pátria.
Eu queria que a Praça dos Três Poderes fosse um Versalhes, não um Versalhes do rei,
mas um Versalhes do povo, tratado com muito apuro.
Meu objetivo era acentuar o contraste da parte civilizada, de comando do país, com a
natureza agreste do cerrado.
Só depois [que ficou pronta] é que verifiquei o quanto [a Praça dos Três Poderes] se
assemelha à Praça da Concórdia, em Paris.
A Praça dos Três Poderes é um exemplo contemporâneo, com o valor, a presença das
tradicionais praças antigas.
TEATRO NACIONAL
Rampa lateral que pode ser utilizada como saída das salas de espetáculo.
Fachada Lateral Esquerda do Teatro Nacional.
Foyer da Sala Villas-Lobo e escultura em bronze polido "O pássaro" de Mariane Peretti.
Rampa que interliga as Salas do Teatro Nacional.
http://jcspedreira.blogspot.com.br/2011/09/teatro-nacional-de-brasilia-brasilia-df.html
MEMORIAL JK
Com uma área de 25.000m², o Memorial JK localiza-se na Praça do Cruzeiro, um dos pontos mais altos
da cidade. Inaugurado no dia 12 de setembro de 1981, data do aniversário de nascimento de Juscelino, é o
único dos monumentos de Brasília onde se paga quantia simbólica como ingresso. O prédio é
administrado pela família do ex-presidente e conta com um acervo de roupas, comendas, medalhas, fotos,
correspondência e objetos pessoais de Juscelino.
Alguns pontos do Memorial devem ser observados, como o enorme tapete arraiolo (ponto da mais
tradicional tapeçaria de Minas Gerais, terra natal do ex-presidente), o belíssimo vitral de Marianne Peretti
e outros tantos espalhados no ambiente. A cripta do túmulo do ex-presidente inspira refletir sobre uma
frase dele, registrada num dos painéis que adornam o escritório, no térreo: “Tudo se transforma em
alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã”. Do lado de fora observamos um pedestal de concreto
armado, medindo 28m de altura, sustentando a estátua do Presidente Juscelino que acena para a cidade
que construiu. Obra de Honório Peçanha, esta estátua, feita em bronze, mede 4,50m e pesa 1.500kg.
Brasília: Memorial JK
No andar superior se encontra o túmulo (sim, ele está enterrado lá) de Juscelino. Um lugar
circular, no centro do edifício, adornado por painéis de Athos Bulcão, e com a inscrição "O
FUNDADOR" na lápide de granito monolitico. O vitral de Marianne Peretti colocado acima,
ajuda na atmosfera etérea que o espaço possui.
Juscelino e Sarah
É um lugar que celebra o clima de adoração e admiração que ele possuía e possui até hoje:
a forma piramidal e os simbolismos, seu túmulo e seus pertences criam uma atmosfera
faraônica, eu pessoalmente gostei de ter ido. Ao fim da visita, há uma lojinha com presentes
legais e de preço razoável. Comprei algumas coisinhas lá!
Túmulo
catetinho ou PAlácio das tábuas
Bom, há quem conteste o episódio acima, inclusive com documentos, mas, entre a
história oficial e a folclórica, fico com a segunda até pelo caráter, lírico, caricato e,
porque não dizer, boêmio. Afinal, eram tempos de bossa nova, alegria e progresso.
O nome, uma brincadeira do músico Dilermando Reis, amigo pessoal de JK – que
foi o primeiro artista de prestígio nacional a tocar na solidão do cerrado -, fazia
referência a até então sede do governo federal, localizado no Rio de Janeiro, o
Palácio do Catete, onde anos antes, Getúlio Vargas cometeria suicídio.
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"(...) A idéia de construir uma casa (o Catetinho) para dar de presente ao Presidente
Juscelino, no Planalto Goiano, nasceu a 12 de outubro de 1956 no apartamento de número
512, do Hotel Ambassador, no Rio, onde se hospedava César Prates, seresteiro mineiro e de
bela voz. Ali João Milton Prates, ex-comandante e piloto da FAB, tendo servido a Juscelino no
Governo de Minas, em conversa com seu irmão César Prates e os engenheiros José Ferreira
(Juca) Chaves e Roberto Penna, sugere aos demais fazer uma surpresa ao presidente
Juscelino, de quem eram amigos.
Esta idéia surge em face de estar o engenheiro Israel Pinheiro no propósito de aceitar a
oferta de trinta barracas de lona, feita pelo Ministro da Guerra, general Henrique Teixeira
Lott. O grupo acha, então, que não ficaria bem o Presidente ‘pousar em barraca’. Daí a
sugestão de ser construída uma casa de madeira.
Do apartamento, o grupo de quatro amigos vai ao 'Jucas Bar', tradicional ponto de encontro
situado no 'hall' do Hotel Ambassador, onde Niemeyer e outros amigos os aguardam. Além
de Niemeyer, ali se encontram o compositor Dilermando Reis, o jornalista e compositor
Emydio Rocha, de Belo Horizonte, e Vivaldo Lyrio, técnico em aeronaves.
Apresentada a proposição, é por todos aprovada. Oscar Niemeyer pede ao garçom Osório
Reis uma folha de papel e, ali mesmo, esboça um croquis do que seria 'a casa presidencial'.
Logo, Juca Chaves e Roberto Penna calculam o custo da obra, que é orçado em quinhentos
mil cruzeiros.
Para executores da idéia, o primeiro problema a ser resolvido seria os quinhentos mil
cruzeiros. César Prates, que servira no Banco do Brasil, em Minas, dá os caminhos de como
'levantar' aquela importância, ou seja, através de um empréstimo bancário. Propõe manter
entendimentos com seu irmão Carlos Prates que exerce as funções de gerente do Banco do
Brasil em Belo Horizonte.
Logo surge, da papelaria mais próxima, uma promissória. João Milton Prates assume a
responsabilidade do empréstimo, com o apoio de Juca Chaves e Oscar Niemeyer, duas
figuras também bastante relacionadas e de crédito na praça de Belo Horizonte.
Durante ainda aquele encontro (que Osório Reis assiste na qualidade de garçom da
preferência do grupo) são igualmente aceitas outras idéias;
- que o arquiteto Oscar Niemeyer, no menor prazo possível, daria um projeto definitivo com
base naquele croquis que apresentara;
- que o jornalista Emydio Rocha (o Rochinha) viajaria, no dia seguinte, a Belo Horizonte para
resolver o assunto do dinheiro, dentro da sugestão apresentada por César Prates, ou seja,
empréstimo bancário;
- que todos se encontrariam no local da 'casa presidencial' na região da futura Capital, nove
dias depois, no dia 21 de outubro, para o início das obras;
- que a inauguração ocorreria no dia 1º de novembro, devendo estar concluída um dia antes,
isto é, a 31 de outubro;
- que todos devem guardar absoluto segredo sobre o assunto, pois a intenção de todos é a
de fazer uma surpresa ao presidente Juscelino, ao ser habilmente convidado para ir ao local
no dia 1º de novembro.
UM PALÁCIO DE TÁBUAS
Em menos de vinte e quatro horas, o arquiteto Oscar Niemeyer conclui, no dia 13 de outubro
de 1956, o projeto definitivo do 'Palácio de Tábuas' para servir ao Presidente Juscelino
durante a construção da futura Capital no Planalto Goiano. Fundamenta-se no croquis que
ideara, um dia antes, para um grupo de amigos, no 'Jucas Bar', no Rio de Janeiro. Um
projeto simples, de fácil e rápida execução.
Niemeyer tem em mente encontrar uma solução que, mesmo com a característica de
'provisória', não coloque o Presidente ao rés-do-chão, imaginando, assim, os aposentos
presidenciais e a sala de despachos numa posição pouco elevada de um primeiro andar, o
que ofereceria também uma visão panorâmica da região. No térreo, ficaria a parte de
serviço.
Assim, a casa seria, na sua quase totalidade, construída de tábuas, o que leva o grupo a dar,
na intimidade, uma denominação orgulhosa ao empreendimento:
- Um Palácio de Tábuas.
Tudo está planejado e projetado com muito idealismo e decisão de fazer. Cumpria, agora, ao
jornalista Emydio Rocha viajar para Belo Horizonte a fim de transformar em dinheiro uma
promissória de quinhentos mil cruzeiros. E ao engenheiro Roberto Penna, já de posse do
projeto Niemeyer, tomar as providências para levantar o Palácio de Tábuas, podendo, para
isso, adquirir o material necessário e contratar o pessoal competente, contando com o
dinheiro que Emydio iria conseguir em Belo Horizonte, o que é, por todos, no entusiasmo
natural, tido como líquido e certo.
Ambos – o jornalista Emydio Rocha e o engenheiro Roberto Penna – seguem para Belo
Horizonte domingo cedo, dia 14.
E, no dia seguinte, terça feira 16, o dinheiro já está à disposição do grupo, em nome de João
Milton Prates.
Por sua parte, o engenheiro Roberto Penna, chegando a Belo Horizonte, cuida logo de tomar
uma série de providências para aquisição de material e contratação de pessoal para a obra,
pois até sábado, em menos de uma semana, já deveria estar no local da nova Capital. E a
construção do 'Palácio de Tábuas' deveria ser iniciada no dia 22, segunda-feira, com a
participação dos demais amigos que, do Rio de Janeiro, seguiriam para a região e aonde
chegariam naquela data.
Num contato com o engenheiro Bretas Bhering, diretor da FERTISA – uma fábrica de adubos
que o então governador Juscelino Kubitschek havia criado em Araxá – Roberto Penna
consegue, por empréstimo, uma patrol, um jipe e um grupo gerador. Em Araxá, mais um
amigo adere à iniciativa – o comerciante e aviador Agostinho Montandon. (...)" 2
O Memorial dos Povos Indígenas tem como objetivo primordial mostrar a grande diversidade e riqueza da
cultura indígena de forma dinâmica e viva. Com esse propósito, promove diversos eventos com a
presença e a participação de representantes indígenas de diferentes regiões do país.
Data: Aberto de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Entrada franca.
Local: Eixo Monumental, Brasília
Sobre
Projetado por Oscar Niemeyer em forma de maloca redonda dos índios Yanomami, o Memorial dos Povos
Indígenas foi construído em 1987, com financiamento da Fundação Banco do Brasil, em terreno doado
pela TERRACAP no Eixo Monumental Oeste, localidade privilegiada de Brasília.
Pela sua localização e importância arquitetônica, antes de abrir como Memorial dos Povos Indígenas, o
prédio foi transformado em museu de arte moderna e inaugurado com uma exposição do artista
venezuelano Armando Reverón.
Inconformados com a perda do prédio, os lideres indígenas, apoiados por diversos representantes da
comunidade brasiliense, incluindo intelectuais, artistas e outros simpatizantes da causa, iniciaram longa
campanha para retomar o espaço. Os pajés fizeram suas “rezas” para proteger o local e impedir o seu
funcionamento até que o prédio fosse designado novamente como museu indígena.
Apesar de vários projetos terem sido elaborados para o seu funcionamento, o prédio permaneceu
desativado e em 1989 foi transferido para o Poder Federal. Ainda assim, permaneceu fechado durante
muitos anos.
Estava presente o antropólogo Darcy Ribeiro, um dos seus maiores idealizadores e defensor da causa
indígena. Mesmo assim, o prédio continuou fechado pela maior parte do tempo e com aparência de
abandono. No dia 20 de abril de 1997, o corpo do índio Gaudino Pataxó, assassinado por jovens de
Brasília, foi velado no local.
O Memorial dos Povos Indígenas somente começou a funcionar de forma definitiva a partir do dia 16 de
abril de 1999. Desde então, o Memorial permanece aberto ao público, recebendo visitantes de todos os
estados do Brasil e do exterior.
Construído em 1987, o Memorial dos Povos Indígenas foi projetado por Oscar Niemeyer em
forma de espiral que remete a uma maloca redonda dos índios Yanomami. O espaço tem área
construída de 2.984,08m2, com acesso principal através de uma rampa. Tem por objetivo
mostrar a grande diversidade e riqueza da cultura indígena de forma dinâmica e viva. Com
esse propósito, promove diversos eventos com a presença e a participação de representantes
indígenas de diferentes regiões do país. No acervo, há , peças representativas de várias tribos,
incluindo exemplares da coleção Darcy-Berta-Galvão com destaque para a arte plumária dos
Urubu-Kaapor; bancos de madeira dos Yawalapiti, Kuikuro e Juruna, máscaras e instrumentos
musicais do Alto Xingu e Amazonas. - See more at:
http://www.soubrasilia.com/brasilia/memorial-dos-povos-indigenas/#sthash.ZhCcK1qv.dpuf
PALÁCIO DA ALVORADA
Portuguese
O Palácio da Alvorada é um edifício localizado em Brasília, no Distrito Federal, no Brasil. O
palácio é designado como a residência oficial do presidente da República Federativa do Brasil.
Situa-se às margens do lago Paranoá, tendo sido o primeiro edifício inaugurado na Capital
Federal, em 30 de junho de 1958.
Embora o presidente da República Federativa do Brasil tenha no Palácio da Alvorada suas
dependências para estudos e leituras, além de lá pernoitar, o Gabinete Presidencial está
situado no Palácio do Planalto , onde o mandatário da Nação realmente recebe autoridades,
despacha e cumpre seus deveres de Chefe de Estado e de Governo.
História e arquitetura
Projetado por Oscar Niemeyer, o Alvorada tornou-se um dos ícones da arquitetura moderna
brasileira e de sua peculiaridade em relação ao movimento moderno europeu. Também foi
símbolo do progresso cultural e técnico do Brasil durante a década de 1950, momento em que
o país vivia uma profusão cultural singular, caracterizado entre outras coisas pela bossa nova,
pela arquitetura moderna e pela arte concreta.
O formato diferenciado dos pilares externos da edificação deu origem ao símbolo e emblema
da cidade, presente no brasão do Distrito Federal. Tal formato foi, inclusive, largamente
copiado em construções populares em todo o país, o que o tornou eventualmente sinônimo de
uma estética kitsch quando aplicado em outros contextos.
A construção de Niemeyer foi batizada por Juscelino Kubitschek e, quando questionado sobre
o porquê do nome "alvorada", o então presidente da República respondeu com outra questão:
"Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?". É dito que Juscelino recusou
o primeiro projeto feito por Niemeyer, por "falta de monumentalidade", e pediu que o arquiteto
refizesse os traços para construir um palácio "que daqui a cem anos ainda seja admirado".
O Alvorada é uma construção revestida de mármore e vedada por cortinas de vidro, cuja
estrutura é constituída externamente dos já citados pilares brancos. Desta forma, o vidro
proporciona uma certa integração entre espaço interior e exterior. Já as famosas colunas
apoiam-se no chão por um de seus vértices fazendo, aparentemente, desaparecer a ideia de
peso - como que pousando o edifício no solo de Brasília. O trabalho com a curva neste e em
outros edifícios de Brasília fez com que a obra de Niemeyer fosse apelidada eventualmente de
barroca.
O espelho d'água, que reflete a imagem do edifício, criando um espaço virtual infinito, é
complementado por um grupo escultórico, As banhistas de Alfredo Ceschiatti, que parece
flutuar à superfície da água, em uma materialidade que, segundo apontam críticos da
arquitetura, parece fazer desaparecer a gravidade.
Ambientes
O Palácio da Alvorada é uma construção em três pavimentos. A laje do piso térreo localiza-se
brevemente elevada em relação ao solo exterior, em nível coincidente com os setores de maior
dimensão horizontal dos pilares externos, e é neste piso que se encontram os setores sociais
do palácio e os salões utilizados pela Presidência em eventos e solenidades.
Pela elevação do piso térreo, o subsolo recebe ainda ventilação natural e insolação. Nele
localizam-se os ambientes de serviços (como cozinha e almoxarifados) e os cômodos e
dormitórios dos funcionários. Já no primeiro andar se encontra o setor efetivamente residencial
do palácio, no qual se localizam os ambientes privados usados pela família do presidente.
Oscar Niemeyer
Superquadras, Brasília
08 de Fevereiro de 2008.
Fichas técnicas
Para dar referência aos projetos das superquadras,Oscar Niemeyer - que dirigia o
Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital
(Novacap) - desenvolveu em 1959 a proposta dos edifícios residenciais das SQS 107 e
108. Com as vizinhas 307 e 308, elas compõem a unidade de vizinhança que mais se
aproxima do conceito original. Alguns dos equipamentos previstos para esse núcleo
também foram criados por Niemeyer, tais como a igreja, o cinema e a escola.
Mas nestas, como em outras superquadras, as diferenças entre o idealizado e a vida real vão
além da ausência dos itens de uso comum. Não se vêem crianças brincando nas SQS 107 e
108, que passam os dias quase desertas, exceto nos fins de tarde, quando alguns
moradores, geralmente idosos, detêm-se em conversas enquanto babás e bebês passeiam.
Algum movimento vem dos prédios em reforma - num deles, os operários trabalham no
fechamento dos pilotis de um dos blocos, empenhados em transformar o espaço público em
privado. Estreito, o calçamento pede reforma e a grama teve o viço queimado pela longa
estiagem. Os jardins, de uso comum, são conservados pela prefeitura das superquadras.
Cada bloco contribui com uma parcela. O orçamento? “É muito pouco”, desconversa a
prefeita. Ao contrário da festejada arquitetura monumental das obras públicas da nova
capital, os edifícios residenciais que Niemeyer criou nas SQS 107 e 108, para receber os
funcionários públicos transferidos do Rio de Janeiro, estão um tanto esquecidos. O traçado
das vias internas foi elaborado por Nauro Esteves, funcionário da Novacap entre 1956 e
1969. “Dentro dessas ‘superquadras’ os blocos residenciais podem dispor-se da maneira
mais variada, obedecendo, porém, a dois princípios gerais: gabarito máximo uniforme, talvez
seis pavimentos e pilotis, e separação do tráfego de veículos do trânsito de pedestres”, dizia
um trecho do relatório do Plano Piloto de Lucio Costa.
Niemeyer criou duas tipologias de fachadas, uma delas totalmente envidraçada e outra com brises
A boa relação entre área construída e espaços livres contribui para a qualidade de vida em Brasília
Relação entre a face posterior de um edifício, fechada por cobogós, e a fachada principal com tipologia de brises
Ao mesmo tempo delicada e arrojada, a igrejinha na Entrequadra Sul 307/308 conserva externamente suas
características originais
O Cine Brasília, na Entrequadra Sul 106/107: três sessões por dia, mas lotado só durante o festival de cinema
Os pilotis têm a função de liberar o térreo para circulação pública, tirando seu caráter privado
Com cerca de 350 alunos em dois turnos, os banheiros não dão conta da demanda na hora
do recreio. Como o projeto não previa biblioteca, as duas escolas abriram mão de uma das
salas de aulas para dar lugar aos livros. Sem um local adequado para as refeições, as
classes têm que fazer as vezes de refeitório. Os funcionários ainda apontam a pequena
dimensão dos pátios, agravada pela ausência de quadras esportivas: não há lugar para o
jogo de futebol e isso acaba criando brigas pelo espaço entre meninos e meninas, relatam.
A “coexistência social, evitando-se assim uma indevida e indesejável
estratificação”, sonhada por Lucio Costa, na verdade é um estorvo na relação entre
moradores e escolas. “O pessoal aqui tem maior poder aquisitivo e dá preferência às escolas
particulares. Nossos alunos são filhos de funcionários que trabalham nestas superquadras”,
disse um funcionário.
Por outro lado, o carro, que era a solução para a “cidade rodoviária”, tornou-se um
problema, já que faltam estacionamentos. “Tínhamos a proposta de fazer garagens
subterrâneas, o que não interferiria no tombamento. Porém, Ricardo Pires [administrador de
Brasília, do PPS] está propondo limitar o volume de tráfego para cada
estabelecimento”, afirma o arquiteto Carlos Magalhães, que chegou a Brasília em 1959
para fiscalizar a construção da escola-classe 308 Sul, do Cine Brasília e do Hospital Distrital.
O alto poder aquisitivo faz com que Brasília tenha a maior relação
automóveis/habitantes do Brasil: um veículo para cada dois moradores. “Lucio Costa
jamais poderia prever que carros seriam vendidos a prestações de 200 reais”,
observa Magalhães, que também é ex-genro e uma espécie de representante oficial de
Niemeyer na capital.
Para Nancy, o pior problema da SQS 107 é que, “embora a legislação não permita, alguns
comerciantes fizeram puxadinhos e hoje temos bares e restaurantes ocupando o espaço
público do comércio local. Os moradores perdem suas vagas para pessoas que não moram
aqui, mas freqüentam esses estabelecimentos”, explica. Na lista da prefeita está também
o desinteresse da comunidade pelos espaços comuns. Além disso, “desde que fizeram
uma escola de segundo grau, com alunos adolescentes que nem moram por aqui, passamos
a ter problemas como barulho e vandalismo”, revela. A cidade ideal, igual para todos - e que
teria seu núcleo na superquadra -, teve que ceder espaço para a realidade.
A utopia de uma Unidade de Vizinhança que conseguisse reatar as relações entre os vizinhos
nas grandes cidades e que desse conta de unir as atividades comuns de um cidadão em
modelos funcionais e organizados, foi a idéia principal de Lúcio Costa ao relatar como seria
está situada no complexo de quadras 107, 108, 307 e 308 da Asa Sul.
Ao passar por essas quadras podemos ver algumas características comuns daUnités
apenas 3 andares – vemos que a edificação sobre pilotis é presente por onde quer que se
passe. Esse tipo de construção torna todos os edifícios suspensos criando uma perspectiva
nova, tornando possível uma relação do interno com o externo que proporciona um conforto
visual, além de democratizar as áreas de circulação. Quem já morou ou estudou por ali, sabe
muito bem como é brincar e passar boa parte da tarde debaixo dos blocos – inclusive é daí
dois problemas.
sofremos com a seca em vários dias do ano – ao mesmo tempo, por estar sempre instalado
movimento que aconteceu na éra industrial – através da arborização que se faz presente.
Árvores de porte, prevalecendo em cada quadra determinada espécie vegetal, com chão
habitantes com a natureza, característica perdida nas grandes metrópoles. É como se todos
tivessem um grande jardim na porta da sua casa. Levando também esse conforto a qualquer
As praças estão espalhadas por essas quadras. Os generosos espaços entre os blocos
proporcionam um lugar para convivência e lazer, seja para as crianças ou para os adultos.
Ter um pequeno parque, espelho d’água, mesinhas e afins à metros da sua residência
proporciono diversão e prazer imediato, sem precisar sair de carro para outros pontos da
Esse jardim de Burle Marx na 308 sul é a entrada de um dos blocos residenciais.
Na “08” também foi aplicado os espaços de convivência tão citados no relatório de Lúcio
Costa:
“na fluência das quatro quadras localizou-se a igreja do bairro, e aos fundos dela as escolas
secundarias”
A Capela Nossa Senhora de Fátima – conhecida como “igrejinha” na cidade – foi desenhada
por Oscar Niemeyer, e lembra o chapéu das irmãs vicentinas. Ela é revestida de azulejos
Logo atrás da “igrejinha”, está situado a Escola Parque 308 Sul. Também Projetada
vindos de outras diversas Escolas Classes Classes (públicas de Brasília) – para participarem
de exercícios culturais e esportivos, como tapeçaria, coral, flauta, violão, desenho, esportes
em geral, teatro e outras muitas atividades que são necessárias para o crescimento
Outro projeto empregado ali na quadra 106/107 sul é o do Cine Brasília. Ele faz parte do
vermelha, hoje funciona com três sessões diárias e recepciona o Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, única ocasião do ano em que fica lotado. Na decoração interna tem
Só no complexo de quadras 08 sul que podemos ver a “Super Quadra”, imaginada por Lúcio
Lógico que tudo não saiu perfeito. Nas missas da igrejinha são disponibilizadas assentos de
madeira para 60 pessoas, mas quem já foi em alguma missa por lá percebe que a entidade é
disponibilização de vagas para carro entre as quadras também é outro problema, com o
um carro muitas vezes ficam sem vagas na sua própria residência. Outro fato é o Clube
Vizinhança (clube projetado para a comunidade que vive nas quadras), sempre tem
freqüentam o local. Mas muitos desses problemas aconteceram pelo curso natural da cidade,
afinal imaginar que um clube público não precisaria de manutenção e de certa forma ser
regiões do Brasil é possível viver tão bem. Ali se tem a comunhão com seus vizinhos,
praticidade do seu filho estudar próxima a escola, local para praticar sua religião, seus
momentos de lazer, tudo isso a apenas a alguns metros da sua casa, além de ter conforto
visual, auditivo e climático, ou seja, viver em total harmonia com a cidade e enfim chegar
Fruto do plano de metas "50 anos em 5", de Juscelino Kubitschek, Brasília foi projetada para
ser a capital federal do país. Em 21 de abril de 2010, a cidade torna-se cinquentenária,
abrigando não só os poderes federais brasileiros, mas também esplêndidas obras
arquitetônicas.
A opção foi, então, construir a partir de estruturas metálicas, que depois seriam revestidas
de concreto. Grande parte do aço utilizado nas obras vinha dos Estados Unidos, como o que
foi utilizado nos ministérios e nos anexos do Congresso. Calcula-se que o total importado
chegue a 15 mil toneladas do material. Para chegar a Brasília, tanto o aço quanto o cimento
eram transportados por caminhões que enfrentavam estradas em estado absolutamente
precário de conservação.
O grande obstáculo do uso de estruturas metálicas no Brasil, naqueles tempos, era a falta de
mão de obra especializada. Logo, o manejo das construções com aço foi delegado a uma
empresa americana, a Reymond Pill, estabelecida no Brasil como Construtora Planalto.
Paulo Andrade, conta uma história curiosa, fruto justamente do difícil transporte de cargas
para a região. "Um dia a obra parou porque faltavam peças, e a FEM foi avisada. Mas a
fábrica dizia que tinha enviado as peças, porém, elas não haviam chegado. Alguma coisa
tinha acontecido no caminho, e foi aí que descobriram: o caminhão que estava carregando
as peças encalhou e caiu no barranco. A estrada era "tão boa" que ninguém percebeu".
E então surge a pergunta: por que apenas o essa obra
recebeu estruturas metálicas nacionais em sua construção? Por causa da urgência da obra,
"Brasília estava começando e precisava de um abrigo, um hotel. A estrutura metálica vinha
para atender a urgência da necessidade; não dava tempo para construir o concreto, nem
aguardar as importações, como aconteceu com a estrutura dos Ministérios. Precisava abrigar
os técnicos e toda aquela gente que ia trabalhar em Brasília", explica o engenheiro.
Local
A região do planalto Central foi a eleita para abrigar o ilustre município. A escolha teve como
objetivos:
Brasília foi então construída próxima à cidade de Anápolis, em um trecho de terra entre
braços de água.
Projeto
Em 1957, o arquiteto Oscar Niemeyer, eleito por JK o responsável pelos projetos dos
edifícios da cidade, abriu um edital para eleger o autor do plano urbanístico de Brasília. O
arquiteto Lúcio Costa saiu vencedor e implantou conceitos modernistas na construção da
cidade. Dessa forma, em seu chamado "Projeto Piloto", Costa privilegiou o automóvel como
meio de transporte: foram eliminados os cruzamentos através de retornos em desnível.
Outra característica foi organizar blocos de edifícios afastados construídos em pilotis sobre
grandes áreas verdes, e a opção por superquadras nas áreas residenciais, com 250 metros
de comprimento, por exemplo. O cuidado era separar o tráfego de veículos do trânsito de
pedestres.
Em formato de avião, Lúcio Costa desenhou Brasília, partindo do traçado de dois eixos
cruzando-se em ângulo reto como o sinal da cruz. Nas palavras do próprio: "nasceu do gesto
primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo
reto, ou seja, o próprio sinal da cruz" Um destes eixos leva às áreas residenciais, e é
levemente arqueado, o que caracteriza o formato de avião à cidade. O outro eixo,
denominado Monumental, possui 16 km de extensão e abriga os prédios públicos e os
palácios do Governo Federal, no lado leste. No centro, a extensão é sede da rodoviária e da
torre de TV. Já no lado oeste, ficam os prédios do Governo do Distrito Federal.
Sendo assim, Brasília é constituída por: Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de
Garagens Oficiais, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monumental,
Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Norte e Sul, Vila Planalto, Setor de Áreas
Isoladas Norte – SAIN, e sedia os três poderes da República: Executivo, Legislativo, e
Judiciário.
Vale ressaltar que o início da construção de Brasília ocorreu antes da eleição do autor do
projeto da cidade, que só se deu em 1957. Quando o projeto começou a ser desenvolvido, o
Catetinho, residência provisória do presidente, estava pronto e outras obras, como o
primeiro aeroporto e o Palácio da Alvorada, já estavam sendo construídos .
No primeiro mês de construção, havia apenas 232 operários trabalhando por Brasília. Já no
início de 1957, o número subiu para 3.000, aproximadamente. A esses trabalhadores foi
dado o apelido de candangos, que, dois anos depois, já eram contabilizados em 30 mil.
Por fim, a capital foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Na data, segundo a Novacarp,
Brasília tinha 360 mil m2 construídos, com mais de 100 mil m2 em fase de finalização e 37
mil m2 em construção, totalizando mais de 500 mil m2 de área construída ou
semiconstruídas.
CINE DE BRASÍLIA